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IFE: nº 1.528 - 07 de março de 2005
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
MME terá disponível R$ 287,8 mi do orçamento de 2005
2 Dilma: 3 mil km de novas linhas de transmissão serão leiloados em 2005
3 Abrate espera que leilões desse ano mantenham mesma atratividade dos últimos leilões
4 Economista indiano critica privatizações do SE brasileiro
5 Carlos Lessa: Financiamento para AES foi "imprudente"
6 Justiça permite corte de energia de consumidores inadimplentes no RS
7 Aneel aprova pagamento de compensação financeira para municípios
8 Curtas

Empresas
1 Eletrobrás prioriza investimentos na ampliação de Tucuruí
2 Light nega envio irregular de US$ 1 bi para subsidiárias
3 Diretoria da Light se reúne para iniciar defesa contra acusação de evasão de divisas e sonegação de impostos
4 Celpe solicita adiamento de revisão tarifária por um mês
5 Cesp aproveita contratos estabelecidos com consumidores livres
6 Transmissora Amazônia-Eletronorte é autorizada a realizar reestruturação societária
7 CEEE renova certificação ISO 9000
8 Cotações da Eletrobrás

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 RS reduz geração para poupar reservatórios das usinas

Gás e Termelétricas
1 Usina Santa Terezinha receberá R$ 100 mi do BNDES para aumentar capacidade de cogeração
2 Grupo francês construirá centrais elétricas de biomassa no Paraná
3 TermoRio inicia operação comercial de três turbinas e atinge 596,4 MW
4 Petrobrás fecha empréstimo de US$ 125 mi com a EDC para compra de equipamentos

Grandes Consumidores
1 CVRD quer se tornar uma das cinco maiores empresas de carvão do mundo nos próximos 10 anos

Economia Brasileira
1 Crédito aquece crescimento
2 Meirelles prevê mais mudanças no câmbio

3 Febraban aprova alterações na política de câmbio
4 Mercado volta a elevar projeção de inflação para este ano
5 Mercado prevê alta de 0,5 ponto na Selic em março
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Governo russo tem disputa interna por ativos de empresas de energia
2 Conferência no Oriente Médio vai abordar uso de energia renovável em países em desenvolvimento

 

Regulação e Novo Modelo

1 MME terá disponível R$ 287,8 mi do orçamento de 2005

O Ministério de Minas e Energia receberá R$ 287,8 milhões do orçamento total autorizado pelo governo para este ano. O montante é 55,9% menor do que o estabelecido na Lei Orçamentária Anual de 2005 aprovada pelo Congresso Nacional, de R$ 652,5 milhões; e 24,6% menor que o empenho autorizado no ano passado, de R$ 381,8 milhões. O corte está incluído no contingenciamento de R$ 15,3 bilhões na receita total do governo como forma de cumprir o superávit de 4,25% do Produto Interno Bruto previsto para 2005 no acordo com o Fundo Monetário Internacional. O relatório apresentado pelo Ministério do Planejamento não especifica quais áreas de cada ministério serão prejudicadas, já que esses cortes serão feitos pelas próprias pastas. Durante esta semana, o mercado chegou a especular que as agências reguladoras sob o guarda-chuva do MME teriam recursos contingenciados. (Canal Energia - 04.03.2005)

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2 Dilma: 3 mil km de novas linhas de transmissão serão leiloados em 2005

A ministra Dilma Rousseff informou sexta-feira (04/03) que serão leiloados no primeiro semestre deste ano cerca de 3 mil km de novas linhas de transmissão. A maior parte dos trechos contempla a terceira linha de interligação entre as regiões Norte e Sul, e o restante é relativo a expansão de trechos em regiões sobrecarregadas por aumento no consumo localizado. A expectativa de investimentos é de R$ 2 bilhões e a expansão da rede de transmissão de energia elétrica faz parte do planejamento estratégico do setor. Segundo Dilma, atualmente, o Brasil possui 80 mil km de linhas. De acordo com a ministra, a previsão é que até 2012 as linhas de transmissão sejam expandidas em 40 mil km. O planejamento do MME e do ONS para o sistema de transmissão em 2005 prevê a realização de dois leilões. Para as regiões Norte e Centro-Oeste, a perspectiva é fazer concessões para a construção de 2,235 mil km, o que deverá atrair um investimento de R$ 1,4 bilhão para o Brasil. Para as regiões Sudeste e Sul do País, o projeto é leiloar licenças para 1,050 mil quilômetros de linhas, com investimento estimado em R$ 530 milhões. (Gazeta Mercantil - 07.03.2005)

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3 Abrate espera que leilões desse ano mantenham mesma atratividade dos últimos leilões

Segundo César Pinto, diretor-executivo da Associação Brasileira das Grandes Empresas Transmissoras de Energia Elétrica (Abrate), a expectativa é que os dois leilões de linhas de transmissão programados para este ano devem manter a atratividade que o segmento tem demonstrado nos últimos leilões realizados pela Aneel. Em setembro do ano passado, os leilões de linhas de transmissão atingiram deságios acima de 40% em relação à receita definida pela agência. "A expectativa é que os trechos que serão leiloados neste ano continuarão a ser bem disputados por empresas tanto nacionais como estrangeiras", afirma César Pinto. Segundo ele, a disputa entre empresas estrangeiras e grandes grupos nacionais deve permanecer acirrada. (Gazeta Mercantil - 07.03.2005)

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4 Economista indiano critica privatizações do SE brasileiro

Em matéria publicada por Elio Gaspari, (FSP e Globo) é feita referencia a um trabalho do economista indiano Sunil Tankha do Grupo de Planejamento Regional e Desenvolvimento Internacional do Massachusetts Institute of Technology (MIT) que analisa o processo de privatização do SE. No trabalho, cujo título é "Uma confusão de meios e fins: A breve e infeliz época da privatização da energia elétrica no Brasil", Tankha conclui que a obsessão privatizante levou o governo a um auto-engano. Querendo privatizar para conseguir dinheiro acabaram gastando dinheiro para poder privatizar. Segundo Tankha, nos anos 90 o setor elétrico brasileiro precisava de uma reforma. Se não produzia melhores resultados financeiros, isso se devia ao controle dos preços imposto pelo governo. A privatização não era o único caminho disponível (ainda que Tankha seja favorável à idéia, em geral). (NUCA-IE-UFRJ - 07.03.2005)

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5 Carlos Lessa: Financiamento para AES foi "imprudente"

O ex-presidente do BNDES Carlos Lessa não considerou ilegal a operação de financiamento do banco à americana AES para comprar a Eletropaulo, mas taxou-a de "imprudente" por conta da qualidade das garantias. Ele foi convocado como testemunha no inquérito civil público, instaurado pela Procuradoria da República do Ministério Público Federal de São Paulo contra o BNDES, AES Transgás e AES Elpa por conta da operação AES/Eletropaulo. Lessa esteve acompanhado do diretor da área de crédito do BNDES, Roberto Timotheo da Costa, que era da área financeira do banco e negociou o caso AES na sua gestão. Lessa voltou a negar que tenha falado com Lula sobre corrupção e falência do banco. Indagado se faria a operação AES nas condições feitas pelas gestões anteriores do banco respondeu que "de maneira nenhuma". "O que o senhor teria exigido?", questionaram. "Uma coisa muito simples, que me daria muita satisfação. Quereria e exigiria garantias da corp (matriz da AES nos EUA), pois se a operação desse errado processaria a corp no exterior", disse. (Valor - 07.03.2005)

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6 Justiça permite corte de energia de consumidores inadimplentes no RS

O desembargador federal Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, cassou a liminar que havia impedido o corte de energia elétrica de consumidores residenciais gaúchos inadimplentes há menos de 60 dias. Com a decisão, as distribuidoras podem voltar a suspender o serviço após apenas 15 dias do vencimento da conta. A decisão refere-se a uma ação civil pública do Ministério Público Federal (MPF) contra a Aneel, a CEEE, a AES Sul Distribuidora Gaúcha de Energia e a RGE. O MPF pede na ação que as concessionárias se abstenham de cortar a energia nos primeiros 90 dias de inadimplência do consumidor. (Valor - 07.03.2005)

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7 Aneel aprova pagamento de compensação financeira para municípios

A Aneel definiu os percentuais das áreas de municípios inundadas pelos reservatórios das usinas hidrelétricas Pedra do Cavalo, na Bahia; e Monte Claro, no Rio Grande do Sul. O estabelecimento de percentuais garante aos municípios o repasse de recursos da Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos (CFURH), encargo pago pelas geradoras pela utilização dos rios. Na Bahia foram beneficiados 10 municípios com a entrada em operação da usina Pedra do Cavalo, de 80 MW de potência, instalada no rio Paraguaçu. No Rio Grande do Sul, três municípios receberam a CFRUH de Monte Claro (65 MW). A agência retificou os percentuais de áreas inundadas pelo reservatório da usina hidrelétrica Ilha dos Pombos (164 MW) implantada no rio Paraíba do Sul, entre os municípios de Carmo (RJ) e Além-Paraíba (MG). A alteração, motivada por novo levantamento cartográfico, incluiu Sapucaia (RJ), como uma das comunidades beneficiárias da compensação, além dos dois municípios acima. (NUCA-IE-UFRJ - 07.03.2005)

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8 Curtas

A ministra Dilma Rousseff vai inaugurar em Vitória (ES) no próximo dia 30 a linha de transmissão que liga a capital capixaba à Ouro Preto (MG). A linha foi concluída por Furnas em ritmo acelerado depois do problema de desabastecimento que atingiu o Espírito Santo no início do ano. (Gazeta Mercantil - 07.03.2005)

A Aneel definiu os percentuais das áreas de municípios inundadas pelos reservatórios das usinas hidrelétricas Pedra do Cavalo, na Bahia; e Monte Claro, no Rio Grande do Sul. O estabelecimento de percentuais garante aos municípios o repasse de recursos da Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos (CFURH), encargo pago pelas geradoras pela utilização dos rios. (NUCA-IE-UFRJ - 07.03.2005)

A Aneel declarou de utilidade pública faixas de terras no Tocantins e Minas Gerais para passagem das linhas de transmissão Peixe Angical - Gurupi e Capim Branco I - Emborcação. As declarações foram em favor das empresas Enerpeixe S/A e do Consórcio Capim Branco Energia, respectivamente, responsáveis pelos empreendimentos. (NUCA-IE-UFRJ - 07.03.2005)

A diretoria da Aneel decidiu simplificar os procedimentos relativos às anuências prévias para alterações dos atos constitutivos de agentes prestadores dos serviços de energia elétrica. A diretoria determinou que alterações simples não necessitarão de anuência prévia, tais como mudança de endereço ou de razão social, bem como substituição de diretores ou integrantes de conselhos de administração. Também poderão ser dispensadas de autorizações aquelas movimentações na composição acionária que não acarretem mudança de controle societário. (NUCA-IE-UFRJ - 07.03.2005)


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Empresas

1 Eletrobrás prioriza investimentos na ampliação de Tucuruí

A segunda etapa da hidrelétrica de Tucuruí será o principal investimento do grupo Eletrobrás em 2005. Do total de R$ 1,9 bilhão previsto pela empresa em geração, R$ 335 milhões serão destinados para a ampliação da potência instalada da usina. Com término estimado para 2006, a obra resultará em um aumento da potência instalada de 4.245 MW para 8.370 MW. Para isso, serão instaladas mais 11 unidades geradoras, somando-se às outras 12 turbinas em operação comercial. Do total previsto para a ampliação, seis já estão em operação comercial. Segundo a Eletrobrás, a expansão de Tucuruí responde por cerca de 7% dos investimentos orçados pela empresa para este ano. No total, o orçamento consolidado do grupo prevê recursos da ordem de R$ 4,64 bilhões ao longo do ano. Desse volume, o segmento de transmissão receberá R$ 1,65 bilhão e o de distribuição ficará com R$ 129,5 milhões. Outros R$ 499,7 milhões serão aplicados em infra-estrutura. Segundo Silas Rondeau, presidente da companhia, esses investimentos podem ser maiores, dependendo da posição das empresas do grupo no leilão de energia nova. (Canal Energia - 04.03.2005)

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2 Light nega envio irregular de US$ 1 bi para subsidiárias

A Light informou, por meio de nota oficial, que a compra da Eletropaulo, em leilão de privatização em 1998, "foi efetuada em estrita obediência aos princípios legais e contábeis da legislação brasileira, atendendo a todas as regras de registro e apresentação de informações às autoridades". A empresa nega que tenha cometido "fraude ou outra irregularidade". A Polícia Federal investiga o suposto envio irregular de US$ 1 bilhão pela Light para duas subsidiárias com sede nas Ilhas Cayman. O dinheiro remetido ao exterior teria sido usado para pagar dívidas com bancos europeus, que emprestaram dinheiro à empresa, por meio das subsidiárias, para comprar a Eletropaulo. Segundo a PF, a suposta irregularidade estaria no fato de a Light ter continuado a enviar dinheiro ao exterior mesmo depois de quitados os débitos. Na nota, a Light diz ainda que o inquérito da PF foi aberto em 2001, num "procedimento de praxe", depois que o Banco Central pediu explicações sobre as remessas. De acordo com a PF, as subsidiárias Light Overseas Investments e Lir Energy Ltda. captaram recursos com prazo de seis meses a um ano. O dinheiro foi repassado à Light, que, por sua vez, emitiu títulos de até 12 anos para pagar o empréstimo pela compra da Eletropaulo. Tais títulos foram comprados pelas próprias subsidiárias da Light. (Folha de São Paulo - 07.03.2005)

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3 Diretoria da Light se reúne para iniciar defesa contra acusação de evasão de divisas e sonegação de impostos

Acusada de evasão de divisas e sonegação de impostos em uma investigação da Polícia Federal, a Light já começou a articular a defesa. Diante da denúncia levantada pela revista Época, que identificou fraude em operações de empréstimos entre a Light e duas subsidiárias das Ilhas Cayman, a diretoria se reuniu ontem para discutir a estratégia de defesa. Ao fim da reunião, também foram acertados detalhes de uma nota de esclarecimento publicada hoje na imprensa. Na nota, a empresa argumenta que o Banco Central (BC) teria tomado conhecimento de todas as operações da empresa com suas subsidiárias. Tanto que, segundo argumentou a diretoria, o BC terminou por ratificá-las. (Jornal do Brasil - 07.03.2005)

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4 Celpe solicita adiamento de revisão tarifária por um mês

A Celpe solicitou à Aneel o adiamento de sua revisão tarifária para o dia 30 de abril. A distribuidora tem direito a mudança de suas tarifas no dia 30 de março. A mudança foi solicitada por conta de problemas no cálculo do ressarcimento pela compra de energia, com início da contratação, pela Celpe, no despacho da Termopernambuco. Como a energia térmica é mais cara do que a gerada por usinas hidrelétricas, a distribuidora está com um nível de custo maior do que o previsto inicialmente nos contratos. Anteriormente, a Celpe comprava energia basicamente da Chesf. Porém, nos últimos tempos, a distribuidora passou a ser abastecida também pela Termopernambuco. A Aneel estima que essa inclusão fez o preço do MWh saltar de R$ 60,00 para R$ 130,00. A agência reguladora pretende debater melhor a base de remuneração em uma reunião extraordinária, marcada para próxima quarta-feira. (Gazeta Mercantil - 07.03.2005)

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5 Cesp aproveita contratos estabelecidos com consumidores livres

O mercado livre anima as geradoras, que além de verem na venda aos consumidores livres uma alternativa para a sua energia hoje descontratada, vêem como uma possibilidade para ter mais controle no próprio faturamento. Além disso, podem aproveitar os contratos como recebíveis com maior liquidez que os contratos com as distribuidoras na aquisição de financiamentos junto a bancos privados. É o caso da Cesp, que tem como meta ter entre 30% e 40% do total de sua geração no mercado livre. Segundo o diretor de geração Oeste da companhia, Silvio Areco,, mesmo sendo obrigada a negociar sua energia apenas por meio de ofertas públicas, a empresa tem conseguido realizar negócios. Com posse de contratos de longo prazo com grandes clientes industriais, a Cesp conseguiu, no ano passado, realizar uma negociação com um consórcio de 13 bancos, liderados por Itaú, Bradesco e BBA para um Fundo de Investimento de Direito Creditórios (FIDC) de R$ 450 milhões. Os recursos serviram para o pagamento de uma dívida de R$ 380 milhões no segundo semestre. Segundo Areco, operações semelhantes estão sendo estudadas para 2005, para fortalecer o caixa da empresa. (Gazeta Mercantil - 07.03.2005)

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6 Transmissora Amazônia-Eletronorte é autorizada a realizar reestruturação societária

A Amazônia-Eletronorte Transmissora de Energia S.A. (AETE) foi autorizada pela Aneel a realizar a reestruturação societária da empresa, com a mudança no controle direto e a redistribuição, entre os sócios privados, de parcela correspondente a 25,06% do capital originalmente destinada à Mastec Brasil S/A. O pedido de reestruturação inclui o aumento do capital social da concessionária de R$ 10 milhões para R$ 35 milhões. A alteração no acordo de acionistas da Amazônia-Eletronorte exclui a Mastec Brasil do quadro societário da concessionária, em razão da decretação de falência da empresa pela justiça de São Paulo em 3 de novembro de 2004. Com as mudanças aprovadas pela Aneel, a estrutura societária da transmissora passa a ter a seguinte constituição: Eletronorte: 49%; Linear Participações e Incorporações Ltda: 8,65%; Bimetal Indústria e Comércio de Produtos Metalúrgicos Ltda: 19,83%; Encomind Engenharia Comércio e Indústria Ltda: 11,76%; Alubar Cabos S.A.:10,76%. (NUCA-IE-UFRJ - 07.03.2005)

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7 CEEE renova certificação ISO 9000

A área de Transmissão da CEEE renovou na sexta-feira, 4 de março, a certificação ISO 9001:2000 para o processo de coordenação, supervisão e controle da operação de sistemas elétricos de potência. O presidente da empresa, Antonio Carlos Brites Jaques, e o diretor de Transmissão, Nilo Valentim Quaresma Júnior, receberam o novo certificado das mãos do auditor da DNV - Det Norske Veritas, Holmer Almeida Brazeiro. Segundo a CEEE, as atividades certificadas incluem o gerenciamento do sistema da qualidade, controle de níveis de tensão, estabilidade da freqüência, e controle de carregamento dos equipamentos, entre outras atividades. (Canal Energia - 04.03.2005)

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8 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 04-03-2005, o IBOVESPA fechou a 29.197,19 pontos, representando uma alta de 1,84% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,37 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,18%, fechando a 7.311,54 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 37,59 ON e R$ 36,10 PNB, alta de 1,32% e 1,09% respectivamente, em relação ao fechamento do dia anterior. Na abertura do pregão do dia 07-03-2005 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 37,16 as ações ON, baixa de 1,14% em relação ao dia anterior e R$ 36,21 as ações PNB, alta de 0,30% em relação ao dia anterior. (Economática e Investshop - 07.03.2005)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 RS reduz geração para poupar reservatórios das usinas

O Rio Grande do Sul reduziu a geração de energia própria para poupar os reservatórios que estão secando por causa da estiagem. As quatro hidrelétricas do Sistema Jacuí (Dona Francisca, Itaúba, Passo Real e Jacuí), da CEEE, passaram a gerar 45% da energia programada para março com o objetivo de preservar o principal reservatório de água do estado. O sistema passou a produzir 250 MW contra 550 MW produzidos na semana passada. Jacuí é responsável por 66% do potencial hídrico do estado. Segundo o secretário de Energia do Rio Grande do Sul, Valdir Andres, a medida aumenta de 45 para 90 dias o período que o estado pode suportar sem chuvas. A importação de energia subiu de uma média de 2,2 mil MW (70%) para 2,6 mil MW (83%). O estado consome, por dia, 3,1 mil MW, em média. Andres afirmou que o estado opera com uma margem de risco de 18%. (Canal Energia - 04.03.2005)

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Gás e Termoelétricas

1 Usina Santa Terezinha receberá R$ 100 mi do BNDES para aumentar capacidade de cogeração

O BNDES vai destinar R$ 100 milhões ao projeto que eleva de 13.2 MW para 50,5 MW a capacidade de cogeração de energia elétrica da Usina de Açúcar Santa Terezinha Ltda, instalada no município de Tapejara (PA). A usina usa a energia gerada pelas três caldeiras atuais apenas para consumo próprio, mas com a instalação de uma caldeira mais moderna e de equipamentos de geração e controle, poderá ter uma fonte adicional de recursos com a venda da energia excedente, estimada em 28 MW. O financiamento, concedido pelo Proinfa, visa também a expansão da área plantada. Através de outro empréstimo, que será concedido pelo BNDES via agente financeiro, no âmbito da Linha Moderfrota, a usina investirá na modernização de sua frota agrícola. O projeto tem investimento total de R$ 163 milhões. (Gazeta Mercantil - 07.03.2005)

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2 Grupo francês construirá centrais elétricas de biomassa no Paraná

O grupo nuclear francês Areva anunciou nesta sexta-feira que fechou um contrato de 16,6 milhões de euros para a construção de duas centrais elétricas alimentadas com biomassa no Paraná. O contrato, assinado com a companhia CCC Machinery, filial da alemã Munchmeyer Petersen, prevê a construção de duas centrais com potência de 12,3 megawatts cada uma, que utilizarão resíduos de madeira das fábricas de móveis dos arredores, informou a Areva em um comunicado. O compromisso, administrado pela divisão de transmissão e distribuição do grupo francês, prevê também a conexão à rede de fornecimento elétrico das duas centrais, cuja entrada em funcionamento está programada para fevereiro e junho do ano que vem, respectivamente. Este projeto tenta aproveitar os resíduos do grande número de indústrias florestais instaladas no Paraná, no âmbito do Proinfa. O objetivo fixado por este programa é que, até 2022, 10% da produção energética do país seja obtida a partir de fontes renováveis. (Elétrica - 04.03.2005)

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3 TermoRio inicia operação comercial de três turbinas e atinge 596,4 MW

A TermoRio iniciou operação comercial nesta sexta-feira, 4 de março, de três unidades geradoras (duas a gás e uma a vapor), que totalizam 383,2 MW. Com a entrada das novas unidades, a capacidade de produção da termelétrica, localizada no Rio de Janeiro, chega a 596,4 MW, já descontando as perdas na entrega da energia para a subestação de Furnas em São José. Desde novembro a térmica operava com apenas duas geradoras, a gás, que somam 211,4 MW. A usina passou a contar com mais duas turbinas a gás, com 105,7 MW, cada, e uma a vapor (171,8 MW). A operação foi autorizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica por meio do despacho 258 da Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira, publicado na edição desta sexta-feira, dia 4, do Diário Oficial. Segundo o diretor-presidente da TermoRio, Carlos Augusto Kirchner, as últimas quatro turbinas (duas a gás e duas a vapor) devem entrar em operação comercial até o fim do ano, chegando a uma potência nominal de 1080 MW. (Canal Energia - 04.03.2005)

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4 Petrobrás fecha empréstimo de US$ 125 mi com a EDC para compra de equipamentos

A Export Development Canada (EDC), agência de promoção das exportações canadenses, está ampliando seu relacionamento com a Petrobras, dentro da estratégia de apoiar um número cada vez maior de operações entre empresas dos dois países. A EDC fechou empréstimo de US$ 125 milhões com a Petrobras para facilitar a compra, pela estatal brasileira, de equipamentos e tecnologia fornecidos por empresas canadenses com aplicações na produção de petróleo. O financiamento tem prazo para pagamento de oito anos e meio e carência de dois anos. "A Petrobras pagou uma taxa baixa na operação, equivalente à obtida por empresas com grau de investimento", disse Claudio Escobar, diretor regional da EDC para o Brasil e Cone Sul. As companhias no Canadá têm interesse, por exemplo, em participar de reformas de plataformas de exploração e produção no Brasil. A agência analisa também como apoiar projetos da EnCana, empresa canadense já presente na atividade de prospecção de petróleo no país. (Valor - 07.03.2005)

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Grandes Consumidores

1 CVRD quer se tornar uma das cinco maiores empresas de carvão do mundo nos próximos 10 anos

Disposta a competir com gigantes como BHP Billiton (140 milhões de toneladas/ano), Glencore (100 milhões) e Anglo American (80 milhões), a Vale do Rio Doce anunciou recentemente sua estratégia de crescer também na área de carvão. A meta é ambiciosa: tornar-se uma das cinco maiores empresas de carvão do mundo nos próximos dez anos. Em 2004, a empresa realizou duas associações, onde terá participação minoritária, com empresas chinesas - Yankuang Yongcheng e Baosteel - para o desenvolvimento de negócios de carvão e coque na China. A Vale anunciou ainda que ganhou a concessão para exploração da jazida de carvão de Moatize, em Moçambique, que tem um depósito de classe mundial estimado em 2,4 bilhões de toneladas. O investimento total previsto é de cerca de US$ 1 bilhão. (O Estado de São Paulo - 07.03.2005)

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Economia Brasileira

1 Crédito aquece crescimento

O crescimento do volume de crédito no Brasil, apesar do aumento da taxa Selic, pode provocar surpresas no resultado do PIB deste ano. A desaceleração econômica já está estampada no resultado do quarto trimestre, mas a confiança do consumidor e de empresários e a oferta de empréstimos, principalmente consignados, com taxas mais baixas, devem ser um estímulo até então não esperado para a economia em 2005. Segundo o IBGE, o saldo de operações de crédito para pessoas físicas subiu 22,2% em 2004 e do sistema financeiro em geral, 15%. Analistas ressaltam que o movimento de expansão de crédito é uma mudança estrutural, capaz de impulsionar o crescimento econômico.(Jornal do Commercio - 07.03.2005)

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2 Meirelles prevê mais mudanças no câmbio

O presidente do BC, Henrique Meirelles, afirmou ontem que a nova regulamentação do mercado de câmbio, que facilitará a compra e a remessa de dólares para fora do país, não deverá ter impacto direto sobre a cotação do real em relação a moedas estrangeiras. Segundo Meirelles, existe um debate no Brasil sobre outras possibilidades de inovações na regulamentação do mercado cambial -como o fim da chamada cobertura cambial para operações de exportação e até a possível conversibilidade do real. Mas afirmou que essas são questões que dependem de alterações da legislação brasileira e, portanto, de decisões que fogem à alçada do BC. Mas Meirelles disse que novas medidas para melhorar a produtividade da economia brasileira poderão ser tomadas no futuro. O BC estuda mudanças adicionais visando facilitar ainda mais as transações cambiais, principalmente nas exportações. A tendência é reduzir o número de informações que precisam ser prestadas às autoridades.(Folha Online - 07.03.2005)

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3 Febraban aprova alterações na política de câmbio

As medidas anunciadas pelo CMN na última sexta-feira, reorganizando o sistema de câmbio no País," são oportunas, traduzem um bom movimento de desobstrução para este setor". A opinião é do economista chefe da Febraban, Roberto Troster, que entende também que o governo deveria estender medidas similares para outros setores da economia, caso da desburocratização do mercado de trabalho, da obtenção de crédito financeiro e para a abertura e fechamento de empresas. Troster entende que a nova regulamentação do setor de câmbio provocará, simplificação de custos e controles mais eficientes no trânsito de recursos. Para ele, as medidas não impactarão na cotação do dólar imediatamente. Por isso ele entende que o Brasil permanecerá na rota de crescimento das exportações este ano, mas por conta da valorização do real frente ao dólar, há indicações de que o saldo da balança comercial deste ano ficará pouco inferior ao do ano passado. (O Estado de S. Paulo - 07.03.2005)

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4 Mercado volta a elevar projeção de inflação para este ano

Após três semanas revisando a expectativa de inflação para baixo, o mercado voltou a elevar o prognóstico para o IPCA, indicador usado no sistema de metas de inflação. Segundo pesquisa do BC com cerca de cem instituições financeiras, o prognóstico para a inflação medida pelo IPCA subiu de 5,68%, há uma semana, para 5,72%, hoje. A estimativa se manteve em 5% para o ano que vem. Já para fevereiro, o prognóstico também subiu: de 0,57% para 0,60%. O mercado espera que o crescimento da economia este ano seja de 3,69% (há uma semana, a expectativa era de alta de 3,70%). Para o ano que vem, o prognóstico é de crescimento de 3,80% (há uma semana a projeção era de avanço de 3,85%).Já a mediana das expectativas para o saldo comercial em 2005 subiu: de US$ 27 bilhões para US$ 27,09 bilhões. Para o ano que vem, a projeção do superávit da balança comercial também está maior: a estimativa foi elevada de US$ 24 bilhões para US$ 25 bilhões. (O Globo Online - 07.03.2005)

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5 Mercado prevê alta de 0,5 ponto na Selic em março

Os analistas financeiros aumentaram a expectativa de elevação no juro básico da economia em março. A mediana das expectativas dos analistas para a Selic do terceiro mês de 2005 aponta para 19,25% ao ano, ou seja, 0,50 ponto percentual acima do patamar atual, de 18,75% ao ano. Na semana passada, a aposta era em Selic de 19% neste mês. O mercado, porém, manteve a projeção da Selic no encerramento do ano, com a mediana das expectativas apontando para juro a 17% anuais em dezembro.De acordo com a pesquisa Focus, realizada semanalmente pelo BC com instituições financeiras, a previsão de Selic média do ano subiu de 18,40% para 18,50% anuais. Para 2006, a mediana das estimativas aponta para Selic média de 15,88% anuais e para taxa de 15% ao final do ano. A expectativa para a taxa de câmbio no final deste ano permaneceu em R$ 2,80. (Valor Online - 07.03.2005)

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6 Dólar ontem e hoje

O dólar à vista inverteu a tendência de baixa indicada no início dos negócios e agora registra leve valorização. Às 10h56m, a moeda americana era negociada por R$ 2,665 na compra e R$ 2,667 na venda, com alta de 0,37%. Na sexta, o dólar comercial terminou com queda de 0,93%, comprado a R$ 2,6550 e vendido a R$ 2,6570. (O Globo Online e Valor Online - 07.03.2005)

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Internacional

1 Governo russo tem disputa interna por ativos de empresas de energia

A OAO Gazprom, a empresa russa de gás natural, reafirmou que dará continuidade ao seu plano de comprar, por US$ 7,6 bilhões, a estatal petrolífera OAO Rosneft, ampliando a disputa que existe no governo da Rússia em relação a como consolidar o controle do setor energético pelo Estado. A Gazprom comprará a totalidade da Rosneft, com exceção da OAO Yuganskneftegaz, a antiga unidade da OAO Yukos Oil Co., disse Sergei Kupriyanov, porta-voz da empresa. "Parece que há um conflito direto nos altos escalões do governo", disse Chris Weafer, estrategista-chefe do Alfa Bank, de Moscou. Facções internas do Kremlin concorrem pelo controle dos ativos petrolíferos do governo. (Gazeta Mercantil - 07.03.2005)

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2 Conferência no Oriente Médio vai abordar uso de energia renovável em países em desenvolvimento

A Organização Islâmica Educacional, Científica e Cultural (ISESCO, na sigla em inglês) vai organizar uma conferência sobre cooperação entre os países em desenvolvimento na área de energias renováveis, do dia 10 a 15 de março em Teerã, no Irã. A conferência é organizada em cooperação com o Congresso Mundial de Energia Renovável (WREC), que acontecerá em maio, em Aberdeen na Escócia, e com o Ministério de Energia do Irã. O principal objetivo da conferência, de acordo com as informações divulgadas pelos organizadores, é promover a cooperação entre os países em desenvolvimento no campo de energias renováveis, aumentando seu uso para erradicar a pobreza, atender a demanda entre as populações crescentes, discutir e buscar soluções para os problemas na utilização das tecnologias de energia renovável. (Elétrica - 04.03.2005)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Diego Garbayo e Diogo Bravo

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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