l IFE:
nº 1.553 - 13 de abril de 2005 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 ONS descarta impacto negativo de leilões para abastecimento em 2009 Com relação
aos leilões de energia existente já realizados pelo MME, a chamada "energia
velha", o diretor geral do ONS, Mário Santos, descartou qualquer impacto
negativo para o abastecimento em 2009, conforme especulações iniciais
do mercado. Segundo cálculos do ONS, a probabilidade de desabastecimento
em 2008 e 2009 é de 5%, o que, segundo Santos, reduz ao mínimo as possibilidades
de problema. (Gazeta Mercantil - 13.04.2005) 2 Abraceel estima em mil MW médios potencial de negócios de leilões de ajustes A Abraceel
acredita que o potencial de negócio dos leilões de ajuste possa chegar
a mil MW médios. A estimativa da associação leva em consideração o registro
de negócios feitos, atualmente, no âmbito da CCEE. Segundo a Abraceel,
o objetivo da parceria com a BM&F é organizar os leilões que já acontecem
hoje no mercado entre comercializadores, geradores e consumidores livres,
criando um ambiente de comercialização de energia. Na prática, explicou
Francisco Lavor, vice-presidente da associação, será criada uma "roda"
de negociação, em viva-voz, em que os vendedores e compradores apresentam
suas propostas. Serão realizados de um a dois leilões por mês, com lotes
de 0,5 MW médio. Os contratos serão de curto prazo e seguirão os trâmites
de um negócio bilateral após o resultado final do leilão. (Canal Energia
- 12.04.2005) 3 Venda de energia para a Argentina pode recomeçar em maio O Brasil
poderá voltar a exportar energia para a Argentina a partir de maio, caso
se confirme a recuperação dos reservatórios da região Sul do país, ensaiada
há dez dias, quando registraram aumento de 5% da oferta. O diretor geral
do ONS, Mário Santos, afirmou ontem, no Rio, que a orientação da ministra
Dilma Rousseff, é "ajudar a Argentina sempre que possível, desde que assegurada
a segurança do abastecimento no Brasil e preservada a modicidade tarifária".
(Gazeta Mercantil - 13.04.2005) 4
Câmara realizará audiência para discutir carga tributária no setor elétrico
Em função
de parceria com a Relatório Reservado passaremos a contar com o RR como
fonte primária de informação em nosso Informe eletrônico - IFE. (NUCA-IE-UFRJ
- 13.04.2005)
Empresas 1 Alckmin retoma plano de privatização da CTEEP O governador
de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), levou ontem ao ministro da Fazenda,
Antonio Palocci, proposta de capitalização da Cesp. Além de pedir o alongamento
da pesada dívida de curto prazo da empresa, de cerca de R$ 2 bilhões,
o ministro também foi informado que a Cesp deverá receber recursos obtidos
com a privatização da CTEEP, que, segundo o governador, tem valor superior
a R$ 1 bilhão. O ministro Palocci disse a Alckmin que vai "avaliar rapidamente"
a proposta apresentada por escrito. O secretário de Fazenda, Eduardo Guardia,
também participou da reunião. Quanto à privatização da CTEEP, é preciso
aprovar uma lei na Assembléia Legislativa para depois dar início ao processo.
"O mais provável é que isso ocorra até o final do ano", disse o governador.
O objetivo do governo paulista é equacionar a dívida de curto prazo da
estatal. Para isso, propôs a Palocci, já que o governo federal tem créditos
contra a empresa, que a União também participe desse processo. A forma
será estudada pela equipe do Ministério da Fazenda. Segundo Alckmin, pode
ser um alongamento da dívida ou uma capitalização. (Valor - 13.04.2005)
2 Alckmin: Cesp não deixará de honrar seus compromissos Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, disse que enquanto o governo negocia uma solução para equacionar a dívida de curto prazo da Cesp, a estatal não deixará de honrar seus compromissos: "A parcela de R$ 138 milhões em debêntures será rigorosamente paga ao BNDES em 16 de abril (sábado)", prometeu. Alckmin afirmou que o governo de São Paulo assumiu em 2004 o compromisso de capitalizar a Cesp em R$ 120 milhões. E garantiu que isso está sendo feito e os pagamentos estão em dia. (Valor - 13.04.2005) 3 Celg esclarece proposta de grupamento de ações à Bovespa A Celg enviou
nesta terça-feira, dia 12 de abril, esclarecimentos à Bolsa de Valores
de São Paulo sobre a proposta de adesão ao Novo Mercado da Bovespa. A
companhia realiza na sexta-feira, dia 15 de abril, assembléia geral extraordinária
para apresentar a proposta aos acionistas. Segundo a empresa, o negócio
prevê a conversão da totalidade das ações preferenciais em ações ordinárias.
Com o intuito de ajustar o valor de cotação das ações de emissão da companhia
ao padrão recomendado pela Bovespa, a distribuidora propõe o grupamento
de ações, na proporção de mil para uma ação, sem alteração do capital
social. A idéia é facilitar a negociação, aumentar a liquidez e a eficiência
ao controle e ao relacionamento com os acionistas. (Canal Energia - 12.04.2005)
4
Estado de Goiás dispõe-se a vender para completar o lote de mil ações
5 Aneel veta contratos de suprimento entre empresas da CPFL Energia A Aneel
negou aprovação de dois contratos de compra e venda de energia firmados
entre a CPFL Paulista e as vendedoras Nova 1 Participações e Serra da
Mesa Energia, empresas cujo controle pertence ao mesmo controlador, o
grupo CPFL Energia. De acordo com informações do órgão regulador, os contratos
ferem um dos princípios básicos do atual modelo institucional do setor
elétrico, ao propor a contratação bilateral entre empresas controladas
por um mesmo grupo econômico (prática conhecida como self-dealing). Pelo
marco regulatório, as distribuidoras só podem efetuar contratações de
médio e longo prazo em pool, por meio de leilões públicos em ambiente
regulado pelo governo. (Canal Energia - 12.04.2005) No pregão
do dia 12-04-2005, o IBOVESPA fechou a 26.206,21 pontos, representando
uma alta de 1,18% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,44
bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 2,93%,
fechando a 7.303,03 pontos. Este conjunto de empresas movimentou R$ 91,1
milhões. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram
cotadas a R$ 34,20 ON e R$ 34,65 PNB, alta de 6,21% e 5,48% respectivamente,
em relação ao fechamento do dia anterior. Destaca-se que estas ações movimentaram
R$ 8,4 milhões as ON e R$ 17,3 milhões as PNB. De todo o movimento das
ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis por
19% do volume monetário. Na abertura do pregão do dia 13-04-2005 as ações
da Eletrobrás foram cotadas a R$ 34,20 as ações ON, estável em relação
ao dia anterior e R$ 34,96 as ações PNB, alta de 0,89% em relação ao dia
anterior. (Economática e Investshop - 13.04.2005) A Cemig inaugura nesta quarta-feira, dia 13 de abril, a subestação Neves 3, localizada no município de Ribeirão das Neves (MG). Segundo a empresa, a subestação faz parte de um conjunto de obras para reforçar o sistema de distribuição de energia na região Metropolitana de Belo Horizonte. (Canal Energia - 12.04.2005) A Elektro realizará no próximo dia 28 de abril, às 15:30 horas, assembléia geral ordinária para eleger os membros do conselho de administração da empresa, além de fixar a remuneração do conselho de administração e da diretoria para este ano. Na reunião, será examinado e votado ainda o resultado financeiro da distribuidora em 2004. (Canal Energia - 12.04.2005)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 ONS rechaça possibilidade de racionamento de energia na Região Sul O diretor-geral
do ONS, Mário Santos, rechaçou qualquer possibilidade de racionamento
na Região Sul do País, que sofre com baixos índices em seus reservatórios
em função da escassez de chuvas. Ele explicou que quase metade das reservas
do Sul está sendo coberta pela Região Sudeste, que atingirá ao final de
abril, 90% de sua capacidade de reservas, segundo projeção do ONS. "Em
época de seca, o Sudeste supre 30% do Sul. Atualmente, com esta grande
estiagem, já está atingindo 47%. A Região Norte, por sua vez, manda 10%
para o Sudeste. É a interligação do sistema", explicou. (Jornal do Commercio
- 13.04.2005) 2 ONS: governo já não encara o Sul com a preocupação de antes Segundo o diretor geral do ONS, Mário Santos, o governo já não encara a situação do Sul do país com a preocupação de antes, diante do aumento de 5% dos reservatórios da região nos últimos dez dias. "A nossa preocupação com o Sul está sob controle", afirmou Santos, ao lembrar que, no auge da crise, - no início deste ano -, os reservatórios apresentaram redução diária de seus níveis de 0,5%. Nos últimos dez dias, porém, o ONS identifica taxa diária de recuperação também de 0,5%. Os meses de fevereiro e março foram, segundo o executivo, os piores da região Sul, que dispõe, ao todo, de uma oferta de 15 mil megawatts mensais. O problema é que, além de um consumo mensal de 8 mil MW na região, a oferta atual de energia equivale a apenas 40% do total. Para atenuar o problema, o diretor do ONS lembra que, atualmente, a região também dispõe de outros 1,3 mil MW de energia termelétrica. (Gazeta Mercantil - 13.04.2005) 3 Reservatórios do Norte registram 95,6% de armazenamento A capacidade
da região Norte está em 95,6%, com queda de 0,4% em relação ao volume
registrado no dia 10 de abril. A usina de Tucuruí opera com 97,4% de volume
armazenado. (Canal Energia - 12.04.2005) 4 Reservatórios do Sul registram 40,4% da capacidade A região
Sul registra 40,4% de índice de armazenamento, com aumento de 0,1% em
relação ao dia anterior. A hidrelétrica G. B. Munhoz apresenta 40,2% de
capacidade. (Canal Energia - 12.04.2005) 5 Nordeste apresenta 96,3% de capacidade armazenada O Nordeste
apresenta 96,3% de volume armazenado em seus reservatórios, com aumento
de 0,4% em relação ao dia 10. O índice fica 48,6% acima da curva de aversão
ao risco. A capacidade da usina de Sobradinho está em 99,4%. (Canal Energia
- 12.04.2005) 6 Sudeste/Centro-Oeste registra 86,5% nos reservatórios O nível
dos reservatórios do submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 86,5%, com
leve queda de 0,1% em relação ao dia anterior. O índice fica 33,8% acima
da curva de aversão ao risco. As usinas Emborcação e Furnas operam, respectivamente,
com 95,6% e 98,4% de capacidade. (Canal Energia - 12.04.2005)
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras registra aumento de 4,1% na produção de petróleo e GN em março A produção média de petróleo e gás natural da Petrobras cresceu em março, com 2.101.478 barris de óleo equivalente (BOE) por dia, no Brasil e no exterior. O resultado indica aumentos de 4,1% em relação a março de 2004, e de 2,7% sobre fevereiro de 2005. Considerados apenas os campos nacionais, a produção de óleo e gás chegou a 1.837.689 barris (BOE) diários, 2,9% maior do que a de fevereiro e 5% maior em relação ao mesmo mês de 2004. Nesta mesma unidade (BOE), a produção internacional de óleo e gás natural proveniente dos oito países, onde a Petrobras mantém ativos de produção, foi de 263.789 barris/dia, 1,2% maior do que a do mês anterior. O resultado deve-se principalmente ao aumento de produção ocorrido na Bolívia. Em relação a março de 2004 a produção foi 1,4% menor. (Jornal do Commercio - 13.04.2005) 2 Petrobrás registra aumento de 17% na produção de GN A produção
de gás natural dos campos nacionais da Petrobras em março foi de 42,421
milhões de metros cúbicos diários, 1,7% maior do que o total do mês anterior.
Em relação a março de 2004, a produção foi 1% superior. No exterior foram
produzidos 16,904 milhões de metros cúbicos por dia, 3,7% a mais do que
no mês passado. (Jornal do Commercio - 13.04.2005) 3 Gas Natural investirá R$ 800 mi no Brasil Ao fazer
o balanço dos seis anos de atuação da empresa espanhola Gas Natural no
Brasil, o presidente da Ceg e Ceg Rio, Daniel Lopez Jordá, informou que
até 2007 serão investidos R$ 800 milhões nessas duas controladas e nas
pequenas participações que a Gas Natural possui em três distribuidoras
em São Paulo, entre elas, a Comgás. "Quando a Gas Natural chega a um país,
chega com ambição de permanência. Colocamos dinheiro debaixo das calçadas.
E nossa vontade é permanecer, expandir nossas atividades no Rio e em São
Paulo", disse Jordá acrescentando: "Estamos olhando algumas outras oportunidades
no Brasil". O entusiasmo com o Brasil não foi apagado nem mesmo com a
redução da receita com usinas termelétricas. No ano passado, a previsão
era de que esse segmento de negócio demandaria algo em torno de 1,4 bilhão
de metros cúbicos de gás natural mas, refeitas as projeções, chegou-se
a conclusão de que a demanda será de no máximo 800 milhões de metros cúbicos.
(Gazeta Mercantil - 13.04.2005) 4 CEG e CEG-Rio vão investir R$ 361,9 mi em 2005 O grupo
espanhol Gas Natural, controlador da CEG e da CEG-Rio, vai investir R$
361,9 milhões no Brasil este ano. De acordo com o presidente da CEG e
da CEG-Rio, Daniel López Jordá, o crescimento de cerca de 10% no volume
de investimentos projetado para 2005 será puxado pelos mercados de Gás
Natural Veicular (GNV) e industrial. Recentemente, a previsão de investimentos
para as duas companhias entre 2002 e 2007 foi elevada de R$ 1,2 bilhão
para R$ 1,5 bilhão, puxada pela construção de novos gasodutos e pela expansão
da rede de distribuição. Do total investido este ano, R$ 260 milhões serão
destinados à expansão da companhia, que na visão de Jordá poderá ser impulsionada
a partir da ampliação do fornecimento de GNV pelo Estado. Desde a privatização,
o número de postos de GNV saltou de 97 para 341 no final do ano passado.
A projeção é de que até o fim do ano mais 100 postos sejam inaugurados,
totalizando 441. (Jornal do Commercio - 13.04.2005) 5 CEG e CEG-Rio reduzem projeção de venda de gás para geração elétrica em 2005 Entre os planos para este ano anunciados pelo presidente da CEG e da CEG-Rio, Daniel López Jordá, está a revisão para baixo da projeção de venda de gás pelas duas distribuidoras para geração elétrica. A estimativa de fornecimento para as termelétricas passou de 1,459 bilhão de metros cúbicos de gás, para 800 milhões de metros cúbicos no ano, em função da retração observada no fornecimento para as usinas térmicas no primeiro trimestre. "Houve uma redução nos despachos de gás para termelétricas entre janeiro e março. Além disso, as chuvas devem favorecer as hidrelétricas este ano. Apesar de vendermos um grande volume de gás para geração elétrica, o peso dessas vendas não chega a 10% de nossa receita", disse Jordá. Cinco termelétricas estão atualmente na área da CEG e da CEG-Rio: Eletrobolt, Furnas Santa Cruz (em construção), Termorio, Macaé Merchant e Norte Fluminense. (Jornal do Commercio - 13.04.2005) 6 CEG e CEG-Rio pretendem concluir construções de gasodutos em 2005 A construção e conclusão de gasodutos também serão prioridades para a CEG e a CEG-Rio para o ano de 2005. Um dos principais projetos é o do gasoduto de Seropédica para Furnas Santa Cruz, que será finalizado em junho. Trata-se de uma obra chave, uma vez que a partir dela será disponibilizado o gás para abastecer as indústrias que futuramente se instalarão no complexo industrial de Itaguaí. A CEG entregará este ano o gasoduto São Gonçalo-Niterói e, se deferida a licença ambiental, iniciará as obras do gasoduto Guapimirim-Teresópolis. Segundo Daniel Jordá, o gasoduto de Angra dos Reis, novo pleito do Governo estadual, terá que esperar pelo menos até 2007 para entrar no cronograma da empresa. (Jornal do Commercio - 13.04.2005) 7 CEG e CEG-Rio estimam aumento na base de clientes ao final de 2005 As metas da CEG e da CEG-Rio em 2005 incluem o fornecimento de gás natural a 36 municípios (hoje são 27) e a expansão da base de 676,4 mil clientes em 2004 para 729,8 mil clientes ao final do ano. "Nossa ambição é chegar a 1,2 milhão de clientes em até sete anos, cerca de 40 mil a 50 mil a mais por ano", destacou Jordá. (Jornal do Commercio - 13.04.2005) 8 CNPE escolhe áreas de petróleo e gás natural a serem licitadas O CNPE vai indicar na reunião de hoje quais serão as áreas de petróleo e gás natural que deverão ser licitadas pela ANP na Sétima Rodada de Licitações prevista para outubro deste ano. A Rodada deverá dar ênfase principalmente às áreas com potencial para gás natural. (O Globo - 13.04.2005) A implantação da Cogen-Rio, sociedade que busca defender e disseminar o uso da cogeração (produção conjunta de energias térmica e elétrica utilizadas em processos industriais ou atividades comerciais) no Rio de Janeiro, foi garantida esta semana com as participações da CEG - Companhia Estadual de Gás, Petrobras, Lonjas Brasil, IqaraTurbomeca, Sotreq, Tuma, Stemac e Gás Natural Serviços na nova entidade. O próximo passo será a escolha do presidente em assembléia já agendada para hoje, quando, também, será votado o estatuto social do novo órgão. (Gazeta Mercantil - 13.04.2005) 10 CNPE se reúne hoje para discutir futuro da usina nuclear de Angra 3 O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), do qual participam sete ministérios, reúne-se hoje, tendo como principal assunto da pauta uma decisão sobre o futuro da usina nuclear de Angra 3, no Rio de Janeiro. Os integrantes do conselho vão ao encontro divididos sobre a viabilidade de construir a nova usina. O MME e o Ministério do Meio Ambiente deverão rejeitar a construção da usina nuclear. Os principais argumentos do MMA deverão fazer referência ao risco de acidentes e à destinação final dos resíduos de longa duração. Já quem encabeça o setor do governo que defende mais arduamente a usina de Angra 3 é o ministro de Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos. (Valor - 13.04.2005) 11 Dilma reafirma posição contrária a construção de Angra 3 A ministra Dilma Rousseff, que preside o CNPE, afirmou ter posição fechada - e contrária - sobre o assunto. "Do ponto de vista do meu ministério, não tem o menor sentido escolher Angra 3 como a fonte que seja economicamente a mais barata neste momento", afirmou a ministra. Ela lembrou, porém, que serão considerados aspectos "extra-energéticos" - além dos aspectos técnicos, questões estratégicas e também as ambientais. Dilma argumentou que o potencial para geração de energia hidrelétrica no país ainda é muito grande e mencionou outra alternativa: o aumento da capacidade das térmicas, principalmente aquelas movidas a gás natural. Mas ressaltou que a avaliação do CNPE será "absolutamente bem fundamentada". (Valor - 13.04.2005) 12 ONG Economia e Energia defende construção de Angra 3 O pesquisador Carlos Feu Alvim, da organização não-governamental Economia e Energia, considera que uma eventual decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de rejeitar ou adiar a construção da usina nuclear seria "míope" e "equivocada". Alvim defende que o custo da energia nuclear não é tão mais caro que o das térmicas, mas garante um fornecimento bem mais estável. Segundo o especialista, a capacidade dos reservatórios das hidrelétricas que estão projetadas para o futuro próximo é pequena demais para assegurar o abastecimento nos períodos de seca, sem gerar surpresas desagradáveis. Algumas das novas hidrelétricas projetadas, diz Alvim, só podem acumular dois meses de chuvas. O pesquisador aponta ainda que os especialistas treinados pela cooperação com a Alemanha estarão aposentados dentro de mais uma década. (Valor - 13.04.2005)
Grandes Consumidores 1 Governo do Rio diz que Votorantim planeja nova usina no estado O grupo
Votorantim iniciou uma negociação com o governo fluminense para fazer
nova usina de aço no Estado para produzir 500 mil toneladas ao ano de
aços não planos, usando sucata como matéria-prima, segundo afirmou ontem
Humberto Mota, secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico do Rio.
O valor do investimento está previsto em cerca de US$ 400 milhões, numa
estimativa preliminar, disse o secretário. Mota contou que representantes
do grupo estiveram na semana passada na Codin (Companhia de Desenvolvimento
Industrial do Estado do Rio) para definir a área do projeto, que em princípio
poderá ser em Barra Mansa, onde o grupo paulista já tem uma usina de aços
longos, ou em Resende. Um porta-voz da Votorantim Metais, holding que
controla o negócio de aço no grupo, informou que o que existe de fato
hoje é o projeto de expansão para 580 mil toneladas da atual usina em
Barra Mansa, a ser completado em 2006, e avaliação de uma segunda fase
que chegaria a 800 mil toneladas por volta de 2008. (Valor - 13.04.2005)
2 Usina Siderúrgica do Ceará assina contrato com a Chesf A Chesf
e a Usina Siderúgica do Ceará assinaram contrato de fornecimento de energia
elétrica. A geradora venceu o leilão reverso promovido pela USC para fornecer
180 MW médios por um período de 20 anos. O volume pode chegar a 235 MW
médios, dependendo do pico de produção da usina, que ainda começará a
ser construída. O valor do contrato é de R$ 81,80, por MWh, excluindo
os encargos e tributos.As obras de implantação da usina devem começar
no segundo semestre deste ano, com prazo de conclusão em 30 meses. Para
construir a USC, serão investidos US$ 75 milhões. Segundo Adão Linhares
Muniz, coordenador de Energia e Comunicações da Secretaria da Infra-Estrutura
do estado do Ceará, a usina produzirá 1,5 milhão de toneladas de placas
de aço para exportação. O gás natural será utilizado no lugar do carvão
mineral para processo de redução direta (tecnologia adotada), o que torna
a usina um empreendimento limpo. Inicialmente, a Petrobras fornecerá à
USC 1,2 milhão de metros cúbicos por dia de gás natural. (Canal Energia
- 12.04.2005)
Economia Brasileira 1 FMI: Brasil cresce menos que resto do mundo em 2005 O FMI elevou sua expectativa de crescimento do PIB do Brasil em 2005 para 3,7%, contra os 3,5% previstos em setembro. Mesmo assim, o desempenho do Brasil ficará abaixo da média dos países da África (5%) e de seus principais concorrentes emergentes, como China (8,5%), Índia (6,7%) e Rússia (6%). Em 2004, o FMI previu que o Brasil cresceria apenas 4%, mas a expansão do PIB alcançou 5,2%. Para 2006, o FMI prevê 3,5% de crescimento para o Brasil, taxa novamente abaixo dos principais emergentes e da África. Para a economia mundial, o Fundo projeta um crescimento de 4,3% neste ano, 0,7 ponto percentual menor do que os 5% de 2004. (Folha Online - 13.04.2005) 2 Malan defende Palocci e diz que não há macroeconomia de esquerda O ex-ministro da Fazenda Pedro Malan não acredita que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva altere o respaldo que dá a condução da política econômica feita por seu sucessor, o ministro Antonio Palocci. Embora defenda aperfeiçoamentos na política econômica, como no regime de metas de inflação, Malan disse que "não se deve reinventar a roda", porque não existiria "macroeconomia de direita ou de esquerda". Malan fez diversos elogios a Palocci e disse que o cenário externo, a condução da política econômica e a continuidade do processo de mudanças estruturais e institucionais são as três variáveis que devem ser analisadas para traçar as perspectivas da economia brasileira. Para ele, essas mesmas variáveis explicam o crescimento de 2004. (O Estado de S. Paulo - 13.04.2005) 3
Exportações podem afetar crescimento doméstico 4 CNI confirma redução da atividade industrial no País O aumento
dos juros promovido pelo BC nos últimos sete meses começa a atingir de
forma mais acentuada a indústria, a ponto de iniciar um processo de redução
da atividade. A avaliação foi feita ontem pelo presidente da CNI, deputado
Armando Monteiro Neto (PTB-PE). "A indústria acusa o efeito do ciclo de
sete meses de aperto da política monetária, algo previsível sobre a atividade
econômica - disse o líder empresarial, em entrevista coletiva. Conforme
estudo divulgado na segunda-feira pelo Iedi, a produtividade industrial
caiu 2,5% em fevereiro em relação agosto do ano passado, o melhor momento
verificado pelo Iedi, já excluídos os fatores sazonais." Apesar do momento
menos favorável para a indústria, por conta da alta de juros e também
do risco de o ritmo de exportações ser diminuído nos próximos meses devido
à desvalorização do dólar, Monteiro Neto manteve a projeção de que a atividade
da indústria de transformação poderá crescer entre 4,5% e 5% este ano.
(Jornal do Commercio - 13.04.2005) 5 BC deve manter juro e encerrar aperto monetário O BC vai
manter o juro em 19,25% no próximo dia 20, encerrando o ciclo de aperto
monetário, iniciado em setembro. A expectativa é da economista do Banco
Fibra, Maristella Ansanelli. "No campo inflacionário, ainda que a inflação
contemporânea continue elevada, as pressões de curto prazo não têm contaminado
as perspectivas sobre o comportamento dos preços em um horizonte mais
longo de tempo, onde se situa o foco de atuação da política monetária",
cita a economista, em comentário enviado aos clientes. Na sua avaliação,
os resultados da pesquisa de mercado realizada pelo BC mostram que o movimento
de elevação das expectativas para o IPCA de 2005, que superaram os 6%,
não contaminou as projeções para os próximos 12 meses, que recuaram para
5,48%, nem as expectativas para o IPCA de 2006, que se mantiveram estáveis
em 5%. (Folha Online - 13.04.2005) O dólar comercial registrava há pouco a menor cotação desde 3 de junho de 2002, quando fechou em R$ 2,541 na venda. A moeda americana caía 0,69%, a R$ 2,554 na compra e R$ 2,556 na venda.Ontem, o dólar comercial terminou com declínio de 0,45%, comprado a R$ 2,5720 e vendido a R$ 2,5740, na mínima do dia. (O Globo Online e Valor Online - 13.04.2005)
Internacional 1 China gasta três vezes mais energia do que a média mundial As necessidades
energéticas de uma economia em rápido crescimento num país de 1,3 bilhão
de pessoas são, evidentemente, enormes. Mas a China é também um modelo
mundial de desperdício. O economista político Wenran Jiang, da Universidade
de Alberta, calcula que a China gasta três vezes mais energia do que a
média mundial - e sete vezes mais do que o Japão - para produzir US$ 1
de PIB. E é também muito mais ineficiente do que países como o Brasil
e a Indonésia. "A China precisa abandonar seu modelo de elevado consumo
energético e adotar um modelo verde", diz Hu Angang, diretor do centro
de estudos sobre a China da Universidade Tsinghua. Em média, as siderúrgicas
chinesas empregam cerca de duas vezes mais energia do que as concorrentes
japonesas ou coreanas por tonelada produzida. Apenas 5% dos prédios de
escritórios e residenciais no país cumprem os padrões mínimos de conservação
de energia chineses. O desperdício chinês tem grande impacto no preço
mundial do petróleo: em 2004, a China importou 2,4 milhões de barris por
dia (bpd). Em 2030, estima o Departamento de Energia dos EUA, a China
precisará importar 8,4 milhões de bpd. (Valor - 13.04.2005) 2 Plano Chinês prevê um aumento de 3% para 10% no consumo de gás natural até 2020 O governo
Chinês, do presidente Hu Jintao, formulou um plano que prevê um aumento
de 3% para 10% no consumo de gás natural até 2020. Indústrias que usam
gás natural queimam combustível com eficiência duas vezes maior que as
movidas a carvão, que hoje responde por dois terços do consumo de combustível
na China. O plano também prevê a construção de 30 novos reatores nucleares.
(Valor - 13.04.2005) Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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