l IFE:
nº 1.534 - 15 de março de 2005 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Governo fará 600 mil novas ligações de luz A ministra
Dilma Rousseff disse ontem que o governo federal pretende fazer 600 mil
novas ligações elétricas até o final do ano dentro do programa Luz para
Todos, no que ela classificou de "o maior programa de eletrificação do
mundo". Segundo ela, no ano passado foram feitas 100 mil novas ligações
dentro desse programa. A estimativa do governo federal é que, no início
de 2003, havia 12 milhões de pessoas sem energia, das quais 10 milhões
viviam na área rural. A estimativa do governo é que 4,5 pessoas se beneficiam
por cada nova instalação. (Folha de São Paulo - 15.03.2005) 2 Divulgada segunda lista de convocados para o Proinfa A Eletrobrás
divulgou a relação de empreendimentos para a segunda chamada de contratação
do Proinfa. Na lista de selecionadas estão as eólicas Alegria I (RN),
de propriedade da New Energy Options, Canoa Quebrada (CE) e Lagoa do Mato
(CE), ambas exploradas pela empresa Rosa dos Ventos. Os empreendedores
convocados devem comparecer ao Departamento de Comercialização de Energia
da Eletrobrás até o dia 21 de março. (Canal Energia - 14.03.2005) 3 BID firma convênio para o desenvolvimento de projetos de PCHs no Brasil O Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Fundação Apoio ao Ensino,
Pesquisa e Extensão de Itajubá (FAPEPE) firmaram um convênio de cooperação
técnica para apoiar o desenvolvimento de pequenas centrais hidrelétricas
(PCHs) no Brasil por meio do Centro Nacional de Referência em Pequenas
Centrais Hidrelétricas (CERPCH). Com o acordo, o CERPCH, localizado na
Universidade Federal de Engenharia de Itajubá (Unifei), receberá US$ 120
mil de recursos não reembolsáveis provenientes do Fundo de Energia Sustentável
e Transporte do Hemisfério. O fundo, administrado pelo BID, tem como objetivo
desenvolver um mercado sustentável para a energia limpa na América Latina
e no Caribe. Esses recursos serão destinados à contratação de serviços
de consultoria para acelerar o desenvolvimento de PCHs no Brasil e aprimorar
o relacionamento do CERPCH junto a investidores privados e entidades públicas.
(Elétrica - 15.03.2005) 4
Deputado vai pedir audiência sobre endividamento do setor elétrico 5 PLD para região Sul tem queda para esta semana A CCEE divulgou
os valores do PLD (Preço de Liqüidação de Diferenças) para a semana que
vai do dia 12 a 18 de março. Em relação à semana passada, só aconteceram
mudanças nos índices estabelecidos para a região Sul, que registrou queda
em todas as cargas: R$ 25,88 (pesada), R$ 25,63 (média) e R$ 24,26 (leve).
Para os outros mercados, os valores permaneceram em R$ 18,33, para todas
as cargas. (Canal Energia - 14.03.2005) 6 Idec registra menos queixas de consumidores contra setor de energia elétrica O Instituto
Brasileiro de Defesa do Consumidor divulgou o balanço das reclamações
dos consumidores entre 2000 e 2004. Segundo o Idec, o setor de energia
elétrica esteve fora do grupo com mais reclamações. A exceção foi o ano
de 2001, quando as reclamações chegaram a 1.138, contra 226 no ano anterior,
por causa das medidas tomadas devido ao racionamento de energia. Em 2004,
as queixas chegaram a 129, contra 168, em 2003, e 117, em 2002. No total,
o setor fechou os cinco anos da pesquisa com 1.778 reclamações. Os números
do setor de energia elétrica são modestos se comparado aos da área de
planos de saúde, que registrou 16.564 reclamações; do setor de telefonia,
com 8.802; e bancos, com 6.231 queixas. O desempenho da Aneel também foi
avaliado pelo Idec. A Aneel recebeu nota considerada apenas como mediana
pelo instituto: 5,8. (Canal Energia - 14.03.2005)
Empresas 1 Furnas fará captação de R$ 903,1 mi A geradora
de Furnas fará este mês a maior captação da sua história, no valor de
R$ 903,1 milhões, para financiar investimentos de R$ 1,4 bilhão previstos
para este ano. Como o caixa da estatal é insuficiente para custear este
volume de investimentos, apenas 35% dos recursos sairão dos cofres de
Furnas. A maior parte virá de fundo de recebíveis formado por cinco contratos
de fornecimento de energia de longo prazo firmados com a União (R$ 228
milhões), Eletronorte (R$ 89,1 milhões), Celg (R$ 258 milhões), CEB (R$
162 milhões) e Termonuclear (R$ 166 milhões). O diretor-financeiro de
Furnas, José Roberto Cesaroni Cury, explicou que a estatal pretende ampliar
projetos previstos no orçamento deste ano, como a antecipação da obra
da subestação de Areinhas, no município de Viana, na região metropolitana
de Vitória. O executivo também esclareceu que a operação não entrará como
passivo no balanço de Furnas deste ano. A operação, que será efetivada
no dia 28 - com liquidação da oferta no dia 30 de maio -, vai testar medida
que abre perspectivas de participação de bancos de porte médio: serão
aceitos também lances parciais, com um volume de até um terço do valor
total. (Jornal do Commercio - 15.03.2005) 2 Itaipu quer renegociar dívida de US$ 19 bi Itaipu Binacional quer renegociar com o governo uma dívida de US$ 19 bilhões e, como contrapartida, poderia reduzir em até 75% o preço da energia que produz. A hidrelétrica - construída com recursos brasileiros e paraguaios - pretende excluir do seu passivo a correção baseada em dois índices de inflação americanos. Com o fim das obrigações de financiamento, o custo de energia poderia sofrer uma queda substancial, equivalente ao que seria destinado aos juros e amortizações. "É claro que se pagarmos menos juros podemos reduzir o custo da energia elétrica", disse o presidente da Itaipu, Jorge Samek. "Seria uma queda considerável se pensarmos que hoje Itaipu gera 24% da energia consumida no país". O executivo levou ao secretário do Tesouro, Joaquim Levy, a proposta para que sejam retiradas do contrato as cláusulas que prevêem a correção baseada nos índices de inflação dos Estados Unidos para a indústria e comércio - industrial goods (IPP) e comerce prices (IPC) -, preocupado com o futuro da economia americana e seu impacto na dívida da usina. (Jornal do Brasil - 15.03.2005) 3 BNDES analisa R$ 400 mi para a Cesp O presidente
do BNDES, Guido Mantega, admitiu que o banco estuda entrar na capitalização
da estatal paulista de energia Cesp com algo próximo de R$ 400 milhões.
O valor é inferior ao que constava na proposta apresentada pelo governador
Geraldo Alckmin (PSDB) no início do ano, que pedia que o banco transformasse
R$ 575 milhões em créditos a receber em participação acionária na companhia.
Segundo Mantega, a dívida da estatal paulista junto a instituição de fomento
já deve estar na casa dos R$ 3 bilhões. Na avaliação de técnicos do BNDES,
a Cesp tem uma situação muito peculiar. O problema dela vem de um endividamento
elevado. Eles dizem que se colocou na Cesp dívidas que eram do Estado,
além das dá própria empresa. Isto porque, quando se privatizou parte da
geração Cesp para as americanas AES e a Duke - a primeira ficou com a
Cesp Tietê e a segunda com a Cesp Paranapanema -, a companhia estadual
herdou dívidas que não eram resultantes da sua operação de produção de
energia. Nesse caso, segundo os técnicos do BNDES, os ativos da valem
mais que sua dívida. Mantega sugeriu que Alckmin postergasse gastos de
seu caixa entre R$ 100 a R$ 150 milhões, para a liberação de mais recursos.
No ano passado, quando o governador pleiteou o financiamento de R$ 1,1
bilhão para a Cesp, Alckmin reduziu R$ 150 milhões dos gastos locais para
viabilizar a operação, evitando extrapolar o superávit primário. (Valor
- 15.03.2005) 4
Ampla concentrará recursos para combater furto de energia 5 Ampla aguarda autorização da Aneel para implementar o sistema pré-pago Segundo
o presidente da Ampla, Marcelo Llévenes, a Ampla aguarda apenas a autorização
da Aneel para implementar o sistema pré-pago de uso de energia. Já foram
instalados, em fase experimental, medidores eletrônicos em 5 mil residências
do Estado do Rio. "Com este sistema, o consumidor poderá saber, através
de um telefonema, quanto está consumindo, já que a medição será atualizada
a cada 15 minutos. E quando sua cota estiver acabando, ele será avisado
através de uma mensagem pelo celular", explica Llévenes, destacando que
entre 70% e 80% dos consumidores possuem telefone celular. A expectativa
é de que o novo sistema seja lançado ainda este ano. (Jornal do Commercio
- 15.03.2005) 6 Ampla lança programa de Defensoria do Cliente A Ampla
lançou ontem, na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan),
o programa de Defensoria do Cliente, com o objetivo de evitar que eventuais
problemas junto aos consumidores sejam resolvidos na Justiça. O presidente
da Ampla ressaltou que o número de ações na Justiça contra a empresa teve
uma redução de 40% desde que a reestruturação da companhia foi iniciada
em meados de 2004, que culminou com a mudança de nome em setembro. (Jornal
do Commercio - 15.03.2005) 7 RGE investirá R$ 94 mi em 2005 A RGE vai
investir R$ 94 milhões ao longo de 2005, a maior parte na construção e
no reforço de subestações e na expansão das redes de transmissão. O valor
é praticamente o mesmo aplicado em 2004, quando o montante atingiu R$
94 milhões, informou ontem o presidente da empresa, Sidney Simonaggio.
Segundo ele, apesar da pequena baixa, os investimentos previstos para
2005 mantêm-se bem acima da média de R$ 70 milhões por ano aplicados desde
a privatização da empresa, no processo de cisão parcial da CEEE em 1997.
Desde lá até 2004 a distribuidora controlada pela CPFL investiu R$ 571
milhões no Rio Grande do Sul. (Valor - 15.03.2005) 8 Combate à inadimplência será prioridade da RGE em 2005 Para 2005, uma das prioridades da RGE também será o combate à inadimplência, que desde 1997 chega a um total acumulado de R$ 107 milhões, sendo metade deste valor de responsabilidade de 178 prefeituras. A empresa prioriza a solução negociada, mas admite que neste ano poderá recorrer à Justiça contra os municípios para reaver créditos. Outra providência será a substituição de 200 mil medidores de energia em dois anos para interromper perdas estimadas em R$ 7 milhões mensais com furto de energia. (Valor - 15.03.2005) 9 RGE planeja emissão de R$ 230 mi em debêntures A RGE deve fazer no próximo dia 1° de abril emissão de debêntures em série única no valor de R$ 230 milhões. Na próxima quinta-feira, os acionistas se reúnem para aprovar a emissão recomendada pelo conselho administrativo. A distribuidora emitirá até 23 mil debêntures com valor unitário de R$ 10 mil. Os papéis não serão conversíveis em ações e serão remunerados pelo IGP-M mais juros a serem estabelecidos. (Canal Energia - 14.03.2005) 10 Coelce vai investir R$ 7,1 mi em programa de combate ao desperdício de energia A Coelce
vai investir cerca de R$ 7,1 milhões no ciclo 2003/2004 do programa anual
de combate ao desperdício de energia elétrica. Entre os projetos, a empresa
vai realizar a eficientização energética da Universidade de Fortaleza,
o projeto Coelce nas escolas, gestão energética municipal e eficiência
em projetos de iluminação pública. Os projetos devem ser concluídos até
o dia 04 de novembro deste ano. A companhia deve apresentar o relatório
parcial do programa até o próximo dia 04 de maio e o relatório final,
até 04 de dezembro. (Canal Energia - 14.03.2005) 11 Copel investe R$ 10 mi na reforma da hidrelétrica de Chaminé A Copel investe R$ 10 milhões na modernização da hidrelétrica de Chaminé, com potência de 18 MW. A unidade, construída em 1931, atende à região metropolitana de Curitiba. Chaminé foi desativada em janeiro para as obras, mas segundo a Copel, a saída da usina não prejudicará o abastecimento. A empresa calcula que em setembro a unidade voltará a funcionar. Entre as medidas que serão adotadas está o esvaziamento do reservatório de Salto do Meio, com 330 mil metros cúbicos de capacidade, que foi substituído pelo de Voçoroca, com 38 milhões de metros cúbicos de água. A subestação de Chaminé será completamente refeita. (Canal Energia - 14.03.2005) No pregão
do dia 14-03-2005, o IBOVESPA fechou a 28.098,89 pontos, representando
uma alta de 0,09% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,46
bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,87%,
fechando a 7.199,71 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 35,85 ON e R$ 34,60 PNB, alta de 4,82%
e 2,76% respectivamente, em relação ao fechamento do dia anterior. Na
abertura do pregão do dia 15-03-2005 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 35,99 as ações ON, alta de 0,39% em relação ao dia anterior e R$
34,74 as ações PNB, alta de 0,40% em relação ao dia anterior. (Economática
e Investshop - 15.03.2005)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Chuva permite reativação parcial da hidrelétrica Monte Claro A chuva
registrada no fim de semana no Rio Grande do Sul permitiu a reativação
parcial da hidrelétrica Monte Claro, no Rio das Antas. Com potência de
65 MW, a usina gerou ontem 12,5 MW e deve operar na faixa de 10 MW nos
próximos dias para preservar o reservatório. O nível de precipitação,
porém, não foi suficiente para resolver a situação da hidrelétrica de
Machadinho, no rio Pelotas, entre o Estado e Santa Catarina. Segundo o
secretário de Energia gaúcho, Valdir Andres, até quinta-feira poderá ser
restabelecido o fornecimento de gás argentino para a térmica da AES em
Uruguaiana, que passaria a operar com 250 MW de uma potência instalada
de 600 MW. (Valor - 15.03.2005) 2 Tractabel avalia possibilidade de paralisar produção da hidrelétrica de Machadinho Mesmo com a chuva do final de semana, a Usina Hidrelétrica Machadinho, no norte do Rio Grande do Sul, pode interromper a produção de energia a partir desta terça-feira (15/03), caso a avaliação dos técnicos da Tractebel Energia constate que a chuva foi insuficiente. Conforme os dados da central de operações da usina, a precipitação foi de 63 milímetros de água no reservatório. Mas o que impacta é a quantidade que chove nas cabeceiras dos afluentes, e essa resposta demora a aparecer. Apesar de estar com menos de 10% do volume útil do reservatório da usina, o gerente da Tractebel Energia, Elinton Chiaradia, disse que deve voltar a avaliar a situação hoje de manhã. A situação é considerada crítica. (Elétrica - 15.03.2005) 3 Região Norte apresenta 92,4% de capacidade em seus reservatórios O nível
dos reservatórios do Norte está em 92,4%, com aumento de 0,1% em relação
ao dia anterior, dia 12 de março. A hidrelétrica de Tucuruí opera com
capacidade de 98,2%.(Canal Energia - 14.03.2005) 4 Volume armazenado dos reservatórios do Sul está em 41,6% O índice
de armazenamento do submercado Sul está em 41,6%, com queda de 0,2% em
relação ao dia 12 de março. A usina de Machadinho registra 4,2% de volume
armazenado. (Canal Energia - 14.03.2005) 5 Índice de armazenamento do Nordeste é de 86,2% A região
Nordeste apresenta 86,2% de capacidade em seus reservatórios, com aumento
de 0,3% em relação ao dia 12. O índice fica 39,4% acima da curva de aversão
ao risco. A hidrelétrica de Sobradinho registra 87,8% de volume armazenado.
(Canal Energia - 14.03.2005) 6 Nível dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste está em 81,1% O índice
de armazenamento do submercado Sudeste/Centro-Oeste é de 81,1%, com aumento
de 0,1% em relação ao dia anterior. O volume registrado fica 31,0% acima
da curva de aversão ao risco. As usinas Nova Ponte e Itumbiara operam
com 92,3% e 95,6% de capacidade, respectivamente. (Canal Energia - 14.03.2005)
Gás e Termoelétricas 1 Gás natural chega ao interior do RJ O secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Rio de Janeiro, Wagner Victer, inaugura amanhã a chegada do gás natural ao município de Paracambi. Três unidades industriais do setor têxtil utilizarão o combustível fornecido por postos de GNV. O Governo do Estado pretende levar o gás natural aos municípios da Baixada e do interior. É o plano de interiorização do produto, desenvolvido em parceria com as concessionárias CEG e CEG Rio. Em abril, o gás chegará a Guapimirim e em maio, a Niterói, somando 33 municípios abastecidos com o combustível, mas, até o fim do ano, segundo Victer, o programa levará o gás natural a outros municípios, entre eles, Paulo de Frontin, Petrópolis, Nova Friburgo, Três Rio e Cachoeiras de Macacu. (Jornal do Commercio - 15.03.2005) A ministra Dilma Rousseff almoçou com consultores e representantes das empresas Exxon Mobil, Shell, ChevronTexaco para apresentar a sétima rodada de licitações para óleo e gás, que deve ocorrer entre outubro e novembro. (Folha de São Paulo - 15.03.2005) A revista Project Finance deu o prêmio de "Operação do Ano de 2004" a projetos desenvolvidos pelo Departamento do Setor Privado do BID. O projeto de transmissão de energia elétrica da Novatrans Energia no Brasil, que recebeu um empréstimo de US$ 30 milhões do capital ordinário do BID (empréstimo A) e um empréstimo consorciado "B" de US$ 36 milhões, foi considerado a "Operação Latino-americana de Petróleo e Gás do Ano 2004". (Elétrica - 15.03.2005)
Economia Brasileira 1 Furlan defende redução da TJLP O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, deu ontem declarações de que a TJLP deveria cair. Essa taxa remunera os financiamentos concedidos pelo BNDES para projetos empresariais de investimento na elevação e na modernização da produção e em obras de infra-estrutura. Furlan está convencido de que a TJLP poderia ser reduzida, dado o fato de a classificação do risco-País estar recuando desde o final de 2004. Essa tese conta com amplo apoio do empresariado e do presidente do BNDES, Guido Mantega. No entanto, vai na direção contrária do que pensa o secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, para quem a TJLP deveria oscilar junto com a taxa Selic. (Jornal do Commercio - 15.03.2005) 2 Furlan acredita em apreciação do dólar As recentes medidas adotadas pelo governo vão provocar uma apreciação das cotações do dólar nos próximos meses, beneficiando setores que enfrentam hoje dificuldade para aumentar ou mesmo manter suas exportações. A avaliação foi feita ontem pelo ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan. "Caminhamos para ter uma taxa de câmbio no segundo semestre bastante atrativa para os exportadores" disse o ministro. Otimista, Furlan projeta alcançar no fim deste mês exportações de US$ 101 bilhões no acumulado dos últimos doze meses. A preocupação inicial do próprio ministro com a valorização do real frente ao dólar foi compensada, segundo ele, pela reação dos preços de diversas commodities no mercado internacional. Na sua avaliação, o aumento da participação de produtos industrializados na pauta de exportações também foi um ponto favorável. "Os dados de janeiro e fevereiro mostram que a participação dos produtos de valor agregado foi de 54,5% para quase 58%" afirmou Furlan. (Valor Online - 15.03.2005) 3
Balança tem superávit de US$ 828 mi 4 Cortes nos investimentos chegam a R$ 9,1 bi O Governo
definiu os cortes no Orçamento deste ano. Os investimentos cairão R$ 9,1
bilhões e as despesas de custeio, R$ 7,1 bilhões, totalizando economia
de R$ 16,2 bilhões. O Ministério dos Transportes teve a maior redução
de investimentos, de R$ 2,6 bilhões, mas terá a compensação dos investimentos
extras de R$ 3,6 bilhões autorizados pelo FMI fora do cálculo do superávit
primário. Além do pagamento de diárias e passagens e a compra de material
de escritório, por exemplo, são consideradas despesas de custeio da máquina
pública os principais programas sociais do governo. O Ministério da Saúde,
dono do maior orçamento de toda a Esplanada, não teve corte na previsão
de investimento de R$ 2,6 bilhões para o ano. (Jornal do Commercio - 15.03.2005)
5 Meirelles: Mudanças no câmbio não dependem mais do BC O presidente
do BC, Henrique Meirelles, deu a entender hoje que os trabalhos na área
cambial no âmbito do BC e do CMN já foram realizados. Ele afirmou que
"os próximos passos serão o marco legal", - regras que, segundo ele, envolveriam
a competência do Congresso Nacional. Meirelles afirmou ainda que aperfeiçoamentos
posteriores para o mercado de câmbio, tanto em termos de normas como de
sistemas, são sempre possíveis. Contudo, ele destacou que, no caso da
legislação cambial, caberia ao BC apenas dar o embasamento técnico necessário
às discussões. Meirelles listou rapidamente, como de costume, alguns dos
avanços econômicos obtidos nos últimos anos, reafirmou o objetivo de recomposição
das reservas internacionais e de redução do endividamento cambial. (O
Estado de S. Paulo - 15.03.2005) 6 Fiesp propõe reforma na legislação cambial A Fiesp vai elaborar e enviar ao Congresso um projeto de reforma da legislação cambial do País. O projeto quer mudar dois pontos principais - a cobertura cambial e a centralização do câmbio. Hoje, todas as operações de câmbio passam pelo BC, que controla a troca da moeda estrangeira para reais. A Fiesp propõe que os exportadores não sejam obrigados a trocar seus dólares por reais e que certas empresas sejam autorizadas a manter contas em dólares no País. "Queremos adequar a legislação brasileira ao regime de câmbio flutuante; as regras atuais são imperfeitas", disse Roberto Giannetti da Fonseca, diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp. De acordo com o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, a proposta deve chegar ao Congresso ainda neste ano. (Jornal do Commercio - 15.03.2005) 7
Dólar ontem e hoje
Internacional 1 Uruguai vai racionar energia A seca no
Uruguai e no sul do território brasileiro está levando o governo do presidente
Tabaré Vázquez a adotar medidas para tentar prevenir problemas com o abastecimento
de eletricidade. As autoridades iniciaram ontem uma campanha para estimular
a economia de energia nas residências e instituiu medidas obrigatórias
para as empresas estatais. Segundo o titular do Ministério de Indústria
e Energia, Jorge Lepra, o objetivo é conseguir uma economia "entre 5%
e 8%. E, se todos colaborarem, chegar a aumentar essa porcentagem para
de 8% a 10%". "Necessitamos que todos os uruguaios se compenetrem e que
façamos o máximo esforço possível para economizar energia daqui para a
frente, porque o panorama é complicado", disse o ministro Lepra. Nas repartições
e órgãos públicos, o plano prevê o encerramento do expediente às 18h.
Além disso, será diminuída ao mínimo necessário a iluminação de escritórios.
Também serão apagadas luzes que iluminam fachadas e placas e limitado
o uso de ar condicionado e elevadores. O governo também divulgará uma
cartilha com dicas de economia para a população. (Valor - 15.03.2005)
2 Fórum Internacional da IV Geração discute desenvolvimento de nova geração de reatores nucleares Para poder
expandir mundialmente o uso da energia nuclear, uma cooperação entre dez
países foi criada no ano 2000 para desenvolver uma nova geração de reatores
nucleares, a ser implementada a partir de 2030. Esse grupo - que reúne
África do Sul, Argentina, Brasil, Canadá, Coréia do Sul, Estados Unidos,
França, Japão, Reino Unido e Suíça - também é chamado de Fórum Internacional
da IV Geração (GIF, na sigla em inglês). Essa iniciativa reflete o interesse
pelo desenvolvimento da energia nuclear para uso em grande escala, de
modo a atender a crescente demanda de energia. Por trás disso, está a
preocupação com a crescente emissão de gases poluentes oriundos do consumo
de combustíveis fósseis e a diminuição progressiva dos estoques mundiais
desses combustíveis. Diante desse quadro, a fissão nuclear desponta como
uma opção imediata e economicamente vantajosa. A cooperação dos países
do GIF decidiu identificar os modelos de reatores mais adequados para
atingir uma lista de objetivos que envolvem as áreas de sustentabilidade,
economia e segurança. Seis tipos de reatores foram selecionados e ainda
estão na fase de projeto. (Elétrica - 15.03.2005) Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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