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IFE: nº 1.503 - 24 de janeiro de 2005
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
CCEE fecha 973 contratos do megaleilão com 47 empresas
2 Aneel encerra etapa de discussão sobre aditivos aos contratos iniciais
3 Fiesp vai enviar proposta para aprimorar leilões de energia
4 CBIEE defende maior transparência nos leilões de energia
5 Novas regras para aperfeiçoamento de regulamento sobre indicadores de qualidade vão à audiência pública
6 Presidente do STJ suspende cobrança da Cosip em São Paulo
7 Obras da usina de Campos Novos são paralisadas
8 Abrace anuncia conselho diretor
9 Presidente da RGE reeleito para Copergs

Empresas
1 Programa de capitalização do BNDES atrai poucas distribuidoras
2 Empresas privadas e estatais entregam documentos de habilitação para leilões de energia nova
3 Cataguazes Leopoldina aposta na saída da Alliant Energy do país
4 Copel vai investir R$ 493 mi em 2005
5 Copel vai disputar quatro concessões de usinas no leilão de energia nova
6 Copel terá novo presidente em fevereiro
7 Copel deve fechar acordo de parceria com a canadense Hydro Québec
8 Cesp vai oferecer 100 mil MWh de energia em leilão

9 Cemig realizará leilão para venda de energia

10 Aneel autoriza primeira fase da reorganização societária da Cat-Leo Energia

11 Aneel autoriza transferência de ações entre as empresas que compõem o bloco de controle da Coelce

12 STJ pede informações sobre impasse entre Light, CSN e Valesul

13
Cemat alcança marca de 750 mil clientes
14 CPFL pode faturar até US$ 20 mi com venda de créditos de carbono

15 Coelce registra receita de R$ 71,85 mi com aquisição de energia

16 CEEE inaugura agência de atendimento

17 CEEE investe R$ 1,5 mi para repor cabos furtados em 2004

18 Cotações da Eletrobrás

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Consumo de energia em SP teve aumento de 5,6% em 2004
2 Indústria de SP registrou aumento de 7,6% no consumo de energia em 2004
3 Estudo estima aumento de 20% no consumo das indústrias eletrointensivas até 2010

4
Crescimento do consumo é de 10,37% no Mato Grosso
5
Governo do RJ vai pedir providências à Aneel contra blecautes
6
Victer: Rio de Janeiro pode exportar energia ainda em 2005

Gás e Termelétricas
1 Estado de SP registra aumento de 16% no consumo de gás natural em 2004
2 Governo adia definição sobre retomada da construção de Angra 3

Economia Brasileira
1 Fim do ciclo de alta da Selic ainda é incerto
2 Economistas dizem que instituições financeiras influenciam alta dos juros

3 Resultado do PIB no quarto trimestre de 2004 deve mostrar desaceleração
4 Despesas com custeio aumentam 25%
5 IGP-M fica em 0,28% na segunda prévia do mês
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 El Paso vende usinas na Ásia para pagamento de dívidas

Biblioteca Virtual do SEE
1 MIRANDA, Wagner Navarro Nobre de; MOTTA, Sérgio. "O uso da cédula de crédito bancário - CCB na administração do caixa da empresa." Recife. CHESF, XII SEPEF, 14 a 17 de dezembro de 2004
2 LEMOS, Alexandre. "Um estudo sobre o impacto da tributação no setor elétrico brasileiro - o caso CHESF". Recife. CHESF, XII SEPEF, 14 a 17 de dezembro de 2004

Regulação e Novo Modelo

1 CCEE fecha 973 contratos do megaleilão com 47 empresas

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) fechou em tempo recorde os 973 contratos firmados entre as 35 distribuidoras e 12 geradoras que compraram e venderam energia elétrica no megaleilão realizado pelo MME em 7 de dezembro do ano passado. Segundo a CCEE, os contratos totalizam um volume de R$ 74,7 bilhões por um 1,2 TWh de energia para suprimento entre 2005 e 2014. A energia negociada no megaleilão começou a ser fornecida desde o dia 1º. Segundo o presidente do conselho de administração da CCEE, Antônio Carlos Fraga Machado, a agilidade na assinatura dos contratos foi em função da sistemática adotada no leilão. "Tudo foi definido antecipadamente, inclusive com a participação dos agentes, e todos tinham conhecimento da execução", disse. Machado afirma que, em comparação com os procedimentos usados em contratos iniciais, que vigoravam antes do novo modelo do setor elétrico, a nova metodologia garante mais segurança, na medida em que os contratos devem ser celebrados no início do fornecimento. (Elétrica - 21.01.2005)

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2 Aneel encerra etapa de discussão sobre aditivos aos contratos iniciais

A Aneel realizou na quinta-feira, dia 20/01, a última etapa de apresentação de contribuições à proposta de termo aditivo aos contratos de concessão das distribuidoras de energia elétrica. A minuta de aditivo, que adapta os contratos de concessão às novas regras de comercialização de energia elétrica estabelecidas na Lei 10.848/04. e no Decreto 5.163/04, define critérios para o repasse à tarifa dos gastos com a compra de energia nos leilões promovidos pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O documento propõe também a exclusão do cálculo das tarifas de tributos como PIS/ Pasep e Cofins, a exemplo do que já ocorre com o ICMS, cuja cobrança é incluída pelas distribuidoras ao valor nominal da fatura de energia. A proposta em audiência pública está disponível no endereço eletrônico da Aneel (www.aneel.gov.br), no item Audiências/Consultas. O prazo para envio de contribuições por escrito, iniciado no dia 15 de dezembro último, foi encerrado no último dia 13. (NUCA-IE-UFRJ - 24.01.2005)

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3 Fiesp vai enviar proposta para aprimorar leilões de energia

A Comissão de Infra-estrutura da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) enviará proposta à Presidência da República com medidas no sentido de aprimorar os próximos leilões de energia. "Essas questões precisam ser aprimoradas para fazer com que a capacidade de investimento na área seja assegurada numa visão de longo prazo, porque só assim nós não estaremos sujeitos a haver gargalo no fornecimento", disse o presidente do Conselho, Fernando Xavier Ferreira. Ele detalhou as medidas, mas disse que houve discussões sobre a PPPs (Parcerias Público-Privadas). "Tendo sido aprovada a lei, sobra agora uma questão de viabilizar fontes de financiamento, de funding para os investidores que se dedicarão a entrar nesses projetos. É uma questão para a qual ainda não temos solução", afirmou. (Jornal do Commercio - 24.01.2005)

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4 CBIEE defende maior transparência nos leilões de energia

O presidente da Câmara Brasileira de Investidores em Energia Elétrica (CBIEE), Cláudio Sales, defendeu nesta sexta-feira (21) maior transparência na construção das regras, na realização e na divulgação dos resultados dos próximos leilões de energia. O executivo acredita que a presença privada nas próximas licitações será mais relevante, além de uma participação estatal mais racional sob o ponto de vista econômico - isto é, sem a prática de preços predatórios. Os pontos foram levantados e discutidos em reunião do Conselho Superior de Infra-Estrutura da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Sales adianta que as prospecções quanto aos leilões de energia serão reunidas num documento e levadas ao MME. Nos próximos dias, o executivo deverá se reunir com o diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman. "Queremos reiterar nossa preocupação com o futuro das agências reguladoras no Brasil", afirma. (Canal Energia - 21.01.2005)

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5 Novas regras para aperfeiçoamento de regulamento sobre indicadores de qualidade vão à audiência pública

A Aneel submete à consulta pública, a partir desta segunda-feira (24/01), em sua página na internet (www.aneel.gov.br), minuta de resolução que propõe o aperfeiçoamento da Resolução n°_024/00, que estabelece as disposições relativas à continuidade dos serviços públicos de energia elétrica nos seus aspectos de duração e freqüência. A proposta estende a aplicação de dispositivos do regulamento às transmissoras. Atualmente, a norma limita a aplicação às distribuidoras. O objetivo é estabelecer, de forma abrangente, responsabilidade a outros agentes diretamente envolvidos com a continuidade dos serviços. Até o dia 28 de fevereiro, contribuições ao tema poderão ser enviadas para o e-mail ap001_2005@aneel.gov.br, pelo fax nº (0XX61) 426-5839 ou por correspondência para o endereço SGAN - Quadra 603 - Módulo I - Térreo / Protocolo Geral da Aneel -70.830-030 - Brasília - DF. No dia 17 de março, haverá uma audiência pública na sede da Aneel, em Brasília, para que os interessados possam se manifestar pessoalmente sobre o tema. As sugestões na consulta e audiência públicas vão subsidiar a resolução que a Agência publicará sobre o assunto. (NUCA-IE-UFRJ - 24.01.2005)

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6 Presidente do STJ suspende cobrança da Cosip em São Paulo

A reversão do entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) quanto à cobrança da Contribuição para Custeio da Iluminação Pública (Cosip) em São Paulo derruba um dos principais precedentes em favor da nova tributação. Na semana passada, o presidente do STJ, Edson Vidigal, cassou uma decisão de seu antecessor, Nilson Naves, proferida em dezembro de 2003 e que mantinha a cobrança. Instituída pelos municípios apenas a partir de 2003, a contribuição tem ainda pequena jurisprudência. O ministro Edson Vidigal entendeu que não há urgência no pedido por não haver grave lesão à ordem pública, e que o processo trata de matéria constitucional, que não é de competência do STJ. Vidigal entende que os recursos da Cosip são uma fonte de receita secundária, destinada a eventuais investimentos futuros. Com o posicionamento do ministro Edson Vidigal, o caso deve ir diretamente ao Supremo Tribunal Federal (STF), o que também traz vantagens, diz o advogado. O STF é a instância superior dos juizados especiais, que, no Rio de Janeiro, são contra a Cosip e determinam que as empresas devolvam o valor cobrado em dobro. (Valor - 24.01.2005)

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7 Obras da usina de Campos Novos são paralisadas

As obras da Usina Hidrelétrica de Campos Novos, na região oeste de Santa Catarina, estão há três dias paradas. Manifestantes do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) impedem a entrada de funcionários no local da obra. Eles reivindicam o assentamento de famílias que teriam sido atingidas pela usina, mas que não foram ressarcidas pela empresa. A Campos Novos Energia (Enercan), responsável pela construção da usina, ainda não calcula os prejuízos, mas fala em atraso na entrega da obra, prevista para o primeiro trimestre de 2006. De acordo com o diretor-superintendente da Enercan, Ênio Schneider, a situação é insustentável. O executivo já conversou com o secretário de Segurança Pública e tenta contato com o Ministério das Minas e Energia para resolver a situação. A Enercan é formada pela CBA, Celesc, CEEE, CPFL e CNT. A usina tem previsão de receber investimentos de R$ 1,2 bilhão e será responsável pela produção de 30% da energia consumida no Estado. (Elétrica - 21.01.2005)

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8 Abrace anuncia conselho diretor

O presidente da Abrace, Mario Cilento, anunciou os nomes da diretoria da associação para acompanhar sua gestão, que teve início em 1° de janeiro e termina em 31 de dezembro. Foram reconduzidos aos respectivos cargos cinco dos seis diretores da associação. Ficam mantidos nos postos Eduardo Spalding (diretor de Energia Elétrica), Adjarma Azevedo (diretoria de Meio Ambiente) e José Roberto Gianotti (coordenação geral e tesouraria). Luiz Antonio Veiga Mesquita continua como conselheiro diretor e coordenador de energia térmica, e Paulo Ludmer prossegue na diretoria executiva e de comunicação. Apenas um nome do conselho diretor foi alterado. O novo vice-presidente da Abrace será o engenheiro Erico Sommer, no lugar de João Carlos Morganti. Sommer foi eleito conselheiro diretor na última assembléia geral da entidade, realizada em dezembro de 2004. (Canal Energia - 21.01.2005)


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9 Presidente da RGE reeleito para Copergs

O presidente da RGE, Sidney Simonaggio, foi reeleito no dia 18 de janeiro para a presidência do Comitê de Operação e Planejamento do Setor Elétrico do Rio Grande do Sul (Copergs) por mais um ano. Este será o quarto mandato de Simonaggio na presidência do Copergs. O Copergs é formado por representantes da RGE, CEEE e AES Sul, com a coordenadação do Secretário de Energia, Minas e Comunicações (Semc)Valdir Andres. `Trata-se de uma iniciativa pioneira no setor elétrico nacional que tem o objetivo reunir as distribuidoras para tratar de questões comuns no que se refere ao planejamento, operação e manutenção do setor elétrico gaúcho`, comenta Simonaggio. (Elétrica - 21.01.2005)

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Empresas

1 Programa de capitalização do BNDES atrai poucas distribuidoras

Apenas "7 ou 8" das mais de 60 distribuidoras de energia do País se inscreveram no programa de capitalização oferecido pelo BNDES. Os pedidos encaminhados representam um volume de recursos de cerca de R$ 2,5 bilhões, mas apenas um está aprovado, no valor de R$ 800 milhões, para a NeoEnergia (antiga Guaraniana). As demais empresas com pedidos em análise não são identificadas pelo banco, por questão de sigilo. Até abril, segundo o vice-presidente do BNDES, Demian Fiocca, estará encerrado o processo de análise, já que o prazo legal para liberação termina em junho. Fiocca acredita que o programa de socorro do BNDES contribuiu mesmo para as empresas que não aderiram. "Desde a época em que se identificou o problema, em 2003, houve grande melhora do setor. Isso se deveu, em parte, à melhora da própria atividade econômica, mas também ao programa. A percepção de que as empresas estavam em dificuldades diminuiu porque se permitiu a elas renegociar melhor, houve aumento de credibilidade, alongamento de crédito e melhora da estrutura de capital", afirmou. (O Estado de São Paulo - 23.01.2005)

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2 Empresas privadas e estatais entregam documentos de habilitação para leilões de energia nova

Cinqüenta e oito empresas privadas e estatais, individualmente ou reunidas em consórcio, encaminharam à Aneel a documentação de habilitação para os futuros leilões de energia nova que serão realizados sob as regras do novo modelo de comercialização instituído pela Lei 10.848/04. O prazo para apresentação dos documentos encerrou-se na última segunda-feira (17/01). A data do primeiro leilão de energia nova da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) será definida e anunciada oportunamente pelo MME. O resultado da habilitação será divulgado pela Aneel no próximo dia 15 de fevereiro, com a publicação, no Diário Oficial da União, da relação das empresas, dos empreendimentos e dos respectivos montantes de energia disponíveis para venda em leilão. (NUCA-IE-UFRJ - 24.01.2005)

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3 Cataguazes Leopoldina aposta na saída da Alliant Energy do país

Os sócios controladores da Cataguazes Leopoldina refutaram as declarações de sua sócia, a americana Alliant Energy, de que poderá fazer mais investimentos no país. Segundo Ricardo Botelho, vice-presidente da Cataguazes, a intenção da Alliant é certa: deixar o país. A família Botelho, controladora da Cataguazes, e a Alliant travam uma guerra em torno do controle da holding. Em março deve sair a decisão da Corte de Arbitragem de Comércio Internacional (ICC) sobre o cancelamento da Assembléia Geral Extraordinária (AGE) que impediu que a Alliant assumisse o controle do grupo Cataguazes. Segundo o diretor da Alliant, Carlos Miranda, se o resultado for favorável, a Alliant poderia vir a fazer novos investimentos no Brasil. Botelho diz que as declarações são contraditórias e servem para fazer pressão à corte internacional. "Eles já falaram que não vão investir, que vão embora", disse Botelho. Segundo Botelho, em seu último relatório anual publicado em março de 2004, a Alliant reafirmou não prever nenhum investimento no Brasil nos próximos dois anos. Miranda, afirmou não acreditar que suas declarações tenham alguma influência sobre a ICC. (Valor - 24.01.2005)

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4 Copel vai investir R$ 493 mi em 2005

O futuro presidente da Copel, Rubens Ghilardi, confirmou que a estatal investirá R$ 493 milhões no decorrer de 2005, sendo R$ 240 milhões no sistema de transmissão e nas subestações, R$ 148 milhões em distribuição, R$ 80 milhões em telecomunicações e outros investimentos e R$ 25 milhões em geração. (Gazeta Mercantil - 24.01.2005)

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5 Copel vai disputar quatro concessões de usinas no leilão de energia nova

A Copel disputará as quatro concessões de usinas de geração que serão licitadas para o Estado do Paraná no leilão de energia nova, que deverá ocorrer no segundo trimestre do ano. A informação foi confirmada pelo futuro presidente da empresa, Rubens Ghilardi. No entanto, para o próximo leilão de energia velha, que deverá ser realizado entre final de fevereiro e março, a Copel não participará. Isso porque não tem energia descontratada para ofertar às distribuidoras compradoras. "O que tinha de energia para vender já foi vendido no outro leilão (de energia gerada em empreendimentos existentes realizado em 7 de dezembro do ano passado)", disse o executivo. Na época, a Copel tentou, sem sucesso, não participar do leilão. (Gazeta Mercantil - 24.01.2005)

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6 Copel terá novo presidente em fevereiro

A partir de 1º de fevereiro, Rubens Ghilardi será o novo presidente da Copel, acumulando também a função de diretor financeiro e de relações com o mercado. Paulo Pimentel, atual presidente da estatal, pediu demissão para cuidar de suas empresas. Ronald Thadeu Ravedutti assumirá a diretoria de Distribuição da Copel, cargo que vinha sendo acumulado por Ghilardi. Ravedutti ocupava atualmente a diretoria de gestão corporativa da companhia. Ghilardi continuará acumulando a diretoria de Finanças e Relações com Investidores. (Gazeta Mercantil - 24.01.2005 e Elétrica - 21.01.2005)

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7 Copel deve fechar acordo de parceria com a canadense Hydro Québec

A Copel deve fechar, até a segunda quinzena de fevereiro, um acordo de cooperação com a empresa energética canadense Hydro Québec, segundo uma fonte da empresa paranaense. A abrangência do acordo não foi revelada. O acordo de cooperação entre as duas elétricas resulta de uma série de contatos realizados entre as empresas em 2004, envolvendo até uma viagem do governador do Paraná, Roberto Requião, à província de Québec, em maio. Entre os possíveis alvos da parceria estaria o desenvolvimento de potenciais hidráulicos remanescentes no Rio Iguaçu, onde já foram construídas cinco usinas, com capacidade de geração de cerca de 6 mil MW. A possibilidade de atuação conjunta das companhias em projetos de geração fora do Brasil não está descartada. Nas últimas semanas, técnicos da Hydro Québec visitaram a Copel e, após várias reuniões, os canadenses encaminharam uma proposta para a execução de projetos em conjunto. Segundo a fonte da Copel, a proposta está sendo analisada. (Elétrica - 21.01.2005)

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8 Cesp vai oferecer 100 mil MWh de energia em leilão

A CESP irá realizar dia 28 de janeiro um leilão para vender 100 mil MWh de energia com a intenção de atender às necessidades de curto prazo de agentes da CCEE. A oferta está à disposição dos submercados Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Norte e Nordeste. Os preços mínimos serão divulgados no dia 26 de janeiro, dois dias antes do Leilão marcado para o dia 28 de janeiro. Na quinta-feira os papéis preferenciais da CESP,(CESP4), encerraram em forte queda de 6,84% cotados a R$ 10,20. No ano, as perdas alcançam 21,24% contra baixa de 9,87% do Ibovespa no mesmo período. (Elétrica - 21.01.2005)

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9 Cemig realizará leilão para venda de energia

A Cemig publicará na segunda-feira, dia 24 de janeiro, o edital do primeiro de 12 leilões para oferta de energia a curto prazo que a empresa planeja fazer neste ano. A licitação está marcada para o dia 28 de janeiro. O resultado do leilão será divulgado na mesma data, e logo após será feita a assinatura dos contratos. O superintendente de Compra e Venda de Energia no Atacado da Cemig, Agostinho Faria Cardoso, informou que a Cemig pretende "manter-se à disposição dos clientes livres", visando repetir, no mínimo, o desempenho obtido em 2004. Cardoso ressaltou que, por questões estratégicas, não pode revelar números para este ano, mas contou que a empresa, desverticalizada desde o dia 1° de janeiro, comercializou cerca de 2 mil MW em 20 contratos de longo prazo. O edital poderá ser acessado pelo site www.cemig.com.br/ofertapublica. (Canal Energia - 21.01.2005)

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10 Aneel autoriza primeira fase da reorganização societária da Cat-Leo Energia

A Aneel autorizou a primeira fase do projeto de reorganização societária da Cat-Leo Energia S/A, subsidiária da Companhia Força e Luz Cataguazes-Leopoldina, com a cisão parcial de R$16,8 milhões de ativos não operacionais e a transferência das concessões das hidrelétricas Baú e Barra do Braúna para a Cat-Leo Construções, Indústrias e Serviços de Energia S.A. A cisão de ativos pertencentes à Cat-Leo Energia S/A tem o objetivo de obter liquidez financeira e iniciar a desverticalização das atividades do grupo, conforme a Lei 10.848/04. (NUCA-IE-UFRJ - 24.01.2005)

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11 Aneel autoriza transferência de ações entre as empresas que compõem o bloco de controle da Coelce

A Aneel autorizou a transferência de ações entre as empresas que compõem o bloco de controle da Coelce. A empresa Chilectra S/A - Agência Ilhas Cayman irá transferir o total de R$10,4 bilhões em ações ordinárias para a Chilectra Inversud S/A. Com a transferência a Chilectra S/A - Agência Ilhas Cayman cessa sua participação no bloco. (NUCA-IE-UFRJ - 24.01.2005)

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12 STJ pede informações sobre impasse entre Light, CSN e Valesul

O presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Edson Vidigal, encaminhou ofício ao presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região do Rio de Janeiro e Espírito Santo solicitando informações sobre o possível descumprimento de medida liminar em favor da Light. A distribuidora entrou com reclamação junto ao STJ sob alegação de que a Companhia Siderúrgica Nacional e a Valesul não estariam cumprindo a decisão de pagar a tarifa pelo uso da rede de infra-estrutura. Segundo o ministro, as informações são importantes para o julgamento sobre impasse da cobrança. De acordo com informações do STF, a Light apresentou este mês uma conta de R$ 19,8 milhões, mas as duas empresas depositaram pouco mais de R$ 8 milhões referente à cobrança. A nota do STJ avalia que, na prática, tanto a CSN quanto a Valesul descumprem a liminar concedida pelo presidente do STJ à distribuidora. (Canal Energia - 21.01.2005)

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13 Cemat alcança marca de 750 mil clientes

A Cemat informou que sua base de clientes atingiu a marca de 750 mil clientes em sua área de concessão. Segundo a distribuidora, o número representa crescimento de 6,17% na carteira de consumidores em relação ao início de 2004, quando tinha 706 mil clientes. Comparando os números com o ano de 1997, quando possuía 498.427 consumidores, a distribuidora verificou aumento de 65% em sua base de clientes. A Cemat afirmou que, dos 750 mil atendidos, 80,61% (604.644 clientes) são da classe residencial. De acordo com a empresa, estão previstos para 2005 investimentos da ordem de R$ 66,21 milhões em novos empreendimentos. A distribuidora ressaltou que, desde 1997, realiza uma média anual de R$ 50 milhões em investimentos. (Canal Energia - 21.01.2005)

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14 CPFL pode faturar até US$ 20 mi com venda de créditos de carbono

O grupo CPFL Energia pode captar até US$ 20 milhões no mercado de crédito de carbono com a venda de certificados provenientes da redução de emissão de gases por pequenas centrais hidrelétricas nos próximos 14 anos. A empresa fechou contrato com a IUEP, empresa norte-americana que atua no segmento de certificação de créditos de carbono, para vender certificados oriundos de oito PCHs. O gerente de meio ambiente da holding, Tarcísio Borin Jr., explica que o contrato é de risco integral e a CPFL não fará desembolso para o programa. "A IUEP assume os riscos do programa, mediante uma taxa de retorno sobre créditos negociados no mercado internacional. Os créditos serão gerados com a repotenciação de oito usinas, cuja energia nova gerada chega a 40 MW", explica ele. Segundo o executivo, a repotenciação dos empreendimentos, feita a partir de 2001, já estava prevista pela CPFL. (Canal Energia - 21.01.2005)

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15 Coelce registra receita de R$ 71,85 mi com aquisição de energia

A Coelce registrou receita de R$ 71,85 milhões referente às variações dos custos de aquisição de energia entre janeiro de 2004 e abril de 2005. Segundo comunicado assinado pelo diretor Financeiro e de Relações com Investidores da empresa, Antônio Alves Teixeira, as despesas foram calculadas com base na determinação da portaria n° 361 dos ministérios de Minas e Energia e da Fazenda. Durante o exercício de 2004, a despesa com a compra de energia chegou a R$ 21,44 milhões. No período de janeiro a abril de 2005, a receita será de R$ 50,40 milhões. O cálculo será embutido na Conta de Compensação de Variação de Valores de Itens da Parcela A (CVA), e servirá de base para futuras revisões tarifárias. De acordo com a portaria, as variações dos custos são relativas aos contratos firmados até 16 de março de 2004. Os valores não foram considerados no último reajuste tarifário, em 2004, e serão ainda submetidos à aprovação e validação da Agência Nacional de Energia Elétrica. (Canal Energia - 21.01.2005)

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16 CEEE inaugura agência de atendimento

A CEEE inaugurou na última quinta-feira, dia 20 de janeiro, as novas instalações da agência Tramandaí de atendimento ao cliente. Segundo a empresa, sete novos veículos serão utilizados pela agência para atendimento à comunidade. Na remodelação da unidade foram investidos R$ 113 mil. As adequações visam a enquadrar as agências de atendimento ao consumidor às recomendações da Aneel para o modelo de empresa de referência. Entre as ações está a instalação de telefones que fazem ligação direta com a central de teleatendimento, em Porto Alegre. De acordo com a distribuidora, serão reinauguradas as agências comerciais de Torres, Pinhal, Mostarda, Osório e Santo Antônio. (Canal Energia - 21.01.2005)

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17 CEEE investe R$ 1,5 mi para repor cabos furtados em 2004

A CEEE recompôs a rede de transmissão de energia localizada no litoral Norte do Rio Grande do Sul que, no ano de 2004, teve 80 toneladas de cabos roubados. O volume, segundo a distribuidora, é 550% superior ao registrado em 2003 (15 toneladas). A empresa investiu R$ 1,5 milhão na reposição dos cabos, sendo R$ 500 mil em mão-de-obra. Para não deixar os clientes sem energia, a distribuidora realizava reparos emergenciais, enquanto fazia a reposição dos cabos. (Canal Energia - 21.01.2005)

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18 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 21-01-2005, o IBOVESPA fechou a 23.818,37 pontos, representando uma alta de 0,88% em relação ao dia anterior, com movimento de R$ 1,09 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 1,40%, fechando a 6.407,45 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 31,70 ON e R$ 30,60 PNB, alta de 2,85% e 2,34%, respectivamente, em relação ao fechamento do dia anterior. Na abertura do pregão do dia 24-01-2005 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 32,00 as ações ON, alta de 0,95% em relação ao dia anterior e R$ 30,61 as ações PNB, alta de 0,03% em relação ao dia anterior. (Economática e Investishop - 24.01.2005)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Consumo de energia em SP teve aumento de 5,6% em 2004

O consumo de energia elétrica no estado de São Paulo no ano passado ficou em 98,7 mil GWh e registrou um aumento de 5,6% sobre os 93,5 mil GWh de 2003. A produção de energia pelas geradoras paulistas, no entanto, fechou 2004 com 61,4 mil GWh, uma queda de 2,5% em relação aos 62,9 GWh gerados em 2003. O total de energia elétrica consumido pela indústria, pelo comércio e por órgãos públicos e consumidores rurais em 2004 superou o consumo registrado no ano de 2000, último índice de comparação antes do racionamento (2001/2002). A quantidade média mensal de energia elétrica consumida no estado em 2004 ficou em 623,5 kWh, superior aos 601,7 kWh registrados em 2003, mas ainda inferior aos 702,1 kWh verificados em 2000 e aos 690,7 kWh registrados em 1999. O consumo per capita na indústria passou de 26 MWh em 2003 para 28,9 MWh no ano passado e no comércio o volume médio consumido passou de 1,3 MWh para 1,36 MWh. A classe residencial teve um consumo per capita de 176,4 kWh em 2004, acima dos 173 kWh de 2003. (Gazeta Mercantil - 24.01.2005)

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2 Indústria de SP registrou aumento de 7,6% no consumo de energia em 2004

A indústria paulista foi responsável pelo consumo de 45,2 mil GWh (45,9% do total consumido), o que representou um crescimento de 7,6% em relação a 2003 e o maior aumento entre todos os segmentos. A classe residencial não recuperou os índices de consumo pré-racionamento em São Paulo no ano passado, apesar de ter registrado em 2004 um crescimento de 4,1% em relação ao ano anterior. De acordo com o levantamento mensal do mercado de energia elétrica feito pela Secretaria de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento do Estado de São Paulo, a classe residencial consumiu 24,8 mil GWh de energia elétrica em 2004, volume inferior aos registrados nos anos 2000 (27,5 mil GWh), 1999 (26,8 mil GWh) e 1998 (26,2 mil GWh), o que fez com que sua participação no mercado, que chegou a 29% em 1999, caísse de 25,5% em 2003 para 25,1% em 2004. A indústria registrou diminuição de 132,4 mil unidades consumidoras em 2003 para 128,8 mil em 2004. O número de consumidores comerciais também diminuiu. Em 2003 eram 1,04 milhão de consumidores no segmento comercial e no ano passado foram 1,02 milhão de usuários. (Gazeta Mercantil - 24.01.2005)

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3 Estudo estima aumento de 20% no consumo das indústrias eletrointensivas até 2010

As indústrias eletrointensivas devem consumir 75,8 mil MWh este ano, o que representa um crescimento de 18% em comparação com 2001. A estimativa faz parte de um estudo do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo (USP) citado num informe da Eletrobrás. Para o professor do Programa de Pós-Graduação em energia da USP e coordenador do trabalho, Célio Bermann, o consumo do setor deve crescer outros 20% até 2010, em relação a ao final de 2005. O estudo mostra que a indústria de alumínio deve ampliar sua demanda de energia em 8,4% no período de 2005 a 2010, passando de 24,9 mil MWh para 27 mil MWh. O setor siderúrgico responderá por uma demanda de aproximadamente 19 mil MWh em 2005 e 21,8 mil MWh em 2010, com crescimento de 14,7% no período. (Gazeta Mercantil - 24.01.2005)

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4 Crescimento do consumo é de 10,37% no Mato Grosso

O crescimento do consumo de energia no Mato Grosso em 2004, segundo a Cemat, foi de 10,37%, superior aos números da Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica, que aponta crescimento para o país, de 5%. O segmento rural teve incremento de 22,98%, seguido pelo industrial, com aumento de 17,40% na demanda. (Canal Energia - 21.01.2005)

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5 Governo do RJ vai pedir providências à Aneel contra blecautes

O governo do Rio de Janeiro vai pedir providências à Aneel para que não ocorram novos blecautes como o da noite da última quarta-feira (19), o terceiro deste ano no estado, que deixou três municípios sem luz por 11 horas. O documento que será encaminhado à Aneel pedirá também um regime especial de abastecimento para o mês de fevereiro no estado, já que o turismo eleva em dez vezes a população de algumas cidades. Para o secretário de Energia, Industria Naval e Petróleo do estado, Wagner Victer, o sistema vem sendo operado de maneira inadequada, privilegiando importação de energia de outros estados, em detrimento das termelétricas do Rio. Victer considerou "um absurdo" atribuir a causa da interrupção no fornecimento à ocorrência de raios, já que raios caem a toda hora em linhas de transmissão. Para ele, um sistema de contingência deve entrar em ação para evitar o problema. (Canal Energia - 21.01.2005)

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6 Victer: Rio de Janeiro pode exportar energia ainda em 2005

O secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, afirmou que o Rio de Janeiro pode se tornar exportador de energia ainda este ano, com a inauguração das usinas termoelétricas TermoRio, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense e a Norte Fluminense, em Macaé, no norte do Estado. "Com essas inaugurações, o Rio de Janeiro estará gerando mais energia do que consome, podendo exportar o excedente para outros estados. Esta situação é bem diferente da que encontramos no início do governo Garotinho, quando trazíamos a energia de outros estados. Com um programa de incentivo às termelétricas, duplicamos a capacidade de geração. Em cinco anos, botamos mais geração no Rio de Janeiro do que em toda a sua história", informou o secretário. (Jornal do Commercio - 24.01.2005)

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Gás e Termoelétricas

1 Estado de SP registra aumento de 16% no consumo de gás natural em 2004

O consumo de gás natural em São Paulo no ano passado ficou em 4,07 bilhões de m³, o que representa um crescimento de 16% em relação ao ano de 2003. A indústria, maior consumidor de gás no estado (80,6% de participação) consumiu 3,3 bilhões de m³, um aumento de 18,8% em relação ao volume registrado em 2003. O setor automotivo, segundo maior consumidor (10%) teve um aumento de 25,2%. (Gazeta Mercantil - 24.01.2005)

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2 Governo adia definição sobre retomada da construção de Angra 3

A oposição da ministra Dilma Rousseff à retomada das obras na usina Angra 3 adiou indefinidamente a decisão do governo Lula sobre os rumos do programa nuclear brasileiro. Com as obras paralisadas há quase dez anos por falta de dinheiro, a terceira usina nuclear brasileira custa por ano US$ 20 milhões aos cofres públicos. Concluir a usina custará mais US$ 1,8 bilhão (R$ 4,8 bilhões). Desistir dela significará jogar fora outros US$ 750 milhões (R$ 2 bilhões) já investidos em equipamentos. A usina é tida como desejável em todos os cenários traçados pelo governo para o programa nuclear em trabalho coordenado pela equipe do ministro Eduardo Campos (Ciência e Tecnologia). Segundo o ministro José Dirceu (Casa Civil), integrante do CNPE, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai tomar uma decisão, mas já não há data marcada para isso. O principal argumento do MME contrário à Angra 3 é o custo da energia nuclear. Segundo o ministério, a energia produzida a partir do urânio enriquecido sai, pelo menos, pelo dobro do preço de produção da energia hidrelétrica. (Folha Online - 23.01.2005)

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Economia Brasileira

1 Fim do ciclo de alta da Selic ainda é incerto

A decisão do Copom de elevar em 0,50 ponto percentual a taxa básica de juros na última semana, para 18,25%, confirmou as projeções da maioria dos analistas, mas ainda não apontou unanimidade em relação ao fim do ciclo de aperto monetário. Esta foi a quinta alta consecutiva e elevou o Brasil à primeira posição no ranking dos maiores juros reais do mundo. As expectativas de inflação continuam preocupando o BC, mas agentes financeiros aguardam a divulgação da Ata do Copom, na próxima quinta-feira, para saber se há novas influências no cenário do BC e de que maneira a autoridade monetária vai avaliar os dados de nível de atividade, da inflação e das expectativas de mercado para a inflação. Segundo o último Boletim Focus divulgado pelo BC, a expectativa para o IPCA de 2005 está em 5,72%. "O BC preferiu forçar ainda mais os juros e ter a certeza que a inflação ficaria dentro da meta ou até abaixo. Não se discute que precisava de alta, mas podia ser menor." afirma o economista da GRC Visão Alexsandro Agostini Barbosa. (Jornal do Commercio - 24.01.2005)

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2 Economistas dizem que instituições financeiras influenciam alta dos juros

Uma nova discussão surgiu entre os economistas: o BC estaria ou não sendo excessivamente influenciado pelas expectativas do mercado financeiro? A principal suspeita de estar atuando como instrumento de pressão exagerada nas decisões do BC é a pesquisa Focus. Nela, 104 instituições financeiras apresentam suas projeções sobre os principais indicadores da economia: inflação, câmbio, juros e crescimento. A dúvida foi levantada, primeiro, pelo ex-presidente do BC Gustavo Loyola, em entrevista à rádio CBN. No entanto, outros ex-integrantes do Governo concordam que há risco de o BC cair num jogo de ovo e galinha com o mercado financeiro - ou, como disse Loyola, criar-se uma "circularidade". O mercado eleva sua expectativa de inflação, o que influencia o BC a puxar os juros para cima e indicar uma atitude conservadora, o que por sua vez deixa o mercado pessimista, que projeta inflação mais alta e assim sucessivamente. (Jornal do Commercio - 24.01.2005)

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3 Resultado do PIB no quarto trimestre de 2004 deve mostrar desaceleração

A economia brasileira segue em crescimento, mas o ritmo de expansão do PIB está em desaceleração. A Tendências Consultoria Integrada estima que entre outubro e dezembro o PIB cresceu 0,6%, na comparação com os três meses anteriores, na série livre de influências sazonais. Isso equivale a uma taxa anualizada de 2,4%, bem abaixo da dos quatro trimestres anteriores quando a economia chegou a avançar a uma velocidade anualizada próxima a 8%, como nos últimos três meses de 2003. A consultoria projeta expansão de 5,2% para o PIB no ano passado. Para o economista Juan Jensen, da Tendências, o que ocorreu nos últimos meses de 2004 foi uma desaceleração natural da economia, e não um efeito do ciclo de alta dos juros iniciado em setembro. A taxa Selic passou a aumentar, aliás, quando a atividade já estava perdendo força. O impacto mais forte da elevação dos juros vai se sentir no primeiro e no segundo trimestres deste ano, pois a política monetária demora de três a seis meses para começar a fazer efeito, diz ele. (Valor Online - 24.01.2005)

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4 Despesas com custeio aumentam 25%

Os gastos com a manutenção da máquina administrativa do governo federal- excluindo a folha de pessoal - cresceram 25% em 2004 em relação ao ano anterior, atingindo R$ 13,091 bilhões. O valor é cerca de R$ 3 bilhões a mais que o total dos investimentos realizados pela União no ano passado. Todos os elementos de despesa do governo cresceram, menos os gastos com consultoria - o item de menor peso nos custos burocráticos.O maior aumento foi em obras e instalações - apesar de o governo considerar essas despesas como investimento, pois são valores utilizados em reformas e instalações de prédios públicos, elas estão classificadas dentro do custeio: crescimento de 63%, passando para R$ 2,054 bilhões. Os gastos com material de consumo cresceram 39%, seguidos de passagens (36%) e locação de mão-de-obra (28%). Os ministérios que tiveram mais alta no custeio foram Turismo, Assistência Social e Ciência e Tecnologia, com crescimentos de 250%, 222% e 190%, respectivamente. (Valor Online - 24.01.2005)

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5 IGP-M fica em 0,28% na segunda prévia do mês

A inflação medida pelo IGP-M, na segunda prévia de janeiro, avançou para 0,28% - ante 0,63% em igual período no mês anterior, e 0,20% na primeira prévia do mês -, segundo informou a FGV. O resultado ficou abaixo das previsões - entre 0,30% e 0,50%. O IGP-M acumula elevação de 14,08% em 12 meses. A FGV anunciou ainda as taxas de variação dos três indicadores que compõem o IGP-M. O IPA ficou em 0,67%, ante 0,09% apurada na segunda prévia em dezembro. No atacado, a fundação informa que os preços dos produtos agrícolas caíram 0,23% ante alta de 0,93% registrada em dezembro; e os preços dos produtos industriais subiram 0,21% em relação aos 0,58% verificado no mês passado. No varejo, o IPC ficou em 0,51%, ante alta de 0,66% em dezembro. Já o INCC ficou em 0,60% em janeiro ante 0,65% registrada no mês passado.(O Estado de S. Paulo - 24.01.2005)

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6 Dólar ontem e hoje

O dólar à vista dá continuidade à tendência de sexta-feira e opera em leve baixa. Às 12h10m, a moeda americana recuava 0,37%, a R$ 2,676 na compra e R$ 2,678 na venda. Na sexta, o dólar comercial terminou com queda de 1,10%, a R$ 2,6860 para a compra e R$ 2,6880 na ponta vendedora. (O Globo Online e Valor Online - 24.01.2005)

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Internacional

1 El Paso vende usinas na Ásia para pagamento de dívidas

A El Paso, que enfrenta pesadas dívidas desde 2001, decidiu vender seus ativos na Ásia para levantar US$ 500 milhões, informaram fontes que participam do plano de saneamento da empresa. A El Paso tem usinas com capacidade total de 4.153 MW em Bangladesh, Paquistão, Índia, China, Indonésia, Coréia do Sul e Filipinas, dos quais 1.997 MW pertencem totalmente à empresa. As fontes afirmaram que as unidades da empresa na região alcançam valor de mais de US$ 1 bilhão, dívidas incluídas. A El Paso está tentando seguir os passos da também norte-americana Edison International, que vendeu sua usina no ano passado na região, por US$ 5,4 bilhões, incluindo as dívidas. As fontes, no entanto, não informaram quem poderia comprar os ativos da El Paso na Ásia. (Elétrica - 21.01.2005)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 MIRANDA, Wagner Navarro Nobre de; MOTTA, Sérgio. "O uso da cédula de crédito bancário - CCB na administração do caixa da empresa." Recife. CHESF, XII SEPEF, 14 a 17 de dezembro de 2004

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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2 LEMOS, Alexandre. "Um estudo sobre o impacto da tributação no setor elétrico brasileiro - o caso CHESF". Recife. CHESF, XII SEPEF, 14 a 17 de dezembro de 2004

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Diego Garbayo e Diogo Bravo

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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