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IFE: nº 1.546 - 04 de abril de 2005
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Leilão vende 1.325 MW médios e movimenta R$ 7,7 bi
2 Contratos foram feitos apenas para 2008
3 Dilma: segundo leilão seguiu a lógica da modicidade tarifária
4 Dilma: empresas que tinham energia "botox" preferiram aguardar o próximo leilão
5 Dilma: leilão sinaliza o fim da fase de excesso de energia
6 Governo pode mudar regras de leilões
7 Dilma considera positiva a participação das empresas do sistema Eletrobrás
8 Dilma: não houve tentativa de formar preço no leilão
9 Furnas: ficar sem vender nada no leilão não foi erro estratégico
10 Eletronorte não fez ofertas para o fornecimento a partir de 2009
11 Brasil e Uruguai assinam memorando de entendimentos na área de energia elétrica
12 ONS altera percentuais de rateio para indenizações a consumidores
13 Curtas

Empresas
1 Cemig prepara edital para licitação de obras do programa Luz para Todos
2 PT e PCdoB vão questionar aumento nas tarifas da Cemig na Assembléia Legislativa de MG
3 AES Elpa suspende assembléia que votaria aumento do capital da companhia
4 Tractebel emite 200 mi em debêntures
5 Cataguazes-Leopoldina pretende concentrar investimentos nas distribuidoras do NE
6 Cotações da Eletrobrás

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Apagão em SP deixa 1 milhão sem luz
2 Aneel analisa dados do apagão

Gás e Termelétricas
1 Lula e Vázquez assinam atos sobre energia, petróleo e gás
2 Andrade & Canellas Consultoria: Bacia de Santos é foco de consumidores livres do SE
3 Enertrade: impacto do aumento na oferta de gás natural nos preços ainda é difícil de estimar
4 Abraget: gás natural é fundamental para matriz energética do Brasil
5 Petrobras: Campo de Mexilhão deve começar a produzir gás natural entre 2007 e 2008
6 Eletronuclear retoma operação de Angra II

Economia Brasileira
1 Analistas elevam previsão de alta do PIB e saldo comercial de 2005
2 Mercado volta a elevar estimativa para a inflação de 2005

3 Mercado prevê taxa média de juros de 18,83% para 2005
4 Aperto fiscal será maior que o previsto
5 Juro em alta freia empréstimo com desconto em folha
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 EDP vende participação na Red Electrica

 

Regulação e Novo Modelo

1 Leilão vende 1.325 MW médios e movimenta R$ 7,7 bi

O segundo leilão de energia existente, cujo início foi no sábado pela manhã, mas que entrou na madrugada de domingo e teve 18 horas e meia de duração, foi marcado pela debandada das empresas vendedoras, que não atenderam nem a metade da demanda prevista pelas compradoras (as concessionárias de distribuição). Foram vendidos 1.325 MW médios, que movimentaram R$ 7,7 bilhões, pouco mais de 11% do valor total movimentado no leilão de dezembro, cujos contratos fechados somaram R$ 74,9 bilhões. Saíram de mãos abanando do pregão e sem nenhum MW vendido algumas das mais importantes geradoras elétricas do país. Dentre elas, Furnas - a maior produtora do país - e Tractebel, a maior geradora privada brasileira. Outra empresa privada, a Duke Energy, também não vendeu nada. A grande vencedora foi a estatal federal Chesf, que vendeu 450 MW médios. A Cesp, que enfrenta sérias dificuldades financeiras e precisa fazer caixa, foi a segunda maior vendedora, com 170 MW médios. (Valor - 04.04.2005)

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2 Contratos foram feitos apenas para 2008

Apesar de ser um leilão de dois produtos (classificados de acordo com o ano de início de entrega da energia), para 2008 e 2009, apenas foram feitos contratos para 2008. O ano de 2009 foi excluído do leilão depois de 45 rodadas e mais de 14 horas ininterruptas de lances, quando o preço do MWh para 2009 chegou em R$ 63,30. Nesta mesma rodada, o preço do MWh para 2008, ano anterior, estava bem mais alto, em R$ 99,00. A explicação mais plausível para isto é a de que duas empresas (não se sabe quais, porque esta informação é sigilosa) continuaram abaixando os preços para 2009 por seis horas consecutivas, mas de apenas um volume residual de energia. Até que estas duas companhias resolveram rever suas estratégias e pular para outro produto. Isto foi feito após uma suspensão do pregão por "excesso de informações no sistema", segundo explicação da Aneel. (Valor - 04.04.2005)

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3 Dilma: segundo leilão seguiu a lógica da modicidade tarifária

A ministra Dilma Rousseff considerou o segundo leilão de energia existente um sucesso, dado o preço "aderente com o negociado no primeiro leilão", de dezembro passado, quando a energia para 2007 foi contratada a uma média de R$ 75,48 por MWh. "Os preços tenderam a se aproximar do custo marginal de expansão, portanto o leilão foi consistente e seguiu a lógica da modicidade tarifária, do atendimento aos interesses dos agentes e da garantia do abastecimento", afirmou. (Gazeta Mercantil - 04.04.2005)

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4 Dilma: empresas que tinham energia "botox" preferiram aguardar o próximo leilão

A ministra Dilma Rousseff disse que foram depositadas garantias financeiras de um total de 7.300 MW médios disponíveis para a venda. Mas, na primeira rodada, quando se determinou um teto de R$ 99 para o MW médio entregue a partir de 2008 e R$ 104 para a entrega a partir de 2009, metade desta oferta se retirou do leilão. Na visão da ministra, isso significa que as empresas que tinham energia "botox" (apelido dado à energia de usinas já existentes, mas que têm a prerrogativa de disputar contratos de venda com a energia de usinas que ainda serão construídas), preferiram aguardar o próximo leilão. Provavelmente os preços da licitação deste fim de semana desagradaram aos investidores com "botox". Há ainda outra explicação, considerada não decisiva pela ministra. Semana passada, o ONS constatou que dos 2 mil MW de capacidade informada pela Cien, apenas 400 MW possuem garantia de entrega, o que fez o MME publicar após o depósito das garantias para o leilão portaria revendo o lastro da empresa. Com isso, geradoras com contratos com a companhia, como Furnas e Copel Geração, sofreriam redução no preço da energia negociada. (Valor e Gazeta Mercantil - 04.04.2005)

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5 Dilma: leilão sinaliza o fim da fase de excesso de energia

Para a ministra, este leilão sinaliza o fim da fase de excesso de energia no país verificado após a queda de consumo no pós-racionamento e também o término da fase de transição entre o modelo antigo e o existente, onde havia a necessidade de se contratar esse excesso por meio de leilões com vários "produtos", de acordo com os anos de entrega. A ministra afirmou, porém, que será preciso encontrar uma maneira de se arrumar a energia que ficou faltando às distribuidoras para os anos de 2006, 2007, 2008 e 2009. Provavelmente, será por meio de um outro leilão. "Mas ainda é cedo para isto. Qualquer coisa que eu disser sobre isso hoje será precipitado". Segundo o presidente da Aneel, Jerson Kelman, existem hoje cerca de 10 mil MW de energia que podem ser classificadas como "botox". (Valor - 04.04.2005)

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6 Governo pode mudar regras de leilões

O governo decidiu alterar a regra dos próximos leilões de energia existente depois que o preço de um dos contratos negociados no sábado, para abastecimento em 2009, caiu para valores muito abaixo da expectativa do mercado, o que resultou em seu cancelamento automático. A partir de agora, será negociado apenas um produto por leilão, ou seja, contratos de oito anos com entrega a partir de uma única data, informou ontem a ministra Dilma Rousseff. "Passamos a fase de sobreoferta. Temos agora que fazer leilões individualizados", detalhou Dilma. (Gazeta Mercantil - 04.04.2005)

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7 Dilma considera positiva a participação das empresas do sistema Eletrobrás

A ministra Dilma Rousseff avaliou como positiva a participação das empresas do sistema Eletrobrás no leilão. "Foi um desempenho compatível com sua disponibilidade de energia e suas diferentes estratégias", afirmou. (Folha de São Paulo - 04.04.2005)

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8 Dilma: não houve tentativa de formar preço no leilão

Segundo a ministra Dilma Rousseff, o governo não detectou nenhuma tentativa de manipulação, por parte de estatais ou empresas privadas, nos valores no leilão, ocorrido no último final de semana. "A nosso ver, não houve tentativa de formar preço", disse a ministra. (Folha de São Paulo - 04.04.2005)


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9 Furnas: ficar sem vender nada no leilão não foi erro estratégico

O presidente de Furnas, José Pedro Rodrigues de Oliveira, disse que não foi um erro estratégico da empresa ter ficado sem vender nada no leilão. Segundo ele, Furnas tem cerca de 500 MW provenientes das usinas de Santa Cruz e Manso, que podem ser classificados como "botox". Além disto, a empresa está revendo seu contrato de compra da energia da Argentina, revendida pela Cien, empresa do grupo Endesa. No último teste feito pela Cien, na semana passada, a empresa conseguiu trazer apenas 200 MW de um total de 700 MW assegurados em contrato com Furnas. "Teremos que rever nosso contrato com a Argentina e, diante desta incerteza, não podíamos oferecer esta energia no leilão". (Valor - 04.04.2005)

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10 Eletronorte não fez ofertas para o fornecimento a partir de 2009

A Eletronorte vendeu 90 MW médios de um total de 100 MW que haviam sido disponibilizados pela empresa, para entrega em 2008. Segundo Astrogildo Quental, diretor financeiro da Eletronorte, a empresa não fez ofertas para o fornecimento a partir de 2009. O leilão teve um total de 59 rodadas. Na licitação do ano passado, quando movimentou-se 17 mil MW médios (volume de energia quase 13 vezes maior), foram feitas 21 rodadas. O preço médio do MWh ficou em R$ 83,13. Mas a maioria das empresas acabou fechando a R$ 83,5 o MWh. A energia mais barata foi vendida pela Enersul a R$ 78,50 cada um dos seus 20 lotes de 1 MW médio. (Valor - 04.04.2005)

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11 Brasil e Uruguai assinam memorando de entendimentos na área de energia elétrica

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, assinaram um memorando de entendimentos nas áreas de energia elétrica, petróleo e gás e de mineração. Na área de energia elétrica, o Brasil deverá aumentar a capacidade de interconexão com o Uruguai. O objetivo será ampliar as exportações de energia brasileira ao país vizinho a partir de maio, quando os reservatórios de água das hidrelétricas da região Sul deverão retomar seus níveis normais. Atualmente, o Brasil envia 200 MW médios ao Uruguai, dos quais 70 MW seguem pela linha de transmissão direta, que passa por Rivera. O restante chega indiretamente, por meio da Argentina. (Estado de São Paulo - 01.04.2005)

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12 ONS altera percentuais de rateio para indenizações a consumidores

O ONS alterou o rateio de indenizações decorrentes das perturbações sistêmicas na rede básica, tirando o peso maior sobre a área de distribuição e dividindo-o com a de geração. Agora, os dois segmentos arcarão com 35,7%, cada um, no ressarcimento a consumidores prejudicados com problemas em aparelhos elétricos, causados por interrupções ou variações de fornecimento de grande amplitude. As empresas de transmissão vão responder por 28,6% do custeio. As distribuidoras, antes, arcavam com 60% dos custos, contra parcelas de 20% para geração e transmissão. A redivisão levou em conta a proporcionalidade de votos que cada segmento ocupa no Conselho de Administração do ONS. O rateio vale apenas para instabilidades sistêmicas, ou seja, onde não é possível atribuir a um só agente ou segmento do setor a responsabilidade por perturbações de grande porte e, conseqüentemente, por danos aos consumidores. (Canal Energia - 04.04.2005)

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13 Curtas

O Cepel inaugura nesta segunda-feira, 4 de abril, o goniofotômetro, que será instalado em seu Laboratório de Iluminação. O equipamento avalia luminárias e lâmpadas, através da medição da intensidade da iluminação e do mapeamento, ângulo a ângulo, da distribuição da luz no ambiente. O aparelho contribuirá para tornar mais eficientes os sistemas de iluminação, reduzindo o consumo de energia. (Canal Energia - 04.04.2005)

 

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Empresas

1 Cemig prepara edital para licitação de obras do programa Luz para Todos

A Cemig deverá publicar, na quarta-feira desta semana, o novo edital de licitação para as obras do programa Luz para Todos. A estatal anulou o resultado da primeira licitação, depois de uma concorrência polêmica onde saíram vitoriosas três empreiteiras: CBPO do grupo Odebrecht, Andrade Gutierrez e Queirós Galvão. A companhia, então, convocou as empresas para uma segunda rodada de apresentação de orçamentos com preços menores. Para esta etapa, a Cemig chamou apenas as quatro empresas qualificadas no início do processo - as três vitoriosas e a Camargo Corrêa, que não venceu a disputa para nenhum dos quatro lotes ofertados. Na interpretação do Ministério Público, esta segunda rodada de propostas representou uma restrição à livre concorrência. A Cemig informou que o novo edital vai manter R$ 1,275 bilhão como valor de referência. A companhia vai corrigir outro item que poderia dar margem a questionamentos, sobre o regimento de contratação das obras. As empreiteiras entenderam que o prazo seria de 30 dias para conclusão de etapas das obras. O novo texto deixará claro que o prazo é de 45 dias. (Elétrica - 01.04.2005)

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2 PT e PCdoB vão questionar aumento nas tarifas da Cemig na Assembléia Legislativa de MG

O bloco do PT-PCdoB na Assembléia Legislativa de Minas Gerais já está se mobilizando para contestar o aumento da tarifa de energia elétrica, este mês. Segundo os deputados, a Aneel deve autorizar a Cemig a aumentar em 14% o valor cobrado dos consumidores. "É um aumento muito acima da inflação. Vamos pedir a convocação do presidente da empresa, Djalma Morais, para justificar isso", afirmou o deputado Rogério Correia (PT). O reajuste deverá ser autorizado dia 8 de abril. Correia comparou o reajuste de 14% com o IGP-M, que acumulou 11,12% nos últimos 12 meses, segundo pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas. (Elétrica - 01.04.2005)

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3 AES Elpa suspende assembléia que votaria aumento do capital da companhia

Por recomendação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a AES Elpa suspendeu a convocação da assembléia geral que estava marcada para a quinta-feira (31/03). O principal item da pauta era a proposta de aumentar o capital da companhia de R$ 798 milhões para R$ 2,6 bilhões. Em comunicado, a CVM informou que a recomendação foi feita, "entre outros motivos, em função do elevado número de reclamações encaminhadas por acionistas da empresa (...), alegando a complexidade da operação e a necessidade da apreciação prévia das informações referentes à emissão, em particular dos critérios utilizados para fixação do preço de emissão". (Elétrica - 01.04.2005)

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4 Tractebel emite 200 mi em debêntures

A Tractebel Energia prepara uma emissão de R$ 200 milhões em debêntures. A operação está sendo analisada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e será coordenada pelo ABN Amro Real. (Valor - 04.04.2005)

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5 Cataguazes-Leopoldina pretende concentrar investimentos nas distribuidoras do NE

O grupo Cataguazes-Leopoldina pretende realizar investimentos que podem chegar a R$ 90 milhões em 2005, com foco principalmente no segmento de distribuição. Dentro deste valor, a holding já possui assegurado um financiamento de R$ 73 milhões do Banco do Nordeste. Segundo Maurício Botelho, vice-presidente Financeiro Corporativo, a empresa planeja aplicar cerca de R$ 70 milhões nas distribuidoras da região Nordeste - Energipe, Saelpa e Celb. As prioridades serão o combate às perdas, a modernização e a construção de subestações, além da implantação do Luz para Todos, que terá investimento de R$ 13,5 milhões. Botelho contou que a Saelpa será contemplada com a maior parte dos recursos, cerca de R$ 40,5 milhões, equivalente a 45% do valor total previsto para este ano. (Canal Energia - 01.04.2005)

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6 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 01-04-2005, o IBOVESPA fechou a 26.773,83 pontos, representando uma alta de 0,61% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,35 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,42%, fechando a 7.176,33 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 36,40 ON e R$ 35,72 PNB, alta de 2,56% e 4,44% respectivamente, em relação ao fechamento do dia anterior. Na abertura do pregão do dia 04-04-2005 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 34,30 as ações ON, baixa de 5,77% em relação ao dia anterior e R$ 34,00 as ações PNB, baixa de 4,82% em relação ao dia anterior. (Economática e Investshop - 04.04.2005)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Apagão em SP deixa 1 milhão sem luz

O país viveu mais um apagão na noite de sábado, o 11 este ano, com a explosão de equipamentos de pára-raios em uma subestação de energia elétrica na cidade de São Caetano do Sul, no ABC paulista. O blecaute atingiu vários bairros da capital paulista e cidades do ABC, deixando mais de um milhão de pessoas sem luz durante quase duas horas. Segundo o secretário de Energia do estado de São Paulo, Mauro Arce, o blecaute foi provocado por um problema localizado (danos aos pára-raios já totalmente reparados) e que não há riscos ao abastecimento de energia em São Paulo. "A queda de energia se deu por causa da explosão de três pára-raios, um simples acidente. Depois, quando tentamos religar o sistema, ocorreu uma nova explosão de outros dois pára-raios, o que prolongou o desabastecimento por um tempo maior do que o normal para se religar uma subestação", disse Marco Arce ontem. (O Globo - 04.04.2005)

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2 Aneel analisa dados do apagão

Em Brasília, a Aneel deverá analisar os dados do apagão em São Paulo para verificar se houve falhas da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista, empresa do governo de SP, e se ela deve ser responsabilizada. As informações foram dadas ontem por um técnico do governo federal. (O Globo - 04.04.2005)

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Gás e Termoelétricas

1 Lula e Vázquez assinam atos sobre energia, petróleo e gás

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, assinaram um memorando de entendimentos nas áreas de energia elétrica, petróleo e gás e de mineração, durante a primeira visita oficial de Vázquez ao Brasil desde que tomou posse em 1º de março. A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, informou que um dos projetos que deverão ser amparados nesse entendimento é a parceria entre a Petrobras e a Amcap, companhia uruguaia de distribuição de petróleo, para a exploração de petróleo e gás na Bacia de Pelotas, que abrange território dos dois países. Rousseff lembrou que a Petrobras já arrematou a permissão para explorar a área no lado brasileiro e vai iniciar os estudos de prospecção. Ainda não há dados sobre a capacidade dessa reserva. A Petrobras já atua no Uruguai, desde a compra da Conecta, uma distribuidora de gás para o interior do país. (Estado de São Paulo - 01.04.2005)

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2 Andrade & Canellas Consultoria: Bacia de Santos é foco de consumidores livres do SE

A Bacia de Santos é o foco dos agentes do setor de energia elétrica, principalmente os consumidores livres, que acompanham de perto os movimentos da Petrobras no que se refere ao aumento da exploração e da rede de distribuição do gás natural no País, avalia o sócio-diretor da Andrade & Canellas Consultoria e Engenharia, João Carlos Mello. Para o consultor o crescimento da oferta de gás natural no mercado doméstico elevaria a capacidade de geração de energia das usinas termelétricas, o que poderia pressionar o preço da energia elétrica para baixo. No entanto, esse movimento do mercado traria um impacto para o setor apenas no médio prazo, disse Mello. Outro fator que condicionará esse crescimento é o gasoduto que ligará o Sudeste ao Nordeste (Gasene). As usinas que utilizam o gás natural como matriz energética representam 9,93% dos empreendimentos em operação no Brasil. (Gazeta Mercantil - 04.04.2005)

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3 Enertrade: impacto do aumento na oferta de gás natural nos preços ainda é difícil de estimar

Apesar da avaliação de alguns agentes de que uma maior oferta de gás natural reduziria o preço da energia elétrica no mercado livre no médio prazo, o impacto disso pode ser menor do que se imagina. Na avaliação do diretor de comercialização e risco da Enertrade, Renato Volponi Lício, a intensidade dessa pressão nos preços ainda é difícil de estimar. Para ele, a ausência de termelétricas no Sudeste pode ser um complicador, uma vez que o aumento da oferta poderia se dar com a exploração da Bacia de Santos, a maioria das termelétricas do País está concentrada no Nordeste e o gasoduto que ligaria a região ao Sudeste não foi construído. Volponi afirmou que deve ser reduzido o interesse de investidores privados na expansão da capacidade de geração de energia elétrica por meio do gás natural, pois os preços não apresentam competitividade na comparação com outros empreendimentos. (Gazeta Mercantil - 04.04.2005)

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4 Abraget: gás natural é fundamental para matriz energética do Brasil

Na avaliação da Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas (Abraget), o gás é um combustível fundamental para a matriz energética do País. "O importante é ter gasoduto disponível para que chegue até as usinas termelétricas", declarou a entidade. (Gazeta Mercantil - 04.04.2005)

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5 Petrobras: Campo de Mexilhão deve começar a produzir gás natural entre 2007 e 2008

A Petrobras informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o campo de Mexilhão, na Bacia de Santos, deverá começar a produzir gás natural entre 2007 e 2008. As estimativas iniciais são de um potencial de produção de 420 bilhões de metros cúbicos, enquanto as reservas provadas de gás do Brasil são de cerca de 320 bilhões. (Gazeta Mercantil - 04.04.2005)

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6 Eletronuclear retoma operação de Angra II

O ONS informou nesta sexta-feira, dia 1° de abril, que a usina nuclear Angra II voltou ao sistema elétrica, às 22:04 horas, da última quinta-feira, 31 de março, depois de uma paralisação de cerca de 40 dias. A unidade ficou desligada em função de defeito no rotor do gerador. Segundo o ONS, a usina está em fase de elevação do processo de geração, a uma taxa de 10 MW por hora. Ainda de acordo com o operador, a usina estava gerando 385 MW por volta das 09:30 horas desta sexta-feira. A assessoria de imprensa da Eletronuclear explicou que a usina foi religada para a realização de testes do estator do rotor que exigem o acionamento da unidade. Segundo a estatal, a usina pode ser desligada durante a fase de testes. (Canal Energia - 01.04.2005)

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Economia Brasileira

1 Analistas elevam previsão de alta do PIB e saldo comercial de 2005

O mercado financeiro elevou levemente as previsões médias dos indicadores macroeconômicos nacionais relativos a 2005. Para o crescimento do PIB, a mediana das expectativas aponta crescimento de 3,69% neste ano, pouco acima da projeção anterior, de 3,67%. Para 2006, porém, a estimativa média permaneceu estável, em 3,70%. A estimativa média para o superávit da balança comercial neste ano foi de US$ 29 bilhões para US$ 29,84 bilhões. Para 2006, subiu de US$ 25,15 bilhões para US$ 26 bilhões. Os analistas mantiveram a projeção para a entrada de investimentos estrangeiros em 2005 em US$ 14 bilhões. A estimativa para 2006 continuou em US$ 15 bilhões. Os dados referem-se à mediana das expectativas de analistas de instituições financeiras consultados semanalmente pelo BC em seu relatório de mercado. (Valor Online - 04.04.2005)

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2 Mercado volta a elevar estimativa para a inflação de 2005

O mercado elevou, pela quinta semana consecutiva, a estimativa para o IPCA em 2005. De acordo com pesquisa semanal do BC realizada junto a cerca de 100 instituições financeiras, a inflação oficial deve fechar o ano em 5,88%, contra 5,83% da semana anterior. Para 2006, a mediana das expectativas se manteve em 5%. A previsão para o IPCA de março, que deve ser divulgado nesta semana pelo IBGE, é de variação positiva de 0,60%, pouco abaixo da estimativa anterior de 0,63%. Para abril, a mediana das expectativas se manteve em 0,51%. A estimativa para a inflação acumulada em 12 meses é de 5,57%, queda em relação aos 5,59% divulgados na prévia anterior do Relatório de Mercado. (O Globo Online - 04.04.2005)

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3 Mercado prevê taxa média de juros de 18,83% para 2005

As projeções de mercado para a taxa média de juros neste ano subiram de 18,76% para 18,83% ao ano em pesquisa semanal do BC divulgada hoje. As previsões de juros para o fim do ano, em contrapartida, continuaram estáveis nos mesmos 17,50% da pesquisa divulgada na semana passada. As estimativas de juros para este mês também não se alteraram e prosseguiram em 19,25% pela sexta semana consecutiva. A projeções de juros para este mês embute uma expectativa de que o Copom não subirá os juros em sua próxima reunião. Para o fim de 2006, as previsões de taxa de juros continuaram em 15% pela oitava semana consecutiva e as projeções de taxa média recuaram de 15,92% para 15,91% ao ano. (O Estado de São Paulo - 04.04.2005)

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4 Aperto fiscal será maior que o previsto

A equipe econômica já trabalha com uma meta maior para o resultado das contas públicas neste ano. Oficialmente, continua valendo o objetivo de atingir um saldo positivo equivalente a 4,25% do PIB nas contas primárias do setor público. Mas, informalmente, a ordem já foi dada: o aperto será maior. Apesar de oficialmente o governo defender que os gastos públicos não estão exagerados a preocupação com a pressão por mais gastos, vinda principalmente dos aliados, é crescente.O mais provável, segundo defendem técnicos do governo, é que o controle extra se dê na execução do Orçamento ao longo de 2005, sem que se anuncie uma elevação da meta fiscal nesses primeiros meses do ano. No segundo semestre, a exemplo do que ocorreu em 2004, depois de avaliar o desempenho da arrecadação, a equipe econômica poderá oficializar um aperto fiscal mais forte. (Jornal do Commercio - 04.04.2005)

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5 Juro em alta freia empréstimo com desconto em folha

A alta dos juros básicos da economia, iniciada em setembro pelo BC, tem freado o crescimento das operações de crédito consignado entre os trabalhadores do setor privado. A explicação é que as tabelas de juros dos empréstimos foram acertadas entre os sindicatos e os bancos conveniados quando a Selic estava em queda, no início de 2004. Como o custo do dinheiro subiu e a taxa no consignado permaneceu a mesma, a margem dos bancos ficou apertada. Os juros subiram de 16% para 19,25%, em sete aumentos mensais consecutivos. Segundo estudo da Trevisan, o crédito com desconto em folha tem potencial para atingir R$ 30 bilhões em uma economia estável, com juros de 12% ao ano. Até fevereiro, o saldo das operações consignadas estava em R$ 13,5 bilhões, segundo o BC. (Folha Online - 04.04.2005)

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6 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial diminuiu o ritmo de alta nesta última hora. Às 11h55m, a moeda americana tinha elevação de 0,07%, a R$ 2,660 na compra e R$ 2,662 na venda. Na sexta, o dólar comercial terminou com queda de 0,29%, valendo R$ 2,6580 na compra e R$ 2,66 na venda. (O Globo Online e Valor Online - 04.04.2005)

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Internacional

1 EDP vende participação na Red Electrica

A EDP obteve uma receita de 33 milhões de euros com a venda da participação de cerca de 3% que detém na Red Eléctrica de Espanha, através da subsidiária Hidrocantábrico, divulgou a empresa portuguesa. Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Energias de Portugal refere que "a Hidrocantábrico, subsidiária da EDP, vendeu, por um valor de 76 milhões de euros, a totalidade das mais de 4 milhões de ações, representativas de uma participação social de cerca de 3% que detinha na REE. O resultado da venda, acrescenta a empresa portuguesa, "proporciona à Hidrocantábrico a realização de uma mais-valia de cerca de 33 milhões de euros". Esta alienação vem "na seqüência do disposto na lei espanhola através do Real Decreto 5/2005 de 11 de Março, que veio limitar a participação das empresas do sector da eletricidade no capital social da Red Eléctrica de Espanha", acrescenta o comunicado. (Diário Econômico - 01.04.2005)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Diego Garbayo e Diogo Bravo

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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