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IFE: nº 1.554 - 14 de abril de 2005
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Palestra de Amilcar Guerreiro na UFRJ

Empresas
1 Furnas planeja iniciar operação de três linhas de transmissão em 2006
2 Mantega admite ingresso do BNDES no capital da Cesp com condições
3 Grupo Rede planeja captação internacional
4 Cemig apresenta proposta de distribuição de dividendos aos acionistas
5 Copel aprova arquivamento de emissão de debêntures
6 CEEE vai investir R$ 6,5 mi na iluminação pública
7 Cemat vai investir R$ 19 mi no programa Luz para Todos em 2005
8 Audiência pública para discutir reajuste tarifário da Celpe acaba em tumulto

9 S&P atribui rating de crédito corporativo à Tractebel

10 Cotações da Eletrobrás

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 MME quer definir classificação para apagões
2 Região Sudeste registra novo recorde de demanda de energia
3 Sudeste/Centro-Oeste registra volume 33,7% acima da curva de aversão ao risco

4 Nível de armazenamento do submercado Sul está em 40,4%

5
Submercado Nordeste registra volume 49% acima da curva de aversão ao risco
6 Nível de armazenamento do submercado Norte está em 95,3%

Gás e Termelétricas
1 CNPE aprova nova licitação para petróleo e gás
2 Furnas deve iniciar comissionamento de térmica no segundo semestre de 2005
3 Governo adia decisão sobre Angra 3
4 MME: energia nuclear não é viável do ponto de vista econômico
5 Ministério de Ciência e Tecnologia defende Angra 3

Grandes Consumidores
1 Vale tem parecer desfavorável do Cade à compra de mineradoras
2 Celulose Irani inaugura unidade para cogeração de energia
3 Irani: Redução de custos pode fazer crescer produção de papel
4 Açominas compra máquinas
5 Governo de Roraima garante energia para Brancocel
6 A PQU prepara estrutura logística para importar nafta
7 Ultratec quer estaleiro na BA

Economia Brasileira
1 FMI: continuidade das reformas é a chave para os juros caírem no Brasil
2 IBGE: Vendas do comércio têm menor crescimento em 15 meses

3 Meirelles diz que inflação está sob controle
4 IPCA pode estourar teto de 7%
5 Inflação semanal medida pela FGV tem alta
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina lança novo plano de racionamento de energia
2 Siemens estuda participação em licitação no setor energético da Argentina

 

Regulação e Novo Modelo

1 Palestra de Amilcar Guerreiro na UFRJ

Entre as inovações incorporadas no novo marco regulatório do Setor Elétrico, a análise da demanda futura de energia elétrica passou a ter uma importância estratégica para as empresas e outros agentes econômicos do setor. Neste contexto, foi criada a EPE - Empresa de Planejamento Energético. Com o objetivo de apresentar uma visão da EPE e sua estratégia de planejamento Amilcar Guerreiro, diretor da EPE, irá proferir palestra no Instituto de Economia da UFRJ, segunda-feira, dia 18 de abril, às 14h. Caso tenha interesse em participar, enviar mail para ifes@nuca.ie.ufrj.br (NUCA-IE-UFRJ - 14.04.2005)

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Empresas

1 Furnas planeja iniciar operação de três linhas de transmissão em 2006

Está previsto para o próximo ano o início da operação comercial de três linhas de transmissão arrematadas por Furnas em consórcio no leilão promovido pela Aneel em setembro de 2004. Zani informou que as linhas Campos - Macaé (RJ), em 345 kV e 92 km, e Furnas - Pimenta (MG), em 345 kV e 75 km, estão na fase inicial da implantação e devem começar a funcionar em setembro de 2006. Já Itutinga - Juiz de Fora (MG), em 345 kV e 140 km, na mesma etapa das outras, deve iniciar operação em novembro do mesmo ano. (Canal Energia - 13.04.2005)

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2 Mantega admite ingresso do BNDES no capital da Cesp com condições

No encontro entre o governador Geraldo Alckmin e o presidente do BNDES, Guido Mantega, realizado na última segunda-feira, foi discutido um novo modelo de participação do BNDES no processo de reestruturação da Cesp e, pela primeira vez, Mantega admitiu o ingresso do BNDES no capital da Cesp. Por intermédio da BNDESPar, a agência de fomento está disposta a comprar 20% da companhia paulista. Metade das ações viria da participação da Nossa Caixa. Os outros 10% seriam adquiridos junto ao Tesouro Estadual. Para isso, apresentou algumas condições. Uma delas é que o governo de São Paulo se comprometa a não privatizar a CTEEP. Ele quer que a estatal do setor de transmissão seja incorporada pela Cesp. O projeto do BNDES é a criação de uma holding que encampe as duas empresas. O modelo guarda semelhanças com o acerto feito com a AES, que deu origem à Brasiliana. O BNDES quer ainda o direito de nomear um representante no Conselho de Administração e um dos diretores desta nova empresa. Este entendimento representa uma reviravolta na reestruturação da Cesp. (Relatório Reservado - 14.04.2005)

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3 Grupo Rede planeja captação internacional

O Grupo Rede, que não conseguiu se qualificar para receber um empréstimo do BNDES, planeja realizar uma captação internacional, por meio da emissão de debêntures ou de uma operação de securitização de receita. A empresa quer arrecadar quase R$ 300 milhões. (Relatório Reservado - 14.04.2005)

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4 Cemig apresenta proposta de distribuição de dividendos aos acionistas

O conselho de administração da Cemig divulgou a proposta de distribuição de dividendos aos acionistas, que será levada para discussão na Assembléia Geral Extraordinária no dia 29 de abril. Dos R$ 1,348 bilhão de lucro líquido obtidos em 2004, 50%, ou R$ 692,4 milhões, serão destinados aos acionistas como dividendos, dos quais R$ 510 milhões na forma de juros sob o capital próprio e R$ 182,4 milhões por meio de dividendos complementares. Os pagamentos serão efetuados em duas parcelas semestrais, ambas de R$ 346,2 milhões, nos dias 30 de junho e 29 de dezembro. A política de dividendos respeita o plano diretor aprovado em 2004, que prevê o aumento da participação dos acionistas de 25% para 50%. Além disso, 65% da parcela que cabe ao estado de Minas Gerais ficarão retidos na empresa, com o objetivo de amortizar o saldo devedor da Conta de Resultados a Compensar. (Canal Energia - 13.04.2005)

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5 Copel aprova arquivamento de emissão de debêntures

A Copel aprovou em assembléia geral extraordinária realizada na terça-feira, dia 12 de abril, o pedido para que a Comissão de Valores Mobiliários proceda o arquivamento da emissão de até R$ 1 bilhão em debêntures em um prazo máximo de dois anos. Os papéis serão do tipo não conversíveis em ações e lançados em uma ou mais séries. Na mesma reunião foram aprovadas ainda as condições para a terceira emissão de debêntures, em série única e não conversíveis em ações, que a subsidiária Copel Geração pretende fazer, no valor de R$ 400 milhões. A operação será datada em 1° de fevereiro de 2005. (Canal Energia - 13.04.2005)

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6 CEEE vai investir R$ 6,5 mi na iluminação pública

A CEEE planeja investir R$ 6,5 milhões, este ano, em 12 projetos do programa de combate ao desperdício de energia elétrica no setor público estadual. Quatro projetos foram assinados na quarta-feira, 13 de abril. As ações objetivam melhorar a qualidade da iluminação pública e diminuir o desperdício de energia. Serão contemplados a Assembléia Legislativa, o prédio do Instituto de Previdência do Estado, Centro Administrativo Fernando Ferrari e escolas estaduais. Nesses quatro projetos serão aplicados R$ 2 milhões, que resultarão em uma economia de R$ 859,2 mil para os cofres do estado. A expectativa é de uma melhora de 70% na qualidade da iluminação dos prédios públicos. (Canal Energia - 14.04.2005)

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7 Cemat vai investir R$ 19 mi no programa Luz para Todos em 2005

Segundo a Cemat, o programa Luz para Todos atenderá 3,2 mil famílias no Mato Grosso em 20005. A empresa investirá R$ 19 milhões na construção de 1,75 mil km de rede de distribuição de energia. O projeto está dividido em três lotes, sendo que o primeiro tem previsão para ser concluído em abril, com o atendimento de 577 famílias com a construção de 300 km de rede. Serão investidos R$ 3 milhões na primeira fase. (Canal Energia - 14.04.2005)

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8 Audiência pública para discutir reajuste tarifário da Celpe acaba em tumulto

Uma audiência pública promovida pela Aneel para discutir o reajuste tarifário de 56,98% exigido pela Celpe e o de 34,11% proposto pela Aneel terminou em tumulto ontem em Recife. Depois de ser interrompida por mais de 30 vezes devido a vaias cada vez que a palavra reajuste era pronunciada, a sessão foi suspensa quando manifestantes tomaram o microfone do diretor-geral da Aneel, Jerson Kelmam, que presidia o encontro. O ambiente começou a ficar a hostil quando o superintendente de Regulação da Aneel, César Gonçalves, tentava explicar o reajuste da Celpe. Gonçalves e os outros oradores eram interrompidos por palavras de ordem. O vice-presidente da Força Sindical, Mauro Aurélio Medeiros, pediu que o aumento fosse adiado e propôs à sociedade que o boicotasse, não pagando a conta. "Viemos escutar a sociedade e não enfrentar desaforos. Já fizemos mais de 300 reuniões e nunca fomos tão desacatados como fomos aqui hoje", reclamou o diretor-ouvidor da Aneel, Jaconias de Aguiar. (O Globo - 14.04.2005)

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9 S&P atribui rating de crédito corporativo à Tractebel

A Standard & Poor's atribuiu rating de crédito corporativo "brA+", em sua escala nacional Brasil, à Tractebel Energia. A classificadora de risco também atribuiu rating de emissão "brA+" às debêntures no valor de R$ 200 milhões a serem emitidas pela geradora. A perspectiva do rating de crédito corporativo é estável. Segundo a S&P, os ratings atribuídos à companhia e às suas debêntures refletem a sua favorável posição de custo em geração de energia, que combinada a um moderado nível de endividamento total comparado ao fluxo de caixa, resulta em um sólido perfil financeiro. No entanto, diz a classificadora, os ratings são restringidos pela ainda pequena participação da Tractebel no mercado brasileiro de geração, com 7,6% da produção total. (Canal Energia - 13.04.2005)

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10 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 13-04-2005, o IBOVESPA fechou a 26.066,11 pontos, representando uma baixa de 0,53% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 3,52 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,65%, fechando a 7.350,81 pontos. Este conjunto de empresas movimentou R$ 184 milhões. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 34,48 ON e R$ 35,20 PNB, alta de 0,82% e 1,59% respectivamente, em relação ao fechamento do dia anterior. Destaca-se que estas ações movimentaram R$ 16,8 milhões as ON e R$ 37,1 milhões as PNB. De todo o movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis por 20% do volume monetário. Na abertura do pregão do dia 14-04-2005 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 34,27 as ações ON, baixa de 0,61% em relação ao dia anterior e R$ 35,00 as ações PNB, baixa de 0,57% em relação ao dia anterior. (Economática e Investshop - 14.04.2005)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 MME quer definir classificação para apagões

O MME criou um grupo de trabalho para definir uma classificação para os apagões no País. A idéia, diz o presidente do ONS, Mário Santos, é criar uma espécie de `escala Richter` - a que mede a intensidade de terremotos - para os cortes de energia. Por trás da iniciativa, porém, está o descontentamento do Ministério com o uso recorrente da palavra, que lembra o racionamento de energia de 2001 e, na opinião da ala mais nacionalista do setor, denigre a imagem do País. (Elétrica - 14.04.2005)

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2 Região Sudeste registra novo recorde de demanda de energia

A região Sudeste registrou na terça-feira, dia 12 de abril, mais um recorde de demanda máxima, segundo informou o ONS. Às 18h34, o valor registrado chegou a 38.287 MW, ultrapassando o recorde anterior de 38.046 MW verificado em 7 de abril. (Canal Energia - 13.04.2005)

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3 Sudeste/Centro-Oeste registra volume 33,7% acima da curva de aversão ao risco

O índice de armazenamento do submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 86,5%, com queda de 0,07% em relação ao dia 11 de abril. O volume fica 33,7% acima da curva de aversão ao risco. As usinas Nova Ponte e M. Moraes operam, respectivamente, com 95,9% e 93,6% de capacidade. (Canal Energia - 13.04.2005)

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4 Nível de armazenamento do submercado Sul está em 40,4%

O submercado Sul apresenta 40,4% de capacidade em seus reservatórios. Em relação ao dia anterior, houve aumento de 0,05% no índice de armazenamento da região. A hidrelétrica de Machadinho registra 66,9% de volume armazenado. (Canal Energia - 13.04.2005)

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5 Submercado Nordeste registra volume 49% acima da curva de aversão ao risco

O volume armazenado dos reservatórios da região Nordeste está em 96,6%, com aumento de 0,3% em relação ao dia 11. O índice fica 49% acima da curva de aversão ao risco. A usina de Sobradinho apresenta capacidade de 99,5%. (Canal Energia - 13.04.2005)

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6 Nível de armazenamento do submercado Norte está em 95,3%

O nível dos reservatórios da região Norte está em 95,3%, com queda de 0,2% em relação ao dia anterior, dia 11. A usina de Tucuruí opera com capacidade de 97,1%. (Canal Energia - 13.04.2005)

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Gás e Termoelétricas

1 CNPE aprova nova licitação para petróleo e gás

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou, ontem, a oferta de 1.134 blocos na sétima rodada de licitações de áreas petrolíferas e de gás, que será realizada em outubro. O diretor-geral interino da ANP, Haroldo Lima, informou que 8,5% desses blocos referem-se a áreas com alta potencialidade de descobertas, e que estão basicamente localizadas nas bacias de Campos e Sergipe. Lima reiterou que o foco dessa licitação será o gás natural. De acordo com o MME, os blocos estão localizados em 34 setores das 14 bacias sedimentares pesquisadas e ocupam área de 397.661 quilômetros quadrados. Do total aprovado, 430 blocos estão localizados em bacias maduras. Lima disse que foi aprovada a venda de blocos marginais, ou seja, de pequena potencialidade, para atrair empresas de menor porte. Segundo ele, são 20 blocos nessa situação nas Bacias de Sergipe e da Bahia, com certeza da existência de petróleo, e que totalizam potencial de produção de cerca de 725 mil barris/dia. Ele explicou ainda que esses blocos marginais serão leiloados com os demais, mas que o critério de classificação não será por meio de oferta financeira, mas pelo projeto de exploração. (Gazeta Mercantil - 14.04.2005)

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2 Furnas deve iniciar comissionamento de térmica no segundo semestre de 2005

Furnas planeja iniciar o comissionamento das unidades geradoras a gás da termelétrica de Santa Cruz, convertidas para bicombustível, no segundo semestre deste ano. Os testes que serão feitos não agregarão potência ao sistema elétrico e visam a ajustar a usina para que o início da operação comercial da primeira unidade geradora ocorra em abril de 2006, em ciclo combinado. A térmica vai gerar 950 MW quando estiver operando por completo em ciclo combinado, o que está previsto para julho de 2006. Atualmente, a capacidade da usina é de cerca de 600 MW. (Canal Energia - 13.04.2005)

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3 Governo adia decisão sobre Angra 3

O governo adiou a decisão sobre a retomada das obras para a conclusão da usina nuclear de Angra 3. A divergência de posições entre os relatórios sobre a viabilidade do projeto, discutido ontem por cerca de três horas em reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), levou o ministro da Casa Civil, José Dirceu, a pedir vistas do processo. Ele quis mais tempo para avaliar os relatórios e sugeriu a realização de uma reunião extraordinária do CNPE - ainda sem data marcada, mas que deve ocorrer dentro de algumas semanas. Três estudos diferentes e independentes foram elaborados pelos ministérios de Minas e Energia, Ciência e Tecnologia, e Meio Ambiente. Além deles, participam do conselho outras quatro pastas: Fazenda, Planejamento, Casa Civil e Desenvolvimento. O governo se dividiu em dois grupos, que vêem a conclusão de Angra 3 sob ângulos opostos. De um lado, na reunião, posicionaram-se os ministérios de Minas e Energia e do Meio Ambiente, contrários à retomada da obra. Do outro, Ciência e Tecnologia, favorável à usina. Os demais não se definiram. (Valor - 14.04.2005)

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4 MME: energia nuclear não é viável do ponto de vista econômico

O MME avalia que o sistema elétrico precisa de novos investimentos para expandir sua capacidade instalada e afastar qualquer risco de racionamento após 2010, período tido como relativamente seguro pela ministra Dilma Rousseff. Dilma argumenta, porém, que a energia nuclear não é viável do ponto de vista econômico. Acha que o país deve explorar melhor o seu potencial hidrelétrico antes de pensar na alternativa de Angra 3. A ministra tem observado menos obstáculos na obtenção de licenças ambientais para a implantação de aproveitamentos hidrelétricos. Mesmo em caso de dificuldades para a efetiva construção das hidrelétricas, ela acredita que há opções mais baratas e rápidas - como as térmicas a gás - do que a construção do projeto nuclear, cujo produto sairia muito caro às distribuidoras e, conseqüentemente, ao consumidor. O Ministério do Meio Ambiente uniu-se a esse lado na rejeição à Angra 3. (Valor - 14.04.2005)

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5 Ministério de Ciência e Tecnologia defende Angra 3

O do Ministério de Ciência e Tecnologia foi o único que defendeu a conclusão de Angra 3 na reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). O ministro Eduardo Campos lembrou que o país já fez investimentos de US$ 700 milhões, sobretudo na compra de máquinas e equipamentos, e falta investir R$ 1,8 bilhão para completar o projeto da usina. Na avaliação dele, a finalização da usina seria uma espécie de alavanca para o desenvolvimento do programa nuclear brasileiro, com objetivos que vão além da geração de energia. Campos argumentou que o potencial do programa é muito grande, uma vez que o Brasil possui a sexta maior reserva mundial de urânio. (Valor - 14.04.2005)

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Grandes Consumidores

1 Vale tem parecer desfavorável do Cade à compra de mineradoras

A Companhia Vale do Rio Doce recebeu mais um parecer desfavorável do sistema brasileiro de defesa da concorrência, relativo a sete operações que envolvem atos de concentração e mudanças acionárias feitos entre 2000 e 2001. Depois de as secretarias de Acompanhamento Econômico (Seae) e de Direito Econômico (SDE) recomendarem, com restrições, a aprovação das operações, agora foi a vez da Procuradoria-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A avaliação se refere à compra das empresas de mineração Socoimex, Samitri, Ferteco, Caemi e parte da Belém pela Vale, além de duas operações de descruzamento de ações da empresa e da CSN. Com as operações, a Vale, que já é a maior produtora mundial de minério de ferro, aumentou sua participação na produção de três tipos da commodity. No caso do minério de ferro granulado, por exemplo, passou de 29% para 73,36%. Além disso, como algumas das empresas compradas pela Vale têm ferrovias, o setor de logística também seria afetado. Em nota, a Vale disse que o parecer é só uma etapa e se limitou a aspectos jurídicos do processo. E afirmou estar confiante de que, no final, o Cade será favorável à companhia. (O Globo - 14.04.2005)

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2 Celulose Irani inaugura unidade para cogeração de energia

A Celulose Irani, uma das maiores indústrias de papel do país, inaugurou ontem em Vargem Bonita, no meio-oeste catarinense, sua primeira usina de co-geração de energia por queima de biomassa. Com investimentos de R$ 22,5 milhões, a empresa torna-se praticamente auto-suficiente em energia elétrica e vapor, reduzindo para perto de zero a compra de energia da Celesc. De acordo com o diretor-superintendente da Irani, Péricles Druck, o investimento trará redução de custos em cerca de 50%. A usina tem capacidade de geração de energia elétrica de 7,5 MW, ficando a empresa dependente do sistema Celesc em apenas 1 MW para sua atual produção, de 153 mil toneladas/ano de papel. Já em termos de vapor, a capacidade é de geração de 80 toneladas/hora, que juntamente com duas caldeiras de geração de vapor pequenas já existentes completam 100 toneladas de vapor/hora, hoje suficientes para a produção da Irani. (Valor - 14.04.2005)

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3 Irani: Redução de custos pode fazer crescer produção de papel

A Celulose Irani decidiu pela construção de uma usina de co-geração há dois anos, quando viu que estava com tamanho adequado para fazer um investimento de porte na área de geração de energia, com finalidade de ganhar maior eficiência. O diretor-superintendente da Irani, Péricles Druck, comenta que esse é o segundo maior investimento feito na fábrica de papel, que em 1999 contou com recursos para compra de uma máquina que dobrou sua capacidade produtiva. Com a usina, a Irani vai desativar sete caldeiras antigas que geravam vapor. De acordo com Druck, a Irani pára de utilizar queima de combustível fóssil nas suas operações, levando em conta questões ambientais. Os resíduos para a usina de co-geração serão adquiridos principalmente de terceiros. A perspectiva da empresa é de que com a redução de custos, haja mais espaço para crescer sua produção de papel. Já neste primeiro ano, estima crescimento de cerca de 10 mil toneladas na produção, chegando a 163 mil toneladas/ano. A meta para 2005 é um faturamento de R$ 439 milhões, frente a R$ 366 milhões em 2004. (Valor - 14.04.2005)

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4 Açominas compra máquinas

A chinesa Minmetals Development anunciou que vai vender equipamentos para a Gerdau Açominas, unidade operacional no Brasil do grupo Gerdau, como parte de um consórcio que chegou a um acordo de 2 bilhões de yuans (o equivalente a US$ 242 milhões) com a companhia brasileira. A Minmetals Development, unidade da China Minmetals com ações listadas em bolsa de valores, conseguiu a aprovação de seu conselho para vender equipamentos e serviços técnicos para a Açominas. O acordo ainda tem de ser aprovado pelos acionistas da companhia, segundo informou a Minmetals em comunicado publicado no China Securities Journal. A China Minmetals tentou comprar parte da mineradora canadense Noranda ano passado. (Gazeta Mercantil - 14.04.2005)

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5 Governo de Roraima garante energia para Brancocel

O governador de Roraima Ottomar Pinto (PTB) assinou contrato garantindo fornecimento de energia elétrica à Brancocel - indústria de celulose - ao preço de US$ 17,93 o MW. O diretor de controladoria e logística, Cláudio Schmidt, confirmou a notícia e anunciou o desejo da empresa de começar suas atividades em 2008. Quando estiver em operação, o empreendimento deverá gerar cerca de quatro mil empregos diretos, além de impostos na casa dos US$ 120 milhões/ano. De acordo com Schmidt, por falta do contrato garantindo o fornecimento de energia elétrica a empresa foi obrigada a atrasar o cronograma previsto de inaugurar a fábrica em 2006. A fábrica será construída para produzir mil toneladas de celulose por dia, mas será operada para 800 toneladas. O diretor informou que a indústria transformará madeira em pasta de celulose. O produto será integralmente comercializado fora do Brasil. (Elétrica - 13.04.2005)

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6 A PQU prepara estrutura logística para importar nafta

A Petroquímica União (PQU) prepara sua estrutura logística para receber importações de nafta petroquímica. A PQU é a única, das três centrais petroquímicas brasileiras, que ainda não tinha divulgado projeto de importação de matéria-prima. A estratégia, ainda em estudo, prevê a construção de um terminal de armazenamento de nafta no porto de Santos (SP), por onde deve chegar a nafta importada e de onde será transportada até o forno de transformação de nafta da PQU, instalado no pólo de Mauá (região do ABC paulista). O programa de importação está sendo acordado com a Transpetro (braço logístico de derivados de petróleo da Petrobras), que detém os dutos e a estrutura pela qual deverá ser trazida a nafta de Santos para São Paulo. "Já temos o terreno, sob forma de arrendamento, próximo ao porto de Santos", disse Wilson Matsumoto, diretor superintendente da PQU. O executivo ressalta, entretanto, que o projeto principal de ampliação da central segue tendo como fornecedor a Petrobras. A importação é um passo estratégico em paralelo. (Gazeta Mercantil - 14.04.2005)

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7 Ultratec quer estaleiro na BA

A Ultratec - empresa de construção e montagem industrial com atuação nas áreas de petróleo, petroquímica, siderurgia e energia - planeja construir um estaleiro em Aratu (BA), orçado em US$ 150 milhões. (Valor - 14.04.2005)

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Economia Brasileira

1 FMI: continuidade das reformas é a chave para os juros caírem no Brasil

O economista-chefe do FMI, Raghuram Rajan, afirmou que as reformas estruturais são o instrumento mais eficaz para fazer com que as taxas de juros caiam no Brasil. "As taxas de juros habitualmente são altas no Brasil. Para reduzí-las é preciso dar um enfoque maior à reforma estrutural" disse ele. "A economia, alimentada por um forte investimento e fortes exportações, cresceu fortemente em 2004. A previsão é de que o Brasil cresça 3,7% neste ano e 3,5% no próximo", prevê o Fundo em seu informe semestral "Panorama Econômico Mundial". O FMI prevê inflação de 6,5% para o Brasil em 2005 e de 4,6% em 2006. Segundo Rajan, a reforma fiscal já está provocando resultados positivos, e a política monetária "deu passos na direção correta para reduzir a inflação". Em comentários positivos sobre a economia brasileira, o FMI destaca que o desempenho fiscal do país superou as expectativas com um superávit primário de 4,6% do PIB em 2004. (O Globo Online - 14.04.2005)

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2 IBGE: Vendas do comércio têm menor crescimento em 15 meses

As vendas no comércio varejista aumentaram 1,32% em fevereiro na comparação com igual mês do ano passado, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE. Trata-se do 15° mês seguido de alta. No entanto, também é o pior índice de crescimento registrado nesse periodo. Em janeiro, as vendas cresceram 6,24% na comparação com o mesmo do ano anterior. Em dezembro, elas haviam crescido quase 12% no mesmo tipo de comparação. O IBGE atribui o resultado à melhora na base de comparação --já que as vendas estão em um patamar bastante alto, e fica difícil manter fortes índices de crescimento nesse cenário-- e ao efeito-calendário --fevereiro teve menos dias úteis neste ano. A mudança no cenário macroeconômico também interfere no desempenho das vendas. O crédito tende a ficar mais caro com o ciclo de aumento da taxa básica de juros.(Folha Online - 14.04.2005)

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3 Meirelles diz que inflação está sob controle

A uma semana para o anúncio da decisão do Copom sobre o rumo da taxa básica de juros, o presidente do BC, Henrique Meirelles, mandou um recado para os investidores: "A inflação está baixa, sob controle, e esse é um fator muito importante para o crescimento sustentável", disse. Nos últimos dias, cresceram as apostas de que, na próxima quarta-feira, o Copom vai manter os juros básicos da economia em 19,25% ao ano, interrompendo o ciclo de alta iniciado em setembro do ano passado. Na BM&F, os bancos ainda embutem nos contratos de juros futuros uma expectativa de alta de 0,25 ponto percentual na próxima semana, mas a declaração de Meirelles pode estimular as apostas na manutenção da taxa em 19,25%. (Folha Online - 14.04.2005)

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4 IPCA pode estourar teto de 7%

O Instituto de Economia da UFRJ calcula que os núcleos atuais da inflação indicam para uma taxa acima de 6,5% este ano e, com isso, admite o risco de o resultado final "furar" o teto da meta para 2005 (de 7%), caso os choques de oferta venham mais fortes que o previsto. Apesar do alerta, o IE/UFRJ trabalha com um cenário ainda relativamente positivo de projeção para a inflação este ano, de 6,3%, pouco acima da média de mercado captada na última pesquisa Focus (6,04%). A previsão para o IPCA para o ano se divide assim: variação de 8,1% nos preços administrados e de 5,5% nos preços livres. O economista responsável pela análise de inflação do grupo do IE/UFRJ, Carlos Thadeu Gomes Filho, explica que o câmbio mais baixo e a desaceleração do crescimento da economia vão reduzir a variação dos preços livres. (Jornal do Commercio - 14.04.2005)

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5 Inflação semanal medida pela FGV tem alta

A inflação medida pelo IPC-S ficou em 0,86% na semana encerrada em 7 de abril, informou a FGV. No IPC-S anterior, até 31 de março, o indicador atingiu alta de 0,70%. A instituição diz que vestuário, transportes, alimentação e saúde e cuidados pessoais foram os responsáveis pela alta. A FGV não divulgou as variações desses grupos, mas disse que o grupo alimentação "apresentou aumentos nas taxas de variação de itens importantes na cesta de consumo das famílias, notadamente alimentos in natura". De acordo com a fundação, o resultado foi o terceiro mais elevado de 2005, ficando apenas, 0,04 ponto percentual abaixo da taxa divulgada na primeira semana de fevereiro, 0,90%, que permanece como o maior resultado do ano. (O Estado de São Paulo - 14.04.2005)

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6 Dólar ontem e hoje

O mercado financeiro operou nesta manhã de olho no cenário internacional. O dólar comercial seguiu uma tendência mundial e terminou a primeira etapa em alta de 0,46%, a R$ 2,573 na compra e R$ 2,575 na venda. Ontem, o dólar comercial terminou com queda de 0,43%, a R$ 2,5630 na venda. (O Globo Online e Valor Online - 14.04.2005)

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Internacional

1 Argentina lança novo plano de racionamento de energia

O governo da Argentina voltou a implantar um sistema de prêmios e multas para os usuários de gás natural e energia para evitar uma crise energética como a do ano passado. O Programa de Uso Racional de Energia (Pure) deste ano vai vigorar entre 15 de abril e 30 de setembro. Com o Pure, cerca de 4,1 milhões de usuários residenciais deverão consumir entre 5% e 10% a menos de gás que o habitual nos próximos cinco meses para evitar pagar multas, o que significa uma rigidez maior do que a de 2004. As medidas relativas ao consumo de energia são iguais às do ano passado. Quem consome mais de 600 quilowatts por bimestre deverá economizar 5% para não ter que pagar multas que variam entre 25% e 60%. (Elétrica - 13.04.2005)

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2 Siemens estuda participação em licitação no setor energético da Argentina

O consórcio alemão Siemens estuda participar de uma licitação no valor de US$ 1,6 bilhão no setor energético da Argentina, informou o ministro do Planejamento argentino, Julio Devido. O grupo alemão participaria de uma licitação na concorrência pública que deve acontecer nos próximos meses para a construção de dois equipamentos de ciclo combinado, com geração de 800 MW de energia cada. A finalização destas centrais se concretizaria entre 2006 e 2007. O presidente da Argentina, Néstor Kirchner, em visita oficial à Alemanha, liderou uma reunião ontem na qual tomaram parte Devido, o vice-presidente da Siemens, Uriel Scharef, e o titular da empresa na Argentina, Matthias Kleinhempl. (Gazeta Mercantil - 14.04.2005)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Diego Garbayo e Diogo Bravo

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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