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nº 1.541 - 28 de março de 2005 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Leilão de energia existente é adiado para o dia 2 de abril O segundo
leilão de energia existente foi adiado para sábado, dia 2 de abril, para
evitar impacto sobre o preço das ações das elétricas, informou a Câmara
de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O leilão estava marcado
Inicialmente para a quinta-feira (31/03). "A alteração da data foi feita
após a indicação da Secretaria Especial de Acompanhamento Econômico do
Ministério da Fazenda sobre a possibilidade de eventuais impactos no mercado
com a ocorrência do leilão em dias úteis", afirmou a CCEE em comunicado.
No primeiro leilão, realizado numa terça-feira, as ações das geradoras
caíram porque os investidores se decepcionaram com os preços da energia.
(Valor - 28.03.2005) 2 Leilões de energia impulsionam o setor de "project finance" no Brasil O número
de projetos de investimento com estruturas de financiamento específicas,
os chamados "project finance", passou de 12 em 2003 para 16 em 2004, um
crescimento de mais de 30%. O valor total do capital investido nesses
projetos também cresceu -mais do que dobrou, passando de R$ 1,385 bilhão
para R$ 3 bilhões no período. A dívida tomada para a execução dos projetos
caiu, de R$ 6,015 bilhões para R$ 3,8 bilhões. Os números constam de levantamento
da Anbid, Associação Nacional dos Bancos de Investimento. Foram os leilões
de energia elétrica de 2001 e 2002 que movimentaram o setor de project
finance no Brasil nos últimos dois anos, segundo Sergio Heumann, diretor
de "project finance" do Citigroup. De um total de 12 projetos realizados
em 2003, oito foram no setor de energia, segundo a Anbid. Em 2004, quase
todos -15, de 16- foram projetos de geração ou de transmissão de energia.
(Valor - 28.03.2005) 3 BM&F e Bolsa do Rio vão negociar contratos de energia elétrica A Associação
Brasileira dos Agentes Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel)
e a Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) informaram que estão na fase
final de conversações para criar um ambiente de negociação de contratos
de fornecimento de energia. A expectativa das duas instituições é de que
o projeto seja implementado em abril. A BM&F e a Abraceel querem dar maior
liquidez e transparência às negociações de contratos bilaterais, à vista,
de curto prazo (um mês), normalmente utilizados pelos consumidores para
contratar o volume de energia consumido que não estava contratado ou vender
as sobras da energia que estava contratada e não foi consumida. O presidente
da Abraceel, Paulo Cezar Coelho Tavares, afirma que primeiramente os leilões
deverão ser realizados uma vez por mês. Se houver liquidez crescente,
a periodicidade deverá ser aumentada. Segundo o diretor de mercados agrícolas
da BM&F, Félix Schouchana, haverá um revezamento nos locais onde serão
realizados os leilões, na BM&F, em São Paulo, e na Bolsa de Valores do
Rio. Schouchana lembra que a decisão de incluir a Bolsa do Rio foi tomada
para prestigiar a cidade que abriga diversos centros de referência do
setor de energia. (Gazeta Mercantil - 28.03.2005) 4
Odebrecht: Mudanças no modelo regulatório ainda provocam incertezas nos
investidores 5 BNDES aprimora condições de financiamento do Proinfa A diretoria
do BNDES aprovou alterações nas condições de financiamento no âmbito do
Proinfa. As mudanças visam aprimorar o desempenho do programa, buscando
atingir a meta de operação de 3.300 MW (fontes eólica, biomassa e hidráulica)
e atendendo também a pleito do MME encaminhadas ao Banco. Entre as modificações
aprovadas estão: o aumento da participação máxima do BNDES nos investimentos
financiáveis de até 70% para até 80%; ampliação do prazo de amortização
máximo de 10 para 12 anos; novas garantias; a não-obrigatoriedade de constituição
de sociedades anônimas de propósito específico (SPE) para operações de
Biomassa e a prorrogação do prazo de vigência do Programa de 30/12/2005
para 30/12/2006. As garantias do financiamento serão compostas, a partir
de agora, com a não-obrigatoriedade de constituição de garantia real fora
do projeto. Além disso, a fiança dos sócios poderá, dependendo do caso,
limitar-se ao período de implantação e até que se atinjam os indicadores
financeiros pré-estabelecidos. (Elétrica - 24.03.2005) 6 Proinfa: Agentes aprovam mudanças na política de financiamento do BNDES As mudanças
na política de financiamento do Proinfa, anunciadas na última quarta-feira,
dia 23 de março, pelo BNDES, foram bem recebidas por agentes do setor.
As principais alterações envolvem o aumento de participação nos investimentos
financiáveis de 70% para 80% e o aumento do prazo de amortização de 10
para 12 anos. Everaldo Feitosa, vice-presidente da Associação Mundial
de Energia Eólica, ficou satisfeito com a retirada da exigência de garantia
real fora dos projetos. Feitosa espera que agora o banco aprove financiamentos
para os projetos de eólica. Honório Kitayama, consultor da União da Agroindústria
Canavieira de São Paulo, destacou que o segmento de biomassa não deve
ser afetado significativamente pela medida por causa da redução do número
de projetos. Kitayama disse que os projetos de biomassa a partir da cana-de-açúcar
foram encarecidos pela alta do preço do aço e a forte demanda de açúcar
e álcool no mundo. (Canal Energia - 24.03.2005) 7 Copom mantém previsão de reajuste de energia em 9,5% O Copom manteve em março a expectativa de reajuste de 9,5% para as tarifas residencias de energia elétrica em 2005. A projeção foi divulgada nesta quinta-feira (24) na ata da reunião realizada pelo Copom na semana passada. A perspectiva de aumento para as contas de luz é a mesma feita pelo Comitê em fevereiro. (Canal Energia - 24.03.2005) 8
Estrangeiros investem US$ 1,19 bi em eletricidade e gás em 2004 9 Comissão da Câmara vai discutir Luz para Todos na região Norte A Comissão
da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional da Câmara
dos Deputados vai convidar representantes do MME, da Eletronorte e da
Celpa para discutir a implantação do programa de universalização Luz para
Todos na região Norte. A audiência, pedida pelo deputado Zé Geraldo (PT-PA),
foi aprovada nesta quarta-feira (23) pela Comissão. A data do encontro
ainda não foi agendada. Coordenado pelo MME com participação da Eletrobrás
e das concessionárias de energia, o Luz para Todos pretende levar energia
elétrica para mais de 12 milhões de pessoas até 2008. O programa está
orçado em R$ 7 bilhões, sendo que o governo federal destinará R$ 5,3 bilhões.
O restante será partilhado entre governos estaduais e agentes do setor.
(Canal Energia - 24.03.2005) 10
Curtas
Empresas 1 Eletrobrás registra prejuízo de R$ 94 mi no quarto trimestre de 2004 A Eletrobrás
apresentou um prejuízo de R$ 94 milhões no último trimestre do ano passado,
contra um lucro de R$ 1,035 bilhão no mesmo período de 2003, surpreendendo
as estimativas do mercado. O banco Brascan, por exemplo, projetava um
prejuízo de R$ 793 milhões para a estatal entre outubro e dezembro passados.
O banco BBVA calculava prejuízo de R$ 941 milhões no último trimestre
de 2004 para a Eletrobrás e perda de 30% na sua receita financeira no
último trimestre de 2004. O impacto negativo no último trimestre em função
do câmbio, porém, não impulsionou uma perda anual superior à de 2003,
quando os efeitos da variação do dólar frente ao real resultaram em R$
3,711 bilhões negativos. Em todo o ano de 2004, essas perdas foram de
R$ 1,656 bilhão. (Valor - 24.03.2005) 2 Eletrobrás registra lucro de R$ 1,293 bi em 2004 A Eletrobrás anunciou um lucro líquido de R$ 1,293 bilhão em 2004, o que equivale a um crescimento de 300% em relação ao resultado verificado no exercício anterior, quando a empresa registrou lucro líquido de R$ 323 milhões. Um dos fatores que contribuíram para o desempenho da Eletrobrás foi o ganho de R$ 723 milhões com as subsidiárias, apesar de o resultado de 2003 ter apresentado um ganho de R$ 1,603 bilhão com este item. Segundo a estatal, essa queda de 55% deve-se à descontratação de parte da energia de Furnas e ao provisionamento de R$ 620 milhões de contingências da Eletronorte. O resultado também foi impactado positivamente pela flutuação do IGP-M, possibilitando um ganho de R$ 748 milhões. Além disto, o comportamento da inflação americana influenciou positivamente os contratos de financiamentos mantidos junto à Itaipu Binacional. Isso ocorreu porque a dívida da Itaipu com a Eletrobrás está sujeita a uma correção pela média ponderada desses dois índices de inflação, o "Industrial Goods" e o "Consumer Price". (Valor - 24.03.2005) 3 CPFL Energia registra lucro de R$ 278,9 mi em 2004 O grupo
CPFL Energia registrou lucro de R$ 278,9 milhões em 2004. Em 2003 a empresa
teve prejuízo de R$ 297 milhões. A receita bruta cresceu 18% sobre o exercício
anterior e chegou a R$ 9,5 bilhões. As despesas operacionais em 2004 foram
de R$ 1,7 bilhão, numa redução de 6,6% em relação ao ano anterior. O diretor
financeiro do grupo, José Antônio de Almeida Filippo, credita o bom resultado
ao aumento de 4,6% no volume de energia vendida. Além disso, a dívida
total caiu 9% e teve seu perfil modificado. Com a reestruturação do endividamento,
que caiu de R$ 5,5 bilhões para R$ 5 bilhões, houve redução das despesas
financeiras em 27,4% em 2004, para R$ 1,1 bilhão. (Valor - 24.03.2005)
4
Reajustes tarifários auxilíam aumento do faturamento da área de distribuição
da CPFL Energoa em 2004 5 CPFL Energia: Área de comercialização tem lucro de R$ 101,7 mi em 2004 O lucro
da área de comercialização do grupo CPFL Energia foi de R$ 101,7 milhões,
num salto de 101% sobre 2003, com vendas de 11.110 GWh (crescimento de
261%). A maioria dos clientes que se tornaram livres e saíram das distribuidoras
acabaram sendo atendidos pela comercializadora do grupo. Dos 58 clientes
que optaram por sair do mercado cativo das distribuidoras da CPFL, 50
deles ficaram na comercializadora CPFL Brasil. Além disto, a holding teve
uma receita extra com os consumidores que saíram do seu mercado cativo.
Isso ocorreu porque esses consumidores começaram a pagar a Tarifa de Uso
do Sistema de Distribuição (Tusd). A receita com a Tusd subiu 495% em
2004 frente a receita obtida em 2003. (Valor - 24.03.2005) 6 CPFL Geração fecha 2004 com lucro de R$ 71 mi A CPFL Geração
apurou lucro de R$ 71 milhões, numa variação de 2.459% sobre 2003, enquanto
a receita líquida bateu os R$ 313 milhões, um acréscimo de 13,3%. O diretor
financeiro do grupo destacou que o segmento de geração começou em 2004
a gerar receita operacional, com a entrada em funcionamento da usina de
Monte Claro. As outras usinas do grupo CPFL que entrarão em funcionamento
até 2008 serão responsáveis por aproximadamente 35% de toda a eletricidade
que será adicionada ao sistema nacional no período. (Valor - 24.03.2005)
7 Copel registra lucro de R$ 374,1 mi em 2004 A Copel
fechou 2004 com lucro de R$ 374,1 milhões, 118,6% acima do resultado obtido
em 2003, graças à redução do desconto concedido à tarifa dos consumidores
que pagam suas contas em dia. No quarto trimestre de 2004, o lucro foi
de R$ 76,4 milhões, comparado ao prejuízo de R$ 89,2 milhões do mesmo
período de 2003. O lucro também foi impulsionado pelo aumento de 1,4%
no volume de energia fornecida em 2004. (Valor - 28.03.2005) 8 Lucro da Cesp em 2004 cai 94,6% e fecha em R$ 34 mi A Cesp registrou no exercício de 2004 uma queda de 94,6% no lucro líquido em relação ao ano anterior. Segundo o balanço divulgado nesta quinta-feira (24), o lucro no ano passado ficou em R$ 34,05 milhões, contra R$ 627,68 milhões contabilizados em 2003. A empresa registrou no ano passado despesas financeiras líquidas de R$ 763,51 milhões e um resultado operacional de R$ 195,73 milhões. A receita operacional líquida aumentou de R$ 1,728 bilhão, em 2003, para R$ 1,917 bilhão em 2004. A principal componente da receita operacional da empresa, os contratos de fornecimento a distribuidoras paulistas, apresentou uma queda de participação na comparação entre os dois últimos anos. Em 2003, o suprimento a concessionárias representava 82% da receita, enquanto que no ano passado a venda chegou a 79%. (Canal Energia - 24.03.2005) 9 Venda de energia da Cesp cresceu 3,2% em 2004 Mesmo com a retração do suprimento e a baixa demanda do mercado, a Cesp obteve um incremento de 3,2% na energia vendida, que passou de 3.150 MW médios no final do ano retrasado para 3.254 MW médios em 2004. Ao longo de 2005, a geradora ainda terá um volume remanescente de 907 MW médios de contratos iniciais com distribuidoras do estado, que será liberado no início de 2006. Além desse montante, a empresa fornecerá cerca de 1.290 MW médios em contratos bilaterais de longo prazo e 800 MW médios em contratos firmados no leilão de energia existente realizado pelo governo federal em dezembro do ano passado - quando a Cesp negociou um total de 1.998 MW médios entre 2005 e 2014 com 35 empresas de distribuição de todo o país. (Canal Energia - 24.03.2005) 10 Cesp anuncia edital para leilão de venda de 300 mil MWh A Cesp comunicou
nesta quinta-feira, dia 23 de março, que fará oferta de venda de energia
de curto prazo para o mês de março de 2005, no montante total de 300 mil
MWh. Segundo o comunicado, a licitação tem o objetivo de atender as necessidades
do mercado de energia elétrica, disponibilizado nos centros de gravidade
dos subermercados Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. Segundo
o edital, as propostas devem ser enviadas na próxima quarta-feira, dia
30 de março, pelo fax (11) 5613-3786, das 9 às 16 horas. (Canal Energia
- 24.03.2005) 11 Emae reverte resultado e encerra 2004 com lucro de R$ 9,1 mi A Emae encerrou o exercício de 2004 com lucro de R$ 9,180 milhões, contra prejuízo de R$ 25,274 milhões no ano anterior. Segundo o balanço divulgado nesta quinta-feira, dia 24 de março, a empresa atingiu R$ 256,411 milhões de receita bruta, no ano passado, ante os R$ 232,826 milhões verificados em 2003. A receita líquida passou de R$ 217,476 milhões para R$ 239,502 milhões. O balanço aponta ainda um resultado bruto de R$ 12,520 milhões, no ano passado, contra um desempenho negativo de R$ 13,293 milhões, em 2003. O resultado operacional chegou a R$ 16,456 milhões, em 2004, ante os R$ 19,758 milhões negativos do exercício anterior. (Canal Energia -24.03.2005) 12 Delta faz novo leilão de compra na próxima terça-feira, dia 29 A Delta
Comercializadora de Energia divulgou nesta quinta-feira, dia 23 de março,
edital para leilão de compra de energia, que acontecerá na próxima terça-feira,
dia 29 de março. Segundo Ricardo Lisboa, sócio da empresa, a expectativa
é que a licitação envolva um montante entre 20 MW médios e 70 MW médios.
Este será o quarto leilão de curto prazo, com entrega entre um e seis
meses, que a Delta realizará este ano. (Canal Energia - 24.03.2005) 13 RGE vai realizar emissão de R$ 230 mi em debêntures A Rio Grande
Energia prepara a emissão de R$ 230 milhões em debêntures. A operação
está sendo analisada pela CVM. O lançamento será coordenado pelo BankBoston.
Atualmente, a CVM analisa a emissão de R$ 11,1 bilhão em debêntures, de
12 empresas. (Valor - 24.03.2005) 14 Cemig anula licitação do Luz para Todos em Minas Gerais A Cemig
anunciou nesta quinta-feira (24) a anulação da licitação pública que contratou
empresas construtoras para execução do programa Luz para Todos em Minas
Gerais. O processo agora será devolvido à Comissão de Licitação, "para
que esta proceda as adequações necessárias no ducumento, sob o aspecto
jurídico-formal", diz o comunicado. No processo de seleção e avaliação
concluído em fevereiro deste ano, a Cemig escolheu a CBPO Engenharia (do
grupo Odebrecht) para execução dos lotes 1 e 4, com preços de R$ 344 milhões
e R$ 342 milhões, respectivamente. O lote 2 ficou com a Andrade Gutierrez,
no valor de R$ 307 milhões. O lote 3 ficou com a Queiroz Galvão, com preço
de R$ 342 milhões. (Canal Energia - 24.03.2005) No pregão
do dia 24-03-2005, o IBOVESPA fechou a 26.701,88 pontos, representando
uma alta de 1,73% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,27
bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,66%,
fechando a 6.991,45 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 33,60 ON e R$ 33,60 PNB, alta de 5,49%
e 1,87% respectivamente, em relação ao fechamento do dia anterior. Na
abertura do pregão do dia 28-03-2005 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 33,51 as ações ON, baixa de 0,27% em relação ao dia anterior e R$
33,61 as ações PNB, alta de 0,03% em relação ao dia anterior. (Economática
e Investshop - 28.03.2005)
Gás e Termoelétricas 1 BNDES já aprovou liberação de R$ 826 mi para setor de gás em 2005 Os pedidos de empréstimo para ampliação da malha de gasodutos respondem hoje pela maior parte dos financiamentos da área de gás, petróleo e fontes alternativas do BNDES. O banco prevê fechar 2005 com liberação de R$ 2,6 bilhões, 44% maior que o montante de 2004 - R$ 1,8 bilhão. A liberação de recursos para grandes gasodutos e a distribuição de gás por empresas estaduais vêm crescendo desde 2000. Este ano já foram aprovados R$ 826 milhões, 418% a mais que em igual período de 2004. Outros R$ 597 milhões já deram entrada no banco e R$ 36,7 milhões estão em análise. A soma, apenas para redes, chega a R$ 1,46 bilhão. Entre os projetos enquadrados no BNDES estão o Gasoduto Sudeste-Nordeste (Gasene), da Petrobras, com financiamento de US$ 1,1 bilhão do China Eximbank em uma operação que ainda está sendo estruturada, e o gasoduto Urucu-Manaus. (Valor - 24.03.2005) 2 Distribuidoras de gás buscam financiamento do BNDES O aumento
do consumo de gás natural, que cresceu 26% em 2004, segundo a Associação
Brasileira das Distribuidoras de Gás Natural (Abegás), somado a projetos
da Petrobras para ampliação da sua malha de gasodutos estão levando as
distribuidoras de gás em busca de financiamento do BNDES. A economista
Cláudia Trindade Prates, chefe do departamento de gás, petróleo, co-geração
e outras fontes de energia do BNDES, diz que foram financiadas todas as
distribuidoras do Sul, Sudeste e Nordeste. Algumas já pleiteiam outros
financiamentos. A Potigás, do Rio Grande do Norte, recebeu financiamento
de R$ 11 milhões. A Ceg-Rio, com concessão para o interior do Rio de Janeiro
e grandes clientes, tem em análise uma segunda operação. (Valor - 24.03.2005)
3 Comgás fehca financiamento de R$ 428 mi com o BNDES Com a Comgás,
o BNDES acaba de fechar financiamento de R$ 428 milhões para suportar
um investimento total programado de R$ 852 milhões para obras que vão
ampliar em 955 km sua rede de distribuição. A Comgás informou que investiu
R$ 280 milhões em 2004 para ampliar sua rede em 343 quilômetros e para
conectá-la a cinco novos municípios. Prevê mais 400 km neste ano na região
metropolitana. No interior, tem planos de expansão da oferta na região
de Campinas. (Valor - 24.03.2005) 4 BNDES financia projeto Manati Em exploração
e produção de petróleo, o BNDES está financiando (com Banco do Nordeste),
a Queiroz Galvão para o desenvolvimento da produção e escoamento de gás
do projeto Manati, onde tem 55%, operado em parceria com Petrobras (35%)
e Petroserv (10%). "Com esse projeto a Bahiagás vai poder expandir sua
clientela e deve aumentar seus investimentos", ressaltou Cláudia Trindade
Prates, chefe do departamento de gás, petróleo, co-geração e outras fontes
de energia do BNDES. (Valor - 24.03.2005) 5 Venda da TermoCeará encerra litígio com MPX Após um litígio que já chegou a um tribunal internacional de arbitragem, a Petrobras e a MPX, do empresário Eike Batista, deram na última quinta-feira um passo fundamental para encerrar o contencioso em torno da usina termelétrica TermoCeará. A Petrobras decidiu abrir mão da arbitragem e das as ações judiciais contra a MPX, em troca da aquisição da usina, que tem potência instalada de 220 MW. Um termo de compromisso prevê a compra da usina por US$ 137 milhões. O acordo permitirá a suspensão imediata do pagamento de US$ 5 milhões mensais em juízo pela energia gerada pela TermoCeará. (Gazeta Mercantil - 28.03.2005) 6 Merrill Lynch considera "muito positivo" acordo da Petrobras para compra da TermoCeará A Merrill Lynch considerou "muito positivo" o resultado do acordo preliminar anunciado pela Petrobras para a compra de uma termelétrica no Ceará. Após o anúncio da Petrobras, a Merrill Lynch enviou aos investidores um relatório avaliando como "muito positivo" o resultado do acordo para a Petrobras. Segundo a corretora, ao se tornar dona da usina, a estatal vai deixar de gastar US$ 50 milhões por ano. O preço do ativo (US$ 137 milhões) foi considerado pela instituição financeira como "muito atrativo". Para a Merrill Lynch, a termelétrica poderá se tornar lucrativa no futuro. (Folha Online - 24.03.2005) 7 Programa de incentivo à produção do biodiesel terá apoio logístico em todo o País O programa de incentivo à produção do biodiesel contará com apoio logístico da Petrobras para garantir a distribuição do produto em território nacional, afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao participar na quinta-feira da inauguração da primeira usina de biodiesel no País, em Cássia (MG). Segundo Lula, a distribuição será o principal desafio para o sucesso do programa. "É muita responsabilidade a gente fazer com que o programa do biodiesel tenha uma dimensão nacional e possa se transformar num combustível definitivo para o Brasil", disse o presidente. "Quanto mais crescer o consumo, mais aumentará a nossa responsabilidade de não permitir que uma brasileira, um brasileiro em qualquer lugar do Brasil que quiser colocar biodiesel no carro não consiga". (Gazeta Mercantil - 28.03.2005) 8 Produção de mamona para biodiesel passa por momentos de incertezas As dificuldades para comercializar a produção de mamona e problemas climáticos no Nordeste estão trazendo dúvidas a agricultores e indústrias sobre o sucesso da produção de biodiesel no país neste ano. No Rio Grande do Norte, a Cooperativa de Energia e Desenvolvimento Rural do Seridó (Cersel), tinha planos para ampliar a área de mamona de 2,3 mil hectares para 3 mil neste ano, mas os 130 produtores ainda não começaram a plantar. Em 2004, a Petrobras assinou convênio com a Emater-RN para a compra da produção de 3 mil dos 10 mil hectares plantados no Estado. Domingos Cabral, gestor de mamona da Emater-RN, diz que desde então a empresa comprou apenas 30 toneladas. "A falta de organização dos produtores atrapalhou o início do projeto", observa. Ulisses da Costa Soares, coordenador do Programa de Biodiesel da Petrobras, concorda que os produtores não tinham estrutura para fazer a venda a prazo e considera "normal" esse tipo de problema no início do projeto. Ele diz que a Petrobras estuda um novo modelo de negociação. Cabral, da Emater-RN, aponta a falta de chuvas como outro fator de desestímulo. "A estimativa era que o Estado alcançasse 20 mil hectares, ante 10 mil no ano passado. Mas, se não chover, não haverá plantio". (Valor - 24.03.2005)
Grandes Consumidores 1 Energia tem peso de US$ 437 mi na receita da Odebrecht Projetos
de construção de usinas e linhas de transmissão, desde os estudos de viabilidade
e de inventário, arquitetura e engenharia consultiva até as obras civis
em si, como a construção da barragem, passando também por serviços como
a compra, instalação e montagem dos equipamentos, foram responsáveis por
19% do faturamento total da Construtora Norberto Odebrecht em 2004. Foram
US$ 437 milhões, do total de US$ 2,2 bilhões que a companhia contabilizou
ao final do ano passado. Embora a participação de projetos do setor seja
expressiva, na década de 90 a receita com projetos de usinas de geração
de energia e linhas de transmissão chegou a ser mais significativa, explicou
o responsável administrativo financeiro da área de energia no Brasil,
Ênio Silva. Do total de US$ 437 milhões de faturamento com projetos no
setor elétrico, apenas US$ 134 milhões foram obtidos no Brasil, e mais
do dobro, US$ 303 milhões, no exterior. (Gazeta Mercantil - 28.03.2005)
2 Odebrecht: Maior volume de projetos vai depender da velocidade do governo em prover estabilidade Com a promessa
de que o leilão de empreendimentos novos aconteça ainda este ano e com
a tentativa do MME de desemperrar a liberação das licenças ambientais
para novas usinas já outorgadas, a construtura Odebrecht espera um maior
volume de projetos nacionais no futuro "Vai depender da velocidade do
governo federal em prover a estabilidade institucional que permita a atração
de investimentos das empresas privadas nacionais e internacionais da área
de geração de energia", disse o responsável administrativo financeiro
da área de energia da Odebrecht no Brasil, Ênio Silva. Ele ressaltou que
a Odebrecht, como forma de contribuir nesse processo, estabeleceu parcerias
com as geradoras estatais Furnas, Eletronorte e Chesf para o desenvolvimento
de inventários e estudos de viabilidade de sete novos aproveitamentos
hidrelétricos. (Gazeta Mercantil - 28.03.2005)
Economia Brasileira 1 PIB deve crescer este trimestre, em ritmo compatível com 3,5% no ano Nem a quebra de parte da safra agrícola nem a elevação dos juros básicos em 1,5 ponto percentual entre janeiro e março vão impedir a expansão do PIB num ritmo compatível com o crescimento próximo de 3,5% este ano. Pelo menos, não neste primeiro trimestre, dizem os economistas. Apesar das adversidades no clima e na política monetária, a oferta recorde de crédito e o incansável fôlego das exportações vão garantir algum avanço na atividade econômica nos três primeiros meses de 2005. Na comparação com o quarto trimestre do ano passado, as estimativas variam de 0,4% a 0,8%, segundo o Ipea. Neste início de ano, a economia está repetindo o nível moderado de atividade do fim de 2004, já em resposta à alta dos juros, que começou em setembro. Desde agosto do ano passado, a Selic passou de 16% para 19,25% ao ano. O próprio BC, na ata da última reunião do Copom, afirma que "a atividade econômica continua em expansão, mas a um ritmo menor". (O Globo Online - 28.03.2005) 2 Mercado eleva projeção de inflação mensal e de 2005 O mercado financeiro fez nova elevação na projeção média para o índice oficial de inflação de 2005. No mais recente relatório de mercado, feito pelo BC na semana passada, a mediana das expectativas para o IPCA deste ano é de 5,83%, levemente acima dos 5,80% previstos na semana retrasada. Para 2006, o mercado prevê IPCA de 5%, mesmo resultado há 45 semanas. De acordo com o levantamento semanal Focus, feito pelo BC junto a instituições financeiras, a previsão para o IGP-DI de 2005 foi de 6,12% para 6,38% e, no IGP-M, elevou-se de 6,20% para 6,24%. Para o IPC da Fipe, a mediana das expectativas dos analistas foi de 5,66% para 5,70%. A expectativa dos analistas para o IPCA de março subiu de 0,60% para 0,63% e a do IGP-DI foi de 0,54% para 0,65%. A previsão média quanto ao IGP-M passou de 0,58% para 0,65% e a do IPC da Fipe continuou em 0,80%. Para o mês de abril, a mediana das expectativas para o IPCA foi de 0,45% para 0,50% e a do IPC da Fipe manteve-se em 0,40%. (Valor Online - 28.03.2005) 3
FMI elogia política econômica mas alerta para a elevada dívida pública
brasileira A massa
salarial vem crescendo a uma média mensal de R$ 1,1 bilhão no primeiro
bimestre, comparado ao igual período no ano passado. Fruto do aumento
da ocupação e de recuperação do rendimento real, o valor passou do patamar
de R$ 17 bilhões em janeiro e em fevereiro de 2004 para perto de R$ 18,1
bilhões este ano. A massa salarial - já cresceu 6,4% sobre 2004 - reforça
as expectativas de aumento de consumo para o ano. Em fevereiro deste ano,
descontada a inflação, o rendimento cresceu (2,6%) pela sexta vez consecutiva
em relação a fevereiro de 2004 e o pessoal ocupado avançou 3,7%, segundo
o IBGE. A massa salarial, resultado do avanço do total de trabalhadores
e de quanto ganham, foi calculada pela LCA Consultores. As projeções de
crescimento da massa de salários para este ano estão entre 5% e 8%. De
um lado, o rendimento real vem aumentando com a redução da inflação, que
tira menos poder de compra dos salários, pela entrada de mais empregos
"protegidos" e aumento dos ganhos, mesmo no setor informal. (Jornal do
Commercio - 28.03.2005) 5 Crédito continua em alta em fevereiro De acordo
com os dados divulgados pelo Departamento Econômico do BC, as operações
de crédito registraram em fevereiro, uma expansão de 1,4%. Com a alta,
o estoque das operações de crédito passou dos R$ 491,652 bilhões de janeiro
(26,5% do PIB) para R$ 498,305 bilhões (26,7% do PIB). O crescimento do
crédito no primeiro bimestre do ano ficou em 2,7%. A maior taxa de crescimento,
segundo o chefe do Depec, Altamir Lopes, foi a dos empréstimos às pessoas
físicas, que tiveram aumento de 2,1% no período. As operações de crédito
contratadas por pessoas jurídicas, por sua vez, apresentaram aumento de
0,8%. A elevação ocorreu a despeito do encarecimento do crédito verificado
no mesmo período. Os juros dos empréstimos às pessoas físicas subiram,
segundo o BC, dos 63,4% de janeiro para 64%, maior porcentual desde março
do ano passado. Nas operações com empresas, a taxa de juros aumentou 0,2
ponto porcentual e passou dos 32,2% de janeiro para 32,4% ao ano em fevereiro
último. (O Estado de S. Paulo - 28.03.2005) O dólar comercial entra mais uma semana acima de R$ 2,70. Nesta manhã de segunda-feira, a moeda abriu em alta e chegou a atingir R$ 2,751 na venda (alta de 0,40%). Às 12h36m, operava com elevação de 0,18%, a R$ 2,743 na compra e R$ 2,745 na venda. Na sexta, o dólar comercial terminou com queda de 0,36%, transacionado a R$ 2,7380 na compra e R$ 2,74 na venda. (O Globo Online e Valor Online - 28.03.2005)
Internacional 1 Declaração conjunta de 74 países pede reabilitação da energia nuclear A energia
nuclear pode estar sendo reabilitada. A ONU promoveu um encontro em Paris
para propor que esse tipo de energia volte a ser uma alternativa viável
de produção de energia barata e vire uma forma de diminuir a carga dos
chamados gases estufa liberados na atmosfera do planeta. A declaração
conjunta de representantes de 74 países foi divulgada após a conferência
"Energia Nuclear para o Século XXI", organizada pela Agência Internacional
de Energia Atômica (AIEA, ligada à ONU), tendo como anfitrião o governo
francês. "A grande maioria dos participantes afirma que a energia nuclear
pode fazer uma grande contribuição para que alcancemos nossas necessidades
energéticas e sustentemos o desenvolvimento do mundo no século 21", disse
a declaração. A energia nuclear "não gera poluição do ar ou emissão de
gases estufa", continua o comunicado conjunto, ressaltando que a tecnologia
comprovadamente gera energia barata e segura. Entre os países que assinaram
a declaração, destacam-se Alemanha, Itália e Irlanda. Todos eles baniram
a energia nuclear ou têm planos para fechar gradativamente suas usinas.
(Valor - 24.03.2005) 2 Secretário-geral da OCDE defende energia nuclear O secretário-geral
da OCDE, Donald Johnston, escreveu um artigo no "International Herald
Tribune" defendendo esse ponto de vista da reabilitação da energia nuclear.
Ele delineia quatro pontos que vê como essenciais para balizar o crescimento
da energia nuclear: o fortalecimento dos acordos de banimento de armas
nucleares; formação de uma equipe internacional de monitoramento do uso
da tecnologia nuclear; participação da comunidade científica nos mecanismos
de transparência e de avaliação de segurança e métodos; e incentivo e
financiamento, pelos países mais ricos, para desenvolvimento e pesquisa,
principalmente nos países mais pobres. (Valor - 24.03.2005) 3 Custos da energia puxam inflação nos EUA A inflação nos EUA registrou em fevereiro a maior alta em quatro meses, fomentando mais preocupações de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) vá acelerar o ritmo do aumento da taxa básica de juros. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) cresceu 0,4%, mais do que o previsto, informou o Departamento do Trabalho, em Washington. O núcleo do índice - que exclui preços de alimentos e energia - subiu 0,3%, o maior patamar desde o último setembro. No acumulado de 12 meses, a inflação foi de 2,4%, se comparada com o mesmo período do ano anterior, configurando também a maior alta de agosto de 2002. Boa parte da alta nos preços ao consumidor foi puxada pelos custos de energia. Os preços de energia em fevereiro subiram 2%. Com o crescimento econômico americano e a indústria trabalhando em sua capacidade máxima, as pressões inflacionárias mencionadas pelo Fed deverão se intensificar. (Valor - 24.03.2005) Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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