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IFE: nº 1.559 - 25 de abril de 2005
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Aneel: 36 hidrelétricas estão com o cronograma atrasado
2 Tractebel Energia defende realização de novo leilão de energia existente
3 Dilma vai à Argentina discutir intercâmbio de gás e energia elétrica
4 Comissão de Assuntos Econômicos do Senado convoca Dilma
5 Curtas

Empresas
1 Eletrobrás investe R$ 4 mi em laboratórios de eficiência energética
2 Eletrobrás e Caixa Econômica assinam protocolo para cooperação técnica
3 Eletronorte ampliará a subestação Ariquemes (RO)
4 CVM pede mais detalhes sobre operação de aumento de capital da AES Elpa
5 Baesa reclama prejuízo por atraso na concessão de licença de operação da usina de Barra Grande
6 Passivo social de Itaparica custará R$ 600 mi à Chesf
7 Fiepe propõe soluções para reduzir impacto do reajuste da Celpe
8 AES Tietê encerra subscrição de ações para aumento de capital

9 Ampla investe R$ 9 mi em rede elétrica de Duque de Caxias (RJ)

10 Cotações da Eletrobrás

11 Curtas

Gás e Termelétricas
1 Abegás: consumo de gás natural no país cresceu 1,2% no mês março

Grandes Consumidores
1 Abrace: número de consumidores livres pode chegar a 600 até o fim de 2005
2 CST estuda novo pacote de investimentos de US$ 160 mi
3 Leilão de energia nova pode levar Copelmi a retomar construção de térmica de Seival
4 Vale fecha contrato inédito com Thyssen

Economia Brasileira
1 Cade analisa efeito de fusões em setores estratégicos da economia
2 BNDES vai reduzir "spreads" dos empréstimos cobrados

3 Copom eleva taxa de juros para 19,5% ao ano
4 Mercado eleva projeção do IPCA de 2005 para 6,15%
5 Mercado prevê Selic a 17,75% no fim do ano
6 Mercado prevê superávit comercial de US$33,85 bi em 2005
7 Mercado prevê crescimento de 3,67% em 2005
8 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Federal Reserve: preços de energia estão afetando a inflação nos EUA

 

Regulação e Novo Modelo

1 Aneel: 36 hidrelétricas estão com o cronograma atrasado

De acordo com a Aneel, 36 usinas hidrelétricas estão com o cronograma atrasado no país. No resumo ambiental publicado pelo órgão, atualizado a cada 15 dias, sete usinas estão com o processo considerado adiantado. Das termelétricas, apenas 39 de 147 apresentam graves restrições para entrada em operação. De acordo com a Aneel, 24 usinas hidrelétricas que receberam a concessão, entre 1998 e 2005, nem sequer iniciaram sua construção. Na maioria dos casos, o motivo é a revisão dos estudos de impacto ambiental, pleiteados pelo próprio órgão regulador. (Folha de São Paulo - 24.04.2005)

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2 Tractebel Energia defende realização de novo leilão de energia existente

Enquanto aguarda pela formatação do leilão de energia nova para definir sua estratégia de participação, a Tractebel Energia defende a realização de um outro leilão de energia existente. Para a empresa, o governo não pode realizar um leilão de energia nova sem antes contratar toda a energia descontratada dos contratos iniciais. Segundo Manoel Zaroni, presidente da principal geradora privada do país, contratar toda a energia existente foi um compromisso assumido pelo MME quando do lançamento do novo modelo. "O MME precisa fazer um outro leilão de energia existente, já que o último não atendeu toda a demanda das empresas", lembra. (Canal Energia - 22.04.2005)

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3 Dilma vai à Argentina discutir intercâmbio de gás e energia elétrica

A ministra Dilma Rousseff estará em Buenos Aires nos próximos dias 25 e 26 de abril para reunião com o ministro e outras autoridades do Ministério do Planejamento Federal, Investimento Público e Serviços da Argentina. A discussão será sobre o intercâmbio de gás natural e energia elétrica entre o Brasil e aquele país. (Canal Energia - 22.04.2005)

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4 Comissão de Assuntos Econômicos do Senado convoca Dilma

A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou convite para que a ministra Dilma Rousseff preste esclarecimentos sobre a falta de controle do sistema de subsídios aos consumidores de energia elétrica da Região Norte, que foi apontada em recente auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU). A data da audiência ainda será marcada. O presidente da Petrobrás, José Eduardo Dutra, o presidente da Eletrobrás, Silas Rondeau, o diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman, o presidente da Central Única das Comunidades do Amazonas, Raimundo Santos da Silva, também serão ouvidos sobre o assunto. (Elétrica - 20.04.2005)

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5 Curtas

Áreas de terra no Rio Grande do Sul foram declaradas de utilidade pública pela diretoria da Aneel esta semana. As terras são necessárias à passagem da linha de transmissão que interligará as subestações Pelotas 4 e Canguçu. (NUCA-IE-UFRJ - 25.04.2005)

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Empresas

1 Eletrobrás investe R$ 4 mi em laboratórios de eficiência energética

A Eletrobrás vai investir, em 2005, R$ 4 milhões na capacitação de cinco Laboratórios de Eficiência Energética e Hidráulica em Saneamento (LENHS), um em cada região do país. O CPH (Centro de Pesquisas em Hidráulica e Recursos Hídricos) desenvolveu a planta-piloto do laboratório e, além de Mato Grosso do Sul, os projetos serão instalados nas universidades federais do Pará (UFPA), Paraíba (UFPB), e Paraná (UFPR). Os LENHS reúnem pesquisadores oriundos de cursos de engenharia elétrica, eletrônica, mecânica e hidráulica das universidades participantes. Os investimento fazem parte do Procel Sanear (Programa de Eficiência Energética em Saneamento Ambiental). (Elétrica - 22.04.2005)

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2 Eletrobrás e Caixa Econômica assinam protocolo para cooperação técnica

A Eletrobrás e a Caixa Econômica Federal assinarão, nesta segunda-feira, dia 25 de abril, um protocolo de cooperação técnica no âmbito do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétricapara desenvolvimento e adoção de conceitos de eficiência energética em edificações. O convênio terá duração de três anos e receberá um aporte da Eletrobrás/Procel da ordem de R$ 1 milhão. A CEF fornecerá os recursos financeiros, mão-de-obra especializada e infra-estrutura. (Canal Energia - 20.04.2005)

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3 Eletronorte ampliará a subestação Ariquemes (RO)

A Eletronorte foi autorizada pela Aneel a ampliar a subestação Ariquemes (RO), associada ao sistema de transmissão em 230 kV da hidrelétrica Samuel. As obras permitirão o aumento da capacidade de transmissão do empreendimento e a distribuição de energia com elevado padrão de qualidade e confiabilidade para o atendimento ao crescente mercado consumidor do município de Ariquemes, em Rondônia. A ampliação inclui ajustes à subestação aos procedimentos de rede estabelecidos pelo ONS devido à possibilidade de o sistema Acre-Rondônia ser integrado ao Sistema Interligado Nacional. (NUCA-IE-UFRJ - 25.04.2005)

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4 CVM pede mais detalhes sobre operação de aumento de capital da AES Elpa

A área técnica da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulgou parecer sobre a operação de aumento de capital privado da AES Elpa. A autarquia considerou que não existem entraves legais para a operação, mas recomendou que a companhia divulgue o laudo de avaliação que serviu de base para formação do preço de subscrição ou que, pelo menos, apresente justificativa para não divulgar esse laudo, que foi elaborado pelo Banco Fator. De acordo com informações da Superintendência de Empresas (SEP), caso a companhia apresente o laudo ou a justificativa, a CVM fará nova avaliação. A AES Elpa informou que as áreas de Relações com Investidores e Jurídicas já estavam de posse da carta da autarquia e que estavam elaborando uma resposta que será encaminhada à CVM e divulgada também ao mercado no prazo devido. (Elétrica - 20.04.2005)

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5 Baesa reclama prejuízo por atraso na concessão de licença de operação da usina de Barra Grande

Segundo o diretor-superintendente da Baesa (Consórcio Energética Barra Grande S.A.), Carlos Miranda, a usina hidrelétrica de Barra Grande, no rio Pelotas, divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, está perdendo R$ 1 milhão por dia. O prejuízo tem sido provocado, segundo Miranda, pelo atraso na concessão da licença de operação pelo Ibama para encher a represa. Para ele, o projeto se tornou inviável a curto prazo. De acordo com o diretor de licenciamento e qualidade ambiental do Ibama, Luiz Felippe Kunz, a pressão da empresa é legítima, mas o processo é complexo e o Ibama será cuidadoso, pois preza pela "segurança ambiental, para evitar que surjam decisões apressadas, que já prejudicaram esse mesmo processo no passado". A Baesa pretendia começar a fazer testes já em agosto e a gerar comercialmente energia em outubro. Sem a licença a tempo, Miranda afirma que irá perder a "janela hidrológica" e que terá um prejuízo, em um ano, da ordem de R$ 360 milhões. (Folha de São Paulo - 24.04.2005)

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6 Passivo social de Itaparica custará R$ 600 mi à Chesf

O projeto da usina hidrelétrica Luiz Gonzaga (conhecida como Itaparica) deve demandar investimentos em grande escala da Chesf nos próximos anos, mesmo tendo iniciado a operação comercial 17 anos atrás. O passivo social do plano de realocação dos moradores das localidades atingidas pelo alagamento do reservatório custará à geradora estatal cerca de R$ 600 milhões até 2008, quando toda a transferência e a implantação da infra-estrutura de subsistência da população estará concluída. Somente este ano, a Chesf estima um investimento de R$ 125 milhões no projeto. Caso a projeção de custeio se confirme, a empresa desembolsará em todo o projeto de Itaparica, desde a construção da usina até as ações sociais complementares, um total de R$ 3,2 bilhões. A conta já pesa no custo final da energia produzida pelo empreendimento. (Canal Energia - 22.04.2005)

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7 Fiepe propõe soluções para reduzir impacto do reajuste da Celpe

O setor industrial de Pernambuco está buscando saídas para evitar o reajuste tarifário da Celpe, cujo índice proposto pela Aneel ficou em 34,11%. A Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco encaminhou documento à comissão de deputados que analisa a questão propondo duas soluções para minimizar o impacto do reajuste nas contas de luz dos consumidores. Uma proposta seria a inclusão das térmicas no pool de contratação de energia elétrica, mas sua utilização dependeria do nível hidrológico dos reservatórios da região. Em relação ao custo, seria cobrado um valor, a fim de remunerar o investimento de capital. Caso houvesse produção das térmicas, além do valor da reserva, seria cobrado o custo da produção. Outra saída seria repassar a usina de Termopernambuco para a Chesf. A utilização dependeria do nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas operadas pela estatal. Quando houvesse baixo nível hidrológico, as térmicas entrariam em operação. Neste caso, o custo seria compensado pelos consumidores. Essa solução poderia aumentar a capacidade de venda de energia da estatal, já que haveria uma alternativa de geração de energia elétrica em períodos críticos de seca. (Canal Energia - 20.04.2005)

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8 AES Tietê encerra subscrição de ações para aumento de capital

A AES Tietê comunicou ao mercado que, a partir desta sexta-feira, dia 22 de abril, não serão mais negociados os recibos da subscrição para aumento de capital. A geradora realizou uma operação de aumento de capital, para subscrição privada, no valor de R$ 59,8 milhões mediante a emissão de ações. A empresa lançou no mercado mais 823,6 milhões de ações ordinárias sem valor nominal e 791,4 milhões de ações preferenciais também sem valor nominal. A operação foi homologada pela Agência Nacional de Energia Elétrica em 28 de fevereiro deste ano. (Canal Energia - 22.04.2005)

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9 Ampla investe R$ 9 mi em rede elétrica de Duque de Caxias (RJ)

A Ampla investe cerca de R$ 9 milhões na instalação da chamada Rede Ampla nos distritos de Saracuruna e Campos Elíseos, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A rede elétrica, considerada mais moderna, é à prova de furto de energia e atenderá aproximadamente 15 mil famílias, com um fornecimento de maior qualidade. Além disso, serão instalados 710 novos pontos de iluminação nos distritos do município, segundo informou a empresa. Serão substituídas 780 lâmpadas queimadas e feita a manutenção de mais 1.220 luminárias. (Canal Energia - 20.04.2005)

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10 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 22-04-2005, o IBOVESPA fechou a 24.767,06 pontos, representando uma baixa de 1,18% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 704,7 milhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 2,12%, fechando a 7.078,58 pontos. Este conjunto de empresas movimentou R$ 42,6 milhões. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 31,00 ON e R$ 32,25 PNB, baixa de 1,27% e 1,10% respectivamente, em relação ao fechamento do dia anterior. Destaca-se que estas ações movimentaram R$ 6,8 milhões as ON e R$ 10,8 milhões as PNB. De todo o movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis por 25% do volume monetário. Na abertura do pregão do dia 25-04-2005 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 31,00 as ações ON, estável em relação ao dia anterior e R$ 32,32 as ações PNB, alta de 0,22% em relação ao dia anterior. (Economática e Investshop - 25.04.2005)

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11 Curtas

O protesto realizado pelos moradores de Pernambuco contra o reajuste de 34,11% nas tarifas de energia elétrica, levou cerca de 3 mil pessoas ao Centro do Recife, na tarde desta quarta-feira (20/04). A prefeitura, o Tribunal de Justiça, a Assembléia Legislativa, a Câmara Municipal assim e o setor administrativo de dezenas de indústrias participaram do protesto, desligando lâmpadas e equipamentos elétricos durante de 15 minutos. (O Globo - 21.04.2005)

A Aneel submete à audiência pública, a partir desta quarta-feira, dia 20 de abril, os índices preliminares para revisão tarifária de duas distribuidoras localizadas no interior do Rio Grande do Sul. A Aneel propôs reposição de 5,58% para a Muxfeldt, e de 14,15% para a Eletrocar. Os interessados devem enviar contribuições por escrito para o e-mail ap006_2005@aneel.gov.br (Muxfeldt) e ap007_2005@aneel.gov.br (Eletrocar). (Canal Energia - 20.04.2005)

A Aneel autorizou a empresa Boca do Monte Energia Ltda. a implantar e explorar a PCH Engenheiro Henrique Kotzian (RS). A empresa atuará como produtora independente de energia elétrica, condição para comercializar livremente a energia elétrica gerada pela nova usina. A PCH vai operar com 13 MW de potência. (NUCA-IE-UFRJ - 25.04.2005)

A empresa Itapessoca Agro Industrial S/A recebeu autorização para implantar a termelétrica Itatérmica Pernambuco. A empresa vai atuar como autoprodutora de energia. A usina vai operar com 8,7 MW de potência. (NUCA-IE-UFRJ - 25.04.2005)

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Gás e Termoelétricas

1 Abegás: consumo de gás natural no país cresceu 1,2% no mês março

Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado, o consumo médio de gás natural cresceu 1,2% no país em março, em comparação com o volume demandado no mesmo mês do ano passado. O consumo médio diário totalizou 40 milhões de metros cúbicos. A geração de energia, constatou a Abegás, foi o setor que mais influenciou no total, devido ao funcionamento das termelétricas. (Canal Energia - 20.04.2005)

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Grandes Consumidores

1 Abrace: número de consumidores livres pode chegar a 600 até o fim de 2005

A Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia estima que o número de consumidores livres possa chegar a 600 até o fim do ano. A estimativa está baseada nos 321 registros de agentes da categoria na Câmara Brasileira de Energia Elétrica, dos quais 26 registrados no mês de abril. Segundo Paulo Ludmer, diretor de Administrativo e de Comunicação da Abrace, os consumidores livres já respondem por 11% da energia consumida no país. Com os elegíveis, ou seja, aqueles clientes que podem vir a ser livres, esta participação pode subir para 35%, segundo o dirigente da Abrace. A expectativa de Ludmer é que o governo volte atrás na decisão de limitar o acesso ao mercado livre. Segundo o decreto 5.249, de 21 de outubro de 2004, só os consumidores com demanda mínima de 3 MW e tensão igual ou maior que 69 kV podem optar pelo regime de livre contratação. "O mercado crescerá assim que o governo voltar atrás na decisão de limitar o acesso das empresas", observa Ludmer. (Canal Energia - 22.04.2005)

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2 CST estuda novo pacote de investimentos de US$ 160 mi

A CST está na metade do megainvestimento (cerca de US$ 1,3 bilhão) para aumentar em 50% sua capacidade de produção, chegando a 7,5 milhões de toneladas de aço bruto por ano, mas já tem engatilhados dois outros projetos que deverão gerar mais US$ 160 milhões em investimentos até 2008. O primeiro, de US$ 60 milhões, é para dobrar a capacidade de produção de laminados a quente. O segundo, de US$ 100 milhões, será para a reforma do auto-forno nº 1. O presidente da siderúrgica, José Armando Campos, disse que a duplicação da capacidade de laminados a quente, destinada ao mercado interno, será definida no próximo ano e que só depende da manutenção do ritmo da demanda. Segundo ele, com cerca de US$ 60 milhões será possível chegar a uma capacidade de 4 milhões de toneladas, ficando com folga para atender a demanda. O outro investimento, já programado para 2008, é a reforma do auto-forno nº 1, com o objetivo de dar ao equipamento mais 25 anos de vida útil. (Valor - 25.04.2005)

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3 Leilão de energia nova pode levar Copelmi a retomar construção de térmica de Seival

A habilitação ao leilão de energia nova que a Aneel vai promover no segundo semestre deu novo fôlego aos planos da mineradora Copelmi para construir a térmica de Seival no município de Candiota, com potência de 560 MW. Orçado em US$ 800 milhões, o empreendimento havia sofrido um revés no ano passado, quando a alemã Steag desistiu de participar do projeto. Agora, a Copelmi, maior mineradora privada de carvão do país, está negociando a adesão de novos investidores nacionais e internacionais para a implantação da usina, explicou o coordenador do projeto, Roberto Faria. Segundo ele, a negociação deve ser concluída em junho. A usina foi habilitada a ofertar 389 MW médios, já descontados os 60 MW para uso da própria térmica e a margem de segurança estabelecida pela Aneel para compensar eventuais paradas técnicas da térmica. O montante equivale a 78% da potência instalada, mas os fornecedores de equipamentos garantem um nível de confiabilidade de pelo menos 85%. Conforme Faria, falta definir ainda se os projetos disputarão o leilão juntos ou agrupados por fonte de geração (hídrica, térmica a gás, a carvão e a óleo). (Valor - 22.04.2005)

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4 Vale fecha contrato inédito com Thyssen

A Cia. Vale do Rio Doce firmou em Dunquerque, sede da controlada Rio Doce Manganèse Europe (RDME), contrato de fornecimento de ligas com a HKM, siderúrgica ligada ao grupo alemão ThyssenKrupp. O acordo é o primeiro de longo prazo feito com a empresa e envolve um negócio avaliado em US$ 20 milhões. A HKM é cliente da Vale, mas comprava no sistema "spot", forma comum no mercado de ligas de manganês e outros minerais. "O contrato, de três anos, mostra um novo modelo de relação com nossos clientes e segue o mesmo caminho já adotado com Arcelor e Corus, grandes clientes da Vale na Europa", afirmou Luis Carlos Nepomuceno, diretor do departamento de manganês e ferro-ligas da Vale. (Valor - 22.04.2005)

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Economia Brasileira

1 Cade analisa efeito de fusões em setores estratégicos da economia

O Cade está analisando concentrações de mercado em setores essenciais à economia, como o petroquímico e o siderúrgico. A criação da Braskem e a ampliação da Vale do Rio Doce são, hoje, os casos mais importantes em tramitação no Cade. Em ambos os casos, as empresas argumentam que a aprovação de seus negócios no Brasil será essencial para que possam competir com grandes conglomerados internacionais e ampliar as exportações. A Braskem informou ao Cade que compete em condições desiguais com empresas estrangeiras que compram matéria-prima (nafta) a preços melhores, pagam menos tributos e têm custos de capital reduzidos. No caso da Vale, o Cade analisa a compra de várias mineradoras pela companhia nos últimos anos, como a Ferteco, a Samitri e a Soicomex. A criação de campeãs nacionais é bem vista por formuladores de política industrial. Essas companhias costumam se tornar grandes exportadoras e, com isso, expandem as divisas do país e favorecem a balança comercial. Mas nos órgãos de defesa da concorrência do Brasil, prevalece o entendimento de que o importante é verificar se as fusões e aquisições prejudicam ou não o mercado interno. (Valor - 25.04.2005)

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2 BNDES vai reduzir "spreads" dos empréstimos cobrados

O presidente do BNDES, Guido Mantega, anuncia na terça-feira (26/04) uma redução ampla nos "spreads" dos empréstimos cobrados pelo banco. O objetivo é baratear os financiamentos para elevar os investimentos na economia. A redução dos "spreads" não será linear. A baixa irá beneficiar principalmente as linhas de empréstimos para os setores considerados prioritários, como os ligados à infra-estrutura. Para os não-prioritários, poderá até haver um pequeno aumento do juro. O objetivo é encontrar um equilíbrio para não afetar o resultado do banco. Hoje, o BNDES cobra um "spread" médio de 2,5% ao ano. Os novos valores serão definidos na reunião de diretoria de amanhã, quando as diversas áreas irão apresentar os estudos finais com as novas taxas de juros a serem cobradas pelo banco. A decisão de reduzir o "spread" do BNDES parte da premissa de que o banco não precisa apresentar lucros bilionários, como nos dois últimos anos. Em 2004, o BNDES registrou um lucro recorde de R$ 1,5 bilhão, 44% superior ao de 2003. (Folha de São Paulo - 24.04.2005)

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3 Copom eleva taxa de juros para 19,5% ao ano

O Copom, em sua reunião mensal, elevou a Selic, a taxa básica de juros da economia, em 0,25 ponto porcentual, para 19,5% ao ano. A decisão dos membros do Comitê foi tomada de forma unânime e incluiu ainda a não colocação do viés, o que significa que a taxa permanecerá neste patamar até a próxima reunião.A frase divulgada pelo Copom é a seguinte: "Dando prosseguimento ao processo de ajuste da taxa de juros básica, iniciada na reunião de setembro de 2004, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 19,50% ao ano, sem viés". Neste patamar, a Selic atinge o nível mais alto desde setembro de 2003, quando estava em 20% ao ano. A alta promovida é a 8ª consecutiva. (O Estado de São Paulo - 25.04.2005)

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4 Mercado eleva projeção do IPCA de 2005 para 6,15%

O mercado financeiro fez mais uma elevação - a oitava consecutiva - na projeção média para o índice oficial de inflação de 2005. No mais recente relatório de mercado, feito pelo BC na semana passada, a mediana das expectativas para o IPCA deste ano ficou em 6,15%, acima dos 6,10% previstos na semana retrasada.De acordo com o levantamento semanal feito pelo BC junto a instituições financeiras, a previsão para o IGP-DI de 2005 foi de 6,88% para 6,95% e, no IGP-M, manteve-se em 6,79%. Para o IPC da Fipe, a mediana das expectativas dos analistas ficou inalterada em 5,88%.A expectativa dos analistas para o IPCA de abril subiu de 0,67% para 0,70%, no oitavo ajuste consecutivo, e a do IGP-DI subiu de 0,75% para 0,80%.Para o mês de maio, a mediana das expectativas para o IPCA ficou congelada em 0,50%, bem como a do IGP-DI, que permaneceu em 0,60%. (Valor Online - 25.04.2005)

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5 Mercado prevê Selic a 17,75% no fim do ano

As projeções de mercado para a taxa de juros no fim do ano subiram de 17,50% para 17,75% na pesquisa do BC. O aumento aconteceu após a decisão do Copom de elevar a taxa de juros na semana passada. As estimativas de taxa média de juros para este ano seguiram a mesma tendência de alta e passaram de 18,84% para 18,87% ao ano. Para o final de 2006, as previsões de juros foram mantidas em 15% ao ano pela 11ª semana consecutiva. As projeções de taxa média de juros para o próximo ano também não se alteraram e prosseguiram nos mesmos 16,20% da pesquisa anterior. (O Estado de São Paulo - 25.04.2005)

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6 Mercado prevê superávit comercial de US$33,85 bi em 2005

As projeções de mercado para o superávit da balança comercial neste ano subiram de US$ 33 bilhões para US$ 33,85 bilhões. Com a nona elevação consecutiva destas estimativas, o valor projetado superou os US$ 33,6 bilhões de superávit alcançado no ano passado. Com a melhora destas previsões, as expectativas de superávit em conta corrente do balanço de pagamentos deste ano subiram de US$ 6,73 bilhões para US$ 7,32 bilhões. As previsões de superávit da balança comercial no próximo ano, por sua vez, aumentaram de US$ 27,78 bilhões para US$ 27,98 bilhões. A expectativas de superávit em conta corrente para o mesmo período aumentaram de US$ 2 bilhões para US$ 2,50 bilhões. (O Estado de São Paulo - 25.04.2005)

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7 Mercado prevê crescimento de 3,67% em 2005

As previsões para o crescimento do PIB em 2006 subiram de 3,55% para 3,62% na pesquisa semanal do BC. Apesar do aumento, o porcentual estimado ainda é inferior aos 3,70% projetados há quatro semanas. As previsões de crescimento da produção industrial no próximo ano seguiram a mesma tendência de alta e passaram dos 4,50% da pesquisa anterior para 4,70%. As estimativas de expansão econômica para este ano, em contrapartida, ficaram estáveis em 3,67% pela segunda semana consecutiva. O porcentual estimado é inferior aos 4% projetados pelo próprio BC no Relatório de Inflação divulgado ao final de março. As estimativas de aumento da produção industrial neste ano, por sua vez, subiram de 4,70% para 4,81%. Esta foi a segunda elevação consecutiva das estimativas de crescimento da produção industrial neste ano. (O Estado de São Paulo - 25.04.2005)


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8 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial se recupera um pouco nesta manhã de segunda-feira, depois de dois dias em queda, mas dificilmente ganhará força para subir, segundo analistas. Às 12h05m, a moeda americana tinha alta de 0,07%, cotada a R$ 2,538 na compra e R$ 2,540 na venda. O dólar abriu em alta de 0,55%, para R$ 2,552 na venda, mas perdeu o ritmo depois. Na sexta-feira, o dólar cedeu 0,93%, transacionado a R$ 2,5360 para compra e R$ 2,5380 para venda. Trata-se do menor valor desde 3 de junho de 2002, quando atingiu R$ 2,5360. (O Globo Online e Valor Online - 25.04.2005)

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Internacional

1 Federal Reserve: preços de energia estão afetando a inflação nos EUA

As pressões inflacionárias têm aumentado nos EUA, principalmente devido aos altos custos de energia e isso pode já estar afetando o consumo no país, segundo o "Livro Bege" do Federal Reserve (o BC americano). Segundo o documento, alguns fabricantes, varejistas e prestadores de serviços já conseguiram passar seus aumentos de custos para os preços ao consumidor. Os aumentos, no entanto, se mantiveram moderados, diz o documento. O documento traça um panorama da economia dos EUA a partir de informações coletadas nos 12 distritos do Fed e é publicado duas semanas antes de o banco decidir sua taxa de juros. As pressões inflacionárias nos EUA aumentaram no mês passado. Os preços ao consumidor subiram 0,6% no mês passado nos EUA. O aumento da inflação em março foi o maior desde outubro do ano passado, quando também registrou alta de 0,6%. No primeiro trimestre, a inflação subiu a uma taxa anualizada de 4,3%, já superando em um ponto percentual o registrado em todo o ano de 2004, 3,3%. (Elétrica - 20.04.2005)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Diego Garbayo e Diogo Bravo

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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