l IFE:
nº 1.546 - 04 de abril de 2005 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Leilão vende 1.325 MW médios e movimenta R$ 7,7 bi O segundo
leilão de energia existente, cujo início foi no sábado pela manhã, mas
que entrou na madrugada de domingo e teve 18 horas e meia de duração,
foi marcado pela debandada das empresas vendedoras, que não atenderam
nem a metade da demanda prevista pelas compradoras (as concessionárias
de distribuição). Foram vendidos 1.325 MW médios, que movimentaram R$
7,7 bilhões, pouco mais de 11% do valor total movimentado no leilão de
dezembro, cujos contratos fechados somaram R$ 74,9 bilhões. Saíram de
mãos abanando do pregão e sem nenhum MW vendido algumas das mais importantes
geradoras elétricas do país. Dentre elas, Furnas - a maior produtora do
país - e Tractebel, a maior geradora privada brasileira. Outra empresa
privada, a Duke Energy, também não vendeu nada. A grande vencedora foi
a estatal federal Chesf, que vendeu 450 MW médios. A Cesp, que enfrenta
sérias dificuldades financeiras e precisa fazer caixa, foi a segunda maior
vendedora, com 170 MW médios. (Valor - 04.04.2005) 2 Contratos foram feitos apenas para 2008 Apesar de
ser um leilão de dois produtos (classificados de acordo com o ano de início
de entrega da energia), para 2008 e 2009, apenas foram feitos contratos
para 2008. O ano de 2009 foi excluído do leilão depois de 45 rodadas e
mais de 14 horas ininterruptas de lances, quando o preço do MWh para 2009
chegou em R$ 63,30. Nesta mesma rodada, o preço do MWh para 2008, ano
anterior, estava bem mais alto, em R$ 99,00. A explicação mais plausível
para isto é a de que duas empresas (não se sabe quais, porque esta informação
é sigilosa) continuaram abaixando os preços para 2009 por seis horas consecutivas,
mas de apenas um volume residual de energia. Até que estas duas companhias
resolveram rever suas estratégias e pular para outro produto. Isto foi
feito após uma suspensão do pregão por "excesso de informações no sistema",
segundo explicação da Aneel. (Valor - 04.04.2005) 3 Dilma: segundo leilão seguiu a lógica da modicidade tarifária A ministra
Dilma Rousseff considerou o segundo leilão de energia existente um sucesso,
dado o preço "aderente com o negociado no primeiro leilão", de dezembro
passado, quando a energia para 2007 foi contratada a uma média de R$ 75,48
por MWh. "Os preços tenderam a se aproximar do custo marginal de expansão,
portanto o leilão foi consistente e seguiu a lógica da modicidade tarifária,
do atendimento aos interesses dos agentes e da garantia do abastecimento",
afirmou. (Gazeta Mercantil - 04.04.2005) 4
Dilma: empresas que tinham energia "botox" preferiram aguardar o próximo
leilão 5 Dilma: leilão sinaliza o fim da fase de excesso de energia Para a ministra,
este leilão sinaliza o fim da fase de excesso de energia no país verificado
após a queda de consumo no pós-racionamento e também o término da fase
de transição entre o modelo antigo e o existente, onde havia a necessidade
de se contratar esse excesso por meio de leilões com vários "produtos",
de acordo com os anos de entrega. A ministra afirmou, porém, que será
preciso encontrar uma maneira de se arrumar a energia que ficou faltando
às distribuidoras para os anos de 2006, 2007, 2008 e 2009. Provavelmente,
será por meio de um outro leilão. "Mas ainda é cedo para isto. Qualquer
coisa que eu disser sobre isso hoje será precipitado". Segundo o presidente
da Aneel, Jerson Kelman, existem hoje cerca de 10 mil MW de energia que
podem ser classificadas como "botox". (Valor - 04.04.2005) 6 Governo pode mudar regras de leilões O governo
decidiu alterar a regra dos próximos leilões de energia existente depois
que o preço de um dos contratos negociados no sábado, para abastecimento
em 2009, caiu para valores muito abaixo da expectativa do mercado, o que
resultou em seu cancelamento automático. A partir de agora, será negociado
apenas um produto por leilão, ou seja, contratos de oito anos com entrega
a partir de uma única data, informou ontem a ministra Dilma Rousseff.
"Passamos a fase de sobreoferta. Temos agora que fazer leilões individualizados",
detalhou Dilma. (Gazeta Mercantil - 04.04.2005) 7 Dilma considera positiva a participação das empresas do sistema Eletrobrás A ministra Dilma Rousseff avaliou como positiva a participação das empresas do sistema Eletrobrás no leilão. "Foi um desempenho compatível com sua disponibilidade de energia e suas diferentes estratégias", afirmou. (Folha de São Paulo - 04.04.2005) 8
Dilma: não houve tentativa de formar preço no leilão 9 Furnas: ficar sem vender nada no leilão não foi erro estratégico O presidente
de Furnas, José Pedro Rodrigues de Oliveira, disse que não foi um erro
estratégico da empresa ter ficado sem vender nada no leilão. Segundo ele,
Furnas tem cerca de 500 MW provenientes das usinas de Santa Cruz e Manso,
que podem ser classificados como "botox". Além disto, a empresa está revendo
seu contrato de compra da energia da Argentina, revendida pela Cien, empresa
do grupo Endesa. No último teste feito pela Cien, na semana passada, a
empresa conseguiu trazer apenas 200 MW de um total de 700 MW assegurados
em contrato com Furnas. "Teremos que rever nosso contrato com a Argentina
e, diante desta incerteza, não podíamos oferecer esta energia no leilão".
(Valor - 04.04.2005) 10
Eletronorte não fez ofertas para o fornecimento a partir de 2009 11 Brasil e Uruguai assinam memorando de entendimentos na área de energia elétrica O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, assinaram um memorando de entendimentos nas áreas de energia elétrica, petróleo e gás e de mineração. Na área de energia elétrica, o Brasil deverá aumentar a capacidade de interconexão com o Uruguai. O objetivo será ampliar as exportações de energia brasileira ao país vizinho a partir de maio, quando os reservatórios de água das hidrelétricas da região Sul deverão retomar seus níveis normais. Atualmente, o Brasil envia 200 MW médios ao Uruguai, dos quais 70 MW seguem pela linha de transmissão direta, que passa por Rivera. O restante chega indiretamente, por meio da Argentina. (Estado de São Paulo - 01.04.2005) 12 ONS altera percentuais de rateio para indenizações a consumidores O ONS alterou o rateio de indenizações decorrentes das perturbações sistêmicas na rede básica, tirando o peso maior sobre a área de distribuição e dividindo-o com a de geração. Agora, os dois segmentos arcarão com 35,7%, cada um, no ressarcimento a consumidores prejudicados com problemas em aparelhos elétricos, causados por interrupções ou variações de fornecimento de grande amplitude. As empresas de transmissão vão responder por 28,6% do custeio. As distribuidoras, antes, arcavam com 60% dos custos, contra parcelas de 20% para geração e transmissão. A redivisão levou em conta a proporcionalidade de votos que cada segmento ocupa no Conselho de Administração do ONS. O rateio vale apenas para instabilidades sistêmicas, ou seja, onde não é possível atribuir a um só agente ou segmento do setor a responsabilidade por perturbações de grande porte e, conseqüentemente, por danos aos consumidores. (Canal Energia - 04.04.2005) O Cepel inaugura nesta segunda-feira, 4 de abril, o goniofotômetro, que será instalado em seu Laboratório de Iluminação. O equipamento avalia luminárias e lâmpadas, através da medição da intensidade da iluminação e do mapeamento, ângulo a ângulo, da distribuição da luz no ambiente. O aparelho contribuirá para tornar mais eficientes os sistemas de iluminação, reduzindo o consumo de energia. (Canal Energia - 04.04.2005)
Empresas 1 Cemig prepara edital para licitação de obras do programa Luz para Todos A Cemig
deverá publicar, na quarta-feira desta semana, o novo edital de licitação
para as obras do programa Luz para Todos. A estatal anulou o resultado
da primeira licitação, depois de uma concorrência polêmica onde saíram
vitoriosas três empreiteiras: CBPO do grupo Odebrecht, Andrade Gutierrez
e Queirós Galvão. A companhia, então, convocou as empresas para uma segunda
rodada de apresentação de orçamentos com preços menores. Para esta etapa,
a Cemig chamou apenas as quatro empresas qualificadas no início do processo
- as três vitoriosas e a Camargo Corrêa, que não venceu a disputa para
nenhum dos quatro lotes ofertados. Na interpretação do Ministério Público,
esta segunda rodada de propostas representou uma restrição à livre concorrência.
A Cemig informou que o novo edital vai manter R$ 1,275 bilhão como valor
de referência. A companhia vai corrigir outro item que poderia dar margem
a questionamentos, sobre o regimento de contratação das obras. As empreiteiras
entenderam que o prazo seria de 30 dias para conclusão de etapas das obras.
O novo texto deixará claro que o prazo é de 45 dias. (Elétrica - 01.04.2005)
2 PT e PCdoB vão questionar aumento nas tarifas da Cemig na Assembléia Legislativa de MG O bloco do PT-PCdoB na Assembléia Legislativa de Minas Gerais já está se mobilizando para contestar o aumento da tarifa de energia elétrica, este mês. Segundo os deputados, a Aneel deve autorizar a Cemig a aumentar em 14% o valor cobrado dos consumidores. "É um aumento muito acima da inflação. Vamos pedir a convocação do presidente da empresa, Djalma Morais, para justificar isso", afirmou o deputado Rogério Correia (PT). O reajuste deverá ser autorizado dia 8 de abril. Correia comparou o reajuste de 14% com o IGP-M, que acumulou 11,12% nos últimos 12 meses, segundo pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas. (Elétrica - 01.04.2005) 3 AES Elpa suspende assembléia que votaria aumento do capital da companhia Por recomendação
da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a AES Elpa suspendeu a convocação
da assembléia geral que estava marcada para a quinta-feira (31/03). O
principal item da pauta era a proposta de aumentar o capital da companhia
de R$ 798 milhões para R$ 2,6 bilhões. Em comunicado, a CVM informou que
a recomendação foi feita, "entre outros motivos, em função do elevado
número de reclamações encaminhadas por acionistas da empresa (...), alegando
a complexidade da operação e a necessidade da apreciação prévia das informações
referentes à emissão, em particular dos critérios utilizados para fixação
do preço de emissão". (Elétrica - 01.04.2005) 4
Tractebel emite 200 mi em debêntures 5 Cataguazes-Leopoldina pretende concentrar investimentos nas distribuidoras do NE O grupo
Cataguazes-Leopoldina pretende realizar investimentos que podem chegar
a R$ 90 milhões em 2005, com foco principalmente no segmento de distribuição.
Dentro deste valor, a holding já possui assegurado um financiamento de
R$ 73 milhões do Banco do Nordeste. Segundo Maurício Botelho, vice-presidente
Financeiro Corporativo, a empresa planeja aplicar cerca de R$ 70 milhões
nas distribuidoras da região Nordeste - Energipe, Saelpa e Celb. As prioridades
serão o combate às perdas, a modernização e a construção de subestações,
além da implantação do Luz para Todos, que terá investimento de R$ 13,5
milhões. Botelho contou que a Saelpa será contemplada com a maior parte
dos recursos, cerca de R$ 40,5 milhões, equivalente a 45% do valor total
previsto para este ano. (Canal Energia - 01.04.2005) No pregão
do dia 01-04-2005, o IBOVESPA fechou a 26.773,83 pontos, representando
uma alta de 0,61% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,35
bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,42%,
fechando a 7.176,33 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 36,40 ON e R$ 35,72 PNB, alta de 2,56%
e 4,44% respectivamente, em relação ao fechamento do dia anterior. Na
abertura do pregão do dia 04-04-2005 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 34,30 as ações ON, baixa de 5,77% em relação ao dia anterior e R$
34,00 as ações PNB, baixa de 4,82% em relação ao dia anterior. (Economática
e Investshop - 04.04.2005)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Apagão em SP deixa 1 milhão sem luz O país viveu
mais um apagão na noite de sábado, o 11 este ano, com a explosão de equipamentos
de pára-raios em uma subestação de energia elétrica na cidade de São Caetano
do Sul, no ABC paulista. O blecaute atingiu vários bairros da capital
paulista e cidades do ABC, deixando mais de um milhão de pessoas sem luz
durante quase duas horas. Segundo o secretário de Energia do estado de
São Paulo, Mauro Arce, o blecaute foi provocado por um problema localizado
(danos aos pára-raios já totalmente reparados) e que não há riscos ao
abastecimento de energia em São Paulo. "A queda de energia se deu por
causa da explosão de três pára-raios, um simples acidente. Depois, quando
tentamos religar o sistema, ocorreu uma nova explosão de outros dois pára-raios,
o que prolongou o desabastecimento por um tempo maior do que o normal
para se religar uma subestação", disse Marco Arce ontem. (O Globo - 04.04.2005)
2 Aneel analisa dados do apagão Em Brasília, a Aneel deverá analisar os dados do apagão em São Paulo para verificar se houve falhas da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista, empresa do governo de SP, e se ela deve ser responsabilizada. As informações foram dadas ontem por um técnico do governo federal. (O Globo - 04.04.2005)
Gás e Termoelétricas 1 Lula e Vázquez assinam atos sobre energia, petróleo e gás O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, assinaram um memorando de entendimentos nas áreas de energia elétrica, petróleo e gás e de mineração, durante a primeira visita oficial de Vázquez ao Brasil desde que tomou posse em 1º de março. A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, informou que um dos projetos que deverão ser amparados nesse entendimento é a parceria entre a Petrobras e a Amcap, companhia uruguaia de distribuição de petróleo, para a exploração de petróleo e gás na Bacia de Pelotas, que abrange território dos dois países. Rousseff lembrou que a Petrobras já arrematou a permissão para explorar a área no lado brasileiro e vai iniciar os estudos de prospecção. Ainda não há dados sobre a capacidade dessa reserva. A Petrobras já atua no Uruguai, desde a compra da Conecta, uma distribuidora de gás para o interior do país. (Estado de São Paulo - 01.04.2005) 2 Andrade & Canellas Consultoria: Bacia de Santos é foco de consumidores livres do SE A Bacia
de Santos é o foco dos agentes do setor de energia elétrica, principalmente
os consumidores livres, que acompanham de perto os movimentos da Petrobras
no que se refere ao aumento da exploração e da rede de distribuição do
gás natural no País, avalia o sócio-diretor da Andrade & Canellas Consultoria
e Engenharia, João Carlos Mello. Para o consultor o crescimento da oferta
de gás natural no mercado doméstico elevaria a capacidade de geração de
energia das usinas termelétricas, o que poderia pressionar o preço da
energia elétrica para baixo. No entanto, esse movimento do mercado traria
um impacto para o setor apenas no médio prazo, disse Mello. Outro fator
que condicionará esse crescimento é o gasoduto que ligará o Sudeste ao
Nordeste (Gasene). As usinas que utilizam o gás natural como matriz energética
representam 9,93% dos empreendimentos em operação no Brasil. (Gazeta Mercantil
- 04.04.2005) 3 Enertrade: impacto do aumento na oferta de gás natural nos preços ainda é difícil de estimar Apesar da
avaliação de alguns agentes de que uma maior oferta de gás natural reduziria
o preço da energia elétrica no mercado livre no médio prazo, o impacto
disso pode ser menor do que se imagina. Na avaliação do diretor de comercialização
e risco da Enertrade, Renato Volponi Lício, a intensidade dessa pressão
nos preços ainda é difícil de estimar. Para ele, a ausência de termelétricas
no Sudeste pode ser um complicador, uma vez que o aumento da oferta poderia
se dar com a exploração da Bacia de Santos, a maioria das termelétricas
do País está concentrada no Nordeste e o gasoduto que ligaria a região
ao Sudeste não foi construído. Volponi afirmou que deve ser reduzido o
interesse de investidores privados na expansão da capacidade de geração
de energia elétrica por meio do gás natural, pois os preços não apresentam
competitividade na comparação com outros empreendimentos. (Gazeta Mercantil
- 04.04.2005) 4 Abraget: gás natural é fundamental para matriz energética do Brasil Na avaliação
da Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas (Abraget), o gás é
um combustível fundamental para a matriz energética do País. "O importante
é ter gasoduto disponível para que chegue até as usinas termelétricas",
declarou a entidade. (Gazeta Mercantil - 04.04.2005) 5 Petrobras: Campo de Mexilhão deve começar a produzir gás natural entre 2007 e 2008 A Petrobras informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o campo de Mexilhão, na Bacia de Santos, deverá começar a produzir gás natural entre 2007 e 2008. As estimativas iniciais são de um potencial de produção de 420 bilhões de metros cúbicos, enquanto as reservas provadas de gás do Brasil são de cerca de 320 bilhões. (Gazeta Mercantil - 04.04.2005) 6 Eletronuclear retoma operação de Angra II O ONS informou nesta sexta-feira, dia 1° de abril, que a usina nuclear Angra II voltou ao sistema elétrica, às 22:04 horas, da última quinta-feira, 31 de março, depois de uma paralisação de cerca de 40 dias. A unidade ficou desligada em função de defeito no rotor do gerador. Segundo o ONS, a usina está em fase de elevação do processo de geração, a uma taxa de 10 MW por hora. Ainda de acordo com o operador, a usina estava gerando 385 MW por volta das 09:30 horas desta sexta-feira. A assessoria de imprensa da Eletronuclear explicou que a usina foi religada para a realização de testes do estator do rotor que exigem o acionamento da unidade. Segundo a estatal, a usina pode ser desligada durante a fase de testes. (Canal Energia - 01.04.2005)
Economia Brasileira 1 Analistas elevam previsão de alta do PIB e saldo comercial de 2005 O mercado financeiro elevou levemente as previsões médias dos indicadores macroeconômicos nacionais relativos a 2005. Para o crescimento do PIB, a mediana das expectativas aponta crescimento de 3,69% neste ano, pouco acima da projeção anterior, de 3,67%. Para 2006, porém, a estimativa média permaneceu estável, em 3,70%. A estimativa média para o superávit da balança comercial neste ano foi de US$ 29 bilhões para US$ 29,84 bilhões. Para 2006, subiu de US$ 25,15 bilhões para US$ 26 bilhões. Os analistas mantiveram a projeção para a entrada de investimentos estrangeiros em 2005 em US$ 14 bilhões. A estimativa para 2006 continuou em US$ 15 bilhões. Os dados referem-se à mediana das expectativas de analistas de instituições financeiras consultados semanalmente pelo BC em seu relatório de mercado. (Valor Online - 04.04.2005) 2 Mercado volta a elevar estimativa para a inflação de 2005 O mercado elevou, pela quinta semana consecutiva, a estimativa para o IPCA em 2005. De acordo com pesquisa semanal do BC realizada junto a cerca de 100 instituições financeiras, a inflação oficial deve fechar o ano em 5,88%, contra 5,83% da semana anterior. Para 2006, a mediana das expectativas se manteve em 5%. A previsão para o IPCA de março, que deve ser divulgado nesta semana pelo IBGE, é de variação positiva de 0,60%, pouco abaixo da estimativa anterior de 0,63%. Para abril, a mediana das expectativas se manteve em 0,51%. A estimativa para a inflação acumulada em 12 meses é de 5,57%, queda em relação aos 5,59% divulgados na prévia anterior do Relatório de Mercado. (O Globo Online - 04.04.2005) 3
Mercado prevê taxa média de juros de 18,83% para 2005 4 Aperto fiscal será maior que o previsto A equipe
econômica já trabalha com uma meta maior para o resultado das contas públicas
neste ano. Oficialmente, continua valendo o objetivo de atingir um saldo
positivo equivalente a 4,25% do PIB nas contas primárias do setor público.
Mas, informalmente, a ordem já foi dada: o aperto será maior. Apesar de
oficialmente o governo defender que os gastos públicos não estão exagerados
a preocupação com a pressão por mais gastos, vinda principalmente dos
aliados, é crescente.O mais provável, segundo defendem técnicos do governo,
é que o controle extra se dê na execução do Orçamento ao longo de 2005,
sem que se anuncie uma elevação da meta fiscal nesses primeiros meses
do ano. No segundo semestre, a exemplo do que ocorreu em 2004, depois
de avaliar o desempenho da arrecadação, a equipe econômica poderá oficializar
um aperto fiscal mais forte. (Jornal do Commercio - 04.04.2005) 5 Juro em alta freia empréstimo com desconto em folha A alta dos
juros básicos da economia, iniciada em setembro pelo BC, tem freado o
crescimento das operações de crédito consignado entre os trabalhadores
do setor privado. A explicação é que as tabelas de juros dos empréstimos
foram acertadas entre os sindicatos e os bancos conveniados quando a Selic
estava em queda, no início de 2004. Como o custo do dinheiro subiu e a
taxa no consignado permaneceu a mesma, a margem dos bancos ficou apertada.
Os juros subiram de 16% para 19,25%, em sete aumentos mensais consecutivos.
Segundo estudo da Trevisan, o crédito com desconto em folha tem potencial
para atingir R$ 30 bilhões em uma economia estável, com juros de 12% ao
ano. Até fevereiro, o saldo das operações consignadas estava em R$ 13,5
bilhões, segundo o BC. (Folha Online - 04.04.2005) O dólar comercial diminuiu o ritmo de alta nesta última hora. Às 11h55m, a moeda americana tinha elevação de 0,07%, a R$ 2,660 na compra e R$ 2,662 na venda. Na sexta, o dólar comercial terminou com queda de 0,29%, valendo R$ 2,6580 na compra e R$ 2,66 na venda. (O Globo Online e Valor Online - 04.04.2005)
Internacional 1 EDP vende participação na Red Electrica A EDP obteve
uma receita de 33 milhões de euros com a venda da participação de cerca
de 3% que detém na Red Eléctrica de Espanha, através da subsidiária Hidrocantábrico,
divulgou a empresa portuguesa. Em comunicado à Comissão do Mercado de
Valores Mobiliários (CMVM), a Energias de Portugal refere que "a Hidrocantábrico,
subsidiária da EDP, vendeu, por um valor de 76 milhões de euros, a totalidade
das mais de 4 milhões de ações, representativas de uma participação social
de cerca de 3% que detinha na REE. O resultado da venda, acrescenta a
empresa portuguesa, "proporciona à Hidrocantábrico a realização de uma
mais-valia de cerca de 33 milhões de euros". Esta alienação vem "na seqüência
do disposto na lei espanhola através do Real Decreto 5/2005 de 11 de Março,
que veio limitar a participação das empresas do sector da eletricidade
no capital social da Red Eléctrica de Espanha", acrescenta o comunicado.
(Diário Econômico - 01.04.2005) Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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