l IFE:
nº 1.529 - 08 de março de 2005 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Proinfa: Apenas dois projetos têm financiamentos aprovados pelo BNDES Apenas dois
dos 42 projetos de geração de energia contratados pela Eletrobrás no Proinfa
já tiveram os financiamentos aprovados pelo BNDES. O Proinfa teve ontem
encerrado o prazo da última repescagem para preencher os cerca de 400
MW que não foram contratados dentre dos 1,1 mil MW destinados à cogeração
por biomassa. De acordo como o BNDES, no segmento de PCHs, por exemplo,
a insuficiência de recursos próprios por parte dos investidores foi responsável
pela recusa de 12 projetos apresentados. Para a liberação dos financiamentos
o banco exige, além de fiança dos controladores e garantia real não relacionada
ao projeto de no mínimo 50% do valor financiado e ou seguro garantia no
valor de até 50% do valor financiado, um capital próprio de no mínimo
30% do valor a ser investido. (Gazeta Mercantil - 08.03.2005) 2 APMPE: Exigências do BNDES para liberação do financiamento impedem pequenos investidores de participar do Proinfa Para o presidente
da Associação Brasileira dos Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica
(Apmpe), Ricardo Pigatto, a exigência de 30% de capital próprio vai impedir
que pequenos investidores participem do Proinfa e possibilitar que somente
médios e grandes grupos obtenham a linha de crédito e viabilizem seus
empreendimentos de geração. Segundo Pigatto, a associação encaminhou à
ministra Dilma Rousseff uma proposta para aumentar de 70% para o 80% o
percentual máximo de financiamento por parte do BNDES e baixar de 30%
para 20% o valor correspondente aos investidores. "A Apmpe discutiu este
assunto com o Ministério no início de janeiro e também com técnicos do
BNDES", diz. (Gazeta Mercantil - 08.03.2005) 3 Empreendimentos de energia eólica têm dificuldades para obter financiamento Para o vice-presidente
da Associação Mundial de Energia Eólica, Everaldo Feitoza, os empreendimentos
na área de energia eólica têm enfrentado dificuldades na obtenção de financiamentos
no BNDES. Segundo ele, o banco ainda não aprovou nenhum dos projetos encaminhados.
De acordo com o BNDES, somente dois projetos de energia eólica foram encaminhados
para análise de crédito no Proinfa e estão sendo estudados pelas áreas
técnicas. (Gazeta Mercantil - 08.03.2005) 4
Eletrobrás encerra prazo para recebimento de projetos para completar quota
destinada para projetos de biomassa 5 Presidente da Eletropaulo: Setor elétrico não deve fazer parte dos projetos de PPPs O setor
de energia elétrica é dos segmentos que não deverá ser alvo dos projetos
de Parcerias Público-Privado (PPPs), afirmou o presidente da AES Eletropaulo,
Eduardo José Bernini. Para o executivo, o setor elétrico não terá muitas
obras nesse regime porque o segmento já é contemplado com uma legislação
que possibilita a auto-suficiência das empresas. (Gazeta Mercantil - 08.03.2005)
6 Região Sul apresenta novo aumento no valor do MWh O valor
do MWh para a região Sul no mercado spot registrou aumento de até 8,77%.
O preço para as cargas pesada e média no submercado está em R$ 27,35.
Para a carga leve, o valor está em R$ 25,66. Nas demais regiões, o valor
continua em R$ 18,33 para todas as cargas. Os preços são válidos para
os dias 5 a 11 de março e estão disponíveis no site da CCEE. (Canal Energia
- 07.03.2005) 7 Câmara analisa política para energia nuclear Novas normas para amenizar efeitos e riscos ambientais pela construção e operação de usinas nucleares tramitam na Câmara dos Deputados. Entre as propostas em análise está o projeto de lei (PL 2751/03), do deputado Salvador Zimbaldi (PTB-SP), que propõe a obrigatoriedade de cadastramento de fontes radioativas e sua fiscalização, para evitar acidentes como o ocorrido em Goiânia com o césio-137 em 1987. Outra proposta, do Poder Executivo, prevê a criação da Política Nacional de Energia Nuclear e o Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro, que irá, entre outras funções, assegurar que sejam adotadas as medidas de segurança necessárias em programas nucleares. O outro projeto (PL 3043/04) do deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP) propõe a proibição da construção de usinas de fissão nuclear com o objetivo de gerar energia elétrica. A preocupação da maior parte das propostas em análise na Câmara é com os riscos que esta alternativa de geração pode provocar para o homem e ao meio ambiente. (Canal Energia - 07.03.2005) 8
Curtas
Empresas 1 Furnas estuda captação de R$ 700 mi A geradora
federal Furnas Centrais Elétricas estuda realizar operação de captação
de R$ 700 milhões. "Em nossos cálculos, acreditamos que precisamos desse
aporte de recursos", informou o gerente da Superintendência de Operação
e Captação de Recursos da companhia, Marcus Vinicius Vaz. "Parte desse
montante poderá ser obtido junto à Eletrobrás e complementado por nova
operação de cessão de créditos lastreados por contratos celebrados com
a Eletronuclear. Esses créditos podem ser referentes aos pagamentos de
serviço da dívida de contratos vinculados aos excedentes nucleares, Eletronorte,
Celg, CEB e do Programa de Saneamento do Setor Público, através da Lei
8.727/93", informou Vaz. Segundo o executivo, o caixa ainda não é suficiente
para que Furnas possa manter seu desejo de fazer os investimentos. "Neste
exercício, os investimentos são de mais de R$ 1 bilhão. Este número poderá
crescer devido aos novos projetos previstos", afirmou ele. (Jornal do
Commercio - 08.03.2005) 2 Neoenergia é a primeira empresa a conseguir empréstimo do BNDES para capitalização A Neoenergia (antiga Guaraniana) tornou-se a primeira a ter um empréstimo para capitalização, dentro do programa de socorro ao setor elétrico, aprovado pela diretoria do BNDES, informou Demian Fiocca, vice-presidente do BNDES e responsável pela área de infra-estrutura do banco. O valor aprovado foi de R$ 856 milhões, mas os acionistas da empresa ainda estão discutindo internamente se vão assinar o contrato. Comenta-se, no mercado, que a Neoenergia pensa em desistir deste programa de capitalização porque ele é destinado à recuperação das empresas distribuidoras. E as concessionárias de distribuição da Neoenergia - Celpe, Coelba e Cosern (RN) - estão em boa saúde financeira. O objetivo da holding seria a obtenção de linhas de financiamento do BNDES para a aquisição de ativos de geração elétrica, em especial novas concessões de hidrelétricas que deverão ser leiloadas neste ano. (Valor - 08.03.2005) 3 Tractebel tem lucro de R$ 775 mi em 2004 A empresa
de geração de energia Tractebel registrou lucro líquido consolidado de
R$ 775 milhões em 2004. O valor é 50% maior do que o ganho registrado
em 2003, de R$ 517 milhões. A receita líquida do grupo cresceu 38%, subindo
de R$ 1,64 bilhão em 2003 para R$ 2,27 bilhões no ano seguinte. O lucro
antes dos impostos, depreciações e amortizações (lajida), foi de R$ 1,07
bilhão, 39% maior que os R$ 753 milhões do ano anterior. O presidente
do grupo, Manoel Zarone, disse ao Valor que credita o bom resultado da
Tractebel à política agressiva da empresa de conquista de consumidores
industriais - já são 80 os grandes novos clientes; às exportações de energia
para a Argentina e também à desvalorização do dólar ao longo do ano. (Valor
- 08.03.2005) 4
PF investiga remessa de US$ 48 mi da Light 5 PF vai concluir investigação contra a Light em 30 dias A Polícia
Federal (PF) deve concluir em um mês o relatório final sobre as investigações
das operações financeiras efetuadas pela Light com subsidiárias no exterior,
na época do processo de privatização da Eletropaulo, ocorrida em 1998.
O inquérito da PF, presidido pelo delegado Fábio Scliar, no Rio de Janeiro,
foi aberto em agosto de 2002, em decorrência de uma notificação do Banco
Central (BC) ao Ministério Público Federal (MPF). (Elétrica - 07.03.2005)
6 Aneel aprova emissão de R$ 400 mi em debêntures pela Ampla A Aneel
aprovou a terceira emissão de R$ 400 milhões em debêntures simples pela
Ampla. Os recursos serão aplicados no programa de investimentos e na adequação
do perfil do endividamento de curto prazo. O negócio, dividido em duas
séries, será coordenada pelo banco Itaú BBA e terá prazo de pagamento
de três e cinco anos. A operação inclui CDI mais 1,6% ao ano e IGP-M mais
9,85% ao ano. A Aneel também aprovou a proposta de mudança da razão social
da antiga Cerj para Ampla. (Canal Energia - 07.03.2005) 7 Chesf vai investir R$ 71,3 mi em transmissão e geração de energia no Piauí em 2005 Empreendimentos
de transmissão e geração de energia elétrica, previstos para este ano,
no Piauí, implicarão em investimentos de R$ 71,390 milhões, informou a
Chesf. Para o setor de geração de energia, serão investidos R$ 12,658
milhões no estudo de implantação de cinco novas usinas hidrelétricas.
Projetos de transmissão elétrica demandarão R$ 58,732 milhões. Esses números
estão em despacho da Chesf, em resposta à solicitação da Secretaria do
Planejamento do Estado, encaminhada ao governador Wellington Dias. Segundo
a Chesf, foram aplicados R$ 88,472 milhões em empreendimentos concluídos
em 2004, relacionados à transmissão de energia. (Elétrica - 07.03.2005)
8 Chesf: Estudos para implantação de 5 hidrelétricas no Rio Parnaíba já foram iniciados A Chesf informou que já foram iniciados estudos para implantação de cinco usinas hidroelétricas no Rio Parnaíba. Os estudos prevêem a viabilidade de aproveitamento hidroelétrico em Ribeiro Gonçalves, com uma usina de 174 MW, em Uruçuí (164 MW), Castelhano (94 MW), Cachoeira (93 MW) e Estreito (86 MW). A Chesf informou que, após a conclusão dos estudos de viabilidade, eles serão encaminhados à Aneel e à Empresa de Pesquisa Energética (EPE) para aprovação. Enquanto isso, serão encaminhados ao Ibama os estudos de impacto ambiental, visando a obtenção de licenças para a construção das novas usinas. A companhia informou ainda que essas etapas poderão se estender pelo período que vai de seis meses a um ano. (Elétrica - 07.03.2005) 9 Eletronorte tem autorização para construir linhas de transmissão A Eletronorte recebeu autorização da Aneel para construir as linhas de transmissão Rio Branco I - Epitaciolândia (138 kV) e Rio Branco I - Sena Madureira (69 kV), além das subestações Epitaciolândia e Sena Madureira. Está prevista ainda a ampliação da subestação Rio Branco I. Na reunião pública de hoje, a Aneel decidiu ainda solicitar ao MME pedido para regulamentação do Sistema Isolado no país. O assunto foi destacado pela agência porque as linhas a serem construídas pela Eletronorte fazem parte da área de concessão da Eletroacre, uma das distribuidoras sob controle da Eletrobrás. Na reunião, os diretores consideraram a necessidade do investimento e a situação econômica da distribuidora. No processo, a Eletronorte alega que a construção das linhas elevará a oferta de energia para as regiões circunvizinhas à LT. (Canal Energia - 07.03.2005) 10 Copel investe R$ 115 mi para reforçar anel elétrico de Curitiba A Copel
investirá R$ 115 milhões na construção de seis subestações e linhas de
transmissão para reforçar o anel elétrico de Curitiba, reduzindo o risco
de cortes no fornecimento de energia da região. Em novas subestações,
o investimento chega a R$ 66,5 milhões até 2007, incluindo as linhas que
as ligarão ao sistema elétrico.As subestações operarão em tensão de 69
kV. A primeira a ser inaugurada será a unidade de Tomaz Coelho, em Araucária,
a partir de julho. O investimento da empresa no empreendimento é de R$
8,5 milhões para atender oito mil unidades consumidoras e aliviar as cargas
das unidades de Araucária e Cidade Industrial. Em setembro, entra em funcionamento
a subestação Novo Mundo, que atenderá 37 mil unidades consumidoras. A
Copel está investindo R$ 10 milhões na unidade que vai assumir cargas
atendidas por outras cinco subestações. As outras subestações serão entregues
a partir de 2006. (Canal Energia - 07.03.2005) 11 Eletrosul reforçará sistema de transmissão do litoral catarinense A Eletrosul recebeu nesta segunda-feira autorização da Aneel para realizar reforços na transmissão para atender à Ilha de Santa Catarina e o litoral do estado. Entre as obras necessárias está a implantação da linha de transmissão Biguaçu - Florianópolis Ilha, de 57 km. De acordo com o processo, a Eletrosul terá direito à R$ 24,439 milhões, referente à parcela adicional da Receita Anual Permitida (RAP) para realizar todas as ações previstas pelo Programa de Ampliações e Reforços. (Canal Energia - 07.03.2005) No pregão
do dia 07-03-2005, o IBOVESPA fechou a 29.455,42 pontos, representando
uma alta de 0,88% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,6
bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 0,10%,
fechando a 7.304,13 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 37,30 ON e R$ 36,30 PNB, baixa de
0,77% e alta de 0,55% respectivamente, em relação ao fechamento do dia
anterior. Na abertura do pregão do dia 08-03-2005 as ações da Eletrobrás
foram cotadas a R$ 36,99 as ações ON, baixa de 0,83% em relação ao dia
anterior e R$ 36,15 as ações PNB, baixa de 0,41% em relação ao dia anterior.
(Economática e Investshop - 08.03.2005)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 ONS toma medidas preventivas para evitar crise energética no Sul O ONS determinou
ontem o aumento em 54% da geração na termelétrica de Candiota para reforçar
o fornecimento de energia no Rio Grande do Sul. Com isso, a usina passará
a produzir 370 MW e poderá, em caso de necessidade, operar no limite máximo
de 440 MW. O Estado enfrenta uma estiagem de mais de três meses e as principais
hidrelétricas, na bacia do rio Jacuí, estão operando em níveis mínimos
para preservar os reservatórios. A informação foi prestada pelo o secretário
gaúcho das Minas e Energia, Valdir Andres, que participou da reunião entre
o ONS, representantes dos governos estaduais e das empresas de energia
da região Sul, ontem, em Florianópolis. Segundo ele, também foi determinada
a suspensão temporária da exportação da parcela da energia gerada pela
termoelétrica de Candiota para o Uruguai. Andrés disse que o ONS também
decidiu poupar os reservatórios das bacias do rio Iguaçu, no Paraná, a
mais importante para a geração hídrica na região Sul, e do rio Uruguai,
na divisa dos Estados do Rio Grande do Sul com Santa Catarina, já que
toda a região está sofrendo com a falta de chuva. "Essas são medidas preventivas,
com o objetivo de evitar qualquer risco de abastecimento", comentou Andres.
(Valor - 08.03.2005) 2 O Sudeste/Centro-Oeste registra 80,6% de volume armazenado em seus reservatórios A capacidade do submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 80,6%, com aumento de 0,3% em relação ao dia 05 de março. O índice fica 31,0% acima da curva de aversão ao risco. As hidrelétricas S. Simão e Marimbondo operam, respectivamente, com volume de 91,1% e 80%. (Canal Energia - 07.03.2005) 3 O Sul registra 46,9% de volume armazenado em seus reservatórios O índice
de armazenamento do Sul está em 46,9%, com queda de 0,4% em relação ao
dia anterior, dia 05. A hidrelétrica Passo Fundo opera com capacidade
de 50,2%. (Canal Energia - 07.03.2005) 4 A capacidade do Nordeste está em 85,1% O Nordeste
registra 85,1% de volume armazenado em seus reservatórios, capacidade
0,3% maior ao registrado no dia anterior. O índice da região fica 38,7%
acima da curva de aversão ao risco. O nível dos reservatórios da usina
de Sobradinho está em 87,3%. (Canal Energia - 07.03.2005) 5 Nível dos reservatórios do Norte está em 90,5% O nível
dos reservatórios do submercado Norte está em 90,5%, com aumento de 0,7%
em relação ao dia 05 de março. A hidrelétrica de Tucuruí apresenta 97%
de volume armazenado. (Canal Energia - 07.03.2005)
Grandes Consumidores 1 CSN, Usiminas e Cosipa devem ser mais afetadas com redução da alíquota de importação de siderúrgicos A medida
da Câmara de Comércio Exterior (Camex) que reduz de 14% para zero a alíquota
de importação de 15 siderúrgicos deverá afetar principalmente a Companhia
Siderúrgica Nacional (CSN), Usiminas e Cosipa (ambas do Sistema Usiminas),
de acordo com especialistas de mercado. Essas empresas são produtoras
de aços planos e bobinas a frio e a quente, produtos que tiveram as taxas
de importação zeradas. Na opinião dos analistas da Merrill Lynch, a medida
não deverá ter "impactos significativos" a curto e médio prazos na valorização
das companhias do setor. O banco de investimento apontou que a tarifa
zero já é concedida às importações efetuadas pelos fabricantes de eletroeletrônicos
e automóveis para produção de bens finais voltados ao mercado externo
(drawback). "A indústria brasileira nunca se utilizou dessa permissão
de maneira significante", disse a Merrill. Além disso, os preços do aço
plano no Brasil no primeiro trimestre estão cerca de 20% inferior em comparação
com o produto importado. (Gazeta Mercantil - 08.03.2005) 2 Representantes de usinas brasileiras discutem redução de alíquotas Ontem, representantes
das principais usinas brasileiras discutiram as conseqüências da redução
das alíquotas de importação. Há temores de que a redução da tarifa, que
tem como objetivo diminuir as supostas pressões sobre os preços do aço
na inflação, possa ser estendida para outros segmentos, como os aços especiais
(de maior valor agregado e, por isso, mais caro que o produto comum).
O Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS) preferiu não se manifestar.
(Gazeta Mercantil - 08.03.2005) Economia Brasileira 1 Governo lança decreto regulamentando PPPs Depois de dois meses de discussões internas, o governo divulgou a regulamentação da lei das Parcerias Público-Privadas (PPPs), criando, por decreto, o Comitê Gestor de Parceria Pública-Privada Federal (CGP) e a Comissão Técnica encarregada de operacionalizar as parcerias. O Ministério do Planejamento estima que no começo do segundo semestre seja possível lançar o primeiro edital para a contratação de obras e serviços na área de infra-estrutura por meio das parcerias. As decisões do Comitê Gestor - que é formado pelos ministérios do Planejamento, da Fazenda e pela Casa Civil - deverão ser tomadas por unanimidade, segundo o decreto. O Ministério do Planejamento será o coordenador do Comitê e abrigará também a Comissão Técnica das Parcerias (CTP), que terá representantes de cinco ministérios setoriais, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e do BNDES. Pelo decreto, o Ministério do Planejamento terá que apresentar parecer prévio ao Comitê sobre a viabilidade técnica dos projetos (mérito) e o Ministério da Fazenda ficará encarregado da análise de riscos e avaliação das garantias. (O Globo - 08.03.2005) 2 Brasil dá sinais de crescimento econômico sustentado A economia brasileira está se recuperando e já se percebe os alicerces para um crescimento sustentado. A conclusão é da OCDE, que reúne os Estados Unidos, Canadá, México e mais 27 países. Um relatório da Organização, intitulado "Pesquisa Econômica do Brasil 2005", destaca que o País está mostrando os benefícios das medidas adotadas pelo governo atual. Em 2004, segundo o relatório, a economia cresceu "vivamente, bem acima das expectativas de mercado". O desemprego permanece elevado em algumas cidades principais do País, aponta o relatório, mas está tendendo para baixo, bem como os salários estão em ascensão, depois de anos em queda. Além disso, o relatório afirma que "o clima para os negócios está melhorando" e os investimentos privados estão dando sinais de recuperação. A forte performance das exportações brasileiras faz a economia do País mais "resistente às mudanças no mercado". Estes resultados positivos devem-se, segundo o relatório, principalmente, ao controle da inflação e a exigência da responsabilidade fiscal. (O Estado de S. Paulo - 08.03.2005) 3
Meirelles vê queda da Selic, mas não já 4 Fiesp pede redução da TJLP para evitar choque de oferta Mantido
o ritmo atual, a produção industrial deve bater no seu limite de capacidade
instalada em até dois anos, o que vai gerar perda de competitividade do
setor e pressionar os índices de inflação. Esta é a avaliação de um estudo
apresentado pela Fiesp. A entidade diz que a alternativa seria a redução
dos juros sobre os financiamentos, de forma a permitir o aumento de novos
investimentos e, por tabela, da oferta de produtos. A sugestão da Fiesp
é para que o governo reduza a TJLP, hoje em 9,75% ao ano. De acordo com
o estudo, o corte de um ponto percentual da taxa provocaria um aumento
de R$ 1,1 bilhão na demanda por novos créditos junto ao BNDES, o que equivaleria
a 3.754 operações. Na sua avaliação, a TJLP deveria variar no máximo entre
6% e 8% ao ano, correspondendo ao retorno registrado pelas empresas entre
2000 e 2003. (O Globo Online - 08.03.2005) 5 Investimentos em infra-estrutura caem a cada ano no País Pesquisa
realizada pela Serasa com balanços publicados por 200 empresas mostra
que os investimentos em infra-estrutura estão caindo ano após ano no Brasil.
Segundo o levantamento, os investimentos em ativos fixos realizados pelas
empresas dos setores de energia e transporte que publicam seus balanços
apresentaram queda de 36% em 2004 na comparação com 1994. Em relação ao
faturamento líquido, os investimentos dessas empresas corresponderam a
9,1% no ano passado. Em 1994, os aportes representaram 24,2%. A queda
dos investimentos e o forte crescimento da economia no último ano trouxeram
à tona o risco de os exportadores enfrentarem dificuldades para embarcar
as mercadorias. Em 2004, os investimentos em geração de energia foram
de 10% do faturamento líquido das empresas, ou R$ 1,2 bilhão. Em 2000,
representaram 21,8%, ou R$ 5,2 bilhões. (Gazeta Mercantil - 08.03.2005)
6 Balança acumula saldo de US$ 5,58 bi no ano A balança comercial registrou superávit de US$ 610 milhões na primeira semana deste mês, resultado de exportações de US$ 1,692 bilhão e importações de US$ 1,082 bilhão. Com esse resultado, as exportações do ano chegaram a US$ 16,892 bilhões e as importações, a US$ 11,312 bilhões, o que elevou o saldo acumulado em 2005 para US$ 5,58 bilhões. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, na primeira semana deste mês a média diária das exportações (US$ 423 milhões) foi 1,8% menor do que a do mês passado. Nas importações, a queda foi de 2%, tendo sido importados US$ 270,5 milhões por dia. Em relação à março do ano passado, a balança continuou a apresentar crescimento. A média das exportações subiu 22,7%, sobretudo devido à ampliação dos embarques de produtos semimanufaturados, em 69,3%, e manufaturados, em 27%. As importações subiram 16,4% em relação a março de 2004. (Jornal do Commercio - 08.03.2005) 7
Inflação pelo IGP-DI acelerou em fevereiro O mercado
de câmbio é comprador e mantém o dólar em alta moderada. Às 12h29m, a
moeda americana subia 0,56%, cotada a R$ 2,691 na compra e R$ 2,693 na
venda. Na máxima do dia, a cotação chegou aos R$ 2,70 (+0,82%). Ontem,
o dólar comercial terminou com alta de 0,79%, transacionado a R$ 2,6760
para compra e R$ 2,6780 para venda. (O Globo Online e Valor Online - 08.03.2005)
Internacional 1 Argentina teme que crise política da Bolívia afete o suprimento de gás A crise
política vivida pela Bolívia foi recebida com preocupação adicional pela
Argentina. O forte ritmo de crescimento da economia está aumentando a
demanda energética, que já é superior à do ano passado, e o consumo se
incrementará no inverno. Teme-se um cenário de escassez pior do que o
vivido em 2004, que pode se agravar ainda mais caso haja problemas com
o suprimento de gás boliviano. No ano passado, a Argentina conseguiu um
alívio parcial para seus problemas de abastecimento de gás fechando com
a Bolívia um acordo para comprar 4 milhões de metros cúbicos por dia.
Em novembro último, o pacto foi prorrogado até o fim de 2005, com a transferência
máxima de 6,5 milhões de metros cúbicos por dia nos meses de inverno.
Atualmente os dois países estão negociando o preço de venda do gás. Inicialmente,
a Argentina pagava US$ 1,60 por btu, unidade térmica usada como referência
no mercado de gás. Depois de ameaçar cortar o suprimento, em janeiro,
a Bolívia conseguiu que a tarifa aumentasse para US$ 2,08 por btu - o
governo boliviano ainda está tentando um novo incremento. Por causa da
importância do suprimento de gás ao país, o presidente argentino, Néstor
Kirchner, ligou ontem para o boliviano Carlos Mesa para expressar sua
solidariedade e cancelou uma viagem ao interior do país para poder acompanhar
o desenrolar dos acontecimentos. (Valor - 08.03.2005) 2 Argentina tenta ampliar a oferta de energia para evitar crise por falta de gás boliviano O ministro
do Planejamento da Argentina, Julio de Vido, admitiu que a situação na
Bolívia preocupa o governo por causa da necessidade de garantir o abastecimento
de gás. Além do gás boliviano, a Argentina está tentando ampliar a oferta
de energia por outros meios para evitar cortes. Semana passada, o presidente
do BNDES, Guido Mantega, esteve em Buenos Aires para assinar a concessão
de um financiamento de US$ 200 milhões do banco para a ampliação de um
gasoduto que liga a região da Patagônia a Buenos Aires. Nesta semana o
governo também anunciou uma licitação para a compra de 2 milhões de barris
de óleo combustível, que se somam à aquisição de 8 milhões já acertada
com a Venezuela. A intenção é usar o óleo como substituto do gás para
produção de energia em termelétricas. O país também está tentando aumentar
a compra de eletricidade proveniente do Brasil, e em janeiro o tema foi
discutido durante uma reunião em Brasília entre o ministro De Vido e a
ministra de Minas e Energia, Dilma Roussef. (Valor - 08.03.2005) 3 Reforma do estatuto do PRI pode admitir capital privado no setor energético do México A reforma dos estatutos do Partido Revolucionário Institucional (PRI) abre a possibilidade do investimento privado no setor energético mexicano. O novo programa de ação do PRI reconhece, em termos vagos, que "é preciso tomar decisões que permitam que os recursos energéticos apontem para o desenvolvimento nacional". A reforma foi uma rejeição à proposta de manter no programa de ação do PRI os chamados "impedimentos" à presença de capital privado no setor. O artigo 27 da Constituição mexicana estabelece que os recursos energéticos pertencem à nação. O secretário de Governo, Santiago Creel, propôs ao PRI se reunir para discutir o aumento da produção elétrica mediante projetos mistos e a exploração de petróleo. Essas negociações estão paradas no Congresso desde o início do governo Fox, há mais de quatro anos. O presidente do PRI, Roberto Madrazo, contestou o projeto com um "não" categórico. O PRI tem a maioria relativa no Congresso. "Minha experiência é de que a maioria dos priistas quer discutir o tema", defendeu-se, por sua vez, Beatriz Paredes, a dirigente priista que conduziu a aprovação da reforma estatutária. (Gazeta Mercantil - 08.03.2005)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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