l IFE:
nº 1.513 - 14 de fevereiro de 2005 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Regulação e Novo Modelo 1 Usinas que vão compor o leilão de energia nova têm processo de licenciamento ambiental atrasado Boa parte
das hidrelétricas que vão compor o primeiro leilão de energia nova do
governo Lula, previsto para este semestre, praticamente não iniciou o
processo de licenciamento ambiental exigido. Levantamento feito pelo Estado
de São Paulo com secretarias estaduais de Meio Ambiente e o Ibama, mostra
que das 17 usinas selecionadas, 6 ainda não entregaram o Estudo de Impacto
Ambiental (Eia-Rima), 1 não apresentou estudos complementares exigidos
pelo órgão responsável e outra apenas solicitou o termo de referência
para a realização do Eia-Rima no início deste mês. As demais continuam
sendo analisadas pelos órgãos ambientais. Algumas terão de passar por
audiências públicas e outras ainda estão sendo avaliadas pelo Departamento
Jurídico das secretarias estaduais. Apenas a Hidrelétrica Baguari, em
Minas Gerais, teve a licença prévia concedida. (O Estado de São Paulo
- 13.02.2005) 2 Tolmasquim: Demora no licenciamento não afetará o leilão O secretário-executivo
do MME, Maurício Tolmasquim, diz que a demora no licenciamento das usinas
não vai afetar o leilão de mais de 2,8 mil MW de energia. "Até junho,
a expectativa é que pelo menos 2,2 mil MW já estejam licitados". Na avaliação
do secretário, não há risco de não haver leilão neste ano. "A situação
em relação ao início do governo Lula melhorou muito". Nas secretarias
estaduais, porém, a previsão não é tão otimista. Segundo o presidente
do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Rasca Rodrigues, o processo de
licenciamento das usinas localizadas no Estado ainda deve demorar entre
8 e 12 meses para ser concluído. Isso se não houver nenhuma decisão judicial
contrária aos empreendimentos. O Paraná tem quatro usinas no leilão de
energia nova, "todas em processo embrionário de licenciamento". Segundo
Rodrigues, "a posição do governo do Paraná é de fazer uma análise extremamente
rigorosa, pois o que está em jogo é o meio ambiente do Estado". (O Estado
de São Paulo - 13.02.2005) 3 Órgãos ambientais reclamam da baixa qualidade dos estudos apresentados Uma das
principais justificativas dos órgãos ambientais para o atraso no licenciamento
das hidrelétricas é a baixa qualidade dos estudos apresentados pelos investidores.
"Nós não fazemos um exercício caprichoso para não conceder licenças ambientais.
Sabemos das necessidades energéticas do País. Mas temos de avaliar com
cuidado os prejuízos que as obras trarão", diz o gerente da Fundação Estadual
de Meio Ambiente de Minas Gerais (Feam), Morel da Costa Ribeiro. O presidente
do Instituto Ambiental do Paraná, Rasca Rodrigues, concorda com Ribeiro.
Na opinião dele, os órgãos ambientais precisam ser rigorosos para conceder
as licenças e não caírem no erro de outros empreendimentos, como Barra
Grande. A usina está pronta, mas não pode entrar em funcionamento por
causa de problemas ambientais omitidos no licenciamento. (O Estado de
São Paulo - 13.02.2005) 4
Feam: Áreas com menor complexidade ambiental já foram exploradas 5 Leilão de energia existente: Geradoras precisam definir volumes a serem licitados até o dia 21 de fevereiro Os geradores
têm até o dia 21 de fevereiro para encaminhar para a Câmara de Comercialização
de Energia Elétrica o volume de energia que pretendem vender no segundo
leilão de energia existente, previsto para o final do mês de março. O
negócio será para entrega a partir de 2008 e 2009. O mesmo prazo foi estabelecido
pela Aneel para que os geradores termelétricos apresentem à Superintendência
de Estudos Econômicos do Mercado da Aneel a comprovação de disponibilidade
de combustível. (Canal Energia - 11.01.2005) 6 Aneel divulga minuta do edital do segundo leilão de energia existente A Aneel
divulgou, no dia 11 de fevereiro, uma versão preliminar do edital do leilão
de energia existente, sem estabelecer o cronograma. Para ler o documento
na íntegra, clique aqui.
(Canal Energia - 11.01.2005) 7 MME: Novos leilões devem resultar na outorga de 3,5 mil km de linhas de transmissão Os novos leilões de linhas de transmissão previstos para este ano deverão resultar na outorga de 3,5 mil km em linhas. O volume é superior à média dos últimos dois anos, que foi de 2.828 km leiloados, segundo o MME. Os trechos concedidos nos últimos dois anos somam R$ 4,34 bilhões em investimentos. Em termos de comparação, os investimentos em transmissão no país cresceram 5% ao ano, em média, desde 2003. (Canal Energia - 11.01.2005) 8
Abdib estima necessidade de investimentos de R$ 3 bi nas concessões de
linhas de transmissão a serem outorgadas em 2005 9 Associações discutem carga tributária Representantes
dos agentes do setor elétrico e outras entidades ligadas ao segmento realizaram
na última sexta-feira a segunda reunião para discutir a carga tributária
paga pelo consumidor de energia. O objetivo do grupo é realizar uma blindagem
contra novos impostos e uma possível diminuição no volume de tributos,
impostos e subsídios cobrados na conta de luz. A CBIEE é a entidade que
coordena o grupo. Entre as medidas concretas para a redução da carga tributária,
os agentes defendem a desoneração do Pis/Cofins, já que setores como os
de transportes e telecomunicações já foram beneficiados com a manutenção
da regra anterior. Anteriormente a isenção do setor elétrico, sem sucesso,
mas ainda acreditam na possibilidade de uma vitória. Os agentes preparam
outras sugestões para desoneração da tarifa com base em estudos realizados
pelas entidades. Já ficou decidido o pedido de exclusão do encargo de
capacidade emergencial (ECE), o chamado "seguro-apagão". (Gazeta Mercantil
- 14.02.2005) 10
Brasil e Venezuela vão discutir acordo na área de energia elétrica
Empresas 1 Ministério Público do RJ questiona reajuste da Light O último
reajuste concedido pela Aneel para a Light está sendo questionado pelo
Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e pela Procuradoria da
República no Estado do Rio. Na quinta-feira, dia 10, os procuradores Rodrigo
Terra (MPE) e Márcio Barra Lima, do Ministério Público Federal, enviaram
correspondência ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e ao secretário
de Acompanhamento Econômico da Fazenda, Helcio Tokeshi, pedindo que não
seja ratificado o reajuste de 6,13% na tarifa da Light, concedido recentemente.
Em nota, o MP do Rio diz que entre argumentos usados pelos procuradores
está o de que o aumento "onera indevidamente a economia privada do cidadão-usuário,
além de servir como raiz do ressurgimento da inflação". O procurador Terra
disse que está requisitando à Aneel que apresente a estrutura de cálculo
que a levou a acatar a reclamação de desequilíbrio econômico-financeiro
do contrato. Terra citou pontos que, a seu ver, justificam redução da
tarifa, como a redução da participação da folha de salários nos custos
da empresa e os ganhos com a mudança da data de leitura das contas, entre
outros. (Valor - 11.02.2005) 2 Light: Reestruturação da dívida mantém EDF no Brasil O diretor financeiro da Light, Paulo Roberto Pinto, afirma que, para sair do papel, o programa de reestruturação da dívida de US$ 1,5 bilhão só depende da oficialização, nos próximos dias, pelo Ministério da Fazenda, do reajuste de 6,13% autorizado na semana retrasada pela Aneel. Com o plano sobre a mesa e um discurso otimista na ponta da língua, os executivos da distribuidora sabem que estão diante da última oportunidade de mostrar à controladora EDF que detêm um negócio rentável e que vale à pena permanecer no Brasil. Os dois últimos obstáculos são o Ministério Público e a Procuradoria da República do Rio de Janeiro, que pressionam o ministro Antonio Palocci para não ratificar o reajuste. "É óbvio que se a empresa não tiver sucesso na reestruturação de sua dívida e no restabelecimento de seu equilíbrio econômico-financeiro, o acionista poderá abrir mão do negócio. Qualquer um que tivesse um negócio, e só tivesse prejuízo, faria o mesmo", afirma o diretor financeiro da Light, Paulo Roberto Pinto, que, no entanto, manifestou confiança em um desfecho favorável do programa de reestruturação. (Jornal do Brasil - 14.02.2005) 3 Light acredita que Ministério da Fazenda homologará reajuste Paulo Roberto
Pinto, diretor financeiro da Light, não admite a hipótese de o Ministério
da Fazenda não homologar o reajuste de 6,13% autorizado na semana retrasada
pela Aneel. Isso porque, explica o executivo, a Agência não estaria concedendo
um novo aumento de tarifas, ao autorizá-lo, mas simplesmente voltando
atrás em um erro cometido em novembro, quando subdimensionou a base de
remuneração por serviços prestados utilizada para calcular o reajuste
concedido naquele mês. Enquanto a Aneel só reconhecia US$ 3,5 bilhões,
a empresa pleiteava US$ 4,3 bilhões. (Gazeta Mercantil - 14.02.2005) 4
Diretor financeiro da Light revela detalhes da reestruturação 5 Cemat aumenta amplia redes de distribuição que abastecem as propriedades rurais Para dar
conta do crescimento no consumo de energia elétrica pela classe rural
no Mato Grosso nos dois últimos anos, a Cemat aumentou seus investimentos
em ampliação e reforço nas redes de distribuição que abastecem as propriedades
rurais. Segundo Miriam Gomes Silva, assessora de mercado da Cemat, em
2002 foram investidos R$ 31 milhões em ampliação e R$ 10 milhões em reforço.
Em 2003 o total de gastos nas redes que abastecem o campo aumentou para
R$ 98 milhões em ampliação e ficou em R$ 3 milhões nas obras de reforços.
No ano passado a Cemat investiu R$ 10 milhões em ampliação e R$ 1,2 milhão
em reforços e para este ano a previsão é investir R$ 88 milhões em ampliação
e R$ 3 milhões em reforços, afirma Miriam. Na região de Cinop, grande
produtora de soja, foram substituídas linhas de transmissão para aumentar
a capacidade de fornecimento. Segundo a assessora, os produtores de algodão
do Mato Grosso foram responsáveis pelo maior índice de aumento no consumo
de energia elétrica na classe rural no ano passado (83%). (Gazeta Mercantil
- 14.02.2005) 6 Celtins e Celg observam aumento no consumo rural Em Tocantins,
a Celtins teve um consumo de 65,1 mil MWh pela classe rural em 2004, acima
dos 51 mil MWh de 2003 e mais que o dobro dos 23,2 mil MWh fornecidos
em 2000. Em Goiás, a Celg teve um aumento de 8,83% no consumo rural em
2003, que ficou abaixo somente da indústria, com crescimento de 11,91%.
Em Minas Gerais, o aumento no consumo rural foi 4% em 2003. (Gazeta Mercantil
- 14.02.2005) 7 Cemig assina acordo com empresa têxtil para explorar PCH A Cemig
e a Companhia de Fiação e Tecidos Cedro e Cachoeira, empresa que atua
na área têxtil, assinaram, no dia 1º de fevereiro, um termo de compromisso
de estudo e viabilidade técnica e financeira para o aproveitamento da
pequena central hidrelétrica Pacífico Mascarenhas. A usina é de propriedade
da indústria têxtil e está localizada no município de Santana do Riacho,
em Minas Gerais. Segundo fato relevante divulgado pela Cedro, o estudo
a ser promovido pelas duas empresas tem por objetivo a avaliar a participação
conjunta na ampliação e exploração da capacidade de geração da PCH. O
termo tem validade de 180 dias a contar da data de sua assinatura ou até
a conclusão dos estudos relativos ao empreendimento. (Canal Energia -
11.01.2005) 8 Cemig investirá US$ 170 mi para aumentar a capacidade da usina Igarapé A Cemig pretende investir US$ 170 milhões para aumentar a capacidade da usina Igarapé de 130 MW para aproximadamente 400 MW.Com os recursos destinados a Igarapé, a sua única térmica a óleo combustível passará a operar como bicombustível. A termelétrica manterá a turbina a vapor e adicionará a nova, a gás. De acordo com o superintendente de geração da empresa, Evandro Leite Vasconcelos, depois de 2008, a forma de operação comercial da usina, em modo bicombustível, será definida em estudo que está em andamento, o qual determinará também a data de início das obras, a duração e a viabilidade comercial da usina. (Elétrica - 11.02.2005) 9 Elektro prevê investimentos de R$ 188,71 mi em 2005 O Conselho de Administração da Elektro aprovou o programa de investimentos para o exercício de 2005, no valor total de R$ 188,71 milhões. O conselho aprovou ainda a doação da área equivalente a 14.708,55 metros quadrados do terreno onde está localizada a subestação Apiaí para a prefeitura do município de mesmo nome. (Canal Energia - 11.01.2005) No pregão
do dia 11-02-2005, o IBOVESPA fechou a 26.670,52 pontos, representando
uma alta de 0,96% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,1
bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 0,47%,
fechando a 7,224,67 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 37,79 ON e R$ 36,60 PNB, com a última
registrando alta de 3,50% em relação ao fechamento do dia anterior. Na
abertura do pregão do dia 14-02-2005 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 36,49 as ações ON, baixa de 3,44% em relação ao pregão anterior e
R$ 36,28 as ações PNB, baixa de 0,87% em relação ao dia anterior. (Economática
e Investishop - 04.02.2005) A agência de classificação de risco Moody's estabeleceu ratings para a geradora de energia estatal Furnas. A classificação foi de Aa3.br para escala nacional e Ba2 para escala global, com perspectiva estável. (Valor - 11.02.2005) Furnas Centrais Elétricas recebeu autorização para implantar reforços em quatro subestação integrantes da rede básica do Sistema Interliga do Nacional. A medida consta de decisão da Aneel (resolução autorizativa n° 62). (Canal Energia - 11.01.2005) A Aneel autorizou a Transmissão Paulista a implantar reforços em instalações de transmissão integrantes da rede básica do sistema interligado. Os reforços serão feitos para atendimento à Eletropaulo. A Aneel estabeleceu como prazo limite de conclusão do trabalho o dia 1º de abril de 2007. (Canal Energia - 11.01.2005) Vito Joseph Mandilovich assumiu a vice-presidência de operação e manutenção das empresas AES Tietê e AES Uruguaiana. Ele será responsável pela operação das geradoras do Grupo AES no Brasil. Há mais de 25 anos no setor elétrico, ele vem da EDP Brasil S/A, onde ocupava o cargo de diretor de controle e acompanhamento de negócios de geração. (Valor - 14.02.2005)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Horário de verão termina no próximo dia 19 O horário
de verão termina à meia noite do próximo dia 19. Os relógios deverão ser
atrasados em uma hora no Distrito Federal e nos Estados do Rio Grande
do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo,
Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, onde a hora oficial
foi alterada no dia 2 de novembro do ano passado. A medida, que neste
verão foi adotada por 110 dias, é considerada pelo governo necessária
para melhorar a segurança do sistema elétrico, eliminando riscos de sobrecarga
no horário de ponta (de 19h às 22h), quando o consumo de energia aumenta.
O governo estima que o horário de verão tenha reduzido a demanda de energia
em 5% nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, e de 5,5% na região Sul no horário
de ponta. Ao longo dos 110 dias de vigência do horário de verão, as regiões
atingidas pela medida deixaram de gastar aproximadamente 2.320 MW, diminuindo
também o uso de energia térmica, que tem custo mais elevado que o das
usinas hidráulicas. (Elétrica - 11.02.2005)
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras admite abertura de processo arbitral contra El Paso e MPX A Petrobras informou, por meio de fato relevante encaminhado à Bolsa de Valores de São Paulo nesta sexta-feira, dia 11 de fevereiro, que decidiu instaurar processo arbitral na disputa que mantém com a El Paso e a MPX referente ao pagamento da contribuição de contingência para as usinas merchant. No comunicado, a estatal diz que até dezembro de 2004 já pagou, em valores nominais, R$ 1,9 bilhão para Macaé Merchant e R$ 370 milhões, para a Termoceará. "As transformações estruturais ocorridas no mercado de energia elétrica após o racionamento eliminaram as oportunidades de lucro para a Petrobras nestes empreendimentos e acarretaram prejuízos substanciais", diz a nota. Para tomar a decisão, a estatal se baseou em estudos e demonstrações econômico-financeiras elaborados por empresas de consultoria e escritórios de advocacia. Tais análises, segundo a Petrobras, mostram "desequilíbrio da equação econômico-financeira dos contratos analisados". (Canal Energia - 11.01.2005)
Economia Brasileira 1 Estudo destaca círculo vicioso entre juros e inflação O Brasil entrou em um círculo vicioso em que os altos juros alimentam a inflação, e a inflação justifica a alta dos juros. Esta visão está contida em um recente trabalho do economistas José Roberto Afonso e Erika Amorim Araújo, e do especialista em finanças públicas Amir Khair. Em sua análise, os especialistas defendem que os altíssimos juros da dívida pública são um fator permanente de preocupação quanto à solvência do Governo, combatido com sucessivos aumentos do superávit primário. Porém, como o Governo não consegue cortar gastos, nem reduz os juros, o superávit primário é obtido com aumentos da carga da tributária. Aqueles aumentos, por sua vez, elevam custo das empresas, que tentam repassá-los aos preços, provocando pressões inflacionárias, às quais o BC reage com novas altas da Selic. Estas reforçam as dúvidas quanto à solvência, levam a novas ampliações do superávit primário, mais carga tributária e inflação, em um autêntico círculo vicioso. O trabalho mostra que a carga tributária em 2004 atingiu 36,8% do PIB, com um aumento de 1,5 ponto percentual em relação aos 35,2% de 2003. (Jornal do Commercio - 14.02.2005) 2 Crédito em expansão contraria política monetária A forte expansão do crédito está minimizando os efeitos da política monetária e sustentando a atividade econômica a despeito das sucessivas altas da taxa básica de juros. "A equipe econômica vive grande dilema. Ao mesmo tempo em que o crédito estimula a produção industrial e aquece o varejo, mantém o consumo firme, abrindo espaço para a inflação", explica o economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio, Carlos Thadeu de Freitas Gomes. Na prática, ao elevar a Selic, o BC deveria estimular a alta das taxas de juros de longo prazo (acima de um ano). É para essas taxas que os bancos e os lojistas olham na hora de formar os juros que vão cobrar da clientela. Como as taxas de curto prazo estão bem acima das de longo prazo, os encargos dos crediários não estão subindo com a força desejada pelo BC para frear a demanda. (Jornal do Commercio - 14.02.2005) 3
Alta de meio ponto na Selic é quase consenso 4 Indústria espera alta no consumo A repetição
do bom resultado da indústria neste ano dependerá de fatores como investimentos
na expansão da capacidade, emprego, renda e infra-estrutura. A opinião
é do economista e chefe do Departamento de Indústria do IBGE, Silvio Sales.
O entusiasmo na divulgação do maior salto da indústria em 18 anos, ocorrido
em 2004, ofusca alguns alertas para o setor. O aumento de apenas 3,4%
na produção de metalurgia - bem abaixo dos 8,3% de média da indústria
- preocupa Sales. "Não conseguimos identificar se as encomendas de bens
de capital estão sendo realizadas pelos segmentos que de fato precisam
ampliar a capacidade instalada" afirma. Para Sales, a indústria pode estar
entrando, neste ano, num novo padrão de crescimento, mais voltado para
o consumo interno. No ano passado, os segmentos que cresceram com mais
vigor não dependeram exclusivamente da demanda interna, e foram favorecidos
por fatores como a queda dos juros no primeiro semestre, o salto das exportações
e a injeção de investimentos na economia.(JB Online - 14.02.2005) 5 CNI: Mercado de trabalho se recuperou em 2004 Para a CNI
o mercado de trabalho foi o grande destaque de 2004. Ambos os indicadores
- emprego e massa salarial - registraram aumento. O indicador de emprego
subiu 3,49% frente a 2003, mais de três vezes a taxa de expansão recorde
anterior registrada em 2001. A massa de salários pagos pela indústria
de transformação teve uma expansão de 9,01%. Na indústria, o faturamento
aumentou 14,29% em relação a 2003, quando houve uma queda de 0,15%. O
uso da capacidade instalada, 82,3% em média, foi o nível mais elevado
da série histórica da CNI, iniciada em 1992. Apesar do excelente desempenho
da indústria no ano passado, a CNI avalia que o resultado obtido em dezembro,
ainda que positivo, sinaliza "algum arrefecimento no forte ritmo de expansão
dos meses anteriores". Segundo os economistas da CNI, a indústria já dá
sinais de que está sendo afetada pelo novo aperto na política monetária
e que os juros altos ameaçam a continuidade do ritmo de crescimento para
2005. (O Globo Online - 14.02.2005) 6 Inflação medida pelo IPCA recuou para 0,58% em janeiro A inflação medida pelo IPCA ficou em 0,58% em janeiro, informou o IBGE. A taxa, usada no sistema de metas de inflação do governo, ficou 0,28 ponto percentual abaixo do IPCA de dezembro (0,86%) e 0,18 ponto percentual abaixo do de janeiro do ano passado (0,76%).O IPCA acumulado em 12 meses está em 7,41%, uma taxa também menor do que os 12 meses imediatamente anteriores (7,60%). O IPCA apresentou queda, apesar da aceleração dos preços dos alimentos (a variação subiu de 0,65% em dezembro para 0,78% em janeiro). Outros itens importantes no cálculo do IPCA tiveram variações menores em janeiro, ajudando a taxa a recuar. A gasolina foi o principal deles: enquanto o IPCA de dezembro absorveu uma alta de 5,06% neste item, o de janeiro absorveu variação quase insignificante (0,06%). O item ônibus urbanos, que pressionou dezembro com alta de 1,60%, chegou a apresentar ligeira queda em janeiro (-0,10). (O Globo Online - 14.02.2005) 7
Dólar ontem e hoje
Internacional 1 Iberdrola registra aumento de 14,2% no lucro líquido em 2004 A Iberdrola
anunciou um resultado líquido melhor que o esperado para 2004 e planeja
expandir sua lucrativa divisão de energia eólica na Europa. O lucro líquido
da empresa subiu 14,2%, para 1,21 bilhão. Este resultado foi ajudado
pela expansão da atividade da empresa no setor de usinas a gás e eólicas,
que compensaram o clima seco e a menor geração de energia hidroelétrica.
A alta de 4,1% na geração de energia na Espanha em 2004 e de 87,5% na
América Latina, graças ao início de atividade de novas usinas no México,
permitiram à empresa elevar em 9,2% o Ebitda (sigla em inglês para lucro
antes de juros, impostos, depreciação e amortização), para 2,8 bilhões.
(Elétrica - 11.02.2005) 2 Iberdrola pretende instalar 32 MW de potência eólica na França em 2005 A Iberdrola,
um dos maiores geradores de energia renovável do mundo, afirmou que planeja
instalar 32 MW de potência eólica na França em 2005, volume que vai se
somar a outros 100 MW entre 2006 e 2007. A companhia informou que vai
investir em 100 MW na Itália. A Iberdrola é a maior acionista da Gamesa,
quarta maior empresa de turbinas eólicas do mundo. (Elétrica - 11.02.2005)
3 Yukos decide processar grupos do setor de energia A Yukos, empresa russa de petróleo, decidiu abrir processo contra quatro grupos russos do setor de energia no valor de US$ 20 bilhões por danos decorrentes da venda do principal ativo da companhia. As empresas Gazprom, estatal russa que detém o monopólio do setor de gás, e a Gazpromneft, antiga subsidiária da Yukos, são algumas das que devem ser processadas. (Folha de São Paulo - 14.02.2005)
Biblioteca Virtual do SEE 1 Braisil. "Minuta do Edital de Leilão no 001/2005 - 2o Leilão de compra de Energia Elétrica Provenienete de empreendimentos de geração existentes". Brasília: Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, fevereiro de 2005. Para ler
o documento na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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