l IFE:
nº 1.504 - 25 de janeiro de 2005 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Regulação e Novo Modelo 1 Dilma anunciará antecipação de obras Disposta
a minimizar o desgaste produzido pelos apagões ocorridos na região Sudeste,
a ministra Dilma Rousseff anunciará hoje, em Vitória, ES, a antecipação,
e possivelmente ampliação, do cronograma de investimentos de Furnas Centrais
Elétricas. Além de confirmar o início de operações em março da esperada
linha de transmissão Ouro Preto-Vitória (345 Kv), a ministra deverá antecipar
para menos de um ano a construção da subestação de Areinhas, em Viana,
Grande Vitória. Segundo executivos do setor, o pacote previsto para ser
anunciado hoje poderá incluir a licitação de uma usina termelétrica para
a região da Grande Vitória, o que atenderá a uma antiga reivindicação
do governador Paulo Hartung. Oficialmente, no entanto, fontes do governo
confirmam apenas a subestação de Areinhas e o início de operações da linha
de transmissão, cujas obras - originalmente previstas para conclusão em
janeiro - foram interrompidas por liminares judiciais que questionavam
os impactos ambientais do empreendimento de R$ 380 milhões. (Gazeta Mercantil
- 25.01.2005) 2 Dilma vai à Espanha discutir projetos Dilma Rousseff
se reunirá na próxima semana em Madri com representantes de empresas espanholas
do setor para analisar uma possível participação em projetos de construção
de redes de transmissão de energia e de centrais hidroelétricas. Fontes
do governo espanhol informaram que essa reunião foi definida no encontro
que Rousseff teve em Brasília nesta segunda-feira com o ministro da Indústria
da Espanha, José Montilla. O país tem interesse na participação de empresas
espanholas em novas licitações para a a construção de redes de transmissão
de energia e de 17 centrais hidrelétricas. Em novembro, a empresa espanhola
Abengoa obteve uma concessão para construir e operar uma linha de transmissão
elétrica e três subestações. Na área de geração, o país também conta com
a presença de grandes empresas espanholas, como a Endesa e a Iberdrola,
que fizeram investimentos milionários na aquisição de empresas estatais
sujeitas a um processo de privatização. (Elétrica - 24.01.2005) O juiz Alderico
Rocha Santos, da 6ª Vara da Justiça Federal de Goiás, concedeu ontem liminar
que autoriza a Corumbá Concessões S/A a encher parcialmente o lago da
usina Corumbá IV, que irá abastecer de energia elétrica e água o Distrito
Federal (DF). As comportas foram fechadas ontem mesmo pela empresa. Em
60 dias o lago poderá chegar ao nível de 810 metros e, daqui a seis meses,
ao de 834 metros, total autorizado pela liminar, que corresponde a cerca
de dois terços do total. O Ibama desaprovou a liminar. O órgão responsável
pelas licenças ambientais federais havia condicionado o enchimento do
lago ao cumprimento de cerca de 40 medidas estabelecidas no Termo de Ajustamento
de Conduta (TAC), como a remoção e indenização de todas as famílias que
vivem na área do futuro lago, assinado há dois anos com o Ibama e o Ministério
Público. (Elétrica - 24.01.2005) 4
Obras de usina da Enercan estão paralisadas há quase uma semana 5 Técnicos mostram estudo sobre matriz energética do MS O governador
em exercício, Egon Krakhecke, teve acesso aos resultados do estudo da
matriz energética e das cadeias produtivas de Mato Grosso do Sul. A apresentação
aconteceu na governadoria, em Campo Grande. O coordenador de estudos energéticos
do Estado, Hélvio Rech, apresentou o balanço. Estavam presentes técnicos
da Petrobras, da USP, da Secretaria de Estado de Planejamento e de Ciência
e Tecnologia, e o presidente da MS Gás, Maurício Arruda. O levantamento
começou a ser feito ano passado pela USP, com apoio financeiro da Petrobras.
O documento aponta o consumo de energia elétrica, através do estudo das
cadeias produtivas, como gás, bagaço da cana e centrais hidrelétricas.
A segunda fase pretende traçar planejamento para ver qual delas melhor
se enquadra para o Estado em termos de recursos disponíveis e economia.
Ao todo, 18 cadeias produtivas foram analisadas e as informações referentes
a elas foram sistematizadas. (Elétrica - 24.01.2005)
Empresas 1 Copel terá reajuste de 5% nas tarifas O governo
do Paraná, acionista majoritário da Copel, autorizou aumento de 5% na
contas de luz que serão emitidas a partir do próximo mês, quando a companhia
passará a ser presidida pelo economista Rubens Ghilardi. No anúncio feito
ao mercado ontem, a direção da Copel explicou que, na prática, vai reduzir
o desconto oferecido a quem paga a fatura em dia. O benefício equivalia
ao reajuste de 14,4% autorizado pela Aneel em junho do ano passado. No
comunicado da empresa, a decisão é justificada pelo impacto da elevação
de custos de encargos intra-setoriais, como a Conta de Desenvolvimento
Energético, e a despesas operacionais como a compra da energia produzida
por Itaipu Binacional e reajustada em janeiro em 7,6% no valor em dólar.
A obrigatoriedade de adesão ao novo modelo elétrico também foi citada.
Parte do desconto será mantida para quem paga a conta em dia, de acordo
com o texto, para estimular as atividades econômicas e a geração de emprego.
"No entanto, o percentual deve ser reduzido para que o equilíbrio econômico-financeiro
da Copel não seja comprometido", diz. (Valor - 25.01.2005) 2 Requião critica proibição de venda de energia da Copel Geradora para a Copel Distribuidora O governador do Paraná, Roberto Requião, criticou ainda a decisão da Aneel de proibir a venda de energia da Copel Geradora para a Copel Distribuidora. "É o fim do mundo", atacou o governador. Ele disse que o caso está sendo discutido na Justiça que já deu o aval para este tipo de operação. "Isso mostra a velocidade da Aneel", ironizou. (Valor - 25.01.2005) 3 Acionistas da Ampla aprovam emissão de debêntures de R$ 400 mi Os acionistas
da Ampla aprovaram, em Assembléia Geral Extraordinária realizada na quinta-feira
passada, emissão de debêntures simples para distribuição pública no montante
de R$ 400 milhões. Trata-se da terceira emissão da companhia. Segundo
a distribuidora, serão lançadas 40 mil debêntures, a um valor nominal
unitário de R$ 10 mil. A emissão será realizada em duas séries. Em Fato
Relevante, a Ampla explica que o número de debêntures a ser lançado em
cada série será definido de acordo com a demanda nos diferentes índices
de remuneração, conforme for verificado no procedimento de formação de
preço. A empresa também esclarece que a decisão sobre a oportunidade em
que a emissão será realizada vai ser tomada pelo Conselho de Administração.
Também o registro da operação junto à Comissão de Valores Mobiliários
(CVM) "será solicitado oportunamente", segundo o Fato Relevante da empresa.
(Valor Online - 24.01.2005) 4
Ampla mantém plano de investimentos para 2005 5 S&P´s atribui rating 'brA' para terceira emissão de debêntures da Ampla A Standard
& Poor's Ratings atribuiu, no dia 24 de janeiro, o rating de crédito corporativo
'brA' à Ampla e o rating de emissão 'brA' à sua terceira emissão de debêntures,
no valor de R$ 400 milhões, com prazo de cinco anos. A S&P também reafirmou
os ratings de crédito corporativo da distribuidora na escala global e
moeda local e em moeda estrangeira 'BB-'. A perspectiva dos ratings de
crédito corporativo em ambas as escalas é estável. Segundo a S&P´s, os
fatores de sustentação dos ratings são a posição financeira equilibrada
da empresa com indicadores de crédito alinhados com a sua categoria de
ratings; sua base de clientes estável; e a exposição mínima aos riscos
de descasamento de moedas. A S&P diz ainda que os ratings refletem o desafio
da companhia em reduzir o alto índice de perdas de energia, atualmente
estimado em 23%; e ao volume histórico de contas a receber em atraso.
(Canal Energia - 24.01.2005) 6 Governo do RJ vai promover reunião entre a Ampla e os novos prefeitos empossados De acordo
com o secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Rio, Wagner
Victer,, o governo do estado promoverá uma reunião entre a Ampla e os
novos prefeitos empossados a fim de estreitar as relações entre as administrações
municipais e a distribuidora. O objetivo é trazer melhorias na área de
iluminação pública e na rede de distribuição. A reunião, segundo Victer,
ocorrerá em breve. (Canal Energia - 24.01.2005) 7 Endesa avalia participação no leilão de energia nova Em relação
ao leilão de energia nova, o presidente da Endesa no Brasil e da Ampla,
Marcelo Llévenes, comenta que a Endesa está avaliando a participação no
negócio. Segundo o executivo, ainda não foi decidido se o grupo espanhol
fará oferta pelas novas concessões. Llévenes explicou que o grupo possui
cerca de 4% a 5% do parque gerador brasileiro e quer manter este nível
de participação. "Estamos satisfeitos com o novo modelo, que diminuiu
os riscos do setor. As regras estão definidas e resta ao investidor privado
avaliar as condições já colocadas", avalia o executivo. (Canal Energia
- 24.01.2005) 8 Cemat prevê investir R$ 66 mi em 2005 A Cemat, distribuidora de energia do Grupo Rede, planeja investir R$ 66,210 milhões em 2005. Esse montante supera a média de investimentos verificada nos últimos anos, de R$ 50 milhões, que foram destinados principalmente para a expansão da rede de distribuição e de transmissão da companhia. De acordo com a Cemat, os investimentos vêm acompanhando a expansão do mercado atendido pela concessionária. (O Estado de São Paulo - 24.01.2005) O diretor de engenharia da Cemar, Augusto Miranda, informou ontem que a empresa indenizará os consumidores que tiveram prejuízo em decorrência da falta de energia nos últimos dias em diversos pontos da capital. Segundo ele, desde julho de 2004 a companhia já investiu mais de R$ 100 milhões na modernização da rede de abastecimento. Todavia, reconhece que serão necessários mais recursos para evitar colapso no sistema. (Jornal do Commercio - 25.01.2005) 10 Governo do Maranhão encaminha pedido de intervenção na Cemar O governador
do Maranhão, José Reinaldo Tavares, informou que esta semana encaminha
à ministra Dilma Rousseff, pedido de intervenção na Cemar. Tavares disse
que a companhia "não vem cumprindo com eficiência os objetivos anunciados,
tais como a expansão e modernização do sistema energético, com vistas
à melhoria da qualidade no fornecimento de energia". (Jornal do Commercio
- 25.01.2005) 11 Socopa recomenda a 'compra' das ações da Cemig A corretora Socopa emitiu relatório na semana passada divulgando sua carteira teórica recomendada. No setor de energia, a corretora sugere a 'compra' das ações da Cemig, com expressivo potencial de valorização. As perspectivas para os resultados de 2004 são positivas, com estimativa de receita líquida e lucro líquido de R$ 6,87 bilhões e R$ 1,14 bilhão, respectivamente. O risco atribuído pela corretora aos papéis da Cemig foi 'moderado'. A estimativa é de que a Cemig tenha apresentado uma boa performance em 2004, com receita líquida, lucro líquido e Ebitda, que mede a geração operacional de caixa, elevados. O Ebitda da Cemig deverá atingir R$ 1,8 bilhão no ano, o maior dentre todas as empresas do setor acompanhadas pela corretora Socopa. A estimativa para a margem Ebitda da Cemig é de 31,9%. Com um preço teórico para as ações preferenciais da Cemig de R$ 86,29, estas apresentam o maior potencial de valorização de todo o setor, em torno de 60%. Em seguida, vêm os papéis ordinários da companhia de energia, com preço teórico de R$ 64,16, que representa um potencial de alta de cerca de 40%. (Elétrica - 24.01.2005) 12 Celg vai se reunir com prefeitos de Goiás A Celg se
reunirá com prefeitos de Goiás para debater projetos de iluminação pública,
do programa Luz para Todos e do credenciamento de estabelecimentos comerciais
como ponto de atendimento da empresa. O encontro, batizado de Energia
nos Municípios, será na quarta-feira, dia 26 de janeiro. Segundo a Celg,
é o primeiro encontro entre a distribuidora e os representantes das administrações
municipais. (Canal Energia - 24.01.2005) No pregão
do dia 24-01-2005, o IBOVESPA fechou a 24.197,72 pontos, representando
uma alta de 1,59% em relação ao dia anterior, com movimento de R$ 776,7
milhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 3,09%,
fechando a 6.605,15 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 32,90 ON e R$ 32,15 PNB, alta de 3,78%
e 5,06%, respectivamente, em relação ao fechamento do dia anterior. A
Bolsa de Valores de São Paulo está fechada, neste dia 25 de janeiro, devido
ao feriado para as comemorações dos 451 anos da cidade de São Paulo. (Economática
e Investishop - 25.01.2005) A Coelba
e a Secretaria de Serviços Públicos (Sesp) firmaram uma
parceria para facilitar a emissão dos pedidos de ligação
e a cobrança das taxas de consumo de energia de barracas no Carnaval
2005. Será montada uma estrutura de fiscalização
intensa da Coelba e da Prefeitura para atuar em todo circuito, evitando
ligações clandestinas. (Elétrica - 24.01.2005)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Furnas descarta apagão no Brasil O presidente
de Furnas Centrais Elétricas, José Pedro Rodrigues de Oliveira, afirma
que não existe apagão no Brasil, desde 1999 e 2001, quando faltou luz
por horas em diversos estados e a população foi submetida ao racionamento
de energia elétrica. Oliveira desmente a informação de que, só neste início
de ano, já tenha havido cinco apagões no Brasil. Segundo o presidente
de Furnas, os eventos foram localizados e de pouca expressão. Para os
próximos dias, Furnas prepara o lançamento de uma megacampanha publicitária,
em parceria com o governo federal, esclarecendo a população a diferença
existente entre apagão, racionamento e cortes esporádicos de luz. Oliveira
lembra que a situação de hoje é diferente da época do apagão, pois as
concessionárias fizeram investimentos significativos em transmissão e
geração de energia, sendo R$ 1 bilhão só de Furnas. Ele destaca também
que o atual governo colocou em operação, este ano, a Empresa de Pesquisa
Energética. (Elétrica - 24.01.2005) 2 LT Rio das Éguas/Bom Jesus da Lapa é religada A linha de transmissão Rio das Éguas/Bom Jesus da Lapa, de 500 KV, foi religada no dia 23 de janeiro. O religamento ocorreu após a adoção de medidas operativas determinadas pelo ONS. De acordo com o boletim diário de operações do ONS, a linha, pertencente à Chesf, saiu do Sistema Interligado no dia 15 de janeiro, depois de um defeito no relé de gás do reator da linha, na subestação Bom Jesus da Lapa II. Segundo o ONS, um novo reator deve ser instalado até a próxima sexta-feira, dia 28. O trecho é parte da interligação Sudeste-Nordeste. (Canal Energia - 24.01.2005) 3 Ampla espera reduzir número de interrupções no Rio Com a modernização
e ampliação das subestações de Rocha Leão, em Casimiro de Abreu, e Porto
do Carro, em São Pedro da Aldeia, e a inauguração de linha de transmissão
entre as duas, a Ampla (ex-Cerj) espera reduzir a quase zero o número
de interrupções no fornecimento de energia elétrica na Região dos Lagos
durante o verão, informou ontem o presidente da empresa, Marcelo Llévenes.
A empresa planeja ainda construir, este ano, subestação em Macaé, de forma
a atender ao aumento da demanda provocado pelo crescimento da atividades
no pólo petrolífero da Bacia de Campos. Segundo Llévenes, a taxa de crescimento
do consumo na cidade está em 14% ao ano. Orçado em R$ 20 milhões, o projeto
está em fase de licenciamento ambiental. Marcelo Llévenes afirmou que
o sistema da Região dos Lagos não estará livre de incidentes isolados,
mas as ocorrências freqüentes registradas no período em que o fluxo de
turistas chega a aumentar o consumo da região em até seis vezes serão
superadas. (Jornal do Commercio - 25.01.2005) 4 Interior de São Paulo fica sem luz Uma interrupção
no fornecimento de energia ocorreu no interior de São Paulo, em Itirapina,
Corumbataí e Itaqueri da Serra. Cerca de 5 mil clientes da distribuidora
Elektro ficaram sem energia por 12 horas, entre aproximadamente 19h30
do sábado e 19h30 do domingo. Segundo a assessoria de imprensa da Elektro,
raios atingiram equipamentos localizados na rede que fica próxima à subestação
de Rio Claro, causando a falha de fornecimento. A explicação vem em linha
com o que vinham dizendo as outras companhias que também tiveram falhas.
(Gazeta Mercantil - 25.01.2005) 5 Submercado Sudeste/Centro-Oeste registra volume 31,1% acima da curva de aversão ao risco A capacidade
do submercado está em 73,2%, com aumento de 0,3% em relação ao dia 22
de janeiro. O índice fica 31,1% acima da curva de aversão ao risco. As
hidrelétricas Emborcação e Furnas apresentam 75,8% e 96% de volume armazenado,
respectivamente. (Canal Energia - 24.01.2005) 6 Nível de armazenamento do submercado Sul está em 68,9% O índice
de armazenamento do subsistema Sul está em 68,9%, com aumento de 0,08%
em relação ao dia 22 de janeiro. A hidrelétrica S. Santiago aprenta capacidade
de 74,3%. (Canal Energia - 24.01.2005) 7 Submercado Nordeste registra volume 26,7% acima da curva de aversão ao risco O subsistema
Nordeste apresenta 67,8% de volume armazenado em seus reservatórios, com
aumento de 0,4% em relação ao dia 22 de janeiro. O índice fica 26,7% acima
da curva de aversão ao risco. A hidrelétrica de Sobradinho opera com capacidade
de 66,4%. (Canal Energia - 24.01.2005) 8 Nível de armazenamento do submercado Norte está em 40,3% O nível
dos reservatórios do submercado Norte está em 40,3%. Em relação ao dia
22 de janeiro, houve aumento de 0,9% no volume armazenado. A capacidade
de Tucuruí está em 35,5%. (Canal Energia - 24.01.2005)
Gás e Termoelétricas 1 Requião quer ter participação majoritária na Termelétrica de Araucária A Copel terá participação majoritária na Usina Termelétrica de Araucária, confirmou, ontem, o governador do Paraná, Roberto Requião. Ele esteve reunido por mais de uma hora com a diretoria da El Paso - os atuais controladores da usina - e a ministra Dilma Roussef acertando os detalhes do negócio. "A Copel não pode ser minoritária. Mas estamos fazendo uma proposta para não excluir a El Paso", disse Requião. A usina tem capacidade de 400 MW. Hoje, a El Paso possui 60% da Araucária, enquanto a Petrobras e a Copel detêm 20% cada. O governo estadual quer que a Copel fique com pelo menos 51%. É o mínimo necessário para "consertar" a empresa, disse Requião. Os 49% restantes seriam disputados pela Petrobras e El Paso. Segundo Requião, a El Paso pode ficar minoritária ou sair totalmente da usina. A negociação tem de ser concluída em duas semanas, afirmou o governador. Ele pretende que a Copel participe da próxima rodada de licitação de gás natural prevista para março. Se não houver acerto, o governo poderá ingressar na Justiça, advertiu Requião. O preço a ser pago pela Copel ainda não está definido. (Valor - 25.01.2005) A usina
nuclear de Angra 2 está parada há quase dois meses e ainda não há solução
para a causa da interrupção da geração de energia, um defeito no gerador
elétrico. A Eletronuclear informou ontem que foi feita uma nova avaliação
da possibilidade de sincronizar a Usina Angra 2 ao sistema elétrico do
país, após todo o procedimento de secagem do gerador elétrico principal.
Participaram da reunião especialistas brasileiros, americanos e alemães.
A usina está desligada devido à elevação do teor de umidade do gás utilizado
(hidrogênio) para refrigeração do seu gerador elétrico principal. (Valor
- 25.01.2005)
Grandes Consumidores 1 Lafarge muda-se para consumidor livre de energia O grupo
Lafarge, maior produtor de cimento do mundo e sexto colocado no mercado
brasileiro, busca medidas na área de energia para reduzir os gastos no
Brasil. Entre as saídas encontradas está a opção pelo mercado livre de
energia elétrica para suprir as unidades do grupo em dois dos três Estados
onde atua. A energia tem participação de 18% nos custos de produção do
setor cimenteiro, o segundo maior, que só perde para a mão-de-obra. No
Brasil, a Lafarge tem cinco unidades industriais - três em Minas Gerais,
uma no Rio de Janeiro e outra em São Paulo. Esta última, situada em Itapeva,
consome apenas 5% da energia comprada pelo grupo. Por isso, ainda é cliente
da Eletropaulo. Mas no Rio trocou a Light pela Petrobras em 2004 e em
Minas, quem ganhou contrato recentemente foi a própria estatal Cemig.
O grupo, que era consumidor cativo, passou a livre na desverticalização
da estatal. Salomão explica que a mudança no perfil dos fornecedores de
energia trará economia de 10% no custo com esse insumo, mas não revela
o valor em reais. Para produzir uma tonelada de cimento são necessários
entre 100 KWh e 150 KWh, dependendo do tipo. (Valor - 25.01.2005) 2 Indústrias eletrointensivas devem consumir 75,8 mil MWh em 2005 As indústrias
eletrointensivas (alumínio, siderurgia, ferroligas, papel e celulose e
petroquímica) devem consumir 75,8 mil MWh este ano, o que representa um
crescimento de 18% em comparação com 2001. A estimativa faz parte de um
estudo do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP citado num informe
da Eletrobrás. Para o professor do Programa de Pós-Graduação em energia
da USP e coordenador do trabalho, Célio Bermann, o consumo do setor deve
crescer outros 20% até 2010, em relação a ao final de 2005. O estudo mostra
ainda que a indústria de alumínio deve ampliar sua demanda de energia
em 8,4% no período de 2005 a 2010, passando de 24,9 mil MWh para 27 mil
MWh. O setor siderúrgico, segundo maior consumidor de energia, responderá
por uma demanda de aproximadamente 19 mil MWh em 2005 e 21,8 mil MWh em
2010, com crescimento de 14,7% no período. (Elétrica - 24.01.2005)
Economia Brasileira 1 BC insiste em queda rápida da inflação O BC está empenhado em derrubar a inflação dos 7,6% registrados em 2004 para os 5,1% da meta ajustada deste ano, uma tarefa que deve exigir a manutenção dos juros reais em níveis elevados. Para atingir o alvo de 5,1%, o IPCA terá de cair nada menos de 32,8% em 2005, evidenciando, para muitos analistas, que as metas perseguidas pelo BC são excessivamente ambiciosas. Buscar uma trajetória de queda mais gradual da inflação seria uma alternativa menos custosa e que nem por isso arranharia a credibilidade do BC, avaliam esses economistas. Para o economista Carlos Thadeu de Freitas Gomes Filho, do grupo de conjuntura da UFRJ, 5,1% é um número muito baixo. O grande problema é exatamente o impacto que a alta dos IGPs produz sobre os preços administrados. Ele avalia que a definição de metas ambiciosas pode afetar negativamente a credibilidade do BC, em vez de reforçá-la, pois alvos baixos demais tendem a ser vistos como inatingíveis. (Valor Online - 25.01.2005) 2 Apesar da alta de juros, previsão de IPCA não muda Apesar da alta dos juros na semana passada, as projeções de mercado para o IPCA de 2005 permaneceram estáveis em 5,7%, segundo pesquisa semanal divulgada ontem pelo Banco Central. Embora a meta de inflação para o ano seja de 4,5%, o BC anunciou em setembro que irá perseguir uma inflação de 5,1%. Mesmo assim, as expectativas do mercado apontam para um IPCA de 5,7% para 2005, mesmo após a última elevação dos juros. A pesquisa também registrou uma elevação das previsões do IPCA para 2005 das instituições top five (que têm maior grau de acerto) no cenário de médio prazo para este ano, de 5,69% para 5,75%.Para este mês, as estimativas de mercado para a inflação medida pelo IPCA ficaram estáveis em 0,61% e as previsões para fevereiro prosseguiram nos mesmos 0,6% da pesquisa divulgada na semana passada. As projeções de reajuste dos preços administrados para 2005 e 2006 também não se alteraram e continuaram em 7% e 6%, respectivamente. (Jornal do Commercio - 25.01.2005) 3
Presidente da CNI defende diálogo entre indústrias e governo 4 IBGE: Taxa de desemprego cai para 9,6% em dezembro A taxa de
desemprego nacional teve queda em dezembro, para 9,6% da população economicamente
ativa. Segundo o levantamento do IBGE, as taxas anteriores foram de 10,6%
em novembro e 10,5% em outubro. Os dados constam da Pesquisa Mensal de
Emprego. Em dezembro de 2003, a taxa de desocupação havia sido de 10,9%.
Os desocupados somavam no mês passado um contingente de aproximadamente
2,1 milhões de pessoas nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo
IBGE. Em comparação a novembro, esse contingente diminuiu 10,8% e, ante
dezembro de 2003, houve baixa de 10,1% (aproximadamente 232 mil pessoas).
De acordo com o levantamento, o número de pessoas ocupadas se manteve
estável de novembro para dezembro. Segundo o IBGE, na comparação com dezembro
do ano passado, esse contingente aumentou 3,2%. (Valor Online - 25.01.2005)
5 Balança tem saldo de US$ 292 mi na terceira semana do mês A balança
comercial brasileira teve saldo de US$ 292 milhões na terceira semana
de janeiro, com cinco dias úteis. O superávit é resultado de US$ 1,560
bilhão em exportações (a média por dia útil foi de US$ 312 milhões) e
de US$ 1,268 bilhão em importações (média de US$ 253,6 milhões por dia
útil). Na segunda semana do mês, também com cinco dias úteis, o resultado
havia sido positivo em US$ 540 milhões com exportações de US$ 1,779 bilhão
e importações de US$ 1,239 bilhão. No ano, o saldo comercial acumulado
é de US$ 1,208 bilhão, resultado de R$ 5,137 bilhões em vendas externas
e US$ 3,929 bilhões em compras do exterior em quinze dias úteis. A média
por dia útil das exportações no ano está em US$ 342,5 milhões, enquanto
a das importações é de US$ 261,9 milhões. Segundo pesquisa do BC com cerca
de cem instituições financeiras, o mercado espera um superávit da balança
comercial em 2005 de US$ 26 bilhões, o mesmo prognóstico da semana passada.
(Globo Online - 25.01.2005) Permanece estável o dólar comercial nesta manhã de terça-feira. Às 12h29m, a moeda americana estava cotada a R$ 2,679 na compra e R$ 2,681 na venda. Não há operação de dólar futuro por conta do feriado em São Paulo. Nesta terça-feira, a Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) estão fechadas. Ontem, o dólar comercial terminou com queda de 0,26%, a R$ 2,6790 para a compra e R$ 2,6810 para a venda. (O Globo Online e Valor Online - 25.01.2005)
Internacional 1 Consumo de energia em Portugal teve aumento de 5,7% em 2004 A Rede Eléctrica
Nacional (REN) anunciou que o consumo de eletricidade em Portugal teve
aumento de 5,7%, chegando aos 45 515 GWh no ano passado, face a um aumento
de 5,9% em 2003. Só em Dezembro o consumo total de eletricidade cresceu
7,9% para os 4 312 GWh. Quanto à quantidade de energia importada, esta
registrou uma subida de 68% para os 7 460 GWh, enquanto que as exportações
caíram 40% para 976 GWh. O total da produção líquida caiu 5,7% para os
34 961 GWh no ano de 2004, registrando-se uma queda de 37% na produção
hídrica para os 9 215 GWh e uma subida da térmica de 15% para os 25 747
GWh. (Diário Econômico - 24.01.2005) 2 Iberdrola registra aumento de 4,1% na geração de energia em 2004 A produção
da Iberdrola aumentou 4,1% em 2004, face ao ano anterior, ao alcançar
os 65 861 milhões de kWh, anunciou a empresa. Deste total, 59 036 milhões
de kW tiveram origem no regime ordinário de produção e 6825 kW foram produzidos
em regime especial a partir das energias e renováveis e da cogeração.
A elétrica destaca o aumento da produção das centrais de ciclo combinado
a gás, correspondente a 92,8%, e das renováveis, que cresceu 38%. A produção
das centrais de ciclo combinado cresceu para 8613 milhões de kW por hora,
superando assim a produção das fábricas a carvão, e representa 13% do
total. A produção das energias renováveis aumentou 38% para 5431 milhões
de kW por hora e representa já 8,2% do total. A energia obtida através
da cogeração aumentou 4,6% para 1412 milhões de kW por hora. (Diário Econômico
- 24.01.2005) 3 Endesa anuncia interesse em adquirir participação na Edison A Endesa anunciou que deseja adquirir parte do capital da italiana Edison, caso os governos italiano e francês acordem na venda de parte do grupo. Segundo afirmou um porta-voz da Endesa, "estamos a seguir o processo [da disputa pelo controlo da Edison entre a Itália e a França] com grande atenção e estamos preparados para participar nele. Estamos também interessados em adquirir uma participação na Endesa se as condições certas estiverem presentes". Atualmente os Governos de Roma e Paris encontram-se envolvidos numa disputa sobre o controle da Edison, uma vez que a Electricité de France (EdF) detém opções que lhe permitiriam aumentar a sua participação na holding que controla a Edison para 100% no próximo mês de março. (Diário Econômico - 24.01.2005)
Biblioteca Virtual do SEE 1 GARCIA, Reinaldo da Cruz; LIMA, Davi Antunes; HERMANN, Pedro Henrique M. "Impacto da expansão da transmissão na tarifa paga pelo consumidor." Recife. CHESF, XII SEPEF, 14 a 17 de dezembro de 2004 Para ler
o texto na íntegra, clique aqui. 2 CAMOZZATO, Izaltino. "Estrutura tarifária - energia elétrica". In: ENERGIA ELÉTRICA - O NOVO MODELO ENERGÉTICO: BRASILEIRO. 2004, Rio de Janeiro: FGV Para ler
o texto na íntegra, clique aqui. 3 DUTRA, Zieli. "Associação comercial". In: ENERGIA ELÉTRICA - O NOVO MODELO ENERGÉTICO : BRASILEIRO. 2004, Rio de Janeiro: FGV Para ler
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Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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