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IFE: nº 1.517 - 18 de fevereiro de 2005
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
CNI aponta financiamento e tributação como focos do SE em 2005
2 ABB projeta crescimento de 20% para negócios no Brasil em 2005
3 Luz Para Todos leva energia ao interior de Pernambuco

Empresas
1 Celesc foi retirada do projeto de reforma administrativa do Governo de SC
2 AES Tietê quer usar reflorestamento de espécies nativas para negociar créditos de carbono
3 Eletronorte vai construir subestação e LT em Roraima
4 Copel faz chamada pública para programa de eficiência energética
5 Cotações da Eletrobrás
6 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 ONS: Horário de Verão resultou em queda de 5,5% no consumo de energia no horário de pico
2 MME: Horário de Verão melhora segurança do sistema elétrico
3 Excesso de chuva em MG faz Chesf aumentar vazão da Usina de Xingó

4 Sudeste/Centro-Oeste apresenta 77,4% de volume armazenado

5 Nível dos reservatórios do submercado Sul está em 60,2%

6 Índice de armazenamento do submercado Nordeste está em 78,8%

7 Submercado Norte apresenta 72,7% de capacidade em seus reservatórios

8 Chuva provoca blecaute em São Paulo

Gás e Termelétricas
1 CNI: Gás natural será viabilizado com a utilização das geradoras térmicas
2 Petrobras registra queda de 1,9% na produção de gás em janeiro
3 Petrobras vai tentar vender energia de suas térmicas em leilão de energia nova
4 Sauer: Petrobras já tem contratos para venda de 1,5 mil MW de térmicas em operação
5 Justiça mantém decisão que obriga Petrobras a realizar pagamento de R$ 14 mi mensais à MPX
6 Copel e Petrobras podem fechar proposta para Araucária
7 Termoceará: Justiça mantém pagamento de contingência
8 Governo de Santa Catarina recebe autorização para a privatização da SCGás
9 Deputado catarinense critica venda da SCGás

Grandes Consumidores
1 CST registra lucro de R$ 1,62 bi em 2004
2 CST está pronta para liderar projeto da Siderúrgica do Maranhão

Economia Brasileira
1 Iedi: Juro e câmbio não favorecem
2 Desempenho positivo do emprego fica aquém da produção

3 BC recompõe reservas líquidas
4 BNDES detecta aceleração na demanda por máquinas em 2005
5 IGP-M tem alta de 0,22% na segunda prévia do mês
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Total registra lucro recorde de 9,61 bi de euros em 2004

Regulação e Novo Modelo

1 CNI aponta financiamento e tributação como focos do SE em 2005

Na linha do que vêm indicando várias associações do setor elétrico, a Confederação Nacional da Indústria aponta a necessidade por linhas de financiamento e a rediscussão da elevada carga tributária como os pontos-chave da agenda para 2005. Na minuta de trabalho elaborada pelo Conselho de Infra-Estrutura da entidade, que terá como objetivo balizar as discussões junto ao governo e a órgãos da sociedade civil, a CNI coloca os dois tópicos na lista de temas a serem priorizados ao longo deste ano. Para a entidade, a cobertura da necessidade de capital intensivo inerente ao setor elétrico (avaliado em R$ 20 bilhões por ano para o acréscimo de 4 mil MW) precisa envolver não só o BNDES, mas também instituições privadas nacionais e estrangeiras. Na questão dos tributos, a CNI elenca o peso dos diversos encargos que incidem em toda a cadeia do setor. Considerando a incidência diferenciada nos segmentos de geração, transmissão, distribuição e consumo final, este último arca com o maior número de encargos setoriais nas tarifas de luz. Entretanto, a entidade avalia que o maior impacto pelo aumento do custo com energia, em decorrência da elevada carga tributária, se dá no setor industrial, cujos grandes consumidores demandam 24% (73 mil GWh) da energia consumida no país. (Canal Energia - 17.02.2005)

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2 ABB projeta crescimento de 20% para negócios no Brasil em 2005

A ABB Brasil projeta para 2005 um crescimento de 20% para os negócios na área de energia. Essa evolução leva em conta as oportunidades de mercado do setor elétrico. Segundo Roberto Held, diretor superintendente da Área de Energia e de Tecnologias de Automação, os negócios refletem os planos de algumas estatais em reforçar o sistema de distribuição e transmissão. Além disso, a ABB Brasil aposta no andamento do programa Luz para Todos neste ano. Atualmente, diz Held, estão em processo de fabricação 15 mil transformadores de distribuição. Para este ano, a expectativa da empresa é pegar cerca de 60 mil unidades para fabricação, de um potencial de mercado de 243 mil transformadores. (Canal Energia - 17.02.2005)

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3 Luz Para Todos leva energia ao interior de Pernambuco

Cerca de 420 pessoas de duas comunidades da zona rural do município de Quipapá, a 151 km do Recife, passam a ter acesso à energia elétrica a partir desta sexta-feira. A iniciativa, que demandou investimentos de R$ 211 mil, dos quais 85% financiados pelo governo federal, integra as ações do programa Luz Para Todos. Executado pela Celpe, em parceria com o comitê gestor estadual, o programa é coordenado pela Chesf. Em Pernambuco, as obras do Luz Para Todos começaram em julho de 2004 e a meta para o final deste ano é atender 38 mil famílias no meio rural. (Elétrica - 17.02.2005)

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Empresas

1 Celesc foi retirada do projeto de reforma administrativa do Governo de SC

A Celesc chegou a entrar no projeto de reforma do governo de Santa Catarina, mas foi retirada antes de sua votação. Segundo Reginete Panceri, diretora de planejamento e gestão da secretaria do planejamento do Estado, isso aconteceu porque o governo levou em conta entre outros fatores o fato de o setor de energia elétrica no Brasil estar menos atrativo do que em outros países por conta das dificuldades encontradas hoje na legislação ambiental. (Valor - 18.02.2005)

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2 AES Tietê quer usar reflorestamento de espécies nativas para negociar créditos de carbono

A AES Tietê investirá entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões nos próximos sete a 10 anos para desenvolver um projeto de reflorestamento de espécies nativas nas margens do rio Tietê, numa área de 10 mil hectares. Com o objetivo de habilitá-lo para o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), a geradora trabalha em conjunto com o Comitê Internacional para elaborar normas e metodologia para este tipo de reflorestamento. "Estamos trabalhando desde o ano passado com o Comitê Internacional para encontrar uma metodologia", disse Demóstenes Barbosa da Silva, diretor de Gestão e Meio Ambiente e Mercado de Carbono do Grupo AES no Brasil. O executivo avalia que, se o projeto for aprovado, a empresa deve captar entre R$ 3 milhões e R$ 4 milhões com os créditos. "Como a tendência é de preços crescentes para os créditos, a expectativa é muito boa", acrescenta. (Canal Energia - 17.02.2005)

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3 Eletronorte vai construir subestação e LT em Roraima

A Eletronorte vai construir, em Roraima, a subestação Distrito Industrial e a linha de transmissão Distrito Industrial - Boa Vista, aumentando a oferta de energia para a capital do estado. Os novos empreendimentos permitirão ainda o transporte de eletricidade para outros sete municípios da área de concessão da Centrais Elétricas de Roraima. A linha de transmissão, em 69 kV, terá extensão de 26,6 km. Os projetos foram aprovados pela Aneel. A previsão é que os empreendimentos entrem em operação até 31 de julho de 2006, ligando 25.500 novas unidades consumidoras, sendo 15.400, em Boa Vista, e 10.100, na área de cobertura da CER. Segundo a Eletronorte, os projetos beneficiarão a 104 mil habitantes, correspondente a 27% da população de Roraima. (Canal Energia - 18.02.2005)

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4 Copel faz chamada pública para programa de eficiência energética

A Copel está com chamada pública aberta até dia 28 de fevereiro para receber inscrição de projetos para o programa de eficiência energética do ciclo 2004/2005. Três categorias, indústria, comércio e poder público, serão contempladas com até R$ 5 milhões, cada uma delas. O objetivo da distribuidora é selecionar projetos de conservação e uso racional de energia dos consumidores. A empresa poderá investir até o limite de R$ 15 milhões nos projetos que deverão estar concluídos até 30 de junho de 2006. A Copel divulgará o resultado da chamada pública no dia 11 de março. (Canal Energia - 17.02.2005)

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5 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 17-02-2005, o IBOVESPA fechou a 27.090,91 pontos, representando uma alta de 2,68% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,09 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 3,07%, fechando a 7.239,93 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 37,20 ON e R$ 35,97 PNB, alta de 3,05% e 4,38%, respectivamente, em relação ao fechamento do dia anterior. Na abertura do pregão do dia 18-02-2005 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 36,80 as ações ON, baixa de 1,08% em relação ao dia anterior e R$ 36,00 as ações PNB, alta de 0,08% em relação ao dia anterior. (Economática e Investshop - 18.02.2005)

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6 Curtas

A Celg está testando um equipamento que, usando a energia solar, substitui o chuveiro elétrico, responsável por grande parte do consumo de uma residência. A Companhia levou a apreciação da Aneel um projeto de substituição do chuveiro elétrico por estes coletores. Se aprovado, 2.442 residências de famílias de baixa renda serão contempladas com um equipamento como este. (Elétrica - 17.02.2005)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 ONS: Horário de Verão resultou em queda de 5,5% no consumo de energia no horário de pico

O horário de verão resultou em uma queda de 5,5% na demanda por energia no horário de maior consumo (entre as 17hs e as 22hs) nos estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste durante os 110 dias de duração, segundo estimativa do ONS. Esta economia representa um montante total de 2.412 MW. Na região Sul, a queda da demanda no horário de pico foi de 6,4% (603 MW) e no Sudeste e no Centro-Oeste, de 5,3% (1.809 MW). Os dados preliminares do ONS indicam que a redução da demanda no horário de ponta nas regiões abrangidas pelo horário de verão foi de 2.412 MW, seria suficiente para atender à carga, nesse período, da região metropolitana de Belo Horizonte e das cidades de Florianópolis e Porto Alegre. (Valor e Gazeta Mercantil - 18.02.2005)

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2 MME: Horário de Verão melhora segurança do sistema elétrico

Segundo o MME, a realização do horário de verão, ao permitir melhor aproveitamento da luz solar, melhora a segurança do sistema elétrico, reduzindo riscos de sobrecarga no período de maior consumo. "Sem o horário de verão seria necessário complementar o abastecimento de energia com usinas térmicas, de custo mais elevado em relação às hidrelétricas, o que resultaria em tarifas mais caras para o consumidor", informou o ministério em comunicado. (Gazeta Mercantil - 18.02.2005)

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3 Excesso de chuva em MG faz Chesf aumentar vazão da Usina de Xingó

A Chesf abriu seis das 12 comportas da Hidrelétrica de Xingó, em Piranhas, e aumentou sua vazão de 1.500 metros cúbicos por segundo para 3.000 metros cúbicos por segundo em virtude do excesso de chuva em Minas Gerais e conseqüente acúmulo de água na barragem de Sobradinho, na Bahia. A vazão deve atingir os 4.000 metros cúbicos por segundo no próximo sábado, quando o nível do Rio São Francisco deve sofrer elevação de até um metro. O aumento da vazão na hidrelétrica de Xingó começou no último domingo, com liberação de 2.500 metros cúbicos por segundo. Na segunda-feira, os técnicos da Chesf elevaram para 3.000 metros cúbicos por segundo. Desse total, 2.000 metros cúbicos estão sendo utilizados para produção de energia elétrica, o que elimina riscos de apagão na Região Nordeste nos próximos meses. (Elétrica - 17.02.2005)

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4 Sudeste/Centro-Oeste apresenta 77,4% de volume armazenado

O submercado Sudeste/Centro-Oeste apresenta 77,4% de capacidade em seus reservatórios, com aumento de 0,2% em relação ao dia 15 de fevereiro. O índice fica 30,5% acima da curva de aversão ao risco. As hidrelétricas Nova Ponte e Emborcação registram 89,21% e 86,9% de volume armazenado, respectivamente. (Canal Energia - 17.02.2005)

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5 Nível dos reservatórios do submercado Sul está em 60,2%

O índice de armazenamento do submercado Sul está em 60,2%, com queda de 0,9% em relação ao dia anterior. A hidrelétrica S. Santiago opera com capacidade de 70%. (Canal Energia - 17.02.2005)

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6 Índice de armazenamento do submercado Nordeste está em 78,8%

O volume armazenado da hidrelétrica de Sobradinho, do submercado Nordeste, está em 79,9%. O submercado apresenta 78,8% de volume armazenado, com aumento de 0,4% em relação ao dia 15 de fevereiro. O índice fica 33,7% acima da curva de aversão ao risco. (Canal Energia - 17.02.2005)

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7 Submercado Norte apresenta 72,7% de capacidade em seus reservatórios

O nível dos reservatórios do submercado Norte está em 72,7%. Em relação ao dia 15 de fevereiro, o submercado apresenta aumento de 0,7% no índice de armazenamento. A hidrelétrica de Tucuruí opera com 77% de volume armazenado. (Canal Energia - 17.02.2005)

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8 Chuva provoca blecaute em São Paulo

O temporal que atingiu São Paulo na tarde de quinta-feira provocou 23 pontos de alagamento e, por causa da queda de árvores e de galhos sobre a rede de energia, algumas ruas das regiões oeste e central ficaram sem iluminação por volta das 16h. A Eletropaulo informou que a energia nos pontos que apresentaram problemas seriam restabelecidas por volta da 0h desta sexta. (Folha Online - 18.02.2005)

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Gás e Termoelétricas

1 CNI: Gás natural será viabilizado com a utilização das geradoras térmicas

Na minuta de trabalho elaborada pelo Conselho de Infra-Estrutura da CNI, a entidade avalia que o desenvolvimento da indústria do gás natural será viabilizado com a utilização das geradoras térmicas, além da redução de preços. "A questão mais importante é a introdução de um marco legal que organize esta área", diz a minuta. (Canal Energia - 17.02.2005)

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2 Petrobras registra queda de 1,9% na produção de gás em janeiro

A produção de gás natural da Petrobras, no Brasil, chegou a 42,6 milhões de metros cúbicos/dia em janeiro, cifra 1,9% menor que em dezembro, e 4,3% maior que em janeiro de 2004. A produção média de petróleo e gás da Petrobras no Brasil e no exterior cresceu 4% no mês passado em relação ao mesmo período de 2004. No total foram produzidos 2.061.290 barris equivalentes, por dia. (Canal Energia - 17.02.2005)

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3 Petrobras vai tentar vender energia de suas térmicas em leilão de energia nova

A Petrobrás quer aproveitar o leilão de energia nova que será realizado pelo governo em junho para desencalhar suas térmicas. A estatal apresentou proposta para vender mais de 3 mil MW no leilão - cerca de 30% do total de 10,9 mil MW ofertados - gerados por usinas que não dão retorno por causa do excesso de oferta de energia no País. "As térmicas foram projetadas para ter utilidade e, por isso, estamos nos preparando para participar do leilão", disse o diretor de Gás e Energia da Petrobrás, Ildo Sauer. O leilão é visto como tábua de salvação para parceiros da estatal em térmicas sob litígio, como El Paso e MPX, e para os investidores em usinas emergencias, cujos contratos com o governo estão chegando ao fim. Sauer informou que a equipe técnica de sua área estuda como fazer para tornar as usinas competitivas em relação aos projetos hidrelétricos habilitados. Há cerca de 3,5 mil MW de usinas hidrelétricas, teoricamente mais baratas, habilitados para o leilão. (O Estado de São Paulo - 17.02.2005)

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4 Sauer: Petrobras já tem contratos para venda de 1,5 mil MW de térmicas em operação

Segundo o diretor de Gás e Energia da Petrobrás, Ildo Sauer, há hoje contratos para a venda de 1,5 mil MW das usinas térmicas já em operação. O principal desafio, porém, é encontrar mercado para as usinas novas, como a Termorio, maior térmica do País, com capacidade superior a 1 mil MW. A usina está incluída, ao lado de Ibirité, Três Lagoas, Eletrobolt e Canoas, entre outras, na lista que a estatal habilitou para o leilão de energia nova. (O Estado de São Paulo - 17.02.2005)

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5 Justiça mantém decisão que obriga Petrobras a realizar pagamento de R$ 14 mi mensais à MPX

A MPX obteve ontem nova vitória na Justiça contra a Petrobras. Foi mantida, em segunda instância, a decisão que obriga a estatal a pagar em juízo os R$ 14 milhões mensais que deve à TermoCeará, termelétrica da MPX. Por contrato, a Petrobras fornece o gás para abastecer a térmica e fica com 50% da receita da energia vendida. Mas assume os custos de operação e assegura a remuneração mesmo que a usina, que está sem produzir porque não há demanda, não gere energia. O pagamento mensal garante rentabilidade de 16% à MPX. (Folha de São Paulo - 18.02.2005)

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6 Copel e Petrobras podem fechar proposta para Araucária

A proposta de compra conjunta pela Copel e Petrobras da participação de 60% detida pela El Paso na usina termelétrica UEG Araucária pode ser finalizada na semana que vem, quando técnicos das duas estatais se reúnem em Curitiba para datalhar e formalizar a intenção. O encontro dará continuidade à discussão política iniciada em janeiro passado entre o governador do Paraná, Roberto Requião; a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff; e representantes das três empresas envolvidas. Esta será a segunda reunião da comissão técnica tripartite formada para levar adiante a renegociação societária na termelétrica, pleiteada principalmente pelo governo paranaense. Caso haja acordo para venda da participação da El Paso, a Copel Geração passará a ter o controle majoritário no projeto. (Canal Energia - 17.02.2005)

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7 Termoceará: Justiça mantém pagamento de contingência

O desembargador Sidney Hartung, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, negou nesta quinta-feira, dia 17 fevereiro, o recurso impetrado pela Petrobras para manter o pagamento da taxa de contingência para a MPX Termoceará em juízo. Em janeiro, a estatal depositou R$ 14,8 milhões judicialmente, procedimento que adotou durante as negociações com a MPX. Com a decisão, de acordo com a sentença, a termelétrica pode sacar o dinheiro retido. Na decisão, Hartung considerou frágil a alegação da Petrobras de que o pagamento da contingência implica em risco, já que a estatal pretende encerrar o contrato com a MPX. Procurada pelo Portal CanalEnergia.com.br, a Petrobras informou que o diretor de Gás e Energia, Ildo Sauer - executivo autorizado a falar sobre o assunto - está viajando. A estatal já admitiu levar a questão para ser decidida num tribunal arbitral. Default - A MPX informou hoje que a Petrobras ainda não realizou o pagamento da parcela de fevereiro, no valor de R$ 14,3 milhões, da contribuição de contingência para a Termoceará. Segundo o diretor jurídico da empresa, Paulo Gouvêa, a companhia já foi notificada a respeito do default. (Canal Energia - 17.02.2005)

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8 Governo de Santa Catarina recebe autorização para a privatização da SCGás

O governo de Santa Catarina recebeu autorização da Assembléia Legislativa para a venda da sua estatal de distribuição de gás canalizado, a SCGás. O governo possui a maioria das ações com direito a voto (51% das ONs) da empresa. Cálculos preliminares apontam que o governo arrecadaria R$ 40 milhões com a venda. De acordo com Reginete Panceri, diretora de planejamento e gestão da secretaria do planejamento do Estado, a intenção do governo é fazer estudos, com possibilidade de venda da empresa num prazo de 8 a 12 meses. Ela explica que o Estado pretende vender a companhia porque entende estar limitando a expansão da SCGás pela falta de recursos para novos investimentos. "O gás é estratégico para as indústrias do Estado. E a opção do governo foi por não impedir novas ações da SCGás", disse. O mercado aponta como a principal interessada na aquisição a Petrobras. Regina, no entanto, diz que há uma tendência de que a Petrobras venha a comprar essa participação, mas que qualquer venda seguirá os processos legais de licitação. Está prevista para segunda-feira uma reunião do presidente da SCGás, Otair Becker, com o governo do Estado sobre a SCGás. (Valor - 18.02.2005)

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9 Deputado catarinense critica venda da SCGás

Para o deputado federal catarinense, Mauro Passos (PT), a venda da SCGás é um erro porque o gás será uma das principais fontes de energia do futuro, com chances de aumento de oferta, redução de preço e aumento de interesse por parte da população em utilizá-lo. "É um equívoco do governo vender essa empresa. O Estado já vivenciou o pior momento da SCGás, que foi partir do zero e construir uma companhia. Se vendê-la, ele estará se desfazendo de um ativo que tem futuro no mundo todo". (Valor - 18.02.2005)

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Grandes Consumidores

1 CST registra lucro de R$ 1,62 bi em 2004

A Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST) comemora o lucro líquido de 2004, de R$ 1,62 bilhão, o maior de sua história e 78% superior em relação ao do ano anterior, que foi de R$ 910 milhões. A receita líquida da companhia deu um salto de 37%, alcançando R$ 5 bilhões. Além da alta demanda e o reajuste dos produtos - de 45% para as placas e de 38% para as bobinas -, o custo menor de produção e a melhoria no mix de produtos contribuíram para o resultado. O resultado da CST contribuiu para que a Arcelor, segunda maior siderúrgica do mundo, lucrasse 4,34 bilhões de euros em 2004, o dobro dos 2,23 bilhões de euros registrados em 2003. (Jornal do Brasil - 18.02.2005)

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2 CST está pronta para liderar projeto da Siderúrgica do Maranhão

A Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST) diz estar pronta para liderar o projeto da Siderúrgica do Maranhão, caso a usina saia do papel. "Já está decidido: a expansão da Arcelor no Brasil será realizada via CST", afirmou ontem o diretor financeiro e de relações com investidores da empresa, Leonardo Horta. Entretanto, o projeto ainda depende da definição acionária das empresas envolvidas. Até agora, Companhia Vale do Rio Doce, Baosteel e Arcelor (controladora da CST) são as interessadas no negócio. "Não quer dizer ainda que ficaremos com a participação majoritária", afirmou Horta. (Jornal do Brasil - 18.02.2005)

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Economia Brasileira

1 Iedi: Juro e câmbio não favorecem

Em avaliação do desempenho do emprego industrial no ano passado, com base nos dados divulgados ontem pelo IBGE, o Iedi observa que, mesmo tendo sido intenso em 2004, se se considerar a indústria como um todo o emprego ainda assim não "chegou" aos setores mais empregadores da indústria. "Se esses setores forem envolvidos, teremos um grande incentivo para a evolução do emprego, mesmo na hipótese de que a indústria em geral venha a registrar em 2005 um crescimento inferior ao do ano passado", afirma o Iedi, que adverte: "O desenlace de uma situação como essa pressupõe que a economia seja capaz de contornar os efeitos adversos das atuais políticas de juros e de câmbio". Outra observação do estudo diz respeito à trajetória do emprego industrial no fim de 2004. "Se considerarmos o último trimestre do ano, a trajetória recente do emprego preocupa, da mesma forma como a desaceleração da produção que se verificou no mesmo período". Os dados evidenciam que nos meses de outubro a dezembro de 2004 o emprego na indústria ou não cresceu ou declinou. (Gazeta Mercantil - 18.02.2005)

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2 Desempenho positivo do emprego fica aquém da produção

O crescimento vigoroso da indústria em 2004 foi acompanhado de forma bem mais modesta no quesito criação de vagas. O emprego no setor expandiu-se - apresentando o melhor resultado em 15 anos - 1,9%, mas numa taxa que corresponde a um quarto da verificada na produção industrial, que avançou 8,3%, segundo o IBGE. As horas trabalhadas também avançaram além do emprego, 2,2% em relação a 2003, numa indicação de que os empresários ainda preferem estender o turno de trabalho a contratar mais gente. Levando-se em consideração a expressividade da indústria nacional, os setores que mais abriram vagas foram os de máquinas e equipamentos (avanço de 14,1% no número de vagas) e alimentos e bebidas (3,7%). Os que mais demitiram foram os de vestuário (queda de 7,5%) e de produtos de metal (-5,1%). Já a folha de pagamento média real teve um avanço que supera todos os indicadores da indústria: cresceu 9%, o maior em dez anos. (Gazeta Mercantil - 18.02.2005)

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3 BC recompõe reservas líquidas

As reservas internacionais líquidas ajustadas do Brasil (que excluem basicamente os empréstimos do FMI) têm tudo para ultrapassar os US$ 30 bilhões até o final de fevereiro, retornando aos níveis observados antes da crise eleitoral de 2002. É um resultado direto das compras de dólares no mercado pelo BC e pelo Tesouro Nacional - a primeira engordando diretamente as reservas, a segunda evitando o seu emagrecimento - desde o final do ano passado. Segundo relatório divulgado ontem pelo Bradesco, apenas o BC já teria comprado US$ 7,5 bilhões no mercado desde outubro do ano passado. São US$ 2,65 bilhões em 2004 e US$ 4,85 bilhões até o dia 15 de fevereiro. Somando as compras do Tesouro, via Banco do Brasil, esse número sobe para US$ 10,7 bilhões.O trabalho de recomposição de reservas tem um custo fiscal não desprezível, em função da expansão monetária gerada pela compra dos dólares que precisa ser esterilizada. (Jornal do Commercio -18.02.2005)

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4 BNDES detecta aceleração na demanda por máquinas em 2005

A indústria começou o ano comprando mais máquinas e equipamentos. Do início de janeiro até a última segunda-feira, o BNDES aprovou 300 operações no valor de R$ 141,8 milhões, no âmbito do programa Modermaq, que financia compras por cinco anos, com juros fixos de até 14,95%. "A demanda está forte", diz o superintendente de Operações do BNDES, Claudio Bernardo Guimarães de Moraes.O resultado das primeiras sete semanas de 2005 indica que a demanda pelo programa está em forte aceleração, pois supera o desempenho dos quatro meses de 2004 em que esteve em vigor. O Modermaq começou a funcionar em setembro passado e até dezembro, o BNDES havia dado sinal verde para 299 operações no valor de R$ 136,8 milhões. A agroindústria é a maior tomadora de recursos, mas a participação do setor de construção pesada vem crescendo e chega a 14,8% do total aprovado até final de janeiro. (Valor Online - 18.02.2005)

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5 IGP-M tem alta de 0,22% na segunda prévia do mês

O IGP-M registrou variação positiva de 0,22% na segunda prévia de fevereiro. No mês anterior, a variação para o mesmo período foi de 0,28%. O IPA variou 0,09%, taxa idêntica à de janeiro. O IPC teve sua taxa de variação reduzida de 0,66%, em janeiro, para 0,43%, em fevereiro. A desaceleração do IPC foi motivada, em primeiro lugar, pelo grupo Alimentação, cuja taxa de variação baixou de 0,87% para 0,29%. O grupo Transportes aparece em segundo lugar como fator de desaceleração do IPC, passando de 0,63% para 0,26%. Em sentido oposto, o grupo Educação, Leitura e Recreação teve sua taxa elevada de 1,26% para 1,47%, pelo efeito do reajuste das mensalidades escolares. Já o INCC registrou taxa de 0,50%, 0,15 ponto percentual abaixo da variação de janeiro, de 0,65%. (O Globo Online - 18.02.2005)

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6 Dólar ontem e hoje

Com a queda do risco-país e a alta dos juros, o dólar comercial recua nesta sexta-feira. Às 12h09m, a moeda americana operava na mínima do dia, com redução de 0,39%, a R$ 2,551 na compra e R$ 2,553 na venda. O dólar à vista passou para o campo negativo depois de subir 0,19%, para R$ 2,568. Ontem, o dólar comercial terminou com queda de 0,73%, comprada R$ 2,5610 e vendida a R$ 2,5630. (O Globo Online e Valor Online - 18.02.2005)

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Internacional

1 Total registra lucro recorde de 9,61 bi de euros em 2004

A Total, quarta maior petrolífera do mundo, anunciou que o seu lucro líquido anual aumentou 37% para os 9,61 bilhões de euros, atingindo o maior valor da história. No comunicado, a empresa adianta que o resultado líquido no quarto trimestre de 2004 subiu 35% para os 2,37 bilhões de euros, face ao homólogo de 1,75 bilhão. Apesar do resultado se situar abaixo do estimado, o grupo francês propõe pagar um dividendo superior ao esperado pelos analistas. O lucro operativo aumentou igualmente para os 5,08 bilhões de euros no trimestre, face aos 3,21 bilhões no período homólogo de 2003 e aos 4,75 bilhões previstos pelos analistas. (Diário Econômico - 17.02.2005)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Diego Garbayo e Diogo Bravo

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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