l IFE:
nº 1.509 - 01 de fevereiro de 2005 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Governo admite dificuldade em leiloar todas as 17 novas usinas em leilão de energia O governo
admitiu pela primeira vez que não conseguirá leiloar 17 novas usinas hidrelétricas
no primeiro semestre, como previsto anteriormente. Essas usinas são necessárias
para garantir a oferta de energia a partir de 2009. O secretário-executivo
do MME, Maurício Tolmasquim, disse que espera realizar a licitação destes
novos projetos em junho, mas até agora apenas um deles tem licença ambiental
prévia. Tolmasquim disse que do total de 2,829 mil MW previstos, pelo
menos 600 MW não terão definitivamente licença ambiental em tempo hábil.
Ele já baixou para entre 2 mil e 2,2 mil MW o total de energia disponível
com licenciamento para junho. A nova projeção do MMW descarta alguns dos
17 projetos, mas Tolmasquim não quis dizer quais seriam. Essas usinas
poderão ser levadas novamente a leilão em dezembro, junto com mais cinco
novas hidrelétricas que estão "no portfólio do ministério", segundo Tolmasquim.
Esses outros cinco projetos somam 1,648 mil MW e têm previsão para ficarem
prontos a partir de 2010. A previsão do governo continua sendo otimista.
Tolmasquim acredita que não haveria demanda suficiente para que todas
as concessões oferecidas fossem arrematadas. (Valor - 01.02.2005) 2 Tolmasquim: Leilão de energia velha deve ser realizado na segunda quinzena de março Na segunda
quinzena de março, deverá ser realizado um leilão de energia "velha",
com entrega para 2008 e 2009, segundo Maurício Tolmasquim. Caso esse leilão
não seja suficiente para cobrir a demanda projetada pelas distribuidoras,
o governo poderá fazer uma outra licitação em maio. Esse leilão, porém
será para entrega em 2008, e não 2009, (é apelidado de A-3, já que as
empresas terão três anos apenas para providenciar a produção). Neste caso,
usinas termelétricas poderão participar, já que sua construção é mais
rápida que de uma hidrelétrica. "Mas esse leilão A-3 pode não ser necessário",
afirmou Tolmaquim. As empresas do setor terão que entregar as suas previsões
de oferta e demanda até o dia 21 de fevereiro. (Valor - 01.02.2005) 3 Tolmasquim: Indexador dos contratos futuros ainda não foi definido O secretário-executivo
do MME, Maurício Tolmasquim disse ontem que os leilões de novas concessões
terão contratos garantidos por 20 ou 25 anos, enquanto o leilão de energia
existente terá contratos de 8 anos. O indexador do reajuste dos futuros
contratos, porém, ainda não foi definido. "Poderemos aplicar o IPCA, como
no megaleilão de dezembro, ou poderemos manter o IGP-M (previsto nos contratos
de concessão). Temos ainda a opção de aplicação de um índice setorial
que encomendamos à FGV, mas não acredito que fique pronto a tempo", afirmou.
Tolmasquim disse que procura um banco de investimentos que para avaliar
o cenário internacional e que possivelmente organize um "road show" (apresentação
a investidores) antes dos leilões. (Valor - 01.02.2005) 4
Governo estuda contratação de empresas para realizar trabalho prévio para
licença ambiental 5 Audiências do Ibama discutem liberação de LI para hidrelétrica de Estreito O Ibama
realiza, a partir desta segunda-feira, dia 31 de janeiro, uma série de
audiências públicas para discutir a liberação da licença ambiental de
instalação da hidrelétrica de Estreito. As audiências mostrarão as mudanças
ocorridas no projeto e os benefícios sociais que a construção do empreendimento
trará para a população. A primeira audiência acontece em Estreito, no
Maranhão. De 1º a 3 de fevereiro, os encontros serão realizados nos municípios
de Arguiarnópolis, Babaçulândia e Filadélfia, todos no Tocantins. A última
audiência acontece na próxima sexta-feira, dia 4 de fevereiro em Carolina,
no Maranhão. A expectativa do Consórcio Estreito Energia é que, se não
ocorrer nenhum novo impasse, a licença de instalação seja liberada até
o final de maio. Já as obras do empreendimento, de 1.087 MW, estão previstas
para começar em junho, com a entrada em operação da primeira unidade geradora
em setembro de 2008. Os investimentos estão orçados em R$ 2,4 bilhões.
(4,44%). (Canal Energia - 01.02.2005) 6 Minas Gerais descentraliza processo de licenciamento ambiental O estado
de Minas Gerais começa a descentralizar os pedidos de licenciamento ambiental.
A partir do próximo dia 14 de fevereiro, os processos de licenciamento
do Sul do estado poderão ser feitos diretamente nos Núcleos de Apoio às
Regionais do Conselho de Política Ambiental, em Varginha. Os empreendedores
da região, que abrange mais de 160 municípios, não precisarão mais ir
até Belo Horizonte para dar entrada nos processos. Além do pedido de entrada,
as demais fases do licenciamento também acontecerão em Varginha. O Sul
de Minas foi um dos primeiros Copam's a serem implantados e é o primeiro
a atingir esta nova fase de descentralização. O próximo núcleo a formalizar
seus processos será o do Triângulo Mineiro, com sede em Uberlândia, que
tem a previsão de início para março deste ano. (Canal Energia - 01.02.2005)
Empresas 1 Neoenergia registra lucro de R$ 305 mi em 2004 A Neoenergia,
holding controladora das distribuidoras Coelba, Cosern e Celpe, teve um
lucro líquido recorde em 2004, de R$ 305 milhões. O valor é 593% maior
que o registrado em 2003, de R$ 44 milhões. O resultado é fruto, em parte,
da estabilização do dólar e da retomada do consumo. Medidas administrativas
como a profissionalização da gestão e a reestruturação das dívidas também
tiveram influência no resultado. O presidente da Neoenergia, Marcelo Corrêa,
credita à campanha eficaz de suas distribuidoras contra a inadimplência
a maior parte dos ganhos. A cobrança dos débitos em atraso teve mais efeito
no resultado do que o crescimento efetivo do mercado, segundo Corrêa.
O índice de arrecadação em relação à energia faturada passou de 88% para
96%. O número de novas ligações regulares solicitadas à companhia subiu
de apenas 50 por mês para 1.350 mensais. O Lajida (lucro antes de juros,
impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 1,470 bilhão. (Valor
- 01.02.2005) 2 Neoenergia registra aumento de 2% em seu mercado em 2004 O crescimento do mercado da Neoenergia, como um todo, foi de 2% em 2004. "Os reflexos do crescimento da economia e do consumo de energia ainda não foram sentidos no Nordeste porque o aquecimento da economia reflete tardiamente na região", diz o presidente da Neoenergia, Marcelo Corrêa. Segundo Ele, o mercado da Neoenergia é hoje o equivalente ao de 2000. Naquele ano foram vendidos 20,257 mil MW médios, enquanto em 2004, segundo Corrêa, as vendas somaram 20,258 MW médios. "Perdemos 4 anos", afirmou Corrêa. Em 2005, ele acredita em um crescimento de 6% do consumo no Nordeste. (Valor - 01.02.2005) 3 Neoenergia reduz dívida de curto prazo A Neoenergia
investiu no alongamento do seu perfil de endividamento, e reduziu os vencimentos
de curto prazo (próximos 12 meses) de R$ 2,4 bilhões no fim de 2003 para
R$ 480 milhões hoje, segundo Corrêa. Os R$ 2,4 bilhões representavam 60%
do endividamento total do grupo. Atualmente, a dívida total do grupo é
em torno de R$ 4 bilhões, dos quais R$ 3, 6 bilhões vencerão no longo
prazo. Assim, o índice de alavancagem do grupo é 45%, um dos mais baixos
do setor. (Valor - 01.02.2005) 4
AES Sul aprova contratação de operação de até R$ 100 mi 5 Aneel mantém multa de R$ 7,39 mi para a AES Tietê A AES Tietê
terá que pagar uma multa de R$ 7,391 milhões por ter distribuído dividendos
entre seus acionistas sem a autorização da Aneel. A reguladora negou recurso
apresentado pela distribuidora e agora resta à AES Tietê contestar a multa
na Justiça, caso discorde da decisão. A pena foi aplicada em 22 de outubro
de 2002, mas o recurso atrasou a conclusão definitiva do processo, iniciado
em abril daquele ano. (Elétrica - 01.02.2005) 6 Aneel autoriza Cteep a construir linha Anhangüera - Guarulhos A Aneel
autorizou a construção da linha de transmissão Anhangüera - Guarulhos,
em 345 kV, e da subestação Anhangüera pela Transmissão Paulista. A previsão
da Aneel é que a linha de transmissão seja implantada num prazo de 15
meses e a subestação, em 26 meses, com investimentos estimados em R$ 77
milhões. O prazo da concessão para a Cteep explorar a linha é de 30 anos.
Segundo a decisão, obtida na reunião pública realizada pela agência nesta
segunda-feira, a linha estava prevista pelo Plano de Ampliações e Reforços
do ONS. Em reunião no Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, o ONS
destacou o caráter emergencial para a construção das obras. (Canal Energia
- 01.02.2005) 7 CEEE investe R$ 9 mi em eficiência energética A CEEE investirá
R$ 9 milhões no ciclo 2004/2005 do programa de eficiência energética.
De acordo com a chefe do departamento de Eficientização da empresa, Ingrid
Utz Melere, serão beneficiados 19 projetos. Ela explica que R$ 7,19 milhões
se referem a 0,5% da receita operacional líquida e o restante engloba
recursos de projetos remanescentes de ciclos anteriores. A expectativa
com o programa é reduzir a demanda no horário de ponta em 2,512 MW e em
10.664 MWh por ano. Segundo Ingrid, a empresa espera que a Aneel aprove
o programa no final de maio. Caso esta data se confirme, a executiva acredita
que o programa seja desenvolvido de maio de 2005 a abril de 2006. (Canal
Energia - 01.02.2005) 8 Celg fará parcerias para geração e transmissão A Celg abriu chamada pública para selecionar parceiros para empreendimentos de geração hidrelétrica e transmissão de energia. Segundo aviso publicado nesta segunda-feira, dia 31 de janeiro, as parcerias visam à realização de estudos de viabilidade técnico-econômica dos aproveitamentos e de avaliações ambientais para a obtenção de licenças prévias e de instalação, mais projetos básicos ambientais. Com relação à transmissão, a Celg informou que a seleção de parceiros é para empreendimentos do Sistema Interligado licitados ou a serem postos em licitação pelo poder concedente. As propostas para a empresa - para as duas áreas - devem ser enviadas até o dia 30 de junho. O conselho de administração da distribuidora aprovou, no dia 21 de janeiro, a nomeação do novo diretor administrativo, José Gomes Filho, e do novo diretor Comercial, Júlio Sérgio de Melo, para a diretoria. (Canal Energia - 01.02.2005) 9 Luz para Todos: Cemig desclassifica empresas A Cemig anunciou nesta segunda-feira, dia 31 de janeiro, a desclassificação das empresas CBPO Engenharia, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão para a realização das obras do programa Luz para Todos em Minas Gerais. Segundo a estatal, o preço total para cada lote apresentado pelas concorrentes ficou acima dos limites estabelecidos, motivando a decisão. A Comissão Especial de Licitação da Cemig determinou que as empresas apresentem nova proposta até o dia 14 de fevereiro na sede da Cemig. (Canal Energia - 01.02.2005) 10 Eduardo Bernini assume presidência da AES Elpa A AES Elpa
aprovou, em reunião do conselho de administração a nomeação de Eduardo
Bernini para o cargo de diretor-presidente. O executivo, desde janeiro
do ano passado, acumula o cargo de presidente de outas empresas do grupo
AES (Eletropaulo, Tietê, Uruguaiana e AES Sul) e da holding Brasiliana
Energia. Na reunião, foi aprovado ainda o nome de Antônio Luiz Barros
Salles para o cargo de diretor Executivo. A atual diretora de Relações
com os Investidores e ex-diretora-presidente, Andrea Cristina Ruschmann,
foi reconduzida ao cargo de Relações com os Investidores e passa a compor
também a diretoria Executiva. Os mandatos dos três executivos têm duração
de três anos e entrou em vigor no dia 14 de janeiro. (Canal Energia -
01.02.2005) 11 Tradener realiza leilão para compra de energia A Tradener realiza nesta segunda-feira, 31 de janeiro, leilão para compra de 32,5 MW médios no curto prazo. Segundo a comercializadora, o termo de adesão deve ser enviado até às 12 horas. Já as propostas serão recebidas pela Tradener até às 18 horas. O resultado será divulgado nesta terça-feira, 1º de fevereiro, até às 14 horas e o contrato deve ser assinado até a próxima sexta-feira, 4 de fevereiro. As empresas interessadas devem enviar o termo de adesão e as propostas por meio do fax (41) 3021-1111. (Canal Energia - 01.02.2005) No pregão
do dia 31-01-2005, o IBOVESPA fechou a 24.350,62 pontos, representando
uma alta de 1,60% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 921,5
milhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 1,67%,
fechando a 6.515,06 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 33,90 ON e R$ 32,89 PNB, alta de 5,44%
e 5,08%, respectivamente, em relação ao fechamento do dia anterior. Na
abertura do pregão do dia 01-02-2005 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 33,63 as ações ON, baixa de 0,80% em relação ao dia anterior e R$
32,89 as ações PNB, estável em relação ao dia anterior. (Economática e
Investishop - 01.02.2005)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 O submercado Sudeste/Centro-Oeste opera com capacidade de 75,4% O nível
dos reservatórios do submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 75,4%, com
aumento de 0,4% em relação ao dia 29 de janeiro. O índice fica 31,7% acima
da curva de aversão ao risco. As hidrelétricas de Nova Ponte e Furnas
operam com capacidade de 86,1% e 96,7%, respectivamente. (Canal Energia
- 01.02.2005) 2 O índice de armazenamento do submercado Sul está em 68,6% A região Sul apresenta 68,6% de volume armazenado em seus reservatórios. Em relação ao dia 29 de janeiro, houve queda de 0,1% no nível dos reservatórios do submercado. A hidrelétrica de S. Santiago apresenta capacidade de 73,3%. (Canal Energia - 01.02.2005) 3 O nível dos reservatórios do submercado Nordeste está em 70,9% O submercado
Nordeste opera com capacidade de 70,9%, com aumento de 0,7% em relação
ao dia anterior. O índice fica 27,29% acima da curva de aversão ao risco.
O nível do reservatório da hidrelétrica de Sobradinho está em 70,21%.(Canal
Energia - 01.02.2005) 4 Região Norte apresenta 47,0% de volume armazenado em seus reservatórios O índice
de armazenamento do submercado Norte está em 47,0%, com aumento de 1,3%
em relação ao dia anterior. A hidrelétrica de Tucuruí opera com capacidade
de 44,6%.(Canal Energia - 01.02.2005) 5 RJ exportará 20% da produção excedente de energia O estado
do Rio de Janeiro passará a exportar energia elétrica. Cerca de 20% da
produção excedente serão vendidos no mercado nacional. Isso se deve à
política de incentivo fiscal, criada durante o governo Garotinho, que
atraiu indústrias do setor, como a TermoRio, que entra em operação este
ano. A governadora Rosinha Garotinho explica que o estado hoje é capaz
de suprir a falta de luz, caso haja um novo apagão. (Elétrica - 01.02.2005)
6 RJ poderá utilizar termoelétricas para reduzir risco de apagões durante o Carnaval O secretário
de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Estado do Rio de Janeiro, Wagner
Victer, afirmou nesta segunda-feira que a Aneel autorizou o funcionamento
de usinas termelétricas da região durante os próximos dias para garantir
o abastecimento de energia elétrica no Carnaval. A medida --adotada em
caráter excepcional-- não elimina a possibilidade de que ocorram novos
apagões. Segundo o secretário, o sistema trabalhará no feriado com as
linhas de transmissão e as duas termelétrica. (Folha de São Paulo - 01.02.2005)
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras sofre derrota em disputa judicial com El Paso A El Paso venceu na sexta feira (28/01) a primeira batalha contra a Petrobras na briga em torno da revisão do contrato da térmica Macaé. A juíza Daniela Ferro, substituta da 50ª Vara Cível do Rio de Janeiro, negou pedido da estatal que tentou depositar em juízo a parcela mensal de R$ 57 milhões devida à americana relativa a compromissos assumidos com a usina da El Paso. Com a negativa da juíza, a estatal está momentaneamente em "default". A estatal afirma que o contrato está trazendo prejuízo econômico-financeiro. A maior queixa é contra a cláusula que prevê o pagamento, pela Petrobras, de uma contribuição de contingência à El Paso caso os custos da usina sejam maiores que as receitas. A estatal alegava que a cláusula de contingência seria utilizada no caso de eventualidades, mas tornou-se um compromisso permanente a partir das drásticas mudanças ocorridas no setor elétrico desde a assinatura do contrato. A El Paso afirma que até o risco de eventuais perdas decorrentes de mudanças no preço da energia já estavam previstas no contrato. (Valor - 01.02.2005) 2 MME e Eletrobrás se reúnem com chineses para discutir projeto de Candiota A Companhia
de Geração Térmica de Energia Elétrica promoveu na segunda-feira, 31,
um encontro em Candiota, para apresentar o secretário nacional de Energia
do MME, Ronaldo Schuch, e o diretor de engenharia da Eletrobrás, Valter
Luix Cardeal de Souza, às autoridades da região e ao grupo de engenheiros
chineses que estão realizando o estudo da viabilidade de implantação da
FASE C de Candiota. Cardeal declarou que está cumprindo com as determinações
do governo brasileiro trabalhando para receber o empreendimento. "Espero
que a retomada do projeto de Candiota III se torne em breve realidade.
A Eletrobrás está dando o primeiro passo e queremos que o próximo seja
a implantação da FASE C", disse Cardeal. (Elétrica - 01.02.2005) 3 Chineses estão otimistas com a instalação de Candiota III O coordenador
da delegação chinesa em Candiota, o engenheiro Li Zongwen, demonstrou
otimismo na instalação de Candiota III. "Estamos agora chegando em uma
nova etapa na relação entre a China e o Brasil", comentou. Zongwen adianta
que as condições do município para o desenvolvimento do projeto são excelentes
devido à proximidade das minas de carvão, além do clima favorável. Sobre
a parte técnica o engenheiro conclui que os equipamentos armazenados demonstram
a possibilidade do projeto ser realizado "Os equipamentos estão em melhores
condições que se possa imaginar", afirma. (Elétrica - 01.02.2005) 4 Governo estuda possibilidade de repassar energia nuclear de Angra compulsoriamente para as distribuidoras O governo
está estudando uma solução para a energia produzida pelas usinas nucleares
de Angra I e II. A hipótese cogitada é dar à energia nuclear o mesmo tratamento
dispensado à hidrelétrica de Itaipu, cuja energia é repassada compulsoriamente
para as distribuidoras. Dentro desta estratégia, a Eletronuclear, que
administra Angra I e II, deixaria de ser uma subsidiária de Furnas e passaria
a ser diretamente controlada pela Eletrobrás, responsável pela comercialização
da produção de Itaipu. O secretário-executivo do MME, Maurício Tolmasquim,
disse que a idéia ainda é embrionária. Essa hipótese foi criticada pelas
geradoras. "É um absurdo", disse ontem o presidente da Associação dos
Produtores Independentes de Energia (Apine), Luiz Fernando Vianna. Tolmasquim
acredita que se a idéia for levada adiante a energia nuclear poderia ser
vendida sob essa nova forma de comercialização em 2006, para suprir os
5% do mercado das distribuidoras que não foram contratados no leilão de
energia existente realizado em dezembro passado. O problema é que a energia
nuclear é muito cara, e dificilmente conseguirá comprador diante do ambiente
competitivo da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). (Valor
- 01.02.2005) 5 Angra I vai ficar inativa durante 45 dias A Eletronuclear anunciou a interrupção por 45 dias da usina Angra I. Previamente programada para troca de elemento combustível, a parada também será utilizada para uma fiscalização completa das instalações. Ao todo, serão trocados 28 dos 121 elementos combustíveis da unidade, que tem 626 MW de potência instalada. (Gazeta Mercantil - 01.02.2005) 6 Angra II continua sem previsão de retorno ao funcionamento A Eletronuclear não informou por quanto tempo deverá se prolongar a interrupção de Angra II, parada por defeito no gerador. Segundo a empresa, há possibilidade de as obras, conduzidas por técnicos alemães, serem concluídas antes do próximo dia 26. Supervisionados pela direção da Eletronuclear, os reparos já duram dois meses, sem que os técnicos tenham descoberto as causas do problema. (Gazeta Mercantil - 01.02.2005) Economia Brasileira 1 Indexação de tarifas alimenta inércia inflacionária A inércia inflacionária voltou ao centro do debate sobre o comportamento dos preços no Brasil, num momento em que o BC e a política de juros altos enfrentam críticas severas. Os analistas são unânimes em apontar a indexação de contratos importantes - energia elétrica e telecomunicações, por exemplo - ao IGP como o principal fator que explica a inércia elevada. O professor da USP Heron do Carmo lamenta a correção pelos IGPs, porque isso acaba contaminando a inflação futura com elevações passadas de preços. Para ele, o ideal seria criar e usar índices específicos, que reflitam os custos de cada setor. Enquanto esses índices não são criados, a alta dos IGPs alimenta a inércia, dificultando a tarefa do BC de reduzir o IPCA de 7,6% em 2004 para 5,1% neste ano. Em 2004, os IGPs subiram mais de 12%. (Valor Online - 01.02.2005) 2 Melhora na renda só abre espaço a leves reajustes A melhora do mercado de trabalho pelo segundo ano seguido deve abrir espaço para reajustes moderados de preços nos setores de alimentos, bebidas, roupas, calçados e serviços, mais sensíveis à recuperação do emprego e da renda. Esses reajustes, porém, deverão ter impacto modesto sobre os índices de inflação, segundo analistas como o professor da USP Heron do Carmo. A expectativa é de que a melhora no mercado de trabalho não cause surpresas negativas no front inflacionário, pois a recuperação da renda ainda é incipiente, as empresas tiveram ganhos de produtividade razoáveis e são justamente os setores de bens semi e não duráveis - vestuário, calçados, bebidas e alimentos - que têm maior capacidade ociosa. Além disso, empresários desses segmentos relatam apenas pressões de custos pontuais, como embalagens ou algum tipo de matéria-prima derivada das commodities metálicas ou do petróleo. (Valor Online - 01.02.2005) 3
Mercado eleva projeção de juros para 2005 4 Brasil pode fechar acordo preventivo A decisão
ainda não foi tomada, mas são crescentes os sinais de que o Brasil poderá
renovar, de alguma forma, seu acordo com o FMI. Nos últimos meses, o discurso
das autoridades brasileiras migrou de uma clara disposição de negar um
novo acordo para uma posição neutra em relação ao tema. Essa atitude mais
cautelosa do Governo brasileiro é explicada pelo temor de que o País seja
pego no contrapé dos mercados. Ou seja, no momento em que romperia sua
relação formal com o FMI e o acesso praticamente automático aos seus cofres,
o Brasil poderia ser pressionado por um mercado externo mais adverso,
com crescente aversão ao risco causada pela alta dos juros nos Estados
Unidos. De fato, técnicos do FMI e membros da equipe econômica brasileira
já estão conversando sobre um possível novo acordo. Se ele sair, certamente
terá um caráter preventivo, ou seja, o Brasil sacaria os recursos disponíveis
apenas em situações emergenciais. (Jornal do Commercio - 01.02.2005) 5 Governo reforça reservas com captação de US$ 1,25 bi Em vez de
intensificar as compras de dólares no mercado interno, o que contribuiria
para elevar a taxa de câmbio, o governo brasileiro optou por reforçar
em US$ 1,25 bilhão as reservas internacionais do País captando recursos
no exterior com a venda de títulos da República que vencerão apenas daqui
a 20 anos, em 2025. Essa foi a segunda emissão de papéis do Brasil no
mercado internacional este ano e, como nesse caso, o dinheiro vai direto
para as reservas que ficam aplicadas fora do País, não há interferência
na formação da taxa de câmbio. Apesar de ter encerrado a operação no final
da tarde, o Tesouro, no entanto, divulgou apenas a taxa de retorno que
foi de 8,9% ao ano. Os recursos dessa operação servirão para suprir as
necessidades do governo que terá que pagar ao longo de 2005 US$ 6 bilhões
de dívida externa. Isso evitará que as reservas - um indicador importante
constantemente analisado pelas agências de classificação de risco para
definir as notas atribuídas aos países - caiam em função dos pagamentos.
(O Estado de S. Paulo - 01.02.2005) O dólar à vista permanece pressionado nesta terça-feira, operando em leve alta. Às 10h54m, a moeda americana subia 0,38%, sendo negociada por R$ 2,618 na compra e R$ 2,620 na venda. Ontem, o dólar comercial terminou com baixa de 1,39%, a R$ 2,6080 na compra e R$ 2,61 na venda - menor valor desde junho de 2002. No mês de janeiro, a baixa nas cotações é de 1,66%. (O Globo Online e Valor Online - 01.02.2005)
Internacional 1 Líbia vai realizar rodada de licitações de blocos de petróleo em março A Líbia
espera que grandes empresas do setor de energia façam ofertas agressivas
na próxima rodada de licitações de áreas petrolíferas, prevista para março,
após uma primeira rodada ter sido realizada no sábado passado (29/01),
disse o primeiro ministro da Líbia, Shokri Ghanem. De acordo com Ghanem,
enquanto grandes empresas como a Exxon Mobil e a BP mostraram interesse
ao fazer ofertas na licitação de sábado, rivais menores provaram-se mais
competitivas. Entre elas, a Petrobras, que adquiriu em consórcio com uma
empresa de Nova Guiné a área 18. "Estamos testando a água com empresas
de porte médio", disse o primeiro ministro da Líbia, ressaltando que espera
que a próxima oferta seja feita em março. O chairman da Companhia Nacional
de Petróleo da Líbia, Abdullah al-Badri, informou que oferecerá 40 blocos
em uma segunda rodada de licitações. Ghanem confirmou que a Líbia deve
aprovar em breve o retorno do grupo Oasis, formado por empresas dos Estados
Unidos que costumavam ser ativas nas fronteiras. (Gazeta Mercantil - 01.02.2005)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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