l IFE:
nº 1.525 - 02 de março de 2005 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Abradee e Banco Pactual: Indefinição de base de remuneração pela Aneel prejudica distribuidoras A metodologia
de cálculo adotada pela Aneel para fixar a base de remuneração dos ativos
das distribuidoras de energia está afetando não apenas a Light, mas também
outras companhias do setor, notadamente aquelas que ainda estão com a
base de remuneração calculada provisoriamente. A Aneel informa que 26
concessionárias de energia ainda estão com a base provisória, enquanto
19 concessionárias estão com a base definitiva e outras 19 não passaram
pelo processo de revisão tarifária. Segundo a Abradee, analistas de bancos
informaram que o custo médio de captação dessas empresas aumentou entre
1% e 2% ao ano. "A falta de uma base definitiva está tirando a previsibilidade
da tarifa dessas companhias, reduzindo sua capacidade de fazer dívida.
E quem perde margem de distribuição perde capacidade de investir, de prestar
serviços de qualidade e de remunerar os acionistas e os detentores da
dívida", confirma o analista Pedro Batista, do Banco Pactual. Ele ressalta
que o problema pode resultar em aumento de custo para o setor elétrico.
Isso porque o problema também afeta as geradoras que vendem energia para
o "pool", cujos compradores são as próprias distribuidoras. (Valor - 02.03.2005)
2 Abradee: Atual método de revisão tarifária "deixa um ar de instabilidade" O presidente
da Abradee, Luiz Carlos Guimarães, apesar de ainda esperar o desenrolar
do caso da Light, elogia a sinalização dada pelo novo diretor-geral da
Aneel, Jerson Kelman, que ele considera "um alento", ao mesmo tempo em
que reforça que o atual método de revisão tarifária, "deixa no ar uma
instabilidade excepcional". Ao decidir mudar a base de remuneração da
Light antes do prazo de 12 meses, Jerson Kelman, deu uma sinalização importante
para o mercado, que há tempos reclama dessa metodologia, prevista na resolução
493 da Aneel. Kelman disse que não houve erro da Aneel nas decisões anteriores
sobre a base de remuneração, ao mesmo tempo em que defende a agência,
dizendo que o processo de avaliação dos ativos faz parte de uma aprendizagem
também por parte do regulador. (Valor - 02.03.2005) 3 Brasil, Argentina e Venezuela discutem ''aliança energética'' em Montevidéu Os presidentes
do Brasil, da Argentina e da Venezuela vão se reunir nesta quarta-feira
na capital uruguaia. O venezuelano Hugo Chávez, que concedeu entrevista
depois de participar da posse do novo presidente uruguaio Tabaré Vázquez,
disse que os três países estão dando "um passo ao trilateralismo". Entre
os temas que devem entrar em pauta estão a "aliança energética", que não
se resume a investimentos das estatais petrolíferas, mas a intercâmbio
tecnológico e negócios entre a Petrobras, a PDVSA (Petróleo da Venezuela)
e a Enarsa. Além disso, devem ser discutidos temas como a produção de
alimentos, a dívida externa, ciência e tecnologia, e a integração física
dos países. O assessor da Presidência da República para Assuntos Internacionais,
o brasileiro Marco Aurélio Garcia, adiantou que o encontro deve discutir
a cooperação em obras de infra-estrutura e questões ligadas ao petróleo,
de que os três países são grandes produtores. (Elétrica - 01.03.2005)
4
BNDES desembolsa R$ 6,5 bi para setor elétrico em 2004 5 Hidrelétrica Tijuco Alto reformula projeto O projeto
da Hidrelétrica Tijuco Alto, no Vale do Ribeira, entre São Paulo e Paraná,
promete sair do papel. Para isso, um novo estudo de viabilidade ambiental
da usina será apresentado ao Ibama até o final deste semestre. Além disso,
diversas mudanças foram feitas no projeto original para reduzir o impacto
da obra na região. Entre as alterações incluídas no novo estudo está a
mudança de lugar da casa de força, que ficará mais próxima da barragem.
Além disso o novo projeto elimina o chamado descarregador de fundos, usado
para limpar o reservatório. Apesar de aumentar a vida útil da represa,
esse dispositivo, que permite a saída de água pela parte inferior da barragem,
acaba piorando a qualidade da água. Crusco destaca ainda que mudou a tomada
de água da cota 265 para 285. Assim, a água que é liberada do reservatório
sai mais limpa e não compromete o abastecimento das populações que vivem
abaixo da represa. Quando concluída, a usina terá capacidade para produzir
144 MW de energia. (Elétrica - 01.03.2005) 6 Aneel prorroga prazo para PCH Santa Rosa II começar a operar A Aneel
prorrogou o prazo para início da operação comercial da pequena central
hidrelétrica Santa Rosa II, que está localizada nos municípios de Bom
Jardim e Cordeiro, no Rio de Janeiro e pertence à Santa Rosa II Geração
de Energia Ltda. A nova data-limite é o dia 31 de outubro de 2006, quando
a primeira unidade geradora deve entrar em funcionamento. A segunda e
a terceira unidades geradoras devem entrar em operação até 30 de novembro
de 2006 e 30 de dezembro do mesmo ano, respectivamente. Algumas modificações
técnicas na usina também foram autorizadas pela agência. A PCH passa a
ser constituída de subestação com capacidade de 50 MVA, interligando-se
à rede de distribuição por meio de uma linha de transmissão de seis quilômetros
de extensão, em 69 kV, até a subestação Chaveamento, de propriedade da
Ampla, antiga Cerj. (Canal Energia - 01.03.2005) 7 Luz para Todos utilizará energia solar As ações para universalizar o acesso à eletricidade no Brasil vão incorporar projetos de energia limpa destinados a comunidades isoladas. Assim, as fontes alternativas (principalmente solar) vão contribuir para o plano de levar luz aos cerca de 12 milhões de brasileiros que ainda não contam com o benefício. O MME decidiu neste mês incluir no Luz para Todos as operações do PRODEEM (Programa de Desenvolvimento Energético dos Estados e Municípios), que tem por objetivo levar fontes limpas de eletricidade a áreas não atendidas pela rede convencional. Ambas as iniciativas contam com o apoio do PNUD. (Elétrica - 01.03.2005)
Empresas 1 Antecipação de reajuste da Light é negada pelo Ministério da Fazenda O Ministério
da Fazenda vetou a proposta da Aneel de antecipar a revisão tarifária
da Light. A decisão posterga, mas não revoga nem afeta o valor do aumento
adicional concedido pela Aneel, que valerá a partir de novembro. A equipe
econômica foi obrigada a pronunciar-se porque, segundo a lei do Real,
as concessionárias de serviços públicos só podem corrigir as suas tarifas
uma vez por ano. Em novembro de 2004, a Light já havia ganhado o direito
de aumentar as contas de luz em 5%. A Fazenda não justificou a decisão.
(Valor - 02.03.2005) 2 Aneel: Reajuste extra será somado ao reajuste tarifário regular da Light em novembro O diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman, disse que o veto do Ministério da Fazenda não altera a determinação da agência de autorizar a revisão tarifária da distribuidora. Em vez de aplicar um reajuste extra de 6,13% agora, a Light poderá fazê-lo em novembro. O percentual, entretanto, será corrigido pela taxa Selic e chegará perto de 8%. Esse valor será somado ao aumento regular a que a distribuidora tem direito todos os anos - percentual que, geralmente, fica perto dos índices de inflação. Na prática, ao invés de "parcelar" a correção nas contas de energia, o consumidor arcará com o aumento de uma vez só. "A partir de novembro, haverá um reajuste regular para a Light e, em cima dele, o crédito já reconhecido pela Aneel", explicou Kelman. (Valor - 02.03.2005) 3 Kelman descarta possibilidade de cassar concessão da Light O diretor-geral
da Aneel, Jerson Kelman rejeitou com veemência as insinuações de que a
Aneel estaria ajudando a Light a superar seus problemas financeiros. "Pouco
nos interessa se a empresa deve muito ou pouco aos bancos. Mas quando
ela deixa de cumprir com as suas obrigações como concessionária, aí nos
preocupamos. E temos indícios de que a situação financeira da Light começa
a afetar a prestação de serviços". Kelman descartou a possibilidade de
cassar a concessão da Light, que classificou como último recurso a ser
tomado, embora teoricamente haja essa permissão. Com o veto da Fazenda
para antecipar a revisão tarifária, ele acredita que aumentam as chances
de problemas na qualidade dos serviços da Light. No total, a dívida da
empresa alcança US$ 1,5 bilhão. (Valor - 02.03.2005) 4
Governo de SP negocia com BNDES operação de salvamento da Cesp 5 Dívida da Cesp se concentra no curto prazo Segundo
o secretário de Energia e Recursos Hídricos de São Paulo, Mauro Arce,
o problema de endividamento da Cesp, apesar de complicado, se concentra
no curto prazo. Nos próximos quatro anos, a empresa tem vencimentos de
R$ 3 bilhões ao ano, incluídos o principal mais o serviço da dívida. A
partir de 2009, segundo o secretário, a empresa terá condições de honrar
seus compromissos financeiros com a própria geração de caixa. (Valor -
02.03.2005) 6 Estado de São Paulo não vai perder controle da Cesp e da Cteep, afirma secretário de energia Segundo
o secretário paulista de Energia, Mauro Arce, a criação de uma holding
não tiraria do Estado de São Paulo o controle da Cesp e da Cteep. Ele
descartou uma futura privatização tanto da Cteep como da Cesp. No início
de fevereiro, o governo paulista enviou à Assembléia Legislativa um projeto
de lei incluindo a Cteep no Programa Estadual de Desestatização. Arce
disse que a Cteep tem que ser incluída no PED porque a Cesp faz parte
do programa e ela será uma subsidiária da geradora. (Valor - 02.03.2005)
7 EDP registra aumento de 15,5% no lucro de 2004 A EDP divulgou
um aumento de 15,5% no lucro de 2004, na ponta mais baixa da estimativa
dos analistas. A geração de energia e os ativos da empresa no Brasil impulsionaram
o resultado. A EDP anunciou lucro de 440,2 milhões de euros, acima dos
381,1 milhões de euros de 2003. Doze analistas consultados esperavam lucro
líquido entre 420 milhões de euros e 527 milhões de euros, com uma média
de 457,6 milhões de euros. A receita de 2004 ficou em 7,2 bilhões de euros,
comparado a 7 bilhões de euros em 2003. As vendas totais da companhia
subiram 3,5% em 2004, de 6,78 bilhões de euros em 2003 para 7,22 bilhões
de euros no ano passado, enquanto os custos operacionais aumentaram 2%,
para 5,25 bilhões de euros. Os investimentos na Espanha somaram 117,7
milhões de euros. O grupo como um todo investiu 1,13 bilhão de euros em
2004. A EDP informou dívida líquida de 8,32 bilhões de euros no final
de 2004. A empresa revelou que está pronta para reduzir a distribuição
doméstica de sua força de trabalho a um total de 1.350 funcionários até
2006, notando que quase atingiu a meta no final de 2004. (Valor e Jornal
do Commercio - 02.03.2005) 8 Eletropaulo estuda emissão de R$ 780 mi em debêntures A Eletropaulo estuda a possibilidade de emitir até R$ 780 milhões em debêntures ainda este ano no mercado. A empresa convocará uma assembléia geral extraordinária que decidirá quando a emissão será feita. De acordo com comunicado divulgado nesta terça-feira, dia 1° de março, a distribuidora deve lançar duas séries, sendo a primeira série representada por debêntures conversíveis em ações preferenciais da companhia, com garantia flutuante. Já a segunda série representada por debêntures simples, não conversíveis em ações, com garantia real, representada pela vinculação de receitas pela empresa. A segunda série terá ainda garantia por fiança parcial prestada por AES Holdings Brasil. (Canal Energia - 01.03.2005) 9 AES Elpa registra prejuízo de R$ 57 mi em 2004 A AES Elpa fechou 2004 com um prejuízo de R$ 57,049 milhões, contra R$ 198,8 milhões de perdas registradas em 2003. A receita liquida do ano passado foi de R$ 7,465 bilhões, enquanto a despesa financeira liquida ficou em R$ 467,175 milhões. O resultado operacional foi de R$ 511,163 milhões. Já a Energia Paulista Participações registrou em 2004 um prejuízo de R$ 19,869 milhões. O patrimônio líquido ficou em R$ 68,015 milhões com uma despesa financeira liquida de R$ 41,816 milhões. O resultado de equivalência patrimonial foi de R$ 22,277 milhões. (Canal Energia - 01.03.2005) 10 Lucro da AES Uruguaiana cai 71% em 2004 A AES Uruguaiana
lucrou R$ 53,2 milhões em 2004, valor 71% inferior aos R$ 182,8 milhões
registrados em 2003. O balanço da empresa aponta que a receita operacional
bruta da companhia foi de R$ 446 milhões em 2004, crescendo 15% em relação
ao ano anterior, quando o valor acumulado chegou a R$ 388,9 milhões. Já
a receita operacional líquida somou R$ 416,8 milhões no ano passado, aumento
de 12% sobre o montante obtido em 2003 - R$ 374,3 milhões. O Ebitda (lucro
antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) da AES Uruguaiana
em 2004 aumentou 67% em 2004 em relação a 2003, registrrando R$ 156 milhões
no ano passado contra R$ 93 milhões no ano anterior. A despesa financeira
líquida, segundo o balanço, sofreu redução em 2004 em relação a 2003,
ao fechar o ano passado com R$ 70,6 milhões, contra os R$ 124,1 milhões
do ano anterior. (Canal Energia - 01.03.2005) 11 Cteep realiza audiência pública sobre LT Anhangüera/Guarulhos A Transmissão Paulista realizará audiência pública na próxima quarta-feira, dia 2 de março, a fim de receber sugestões para a elaboração do edital de licitação para as obras do Complexo Anhangüera. O projeto inclui a linha de transmissão Anhangüera/Guarulhos, de 22 quilômetros e em 345 kV, a ampliação da subestação Anhangüera e a conexão com a subestação Guarulhos, de Furnas. Os investimentos no complexo deverão superar os R$ 300 milhões, segundo estimativas preliminares da empresa. (Canal Energia - 01.03.2005) 12 Comerc faz leilão de compra de energia para seis consumidores livres A Comerc
Comercializadora intermediará leilão de compra de energia para seis grandes
consumidores. Desta vez, será negociado um total de 86 MW para Aracruz
Celulose, EET Brasil Alumínio e Parafinas, Embraco, Artivinco, John Deere
e Metso Minerais. A energia negociada será disponibilizada para unidades
destas empresas localizadas em São Paulo, Espírito Santo, Santa Catarina
e Rio Grande do Sul. A primeira etapa do leilão acontece no dia 14 de
março, com a entrega de propostas dos vendedores, e a segunda será no
dia 17 de março. A segunda etapa será marcada pela realização do leilão
reverso. A operação prevê um decréscimo mínimo de R$ 0,25 o MWh por lance
dado pelo vendedor. O resultado do leilão sairá no dia 28 de março e os
contratos serão assinados no dia 4 de abril. Segundo Marcelo Parodi, sócio-diretor
da comercializadora, esta operação terá uma novidade: os vendedores terão
a opção de oferecer produtos com prazos de quatro a nove anos. (Canal
Energia - 01.03.2005) No pregão
do dia 01-03-2005, o IBOVESPA fechou a 27.729,98 pontos, representando
uma baixa de 1,45% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$
1,84 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização
de 1,10%, fechando a 7.342,23 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o
seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 37,24 ON e R$ 35,09 PNB,
baixa de 1,46% e baixa de 3,07% respectivamente, em relação ao fechamento
do dia anterior. Na abertura do pregão do dia 02-03-2005 as ações da Eletrobrás
foram cotadas a R$ 36,62 as ações ON, baixa de 1,66% em relação ao dia
anterior e R$ 34,99 as ações PNB, baixa de 0,28% em relação ao dia anterior.
(Economática e Investshop - 02.03.2005) O conselho de administração da Bandeirante Energia elegeu João José Gomes de Aguiar como novo diretor-presidente da empresa, em reunião ocorrida no último dia 25 de fevereiro. Aguiar substitui Joaquim Silva Filipe, que voltará para Portugal. (Canal Energia - 01.03.2005) A Celpe, a ONG Pernambuco contra o Crime e a secretaria estadual de Defesa Social fecharam um acordo para combater o furto de energia. A população poderá agora denunciar o crime através do telefone do disque denúncia estadual administrado pela ONG. (Canal Energia - 01.03.2005) A Coelba concluiu a primeira fase do programa Luz para Todos na Bahia, depois de fazer a ligação elétrica número 10 mil. Segundo a empresa, desde o início do projeto, em junho de 2004, foram realizadas 213 obras, incluindo a instalação de 19.539 postes e 1.678 quilômetros de rede elétrica. O investimento demandado foi de R$ 39 milhões, divididos entre a distribuidora e os governos estadual e federal. (Canal Energia - 02.03.2005) A Celg, através do projeto Celg nas Escolas, vai capacitar este ano cerca de mil professores de escolas estaduais e municipais. O projeto engloba treinamento e material didático para orientar os alunos do ensino médio e fundamental sobre o uso consciente de energia elétrica. (Canal Energia - 01.03.2005) A Celesc recebe até às 11:30 horas desta quarta-feira (2) as propostas de projetos para o programa de Pesquisa e Desenvolvimento do ciclo 2004/2005. A empresa abre os envelopes às 14:30 horas do mesmo dia. A concessionária prevê que os investimentos fiquem em torno de R$ 4,5 milhões. A Celesc tem até 31 de março para enviar o programa de P&D à Aneel para aprovação. (Canal Energia - 02.03.2005)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 ONS e Governo do RS adotam plano de emergência para garantir abastecimento de energia A estiagem
que já dura três meses no Rio Grande do Sul levou o ONS e o governo gaúcho
a colocarem em prática um plano de emergência para garantir o abastecimento
de energia no Estado. As providências incluem o aumento do despacho de
energia da região Sudeste para o Sul e a entrada em operação de usinas
térmicas no RS para compensar a redução da geração nas hidrelétricas.
Segundo o presidente do ONS, Mário Santos, desde meados de fevereiro o
Sudeste está enviando 2.500 MW médios ao Sul. Anteontem o Estado chegou
a receber 3.000 MW, o equivalente a 71% do consumo local, ante a média
histórica de 35% a 38%. O problema é que o RS está chegando ao limite
da capacidade de recepção de energia do Sudeste, podendo colapsar o sistema.
O ONS determinou a entrada em operação das térmicas gaúchas Presidente
Médici, que está produzindo 235 MW em Candiota, e Termocanoas, com mais
160 MW em Canoas. Na próxima terça-feira o ONS fará uma reunião com todas
as empresas de energia do Sul do país para fazer um balanço da situação.
Caso seja constatado que a oferta não é suficiente para suprir a demanda
de toda a região, que está na faixa dos 8.870 MW médios, outras medidas
poderão ser adotadas. (Valor - 02.03.2005) 2 Nível de reservatórios no RS cai 1% ao dia Pelos cálculos da Secretaria de Minas e Energia do Rio Grande do Sul, o nível dos reservatórios no Estado está caindo 1% ao dia e a previsão é que o tempo continue seco até abril. Atualmente os níveis de armazenamento no Sul do país estão em 53%, na média, acima da curva de aversão ao risco de 22%. As usinas de Itá e Machadinho, que normalmente produzem juntas 1.200 MW no rio Uruguai, estão operando apenas com uma turbina cada uma e gerando cerca de 400 MW, informou a Tractebel Energia, que opera as hidrelétricas. Segundo a empresa, o nível do reservatório de Machadinho está em 468,67 metros, quase 12 metros abaixo do padrão normal e somente 3,67 metros acima da cota mínima de operação. Em Itá, o nível está em 364,98 metros, cinco abaixo do normal e 98 centímetros além do mínimo necessário para operar. Conforme a empresa, se não chover o volume de água disponível é suficiente para mais 45 dias. Na bacia do Jacuí, as usinas Itaúba, Jacuí e Passo Real, as três da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), mais a hidrelétrica Dona Francisca, que somam uma potência total de 963 MW, estão produzindo apenas 448 MW. (Valor - 02.03.2005) 3 Governo do RS vai tentar retomar fornecimento de gás natural argentino para térmica AES Uruguaiana O secretário
das Minas e Energia do RS, Valdir Andres, deve ir à Argentina na segunda-feira
(07/03) para negociar a retomada do fornecimento de gás natural para a
térmica AES Uruguaiana, capaz de injetar mais 500 MW no sistema. A usina
deixou de receber o combustível argentino há quase 20 dias em função de
problemas de abastecimento no país vizinho, disse Andres. O ONS e a Secretaria
de Minas e Energia do Estado criaram grupos de trabalho para buscar alternativas
e as duas equipes devem se reunir nos próximos dias. (Valor - 02.03.2005)
4 Rio Grande do Sul bate recorde de importação de energia O Rio Grande
do Sul bateu o recorde de importação de energia na última segunda-feira
(28), quando trouxe de fora 84,6% da demanda. O estado importou 3.106
MW quando a demanda máxima de energia foi atingida às 14:40 horas. As
temperaturas acima dos 30°C têm pressionado o consumo dos gaúchos. A geração
própria ficou em 15,4%, ou 565 MW. O ONS decidiu poupar os reservatórios
de água do estado com o aumento da importação. Segundo o secretário estadual
de Energia, Valdir Andres, o nível dos reservatórios tem baixado em 1%
a cada dia. Hoje, o estado importou 79,8% da energia, 2.863 MW, do total
de 3.586 MW de pico registrado às 11:13 horas. O estado comporta importação
de até 3,5 mil MW, mas Andres garantiu que o estado não deve sofrer com
racionamento ou falta de energia. (Canal Energia - 01.03.2005) 5 Nível dos reservatórios do submercado Norte está em 86,8% Os reservatórios
do submercado Norte apresentam 86,8% de volume armazenado, com aumento
de 0,7% em relação ao dia anterior. O índice de armazenamento da hidrelétrica
de Tucuruí está em 93,6%. (Canal Energia - 01.03.2005) 6 Reservatórios do submercado Sul apresentam 50,8% de volume armazenado O submercado
Sul registra capacidade de 50,8% em seus reservatórios, com queda de 1%
em relação ao dia 27 de fevereiro. A hidrelétrica de Machadinho apresenta
21,6% de volume armazenado. (Canal Energia - 01.03.2005) 7 Submercado Nordeste registra capacidade de 82,3% O índice
de armazenamento do submercado Nordeste está em 82,3%, com aumento de
0,2% em relação ao dia anterior. O volume registrado fica 36,3% acima
da curva de aversão ao risco. A hidrelétrica de Sobradinho opera com capacidade
de 85,6%. (Canal Energia - 01.03.2005) 8 Índice de armazenamento do Sudeste/Centro-Oeste está em 78,8% O nível
dos reservatórios do submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 78,8%, com
aumento de 0,2% em relação ao dia 27 de fevereiro. O índice fica 29,8%
acima da curva de aversão ao risco. As hidrelétricas Marimbondo e S. Simão
operam com 69,6% e 82,2% de volume armazenado, respectivamente. (Canal
Energia - 01.03.2005)
Gás e Termoelétricas 1 Usinas de açúcar e álcool devem realizar investimentos de R$ 12,5 bi até 2010 As usinas de açúcar e álcool do Brasil devem fazer investimentos médios de R$ 2,5 bilhões por ano, até 2010, somando um total de R$ 12,5 bilhões em cinco anos. Os recursos serão usados na construção de novas unidades, o que vai representar 52% do total dos investimentos. Reformas e expansão de unidades já instaladas corresponderão a 36% do total investido, e infra-estrutura, a 12%, segundo dados do Procana Informações e Eventos, de Ribeirão Preto (SP). A expectativa da redução dos subsídios ao açúcar - sobretudo da União Européia - além dos projetos mundiais de redução de poluentes e energia renovável, estimulam os atuais investimentos do setor no Brasil, afirmou Josias Messias, presidente do Procana. Os investimentos em novas unidades estão focados em plantas de alta tecnologia. A expectativa é de que as usinas processem 358 milhões de toneladas na safra 2005/06, 9,3% acima da safra anterior. O estoque de passagem de álcool para a nova safra está estimado em 654 milhões de litros, 55% acima de 2004. (Valor - 02.03.2005)
Grandes Consumidores 1 CSN registra lucro de R$ 1,98 bi em 2005 A Companhia
Siderúrgica Nacional (CSN) teve lucro de R$ 1,982 bilhão no ano passado,
o que representou aumento de 92,2% em relação ao R$ 1,031 bilhão registrado
em 2003. Os reajustes de preço do aço, que variaram entre 50% e 80%, compensaram
a queda no volume de vendas da empresa. Para uma produção total de 5,5
milhões de toneladas de aço (3,8% a mais do que no ano anterior), o volume
de vendas em 2004 caiu 5,1%, para 4,7 milhões de toneladas - contra 5
milhões em 2003. A receita financeira líquida saltou para R$ 9,8 bilhões,
um novo recorde histórico. Na comparação com 2003, houve um crescimento
de 40,5%. (O Globo - 02.03.2005) 2 CSN não tem previsão de aumento nos preços dos laminados até o mês de junho Depois de
reajustar o preço dos laminados em 4% no início deste ano, a Companhia
Siderúrgica Nacional (CSN) garante não ter previsão de novos aumentos
pelo menos até junho. Ao longo de 2004, a CSN equiparou os preços no mercado
interno e externo (mais alto), o que provocou reclamações de seus principais
clientes. Os executivos da empresa afirmam que o nível médio de preços
em 2005 tende a ser superior ao de 2004, "tanto no mercado doméstico como
no internacional". Terá grande influência nessa equação o preço das matérias-primas,
principalmente o minério de ferro (a Vale do Rio Doce já conseguiu reajustar
seus preços em até 71,5%). A CSN tem uma vantagem comparativa importante
em relação a outros concorrentes: ela é auto-suficiente na produção de
minério. (O Globo - 02.03.2005) 3 CSN pretende investir US$ 520 mi em 2005 Com US$
1,8 bilhão em caixa, a CSN pretende investir US$ 520 milhões neste ano,
contra cerca de US$ 300 milhões em 2004. Os recursos da CSN serão usados
na ampliação da produção da Casa de Pedra, na construção de uma fábrica
de pelotização e na modernização de sua estrutura no Porto de Sepetiba,
no Rio de Janeiro. (O Globo - 02.03.2005)
Economia Brasileira 1 Palocci: Crescimento é sustentado Antonio Palocci, ministro da Fazenda, afirmou que o resultado do PIB divulgado ontem, pelo IBGE, significa que o crescimento é sustentado devido ao aumento dos investimentos. Luiz Fernando Furlan, ministro do Desenvolvimento, destacou a importância do mercado doméstico na expansão de 5,2% e arriscou palpite de que este ano a economia pode repetir a performance. Já Henrique Meirelles, presidente do BC, defendeu a ação do órgão sobre os juros: o resultado do PIB refletiria a política monetária comprometida com a estabilidade. Palocci lembrou que, para uma expansão de 5,2% do PIB, os investimentos cresceram 11%, o que garantiria boas perspectivas para a economia nos próximos anos. Sobretudo, disse Palocci, porque o consumo interno cresceu 4,1% em 2004 e a massa salarial está aumentando. (O Globo Online - 02.03.2005) 2 CNI comemora PIB e torce pela sustentabilidade O presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, comemorou o crescimento de 5,2% no PIB em 2004. "É um resultado altamente positivo e que se deveu não só ao desempenho das exportações, mas também à reativação da demanda doméstica", disse Monteiro Neto. Ele destacou que o desafio agora é aproveitar esse impulso para garantir a sustentabilidade do crescimento ao longo dos próximos anos, por meio da ampliação da taxa de investimento. Monteiro Neto considera difícil a repetição do desempenho da indústria de transformação em 2005, mas confia no crescimento da construção civil em nível superior ao registrado no ano passado, em razão de uma série de medidas adotas em 2004. (Gazeta Mercantil - 02.03.2005) 3
PIB desacelera no 4 trimestre e facilita política monetária 4 Exportação em 12 meses ultrapassa a meta de US$ 100 bi Os números
da balança comercial de fevereiro confirmaram o volume de exportações
acumuladas nos últimos 12 meses superior aos US$ 100 bilhões, uma meta
perseguida pelo governo desde os primeiros anos do Plano Real. De acordo
com os dados do Ministério do Desenvolvimento, o volume das exportações
somou US$ 100,15 bilhões desde fevereiro do ano passado, contra US$ 65,05
bilhões de importações no mesmo período.O saldo da balança em fevereiro
continuou positivo. O superávit acumulado no mês foi de US$ 2,786 bilhões,
resultado de exportações no valor de US$ 7,756 bilhões e importações de
US$ 4,970 bilhões no período. Com este resultado, a balança acumula um
superávit comercial de US$ 4,970 bilhões em 2005 e de US$ 35,099 bilhões
nos últimos 12 meses. (O Estado de S. Paulo - 02.03.2005) 5 OCDE sugere que superávit primário seja de 5% do PIB A OCDE é
favorável a que o Brasil aumente, a médio prazo, a meta do superávit primário
para permitir a queda mais acelerada da dívida pública, que atingiu 51,5%
do PIB em janeiro. A medida, sugerida no "Estudo Econômico sobre o Brasil
2005 " , elaborado pela OCDE e apresentado ontem no Rio, reduziria a vulnerabilidade
externa do Brasil caso nova crise afete os países emergentes no futuro,
avaliou Andrew Dean, vice-diretor do Departamento Econômico da OCDE. Questionado
sobre de quanto deveria ser o aumento da meta, Dean respondeu: " Não temos
um número em mente, mas acredito que 5% (do PIB) daria mais conforto do
que os 4,25% atuais. " Dean argumentou que a alta do superávit primário
e o controle das expectativas de inflação pelo BC são fatores importantes
para evitar que nova crise externa deixe o Brasil em posição delicada,
como ocorreu no passado. Ele também defendeu a independência jurídica
do BC em relação ao Executivo. (Valor Online - 02.03.2005) 6 Confiança do consumidor cai pela primeira vez em 10 meses A avaliação do consumidor sobre a situação atual da economia e de suas próprias finanças piorou, revela a 15ª Sondagem de Expectativas do Consumidor da FGV. Trata-se da primeira queda de confiança desde abril do ano passado. O foco mais negativo da pesquisa foi a expectativa quanto ao mercado de trabalho: as perspectivas dos consumidores foram as mais pessimistas desde agosto do ano passado. Para 47,3% dos entrevistados será mais difícil encontrar emprego nos próximos seis meses. Caiu também o percentual de entrevistados que apostam num cenário mais favorável para o mercado de trabalho: passou de 14% para 10,3%. O mercado de trabalho e a disposição para compra de bens de alto valor são alguns dos itens mais sensíveis da pesquisa. Eles refletem o impacto de decisões do governo, como aumento de juros e perspectiva de elevação de impostos, com a menor criação de vagas ou até mesmo com o aumento do desemprego e também com menor oferta de crédito.(Folha Online - 02.03.3005) 7
Dólar ontem e hoje
Internacional 1 Lucro líquido da EDP foi de 440,2 mi A Energias
de Portugal (EDP) divulgou, ontem, aumento de 15,5% no lucro de 2004,
na ponta mais baixa das estimativas feitas por analistas. A geração de
energia e os ativos da empresa no Brasil impulsionaram o resultado. O
lucro líquido foi de 440,2 milhões (US$ 582 milhões ), acima dos 381,1
milhões registrados no ano passado. A receita de 2004 ficou em 7,2 bilhões,
em comparação com os 7 bilhões em 2003, disse a EDP. A produção de energia
apresentou crescimento de 6,1% em Portugal, 4% na Espanha, e 4,5% no Brasil.
A receita das controladas brasileiras também foi ajudada por um aumento
de tarifas. No Brasil a EDP controla a Energest, a Fafen Energia, a Enerpeixe,
a Enertrade, a Bandeirante Energia, a Espiríto Santo Centrais Eletricas
(Escelsa), a Empresa Energética de Mato Grosso do Sul (Enersul) e a Cerj
. (Gazeta Mercantil - 02.03.2005) Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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