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IFE: nº 1.518 - 21 de fevereiro de 2005
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Fiesp prepara documento com propostas para próximo leilão de energia
2 BNDES desembolsa R$ 373 mi para o SE em janeiro
3 Aneel declara utilidade pública de terras em MG e RS para passagem de LTs
4 Aneel altera regras de repasse da CCC
5 MMA define agenda comum com Abdib para 2005
6 Energias renováveis: Manifesto aponta importância estratégica do Brasil
7 Curtas

Empresas
1 STF barra ações do Ministério Público Federal contra a Usina de Itaipu
2 Eletrobrás investe R$ 11 mi na área de saneamento ambiental
3 Ampla fará emissão de R$ 400 mi em debêntures em 1º de março
4 CUT apóia campanha contra privatização da CTEEP
5 Eletronorte investe em área devastada para salvar linha de transmissão
6 Chesf tem autorização para implantação de reforços de transmissão no Ceará
7 Cotações da Eletrobrás
8 Curtas

Gás e Termelétricas
1 Grupo Areva quer participar do desenvolvimento do programa nuclear brasileiro
2 Grupo Areva demonstra interesse na conclusão do projeto de Angra 3
3 Empresas de MG e RS investem R$ 10,5 mi na construção de térmicas

Economia Brasileira
1 Conselho de Infra-estrutura da Fiesp discute projeto das PPPs
2 País cresce menos em 2005, mas pode ter mais investimento

3 Mercado espera alta menor de juros em março
4 Desembolsos dos BNDES cresceram 69% em janeiro
5 Dúvidas sobre a renovação do acordo com o FMI
6 Relação dívida/ PIB deve ficar estável este ano
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Coréia do Sul vai exportar energia elétrica para a Coréia do Norte
2 EDF tenta parcerias para realizar aquisição da Edison

Regulação e Novo Modelo

1 Fiesp prepara documento com propostas para próximo leilão de energia

O Conselho de Infra-estrutura (Coinfra) da Fiesp encaminhará nesta semana ao governo um documento com propostas para o próximo leilão de energia. Segundo o presidente do Coinfra, Fernando Xavier, o documento está praticamente concluído e o trabalho deve se encerrar até terça-feira (22/02). A proposta se concentra em três principais pontos. O primeiro é a definição de como as empresas estatais participarão do leilão para que a "presença delas ocorra de forma equilibrada". O segundo diz respeito aos parâmetros que são definidos após a conclusão do leilão. O Coinfra sugere que esses pontos sejam totalmente abertos aos participantes para que o leilão transcorra "de forma transparente e com credibilidade". O último ponto é sobre a necessidade de o índice de correção das tarifas ser correspondente aos custos dos projetos de forma que os reajustes não sejam inviabilizados. (Gazeta Mercantil - 21.02.2005)

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2 BNDES desembolsa R$ 373 mi para o SE em janeiro

O setor de energia elétrica recebeu R$ 373 milhões em desembolsos do BNDES em janeiro. O resultado é 181% maior que o verificado no mesmo período do ano passado. Dos R$ 3,791 bilhões liberados pelo banco no primeiro mês do ano, o setor ficou com 10%. O volume total desembolsado pelo BNDES, em janeiro, representou um crescimento de 69% em relação ao mesmo período de 2004. O setor de infra-estrutura recebeu empréstimos totais de R$ 1,011 bilhão, resultado 186% superior ao de janeiro do ano passado. Na área de infra-estrutura, o setor de energia elétrica só perdeu em nível de desembolsos para o grupo outros transportes, com R$ 515 milhões. Os enquadramentos cresceram 254%, chegando a R$ 7,524 bilhões. As aprovações subiram 32%, alcançando R$ 1,708 bilhão. A apresentação de cartas-consulta despencou 60% em janeiro, ficando em R$ 3,572 bilhões. O BNDES atribuiu o fato à diminuição das atividades empresariais na passagem de ano. (Canal Energia - 18.02.2005)

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3 Aneel declara utilidade pública de terras em MG e RS para passagem de LTs

Faixas de terra no Rio Grande do Sul e Minas Gerais foram declaradas de utilidade pública em resoluções da Aneel aprovadas esta semana. As terras são necessárias à passagem do segundo circuito da linha de transmissão Itaúba - Dona Francisca e da linha Montes Claros - Irapé. As declarações foram aprovadas em favor das empresas CEEE e Companhia Transleste de Transmissão. O segundo circuito da linha Itaúba - Dona Francisca, de responsabilidade da CEEE, passará por 64 propriedades localizadas nos municípios gaúchos de Pinhal Grande, Nova Palma e Agudo. O empreendimento, previsto para entrar em operação no próximo dia 28, terá 23,1 quilômetros de extensão e operará com 230 kV. A implantação do segundo circuito da linha irá reforçar o sistema de transmissão na região oeste do estado do Rio Grande do Sul. A Companhia Transleste de Transmissão será responsável pela construção da linha Montes Claros - Irapé que passará por 116 propriedades nos municípios de Montes Claros, Francisco Sá, Cristália e Grão Mogol, em Minas Gerais. O empreendimento, que escoará a energia gerada pela hidrelétrica de Irapé para o Sistema Interligado Nacional, terá 345 kV de tensão e 138,5 quilômetros de extensão. (NUCA-IE-UFRJ - 21.02.2005)

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4 Aneel altera regras de repasse da CCC

A Aneel aprovou esta semana resolução que altera as regras de repasse de recursos da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) a empreendimentos que substituam a geração ou contribuam para a redução do uso de derivados de petróleo nos sistemas isolados. O novo regulamento aperfeiçoa critérios estabelecidos pela Resolução Aneel nº 784/02, ao reforçar os mecanismos de acompanhamento e de fiscalização dos investimentos realizados na construção e na instalação de PCHs, centrais geradoras eólicas, usinas movidas a energia solar e termelétricas a biomassa beneficiadas com os recursos da CCC. A principal alteração é a correção dos valores das quotas da CCC pelo IGP-M, no período entre o cálculo dessas quotas e a data de pagamento do benefício. O saldo do montante apurado para o benefício também será reajustado pelo IGP-M. (NUCA-IE-UFRJ - 21.02.2005)

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5 MMA define agenda comum com Abdib para 2005

O licenciamento ambiental para os 17 empreendimentos que participarão do leilão de energia nova, para a hidrelétrica de Estreito e para a implantação de gasodutos e a nova metodologia de cálculo para compensação ambiental são os principais focos da agenda comum estabelecida entre a Abdib e o MMA. Em relação ao leilão de energia nova, o MMA acredita que nem todos os 17 empreendimentos recebam a tempo a licença ambiental prévia para participar da licitação. Segundo Cláudio Langone, secretário-executivo do ministério, a dificuldade reflete a demora no pedido de licenciamento ambiental para estas concessões. (Canal Energia - 18.02.2005)

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6 Energias renováveis: Manifesto aponta importância estratégica do Brasil

Participantes do Congresso Internacional de Clima e Energia assinaram o manifesto "Além de Kyoto". O documento aponta que o Brasil possui importância estratégica no desenvolvimento de energias renováveis, para preservar o clima e aumentar a segurança no abastecimento, com a diversificação energética. O documento ressalta que a geração nuclear não pode ser considerada uma alternativa energética renovável devido aos problemas de armazenamento de resíduos e de segurança, além do risco de proliferação de armas nucleares. No Rio 5, foi apresentado o projeto Swera - sigla inglesa para Avaliação dos Recursos de Energia Solar e Eólica - que mapeia de maneira detalhada os potenciais de energia solar e eólica no país. O Swera pretende servir de ferramenta para o planejamento de investimentos e políticas públicas para aproveitamento de energias renováveis. (Canal Energia - 18.02.2005)

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7 Curtas

O Ministério de Meio Ambiente e a Associação Brasileira de Infra-Estrutura e Indústrias de Base assinaram nesta sexta-feira, dia 18 de fevereiro, um termo de cooperação técnica para o lançamento de um curso de capacitação profissional. O MBA Ambiental começará em abril deste ano e tem por objetivo capacitar técnicos de infra-estrutura em gestão ambiental. (Canal Energia - 18.02.2005)

Participantes do Congresso Internacional sobre Clima e Energia (Rio 5), puderam compensar os impactos climáticos causados pelos vôos que os trouxeram ao Rio convertendo a média de dióxido de carbono emitido no trajeto aéreo em euros que serão doados à Usina Verde, uma iniciativa piloto de eficiência energética, implantada no Campus da UFRJ, na Ilha do Fundão. (Jornal do Commercio - 21.02.2005)

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Empresas

1 STF barra ações do Ministério Público Federal contra a Usina de Itaipu

O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, concedeu medida liminar que suspende uma série de ações civis públicas movidas por procuradores do Ministério Público Federal de Foz de Iguaçu (PR) contra a Usina Hidrelétrica Binacional de Itaipu, a União, o Tribunal de Contas da União e o Ibama. O MPF entrou com ação na Justiça Federal para que a Usina seja tratada como uma empresa pública brasileira, com isso, Itaipu teria que seguir, por exemplo, a lei de licitação brasileira. O Ministério Público estava apelando para que o Tratado Brasil-Paraguai fosse desconsiderado. O departamento jurídico de Itaipu apelou ao STF para que o direito do Paraguai fosse respeitado. (Canal Energia - 18.02.2005)

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2 Eletrobrás investe R$ 11 mi na área de saneamento ambiental

A Eletrobrás assinou convênios com 11 empresas de saneamento ambiental de oito estados e do Distrito Federal dentro do Programa de Eficiência Energética em Saneamento Ambiental (Procel Sanear). O valor dos contratos do Procel Sanear, que busca tornar os sistemas de distribuição e tratamento de água mais eficientes, chega a R$ 7 milhões. A expectativa da estatal é que a iniciativa reduza em 21.306,83 MWh/ano o consumo de energia elétrica das companhias, uma economia estimada em R$ 40 milhões. O Procel Sanear investirá outros R$ 4 milhões nos Laboratórios de Eficiência Energética e Hidráulica em Saneamento de cinco universidades federais. As unidades serão transformadas em centros de referência regional e de formação de profissionais em diversos níveis (técnicos, graduação e pós-graduação). Segundo a Eletrobrás, os laboratórios terão o foco no uso eficiente e integrado de água e energia elétrica. (Canal Energia - 18.02.2005)

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3 Ampla fará emissão de R$ 400 mi em debêntures em 1º de março

O Conselho de Administração da Ampla aprovou, durante reunião realizada na última terça-feira (15/02), a data de 1º de março de 2005 para a terceira emissão de debêntures da companhia. A distribuidora emitirá R$ 400 milhões em debêntures, em duas séries. As debêntures da primeira série têm prazo de três anos, com vencimento em 1º de março de 2008. Já o prazo das debêntures da segunda série é de cinco anos, com vencimento em 1º de março de 2010. As debêntures serão subscritas pelo seu valor nominal (R$ 10 mil), acrescido de remuneração e calculada pro rata temporis, desde a data de emissão até a data da efetiva integralização. As condições da emissão foram encaminhadas nesta sexta-feira, dia 18 de fevereiro, à Bolsa de Valores de São Paulo. (Canal Energia - 18.02.2005)

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4 CUT apóia campanha contra privatização da CTEEP

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) decidiu apoiar a campanha, na Assembléia Legislativa de São Paulo, contra a inclusão da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP) no Programa Estadual de Desestatização (PED). A CUT pretende fazer campanha de esclarecimento à população sobre os efeitos da privatização e ainda pressionar a Assembléia Legislativa. (Elétrica - 18.02.2005)

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5 Eletronorte investe em área devastada para salvar linha de transmissão

A Eletronorte está investindo R$ 156,4 mil no projeto de recuperação da microbacia do Córrego Lajeado, no município de Pedra Preta, no Mato Grosso. A região sofre há 15 anos com um processo de erosão subterrânea causada por águas pluviais, conhecido como voçoroca. Uma cratera de dois quilômetros de extensão é o sinal mais nítido da degradação ambiental. O fenômeno chamou a atenção da empresa porque estava ameaçando a linha de transmissão Alto Araguaia-Rondonópolis, uma de suas cinco torres localizada na região afetada. A Eletronorte estudou a possibilidade de transferir as torres para outro local, mas decidiu investir na solução do processo de erosão. O projeto de recuperação prevê investimentos totais de R$ 256 mil em parceria com o governo do Mato Grosso. (Canal Energia - 18.02.2005)

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6 Chesf tem autorização para implantação de reforços de transmissão no Ceará

A Chesf foi autorizada pela Aneel a implantar reforços em instalações de transmissão no Ceará. A entrada em operação comercial está prevista para o período entre dezembro deste ano e dezembro de 2006. O objetivo é proporcionar maior confiabilidade ao Sistema Interligado Nacional (SIN), principalmente na região metropolitana de Fortaleza. No conjunto de obras, está a implantação de equipamentos na subestação Fortaleza II; implantação da terceira linha de transmissão entre as subestações Fortaleza e Fortaleza II; remanejamento da linha de transmissão que supre a subestação Delmiro Gouveia. A Chesf investirá aproximadamente R$ 62 milhões nas obras que integram o Plano de Ampliações e Reforços (PAR), elaborado pelo ONS para o ciclo 2005/2007. (NUCA-IE-UFRJ - 21.02.2005)

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7 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 18-02-2005, o IBOVESPA fechou a 23.756,25 pontos, representando uma baixa de 1,24% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,50 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 0,97%, fechando a 7.169,36 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 36,50 ON e R$ 34,85 PNB, baixa de 1,88% e 3,11%, respectivamente, em relação ao fechamento do dia anterior. Na abertura do pregão do dia 21-02-2005 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 36,10 as ações ON, baixa de 1,10% em relação ao dia anterior e R$ 35,00 as ações PNB, alta de 0,43% em relação ao dia anterior. (Economática e Investshop - 21.02.2005)

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8 Curtas

A Cemig abre, nesta segunda-feira, dia 21 de fevereiro, as inscrições para o 2º Prêmio Energia Inteligente. Este ano, o tema é "Combate ao desperdício de energia: um dever do cidadão" e tem o objetivo de estimular e desenvolver a conscientização sobre a importância de preservar o meio ambiente e os valores disseminados pelo programa Cemig nas Escolas - Procel. (Canal Energia - 21.02.2005)

A unidade de São Paulo da Areva de transmissão e distribuição (T&D), que fornece produtos para mercados de alta e média tensão, deve receber algum investimento, visando desenvolver as exportações para os Estados Unidos segundo informou a presidente do Grupo Areva, Anne Lauvergeon. (Gazeta Mercantil - 21.02.2005)

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Gás e Termoelétricas

1 Grupo Areva quer participar do desenvolvimento do programa nuclear brasileiro

O grupo francês Areva, que atua nas áreas de energia nuclear, transmissão e distribuição de energia e conectores, busca uma nova cooperação com o Brasil para desenvolvimento do programa nuclear nacional, após ter construído Angra 2 e fornecido parte dos equipamentos para Angra 3. A presidente mundial da Areva, Anne Lauvergeon, encontrou-se com a ministra Dilma Rousseff, além de representantes de antigos parceiros, como as Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e a Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep) para oferecer apoio em novas operações. Anne Lauvergeon afirmou querer entender a vontade do Brasil de encaminhar o programa nuclear para então oferecer uma ''cooperação industrial forte'', mas ''flexível'' às intenções do país. Mesmo sendo líder mundial no desenvolvimento de reatores e na fabricação de combustível, Anne não quis revelar eventuais intenções de se estabelecer no país com uma ou mais destas unidades de negócios. Ela descartou a possibilidade de reprocessar e reciclar o combustível nuclear usado, ''porque não há essa necessidade ainda''. (Gazeta Mercantil - 21.02.2005)

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2 Grupo Areva demonstra interesse na conclusão do projeto de Angra 3

A presidente do Grupo Areva, Anne Lauvergeon, está interessada na conclusão do projeto da usina de Angra 3, para a qual a Areva já forneceu quase US$ 1 bilhão em equipamentos que estão armazenados, consumindo US$ 20 milhões em manutenção. "Sabemos que a energia nuclear brasileira tem alto custo em relação à abundante energia hidrelétrica, mas no mundo se leva cinco anos para construir uma central nuclear e 20 anos para amortizá-la; por aqui se leva 20 anos para construir e outros cinco para recuperar o investimento. É necessário um balanceamento, assegurando rentabilidade", afirmou. Ela assegurou que, ainda que os equipamentos tenham sido fornecidos por volta de 1985, quando os trabalhos em Angra 3 foram interrompidos, a Areva se compromete a realizar uma atualização, ''de forma que a usina tenha instalações, controle e comando do ano 2000''. (Gazeta Mercantil - 21.02.2005)

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3 Empresas de MG e RS investem R$ 10,5 mi na construção de térmicas

A Aneel autorizou as empresas Usina Couripe Açúcar e Álcool S/A e a Cooperativa Agroindustrial Alegrete Ltda. a se estabelecerem como Produtoras Independentes de Energia (PIEs) com a implantação das termelétricas Limeira do Oeste e Caal, respectivamente. Os investimentos previstos para os novos empreendimentos somam R$ 10,5 milhões. A usina Limeira do Oeste será construída no município de mesmo nome, em Minas Gerais, e terá 5 MW de potência instalada, capacidade suficiente para beneficiar uma população de 44,7 mil habitantes. O empreendimento deverá entrar em operação até maio deste ano. A termelétrica Caal terá 3,8 MW de capacidade instalada e estará localizada no município de Alegrete, no Rio Grande do Sul. Prevista para entrar em operação até novembro de 2006, a usina terá capacidade suficiente para beneficiar 34,2 mil habitantes. (NUCA-IE-UFRJ - 21.02.2005)

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Economia Brasileira

1 Conselho de Infra-estrutura da Fiesp discute projeto das PPPs

O Conselho de Infra-estrutura (Coinfra) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), discutiu as Parcerias Público-Privadas (PPP). De acordo com o presidente do conselho, Fernando Xavier, há consenso quanto ao empenho do Governo na regulamentação do projeto, porém, há dúvida em alguns quesitos. Um deles é o papel do BNDES como fomentador do projeto. Outra dúvida são os fundamentos jurídicos do fundo garantidor. Na reunião ficou definido que o ministro interino do Planejamento Orçamento e Gestão, Nelson Machado, e o presidente do BNDES, Guido Mantega, serão convidados para um encontro com empresários na Fiesp para discussão desses pontos. A reunião deve acontecer dentro de 15 dias. (Gazeta Mercantil - 21.02.2005)

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2 País cresce menos em 2005, mas pode ter mais investimento

O economista Samuel Pessôa, da EPGE-FGV, prevê que o crescimento da economia em 2005 não deverá ser na mesma magnitude que o do ano passado. Pessôa estima um PIB entre 3% e 3,5% para o ano. Para ele, não será um resultado ruim após o crescimento de 5% de 2004. A atividade da economia em 2005 poderá ficar aquém da do ano passado porque não há mais capacidade ociosa para ser ocupada. O crescimento menor, contudo, vai se sustentar no investimento e na produtividade, dois indicadores que não têm andado a toda plenitude. O economista destaca, porém, que existem problemas na economia que vão na direção contrária do crescimento e que precisam ser enfrentados. Ele cita a ineficiência por conta de um marco institucional defasado e a alta carga tributária, fatores que acabam reduzindo o ritmo do crescimento e até contaminando a inflação, como é o caso da carga tributária. (Valor Online - 21.02.2005)

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3 Mercado espera alta menor de juros em março

Os analistas do mercado financeiro fizeram uma pequena correção para baixo na previsão de inflação para 2005 e já esperam para março a redução no ritmo de alta dos juros. Segundo o boletim Focus, divulgado semanalmente pelo BC a partir de consultas aos agentes do mercado, a expectativa em relação ao IPCA deste ano passou de 5,74% para 5,70%. Apesar da redução, a previsão continua acima do objetivo de inflação perseguido pelo BC neste ano, que é de 5,1%.O receio de que a inflação saia do controle é o principal motivo para o Copom elevar as taxas de juros. A taxa básica da economia, a Selic, está em 18,75%, após seis elevações consecutivas. Ao contrário do que aconteceu nas últimas reuniões, quando os juros subiram 0,5 ponto percentual, o mercado espera que em março o Copom eleve a taxa em 0,25 ponto percentual, para 19%. (Folha Online - 21.02.2005)

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4 Desembolsos dos BNDES cresceram 69% em janeiro

Os desembolsos do BNDES somaram R$ 3,791 bilhões em janeiro, com crescimento de 69% em relação ao primeiro mês de 2004, quando o total havia chegado a R$ 2,237 bilhões. O orçamento do banco este ano é de R$ 60 bilhões. Os enquadramentos e aprovações cresceram 254% e 32%, respectivamente. Em janeiro, os enquadramentos totalizaram R$ 7,524 bilhões contra R$ 2,127 bilhões de igual período do ano anterior. O enquadramento é o primeiro nível de análise das propostas de financiamento que chegam ao banco. Já as aprovações chegaram neste ano a R$ 1,708 bilhão, superando as aprovações de R$ 1,298 bilhão, registradas em 2004. Houve queda de 60% na apresentação de cartas-consulta, que no último mês totalizaram R$ 3,572 bilhões. Segundo o banco, esse é um comportamento influenciado pela diminuição de atividade empresarial durante a passagem de ano. Em janeiro de 2004, a redução das cartas-consulta havia sido de 42%, compensada nos meses seguintes. Em dezembro, o crescimento das cartas-consulta foi de 121%. (Globo Online - 21.02.2005)

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5 Dúvidas sobre a renovação do acordo com o FMI

As incertezas demonstradas pelo Governo quando se trata da renovação do acordo do Brasil com o FMI também pairam entre especialistas. Oficialmente, a equipe econômica informa que a decisão ainda não foi tomada, mas há sinais de que é cada vez maior a tendência de uma não renovação do acordo.Alguns economistas defendem a manutenção deste vínculo com o Fundo recorrendo ao tradicional argumento do "colchão de segurança". Outros, no entanto, ressaltam que tecnicamente o País já tem condições de seguir sem o acordo e que, no caso de uma crise externa, não enfrentaria dificuldades para negociar a captação de novos recursos. O ministro Antônio Palocci, da Fazenda, já afirmou que não existe necessidade de renovar o acordo. (Jornal do Commercio - 21.02.2005)

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6 Relação dívida/ PIB deve ficar estável este ano

Depois da forte queda registrada em 2004, a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB deve ficar praticamente estável neste ano. A combinação de crescimento forte da economia, superávit primário elevado e carga menor de juros nominais - que levou o indicador a recuar de 57,2% para 51,8% no ano passado, primeira queda em 10 anos - não deve se repetir em 2005. O Brasil vai crescer menos, o esforço fiscal deve ser menor e o gasto com juros, maior. Com isso, a relação entre a dívida e o PIB, um dos principais indicadores de solvência de um país, deve ficar próxima do fechamento de 2004. O mercado projeta 51,5% para o fim do ano. (Valor Online - 21.02.2005)

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7 Dólar ontem e hoje

O mercado de câmbio anda ''de lado'' nesta segunda-feira, com o volume de negócios reduzido, devido ao feriado nos Estados Unidos. Às 12h15m, o dólar à vista subia 0,23%, cotado por R$ 2,577 na compra e R$ 2,579 na venda. Na sexta, o dólar comercial terminou com alta de 0,42%, comprado a R$ 2,5720 e vendido a R$ 2,5740. (O Globo Online e Valor Online - 21.02.2005)


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Internacional

1 Coréia do Sul vai exportar energia elétrica para a Coréia do Norte

O governo da Coréia do Sul vai prover energia elétrica ao parque industrial norte-coreano, segundo informações oficiais divulgadas nesta sexta-feira. Kaesong, cidade norte-coreana ao norte da fronteira entre as duas Coréias, vai receber a energia elétrica do governo de Seul. Funcionários do governo sul-coreano afirmaram que a estatal Coréia Energia Elétrica vai iniciar a transmissão de energia em março. O projeto de Kaesong é parte de um programa de incentivo sul-coreano para aquecer a economia da Coréia do Norte, e facilitar as negociações entre os dois países. A produção de energia na Coréia do Norte foi prejudicada desde 2002, quando os Estados Unidos e seus aliados cortaram a venda anual de 500 mil toneladas de petróleo, em retaliação ao país. (Elétrica - 18.02.2005)

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2 EDF tenta parcerias para realizar aquisição da Edison

A Eléctricité de France (EDF) anunciou que está a tentar reunir três grupos que estejam interessados em fazer uma parceria para adquirir a italiana Edison e a Italenergia, de modo a não ter de suportar sozinha as despesas de uma aquisição forçada pela lei italiana. A EDF detém uma participação de 18% na Italenergia - a qual controla a segunda maior energética italiana, a Edison - pelo que o Governo italiano está fazendo pressão para que a energética francesa cumpra o previsto na lei e que adquira a Edison depois de comprar o restante capital da Italenergia. Este negócio poderá representar um investimento de 12 bilhões de euros para a EDF. (Diário Econômico - 21.02.2005)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Diego Garbayo e Diogo Bravo

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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