l

IFE: nº 1.492 - 05 de janeiro de 2005
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Fórmula de ressarcimento para consumidores que pagaram energia mais alta em 2003 é questionada
2 Aneel não considera ter errado na definição dos reajustes tarifários para as distribuidoras em 2003
3 Abradee: critérios para revisão tinham "viés de complexidade muito grande"
4 Abdib: licitação para outorgas de LTs e novas usinas deve acarretar investimentos da ordem de R$ 9,4 bi
5 MME publica portaria revisando manual de operacionalização do programa Luz para Todos
6 Cerimônia de posse do novo diretor-geral da Aneel será no dia 14 de janeiro
7 Construção da hidrelétrica de Estreito é estimada para 20 de junho
8 Governo do RS e províncias argentinas discutem viabilização da hidrelétrica de Garabi

Empresas
1 Itaipu produz 89,9 milhões de MWh de energia em 2004
2 CFLCL concentra suas atividades no segmento de geração
3 Cataguazes-Leopoldina: Alienação das ações da Cat-Leo deve ter valor de aproximadamente R$ 60 mi
4 Cemig quer iniciar implantação de projetos do programa PCH Minas no segundo semestre de 2005
5 Cemar toma medidas para aderir ao nível 1 de governança corporativa da Bovespa
6 STJ mantém decisão que impede inclusão da Celg no cadastro de empresas inadimplentes
7 Celesc estuda projetos de rede de distribuição que suportem ventos fortes
8 CEEE investe R$ 1,5 mi para recuperar redes de distribuição no litoral norte do RS

9 Cotações da Eletrobrás

10 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Consumo registra marca histórica
2 Consumo maior elevou a carga média em 2004
3 ONS: Rede básica está sujeita a 89 problemas operacionais em 2005

4
ONS: Linha de transmissão Ouro Preto - Vitória poderia ter evitado o apagão
5
ONS aponta obras de maior urgência
6
ONS lista subestações que estão ou estarão vulneráveis a sobrecargas
7 Pinguelli nega falha humana no apagão

8 Pinguelli: Termelétricas não teriam condições de evitar o apagão

9
Secretário de energia do RJ reclama do atraso no acesso das informações sobre o apagão
10
Submercado Sudeste/Centro-Oeste registra volume 27,3% acima da curva de aversão ao risco
11
Nível de armazenamento do submercado Sul está em 73,2%
12
Submercado Nordeste registra volume 25,5% acima da curva de aversão ao risco
13 Nível de armazenamento do submercado Norte está em 32,1%

Gás e Termelétricas
1 Biodiesel desperta interesse de alemães
2 Angra 1 retoma operação normal

Economia Brasileira
1 Garófalo: é essencial dobrar reservas líquidas
2 Belluzzo não acredita em substancial aumento de reservas

3 LCA revisa projeções sobre câmbio e inflação
4 BC: Saldo cambial em 2004 foi o maior desde 1996
5 Brasil é rebaixado em ranking de liberdade econômica
6 Em São Paulo, IPC fecha com alta de 5,83% e no Rio, de 6,39%
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Estoque mundial cai e pode forçar alta do urânio
2 Iberdrola aumenta participação no capital da EDP

Regulação e Novo Modelo

1 Fórmula de ressarcimento para consumidores que pagaram energia mais alta em 2003 é questionada

A fórmula que a Aneel encontrou para compensar os consumidores que pagaram tarifa mais cara no ano de 2003 ainda está sendo discutida no DPDC (Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor), órgão do Ministério da Justiça. O DPDC é o órgão que coordena os Procons em todos os Estados. Os entendimentos do DPDC, no entanto, não têm que ser obrigatoriamente seguidos pelos Procons. O Código de Defesa do Consumidor estabelece ressarcimento em dobro, acrescido de juros e correção monetária, em caso de cobrança indevida. A Aneel está corrigindo as perdas pelo IGP-M e devolvendo em forma de reajuste menor. A Aneel considera que, tendo estabelecido a correção pelo IGP-M, "toda a diferença ocorrida pela aplicação de valores provisórios, tanto para mais quanto para menos, será totalmente recuperada. Desse modo, o consumidor não sofrerá nenhum prejuízo". A Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica) considera que o mecanismo de compensar as perdas ou ganhos dos consumidores é normal. (Folha de São Paulo - 05.01.2005)

<topo>

2 Aneel não considera ter errado na definição dos reajustes tarifários para as distribuidoras em 2003

A Aneel se exime dos erros que levaram a reajustes indevidos nas contas dos consumidores em 2003. Para a Aneel, não é correto falar de "erro" porque as estimativas sobre a base de remuneração das empresas foram feitas a partir de critérios técnicos e não houve erro nesse procedimento. A agência cita três motivos que levaram ao problema: 1) demora das distribuidoras para entregar o laudo sobre a base de remuneração; 2) laudos fora dos padrões exigidos pela agência e; 3) "complexidade intrínseca" do processo de revisão tarifária. Segundo a Aneel, a expectativa das distribuidoras em relação à ação judicial na qual os critérios da revisão tarifária são questionados levou à demora na entrega dos laudos. Quando foram entregues, alguns laudos "apresentavam problemas sérios", que impossibilitaram sua validação. Em relação à "complexidade intrínseca", a agência informou que as distribuidoras "são compostas de milhares de equipamentos e terrenos distintos", o que dificulta uma avaliação "in loco" dos bens que compõem a base de remuneração. (Folha Online - 05.01.2005)

<topo>

3 Abradee: critérios para revisão tinham "viés de complexidade muito grande"

A Abradee também se exime de qualquer erro no processo, informando que foi a própria Aneel que credenciou as empresas que iriam fazer a avaliação da base de remuneração e produzir os laudos. "As empresas eram credenciadas pela Aneel. Para nós, era como se a própria agência estivesse fazendo a avaliação", diz Luiz Carlos Guimarães, presidente da Abradee. Ainda de acordo com Guimarães, a agência optou um "um viés de complexidade muito grande" no momento de definir os critérios da revisão. Para ele, não é compreensível que a agência tenha optado por já começar a fazer ressarcimentos para clientes como os da Light, mesmo sem ter segurança a respeito do valor definitivo da base de remuneração das empresas. (Folha Online - 05.01.2005)

<topo>

4 Abdib: licitação para outorgas de LTs e novas usinas deve acarretar investimentos da ordem de R$ 9,4 bi

Segundo estimativa da Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústrias de Base, as licitações a serem realizadas em 2005 para outorgas de linhas de transmissão e de novas usinas hidrelétricas podem acarretar em investimentos da ordem de R$ 9,4 bilhões. A avaliação baseia-se na previsão de o governo conceder a construção de 4,6 mil km de LTs, que devem contar com recursos de R$ 3 bilhões, e de 17 novas hidrelétricas, com 2.829 MW de potência instalada e cerca de R$ 6,4 bilhões em investimentos. A estimativa da Abdib pode crescer com a inclusão de projetos de geração com outorgas já licitadas, mas que ainda não a construção iniciada. Neste caso, o volume de recursos chega a R$ 12,6 bilhões, que serão injetados em 26 usinas hidrelétricas com 5,5 mil MW de capacidade. (Canal Energia - 05.01.2005)

<topo>

5 MME publica portaria revisando manual de operacionalização do programa Luz para Todos

O MME publicou nesta quarta-feira, dia 5 de janeiro, no Diário Oficial, a portaria n° 447, que aprova a primeira revisão do manual de operacionalização do programa Luz para Todos, de universalização de energia elétrica. O documento define a estrutura operacional e determina quais serão os critérios técnicos, financeiros e de prioridades para a implantação do Luz para Todos. (Canal Energia - 05.01.2005)

<topo>

6 Cerimônia de posse do novo diretor-geral da Aneel será no dia 14 de janeiro

A posse do novo diretor-geral da Aneel está marcada para o dia 14 de janeiro. A informação foi dada por Jerson Kelman, que substituirá José Mário Abdo na direção da Aneel. A cerimônia será realizada no auditório do MME, às 15 horas. (Canal Energia - 04.01.2005)

<topo>

7 Construção da hidrelétrica de Estreito é estimada para 20 de junho

A construção da hidrelétrica de Estreito (1.087 MW) deve começar no dia 20 de junho, com previsão de acionamento da primeira unidade geradora - de 120 MW - em setembro de 2008. O diretor do Consórcio Estreito Energia (Ceste), Edio Laudelino da Luz, contou que se não ocorrer nenhum novo impasse, a licença de instalação deve ser liberada até 31 de maio, de acordo com o cronograma da empresa. Serão realizadas, antes disso, uma série de audiências públicas para debater as mudanças que ocorreram no projeto da usina. O diretor de Licenciamento e Qualidade Ambiental do Ibama, Nilvo Luiz Alves da Silva, acredita que a licença prévia deva ser liberada para o consórcio em março. (Canal Energia - 04.01.2005)

<topo>

8 Governo do RS e províncias argentinas discutem viabilização da hidrelétrica de Garabi

Os governadores do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, e das províncias argentinas de Corrientes, Ricardo Colombi; e de Misiones, Carlos Rovira, se reúnem nesta quarta-feira, 5 de janeiro, para discutir a criação de uma comissão trilateral para coordenar a viabilização do projeto da hidrelétrica binacional de Garabi. Segundo o secretário estadual de Energia, Minas e Comunicações do estado, Valdir Andres, o encontro deverá resultar em um protocolo de intenções entre os três governadores, com o objetivo de viabilizar a construção da usina e intensificar ações conjuntas. O planejamento prevê a realização dos estudos necessários à implantação do projeto até o final de 2005, quando será definido um marco institucional para a execução efetiva da usina em parceria com a iniciativa privada. O cronograma projeta a consolidação dos atos binacionais e a licitação do empreendimento para 2006. A previsão é que a usina inicie geração em 2010. De acordo com Andres, a hidrelétrica deverá trazer receita direta aos estados e municípios no valor de US$ 60 milhões anuais em impostos. (Canal Energia - 05.01.2005)


<topo>

 

Empresas

1 Itaipu produz 89,9 milhões de MWh de energia em 2004

A Itaipu Binacional produziu 89,9 milhões de MWh de energia em 2004, o terceiro melhor resultado da história da usina que, em 2000, foi de 93,4 milhões de MWh e, em 1999, de 90 milhões de MWh. O balanço foi divulgado ontem pela empresa, que informou também a data prevista para o início das atividades de duas novas unidades geradoras. Uma deve entrar em operação em 1º de setembro e a outra em 1º de outubro. Elas ampliarão a capacidade instalada da usina de 12.600 MW para 14.000 MW. No dia 12 devem sair de São Paulo as duas últimas peças mecânicas que suportarão a parte girante das unidades, fabricadas pela Voith Siemens. As mesmas peças, chamadas cruzetas, tiveram de ser fabricadas duas vezes, porque as primeiras apresentaram fissuras. Com isso, o início da operação, inicialmente marcado para meados de 2004, foi adiado em 16 meses. (Valor - 05.01.2005)

<topo>

2 CFLCL concentra suas atividades no segmento de geração

A Companhia Força e Luz Cataguazes Leopoldina (CFLCL) vai concentrar suas atividades no segmento de geração nos 50% de participação que detêm na Usina Termelétrica de Juiz de Fora (83 MW) de potência e em 14 PCHs que somam 53 MW de potência instalada. Paralelamente, vai apostar também no segmento de construção de PCHs para terceiros. As mudanças na CFLCL são para adequar as operações do grupo às regras do novo modelo do setor elétrico que proíbem a atuação de uma mesma empresa nos segmentos de geração, distribuição e transmissão. (Gazeta Mercantil - 05.01.2005)

<topo>

3 Cataguazes-Leopoldina: Alienação das ações da Cat-Leo deve ter valor de aproximadamente R$ 60 mi

A Cataguazes-Leopoldina, por meio de fato relevante, esclareceu à Bovespa que o valor final da alienação das ações da Cat-Leo Energia para a Brascan Energética ainda está sujeito a ajustes de variação patrimonial e de auditoria. No entanto, mesmo ainda não tendo sido concluído o balanço dos reflexos da transação no resultado contábil e nos negócios, a empresa estima que o valor aproximado do resultado bruto será da ordem de R$ 60 milhões. (Canal Energia - 05.01.2005)

<topo>

4 Cemig quer iniciar implantação de projetos do programa PCH Minas no segundo semestre de 2005

A Cemig espera começar a implantação dos projetos selecionados para o programa PCH Minas no segundo semestre deste ano. Levantamento feito até meados de dezembro do ano passado revela que a Cemig já havia recebido 345 MW em propostas de PCHs, sendo que 14 projetos já possuíam licença ambiental prévia. Inicialmente, a companhia disponibilizará cerca de R$ 150 milhões para o programa, que prevê a ampliação da capacidade instalada no estado em 400 MW num prazo de dois anos, com investimentos totais de R$ 1 bilhão. A Cemig entrará como sócia minoritária nos projetos - com até 49% de participação - e vai garantir a comercialização da energia produzida pelas PCHs. (Canal Energia - 04.01.2005)

<topo>

5 Cemar toma medidas para aderir ao nível 1 de governança corporativa da Bovespa

A Cemar estuda a possibilidade de aderir ao nível 1 de governança corporativa da Bolsa de Valores de São Paulo. Para isso, as ações da empresa resultantes da conversão de debêntures e em circulação precisam somar 25% ou mais do capital social. O compromisso de adoção das medidas necessárias para a adesão ao nível 1 foi firmado durante reunião do conselho de administração da empresa, realizada no dia 10 de dezembro do ano passado. (Canal Energia - 04.01.2005)

<topo>

6 STJ mantém decisão que impede inclusão da Celg no cadastro de empresas inadimplentes

O Supremo Tribunal de Justiça manteve a decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região de impedir a inclusão do nome da Celg no Cadastro Informativo de Créditos Não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) pela Eletrobrás. O presidente do STJ, ministro Edson Vidigal, manteve a decisão do TRF porque "ainda não foi inaugurada a competência da instância superior". As duas empresas brigam por recursos da União para programas sociais. Por estar inadimplente com a Eletrobrás, a holding acredita que a distribuidora goiana deve ficar de fora do recebimento de recursos da União. (Canal Energia - 04.01.2005)

<topo>

7 Celesc estuda projetos de rede de distribuição que suportem ventos fortes

A Celesc já pensa em realizar projetos de redes de distribuição que suportem ventos de alta velocidade, como o tornado ocorrido nesta segunda-feira, dia 3 de fevereiro, na cidade de Criciúma. O gerente de Distribuição de Energia da Agência Regional Criciúma da distribuidora, Jânio Canela, ressaltou que a questão já está sendo discutida pela diretoria da empresa. O engenheiro considera viável concretizar a idéia, uma vez que meteorologistas alertaram para a possibilidade de novos tornados no extremo sul de Santa Catarina. "É preciso pensar em refazer os projetos de redes para resistir a ventos fortes. Nossos projetos suportam ventos de 50 km/h, 60 km/h", destacou o gerente de distribuição. Canela estima que os prejuízos com o incidente devem chegar a R$ 1 milhão, entre despesas com materiais e mão-de-obra. (Canal Energia - 04.01.2005)

<topo>

8 CEEE investe R$ 1,5 mi para recuperar redes de distribuição no litoral norte do RS

A CEEE está trabalhando para recuperar redes de abastecimento de energia elétrica em função do furto de cabos de cobre no litoral norte do Rio Grande do Sul. Segundo a empresa, somente com material, os gastos estimados somam cerca de R$ 1milhão. Outros R$ 500 mil foram destinados à contratação de mão-de-obra especializada. Contabilizando a energia que deixa de ser faturada, o prejuízo chega a R$ 1,5 milhão. (Canal Energia - 05.01.2005)

<topo>

9 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 04-01-2005, o IBOVESPA fechou a 24.848,04 pontos, representando baixa de 3,40% em relação ao dia anterior, com movimento de R$ 1,7 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 3,71%, fechando a 6.594,56 pontos. Na abertura do pregão do dia 05-01-2005 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 35,40 as ações ON, alta de 0,80% em relação ao pregão anterior e R$ 35,80 as ações PNB, alta de 0,70% em relação ao pregão anterior. (Economática e Investshop - 05.01.2005)

<topo>

10 Curtas

A Enersul foi premiada pela Sociedade Brasileira de Heráldica pelo programa ambiental desenvolvido pela empresa. O destaque é o projeto Aroeira, que distribuiu um milhão de sementes de espécies nativas e em risco de extinção no ano passado. (Canal Energia - 05.01.2005)

<topo>

 

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Consumo registra marca histórica

O consumo de energia elétrica no País atingiu 33.407 GWh em dezembro, recorde absoluto na história do País e resultado 5,13% acima do registrado em dezembro de 2003. O consumo médio diário, porém, considerado pelos técnicos um indicador melhor para se aferir as tendências do consumo, foi o terceiro maior da história, ficando abaixo da média registrada em novembro (recorde absoluto no País) e de setembro, quando atingiu 45.172 MW médios e 45.117 MW médios, respectivamente. A média do mês passado ficou em 44.902 MW médios, conforme dados preliminares do ONS. (Jornal do Commercio - 05.01.2005)

<topo>

2 Consumo maior elevou a carga média em 2004

Na média mensal verificada pelo ONS em 2004, a carga de energia ficou em 43,7 GW médios entre janeiro e dezembro de 2004. No mesmo período de 2003, a carga média mensal ficou em 41,7 GW médios. A carga divulgada pelo ONS é a energia verificada no Sistema Interligado Nacional (SIN). Os números do ONS confirmam a retomada no consumo de energia elétrica verificada no primeiro semestre do ano passado no País e a superação do período pós racionamento de energia elétrica (2001/2002), quando o consumo ficou abaixo do verificado no ano 2000. (Gazeta Mercantil - 05.01.2005)

<topo>

3 ONS: Rede básica está sujeita a 89 problemas operacionais em 2005

Em 2005, atrasos de obras por parte de empresas deixarão a rede básica sujeita a 89 problemas operacionais, identificados pelo ONS. Do total de falhas apontadas, 46 delas podem levar o País a cortes de carga - e conseqüentemente deixá-lo às escuras -, segundo o Plano de Ampliações e Reforços na Rede Básica - 2005 a 2007. O documento serve de base para a preparação do orçamento de empresas de energia elétrica, mas não tem sido executado com assiduidade sobretudo por questões ambientais, segundo especialistas. A discussão sobre a responsabilidade de determinados investimentos - se cabem a transmissoras, distribuidoras ou geradores -, até o ano passado, também constituíram outro entrave para expansão da rede e instalação de equipamentos que evitam sobrecargas e desligamentos automáticos da malha sem razões relevantes para interrupções. (Gazeta Mercantil - 05.01.2005)

<topo>

4 ONS: Linha de transmissão Ouro Preto - Vitória poderia ter evitado o apagão

O ONS mostra, em seu Plano de Ampliações e Reforços na Rede Básica - 2005 a 2007, a necessidade de uma linha de transmissão Ouro Preto - Vitória, que poderia ter evitado o apagão do último sábado. A obra está listada entre as mais urgentes para a segurança do sistema, mas problemas entre Furnas e órgãos ambientais atrasaram o projeto, previsto para ficar pronto em maio de 2003. (Gazeta Mercantil - 05.01.2005)

<topo>

5 ONS aponta obras de maior urgência

Entre as obras que o ONS considera de maior urgência no Plano de Ampliações e Reforços na Rede Básica - 2005 a 2007, estão a instalação de bancos capacitores e equipamentos administradores de carga na usina de Irapé, no Vale do Jequitinhonha (MG). A substituição de equipamentos terminais da linha de transmissão Adrianópolis - Macaé - Circuito 2 por Furnas também está na lista . Outra medida preventiva é a recomendação para que a Companhia Energética do São Francisco instale até março um banco de autotransformadores na subestação Sobral III. São listadas 12 obras urgentes que têm como finalidade evitar cortes de cargas provocados por subtensão ou sobrecarga. A construção de novas subestações, ou o aumento de capacidade das unidades já instaladas, também figura entre os tantos avisos do ONS. (Gazeta Mercantil - 05.01.2005)

<topo>

6 ONS lista subestações que estão ou estarão vulneráveis a sobrecargas

Segundo o Plano de Ampliações e Reforços na Rede Básica - 2005 a 2007 do ONS, vinte e oito subestações estarão com sobrecarga nos próximos dois anos caso novos investimentos não sejam realizados. Neste ano, as seguintes subestações estão ou estarão vulneráveis a sobrecargas: Pici (Fortaleza. CE); Poços de Caldas (MG); Anastacio (MS); Bongi (PE); Charqueadas (RS); Mascarenhas de Moraes (MG); Bom Jardim (GO); Botucatu (SP); Campinas (SP), Capivara (SP), Jupiá (SP) e Santa Bárbara (SP). "Ressalta-se, ainda, o caso de 48 subestações (19% do total ) que contam com apenas um transformador, cuja indisponibilidade implica em, no mínimo, corte temporário de toda a carga atendida", frisa o ONS no relatório. (Gazeta Mercantil - 05.01.2005)

<topo>

7 Pinguelli nega falha humana no apagão

A informação de que uma falha humana causou o blecaute que deixou os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo sem luz por mais de uma hora no último sábado foi rebatida ontem por Luiz Pinguelli Rosa, ex-presidente da Eletrobrás coordenador de Planejamento Energético da Coppe-UFRJ. De acordo com Pinguelli, houve o congelamento do sistema operacional de Furnas situado em Campinas e que monitora as condições de abastecimento de energia. O problema, segundo o ex-presidente da Eletrobrás, deixou o funcionário de Furnas em Cachoeira Paulista sem as informações de que duas das quatro linhas de transmissão que abastecem o Rio de Janeiro tinham caído. Como era feriado, dia de pouco consumo, uma das quatro linhas já estava desligada. Alheio à queda de dois sistemas de transmissão, o operador tomou a decisão de desligar a única linha que mantinha o abastecimento do Rio e Espírito Santo. "A pessoa que desligou o equipamento não tinha a informação completa, senão não teria desligado a quarta chave", afirmou o ex-presidente da Eletrobrás. (Gazeta Mercantil - 05.01.2005)

<topo>

8 Pinguelli: Termelétricas não teriam condições de evitar o apagão

Luiz Pinguelli Rosa, ex-presidente da Eletrobrás fez questão de frisar que as termelétricas instaladas no Estado do Rio de Janeiro não teriam condições de evitar o apagão. Segundo ele, as usinas a gás levam entre duas e três horas para serem ligadas. No caso das unidades abastecidas por carvão ou óleo, o tempo mínimo necessário para entrada em funcionamento é de quatro horas. " As térmicas foram projetadas para atuar em casos de falta de água nos reservatórios das hidrelétricas, quando se pode projetar com segurança a necessidade de uso da energia termelétrica, dando tempo para que as usinas sejam ligadas. Para as panes na transmissão e na distribuição elas não são úteis",ressaltou. (Gazeta Mercantil - 05.01.2005)

<topo>

9 Secretário de energia do RJ reclama do atraso no acesso das informações sobre o apagão

O secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Rio, Wagner Victer, reclamou do atraso na obra e do tempo que levou para o governo estadual ser avisado do problema de sábado. "O acesso imediato às informações é fundamental em uma ocorrência dessa magnitude para planejarmos as ações dos diversos órgãos do Estado que têm função de mitigar os impactos, como a Defesa Civil e a Polícia Militar", informou Victer, em nota oficial. (O Estado de São Paulo - 04.01.2005)

<topo>

10 Submercado Sudeste/Centro-Oeste registra volume 27,3% acima da curva de aversão ao risco

Os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste apresentam capacidade de 65 %, com aumento de 0,1% em relação ao volume registrado no dia 02 de janeiro. O índice fica 27,3% acima da curva de aversão ao risco. As hidrelétricas Itumbiara e S. Simão operam com capacidade de 64,6% e 73,5%, respectivamente. (Canal Energia - 04.01.2005)

<topo>

11 Nível de armazenamento do submercado Sul está em 73,2%

O nível dos reservatórios do Sul está em 73,2%, com queda de 0,5% em relação ao dia 02 de janeiro. A hidrelétrica S. Santiago opera com capacidade de 81,8%. (Canal Energia - 04.01.2005)

<topo>

12 Submercado Nordeste registra volume 25,5% acima da curva de aversão ao risco

Os reservatórios do subsistema Nordeste apresentam 60% de volume armazenado. O índice fica 25,5% acima da curva de aversão ao risco. Em relação ao dia 02 de janeiro, houve aumento de 0,3% na capacidade do submercado. O nível dos reservatórios da hidrelétrica de Sobradinho está em 58,3%. (Canal Energia - 04.01.2005)

<topo>

13 Nível de armazenamento do submercado Norte está em 32,1%

O índice de armazenamento dos reservatórios do Norte está em 32,1%. O volume registra aumento de 0,2% em relação ao dia 02 de janeiro. A hidrelétrica de Tucuruí apresenta capacidade de 25 %. (Canal Energia - 04.01.2005)

<topo>

 

Gás e Termoelétricas

1 Biodiesel desperta interesse de alemães

O programa brasileiro de biodiesel já desperta interesse no exterior e acaba de ganhar um aliado que poderá garantir o sucesso do empreendimento: a Alemanha informou que tem interesse em importar o produto. Assim como as compras de etanol brasileiro, trata-se de um projeto de longo prazo, diz o embaixador alemão em Brasília, Prot von Kunow. Para ganhar competitividade, tanto o biodiesel quanto o etanol brasileiros precisam receber descontos nas tarifas de importação cobradas pela União Européia, mas as negociações com o Mercosul devem contemplar esse tipo de benefício. "Para nós, que dependemos muito dos produtores de petróleo, é importante diversificar e o Brasil tem boa chance de oferecer energias renováveis por preços baixos", afirma o embaixador. "Hoje temos alguma produção local e uma rede de distribuição de biodiesel", acrescenta Kunow, explicando que o combustível lá é feito a partir da colza - uma semente oleaginosa - e já usado em tratores e máquinas agrícolas, em proporções ainda baixas. (Valor - 05.01.2005)

<topo>

2 Angra 1 retoma operação normal

A usina nuclear de Angra 1, desligada por questões de segurança durante o apagão, voltou a funcionar a plena carga às 4h de ontem, gerando 520 MW médios. Na segunda-feira, ao ser religada, apresentou um defeito que impedia o aumento da produção. Angra 2 está desligada desde 30 de novembro por um defeito no gerador elétrico ainda não solucionado. (O Globo - 05.01.2005)

<topo>

 

Economia Brasileira

1 Garófalo: É essencial dobrar reservas líquidas

O ex-diretor do BC Emílio Garófalo afirmou que o Governo deveria dobrar o volume de reservas líquidas, que, segundo ele, estão hoje próximas a US$ 24 bilhões. As reservas brutas totalizam US$ 52,9 bilhões. "Num patamar próximo de US$ 50 bilhões (de reservas líquidas) teríamos mais solidez para enfrentar problemas cambiais", comentou. Segundo Garófalo, há vários fatores que o Brasil deveria aproveitar agora para elevar o nível de reservas. " O dólar está barato, a economia nacional está apresentando expansão e há uma calmaria inédita de dois anos seguidos, 2003 e 2004, no mercado financeiro internacional, que não ocorre desde 1982, quando o País estava em moratória" disse. Na opinião do ex-diretor do BC, duas medidas são essenciais para aumentar as reservas cambiais: a compra de dólares e a redução dos juros. "É incoerente aumentar os juros neste momento, como o BC vem realizando, pois isso atrai investidores para comprar ativos do País, o que valoriza o real", comentou. (Jornal do Commercio - 05.10.2005)

<topo>

2 Belluzzo não acredita em substancial aumento de reservas

O economista Luiz Gonzaga Belluzzo, professor da Unicamp, avaliou ontem que o Governo não avançará muito no aumento de reservas cambiais, pois a ação poderia implicar redução dos juros. "A compra de dólares implica elevar o volume de reais em circulação na economia. Como esse processo provoca o relaxamento da política monetária, iria contra o objetivo do BC, que é manter os juros em alta para levar a inflação à apertada meta de 5,1% neste ano", comentou . Para Belluzzo, é mais provável que o BC vá comprando dólares apenas para administrar o patamar de câmbio a fim de não permitir que a cotação do real frente à moeda americana caia para níveis muito baixos. "Mas a aquisição será pequena, de apenas alguns bilhões no máximo, para evitar que o câmbio fique muito abaixo de R$ 2,70", afirmou. (Jornal do Commercio - 05.01.2005)

<topo>

3 LCA revisa projeções sobre câmbio e inflação

A LCA Consultores informou ontem que revisou suas projeções de câmbio e inflação deste ano para baixo. A aposta da instituição é de que o dólar encerrará 2005 cotado a R$ 2,90, ante previsão anterior de R$ 3. Para o IPCA, a estimativa de 5,7% foi substituída pela de 5,6% e a do IGP-M caiu de 5,8% para 5,7%.De acordo com o economista Luís Suzigan, o principal fator de mudança da expectativa cambial da LCA é a percepção de que a condução da política monetária será mais austera do que o inicialmente esperado pelo mercado financeiro. "Quando projetávamos o dólar a R$ 3, contávamos com a Selic em torno de 17,5% no início de 2005 e agora vislumbramos que a taxa de juros deva chegar nesse período em 18,25%" - argumentou. Suzigan explicou que além da estimativa mais pessimista para a Selic, também pesaram na avaliação da LCA o rumo do mercado internacional e o comportamento da balança comercial. (Jornal do Commercio - 05.01.2005)

<topo>

4 BC: Saldo cambial em 2004 foi o maior desde 1996

Segundo os dados divulgados pelo BC, o fluxo cambial foi positivo em US$ 6,362 bilhões no ano passado, o melhor resultado desde 1996, quando o superávit ficou próximo de US$ 11 bilhões. Em 2003, o fluxo cambial tinha sido positivo em US$ 718 milhões. O saldo anual foi sustentado pelo superávit nas operações comerciais de US$ 36,672 bilhões, que contrabalançou o saldo negativo das operações financeiras de US$ 24,747 bilhões e a saída via CC-5 de US$ 5,563 bilhões. Em dezembro, o fluxo cambial ficou positivo em US$ 2,303 bilhões - o maior saldo mensal desde abril passado - resultado de superávit comercial de US$ 3,612 bilhões, saldo negativo das operações financeiras de US$ 866 milhões e as já citadas remessas via CC-5 de US$ 444 milhões. A conta de não-residentes (CC-5) fechou o ano passado com remessas líquidas no valor de US$ 5,563 bilhões. O montante é mais de três vezes maior que o registrado em 2003 (US$ 1,661 bilhão). (O Globo Online - 05.01.2004)

<topo>

5 Brasil é rebaixado em ranking de liberdade econômica

O Brasil caiu dez posições no ranking mundial de liberdade econômica, ocupando em estudo deste ano o 90º lugar entre 155 países avaliados. A nota do país aumentou de 3,10 para 3,25, o que representa menor liberdade econômica, segundo relatório da americana Heritage Foundation. O "2005 Index of Economic Freedom" do centro de pesquisas avalia, para cada país, 50 variáveis divididas em 10 categorias. Cada categoria, como carga fiscal ou intervenção do governo na economia, recebe uma nota de 1 a 5, sendo 1 a melhor nota a ser obtida. A média das dez categorias dá a nota do país, usada no ranking. A avaliação do Brasil piorou no levantamento por causa dos quesitos carga fiscal e política monetária. A avaliação da carga fiscal foi de 2,5 para 3,0 pontos, e a da política monetária, de 3,0 para 4,0. O Brasil tinha nota 3,46 em 2000 e melhorou seu desempenho de 2001 a 2003; em 2004, a nota subiu para 3,10, e, neste ano, para 3,25. (Folha Online - 05.01.2005)

<topo>

6 Em São Paulo, IPC fecha com alta de 5,83% e no Rio, de 6,39%

A inflação medida pelo IPC-SP para a cidade de São Paulo desacelerou no mês de dezembro para 0,33%, segundo a FGV divulgou ontem. Em novembro, o indicador mostrou alta de 0,41%. Dos sete grupos pesquisados pela instituição, três avançaram e quatro mostraram deflação no mês passado. No ano, o índice teve uma alta de 5,83%, contra a inflação de 8,21% verificada em 2003. A diminuição no ritmo de alta dos preços em dezembro na comparação com novembro ocorreu devido à desaceleração observada nos dois principais grupos que compõem o IPC-SP: Alimentação e Habitação. No primeiro caso, a deflação passou de 0,08% no mês anterior para 0,10%. No Rio, o IPC registrou alta de 0,86% em dezembro e de 6,39% no ano. As maiores pressões foram registradas em transportes (1,64%) e vestuário (1,30%), seguidos da alimentação (1,02%). (Gazeta Mercantil - 05.01.2005)

<topo>

7 Dólar ontem e hoje

O dólar à vista inverteu a tendência de alta com que vinha operando e deu a senha para o Banco Central anunciar mais um leilão de compra da moeda americana. Às 15h07m, o dólar era negociado por R$ 2,694 na compra e R$ 2,696 na venda, com baixa de 0,14%. Ontem, o dólar comercial fechou com alta de 0,93%, transacionado a R$ 2,6980 para compra e R$ 2,70 para venda. (O Globo Online e Valor Online - 05.01.2005)


<topo>

 

Internacional

1 Estoque mundial cai e pode forçar alta do urânio

Os preços do urânio, elemento empregado na geração de 16% da energia elétrica mundial, poderão subir 25% este ano, diante da diminuição dos estoques do combustível nuclear e da construção de reatores na China, Índia e Rússia, que precisarão ser abastecidos. "Migrou-se de um mercado comprador para um mercado vendedor", disse Bob Mitchell, que detém contratos de urânio para entrega imediata no valor de mais de US$ 26 milhões em nome da Adit Capital Management , de Portland, no Oregon. "A maioria dos reatores em construção não asseguraram abastecimento de longo prazo e não há estoques excedentes entre as centrais elétricas". Os estoques comerciais do combustível caíram 50% entre 1985 e 2003 porque a produção das minas não foi suficiente para acompanhar a demanda, segundo relatório divulgado em setembro de 2004 pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT). A expansão das minas poderá não atender à demanda, elevando os preços das ações de mineradoras de urânio como a Cameco Corp., a maior do mundo, e a Energy Resources of Australia Ltd. (Gazeta Mercantil - 05.01.2005)

<topo>

2 Iberdrola aumenta participação no capital da EDP

A elétrica espanhola Iberdrola comunicou hoje que adquiriu mais 0,7% do capital da energética nacional, detendo agora uma participação de 5,7% da EDP. A elétrica espanhola afirma que este negócio tem um objetivo estratégico de ter uma presença relevante na energética portuguesa. (Diário Econômico - 05.01.2004)

<topo>

 


Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Pedro Bruni e Rodrigo Madeira

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

Copyright UFRJ e Eletrobrás