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IFE: nº 1.482 - 08 de dezembro de 2004
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Megaleilão alcança R$ 72 bi e frustra mercado e geradoras
2 Dilma: Resultado do megaleilão é um estabilizador do marco regulatório do setor
3 Dilma: Preços estabelecidos no leilão não vão desfavorecer investimentos
4 Tolmasquim: Empresas de geração poderão gerar receita com preços do leilão
5 Dilma confirma novo leilão de energia velha em 2005
6 Mauro Arce: Resultado do megaleilão não atrairá novos investimentos
7 Agentes do setor elétrico fazem pedido para tratamento especial do PIS/Cofins
8 CCEE: Liquidação financeira da energia comercializada em outubro de 2004 foi de R$ 66,63 mi
9 Aneel recebe estudos de viabilidade para a construção da Hidrelétrica de Jirau
10 Curtas

Empresas
1 Dilma: Grupo Eletrobrás melhorou sua situação
2 CGTEE foi única controlada da Eletrobrás a não fechar negócio no leilão
3 Chesf vende 3,692 mil MW médios no leilão
4 Leilão de energia existente: Cesp vende 1.998 MW médios
5 Emae negocia 123 MW médios para o período de 2005 a 2007 em leilão de energia existente
6 Tractebel: Empresa vendeu apenas 10 MW em função dos baixos preços ofertados
7 Celesc vai realizar leilão para venda de 45 MW médios para os submercados Sul e Sudeste
8 Cemig retira ações judiciais contra ressarcimento relativo ao racionamento

9 Celpa vai recorrer de decisão do TST

10 El Paso inicia segunda reestruturação de suas atividades no Brasil

11 EDP investirá R$ 1,1 bi no Brasil no ano que vem

12 Cotações da Eletrobrás

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Submercado Sudeste/Centro-Oeste registra 24,8% acima da curva de aversão ao risco
2 Nível de armazenamento do submercado Sul está em 82,1%
3 Submercado Nordeste registra volume 25,7% acima da curva de aversão ao risco

4
Nível de armazenamento do submercado Norte está em 30,7%

Gás e Termelétricas
1 Dilma: Leilões de energia nova podem considerar as térmicas
2 Gas Natural investirá R$ 50 mi em SP
3 Exterior terá mais investimento da Petrobras em 2005
4 Construção de termelétrica em Cachoeira do Sul vai passar por plebiscito

Grandes Consumidores
1 Gerdau terá financiamento para ampliar usina mineira
2 Vale investiu US$ 2,4 bi em aquisições
3 Custo da Vale no MA será maior que o previsto
4 Santista eleva a produção e muda sua estrutura

Economia Brasileira
1 Palocci reluta em abrir mão de receitas de 2005
2 Sondagem da CNI fortalece Lula para 2006

3 Ipea prevê maior crescimento do PIB desde 1994
4 FMI pede cautela com a utilização das PPPs
5 FMI admite que metas fiscais inibem investimentos
6 IPCA de novembro foi de 0,69%
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Comissão Européia vota integração da GalpEnergia na EDP nesta quinta-feira

Regulação e Novo Modelo

1 Megaleilão alcança R$ 72 bi e frustra mercado e geradoras

O megaleilão de energia realizado ontem resultou em preços que beneficiam os consumidores, mas frustraram as expectativas dos vendedores e do mercado. Dos 18 geradores inscritos, seis desistiram antes da segunda etapa do processo, que durou cerca de oito horas. Apesar da oferta ter sido maior do que a demanda, como já era esperado, o que aconteceu foi falta de energia para as distribuidoras contratarem 100% do seu mercado em 2005 e 2006. Isso ocorreu porque alguns vendedores preferiram ficar com energia "sobrando" no mercado, como e o caso da Cesp e da Tractebel. Para 2006, as distribuidoras conseguiram comprar 91,74% do seu mercado. O giro financeiro, calculado entre R$ 100 bilhões e R$ 120 bilhões, fechou em R$ 72 bilhões. Os deságios variaram de 19,8% a 28,11% sobre os preços iniciais do MWh. Para o período de 2005 a 2013 foram vendidos 9.054 MW médios, ao preço médio de R$ 57,51. Essa quantia atende a 98,99% da demanda inicial para o período. No lote de 2006 a 2014, foram vendidos 6.782 MW médios, a R$ 67,33, atendendo a 91,74% da demanda inicial. No período de 2007 a 2015, 100% da demanda foram atendidos com a venda de 1.172 MW médios, a R$ 75,46. (Valor e Globo Online - 08.12.2004 e 07.12.2004)

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2 Dilma: Resultado do megaleilão é um estabilizador do marco regulatório do setor

Para a ministra Dilma Rousseff a conclusão do megaleilão de energia velha é um estabilizador do marco regulatório do setor. Além disso, afirmou, o consumidor também será beneficiado pelo processo de compra e venda de energia mais barata. Ela acredita que o resultado do leilão deverá permitir a redução dos preços finais de energia elétrica para os consumidores em 2005. "Existe, ao que tudo indica, uma probabilidade altíssima de reduzirmos os preços das tarifas ao consumidor final em 2005." disse a ministra. Dilma afirmou ainda que o objetivo foi manter o equilíbrio do setor, já que havia empresas com grande grau de descontratação de energia e sem horizonte para o fluxo de caixa. "O resultado nos permite afirmar que o leilão foi um sucesso para o investimento da expansão da geração de energia no futuro." (Jornal do Commercio - 08.12.2004)

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3 Dilma: Preços estabelecidos no leilão não vão desfavorecer investimentos

A ministra Dilma Rousseff, disse não acreditar que o patamar de preços do leilão comprometa a expansão do setor. Ela afirmou que, segundo a Aneel, a tarifa medidaa hoje dos atuais contratos é de R$ 61 por MWh. O leilão terminou a fase final com o MWh para entrega no próximo ano sendo vendido a R$ 57,51. "A primeira fase refletiu uma tendência muito importante para o setor, que é uma estrutura ascendente de preços", afirmou. Para ela, uma das principais funções do leilão foi de justamente sinalizar para os investidores o horizonte de preços e portanto, de geração de caixa para os próximos anos. "Nós tínhamos empresas com um grande nível de descontratação e sem horizonte de fluxo de caixa. O leilão tinha por objetivo definir esse horizonte", disse a ministra. "Se a gente projetar os custos de 2007, a gente vai ver que está muito próximo do custo marginal de expansão de uma hidrelétrica no Brasil", disse a ministra, que citou uma estimativa de US$ 30 para gerar 1 MWh. (Valor e Folha Online - 08.12.2004 e 07.12.2004)

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4 Tolmasquim: Empresas de geração poderão gerar receita com preços do leilão

Na visão do MME, os geradores de energia poderão gerar receita para realizar novos investimentos, mesmo com os preços da energia descontratada praticados no leilão de energia. O secretário-executivo do MME, Maurício Tolmasquim, disse que o ministério já fez cálculos preliminares que constatam a condição. Tolmasquim considera um "erro conceitual" afirmar que os investimentos em geração serão afetados quando se compara os dois tipos de leilões (nova e existente). Estimativas feitas pelo secretário mostram que o gerador poderá, se entrar no leilão de energia nova, ter rentabilidade média de 15%, aproximadamente. (Canal Energia - 07.12.2004)

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5 Dilma confirma novo leilão de energia velha em 2005

A ministra Dilma Rousseff disse que a expectativa do governo federal é realizar um novo leilão de energia existente no primeiro trimestre de 2005, até o final de março, mas podendo chegar a abril. A ministra destacou que a nova operação deverá ocorrer antes da realização do leilão de energia nova. Conforme já havia anunciado o secretário-executivo, Maurício Tolmasquim, o novo leilão deverá permitir o fechamento de contratos para os anos subseqüentes a 2007. Dilma disse também que poderá ser incluída a energia que foi ofertada neste leilão para entrega a partir de 2005 e 2006, mas que não foi negociada. "Ainda estamos estudando essa questão", disse a ministra. (O Estado de São Paulo - 07.12.2004)

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6 Mauro Arce: Resultado do megaleilão não atrairá novos investimentos

O secretário de Energia do Estado de São Paulo, Mauro Arce, que esteve presente no leilão de energia durante todo o dia de ontem, disse que o leilão não teve um resultado que atraia investidores para a construção de novas hidrelétricas: "O preço da energia, sempre abaixo do que se esperava, deve desestimular novos investimentos. E para as companhias que possuem dívidas, sem dúvida alguma, a situação será pior. Estamos sentindo isso na pele, pois temos a Cesp, que deve cerca de US$ 6,5 bilhões. Nós deixamos de vender 700 MW de energia, por causa do preço. Sei que uma empresa se retirou do leilão, a Tractebel, pois percebeu que preços baixos trariam problemas para ela. A Tractebel, pelo o que eu sei, não é endividada, mas tem planos de investimentos." (O Estado de São Paulo - 08.12.2004)

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7 Agentes do setor elétrico fazem pedido para tratamento especial do PIS/Cofins

Sete associações do setor elétrico encaminharam carta ao presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, para pedir tratamento diferenciado na aplicação do PIS/Cofins. A medida faz parte do projeto de lei de conversão da Medida Provisória 219, que pode ser votada nesta quarta-feira (08/12), na Câmara dos Deputados. A apuração do tributo foi alterada no regime de cobrança, com a introdução do critério de não-cumulatividade, e nas alíquotas, que foram aumentadas em até 7,6%. Segundo os agentes, a medida resultará em um aumento efetivo da carga tributária, impactando diretamente na tarifa de energia elétrica para o consumidor. Assinaram a carta a ABCE, Abrace, Abradee, Abrage, Abraget, Apine e CBIEE. (Canal Energia - 07.12.2004)

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8 CCEE: Liquidação financeira da energia comercializada em outubro de 2004 foi de R$ 66,63 mi

A liquidação financeira relativa à energia comercializada em outubro de 2004 foi de R$ 66,63 milhões, segundo informou a CCEE. A adimplência dos 129 agentes de mercado, sendo 73 devedores e 56 credores, foi de R$ 99,22%. O montante contabilizado pela CCEE foi de R$ 66,11 milhões. Em 2004, o valor liquidado chega a R$ 977,4 milhões. A adimplência no período é de 99,95%. (Canal Energia - 07.12.2004)


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9 Aneel recebe estudos de viabilidade para a construção da Hidrelétrica de Jirau

Furnas Centrais Elétricas e a Construtora Norberto Odebrecht entregam hoje à Aneel, após três anos em elaboração, os estudos de viabilidade para a construção da Hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira em Rondônia. Jirau tem um potencial de geração estimado em 3.300 MW e está ligada a três utros projetos formando um complexo com quatro usinas hidrelétricas em uma malha hidroviária de 4.200 km. Os projetos representam uma iniciativa de integração continental das infra-estruturas de energia e transportes entre Brasil, Bolívia e Peru. A viabilização da Usina de Jirau representa o primeiro passo rumo à implantação de um projeto de desenvolvimento organizado e sustentável na Região Amazônica. (Gazeta Mercantil - 08.12.2004)

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10 Curtas

Ainda neste mês, Furnas encaminhará os estudos de viabilidade da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, também localizada no rio Madeira. (Gazeta Mercantil - 08.12.2004)

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Empresas

1 Dilma: Grupo Eletrobrás melhorou sua situação

"O grupo Eletrobrás, do ponto de vista da situação anterior, está muito melhor. Houve contratação quase total para as suas empresas". Roussef ainda afirmou que "nós não concordamos que a avaliação financeira da Eletrobrás foi de decréscimo", com ressalva de que sua análise é de caráter totalmente preliminar. "O resultado do leilão não compromete a expansão", disse ela. E acrescentou: "não vejo porque um grande leilão, que teve uma enorme participação de grandes empresas, iria desestimular [os investidores], dado que sinaliza uma taxa ascendente de preços". (Folha Online - 07.12.2004)

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2 CGTEE foi única controlada da Eletrobrás a não fechar negócio no leilão

Das controladas da Eletrobrás que participaram do leilão, apenas a CGTEE não fechou negócio, devido a um problema ocorrido na segunda rodada da primeira fase. Segundo representantes que atuavam no business office, um lance apresentado pela empresa não foi registrado pelo sistema. Após auditoria técnica da KPMG (empresa de auditagem do leilão), o pedido de reconsideração foi indeferido, e a empresa perdeu a oferta. (Canal Energia - 07.12.2004)

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3 Chesf vende 3,692 mil MW médios no leilão

A Chesf vendeu 3,692 mil MW médios no leilão de energia existente. Dilton da Conti, presidente da geradora, afirmou que a empresa ofertou 4,112 mil MW médios. Para o produto de 2005, foram vendidos 2,5 mil MW médios. O volume de energia vendido para o produto 2006 foi de 1.054 MW médios. Para o período de 2007, a geradora vendeu 138 MW médios. O presidente não quis divulgar os preços praticados pela Chesf. A geradora deixou de vender 420 MW médios, que foram ofertados mas não encontraram comprador. A empresa possui no total 4,662 mil MW médios de energia assegurada. Este valor inclui os 3,692 mil MW médios vendidos no leilão, os 420 MW médios ofertados e não vendidos e 570 MW médios de outras usinas da empresa. De acordo com o presidente, o montante de 570 MW médios engloba 350 MW médios da usina de Camaçari e 220 MW médios da Usina Siderúrgica do Ceará. (Canal Energia - 07.12.2004)

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4 Leilão de energia existente: Cesp vende 1.998 MW médios

O secretário de Saneamento, Recursos Hídricos e Energia de São Paulo, Mauro Arce, informou que a Cesp vendeu 1.998 MW médios no leilão de energia existente realizado nesta terça-feira, dia 7 de dezembro. Para 2005, a geradora vendeu 800 MW médios ao preço de R$ 62,10, por MWh. Segundo Arce, a Cesp também negociou 1.178 MW médios para 2006 ao preço de R$ 68,37, por ter realocado 80 MW médios de 2007 para este ano. A estatal vendeu 20 MW médios para 2007 ao preço de R$ 77,70. "Não foi um bom preço, mas não podemos contrariar o mercado", comentou o secretário. (Canal Energia - 07.12.2004)

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5 Emae negocia 123 MW médios para o período de 2005 a 2007 em leilão de energia existente

A Emae ofertou 123 MW médios para os anos de 2005 a 2007. Para 2005, a quantidade ofertada foi de 85 MW médios. Em 2006 e 2007, a geradora ofertou 33 MW e 5 MW, respectivamente. Os preços ficaram em R$ 60,84 o MWh, para 2005; R$ 69,21 para 2006; e R$ 75,75 para 2007. Segundo Antonio Bolognesi, representante da Emae, a empresa esperava vender a energia a R$ 82 o MWh médio. O executivo contou que houve uma sobra de 170 MW médios, mas que a empresa ainda não sabe como será comercializado esse montante. (Canal Energia - 07.12.2004)

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6 Tractebel: Empresa vendeu apenas 10 MW em função dos baixos preços ofertados

A Tractebel Energia vendeu apenas 10 MW médios no leilão de energia existente. Segundo Manoel Zaroni, presidente da empresa, a geradora optou por essa estratégia em função dos baixos preços ofertados no processo. "Fizemos isso somente para marcar posição no leilão. Os preços estavam muito baixos", justificou Zaroni, que preferiu não fazer muitos comentários sobre o processo. (Canal Energia - 07.12.2004)

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7 Celesc vai realizar leilão para venda de 45 MW médios para os submercados Sul e Sudeste

A Celesc divulgou edital de oferta pública de energia elétrica. O leilão será realizado no dia 10 de dezembro. A energia vendida pela empresa será oriunda de pequenas centrais hidrelétricas, que totalizam 45 MW médios. Os contratos de fornecimento terão prazo de oito anos, com início de suprimento entre 1° de janeiro de 2005 e 1º de julho de 2006. A entrega será para os submercados Sul e Sudeste. Os clientes potenciais são consumidores das regiões Sul e Sudeste que pertencem ao grupo A4. (Canal Energia - 08.12.2004)

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8 Cemig retira ações judiciais contra ressarcimento relativo ao racionamento

A Cemig enviou comunicado á Bolsa de Valores de SP, nesta terça-feira, dia 7 de dezembro, no qual informa a decisão de retirar as ações judiciais que questionavam os valores de ressarcimento relativos ao período do racionamento. Com a decisão, a empresa assinou o acordo com várias empresas do setor para pagar a diferença questionada na Justiça. (Canal Energia - 07.12.2004)

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9 Celpa vai recorrer de decisão do TST

A Celpa afirmou que tomará as providências processuais cabíveis em relação à decisão do Tribunal Superior do Trabalho. O TST condenou a empresa a pagar R$ 600 milhões em ação trabalhista relativa a reajuste salarial do Plano Bresser, de 1987. Segundo a empresa, ainda há duas ações rescisórias no TST ajuizadas pela distribuidora, visando cancelar a decisão. (Canal Energia - 08.12.2004)

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10 El Paso inicia segunda reestruturação de suas atividades no Brasil

A americana El Paso iniciou ontem a segunda reestruturação de suas atividades no País no período de 18 meses. Desta vez, foram demitidos cerca de 20 funcionários, incluindo 3 vice-presidentes, e há rumores no mercado de que a empresa vai abandonar as atividades no setor elétrico, focando suas operações na exploração e produção de petróleo e gás natural. Na primeira reestruturação, há um ano, o corte atingiu 40 empregados. Oficialmente, a El Paso confirma apenas as demissões e a decisão de focar suas operações no segmento de petróleo e gás. Segundo a assessoria de imprensa da companhia, a reestruturação brasileira segue estratégia semelhante à adotada pela matriz, em Houston, Texas, que a exemplo da também texana Enron foi acusada de fraudar números de seu balanço. (Jornal do Commercio - 08.12.2004)

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11 EDP investirá R$ 1,1 bi no Brasil no ano que vem

O grupo elétrico português EDP vai investir no próximo ano R$ 1,1 bilhão no mercado brasileiro. Desse total, 55% será em geração de energia e o resto na distribuição - nessa área, a empresa controla a Bandeirante, a Escelsa e a Enersul. Segundo a empresa, praticamente todo o investimento da EDP Brasil na área da geração, perto de R$ 600 milhões, se destina à construção da hidrelétrica de Peixe Angical, no Rio Tocantins. Para o financiamento desse investimento, 35% virão de empréstimo do BNDES e o restante terá origem em capitais próprios. Além de Peixe Angical, cuja conclusão está prevista para 2006, a empresa já tem em funcionamento a hidrelétrica de Lajeado, também no Tocantins. Segundo o presidente-executivo da empresa, João Talone, a EDP poderá ampliar a sua participação na geração de energia no Brasil. (Jornal do Commercio - 08.12.2004)

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12 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 07-12-2004, o IBOVESPA fechou a 24.988,62 pontos, representando baixa de 2,51% em relação ao dia anterior, com movimento de R$ 1,31 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 4,15%, fechando a 6.795,47 pontos. Este conjunto de empresas movimentou R$ 148,9 milhões, representando 11,37% de todo o movimento do dia. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 42,30 ON e R$ 42,02 PNB, baixa de 9,81% e 9,24%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Destaca-se que estas ações movimentaram R$ 40,5 milhões as ON e R$ 69,7 milhões as PNB. De todo o movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis por 47% do volume monetário. Na abertura do pregão do dia 08-12-2004 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 39,82 as ações ON, baixa de 5,86% em relação ao pregão anterior e R$ 38,80 as ações PNB, baixa de 7,66% em relação ao pregão anterior. (Economática e Investshop - 08.12.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Submercado Sudeste/Centro-Oeste registra 24,8% acima da curva de aversão ao risco

Os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste operam com 59,4% de capacidade. O índice fica 24,8% acima da curva de aversão ao risco. Em relação ao dia 05 de dezembro, houve queda de 0,12% no nível dos reservatórios. As hidrelétricas Emborcação e Itumbiara apresentam 64% e 64,6% de volume armazenado, respectivamente. (Canal Energia - 07.12.2004)

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2 Nível de armazenamento do submercado Sul está em 82,1%

O índice de armazenamento do subsistema Sul está em 82,1%. Em relação ao dia 05 de dezembro, houve queda de 0,7% no volume armazenado. A hidrelétrica de Machadinho apresenta 62,6% de capacidade. (Canal Energia - 07.12.2004)

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3 Submercado Nordeste registra volume 25,7% acima da curva de aversão ao risco

O subsistema Nordeste apresenta 55,4% de volume armazenado em seus reservatórios. O índice fica 25,7% acima da curva de aversão ao risco. Em relação ao dia 05 de dezembro, houve queda de 0,14% na capacidade do submercado. O nível dos reservatórios da hidrelétrica de Sobradinho está em 54%. (Canal Energia - 07.12.2004)

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4 Nível de armazenamento do submercado Norte está em 30,7%

O nível dos reservatórios do Norte está em 30,7%, com leve queda de 0,03% em relação ao dia 05 de dezembro. A hidrelétrica de Tucuruí opera com capacidade de 23,7%. (Canal Energia - 07.12.2004)

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Gás e Termoelétricas

1 Dilma: Leilões de energia nova podem considerar as térmicas

Segundo a ministra Dilma Roussef, o parâmetro para os leilões de energia existente são as usinas hidrelétricas. "Para os leilões de energia nova, talvez nós já possamos considerar as usinas de geração térmica". (Folha online - 07.12.2004)

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2 Gas Natural investirá R$ 50 mi em SP

A Gas Natural São Paulo Sul, concessionária do sistema de distribuição do gás natural boliviano nas regiões Sul e Sudoeste de São Paulo, vai investir R$ 50 milhões em 2005 para estender a rede a seis municípios. Nessa nova etapa, a previsão é atender as cidades de Porto Feliz, Boituva, Tietê, Cerquilho, Jumirim e Laranjal Paulista, na região de Sorocaba. Em seguida, a previsão é fornecer o gás natural ao comércio e, numa terceira etapa, às residências. Ao todo, a rede terá uma extensão de 102 quilômetros. (Jornal do Commercio - 08.12.2204)

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3 Exterior terá mais investimento da Petrobras em 2005

A Petrobras pretende aumentar os investimentos externos em 2005, após a revisão do Planejamento Estratégico da empresa no período 2004-2010, que deve ser concluída até março, informou, ontem, o diretor da Área Internacional da estatal, Nestor Cerveró. Ele confirmou que a Petrobras vai iniciar investimentos de exploração em águas profundas na Argentina, em parceria com a Repsol. A empresa aguarda ainda autorização do Governo cubano para a entrada da estatal venezuelana PDVSA na implementação de uma fábrica de lubrificantes na ilha. Além disso, a estatal negocia com refinarias estrangeiras o processamento de petróleo pesado nestas unidades. (Jornal do Commercio - 08.12.2004)

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4 Construção de termelétrica em Cachoeira do Sul vai passar por plebiscito

Uma audiência pública e um plebiscito, previstos para o primeiro trimestre de 2005, vão decidir sobre a instalação de uma usina termelétrica abastecida por carvão mineral em Cachoeira do Sul. Esta é a última etapa necessária para a liberação da Licença Prévia (LP) da Fundação Estadual de Proteção ao Meio Ambiente (Fepam). Com a LP, o projeto estará apto a participar do leilão de energia nova do governo federal, previsto para o final do primeiro semestre do próximo ano. A usina terá capacidade para gerar 650 MW de energia. (Elétrica - 07.12.2004)

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Grandes Consumidores

1 Gerdau terá financiamento para ampliar usina mineira

O grupo Gerdau anunciou ontem ter obtido financiamento de US$ 240 milhões para o seu projeto de modernização e ampliação da usina de Ouro Branco (MG). A operação foi realizada por meio da Gerdau Açominas, controlada responsável pelas operações siderúrgicas do grupo no Brasil. O financiamento foi obtido junto ao Nippon Export and Investment Insurance (NEXI), agência de crédito ligada ao governo do Japão. O plano de ampliação da usina de Ouro Branco prevê elevar a capacidade de das atuais 3 milhões para 6 milhões de toneladas anuais. Na primeira etapa do projeto, que será concluída em 2007, a capacidade subirá para 4,5 milhões de toneladas. Segundo a Gerdau, esta primeira fase vai necessitar investimentos de US$ 800 milhões. Os recursos restantes (além dos US$ 240 milhões) virão da própria empresa, do BNDES e de linhas de bancos estrangeiros. A conclusão da segunda etapa dependerá da demanda do mercado, mas a previsão é por volta de 2010. O investimento para a segunda fase ainda depende de estudos. (Gazeta Mercantil - 08.12.2004)

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2 Vale investiu US$ 2,4 bi em aquisições

A Companhia Vale do Rio Doce investiu US$ 2,4 bilhões em aquisições nos últimos quatro anos. Em palestra para analistas na Bolsa de Valores de São Paulo, o diretor-executivo de Finanças da mineradora, Fábio Barbosa, explicou que as compras tiveram como objetivo consolidar a liderança da Vale no mercado de minério de ferro e viabilizar a internacionalização dos negócios de ferro-liga e a expansão dos negócios de alumínio e não ferrosos. Novas aquisições, segundo o diretor, não estão descartadas, desde que tenham um preço adequado e possam trazer retorno ao acionista. Mas, segundo ele, a prioridade está nos planos de crescimento orgânico. A Vale já anunciou um investimento de US$ 8,5 bilhões para expansão de produção até o final da década. (Jornal do Commercio - 08.12.2004)

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3 Custo da Vale no MA será maior que o previsto

O estudo de viabilidade de implantação de uma siderúrgica no Maranhão feito pela Companhia Vale do Rio Doce, pela Baosteel e pela Arcelor mostrou que o investimento necessário ao empreendimento é 20% superior ao estimado. "Por ser um projeto totalmente voltado à exportação, não vamos ter alguns benefícios fiscais. Por isso, os estudos mostraram que o montante de investimento necessário será acima do esperado em cerca de 20%", disse ontem o diretor-executivo de Participações e Novos Negócios da Vale, José Carlos Martins, sem informar valores. Martins disse que as empresas analisam agora como equacionar o orçamento e a questão tributária, mas não mostrou preocupação em relação ao prosseguimento do projeto. "As obras da usina vão começar em algum momento no ano que vem", afirmou ele. (Gazeta Mercantil - 08.12.2004)

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4 Santista eleva a produção e muda sua estrutura

A Santista Têxtil vai ampliar em cerca de 20% a capacidade de produção de tecidos acabados da unidade de Americana, no interior do Estado de São Paulo, classificada entre as três maiores fábricas de denim do mundo, segundo o gerente da fábrica, Ibsen Nogueira Borges Filho. Um dos objetivos é ganhar maior capacidade na produção pelo sistema convencional para fazer tecidos mais leves. A fábrica da Santista tem capacidade para fazer tecidos de 4 a 15 onças. A área total construída é de 210 mil metros quadrados. Considerando todas as fábricas, a Santista tem capacidade para produzir cerca 160 milhões de metros lineares por ano, informou o diretor Administrativo-Financeiro e de Relações com Investidores, Paulo Mendonça. (Gazeta Mercantil - 08.12.2004)

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Economia Brasileira

1 Palocci reluta em abrir mão de receitas de 2005

A correção da tabela do imposto de renda e o aumento do salário mínimo para R$ 300 dificilmente serão simultâneos. O ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, indicou ontem ser difícil para o governo federal aumentar o salário mínimo para R$ 300,00 e corrigir a tabela do Imposto de Renda em 17% simultaneamente. Ele considerou legítima a reivindicação da correção da tabela do IR, mas argumentou que o Poder Executivo tem outras obrigações a cumprir. "Meu papel é fechar as contas do Brasil com as grandes responsabilidades que temos com os programas sociais, com o pagamento da dívida e com os investimentos em infra-estrutura. O orçamento tem que dar conta disso tudo, e a mim cabe o difícil trabalho de dizer: a conta fechou." (Gazeta Mercantil - 08.12.2004)

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2 Sondagem da CNI fortalece Lula para 2006

A avaliação positiva do governo Lula voltou a subir em novembro, segundo pesquisa feita pelo Ibope para a CNI. O levantamento mostra que o nível de confiança no presidente Lula subiu de 58% para 63%. Já o nível de desconfiança caiu de 37% para 33%. A CNI também constatou na sondagem sobre as eleições presidenciais de 2006, que Lula aparece em vantagem sobre seus adversários. (Gazeta Mercantil - 08.12.2004)

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3 Ipea prevê maior crescimento do PIB desde 1994

O Ipea elevou de 4,6% para 5,2% sua projeção de crescimento do PIB para este ano. Se confirmado, será a maior taxa desde 1994, quando o avanço foi de 5,9%. A informação está na edição de dezembro do seu Boletim de Conjuntura. O Ipea reviu para cima as projeções do consumo das famílias ( de 3,5% para 4,1%), de investimento (de 7,6% para 12,3%), da indústria ( de 5,9% para 6,2%) e do setor de serviços, de 3,2% para 3,8%. A projeção de inflação pelo IPCA se manteve praticamente estável, passando de 7,3% para 7,4%. O instituto reduziu sua estimativa para o câmbio médio do ano, de R$2,97 para R$2,93. O Ipea manteve previsão de crescimento de 3,8% para o PIB em 2005. A previsão é de que o saldo da balança comercial feche em US$ 33 bilhões este ano e recue para US$ 24,7 bilhões no ano que vem. Para a média do último trimestre, o Ipea prevê que a Selic fique em 17, 1%, recuando para 16% na média do último trimestre de 2005. (O Globo Online - 08.12.2004)

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4 FMI pede cautela com a utilização das PPPs

O FMI alertou os países que pretendem adotar as PPPs a tratarem o assunto com muita cautela. Num artigo publicado pela revista Finance & Development, a diretora do departamento de assuntos fiscais, Teresa Ter-Minassian, e o conselheiro senior, Richard Hemming, ambos do Fundo, afirmam que as PPPs trazem a promessa de aumentar a oferta de infra-estrutura e outros serviços sem sobrecarregar as finanças públicas de um país. Além disso, a injeção de capital e gerenciamento privado pode aliviar as limitações fiscais nos investimentos em infra-estrutura e estimular a eficiência. Os analistas observam que as PPPs podem ser usadas para mover os investimentos para fora do orçamento e aliviar a dívida do Governo. Segundo os técnicos do FMI, para que as PPPs gerem serviços de alta qualidade e de custo baixo para os consumidores, tem que ocorrer uma adequada transferência de risco do Governo para o setor privado. (Jornal do Commercio - 08.12.2004)

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5 FMI admite que metas fiscais inibem investimentos

O FMI concorda que seus atuais métodos de avaliação são ineficientes em identificar as empresas públicas que apresentam riscos fiscais. De acordo com artigo publicado na revista Finance & Development, produzida trimestralmente pelo organismo, a falha leva o FMI a considerar a possibilidade de excluir as companhias públicas abertas das metas de limitação de gastos válidas para os países latino-americanos que mantêm acordos com a instituição. A medida, que não tem previsão para entrar em vigor, permitiria que estatais brasileiras como Petrobras e Furnas aumentassem os seus gastos em infra-estrutura. Segundo o artigo, os gastos públicos caíram de 10% do PIB brasileiro para menos de 3% de 1980 a 2000. (JB Online - 08.12.2004)

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6 IPCA de novembro foi de 0,69%

O IPCA de novembro teve variação de 0,69% e ficou 0,25 ponto percentual acima da taxa de outubro (0,44%). Com esse resultado, o IPCA acumulou 6,68% no ano, abaixo do percentual de 8,74% relativo a igual período de 2003. Nos últimos doze meses, o índice ficou em 7,24%, acima do resultado dos doze meses imediatamente anteriores (6,86%). Em novembro de 2003, a taxa foi de 0,34%. A alta na taxa de um mês para o outro se deve, principalmente, ao aumento dos preços dos combustíveis. Além de ter captado a maior parte do repasse do reajuste de 4% na gasolina ocorrido nas refinarias em 15 de outubro, o índice também foi influenciado pelo aumento do álcool praticado nas usinas. Pelo litro da gasolina, o consumidor passou a pagar 2,56% a mais, na média das regiões pesquisadas. (IBGE - 08.12.2004)

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7 Dólar ontem e hoje

O dólar à vista aumentou o ritmo de alta neste final de manhã e já sobe mais de 1%, mesmo sem a interferência do Banco Central. Às 12h01m, a moeda americana se valorizava em 1,16%, cotada por R$ 2,778 na compra e R$ 2,780 na venda, na máxima do dia. Ontem, o dólar comercial terminou com alta de 1,06%, negociado a R$ 2,746 para a compra e R$ 2,748 para a venda. (O Globo Online e Valor Online - 08.12.2004)


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Internacional

1 Comissão Européia vota integração da GalpEnergia na EDP nesta quinta-feira

Um porta-voz da UE comunicou que a Comissão Européia vai decidir nesta quinta-feira, 9 de dezembro, se aprova ou não a fusão da Gás de Portugal (GdP) na EDP e na italiana ENI. O gabinete da UE que analisou o caso rejeitou a proposta por violar leis de monopólio. O Diretor-executivo da EDP, João Talone, disse que a energética vai manter-se fiel à sua proposta inicial e que, só no caso desta ser vetada quinta-feira, é que poderão ser feitos alguns reajustes ao documento, podendo haver mais algumas concessões. O negócio, apoiado pelo Governo português, prevê que a EDP adquira 51% do sector do gás da GalpEnergia enquanto os restantes ficarão para a ENI, a qual pode tentar avançar sozinha para o negócio caso esta proposta seja recusada. (Diário Econômico - 07.12.2004)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Pedro Bruni e Rodrigo Madeira

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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