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IFE: nº 1.540 - 23 de março de 2005
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
MME projeta crescimento de 50% na malha de transmissão até 2012
2 Presidente da CBEE: Governo vai anunciar redução no valor do seguro-apagão
3 CAE fará audiência sobre contrato do Reluz em São Paulo
4 Governo vai esperar licença do Ibama para licitar obras de transposição do rio São Francisco
5 Curtas

Empresas
1 Distribuidoras de energia começam a desistir de programa de capitalização do BNDES
2 Aneel aprova programa de capitalização da Eletropaulo
3 MPF move ação contra Eletropaulo para reembolso de valores cobrados indevidamente de consumidores
4 Itaipu antecipa repasse de US$ 9 mi dos royalties de abril
5 Cesp reabrirá comportas de Ilha Solteira, Jupiá e Porto Primavera
6 Aneel fixa quotas de RGR para três distribuidoras do Sul
7 NC Energia fará leilão para vender até 30 MW médios
8 Cotações da Eletrobrás

9 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Dilma descarta racionamento no Sul, mas acompanha seca com atenção
2 Rondônia possui capacidade de geração de pelo menos 17 mil MW a partir de hidrelétricas
3 Ibama: Potencial hidrelétrico da região amazônica apresenta grandes impactos ambientais

Gás e Termelétricas
1 Lei de Hidrocarbonetos em debate na Bolívia preocupa MME
2 Consumo de gás cresce em SP
3 Termelétrica de Uruguaiana volta a operar
4 Termopernambuco tem capacidade instalada confirmada em 532,7 MW

Grandes Consumidores
1 CVRD aprova projeto para aumentar produção de Carajás
2 CVRD negocia com empresa italiana construção de siderúrgica no ES
3 Presidente da Vale explica acordo com a CSN para compra de excedente da mina de Casa de Pedra
4 Pirelli realiza leilão para compra de energia na próxima semana

Economia Brasileira
1 FMI faz elogios à condução da política econômica brasileira
2 IBGE: Desemprego sobe pelo segundo mês e atinge 10,6%

3 Caged mostra redução na geração de empregos
4 Renda atinge patamar mais baixo desde 1985
5 Fiesp insiste em corte nos gastos públicos
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Apagão no Chile atinge 15 milhões de habitantes
2 Assessor do Governo chileno afirma que risco de apagões no país é crescente
3 Setor industrial do Chile cobra mais firmeza do Governo nas negociações com a Argentina

 

 

Regulação e Novo Modelo

1 MME projeta crescimento de 50% na malha de transmissão até 2012

O Brasil possui atualmente 80 mil km de linhas e deve acrescentar à rede, até 2012, mais 40 mil km, chegando a 120 mil km. A projeção foi feita pelo secretário-executivo do MME, Maurício Tolmasquim, ao mostrar o ritmo da expansão da rede transmissora brasileira nos últimos anos. A ampliação média da oferta de linhas entre 1995 e 2002 ficou em 2,5% ao ano, o que equivale ao acréscimo de 2,2 mil km anuais. Segundo Tolmasquim, de 2002 a 2004, a taxa de expansão passou para 4,7% ao ano, representando cerca de 3,5 mil km de linhas a cada ano. Para a licitação de 18 linhas prevista para ocorrer em junho, o volume de investimentos na construção de 3.285 km está estimado em R$ 1,912 bilhão, com a criação de 19.710 empregos, conforme estimativas do MME. No ano passado, lembrou Tolmasquim, foi iniciada a construção de 25 LTs, em um total de 1.919 quilômetros, demandando R$ 1,134 bilhão em investimentos. (Canal Energia - 22.03.2005)

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2 Presidente da CBEE: Governo vai anunciar redução no valor do seguro-apagão

O governo pretende anunciar nos próximos dias a redução do valor do seguro-apagão, informou ontem o presidente da Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial (CBEE), Ivaldo Frota. Atualmente o seguro-apagão custa R$ 0,0067 por quilowatt/hora. Desta forma as contas de luz dos consumidores devem ficar mais baratas. O valor da redução ainda está sendo calculado pela Aneel. Segundo Frota, a redução do seguro será possível porque há folga no caixa da empresa. Além de ter melhorado a arrecadação, a empresa aplicou cerca de R$ 100 milhões em multas no ano passado. Outro fator que contribui para abrir espaço para a redução do seguro é que praticamente metade dos contratos de aluguel de usinas terminou no ano passado. A outra metade vai expirar este ano. Em novembro de 2004, o seguro-apagão teve uma redução de 21,44%, caindo de R$ 0,0085 por quilowatt/hora para R$ 0,0067. A legislação permite revisão dos valores a cada trimestre. (Jornal do Commercio - 23.03.2005)

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3 CAE fará audiência sobre contrato do Reluz em São Paulo

A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou nesta terça-feira (22/03) requerimento do senador Luiz Otávio (PMDB-PA), que convida o secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy; a ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy; o presidente da Eletrobrás, Silas Rondeau; e o presidente da Eletropaulo, Eduardo Bernini, para audiência pública sobre o descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) pela prefeitura de São Paulo. Ano passado, a ex-prefeita firmou contrato com a Eletrobrás e a Eletropaulo, no valor total de R$ 187 milhões, para implementação do programa de eficiencientização de iluminação pública Reluz na capital paulista. A prefeitura de São Paulo, porém, estava acima do limite de endividamento permitido pela LRF, e não poderia contrair novo financiamento sem o aval prévio do Tesouro Nacional - o que não ocorreu. (Canal Energia - 22.03.2005)

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4 Governo vai esperar licença do Ibama para licitar obras de transposição do rio São Francisco

O governo voltou atrás na decisão de licitar as obras de transposição do rio São Francisco antes mesmo de obter autorização ambiental para o projeto. Os editais para a contratação dos serviços das construtoras só serão lançados após a concessão de licenciamento pelo Ibama. A estratégia de fazer a licitação antes de obter a licença tinha como objetivo acelerar o cronograma de implantação do projeto e havia sido anunciada em janeiro. A previsão era começar as obras em abril. Agora, o governo só dará largada às obras, na melhor das hipóteses, no terceiro trimestre. O ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, avaliou que fazer a licitação antes do licenciamento era dar munição aos adversários políticos do projeto e aos ambientalistas mais radicais. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, expressou satisfação com a mudança de estratégia. Os técnicos da Integração Nacional mantêm o formato imaginado para os editais. Em princípio, deverá haver duas licitações: uma para contratar as empresas de construção e outra para a contratação de equipamentos. O plano é lançar os editais 24 horas após a concessão da licença ambiental. (Valor - 23.03.2005)

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5 Curtas

Segundo a assessoria da Aneel, a CBEE já apresentou o balanço financeiro de 2004, que está sendo analisado pelo órgão regulador, juntamente com os dados do caixa da empresa referentes a janeiro e fevereiro deste ano e com a projeção de gasto e arrecadação para os próximos meses. (Jornal do Commercio - 23.03.2005)

Está marcada para esta terça, 22 de março, no Plenário 2 da Câmara dos Deputados, a instalação da CPI das Privatizações do Setor Elétrico, para apurar possíveis irregularidades no processo de desestatização das empresas. (Canal Energia - 22.03.2005)

Foi adiado, mais uma vez, o início dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito que investigará as privatizações das empresas do setor elétrico. Prevista inicialmente para esta terça-feira (22/02), a instalação da CPI está marcada agora para a semana que vem, no dia 30. (Canal Energia - 22.03.2005)

O projeto de lei 4195/04, em tramitação na Câmara dos Deputados, limita o atendimento automatizado a usuários de serviços públicos ou de concessão pública, como as de energia elétrica. O PL do deputado Pastor Reinaldo (PTB-RS) determina que o atendimento personalizado deverá ter tempo de espera igual ao do automatizado. O atendimento automatizado ficaria limitado aos casos de fornecimento de informações simples, que não exijam detalhamento. (Canal Energia - 23.03.2005)

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Empresas

1 Distribuidoras de energia começam a desistir de programa de capitalização do BNDES

As empresas de energia começam a desistir do programa de capitalização das distribuidoras lançado pelo BNDES. Das seis empresas pré-qualificadas ao programa (de um universo de 64 distribuidoras), duas já teriam desistido: Grupo Rede e Neoenergia. Uma terceira, a Cataguazes Leopoldina, renunciou antes da pré-qualificação. Estão ainda no páreo Eletropaulo, Light, CPFL Paulista e RGE. Dentre os problemas apontados, está o excesso de exigências do BNDES, ou mesmo a caducidade do programa. Como foi lançado há um ano e meio, durante este período algumas empresas conseguiram o fôlego financeiro que precisavam. O presidente do Grupo Rede, Evandro Camillo Coura, disse que a companhia desistiu do empréstimo devido ao excesso de pré-condicionantes. O Grupo Rede é controlador de oito distribuidoras, incluindo Celpa, Cemat e Celtins. No caso do grupo Neoenergia, empresa que controla as distribuidoras Coelba, Cosern e Celpe, a desistência seria devido à caducidade do programa. Suas três concessionárias de distribuição já estão com boa saúde financeira. No início do mês, o banco liberou R$ 856 milhões para a companhia, que só precisa assinar o contrato para receber o dinheiro. Todas as distribuidoras têm até o dia 30 de junho para assinar as contratações dos seus empréstimos com o BNDES. (Valor - 23.03.2005)

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2 Aneel aprova programa de capitalização da Eletropaulo

A Aneel aprovou a emissão de debêntures que será feita pela Eletropaulo no âmbito do programa de capitalização das empresas de distribuição. Segundo despacho publicado pelo órgão regulador no Diário Oficial da União desta terça-feira (22/03), o valor da operação será de R$ 771,758 milhões, através da emissão de debêntures simples e debêntures conversíveis em ações. Os papéis serão destinados ao BNDES, que financiará a distribuidora. O prazo para pagamento do empréstimo será de seis anos para as debêntures simples e de 10 anos para as conversíveis. A liberação do financiamento depende agora das aprovações da diretoria do BNDES e da Comissão de Valores Mobiliários. O banco analisa outros empréstimos relativos ao programa de capitalização, para empresas da Neoenergia (Celpe, Coelba e Cosern), CPFL Energia e Grupo Rede, além da Light. A estimativa é que as liberações cheguem a R$ 2,5 bilhões. O programa, lançado em 2003, é limitado a R$ 3 bilhões. Os recursos para a Eletropaulo serão destinados ao pagamento do passivo de curto prazo. (Canal Energia - 22.03.2005)

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3 MPF move ação contra Eletropaulo para reembolso de valores cobrados indevidamente de consumidores

O Ministério Público Federal em São Paulo moveu Ação Civil Pública contra a Eletropaulo para que a distribuidora calcule e devolva aos consumidores valores cobrados indevidamente. Em 2002, jornais divulgaram que a companhia estava cobrando contas vencidas, ou de terceiros, algumas com até mais de cinco anos, o que é ilegal. Na ação, também é ré a Aneel. Para forçar os consumidores a pagar as dívidas, a empresa ameaçava entrar com ações judiciais, e cobrar custas com advogados. Acionada pelo Procon à época das cobranças, a Eletropaulo alegou que estava aplicando o novo Código Civil, que prevê o prazo prescricional de dez anos para a cobrança de valores. Para o MPF, não há qualquer texto legal que garanta a cobrança de valores que não foram arrecadados por falha da empresa. (Jornal do Commercio - 23.03.2005)

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4 Itaipu antecipa repasse de US$ 9 mi dos royalties de abril

A Usina de Itaipu antecipou na última segunda-feira, 21 de março, o pagamento do repasse de royalties, que venceria no dia 10 de abril. A empresa liberou US$ 9 milhões, repassados ao Tesouro Nacional, que distribuirá os recursos. O Paraná ficará com a maior parte dos royalties. O estado receberá US$ 3,469 milhões e os quinze municípios paranaenses na área da usina ficarão com US$ 3,446 milhões. A Aneel, os ministérios de Minas e Energia, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia e o Fundo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico receberão US$ 913 mil. Estados localizados a montante ficarão com US$ 560 mil e os municípios a montante com US$ 616 mil. (Canal Energia - 22.03.2005)

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5 Cesp reabrirá comportas de Ilha Solteira, Jupiá e Porto Primavera

A Cesp reabrirá nesta quarta-feira (23/03) as comportas dos vertedouros das usinas Ilha Solteira, Jupiá e Porto Primavera, que estão fechadas há quase 40 dias. Localizadas no rio Paraná, as usinas deverão verter por cerca de uma semana, segundo estimativa da geradora. A abertura das comportas deve-se principalmente ao aumento da vazão registrado acima de Ilha Solteira, pela usina de São Simão, instalada no rio Paranaíba. No último dia 17, a vazão da usina passou de 2.700 m³/s para 4.200 m³/s. Segundo o diretor de Geração Oeste da Cesp, Silvio Areco, outra razão para a abertura das comportas está relacionada aos volumes de espera, que têm por função criar uma reserva vazia nos reservatórios para possibilitar o amortecimento de situações de cheias, que são típicas nesse período. (Canal Energia - 22.03.2005)

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6 Aneel fixa quotas de RGR para três distribuidoras do Sul

A Aneel fixou os valores da quota anual da Reserva Global de Reversão referentes ao exercício entre março de 2005 a fevereiro de 2006 da Companhia Campolarguense de Energia (PR), Empresa Força e Luz de Urussanga (SC) e Empresa Força e Luz João Cesa (SC). Juntas, as empresas deverão pagar R$ 425.857,47, sendo R$ 362.142,28 da Cocel; R$ 59.972,75 da EFLUL; e R$ 3.742,44 da EFLJC. Foram determinadas ainda as quotas de RGR correspondentes a competência de 2003 das distribuidoras. A Aneel deverá devolver em favor da Cocel e EFLJC, respectivamente, R$ 2.351,96 e R$ 48,20. Já a EFLUL deverá pagar, referente a 2003, a quantia de R$ 3.848,92. Todos os valores deverão ser pagos em doze parcelas mensais, iguais e sucessivas a partir do próximo dia 15 de abril. (Canal Energia - 22.03.2005)

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7 NC Energia fará leilão para vender até 30 MW médios

Com o intuito de complementar o seu portfólio, a NC Energia realizará leilão de energia na próxima quarta-feira, dia 23 de março, para a compra de 30 MW médios, divididos em três produtos. O prazo para fornecimento, segundo o diretor-presidente da comercializadora, Paulo César Cunha, deve situar-se entre 2005 e 2010. As empresas deverão enviar os documentos necessários para habilitação ainda nesta terça-feira (22). O leilão terá realizado às 09 horas e a Webb fornecerá a plataforma eletrônica. O resultado, informou Cunha, será divulgado até a quinta-feira (24) e a assinatura dos contratos deve ocorrer na próxima semana. (Canal Energia - 22.03.2005)

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8 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 22-03-2005, o IBOVESPA fechou a 26.618,06 pontos, representando uma baixa de 2,89% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,74 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 3,57%, fechando a 6.953,03 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 33,20 ON e R$ 33,05 PNB, baixa de 4,98% e 4,48% respectivamente, em relação ao fechamento do dia anterior. Na abertura do pregão do dia 23-03-2005 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 33,20 as ações ON, estável em relação ao dia anterior e R$ 33,51 as ações PNB, alta de 1,39% em relação ao dia anterior. (Economática e Investshop - 23.03.2005)

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9 Curtas

A Cosern investe no controle eletrônico a distância de do parque de subestações. A empresa pretende reduzir o tempo para detecção e solução de problemas nas unidades, segundo Dilson Andrade de Sousa, gestor da unidade de inovação tecnológica. (Canal Energia - 22.03.2005)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Dilma descarta racionamento no Sul, mas acompanha seca com atenção

A ministra Dilma Rousseff descartou hoje o risco de racionamento de energia na região Sul, mas admitiu que o governo está acompanhando com atenção a seca que atinge a região. O levantamento mais recente do ONS mostra que os reservatórios estavam ontem com 37,2% da sua capacidade, apenas 14,9 pontos percentuais acima do limite estabelecido como nível mínimo aceitável, que é de 22,3%, segundo a curva de risco. O mês de abril deverá ser de monitoramento por parte do governo. Para tentar diminuir o ritmo de esvaziamento dos reservatórios da região o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico determinou o aumento da transferência de energia da região Sudeste para o Sul do país, de 2.350 MW no início do mês para uma média de 3.400 MW. Hoje essa transferência chegou a 3.839 MW. A importação de energia da Argentina, que pode chegar a 1.600 MW, e a geração térmica também deverão contribuir para melhorar a situação no Sul, segundo a ministra. O consumo na região nos últimos dias está em torno de 8 mil MW. (Valor - 23.03.2005)

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2 Rondônia possui capacidade de geração de pelo menos 17 mil MW a partir de hidrelétricas

Rondônia desponta como um dos principais pólos de geração de energia do país. O Estado tem capacidade de geração de pelo menos 17 mil MW oriundos de hidrelétricas, segundo estudos feitos por Furnas na região. O volume de energia que poderá ser produzido em Rondônia equivale a 18,62% de toda a capacidade instalada hoje no país que, segundo a Aneel, é de 91.288 MW. Os rios Ji-Paraná, Guaporé, Mamoré e Teles Pires, que ainda estão sendo inventariados, são os principais potenciais geradores de energia de Rondônia, além do Madeira. A região amazônica concentra 51% de todo o potencial hidrelétrico brasileiro, e onde, em 2000, apenas 5% do potencial hidrelétrico regional se encontrava em exploração. (Valor - 23.03.2005)

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3 Ibama: Potencial hidrelétrico da região amazônica apresenta grandes impactos ambientais

Todo o potencial hidrelétrico da região amazônica tem sérias restrições ambientais. Para o diretor de licenciamento do Ibama, Nilvo Silva, "é óbvio que qualquer projeto na região, principalmente no caso do Projeto Madeira, de grande porte, tem grande impacto ambiental e precisa ser cuidadosamente avaliado". Silva explica que, além das usinas, o impacto ambiental das linhas de transmissão também tem que ser levado em consideração. "Como essas usinas estarão longe dos centros de consumo, exigirão extensas redes de transmissão, construídas em área de floresta". (Valor - 23.03.2005)

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Gás e Termoelétricas

1 Lei de Hidrocarbonetos em debate na Bolívia preocupa MME

A aprovação pela Câmara dos Deputados da Bolívia da nova Lei de Hidrocarbonetos dificulta a exploração de petróleo e gás para as empresas instaladas naquele país, na opinião da secretária de Petróleo e Gás do MME, Maria das Graças Foster. A Lei de Hidrocarbonetos regula a cobrança de royalties sobre as empresas estrangeiras exploradoras de petróleo e gás natural e prevê a criação de um imposto sobre o gás natural de 32%, além dos 18% de royalties que já são cobrados hoje. Maria das Graças disse não considerar, no entanto, que a nova lei possa inviabilizar economicamente as atividades exploratórias naquele país. A estatal brasileira Petrobras, mantém naquele país duas refinarias, oleodutos e gasodutos (inclusive a parte brasileira do Gasbol - Gasoduto Bolívia Brasil) e 90 postos de derivados de petróleo. Com produção atual de 52 mil barris de petróleo e gás equivalente em solo boliviano, é detentora, ainda, de uma reserva de 158 bilhões de metros cúbicos de gás natural. (Gazeta Mercantil - 23.03.2005)

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2 Consumo de gás cresce em SP

O fornecimento acumulado de gás natural apresentou crescimento no estado de São Paulo, segundo a secretaria de energia paulista. Foram distribuídos 691,45 milhões de m3 de gás entre janeiro e fevereiro, 14,2% acima do volume registrado no mesmo período de 2004. (Gazeta Mercantil - 23.03.2005)

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3 Termelétrica de Uruguaiana volta a operar

A Secretaria de Energia, Minas e Comunicações do Rio Grande do Sul informou que a Argentina restabeleceu ontem o fornecimento de gás à termelétrica AES Uruguaiana, que estava suspenso há 30 dias. Com isso, a usina terá combustível para operar a 35% da capacidade, o equivalente a 210 MW, pelos próximos 45 dias, disse o secretário Valdir Andres. A reativação da térmica pode reduzir a necessidade de transferência de energia do Sudeste para o Estado, que ontem estava na faixa de 65% do consumo local. (Valor - 23.03.2005)

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4 Termopernambuco tem capacidade instalada confirmada em 532,7 MW

A Aneel publicou no Diário Oficial desta terça-feira, dia 22 de março, a alteração da capacidade instalada da Termopernambuco. De acordo com o despacho n° 353 da Superintendência de Concessões e Autorizações de Geração da Aneel, a térmica possui oficialmente 532,7 MW divididos em três turbogeradores a vapor e em ciclo combinado, cada um com 164,677 MW, 160,294 e 207,785 MW. (Canal Energia - 22.03.2005)

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Grandes Consumidores

1 CVRD aprova projeto para aumentar produção de Carajás

A forte demanda internacional por minério de ferro levou a Companhia vale do Rio Doce (CVRD) a aprovar na última segunda-feira o projeto de aumento da produção da mina de Carajás para 100 milhões de toneladas a partir de 2007. A expansão, prevista anteriormente para 2010, exigirá desembolso de US$ 500 milhões, incluindo gastos também com logística. O presidente da Vale, Roger Agnelli, acredita em procura aquecida por minério de ferro ao menos até o final de 2006. Ele ressaltou que a antecipação do projeto em Carajás, com capacidade atual de 70 milhões de toneladas, está previsto no plano estratégico da companhia. (Jornal do Brasil - 23.03.2005)

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2 CVRD negocia com empresa italiana construção de siderúrgica no ES

Além dos memorandos de entendimento para instalação de siderúrgicas em parcerias com a chinesa Baosteel, a coreana Posco e a alemã ThyssenKrupp, o presidente da Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, adiantou que a companhia está em conversações com a italiana Riva para construção de uma unidade no Espírito Santo. Para o empreendimento deslanchar , no entanto, Agnelli diz que seria imprescindível o uso do gás natural da região. "Com o gás natural poderia ser construída, por exemplo, um unidade de produção de ferro esponja (produto de maior valor agregado)", acrescenta ele. (Jornal do Brasil - 23.03.2005)

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3 Presidente da Vale explica acordo com a CSN para compra de excedente da mina de Casa de Pedra

O presidente da Valde do Rio Doce, Roger Agnelli detalhou o acordo com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) para a compra preferencial do excedente de produção da mina de Casa de Pedra. Segundo ele, em troca do direito prioritário de compra do minério que não é utilizado pela siderúrgica, a Vale tem de oferecer participação acionária à CSN caso faça investimentos em siderurgia em que seja majoritária. A contrapartida, para Agnelli, fica prejudicada. (Jornal do Brasil - 23.03.2005)

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4 Pirelli realiza leilão para compra de energia na próxima semana

A Pirelli Pneus realizará na próxima segunda-feira, 28 de março, às 10 horas leilão para compra de energia. De acordo com o edital, empresa pretende contratar quatro produtos. As empresas interessadas deverão possuir, segundo o edital, lastro mínimo de 300 MW médios e o prazo para a entrega do termo de adesão e registro no sistema encerra-se na próxima quarta-feira, dia 23. O leilão, do tipo reverso, terá lance mínimo de R$ 0,25 MWh. Os produtos são os seguintes: entre 14 MW e 28 MW médios - valor exato será definido até a próxima quinta-feira, dia 24 de março - com período de fornecimento entre 01 de março de 2006 e 31 de dezembro de 2009 e entrega no centro de gravidade do submercado Sudeste. O índice de correção dos preços será o IGP-M. De acordo com o edital, os lances serão efetuados via internet: a Webb realizará treinamento com os participantes habilitados amanhã (23) e na quinta-feira, dia 24. O resultado do leilão será divulgado no dia 04 de abril. Já os contratos devem ser assinados até o dia 20 de abril. Mais detalhes sobre a licitação podem ser encontrados no site www.webb.com.br/dtrade/rubbernetwork/energia_eletrica.htm. (Canal Energia - 22.03.2005)

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Economia Brasileira

1 FMI faz elogios à condução da política econômica brasileira

A vice-diretora-gerente do FMI, Anne Krueger, aproveitou a aprovação da décima e última revisão do acordo entre o organismo e o governo brasileiro para reiterar seus elogios à condução das políticas fiscal e monetária e, novamente, pedir pelo andamento das reformas estruturais. "A vulnerabilidade do País continua a cair como resultado dessas fortes políticas. A estrutura da dívida pública melhorou, com a quantidade de dívida atrelada à taxa câmbio caindo consideravelmente", disse em comunicado divulgado ontem. Na avaliação dela, o sentimento do mercado financeiro com relação ao Brasil continua positivo. Prova disso, lembrou, os spreads dos títulos soberanos caíram e permitiram que já fossem emitidos mais da metade dos US$ 6 bilhões em bônus planejados para 2005. Ressaltou que "a política restritiva (do BC) tem sido prudente e deve assegurar que a inflação continue em baixa ao mesmo tempo em que mantém a recuperação econômica". (Gazeta Mercantil - 23.03.2005)

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2 IBGE: Desemprego sobe pelo segundo mês e atinge 10,6%

A taxa de desemprego nas seis maiores regiões metropolitanas do país subiu pelo segundo mês seguido e chegou a 10,6% da PEA em fevereiro, segundo dados do IBGE. Em janeiro, com um movimento típico de início de ano, a taxa subiu para 10,2%. A taxa de desemprego costuma apresentar movimento ascendente no início do ano com a dispensa dos trabalhadores temporários. Em razão do grande número de feriados no final do ano, a procura por emprego neste período costuma ser menor. Com isso, janeiro e fevereiro são marcados pelo aumento no número de pessoas em busca de trabalho. Em dezembro, o desemprego atingiu o menor nível da série histórica do IBGE, iniciada em 2001, e ficou em 9,6%. O total da população desocupada aumentou em 109 mil entre janeiro e fevereiro e chegou a 2,313 milhões de pessoas. Entre as seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, a variação mais significativa da taxa de desemprego em fevereiro na comparação com janeiro foi verificada no Rio de Janeiro, passando de 7,4% para 8,4%. (Folha Online - 23.03.2005)

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3 Caged mostra redução na geração de empregos

A criação de empregos formais perdeu fôlego em fevereiro. Segundo os dados do Caged do Ministério do Trabalho, foram abertas 73.285 vagas no mês passado. Apesar de ainda positivo, o dado representa uma queda de 36,8% em relação janeiro, quando foram criados 115.972 empregos. Na comparação com fevereiro de 2004, a queda é de 47,3%. Pela série histórica do Caged, esse foi o pior fevereiro desde 2001. A provável causa para a queda na criação de empregos, na avaliação do ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, é a valorização do real ante o dólar, que estaria levando setores exportadores a fechar vagas. Mais especificamente, estariam sendo afetados os fabricantes de móveis e de calçados. Esses dois setores registraram mais demissões do que contratações em fevereiro. Outros setores que também registraram queda no saldo entre admissões e demissões foram a indústria de alimentos (-14.682) e a agricultura (-1.420). (Jornal do Commercio - 23.03.2005)

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4 Renda atinge patamar mais baixo desde 1985

A renda do trabalhador atingiu em janeiro o patamar mais baixo para o mês desde 1985, quando a Fundação Seade e o Dieese iniciaram a pesquisa de emprego. Entre dezembro e janeiro, o rendimento médio real dos trabalhadores caiu 1,6%, passando a R$ 1.006,00. A renda dos assalariados diminuiu 1,7% para R$ 1.062,00. Para Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Dieese, a queda na renda é apenas um indicativo de que com grande número de desempregados fica mais difícil negociar salários. A renda do trabalhador vem caindo desde outubro do ano passado. A queda entre os ocupados chega a 3,5% e entre os assalariados atinge 5,3%. Segundo o diretor técnico do Dieese, as empresas estão demitindo funcionários com salários altos e recontratando outros com salários menores. "A rotatividade de trabalhadores nas empresas é alta, de cerca de 33%, e as contratações são mais precarizadas. A massa de rendimentos não cresce, apesar da criação de 380 mil vagas nos últimos 12 meses na região metropolitana de São Paulo", afirmou Lúcio. (O Globo Online - 23.03.2005)

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5 Fiesp insiste em corte nos gastos públicos

O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, voltou a defender o corte nos gastos públicos como o "remédio" contra a elevada carga tributária do País, na casa dos 36%. Skaf reiterou que a Fiesp está conduzindo um estudo, a cargo do deputado federal e ex-ministro Antonio Delfim Netto (PP-SP), presidente do Conselho Superior de Economia da entidade, que será encaminhado ao Governo com sugestões sobre como tornar mais eficientes as contas públicas. O trabalho deve ficar pronto até o fim deste semestre. A lógica da Fiesp é que com menos gastos o Governo pode arrecadar menos, aliviando o volume de tributos. O empresário observou que o problema dos gastos públicos não é exclusivo deste Governo, mas se arrasta ao longo dos últimos anos. "Uma carga tributária menor diminuirá a informalidade e aumentará os investimentos" completou. (Jornal do Commercio - 23.03.2005)

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6 Dólar ontem e hoje

O mercado de câmbio é comprador e sustenta o dólar em forte alta nesta quarta-feira, como já era previsto desde o final da tarde da véspera. Às 12h31m, a moeda americana subia 1,44%, cotada a R$ 2,735 na compra e R$ 2,737 na venda. Ontem, o dólar comercial caiu 1,06%, a R$ 2,6960 para compra e R$ 2,6980 para venda. (O Globo Online e Valor Online - 23.03.2005)

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Internacional

1 Apagão no Chile atinge 15 milhões de habitantes

Um apagão atingiu o Chile nesta segunda-feira (21/03), deixando mais da metade dos 15 milhões de habitantes sem energia elétrica. O blecaute, que afetou bairros de Santiago por pelo menos meia hora, aconteceu pouco depois de o presidente chileno, Ricardo Lagos, negar que o país pudesse sofrer cortes de energia caso não haja maiores importações de gás argentino. O governo disse que o problema não se deu por causa da falta de gás, e sim por queda de transmissão. A Comissão Nacional de Energia chegou a atribuir a falta de energia às restrições argentinas ao envio de gás. Horas depois, um comunicado do ministro da Economia chileno, Jorge Rodríguez, rejeitou essa versão e disse que o problema se deu por causa da queda de uma linha de transmissão vinda da hidrelétrica de Ancoa-Charrúa. (Valor - 23.03.2005)

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2 Assessor do Governo chileno afirma que risco de apagões no país é crescente

Renato Agurto, assessor do governo que ajudou a elaborar o projeto de reforma energética, disse que o risco de apagões é crescente no Chile. Se nada for feito, o risco, calculado em 6% para 2006, quadruplicaria no ano seguinte e quintuplicaria em 2008. O projeto está no Senado para ser votado. Uma reportagem do jornal "La Tercera" chegou a prever apagões para a partir de março do ano que vem. (Valor - 23.03.2005)

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3 Setor industrial do Chile cobra mais firmeza do Governo nas negociações com a Argentina

O setor industrial chileno, que é um dos mais afetados pela diminuição da oferta de gás argentino, exige que o governo aja com mais firmeza nas negociações com a Argentina para forçar o país vizinho a cumprir acordos firmados na década passada. (Valor - 23.03.2005)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Diego Garbayo e Diogo Bravo

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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