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IFE: nº 1.521 - 24 de fevereiro de 2005
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Leilão de energia velha será no dia 31 de março
2 Aneel descarta prazo de cinco anos para os contratos
3 Dezenove empresas têm interesse em participar do leilão de energia existente
4 Comissão de Minas e Energia aprova projeto que altera aplicação de recursos hídricos na bacia hidrográfica
5 Pinguelli: Consumidor foi deixado de fora dos benefícios do leilão de energia
6 Curtas

Empresas
1 Governo paulista pretende injetar R$ 1,15 bi na Cesp
2 Furnas vai investir R$ 813 mi na modernização de três hidrelétricas
3 Núcleo de Infra-Estrutura do PT pede a Palocci que não autorize reajuste da Light
4 Cemig ratifica transferência de dívidas referentes à emissões de debêntures
5 Cemig vai realizar licitações para venda de energia de curto prazo sempre que houver demanda
6 Soluziona modernizará rede de distribuição da Saelpa
7 Ecom Energia adia divulgação de edital de leilão para venda de energia elétrica
8 Cotações da Eletrobrás

9 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Secretário de energia do RS descarta risco de racionamento de energia
2 Novo recorde de consumo de energia no RS
3 Submercado Sudeste/Centro-Oeste registra volume 30,2% acima da curva de aversão ao risco

4
Nível de armazenamento do submercado Sul está em 55,3%
5
Submercado Nordeste registra volume 35,2% acima da curva de aversão ao risco
6
Nível de armazenamento do submercado Norte está em 79,2%

Gás e Termelétricas
1 Lucro da Petrobras Energia supera projeções da Merrill Lynch
2 Petrobrás tem estudo pronto para biodiesel de soja, girassol e nabo
3 Gasmig já contratou R$ 370 mi
4 Wärtsilä prevê gargalos e aposta na produção para térmicas
5 Rolls-Royce aposta em termelétricas e módulos de geração para as plataformas

Economia Brasileira
1 Copom: Ajuste ainda não acabou
2 Renda em dezembro foi a menor desde 1985

3 Imposto preocupa mais que juro
4 Tesouro quer diminuir dívida atrelada à Selic
5 Indústria planeja aumentar capacidade em 8%
6 IGP-M de fevereiro desacelera para 0,30%
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 RWE registra lucro de 2,13 bi de euros em 2004
2 Galp Energia registra lucro de 333 mi de euros em 2004

Regulação e Novo Modelo

1 Leilão de energia velha será no dia 31 de março

A Aneel realiza no dia 31 de março seu segundo leilão de energia velha. A data consta do cronograma do leilão, aprovado ontem, em reunião extraordinária da diretoria da agência. Também foi aprovado na reunião o edital com as regras de realização do leilão. Será comercializada no leilão energia elétrica gerada por usinas que já existem e essa energia entrará no suprimento de 2008 e de 2009.Os contratos terão duração de oito anos, mesmo prazo estabelecido no primeiro leilão. De acordo com o cronograma, o prazo para a entrega dos documentos de pré-qualificação dos compradores e vendedores vai de 8 a 10 de março. O resultado da habilitação e o depósito das garantias financeiras será no dia 28 de março e no dia 29 será feita uma simulação do leilão. Assim como o primeiro, o segundo leilão será realizado pela Câmara Comercializadora de Energia Elétrica, em São Paulo. Também foram aprovados na reunião o contrato que será assinado entre as empresas e a comissão pública que ficará responsável pela licitação. (Jornal do Commercio - 24.02.2005)

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2 Aneel descarta prazo de cinco anos para os contratos

A Aneel não aceitou o pedido feito pela Associação dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine) e da Câmara Brasileira das Indústrias e Energia Elétrica (CBIEE), que queriam um prazo de cinco anos para os contratos. Mas, por orientação do Governo federal, a Aneel manteve o prazo de oito anos, por entender que contratos mais longos propiciam energia com tarifas mais baratas. (Jornal do Commercio - 24.02.2005)

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3 Dezenove empresas têm interesse em participar do leilão de energia existente

Dezenove empresas manifestaram interesse em participar do segundo leilão de compra de energia existente, que o governo promoverá no dia 31 de março. As empresas encaminharam suas intenções de venda na segunda-feira, dia 21 de fevereiro, para a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, que divulgou a relação de interessadas nesta quarta-feira (23/02). As empresas são Breitener Energética, Cachoeira Dourada, Energética Chapecó, Celpa, Cemig Geração e Transmissão, Companhia Energética Rio das Antas, Cesp, CGTEE, Chesf, Copel Geração, Duke Energy, Eletronorte, Empresa Energética do Mato Grosso do Sul, Furnas, Light, Tractebel Energia Comercializadora, Termopernambuco, Tractebel Energia e UTE Bahia I - Camaçari. (Canal Energia - 23.02.2005)

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4 Comissão de Minas e Energia aprova projeto que altera aplicação de recursos hídricos na bacia hidrográfica

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (23/02) o Projeto de Lei 4308/04, que torna obrigatória a aplicação integral das verbas arrecadadas pelo uso dos recursos hídricos na bacia hidrográfica geradora. O texto, de autoria do Senado Federal, prevê que os recursos arrecadados poderão ser utilizados no financiamento de estudos, programas, projetos e obras incluídos no Plano de Recursos Hídricos da bacia; ou no pagamento de despesas de implantação e custeio administrativo dos órgãos e entidades vinculados à bacia, integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. O projeto mantém o que já estabelece a legislação vigente, de que a aplicação da verba nas despesas será limitada em 7,5% do total arrecadado. (Canal Energia - 23.02.2005)

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5 Pinguelli: Consumidor foi deixado de fora dos benefícios do leilão de energia

O brasileiro foi deixado de fora dos benefícios do leilão de energia do fim do ano passado. A afirmação é do ex-presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, reagindo à informação dada anteontem pelo diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman, de que as tarifas deverão continuar subindo acima da inflação. Coordenador de Planejamento Energético da Coppe -UFRJ, o professor Pinguelli diz que o discurso atual do governo contradiz o dito anteriormente. Segundo Pinguelli, o leilão de energia velha (produzida em hidrelétricas há anos em funcionamento) foi negativo da forma como foi conduzido, pois nem o benefício para o consumidor ficou comprovado. O diretor-geral da Aneel disse que o motivo para a alta nas tarifas de energia é o aumento da tributação pelo PIS e Cofins. Contudo, especialistas apontam o índice de correção da tarifa de energia, o IGP-M, como o principal motivo. Ele está acumulado em 11,87% nos últimos 12 meses, enquanto o IPCA, índice oficial do governo, é de 7,41%. (Elétrica - 23.02.2005)

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6 Curtas

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados aprovou substitutivo do deputado Nelson Meurer (PP-RR) ao Projeto de Lei 4373/01, que prevê o direito do consumidor de energia elétrica, gás encanado e água de instalar medidor próprio para aferir o seu consumo. (Canal Energia - 23.02.2005)

A diretoria da Aneel vota na sexta-feira (25/02), em reunião extraordinária, pedido do MME para a extensão do prazo de recadastramento dos consumidores de baixa renda dentro do programa de tarifa social. (Canal Energia - 23.02.2005)

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Empresas

1 Governo paulista pretende injetar R$ 1,15 bi na Cesp

O governo paulista planeja uma injeção de R$ 1,15 bilhão na Cesp com o objetivo de reduzir o endividamento da empresa, que supera R$ 10 bilhões. A capitalização, segundo proposta enviada ao BNDES, seria feita metade com ações da transmissora de energia elétrica estadual CTEEP e metade com recursos do banco, informou ontem o secretário de Energia, Mauro Arce, em audiência na Assembléia Legislativa paulista. O secretário afirmou que, com a operação, será possível a emissão de mais R$ 2 bilhões em debêntures conversíveis. Segundo Arce, a receita líquida da geradora é três vezes menor que o serviço da dívida atual. "A Cesp é geradora de caixa. Do ponto de vista operacional a empresa está estruturada, mas do ponto de vista da dívida, tem problemas", disse o secretário de Fazenda do Estado, Eduardo Guardiã. (Gazeta Mercantil - 24.02.2005)

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2 Furnas vai investir R$ 813 mi na modernização de três hidrelétricas

Com previsão de investimentos da ordem de R$ 813 milhões, Furnas vai modernizar três hidrelétricas - Mascarenhas de Moraes (MG), Luiz Carlos Barreto de Carvalho (SP) e Furnas (MG). Segundo a estatal, a usina de Furnas, por exemplo terá seis das oito unidades geradoras completamente reformadas, além de receber sistema digital de operação e controle. A empresa informou ainda que está sob desenvolvimento o projeto de modernização da usina Luiz Carlos Barreto. A usina Mascarenhas de Moraes já teve seu processo de reforma iniciado. (Canal Energia - 23.02.2005)

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3 Núcleo de Infra-Estrutura do PT pede a Palocci que não autorize reajuste da Light

O Núcleo de Infra-Estrutura do PT no Congresso Nacional enviou nesta quarta-feira (23/02) um ofício ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci, pedindo que o governo não autorize o reajuste tarifário extraordinário à Light antes de a Aneel esclarecer na Câmara dos Deputados os motivos que leveram ao aumento. Os parlamentares da base governista apresentaram requerimento solicitando audiência pública na Comissão de Minas e Energia com o diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman. A data ainda não foi marcada. Na avaliação do coordenador do Núcleo de Infra-Estrutura do partido, Mauro Passos (PT-SC), o reajuste de 6,13% concedido pela Aneel à distribuidora é indevido e não deve ser validado pelo governo. (Canal Energia - 23.02.2005)

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4 Cemig ratifica transferência de dívidas referentes à emissões de debêntures

A Cemig ratificou na Assembléia Geral Extraordinária realizada no dia 18 de fevereiro a transferência da dívida referente às duas emissões de debêntures emitidas em 2003 e 2004. Somando cerca de R$ 400 milhões, os recursos foram alavancados para a construção da hidrelétrica de Irapé (360 MW). A transferência desse e de outros passivos foi confirmada devido ao envio de informações adicionais ao governo de Minas Gerais sobre o processo de desverticalização da empresa. Outra transferência trata da dívida da companhia com o Banco Interamericano de Desenvolvimento e o KfW - instituição alemã que fomenta projetos ligados ao meio ambiente. A dívida foi obtida em 1992 para a execução de projetos sociais pela empresa. O saldo para pagamento atinge a ordem de US$ 1 milhão junto ao KfW e US$ 25 milhões junto ao BID.(Canal Energia - 23.02.2005)

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5 Cemig vai realizar licitações para venda de energia de curto prazo sempre que houver demanda

A Cemig, que abriu esta semana processo para venda de energia de curto prazo, deve realizar licitações nesta modalidade sempre que houver demanda por esses produtos. O superintendente de Relações com Investidores da estatal, Luiz Fernando Rolla, lembra que a empresa contratou praticamente toda a energia para os próximos anos. A Cemig faturou cerca de US$ 1,1 bilhão com a contratação de energia por consumidores livres até 2007. (Canal Energia - 23.02.2005)

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6 Soluziona modernizará rede de distribuição da Saelpa

A espanhola Soluziona se encarregará da modernização da rede de distribuição da Sociedade Anônima de Eletrificação da Paraíba (Saelpa), em um contrato que supera os 3 milhões de euros (3,9 milhões de dólares). Soluziona, empresa de serviços profissionais do Grupo Unión Fenosa, a terceira elétrica da Espanha, acometerá os projetos de desenvolvimento de infra-estruturas e supervisionará as obras para garantir a provisão elétrica aos mais de três milhões de habitantes do estado. A modernização desta rede contempla o desenvolvimento de 14.000 quilômetros de linhas de distribuição, 11.000 centros de transformação e 173.000 postes. O projeto faz parte do Programa Luz para todos.(Elétrica - 23.02.2005)

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7 Ecom Energia adia divulgação de edital de leilão para venda de energia elétrica

A Ecom Energia adiou para o fim de março a divulgação do edital do leilão para venda de energia elétrica. Previsto para ocorrer em fevereiro, a licitação foi adiada, segundo a empresa, devido ao interesse de novos clientes em participar da concorrência.A nova data será divulgada nos próximos dias. O leilão de energia da Ecom terá lotes para fornecimento até 2010. (Canal Energia - 23.02.2005)

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8 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 23-02-2005, o IBOVESPA fechou a 27.198,46 pontos, representando uma alta de 1,71% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,89 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 1,51%, fechando a 7.210,90 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 36,22 ON e R$ 34,30 PNB, alta de 1,46% e 0,88% respectivamente, em relação ao fechamento do dia anterior. Na abertura do pregão do dia 24-02-2005 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 37,00 as ações ON, alta de 2,15% em relação ao dia anterior e R$ 35,11 as ações PNB, alta de 2,36% em relação ao dia anterior. (Economática e Investshop - 24.02.2005)

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9 Curtas

A geradora Furnas Centrais Elétricas recebeu ontem o Prêmio Nacional da Qualidade pela excelência de seu laboratório de concreto em Goiânia (GO). A unidade é a única de Furnas que presta serviços de consultoria para outros países. O prêmio foi entregue pessoalmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ontem, ao presidente da empresa, José Pedro Rodrigues de Oliveira. (Gazeta Mercantil - 24.02.2005)

O Banco Espírito Santo (BES) revisou as estimativas para o preço alvo e recomendação das ações da Cemig. Assim, o preço alvo dos papéis foram elevados em 8%, passando de R$ 79,74/mil ações preferenciais para R$ 86,13/mil ações preferenciais. Nesse sentido, o BES reforçou sua recomendação de compra das ações da Cemig. (Elétrica - 23.02.2005)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Secretário de energia do RS descarta risco de racionamento de energia

A estiagem obrigou o Rio Grande do Sul a importar cerca de 70% da demanda de energia, percentual superior à média anual de importação pelo estado, entre 35% a 40%. O secretário de Energia, Minas e Comunicações do estado, Valdir Andres, descartou risco de racionamento, apesar dos níveis atuais dos reservatórios. Segundo o secretário, o índice de armazenamento médio dos reservatórios caiu 0,95% em relação ao dia anterior, com 59,3% da capacidade. Os reservatórios da Bacia do Uruguai são os mais afetados pela seca. A represa da hidrelétrica de Machadinho está com 32% da capacidade, próxima do nível de risco, de 30%, diz Andres. O reservatório da usina Jacuí opera com 85% e Itaúba, com 84%. Já Passo Real, principal reservatório do estado, tem nível de armazenamento de 55%. Andres informou que a hidrelétrica Monte Claro (130 MW) suspendeu a geração da primeira turbina, de 65 MW devido à baixa vazão do Rio das Antas. (Canal Energia - 23.02.2005)

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2 Novo recorde de consumo de energia no RS

A CEEE registrou nesta quarta-feira, 23 de fevereiro, às 14:32 horas, mais um recorde na demanda instantânea de energia elétrica no Rio Grande do Sul. A temperatura perto dos 35°C influenciou a demanda de 4.284 MW, que superou o último pico de consumo registrado na segunda-feira (21/02), de 4.280 MW. (Canal Energia - 23.02.2005)

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3 Submercado Sudeste/Centro-Oeste registra volume 30,2% acima da curva de aversão ao risco

Os reservatórios do submercado Sudeste/Centro-Oeste apresentam 78,2% de volume armazenado, com aumento de 0,11% em relação ao dia 21 de fevereiro. O índice fica 30,2% acima da curva de aversão ao risco. As hidrelétricas Emborcação e Furnas operam com capacidade de 88,1% e 96%,respectivamente. (Canal Energia - 23.02.2005)

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4 Nível de armazenamento do submercado Sul está em 55,3%

O submercado Sul apresenta 55,3% de capacidade armazenada em seus reservatórios, com queda de 0,98% em relação ao dia 21 de fevereiro. A hidrelétrica G. B. Munhoz opera com 58,3% de volume armazenado.(Canal Energia - 23.02.2005)

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5 Submercado Nordeste registra volume 35,2% acima da curva de aversão ao risco

O nível dos reservatórios do submercado Nordeste está em 80,7%, com aumento de 0,31% em relação ao dia 21 de fevereiro. O índice fica 35,2% acima da curva de aversão ao risco. A hidrelétrica de Sobradinho apresenta capacidade de 82,7%.(Canal Energia - 23.02.2005)

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6 Nível de armazenamento do submercado Norte está em 79,2%

O índice de armazenamento do submercado Norte está em 79,2%, com aumento de 1,3% em relação ao dia 21 de fevereiro. O reservatório da hidrelétrica de Tucuruí apresenta 84,7% de volume armazenado.(Canal Energia - 23.02.2005)

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Gás e Termoelétricas

1 Lucro da Petrobras Energia supera projeções da Merrill Lynch

A Merrill Lynch divulgou na última terça-feira um relatório analisando o resultado do quarto trimestre de 2004 da Petrobras Energia, controlada da estatal brasileira que atua em diversos países da América do Sul, em especial na Argentina.No período em questão, o lucro líquido da companhia atingiu US$ 176,3 milhões, superando as estimativas da Merrill Lynch, que apontavam para US$ 141,7 milhões, impulsionado pela reversão da provisão de perdas futuras. No entanto, o banco norte-americano manteve sua recomendação 'neutra' para as ações da empresa, por não acreditar em valorização expressiva dos papéis. O preço do barril do petróleo aumentou de forma significativa no mercado internacional ao longo do ano passado, beneficiando a empresa. Por outro lado, o volume das vendas da empresa diminuiu. A produção de petróleo, com uma queda de 15% na Argentina, caiu 6% no quarto trimestre do ano passado, enquanto o volume de vendas de gás natural sofreu redução de 8%. (Elétrica - 23.02.2005)

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2 Petrobrás tem estudo pronto para biodiesel de soja, girassol e nabo

A Petrobrás tem um estudo pronto para produzir biodiesel no Sul do Estado do Paraná com plantas oleaginosas como soja, girassol e nabo. O projeto está sob responsabilidade da Gerência de Gás e Energia da estatal. O investimento para a produção em larga escala é estimado em R$ 15 milhões, segundo fontes envolvidas no estudo. A Petrobrás aproveitará as instalações da unidade de São Mateus do Sul, 140km de Curitiba. A capacidade de produção de biodiesel em São Mateus pode variar de 10 mil a 40 mil toneladas/ano. O estudo indica que o ideal seriam 40 mil toneladas/ano, para garantir ganho de escala. O projeto é desenvolvido em conjunto com órgãos ligados à agricultura no Paraná e Santa Catarina. A produção de biodiesel deve beneficiar agricultores do Sul do Paraná e Santa Catarina. Já há tecnologia para o uso da soja, mas o girassol precisa ser adaptado à região, e os pesquisadores estudam melhorias agronômicas no nabo para seu aproveitamento como matéria-prima. Há possibilidade ainda de usar canola e amendoim. Segundo o estudo de viabilidade, a demanda no Brasil gira em torno de 800 mil toneladas para biodiesel. (O Estado de São Paulo - 23.02.2005)

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3 Gasmig já contratou R$ 370 mi

Antes de completar duas semanas de obras, na construção do gasoduto com 300 quilômetros de extensão, em direção ao Vale do Aço, a Gasmig revelou que já tem contratos no valor de R$ 370 milhões para o fornecimento de 11 milhões de metros cúbicos mensais de gás, nesse trecho, durante seis anos. Os documentos foram assinados com a mineradora Ferteco, que pertence à Cia Vale do Rio Doce (cinco milhões de metros cúbicos mensais) e com a siderúrgica Açominas (um milhão) que receberão o combustível já a partir de agosto e o restante com a siderúrgica Novelis do Brasil (ex-Alcan), que será atendida em setembro do próximo ano. As informações foram prestadas pelo gerente de novos negócios da companhia, Décio Guimarães de Abreu. Abreu revelou ainda que no prazo máximo de 24 meses o gasoduto alcançará João Monlevade e Timóteo. Nessas cidades estão localizadas, respectivamente, uma usina da Cia. Belgo Mineira e a usina da Acesita, ambas pertencentes ao grupo Arcelor e com quem negocia o fornecimento conjunto de 15 milhões de metros cúbicos mensais. O gasoduto passará também diante da planta da siderúrgica Usiminas, com a expectativa de fornecimento de outros 15 milhões de metros cúbicos mensais e encerrará seu percurso diante dos portões da fábrica de celulose da Cenibra, onde a Gasmig espera entregar seis milhões de metros cúbicos mensais. (Gazeta Mercantil - 24.02.2005)

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4 Wärtsilä prevê gargalos e aposta na produção para térmicas

Prevendo novos gargalos no sistema elétrico a partir de 2008, a gigante finlandesa Wärtsilä está apostando firme na expansão de seus negócios no Brasil. Ainda descarta instalar em território brasileiro uma unidade industrial para fabricar seus motores movidos a óleo ou a gás para usinas térmicas, mas acredita em um crescimento das vendas nos próximos anos e já prepara o terreno para isso. O presidente mundial da companhia, Ole Johansson, percorreu gabinetes de executivos da Petrobras no Rio e reuniu-se ontem com a ministra Dilma Rousseff. Diz que entre os seus objetivos está o de "cumprimentar" o governo pelo novo marco regulatório do setor elétrico, mas ele não esconde as pretensões da empresa. Para crescer na área de energia, conta com um cenário que dá arrepios na ministra Dilma: a perspectiva de déficit energético a partir de 2008. "O próprio ONS alerta para esse risco", afirma o diretor da Wärtsilä no Brasil, Robson Campos. No Brasil, a companhia finlandesa forneceu motores e equipamentos para 13 usinas, que totalizam mais de 500 MW. (Valor - 24.02.2005)

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5 Rolls-Royce aposta em termelétricas e módulos de geração para as plataformas

A Rolls-Royce, gigante britânica que desenvolve projetos de engenharia com aplicações no mar, terra e ar, está crescendo na área de energia no Brasil de olho em dois nichos de mercado: o fornecimento de módulos de geração para as plataformas da Petrobras e a construção de termelétricas. Até 2009, a empresa prevê vender US$ 300 milhões no país com 15 turbinas para as plataformas P-51, P-52, PRA-1 e P-53, encomendadas pela estatal. Em outra frente, aguarda pelo leilão de energia nova, dentro do novo modelo do setor elétrico, para erguer em São Paulo uma térmica de 240 MW com investimento estimado até US$ 250 milhões. O projeto da térmica pertence à empresa Capuava Geração, controlada pela Rolls-Royce Power Ventures, subsidiária do grupo inglês para o negócios de energia. "A geração de energia é uma das áreas com maior potencial de crescimento para a empresa no Brasil, mas a co-geração ainda precisa ser estimulada", ponderou o presidente da Rolls-Royce para a América do Sul, Francisco Itzaina. (Valor - 24.02.2005)

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Economia Brasileira

1 Copom: Ajuste ainda não acabou

Na ata da reunião da semana passada, em que foi decidida mais uma elevação de 0,5 ponto percentual na Selic, a taxa básica de juros da economia, o Copom indica que o aperto ainda não acabou. O documento, no entanto, sugere que os riscos de a inflação fugir da meta traçada pelo BC são menores e acrescenta que o número de nova altas de juros vai depender da confirmação deste cenário mais favorável. A ata da reunião do Copom, divulgada nesta quinta-feira, é o mais importante instrumento de comunicação do comitê com o mercado. Assim como na ata da reunião de janeiro, o Copom reafirma que a taxa de juros será mantida em patamar elevado por "um período suficientemente longo de tempo", antes de começar a cair. Diferentemente do que foi divulgado na ata da reunião do mês passado, entretanto, em que o BC chegou a dizer que poderia aumentar a dose na alta dos juros, o documento de fevereiro diz que o ritmo da alta, que vem sendo de 0,5 ponto percentual, poderá ser mantido como foi "originalmente programado". (O Globo Online - 24.02.2005)

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2 Renda em dezembro foi a menor desde 1985

Os rendimentos médios verificados em dezembro de 2004 na Grande São Paulo, de R$ 1.013 para os ocupados, queda de 0,4% em comparação a novembro, e de R$ 1.071 para os assalariados, baixa de 1,8% sobre o mês anterior, são os menores já verificados desde 1985, quando a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) começou a ser produzida, informaram os técnicos da Fundação Seade e do Dieese. A massa de rendimentos na comparação entre dezembro de 2003 e o mesmo mês de 2004 teve retração de 0,9%, entre ocupados, e crescimento de 2,5%, entre assalariados. "A massa de rendimentos entre assalariados cresce única e exclusivamente pelo aumento do emprego, porque os salários médios estão em queda", enfatizou o coordenador de análise da PED pela Fundação Seade, Alexandre Loloian. Dessa forma, ele descartou o risco de pressões inflacionárias vinculadas a aumentos salariais. (O Estado de S. Paulo - 24.02.2005)

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3 Imposto preocupa mais que juro

As indústrias consideram a carga tributária o maior entrave ao crescimento sustentado da economia nacional, seguida pelos juros e pela infra-estrutura deficiente. Esse foi um dos resultados das questões especiais da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação da FGV, realizada com 1.020 empresas. A carga tributária, que já tinha sido campeã nisso na pesquisa de janeiro de 2004 com 56% dos votos, desta vez teve 58%, quase o dobro dos juros, indicados por 23% (ante 25% em 2004).Do início de 2004 para cá, a proporção de empresas que apontou a carga tributária como o fator mais negativo cresceu principalmente no segmento de materiais de construção, de 33% para 76%. Mas também houve redução em dois segmentos: bens de capital (máquinas e equipamentos), de 74% para 66%, e bens intermediários (como celulose e plásticos), de 52% para 49%. O percentual dos que indicaram a infra-estrutura ruim como principal obstáculo ao crescimento aumentou de janeiro de 2004 para cá de 4% para 10%. (Jornal do Commercio - 24.02.2005)

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4 Tesouro quer diminuir dívida atrelada à Selic

O principal objetivo dos administradores da dívida pública federal este ano será diminuir a quantidade de títulos indexados à taxa básica de juros. "Depois do avanço que tivemos ao longo de 2004 na redução da dívida atrelada ao câmbio, este ano o foco será a Selic", disse o secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy.Conforme dados do Tesouro, a parcela da dívida corrigida pela Selic era de 45,7% em dezembro passado. Cada vez que o Copom eleva a taxa em 0,5 ponto percentual, como fez neste mês, o gasto do Governo com juros sobre a dívida aumenta R$ 2,4 bilhões, caso o aumento seja mantido por 12 meses. É para combater essa vulnerabilidade da dívida perante os humores da economia que o Tesouro se esforça para reduzir o volume de papéis corrigidos pela Selic e pelo câmbio.O Governo prefere ter a dívida corrigida pelos índices de inflação ou, melhor ainda, com papéis que tenham um rendimento fixado no momento do leilão, os prefixados. (Jornal do Commercio - 24.02.2005)

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5 Indústria planeja aumentar capacidade em 8%

Os investimentos em curso na indústria vão aumentar em 8% a capacidade de produção neste ano. A previsão é da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação, da FGV, que entrevistou 599 representantes de empresas. O crescimento das instalações é idêntico ao esperado pelos empresários no mesmo período do ano passado. Em três anos, a indústria deverá exibir expansão de 19%, de acordo com as expectativas dos entrevistados. Os fabricantes de bens de consumo esperam aumentar o parque fabril em cerca de 11% em 2005, enquanto as indústrias de bens de capital aguardam por uma expansão de 9%. Produtores de materiais de construção e de bens intermediários apostam num incremento de 7%. O otimismo da indústria neste ano é comparável ao entusiasmo do período que se seguiu ao Plano Cruzado, em 1986. (Gazeta Mercantil - 24.02.2005)

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6 IGP-M de fevereiro desacelera para 0,30%

A inflação apurada pelo IGP-M em fevereiro foi de 0,30%, abaixo dos 0,39% registrados em janeiro. O resultado ficou abaixo do estimado pelo Relatório de Mercado do BC, que previa inflação de 0,38% no período. No ano, o IGP-M acumula alta de 0,69% e, em 12 meses, de 11,43%. O IPA, com peso de 60% sobre o índice, subiu 0,20%, mesma variação registrada no mês anterior. O IPC, com peso de 30%, teve variação positiva de 0,51%, contra 0,80% de janeiro. Das sete classes de despesa que formam o índice, seis apresentaram redução em suas taxas de variação. O INCC teve desaceleração de 0,28 ponto percentual, passando de 0,70% em janeiro para 0,42% em fevereiro. (O Globo Online - 24.02.2005)

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7 Dólar ontem e hoje

Apesar da pressão com a formação da Ptax (taxa média do dólar), a moeda americana mantém uma pequena queda nesta manhã. Às 12h30m, o dólar tinha redução de 0,07%, a R$ 2,590 na compra e R$ 2,592 na venda. Ontem, o dólar comercial terminou com queda de 0,19%, negociado a R$ 2,5920 para compra e R$ 2,5940 para venda. (O Globo Online e Valor Online - 24.02.2005)


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Internacional

1 RWE registra lucro de 2,13 bi de euros em 2004

O grupo eléctrico alemão RWE registou em 2004 um lucro de 2,13 bilhões de euros, contra os 953 milhões de euros verificados no ano anterior. A RWE anunciou que o seu volume de vendas registou, no entanto, uma queda de 4% para 42,13 bilhões de euros no período em análise, tendo os resultados de exploração crescido 8% para 5,97 bilhões de euros. A RWE adiantou ainda ter finalizado o programa de austeridade iniciado em 2000, com o qual poupou 2,6 bilhões de euros anuais, sobretudo no negócio da produção de eletricidade na Alemanha.Até 2006, a empresa prevê poupar mais 700 milhões de euros com a ajuda de um plano de reestruturação que afetará as compras, o setor de informática e uma maior eficiência na área da distribuição de água. Este ano, o grupo espera ter um aumento do lucro e dos resultados de exploração inferior a 10%. (Diário Econòmico - 24.02.2005)

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2 Galp Energia registra lucro de 333 mi de euros em 2004

A Galp Energia anunciou um lucro de 333 milhões de euros no ano passado, uma subida de 35% face a 2003. A empresa explica que os resultados, não auditados, representam um novo recorde e resultam de uma melhoria "muito significativa e sustentada da rentabilidade da empresa", que se deve "à consistência da estratégia seguida nos últimos anos".(Diário Econòmico - 24.02.2005)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Diego Garbayo e Diogo Bravo

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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