l IFE:
nº 1.530 - 09 de março de 2005 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Aneel propõe estudo para avaliar dificuldades de distribuidoras federalizadas A Aneel
propôs realizar um estudo para identificar as dificuldades das distribuidoras
federalizadas para realizar investimentos na expansão de suas redes. Segundo
o diretor da Aneel, Isaac Pinto Averbuch, o estudo, se for feito, encaminhará
um conjunto de sugestões para o MME. As sugestões aproveitadas pelo MME,
explicou Averbuch, poderão fazer parte de uma regulamentação que determine
meios de garantir os investimentos e reduza as defasagens constatadas
pela análise. A idéia do estudo é comparar o volume de recursos disponíveis
pelas empresas do Sistema Isolado com o nível de investimento exigido
na execução de obras necessárias em cada área de concessão. (Canal Energia
- 08.03.2005) 2 Enchimento do reservatório da usina de Peixe Angical está previsto para janeiro de 2006 O Consórcio
Enerpeixe, formado pela EDP Brasil (60%) e Furnas (40%), prevê para o
mês de maio o desvio do rio Tocantins pelo vertedouro da hidrelétrica
Peixe Angical, localizada no município de Peixe (TO), para a construção
da barragem. Pelo cronograma, a previsão é que o enchimento do reservatório
da usina comece em 15 de janeiro do próximo. Já foram concluídas 73% das
obras civis de Peixe Angical. Os investimentos no projeto estão estimados
em R$ 1,5 bilhão, dos quais R$ 670 milhões financiados pelo BNDES. Segundo
o cronograma, a hidrelétrica começará a gerar energia a partir de 10 de
maio de 2006, quando a primeira turbina entrará em operação. A segunda
unidade será acionada no dia 10 de julho e a terceira em 1° de outubro.
(Canal Energia - 08.03.2005) 3 Liminar que estabelecia prazo de 60 dias para corte da energia para clientes inadimplentes é suspensa pela Justiça O desembargador
federal Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, da 3ª Turma do Tribunal Regional
Federal da 4ª Região, suspendeu a liminar concedida pela juíza da 7ª Vara
Federal de Porto Alegre, Daniela Cristina de Oliveira Pertile, que determinava
que os clientes inadimplentes deveriam ser avisados do corte do fornecimento
de energia elétrica 60 dias antes, e não mais 15, a contar da data de
vencimento da conta. O pedido suspensivo foi requerido através de Agravo
de Instrumento pela Aneel e as concessionárias CEEE, RGE e AES Sul. Com
a decisão, as distribuidoras podem voltar aos seus procedimentos normais,
cortando o serviço num prazo de 15 dias após a entrega do aviso de débito.
(Canal Energia - 08.03.2005) 4
Curtas O leilão de energia existente, que acontece no dia 31 de março, será realizado no hotel Gran Meliá World Trade Center, mesmo local onde aconteceu a primeira licitação de energia existente no ano passado. A informação foi dada pelo presidente do Conselho de Administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, Antonio Carlos Fraga Machado. (Canal Energia - 08.03.2005) A Universidade Mackenzie
(SP) promove, no período de 4 a 15 de abril, o curso de Custos
Marginais e Tarifas de Energia. O objetivo do curso é realizar
uma análise geral da estrutura de custos marginais e respectivas
tarifas dos sistemas de produção, transmissão, repartição
e distribuição, orientadas para as demandas do mercado consumidor.
(Canal Energia - 08.03.2005)
Empresas 1 Cemig lucra R$ 1,38 bi em 2004 A Cemig
registrou lucro líquido de R$ 1,385 bilhão, valor 15,6% maior que o lucro
de R$ 1,198 bilhão verificado em 2003. A receita líquida alcançou R$ 7,14
bilhões, um crescimento de 27% sobre o ano anterior. A geração de caixa
medida pelo lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização
(lajida) chegou a R$ 2,26 bilhões, com aumento de 26,1% sobre 2003. Dentre
os fatores que impulsionaram o lucro da Cemig em 2004, a empresa destaca
o aumento da revisão tarifaria de 2003, de 31,53% para 37,86%, o que originou
um ativo regulatório (reajuste tarifario diferido) de R$ 359 milhões.
Foi constituído um outro ativo regulatório decorrente da recuperação das
despesas com Cofins não cobertas pela tarifa em 2004, no montante de R$
361 milhões. Além disso, a Cemig destaca a venda de 40% do capital da
Gasmig para a Petrobras por R$ 153,8 milhões, com um ganho de capital
de R$ 101,8 milhões. A retomada do consumo teve também impacto positivo:
as vendas totais de energia da concessionária cresceram 3,6% e atingiram
37.897 GWh em 2004. As vendas destinadas aos consumidores finais foram
de 37.479 GWh, com um crescimento de 4,4% sobre o ano anterior. (Valor
- 09.03.2005) 2 Despesas operacionais aumentaram 24,2% na Cemig As despesas operacionais da Cemig aumentaram 24,2% e chegaram a R$ 5,459 bilhões. Em comunicado enviado à Bovespa, a empresa destaca como principais motivos de tal incremento nos custos o aumento de 102% no encargo Conta de Desenvolvimento Energético (CDE); crescimento nos custos de utilização da rede de transmissão de 89%; e o aumento no valor da energia comprada para revenda em 6%. (Valor - 09.03.2005) 3 Inclusão de CTEEP em desestatização deve ser votada nesta quarta-feira O presidente
da Assembléia Legislativa de São Paulo, Sidney Beraldo, afirmou que o
projeto de lei 02/2005 pode ser votado nesta quarta-feira (09/03), com
a continuidade da discussão em torno do PL na sessão de hoje. O PL 02/2005
trata da inclusão da CTEEP, a Transmissão Paulista, no programa estadual
de desestatização, uma peça chave para a montagem de uma operação financeira
que visa sanear as finanças da CESP, que possui uma dívida na casa dos
R$ 10 bilhões. Para a votação do PL, que tramita em regime de urgência
na Assembléia, é preciso um debate de pelo menos 12 horas na Casa, Até
a semana passada, pelo menos quatro horas já haviam sido despendidas na
discussão do PL, que está pronto para ser votado. O presidente da Assembléia
determinou a inversão da pauta de hoje para apressar o restante da discussão,
provavelmente com a convocação de uma sessão extraordinária. (Folha Online
- 08.03.2005) 4
Grupo Rede recorrerá da revisão de tarifas 5 Chesf planeja criar subsidiária A Chesf
encaminhará ao governo federal, até o fim do mês, um estudo de criação
de uma subsidiária integral da empresa para operacionalizar a transposição
das águas do rio São Francisco. De acordo com o diretor de Engenharia
e Construção da Chesf, José Aílton de Lima, a formação da empresa para
administrar o projeto de desvio das águas "permitirá uma separação contábil
dessa atividade das demais exercidas pela empresa, além de conferir mobilidade
à companhia". Segundo ele, a nova frente de negócios da Chesf apresenta
peculiaridades, como a regulação e fiscalização pela Agência Nacional
das Águas e não pela Aneel, como ocorre com as outras atividades da empresa.
Segundo informações do Executivo, a operação no São Francisco deverá absorver
investimentos de R$ 4,5 bilhões. A proposta inclui a construção de sete
usinas hidrelétricas, com potência instalada total de 175 MW, em investimentos
previstos de R$ 470 milhões. (Elétrica - 08.03.2005) 6 Eletropaulo espera redução de apenas 1% no volume de energia vendida em 2005 A Eletropaulo
espera um desempenho negativo esse ano, por conta da saída de grandes
consumidores da classe industrial para o mercado livre. Por outro lado,
acredita que as vendas de energia não cairão tanto quanto estimado anteriormente,
com a companhia elevando sua expectativa quanto ao volume de energia vendida
em 2005, passando de uma redução de 4% em relação a 2004 para uma redução
de apenas 1%. Na opinião dos analistas do Brascan, o forte movimento de
migração de grandes consumidores para o mercado livre de energia registrado
em 2004 deverá se estabilizar em 2005. Além disso, o relatório aponta
que a classe residencial deverá continuar apresentando crescimento em
sua demanda por energia, reduzindo os efeitos da saída dos grandes clientes.
Sem notar nenhum fator de curto prazo para as ações da distribuidora,
os analistas ratificaram a recomendação 'manter', com um preço justo de
R$ 100,75. De acordo com o relatório, o banco estará revisando as projeções,
para incorporar as novas informações. (Elétrica - 08.03.2005) 7 Aneel realiza audiência pública para decidir prorrogação da data de reajuste tarifário da Celpe A Aneel
fará audiência pública extraordinária nesta quarta-feira, dia 9 de março,
para decidir sobre a postergação da data de reajuste da Celpe. A distribuidora
solicitou alteração na data de aniversário da assinatura do contrato de
concessão da empresa. O objetivo é tentar renegociar a data para evitar
que a compra de energia da Termopernambuco tenha impactos nas tarifas
dos consumidores. (Canal Energia - 08.03.2005) No pregão do dia 08-03-2005, o IBOVESPA fechou a 29.021,20 pontos, representando uma baixa de 1,47% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,77 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 1,01%, fechando a 7.230,03 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 36,20 ON e R$ 35,22 PNB, baixa de 2,94% e 2,98% respectivamente, em relação ao fechamento do dia anterior. Na abertura do pregão do dia 09-03-2005 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 36,19 as ações ON, baixa de 0,03% em relação ao dia anterior e R$ 34,98 as ações PNB, baixa de 0,68% em relação ao dia anterior. (Economática e Investshop - 09.03.2005) O grupo Alusa vai criar a holding Licht Energia, reunindo suas participações em nove projetos de transmissão elétrica. A reestruturação é o primeiro passo para a abertura do capital da empresa, prevista para o próximo ano, diz o diretor financeiro, José Luiz Godoy. (Valor - 09.03.2005)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Consumo de energia no Rio Grande do Sul bate novo recorde O consumo
de energia no Rio Grande do Sul bateu novo recorde na terça-feira, 8 de
março, quando a demanda instantânea atingiu 4.355 MW, às 15h03. A temperatura
em Porto Alegre atingiu 36,8° C. O último recorde foi atingido em 24 de
fevereiro com 4.290 MW de demanda instantânea. (Canal Energia - 09.03.2005)
2 Submercado Sudeste/Centro-Oeste registra volume 31% acima da curva de aversão ao risco A capacidade do submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 80,7%, com aumento de 0,16% em relação ao dia anterior. O índice fica 31% acima da curva de aversão ao risco. As hidrelétricas Corumbá I e Miranda operam com 86,9% e 35% de volume armazenado, respectivamente. (Canal Energia - 08.03.2005) 3 Nível de armazenamento do submercado Sul está em 46,1% O índice
de armazenamento do submercado Sul está em 46,1%. Em relação ao dia anterior,
a região sofreu queda de 0,8% no volume. A hidrelétrica Passo Real apresenta
47,3% de capacidade. (Canal Energia - 08.03.2005) 4 Submercado Nordeste registra volume 38,9% acima da curva de aversão ao risco A região
Nordeste registra 85,3% de volume armazenado em seus reservatórios, com
aumento de 0,23% em relação ao dia 06 de março. O índice fica 38,9% acima
da curva de aversão ao risco. A usina de Sobradinho opera com capacidade
de 87,4%.(Canal Energia - 08.03.2005) 5 Nível de armazenamento do submercado Norte está em 90,9% O nível
dos reservatórios do subsistema Norte está em 90,9%, com aumento de 0,43%
em relação ao dia 06 de março. A hidrelétrica de Tucuruí opera com 97,4%
de volume armazenado. (Canal Energia - 08.03.2005)
Gás e Termoelétricas 1 Mudança na Bolívia ameaça elevar preço do gás no Brasil O gás importado da Bolívia pode ficar mais caro, caso a alteração na Lei de Hidrocarbonetos, que prevê o aumento da taxação de royalties sobre a produção do País, seja aprovada pelo Congresso boliviano. É o que admite o gerente de portfólio da Petrobras para o Cone Sul, Flávio Vianna Filho, negando que a empresa pense em retirar os ativos do País andino em função da crise política local. "Existe a possibilidade de o custo ser repassado. É risco que existe em qualquer lugar. Mas, em função da importância que a exportação de gás tem para a Bolívia, temos a confiança de que não haverá alteração no sentido de inviabilizar os investimentos feitos lá", afirmou. (Jornal do Commercio - 09.03.2005) 2 Dilma afasta possibilidade de interrupção no fornecimento de gás da Bolívia A ministra
Dilma Rousseff afastou ontem a possibilidade de risco de interrupção no
fornecimento de gás natural da Bolívia para o Brasil em função da crise
política que atinge aquele País. "Não há nenhuma interrupção. A Bolívia
tem sido absolutamente impecável no que se refere ao fornecimento de gás
natural", disse a ministra. Segundo a ministra, em outros momentos de
instabilidade naquele país houve interrupção no fornecimento de gás. "Não
acreditamos que haja nenhum risco no que se refere aos aspectos comerciais",
disse Dilma, acrescentando que deseja que a crise na Bolívia chegue a
bom desenlace. "Para nós, a Bolívia é parceiro estratégico no Mercosul,
tanto na área de gás quanto em vários outros projetos que nós pretendemos
desenvolver em conjunto", disse ela. (Jornal do Commercio - 09.03.2005)
3 Petrobras e ministérios das Cidades e de Minas e Energia assinam convênio para incentivar o uso do GNV A Petrobras
assinou ontem convênio para estimular o uso de GNV na frota de ônibus
urbanos do país. Com o documento, assinado também pelos ministérios das
Cidades e de Minas e Energia, a estatal dará garantia de preço aos transportadores
que passarem a utilizar o combustível. Segundo o diretor de Gás e Energia
da empresa, Ildo Sauer, o contrato prevê que os preços do gás não irão
ultrapassar 55% do preço do diesel durante o período de 10 anos. O programa
de incentivo ao gás natural veicular também deverá incluir o transporte
de carga. O contrato de preço vai possibilitar, segundo o diretor, que
as empresas consigam abater os custos de conversão dos motores dos veículos
de diesel para GNV. (Jornal do Brasil - 09.03.2005)
Grandes Consumidores 1 MME pretende traçar cenários mais confiáveis sobre aumento do mercado cativo e dos grandes consumidores O MME está
realizando reuniões com os agentes para fazer projeções sobre a evolução
do mercado consumidor. Na segunda-feira, dia 7 de março, executivos da
Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia Elétrica se
reuniram com a ministra Dilma Rousseff para tratar do assunto. A intenção,
segundo a Abrace, é traçar cenários mais confiáveis sobre o aumento do
mercado cativo e dos grandes consumidores. As projeções servirão de balizador
para a definição do montante de energia para os leilões que serão realizados
pelo governo neste ano. Segundo Eduardo Carlos Spalding, vice-presidente
da Abrace, o trabalho começa a ser desenvolvido na sexta-feira (11/03).
O MME criou um grupo de trabalho, que será coordenado pela associação,
para elaborar as previsões do mercado dos grandes consumidores para os
próximos anos. Pelo lado cativo, o trabalho será desenvolvido pelas distribuidoras.
(Canal Energia - 08.03.2005) 2 Abrace apresenta pontos de preocupação à ministra Dilma A Abrace,
em encontro realizado na segunda-feira (07/03), apresentou a ministra
Dilma Rousseff questões que preocupam os grandes consumidores. Uma delas
fala dos impactos dos encargos setoriais na competitividade do segmento.
O assunto vem sendo discutido, desde o início do ano, em parceria com
outras associações, com o intuito de reduzir a carga tributária no setor.
Outro ponto de preocupação dos grandes consumidores é a segurança da oferta,
em especial dos projetos de auto-geração paralisados devido a questões
ambientais. A Abrace também apresentou à ministra a preocupação dos grandes
consumidores com as regras para as redes particulares. Atualmente, somente
a metodologia para as redes existentes está definida. A intenção da Abrace
é retomar a discussão sobre redes futuras. (Canal Energia - 08.03.2005)
O Instituto
Brasileiro de Siderurgia (IBS) divulgou nota ontem criticando a decisão
do governo de reduzir a zero a alíquota para importação do aço. Para a
instituição, a atitude é intervencionista e faz parte de pressões ''infundadas''
feitas por setores isolados. De acordo com a nota, ao contrário do que
vem sendo afirmado, não há indicação concreta de desabastecimento de aço
para o mercado interno, já que em 2004 a siderurgia reduziu em 7,7% suas
exportações e aumentou em 15,5% as vendas internas. "Estamos agendando
reuniões com os ministérios ligados à Câmara de Comércio Exterior (Camex).
Queremos apresentar nossos argumentos e sensibilizar o governo", disse
o presidente do IBS, José Armando de Figueiredo Campos. Para o executivo,
o governo deveria ter negociado a abertura de mercado para os produtos
importados, pedindo algum tipo de vantagem em troca. (Jornal do Brasil
- 09.03.2005) Economia Brasileira 1 IBGE: Produção industrial cai 0,5% em janeiro A produção industrial brasileira registrou queda de 0,5% em janeiro na comparação com dezembro, segundo dados divulgados pelo IBGE. Entretanto, houve crescimento de 6% na comparação com janeiro de 2004. Segundo o IBGE, a redução em relação a dezembro atingiu treze das 23 atividades de indústria que têm suas séries ajustadas. Por categorias, observa-se que a queda no período ocorreu, principalmente, na área de bens de consumo duráveis (-4,3%, após o acréscimo de 2,8% de novembro para dezembro). Outros setores que também tiveram queda no mês foram bens de capital (-1,5%), que também apresentou desempenho positivo em dezembro (1,7%), e bens intermediários (-1,4%, após registrar taxa de 1,2% em dezembro). O único segmento com resultado positivo foi o de bens de consumo semiduráveis e não-duráveis, com avanço de 3,7%, o terceiro consecutivo na comparação com o mês anterior. No acumulado dos últimos 12 meses, a produção industrial apresenta expansão de 8,5%. (Folha Online - 09.03.2005) 2 CNI: Vendas industriais recuam em janeiro As indústrias iniciaram 2005 com um ritmo de crescimento menor. A pesquisa indicadores industriais divulgada pela CNI mostrou que as vendas reais do setor recuaram 1,97% na comparação com dezembro, considerados os ajustes sazonais, e que as horas trabalhadas tiveram retração de 2,05% em relação ao último mês 2004. O baixo aumento apurado nas variáveis pessoal empregado e salários pagos, de 0,27% e 0,18%, respectivamente, reforçou os sinais da perda de dinamismo no setor industrial. Ao divulgar os números, a CNI apontou dois motivos que levaram à redução no fôlego das indústrias: a alta base de comparação com 2004 e o efeito da elevação dos juros. Por outro lado, na comparação com janeiro de 2004 os indicadores apresentam boa performance, com altas de 3,13% nas vendas reais, 7,10% no pessoal empregado, 8,17% nas horas trabalhadas na produção e de 10,48% nos salários pagos. (Gazeta Mercantil - 09.03.2005) 3
CNI: Recorde no uso da capacidade instalada da indústria 4 Ipea reduz para 3,5% projeção de alta do PIB O Ipea reduziu
de 3,8% para 3,5% sua projeção de crescimento do PIB de 2005 por conta
da alta da Selic. A economia cresceu 5,2% no ano passado. Paulo Levy,
diretor de macroeconomia do Ipea/Rio atribui a revisão do PIB para baixo
a uma expectativa de alta maior do juro básico este ano. Na sua avaliação,
esse cenário pode ocorrer porque o BC estará preocupado em estancar uma
ameaça de inflação de demanda decorrente do aumento da oferta de crédito
e da renda do trabalho. Ele destacou que esses fatores ficam agravados
pela implementação de uma política fiscal que vem se caracterizando por
aumento de receita e gastos na mesma proporção, com impacto expansionista
sobre a demanda. "Para equilibrar esse quadro, que poderá levar a um crescimento
da relação dívida/PIB para a casa dos 52%, seria bom que se pensasse num
aumento da meta de superávit primário." (Valor Online - 09.03.2005) 5 Palocci nega falta de dinamismo na indústria O ministro
da Fazenda, Antônio Palocci, disse ontem que o crescimento recorde no
ano passado não parece indicar falta de dinamismo na indústria. O comentário
do ministro foi uma resposta a uma observação sobre os indicadores de
janeiro da CNI, que estariam apontando uma perda do fôlego no desempenho
industrial. "Nenhum processo de crescimento se dá de maneira linear. O
importante é que o crescimento industrial tem sido recorde e os investimentos
cresceram em 2004 o dobro da renda. A política monetária persegue metas
inflacionárias que permitem o crescimento no longo prazo e não vamos abrir
mão disso" afirmou Palocci reiterando que a inflação baixa garante a renda
das famílias e evita a desorganização da economia. "A política monetária
provocou um aperto, não escondemos isso. Mas não há mal pior para o crescimento
do que a inflação. Respeito as demandas que não compreendem a política
monetária, mas acredito que ela está no caminho certo" disse. (Jornal
do Commercio - 09.03.2005) O mercado de câmbio continua a pressionar o dólar nesta quarta-feira, levando em conta principalmente fatores internos. Às 12h18m, a moeda americana subia 1,11% no mercado à vista, sendo negociada por R$ 2,723 na compra e R$ 2,725 na venda. Ontem, o dólar comercial terminou com alta de 0,63%, transacionado a R$ 2,6930 para a compra e R$ 2,6950 para a venda. (O Globo Online e Valor Online - 09.03.2005)
Internacional 1 Conselho Global de Energia Eólica: capacidade mundial de geração de energia eólica teve aumento de 20% em 2004 A capacidade
mundial para gerar energia eólica atingiu no ano passado os 47 317 MW,
um aumento de 20% em relação a 2003 tornado possível devido à instalação
de novas turbinas na Europa. Segundo os dados divulgados pelo Conselho
Global de Energia Eólica (GWEC), a Europa foi responsável por 72,4% das
novas turbinas instaladas em 2004, seguida pela Ásia (15,9%) e América
do Norte (6,4%). "A Europa é líder global em energia eólica, mas estamos
a testemunhar a globalização dos mercados eólicos", disse Arthouros Zervos,
presidente da Associação Europeia da Energia Eólica (EWEA). (Diário Econômico
- 07.03.2005) 2 EWEA: Portugal e Espanha estão entre os 10 países que mais instalaram turbinas em 2004 Segundo
a Associação Europeia da Energia Eólica (EWEA), no mundo é a Espanha que
instalou a maior quantidade de turbinas (25,9% do total, ou 2065 MW),
seguida pela Alemanha (25,5%, ou 2037 MW) e pela Índia (11%, ou 875 MW).
Portugal foi o sexto país do mundo que mais instalou turbinas, com uma
capacidade de geração adicional de 226 MW, ou 2,8% do total mundial, à
frente de países como a Itália, Holanda e China. (Diário Econômico - 07.03.2005)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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