l IFE:
nº 1.527 - 04 de março de 2005 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Brasil negocia aumento da geração de Itaipu O Brasil
e o Paraguai estão negociando com o governo da Argentina algumas mudanças
no acordo de Itaipu Binacional, para que a usina binacional possa operar
a plena carga a partir de novembro, quando já estarão em operação as duas
novas unidades geradoras, cada uma de 700 MW, que aumentarão a potência
instalada de Itaipu dos atuais 12.600 MW para 14.000 MW. Desse total,
o Brasil consome 95%, equivalentes a 25% do consumo nacional. Como o acordo
envolve a água que vai para outro país, é preciso rever o acordo entre
os governos. O diretor-geral de Itaipu, Jorge Samek, disse que hoje existem
alguns itens no acordo que precisam ser mudados para que a usina (que
pertence ao Brasil e ao Paraguai) possa, eventualmente, operar a plena
potência caso seja necessário. Entre os itens negociados estão os que
estabelecem os níveis de vazão e a velocidade da água que jorra de Itaipu
até o rio Paraná, e o mais importante para o Brasil, a utilização de mais
duas turbinas em Itaipu. Outro item importante em negociação é a vazão
da água, que pelo acordo em vigor, assinado 20 anos atrás, não pode superar
meio metro no prazo de uma hora e nem subir dois metros em um dia. O Brasil
e o Paraguai negociam dobrar essa vazão para um metro/h e 3 metros/dia.
(Valor - 04.03.2005) 2 BNDES vai financiar construção e operação da linha de transmissão Londrina-Assis-Araraquara Ontem o
BNDES anunciou que vai financiar, com R$ 285 milhões a empresa ATE Transmissora
de Energia S/A, responsável pela construção e operação da linha de transmissão
Londrina-Assis-Araraquara, de 370 km, que ligará o Paraná a São Paulo.
Segundo o banco, o valor corresponde a 63,2% dos R$ 450,7 milhões a serem
investidos pela empresa, controlada pelo grupo espanhol Abengoa. (Valor
- 04.03.2005) 3 Justiça de SP suspende cobrança de taxa de iluminação no município de Piraju O Tribunal
de Justiça do Estado de São Paulo suspendeu definitivamente a cobrança
da taxa de Contribuição de Custeio da Iluminação Pública (CIP) na cidade
de Piraju, interior de São Paulo. A decisão, que não cabe recurso, abre
precedente para que milhares de contribuintes, pessoas físicas e jurídicas,
de diversas cidades do interior, entrem com ações judiciais exigindo a
interrupção da cobrança e o ressarcimento do dinheiro pago a mais durante
o período de vigência da taxa. Com a decisão, os usuários de energia elétrica
de Piraju podem entrar com ações individuais para pleitear o ressarcimento
dos valores pagos a título de "contribuição". (Elétrica - 03.03.2005)
4
Aneel aprova estudos de viabilidade da hidrelétrica de Jirau O deputado
federal paraense Nicias Ribeiro (PSDB) foi eleito, ontem, o novo presidente
da Comissão de Minas e Energia na Câmara dos Deputados no Pará. Dentre
as suas prioridades de trabalho estão a geração de energia através do
gás natural e a hidroeletricidade. Ribeiro afirma que tratará de promover
um grande debate sobre o tema de geração e transmissão de energia. (Elétrica
- 03.03.2005)
Empresas 1 Eletropaulo: Saída de consumidores livres será compensada pelo aumento do consumo dos clientes residenciais A vice-presidente
de Finanças da Eletropaulo, Andrea Ruschmann, disse ontem que prevê que
a saída de consumidores livres de energia elétrica será, no decorrer deste
ano, compensada parcialmente pelo aumento do consumo dos clientes residenciais,
"praticamente em linha com o aumento do PIB deste ano". A previsão do
mercado é de crescimento econômico de aproximadamente 4% em 2005. (Gazeta
Mercantil - 04.03.2005) 2 Light espera liberação de recursos do BNDES para regularizar pagamento à Itaipu A Light vai regularizar o pagamento da energia de Itaipu Binacional quando sair o desembolso dos cerca de US$ 250 milhões do programa de socorro às distribuidoras, patrocinado pelo BNDES. Em 15 dias, a empresa apresentará a bancos privados uma nova proposta de renegociação da dívida de R$ 660 milhões, pré-condição para o enquadramento da companhia no programa. O diretor financeiro da Light, Paulo Roberto Ribeiro Pinto, não confirma a dívida com Itaipu, mas fontes do mercado revelam que desde dezembro o pagamento não tem ocorrido nos prazos previstos. A distribuidora, segundo essas fontes, tem administrado o pagamento de modo a não acumular as parcelas. Segundo relatos, a empresa admite a inadimplência de uma das parcelas, que tem sido negociada com a diretoria da Eletrobrás. Tanto a Light quanto a Eletrobrás não confirmam, porém, o valor das parcelas devidas. (Gazeta Mercantil - 04.03.2005) 3 Light não vai tentar prorrogar prazo para se enquadrar em programa de auxílio do BNDES Desde terça-feira,
quando o Ministério da Fazenda vetou o reajuste tarifário autorizado pela
Aneel, a Light corre contra o tempo para conseguir se enquadrar no programa
de socorro do BNDES, cujo prazo expira em 30 de junho. O diretor financeiro
da Light, Paulo Roberto Ribeiro Pinto, diz, no entanto, que não tentará
prorrogar o prazo. A empresa, segundo ele, vai acelerar o processo de
reformulação da proposta, já encaminhada no ano passado para os bancos
privados. "Teremos que fazer com que as modificações, em relação à proposta
anterior, sejam as menores possíveis. Até por não termos muito tempo",
afirma Paulo Roberto. "Até o final de março a nova proposta já deverá
estar estruturada", completa o executivo. Os bancos, segundo ele, deverão
ter pelo menos 60 dias para analisar a nova proposta, que deverá ser ajustada
ao fluxo de caixa previsto com o novo reajuste. (Gazeta Mercantil - 04.03.2005)
4
AES Tietê registra aumento nas despesas financeiras em 2004 devido a intervenção
do BC no Banco Santos 5 AES Tietê tem planos de investir R$ 35 mi em 2005 A vice-presidente
financeira e de relações com investidores da AES Tietê, Andrea Ruschmann,
afirmou que a companhia pretende investir R$ 35 milhões em 2005, mas a
empresa não tem a intenção de expandir sua capacidade de produção e que
os aportes serão direcionados para manutenção. A AES Tietê tem 10 usinas
hidrelétricas, com capacidade instalada de 2.651 MW. (Gazeta Mercantil
- 04.03.2005) 6 Copel emite debêntures para saldar dívida de US$ 150 mi O presidente
da Copel, Rubens Ghilardi, espera concluir nos próximos dias a emissão
de R$ 400 milhões em debêntures junto a seis instituições financeiras
nacionais para quitar uma dívida de US$ 150 milhões de eurobônus, no exterior,
que vencem neste mês de março. Ao renegociar a dívida para mais quatro
anos de prazo a Copel espera utilizar suas receitas em caixa para financiar
investimentos da ordem de R$ 490 milhões em subestações, linhas de transmissão
e distribuição em 2005. A Copel está negociando com o Banco do Brasil,
HSBC, Bradesco, Santander, Unibanco e Itau a emissão de papéis garantidos
em reais, em substituição aos eurobônus lastreados em dólar para reduzir
riscos com a valorização da moeda americana. Ou seja, os bancos serão
compradores das debêntures independentemente do mercado aceitar ou não
os papéis. As debêntures deverão render a variação do CDI mais juros que
podem variar levemente acima de 1,5% ao ano. O prazo de vencimento é de
quatro anos com dois de carência. Caso interesse, a Copel poderá resgatar
os papéis em dois anos. (Gazeta Mercantil - 04.03.2005) 7 Equacionamento da dívida alavanca melhoria do sistema de transmissão da Copel O equacionamento
da dívida de curto prazo da Copel dará um fôlego para a empresa realizar
investimentos na melhoria do seu sistema de transmissão de energia, coisa
que não vinha fazendo nos últimos anos. O fluxo de caixa e os resultados
líquidos de parte dos lucros de 2004, estimados em torno de R$ 270 milhões-
último resultado de setembro- deverão ser aplicados em infra-estrutura.
"Estamos investindo na transmissão e em subestações para reforçar o sistema
do Paraná evitando o apagão, como vem ocorrendo em outros estados", afirmou
o presidente da Copel, Rubens Ghilardi. Ele disse que nos últimos quatros
anos da gestão anterior, em função da privatização, a empresa praticamente
não investiu nada em transmissão e distribuição. (Gazeta Mercantil - 04.03.2005)
8 Aneel confirma multa de R$ 3,716 mi para a Ampla A Superintendência de Fiscalização da Aneel confirmou ontem a emissão de multa no valor de R$ 3,716 milhões contra a distribuidora Ampla. A confirmação da multa foi publicada no Diário Oficial e a empresa ainda pode tentar um último recurso junto à diretoria da reguladora. A Ampla foi punida por descumprir as metas de qualidade no abastecimento entre os anos de 2000 e 2002, já que a distribuidora ultrapassou os limites permitidos de duração e freqüência das interrupções no fornecimento de energia. O valor da multa foi calculado com base no faturamento anual da companhia fluminense. (Gazeta Mercantil - 04.03.2005) 9 Governador do MA faz pedido para o MME analisar serviços prestados pela Cemar O governador José Reinaldo Tavares, em audiência nesta quarta-feira (02/03) com a ministra, Dilma Rousseff, pediu solução para os péssimos serviços prestados pela Cemar ao Estado. José Reinaldo pediu interferência da ministra para analisar as irregularidades apresentadas durante o encontro. "É um absurdo estarmos nessa situação. Precisamos resolver este problema o quanto antes. A energia é fundamental para o desenvolvimento do Estado", argumentou. Dilma ficou abismada com a falta de fiscalização da Aneel. "Podem ter certeza que as medidas cabíveis serão tomadas", garantiu a ministra. Uma pasta, com todas as informações sobre o problema que o Maranhão enfrenta no setor elétrico, foi deixada com a ministra Dilma para averiguação. (Elétrica - 03.03.2005) 10 Furnas vence leilão para fornecer 36 mil MWh Furnas Centrais
Elétricas vai fornecer 36 mil MWh para o submercado Sudeste, no período
que vai de 1º de fevereiro a 31 de abril. A estatal foi a vencedora do
leilão realizado pela Delta Comercializadora de Energia na última terça-feira,
dia 1º de março. (Canal Energia - 03.03.2005) 11 Eletropaulo estima perda de 1% no seu mercado em 2005 A Eletropaulo estima, para 2005, um volume de vendas físicas 1% menor que o registrado no ano passado. Essa previsão, considerada conservadora pela empresa, leva em conta a saída de grandes consumidores estimada para este ano, que deverá ter variação igual a de 2004. Com uma representatividade de 9% do mercado faturado da distribuidora, os grandes consumidores têm trazido impactos financeiros para a companhia desde a abertura do mercado. No ano passado, 44 grandes clientes migraram para o mercado livre, enquanto 40 permaneceram na carteira da empresa. A saída desses consumidores refletiu no consumo faturado da empresa no ano passado. O mercado faturado caiu 0,3%, passando de 32.774 GWh, em 2003, para 32.668 GWh, em 2004. Se não fosse a saída destes consumidores, a companhia teria tido um crescimento de 4,6% no mercado. (Canal Energia - 03.03.2005) 12 BES mantém recomendação neutra para papéis da Eletropaulo O BES Securities
manteve a recomendação neutra para as ações da Eletropaulo, após a divulgação
do balanço da distribuidora, que teve lucro de R$ 5,6 milhões, em 2004,
contra os R$ 86,3 milhões do ano anterior. O resultado foi motivado pela
queda na venda de energia e pelo aumento em sua despesa operacional, segundo
análise do banco. No entanto, o BES considerou que, apesar de ainda ser
um ativo arriscado, a Eletropaulo encontra-se em momento mais favorável
no ambiente financeiro, em função da reestruturação de sua dívida. O analista
da área de energia do BES, Victor Pereira, conta que a migração de grandes
clientes para o livre mercado foi um dos principais fatores para a queda
no resultado da empresa. A estatal registrou retração de 7,8% na venda
de energia para os segmentos industrial e comercial em relação a 2003,
sendo esse movimento mais percebido no segundo semestre, segundo o banco.
Como ponto positivo, Pereira apontou a recuperação do setor residencial,
para o qual as vendas cresceram 5 % em 2004. (Canal Energia - 03.03.2005)
13 Elektro planeja investir R$ 188 mi este ano Os programas
Luz para Todos e de redução das perdas serão o foco dos investimentos
da Elektro em 2005. Juntos, as duas iniciativas receberão R$ 53 milhões
este ano. No total, a distribuidora investirá R$ 188 milhões, volume 49,21%
maior que o aplicado no ano passado, que foi de R$ 126 milhões. Segundo
o diretor de Operações da empresa, Francisco Fernandes, esse aumento se
deve aos programas Luz para Todos e de perdas e à expectativa de crescimento
de mercado. No programa de perdas, a companhia investirá R$ 26 milhões.
O diretor conta que o índice de perdas na empresa sempre foi considerado
baixo (6,5%), mas após o racionamento, esse índice aumentou, chegando
a 7,92%. Isso fez com que a distribuidora buscasse saídas para minimizar
os impactos. As ações do programa de redução de perdas, que engloba fraudes
e perdas técnicas, incluem inspeção de medidores e combate às fraudes
de energia elétrica. (Canal Energia - 03.03.2005) 14 Chesf vai propor subsidiária para operar transposição do São Francisco A Chesf
pretende entregar ao Ministério da Integração Nacional e a outras instâncias
do governo, até o final da semana que vem, o relatório preliminar sobre
as diversas possibilidades de inclusão da empresa no projeto de transposição
do rio São Francisco. O trabalho analisa riscos e oportunidades em vários
cenários para a atuação da estatal, mas identifica um em especial: o de
se criar uma empresa subsidiária, que ficaria responsável pela operação
de todo o projeto de revitalização e integração de bacias na região Nordeste.
A proposta é vista como a mais viável do ponto de vista operacional e
financeiro. Além disso, a separação física e contábil seria necessária,
pois a receita adicionada pela transposição é de natureza distinta à atividade
do sistema elétrico - objeto de concessão da Chesf. A proposta de instalação
de uma nova companhia, se encampada pelo governo federal, terá que passar
pelo crivo do Congresso Nacional, que responde pela criação de empresas
estatais federais. (Canal Energia - 03.03.2005) 15 RGE convoca acionistas para debater emissão de debêntures A RGE Energia
realizará no próximo dia 17 de março, às 10 horas na sede da companhia,
uma Assembléia Geral Extraordinária com seus acionistas para tratar da
emissão de 23 mil debêntures não conversíveis em ações, visando à captação
de R$ 230 milhões, segundo edital de convocação publicado pela distribuidora
na última quarta-feira, 2 de março. (Canal Energia - 03.03.2005) 16 Coelce investe R$ 2,3 mi em Projeto de Eficiência Energética do Distrito de Irrigação Jaguaribe Apodi A Coelce
iniciou a segunda fase do Projeto de Eficiência Energética do Distrito
de Irrigação Jaguaribe Apodi (Dija). Ontem, o presidente da Coelce, Cristián
Fierro, entregou um conjunto de 27 motobombas e sua infra-estrutura elétrica
e hidráulica para modernizar o sistema de irrigação dos produtores do
Dija. Os investimentos no Projeto são na ordem de R$ 2,3 milhões. O objetivo
é reduzir o consumo de energia elétrica, água e os custos com a produção,
beneficiando cerca de 320 produtores. Esse projeto faz parte do programa
de eficiência energética do Governo federal e da Aneel. Por lei, a Companhia
é obrigada a aplicar 1% da receita operacional líquida em projetos de
eficiência energética ou de pesquisa e desenvolvimento. De acordo com
a Coelce, a economia será de até 10,05 mil MW por hora/ano no consumo
de energia elétrica. (Elétrica - 03.03.2005) No pregão
do dia 03-03-2005, o IBOVESPA fechou a 28.668,40 pontos, representando
uma alta de 1,66% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,99
bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 0,59%,
fechando a 7.298,04 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 37,10 ON e R$ 35,71 PNB, baixa de
0,13% e 0,11% respectivamente, em relação ao fechamento do dia anterior.
Na abertura do pregão do dia 04-03-2005 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 37,30 as ações ON, alta de 0,54% em relação ao dia anterior e R$
36,06 as ações PNB, alta de 0,98% em relação ao dia anterior. (Economática
e Investshop - 04.03.2005) A Celg aumentou
o número de equipes para atender emergências nesta época de chuvas. São
70 veículos por dia disponíveis para casos de queda de energia. Segundo
o gerente do departamento de Operação do Sistema da Celg, João de Oliveira,
com ventos e chuvas fortes, árvores caem sobre a rede elétrica, há rompimento
de cabos, queima de fusíveis e danos em transformadores. (Elétrica - 03.03.2005)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Consumo de energia volta a bater recorde O consumo
de energia elétrica continua crescendo em ritmo acelerado e voltou a registrar
recorde em fevereiro, conforme dados preliminares do ONS. Segundo o órgão,
responsável pela coordenação da geração e transmissão de toda a energia
elétrica gerada no País, a média do consumo no mês passado ficou em 46.032
MW médios, com aumento de 7,09% em relação à média de fevereiro de 2004.
A média de fevereiro ficou 1,55% acima do observado em janeiro, quando
a carga do sistema ficou em 45.329 MW médios. Além da forte demanda pelo
setor industrial, os técnicos que acompanham o setor apontaram razões
específicas para o aumento do consumo no mês passado. O fim do horário
de verão e a seca que atinge o litoral do País, com aumento da temperatura
média, contribuíram para o aumento do consumo. Mas os técnicos não têm
dúvidas de que a demanda "é forte". (Jornal do Commercio - 04.03.2005)
2 Aumento do consumo pede rapidez nos investimentos O forte aumento no consumo vai exigir que o Governo acelere os investimentos no setor para evitar problemas no suprimento de energia a partir de 2010. Entre fevereiro de 2004 e o mês passado, o País passou a consumir mais 3.000 MW médios, o que sinaliza para a necessidade de acréscimo de mais 4.000 MW de potência a cada ano. Para isso, o setor terá de investir cerca de US$ 3,5 bilhões só na geração de energia, além de ampliações nos segmentos de transmissão e distribuição, o que eleva esse nível para quase o dobro, conforme os cálculos do Governo. Pelos dados da Aneel, só há projetos para garantir esse consumo para os anos de 2005 (3.504 MW) e 2006 (3.986 MW), caindo para apenas 385 MW a partir de 2008. (Jornal do Commercio - 04.03.2005) 3 Situação para os próximos dois ou três anos é relativamente tranqüila A situação
para os próximos dois ou três anos é relativamente tranqüila devido ao
excelente regime de chuvas dos últimos meses, pelos dados do ONS. Embora
as chuvas tenham se mantido em nível normal em relação à série histórica,
está chovendo "certo". Ou seja, as chuvas têm sido mais intensas nas cabeceiras
dos rios, o que tem permitido o enchimento de reservatórios estratégicos,
como Furnas, Serra da Mesa ou Emborcação, além de Sobradinho, no Nordeste.
Caso não ocorram secas excepcionais, a situação não deverá inspirar cuidados
por um período maior, abrangendo cinco a seis anos. As dúvidas, portanto,
se dariam a partir de 2010. (Jornal do Commercio - 04.03.2005) 4 Volume armazenado no Sudeste/Centro-Oeste atinge 79,3% Níveis dos
reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste tiveram leve aumento (0,3%), ficando
em 79,3%. A capacidade armazenada está 30,1% acima da curva de aversão
ao risco. O volume nas hidrelétricas de Emborcação e de Ilha Solteira
está em 87,1% e 63,3%, respectivamente. (Canal Energia - 03.03.2005) 5 A capacidade armazenada no Sul em está 49,4% Volume armazenado
atinge 49,4% no Sul, uma queda de 0,7% em comparação com o dia anterior.
A hidrelétrica de Passo Real opera com 48,0% de armazenamento. (Canal
Energia - 03.03.2005) 6 Nível dos reservatórios no Nordeste está em 83,1% Capacidade
armazenada subiu 0,5% no Nordeste, passando para 83,1%. O volume está
36,9% acima da curva de aversão ao risco. A usina de Sobradinho está com
86,1% do volume armazenado. (Canal Energia - 03.03.2005) 7 Volume Armazenado no Norte está em 87,9% Níveis dos
reservatórios estão em 87,9% no Norte, um aumento de 0,6% em comparação
com o dia 1º de março. A hidrelétrica de Tucuruí opera com 94,62% de armazenamento.
(Canal Energia - 03.03.2005)
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras ganha recurso judicial contra a El Paso A Petrobras ganhou recurso contra a El Paso na 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio. O recurso movido pela estatal foi contra a decisão do juiz da 50a Vara Cível, que a impedia de rever as condições econômicas de um contrato firmado com a El Paso Rio Claro e com a El Paso Rio Grande para a construção e exploração de usina termelétrica. Depois de concluída a construção da termelétrica e iniciada a operação, a El Paso vem reivindicando a cobertura por 38 meses, o que significa um total de R$ 60 milhões mensais. Os desembargadores determinaram que a estatal continue a pagar metade do valor estabelecido a título de contribuição de contingência. A outra metade deverá ser depositada judicialmente até a conclusão do processo. (Folha de São Paulo - 03.03.2005) 2 Dilma: Maranhão, Pernambuco e Ceará estão na disputa pela instalação de refinaria de petróleo e biodiesel Durante
a reunião com a ministra Dilma Rousseff, o governador do Maranhão, José
Reinaldo, tratou de outras questões, como a participação do Estado na
concorrência para a instalação da refinaria de petróleo e biodiesel, além
do recurso destinado à construção de um gasoduto no Estado. Sobre a refinaria,
Dilma Rousseff adiantou que somente três Estados estão na disputa. São
eles: Maranhão, Pernambuco e Ceará. Ela afirmou que um grupo de trabalho
vai reunir técnicos da Pedevesa, empresa estatal de petróleo venezuelana,
e a Petrobrás, além de representantes dos ministérios de Minas e Energia
do Brasil e Venezuela, para fazer um estudo de viabilidade. O resultado
desse estudo é que definirá o local. (Elétrica - 03.03.2005) 3 Termelétrica Potiguar vai aplicar R$ 256,8 mil em P&D A Termelétrica
Potiguar vai aplicar cerca de R$ 256,8 mil em seu programa de pesquisa
e desenvolvimento, ciclo 2003/2004, aprovado pela Aneel. De acordo com
a Aneel, as metas físicas dos projetos devem ser concluídas até 30 de
abril de 2006. (Canal Energia - 03.03.2005)
Grandes Consumidores 1 CVRD já é a terceira maior empresa de mineração do mundo em valor de mercado Com as surpreendentes
negociações das últimas semanas para o reajuste do preço do minério de
ferro, a Companhia Vale o Rio Doce (CVRD) tornou-se, no início desta semana,
a terceira maior empresa de mineração do mundo em valor de mercado, com
US$ 38,2 bilhões. A companhia passou a figurar na posição antes ocupada
pela sul-africana Anglo América, que hoje tem valor de mercado de US$
37,2 bilhões, e só fica abaixo da líder BHP Billiton e da vice Rio Tinto.
Este é o segundo salto consecutivo no posicionamento da mineradora brasileira,
que em 2003 estava na quinta posição do ranking (US$ 21,6 bilhões), passando
a quarto lugar no final do ano passado (US$ 31,8 bilhões). "Este é o resultado
de uma política de foco no nosso negócio, que é mineração, e do aquecimento
do mercado internacional por conta da forte demanda chinesa. Estes dois
fatores coincidiram no momento certo", comenta o diretor-executivo de
Finanças da CVRD, Fábio Barbosa, referindo-se ao desinvestimento em negócios
de celulose, navegação e projetos maduros de siderurgia. (Jornal do Brasil
- 04.03.2005) 2 Burocracia atrasa siderúrgica no Maranhão O início
das obras para a siderúrgica que a Companhia Vale do Rio Doce construirá
em parceria com a chinesa Baosteel no Maranhão sofrerá, pelo menos, um
ano de atraso. Apesar de o estudo de viabilidade ter sido finalizado no
final do ano passado, problemas burocráticos referentes à regularização
do terreno estão emperrando o cronograma. "O terreno onde a unidade será
construída é federal, mas está em fase de transferência para o estado.
Este processo está demorando mais tempo do que o esperado. Além disso,
estamos tratando da desocupação da área, que hoje tem moradores", explica
o diretor-executivo de Novos Negócios da Vale, José Carlos Martins. A
estimativa da mineradora era de que as obras tivessem começo em maio deste
ano, mas o prazo foi mudado para maio do ano que vem. (Jornal do Brasil
- 04.03.2005)
Economia Brasileira 1 Mantega diz que investimento pode aumentar 20% este ano O nível de investimento produtivo pode aumentar 20% este ano, quase o dobro do crescimento de 10,9% do ano passado, estimou o presidente do BNDES, Guido Mantega. O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, considerou "factível" que o investimento cresça este ano tanto quanto no ano passado, quando aumentou 10,9%. Nem Levy nem Mantega consideram como tendência a queda do investimento do terceiro trimestre para o 4º trimestre do ano passado, que foi de 3,9%. Mantega considera que o crédito é importante para que a economia do País tenha crescimento duradouro e sem interrupções. O crédito no Brasil é muito baixo em relação ao tamanho da economia, representando 28% do PIB, enquanto na Coréia esse número equivale a 60% e na China a 140%, comparou. (Jornal do Commercio - 04.03.2005) 2 Taxa de investimento chegou a 19,8% do PIB, calcula Ipea A taxa de investimentos em relação ao PIB registrou o maior crescimento nos últimos dez anos e passou de 17,8% em 2003 para 19,8% no ano passado, conforme estimativa do Ipea. Parte expressiva deste crescimento, contudo, ocorreu porque ficou mais caro investir. Segundo cálculo do Ipea, 40% do crescimento da taxa refletem aumento na quantidade de aquisição de máquinas e insumos para a construção civil, mas 60% são efeito do aumento dos preços dos bens de investimento, que subiram acima do resto da economia. Isso ocorreu principalmente porque as máquinas e equipamentos ficaram mais caros do que a variação de preços geral. "Houve uma expansão física dos investimentos, mas o resto foi explicado pelo aumento de preços", diz a especialista do Ipea Mérida Herasme. O encarecimento dos bens de investimento está forte desde 2003. Nos últimos dois anos, o aumento acumulado dos bens de capital no atacado foi de 37% - taxa que supera a inflação no atacado (22%) e ao consumidor (16%) calculada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). (Jornal do Commercio - 04.03.2005) 3
Governo reduz a zero o imposto de importação do aço 4 Emprego industrial sobe 0,41% em janeiro em SP O emprego
industrial no Estado de São Paulo cresceu 0,41% em janeiro, na comparação
com dezembro, o equivalente à criação de 7.880 vagas, segundo levantamento
do Ciesp. Nos 12 meses encerrados em janeiro, o índice subiu 4,93%, o
correspondente ao acréscimo de 92.730 ocupações. A oferta de crédito no
país colaborou para que alguns setores da indústria paulista, em especial
os ligados aos bens duráveis, mantivessem bom desempenho na criação de
vagas em janeiro. Em janeiro, o setor de atividade que apresentou maior
aumento em seu nível de emprego, no confronto com dezembro, foi a indústria
mecânica (2,11%). Em segundo lugar, apareceu o segmento de couro e artigos
de viagens (2,02%), seguido da indústria da borracha (1,52% de alta).
A taxa de aumento de 0,41% é a menor do índice para meses de janeiro dos
últimos dois anos. Em janeiro de 2004 houve aumento de 0,48% e em janeiro
de 2003, de 0,83%. (Valor Online - 04.03.2005) 5 Inflação deve ser de 0,8% em março em São Paulo, diz Fipe A inflação
medida pela Fipe em São Paulo deve mais do que dobrar no mês de março
na comparação com fevereiro. Segundo o coordenador do IPC, Paulo Picchetti,
a taxa fechará este mês em 0,8% contra alta de 0,36% em fevereiro. O aumento
no preço das passagens de ônibus municipais será o principal responsável
pela inflação na capital. Segundo o economista, da previsão, 0,55 ponto
percentual virá do reajuste das tarifas que ocorrerá no próximo sábado.
Para Picchetti, é fundamental saber, no entanto, que a inflação não está
fora do controle. Já em abril, haverá uma nova desaceleração, segundo
ele. Neste ano, a pressão sobre os preços ocorrerá mais no primeiro semestre,
ao contrário de 2004. Isso porque os reajustes da tarifas de energia elétrica,
água, esgoto e telefone devem ser menores, já que o IGP está subindo menos
nos últimos meses.A previsão da Fipe é que a inflação em São Paulo fique
entre 5% e 5,5% em 2005.(O Globo Online - 04.03.2005) O dólar à vista inverteu a tendência de alta com que iniciou os negócios e passou a registrar queda, logo depois da divulgação dos dados de emprego nos Estados Unidos. Às 10h59m, a moeda americana recuava 0,55% e era negociada por R$ 2,665 na compra e R$ 2,667 na venda. Ontem, o dólar encerrou com alta de 1,47%, comprado a R$ 2,68 e vendido a R$ 2,682. (O Globo Online e Valor Online - 04.03.2005)
Internacional 1 Consumo de energia em Portugal tem aumento de 9% em fevereiro O consumo
de eletricidade em Portugal subiu para 4.045 GW em fevereiro, um aumento
de 9%, face ao mesmo período de 2004. De acordo com a estatística mensal
da Rede Eléctrica Nacional (REN), fevereiro foi novamente caracterizado
pela queda da produção hidráulica, que desceu 67% face ao mesmo mês de
2004, para 442 GW, compensada com a subida da produção térmica em 76%
para os 2.835 GW. A seca que afeta o país traduziu-se em fevereiro num
índice de hidraulicidade de 0,21, o que significa que está 79% abaixo
da média. Já em 2004, o índice de hidraulicidade foi de 0,80, ou seja,
20% abaixo de um ano hidrológico médio, quando comparado com o índice
de 1,33 registrado em 2003 considerado mais chuvoso do que o normal. A
produção em regime especial (renováveis) aumentou 20% em fevereiro para
466 GW. Segundo os dados a REN. O saldo importador caiu 14% para 357 GW.
Só as importações de eletricidade aumentaram 6%, para 508 GW no mês passado,
tendo as exportações subido 141%, para 149 GW. (Diário Econômico - 03.03.2005)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
|