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IFE: nº 1.479 - 03 de dezembro de 2004
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Novos valores para a CDE são homologados pela Aneel
2 Associações do setor elétrico elogiam escolha de Kelman para direção-geral da Aneel

Empresas
1 Eletrobrás inicia pagamento de dividendos aos acionistas
2 Novo contrato entre El Paso e Manaus Energia deve durar três anos
3 Enersis realiza transferência de ações da Ampla para a Chilectra
4 Energia Paulista vai realizar distribuição de R$ 66,2 mi em dividendos e juros
5 S&P´s eleva ratings da Neoenergia
6 Fitch Ratings dá classificação AA-(bra) para recebíveis da CPFL
7 Cotações da Eletrobrás
8 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Consumo de energia bate recorde em novembro
2 Potência instalada em 2008 é incerta
3 ONS refaz projeções para aumento da oferta de energia

4 Capacidade de geração continua muito acima das necessidades do mercado no curto prazo

5 Subsistema Sudeste/Centro-Oeste registra volume 25,3% acima da curva de aversão ao risco

6 Nível de armazenamento do subsistema Sul está em 85,2%

7 Subsistema Nordeste registra volume 27% acima da curva de aversão ao risco

8 Nível de armazenamento do subsistema Norte 30,5%

Gás e Termelétricas
1 Câmara aprova lei do biodiesel
2 Dilma: Governo vai editar uma segunda MP abrangendo as questões tributárias
3 Bird deve comprar projetos com uso de biomassa
4 MCT: Projetos relacionados a biomassa devem aumentar com aprovação de metodologia
5 Única reivindica projeto de bioeletricidade que incentive produtores
6 Curtas

Grandes Consumidores
1 Mercado de créditos de carbono no Brasil já mobiliza grandes empresas
2 Brascan Energética também tenta participar do mercado de créditos de carbono
3 A Braskem vai ampliar a sua produção de PVC
4 Usiminas: Preços altos e venda recorde
5 Grupo alemão anuncia construção de usina de placas de aço

Economia Brasileira
1 Levy: PIB maior exige mais R$ 2 bi de superávit primário
2 Ex-diretor do BC defende ação no câmbio
3 Consumidor menos otimista
4 Compra de bens de capital é a maior em 10 anos
5 IPC-SP registra alta de 0,41% em novembro
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Repsol e Gas Natural fecham contrato na Argélia
2 Cigré: integração energética na América do Sul deve estar concretizada em 15 anos

 

Regulação e Novo Modelo

1 Novos valores para a CDE são homologados pela Aneel

A Aneel homologou os novos valores das quotas anuais da Conta de Desenvolvimento Energético. Segundo a Resolução Normativa N° 114, os valores referem-se ao período entre 2005 a 2008. O decreto prevê que o montante a ser arrecadado pela CDE para 2005, referente ao Uso do Bem Público, é de R$ 12.161.774,76 e de R$ 307.727.428,58 em 2008. Para comercializadoras, está prevista a arrecadação de R$ 1,877 bilhão em 2005 e R$ 2,053 bilhão em 2008. Já o total de multas aplicadas à distribuidoras entre novembro de 2003 e outubro de 2004 é estimado pela Aneel em R$ 15.075.284,04. (Canal Energia - 02.12.2004)

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2 Associações do setor elétrico elogiam escolha de Kelman para direção-geral da Aneel

Dirigentes das principais entidades do setor elétrico elogiaram a indicação de Jerson Kelman para a diretoria-geral da Aneel. "A escolha de alguém com o perfil técnico como o do Kelman, com formação acadêmica muito sólida, reflete uma sinalização importante do governo em relação às agências, e fortalece os órgãos de regulação", avalia o presidente da Abdib, Paulo Godoy. Para César Barros, diretor executivo da Abrate, a passagem bem-sucedida pela ANA faz como que Kelman já tenha intimidade com papel desempenhado por uma agência reguladora. O presidente da Abrage, Flavio Neiva, credita como fator positivo a experiência de Jerson Kelman no setor elétrico. Além de elogiar a indicação do "técnico credenciado", o presidente da Abraceel, Paulo Cézar Tavares, indica os desafios de Kelman à frente da Aneel. Segundo ele, o ponto básico será resgatar a credibilidade do órgão regulador frente a todos os segmentos da cadeia. Cláudio Sales, da CBIEE, aponta como principal viés na condução do novo diretor-geral o princípio da neutralidade na relação entre investidores, governo e consumidores. "Ele (Kelman) tem condições de conduzir a Aneel nesse sentido", comenta. (Canal Energia - 02.12.2004)

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Empresas

1 Eletrobrás inicia pagamento de dividendos aos acionistas

A Eletrobrás vai iniciar, a partir do dia 15 de dezembro, o pagamento aos acionistas dos dividendo referentes ao exercício de 2003. Para cada mil ações ordinárias, serão pagos cerca de R$ 0,31. Os acionistas que possuem ações preferenciais "A" receberão R$ 3,54 para cada mil ações e os que possuem ações preferenciais "B" receberão R$ 2,65 por mil ações. O pagamento será efetuado através do Banco Itaú. (Canal Energia - 02.12.2004)

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2 Novo contrato entre El Paso e Manaus Energia deve durar três anos

A prorrogação do contrato de fornecimento de energia elétrica pela El Paso à distribuidora estatal Manaus Energia deverá ser feita por um prazo de três anos e poderá enfrentar um revés jurídico. Agentes do mercado que estão na disputa pelos US$ 10 bilhões da licitação em andamento para abastecer com 525 MW médios a capital do Amazonas por 20 anos já estudam formas de questionar a prorrogação acima do prazo considerado necessário para garantir o abastecimento de energia para Manaus e região. Segundo agentes do setor, o prazo de um ano e meio, no máximo, seria suficiente para que a Manaus Energia finalize a licitação e que um novo fornecedor instale usinas na região, caso a disputa seja vencida por uma das empresas, fora a El Paso, que estão no páreo pelo suprimento em Manaus. (Gazeta Mercantil - 03.12.2004)

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3 Enersis realiza transferência de ações da Ampla para a Chilectra

A Enersis Internacional, controladora da Ampla, está procedendo ao registro da transferência de 760,25 bilhões de ações ordinárias de sua propriedade na distribuidora para a Chilectra. Segundo comunicado enviado ao mercado, a operação é uma reestruturação interna das participações de ambos no capital da Cerj, mas não altera o controle ou a estrutura administrativa da companhia brasileira. Com a medida, a Enersis Internacional passa a deter 579,4 bilhões de ações ordinárias na Cerj e a Chilectra, 1,3 trilhão de ações ordinárias. (Canal Energia - 02.12.2004)

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4 Energia Paulista vai realizar distribuição de R$ 66,2 mi em dividendos e juros

A Energia Paulista aprovou a distribuição de R$ 66,2 milhões, relativos à parcela de 95% do lucro líquido apurado no balanço da companhia em 30 de setembro deste ano. Deste total, R$ 23,2 milhões serão pagos a título de dividendos. Outros R$ 43 milhões serão destinados ao pagamento de juros sobre o capital próprio. A empresa aprovou ainda o pagamento dos dividendos remanescentes referentes ao primeiro semestre deste ano, no valor de R$ 66,6 milhões. (Canal Energia - 02.12.2004)

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5 S&P´s eleva ratings da Neoenergia

A Standard & Poor's atribuiu, em sua escala nacional Brasil, o rating de crédito corporativo 'brA-' à Neoenergia e o rating 'brBBB+' às debêntures emitidas pela empresa, no montante de R$ 315 milhões, não conversíveis em ações e com vencimento em 2008. A perspectiva do rating de crédito corporativo é estável. Segundo a S&P, o rating reflete a diversificação dos ativos do grupo, criando sinergias entre as áreas de distribuição, geração e comercialização; o desempenho operacional de seus ativos de distribuição de energia; seus indicadores de proteção do fluxo de caixa; e o perfil de endividamento compatível com a sua capacidade de geração de caixa, minimizando os riscos de financiamento. (Canal Energia - 02.12.2004)

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6 Fitch Ratings dá classificação AA-(bra) para recebíveis da CPFL

O Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios da CPFL Piratininga recebeu da Fitch Ratings o grau AA-(bra). O rating reflete a probabilidade de os investidores receberem o pagamento pontual e integral de seus investimentos, acrescidos de 104,5% do CDI. O montante nominal do FIDC é de R$ 205,6 milhões, segundo a Fitch. O FIDC da distribuidora atingiu R$ 185,8 milhões de patrimônio líquido, sendo 93,06% deste valor referente a cotas seniores e 6,94% em cotas subordinadas, com base em 23 de novembro de 2004. (Canal Energia - 02.12.2004)

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7 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 02-12-2004, o IBOVESPA fechou a 25.200,40 pontos, representando baixa de 0,14% em relação ao dia anterior, com movimento de R$ 1,03 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,64%, fechando a 6.954,86 pontos. Este conjunto de empresas movimentou R$ 85,5 milhões, representando 8,28% de todo o movimento do dia. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 45,70 ON e R$ 44,54 PNB, alta de 3,16% e 3,58%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Destaca-se que estas ações movimentaram R$ 17,3 milhões as ON e R$ 33,9 milhões as PNB. De todo o movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis por 40% do volume monetário. Na abertura do pregão do dia 03-12-2004 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 46,25 as ações ON, alta de 1,20% em relação ao dia anterior e R$ 44,83 as ações PNB, alta de 0,65% em relação ao dia anterior. (Economática e Investshop - 03.12.2004)

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8 Curtas

A Itaipu Binacional vai utilizar o sistema de licitações da Bolsa de Mercadorias & Futuros. O convênio será assinado em São Paulo na segunda-feira, dia 6 de dezembro, entre os presidentes da empresa geradora, Jorge Samek, e da entidade financeira, Manoel Cintra. (Canal Energia - 02.12.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Consumo de energia bate recorde em novembro

O consumo de energia elétrica registrou novo recorde em novembro, conforme dados preliminares do ONS. O consumo total atingiu 32.524 GWh no mês passado, o que corresponde a uma média diária de 45.172 MW médios, ligeiramente acima dos 45.117 MW médios registrados em setembro, até agora recorde absoluto na história do País. A média de novembro corresponde a um aumento de 5,21% em relação a novembro do ano passado, o que é praticamente igual ao ritmo de crescimento do PIB no período. Os especialistas do setor elétrico consideram que o ritmo de crescimento do consumo de energia elétrica no Brasil fica ligeiramente acima da variação do PIB, mas isso não está ocorrendo este ano. A média diária consumida em novembro é cerca de 2.236 MW médios acima do registrado em novembro do ano passado, o que indica que o mercado absorveu cerca de 3 mil a 3.500 MW de potência instalada nos últimos 12 meses. (Jornal do Commercio - 03.12.2004)

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2 Potência instalada em 2008 é incerta

Pelos dados da Aneel, o País está agregando mais 4.820 MW este ano, com o parque instalado devendo alcançar 88.626 MW de potência no final do ano, na estimativa conservadora. Para o ano que vem, a projeção da Aneel é de que serão agregados mais 2.890 MW de potência e outros 3.460 MW em 2006. A partir daí, o ritmo cai drasticamente, somando apenas 285 MW de potência nova, quando a potência instalada subiria para 95.260 MW no final de 2008. Em um cenário otimista, porém, o País poderia encerrar 2008 com potência de 111.309 MW, conforme a própria Aneel. Ou seja, há uma diferença de 16.047 MW nos dois cenários. Se o Governo conseguir apressar alguns investimentos, a situação em termos de oferta tende a continuar tranqüila, mesmo com contínuo aumento da demanda. Para isso, algumas usinas terão de conseguir licença prévia de meio ambiente, além da instalação de gasodutos em locais para abastecer as megausinas a gás natural construídas nos últimos anos e que não estão operando por falta de combustível. (Jornal do Commercio - 03.12.2004)

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3 ONS refaz projeções para aumento da oferta de energia

O ONS está refazendo as projeções quanto ao aumento da oferta de energia elétrica nos próximos anos, com base em novas informações do MME, que considera que algumas hidrelétricas - que hoje são consideradas com graves restrições por parte da Aneel - devem retomar as obras, após obter licença prévia de instalação. Em palestra no Rio, na segunda-feira, a ministra Dilma Rousseff mencionou que, das 45 hidrelétricas com concessão, 24 já estão com problemas referentes ao meio ambiente equacionadas. Essas usinas, no total, somam mais de 13 mil MW, que poderão ser adicionadas ao sistema elétrico nacional nos próximos anos. Outro trunfo na manga do Governo é o Proinfa, que deverá agregar mais 3.300 MW de potência até o final de 2006. A oferta do Proinfa não é computada na estimativa conservadora da Aneel. O ONS deve divulgar novas avaliações do setor no final de janeiro considerando as novas ofertas. (Jornal do Commercio - 03.12.2004)

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4 Capacidade de geração continua muito acima das necessidades do mercado no curto prazo

No curto prazo, pelos dados do ONS, a capacidade de geração continua muito acima das necessidades do mercado. Enquanto a demanda máxima do sistema está em torno de 55.000 MW, a chamada energia sincronizada pelo ONS soma 61.678 MW, o que dá uma reserva de 6.576 MW, mais do que o dobro do nível recomendado pelos padrões de segurança do ONS. (Jornal do Commercio - 03.12.2004)

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5 Subsistema Sudeste/Centro-Oeste registra volume 25,3% acima da curva de aversão ao risco

O nível de armazenamento do subsistema está em 56,4%, ficando 25,3% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice teve um aumento de 0,05% em relação ao dia anterior. As hidrelétricas de Nova Ponte e Furnas apresentam 72,1% e 82,1%, respectivamente. (Canal Energia - 02.12.2004)

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6 Nível de armazenamento do subsistema Sul está em 85,2%

A região apresenta 85,2% do volume armazenado, uma redução de 0,7% em um dia. A usina de G. B. Munhoz registra 97% da capacidade. (Canal Energia - 02.12.2004)

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7 Subsistema Nordeste registra volume 27% acima da curva de aversão ao risco

Os reservatórios do submercado registram 56,2% da capacidade, volume 27% acima da curva de aversão ao risco. O nível de armazenamento teve uma redução de 0,2% em comparação com o dia 30 de novembro. A hidrelétrica de Sobradinho apresenta índice de 54,2%. (Canal Energia - 02.12.2004)

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8 Nível de armazenamento do subsistema Norte 30,5%

A capacidade de armazenamento subsistema Norte está em 30,5%, um aumento de 0,03% em relação ao dia 30 de novembro. A usina de Tucuruí registra volume de 23,4%. (Canal Energia - 02.12.2004)

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Gás e Termoelétricas

1 Câmara aprova lei do biodiesel

A Câmara aprovou, na última quarta-feira à noite, a medida provisória (MP) do biodiesel, que estabelece o cronograma de introdução do óleo vegetal na matriz de combustível do país. Pela MP, a partir de 2007 a mistura de 2% de biodiesel ao diesel será obrigatória. Em 2012, o índice sobe para 5%. Essas são medidas consideradas fundamentais dentro do programa, que será lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima segunda-feira. Todas as ações são voltadas à criação de garantia de mercado para quem se interessar a produzir, refinar e distribuir biodiesel no país. A MP vai agora para o Senado com todos os termos já costurados. Ela também estabelece que a ANP terá poderes para regular e fiscalizar. A agência muda de nome para Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíves. (O Globo - 03.12.2004)

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2 Dilma: Governo vai editar uma segunda MP abrangendo as questões tributárias

A ministra Dilma Rousseff disse que o texto da medida provisória do biodiesel não está completo e que o governo vai editar uma segunda MP abrangendo as questões tributárias, o que torna o projeto viável em larga escala, por dar estímulos à produção e favorecer o pequeno agricultor. "A política tributária será anunciada pelo presidente no próximo dia 6 com o marco regulatório para o setor", afirmou a ministra. (O Globo - 03.12.2004)

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3 Bird deve comprar projetos com uso de biomassa

O Banco Mundial, um dos maiores compradores de créditos de carbono no Brasil, deve fechar os próximos contratos em projetos relacionados à biomassa. Estão em estudo pelo Bird os projetos de co-geração de energia elétrica utilizando bagaço de cana das usinas Alta Mogiana e Guarani e o programa de co-geração de energia usando resíduos de madeira da Tractebel Energia. Os projetos de da Tractebel e da Guarani já possuem cartas de intenção do Bird para compra dos créditos de carbono. No caso da Tractebel Energia, a instituição poderá comprar 60% dos créditos que o projeto de co-geração deverá gerar. Na Guarani, o Bird pretende comprar 100% dos créditos de 57 mil toneladas em redução de emissão de carbono que o projeto da empresa deverá gerar ao ano. (Valor - 03.12.2004)

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4 MCT: Projetos relacionados a biomassa devem aumentar com aprovação de metodologia

Para o coordenador-geral de mudanças globais de clima do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), José Domingues Gonzalez Miguez, devem aumentar os projetos relacionados a biomassa com a aprovação da metodologia proposta pela Cia Açucareira Vale do Rosário, num projeto que usa bagaço de cana para a co-geração de energia em Morro Agudo, interior paulista. "Com a primeira metodologia aprovada, o que deve acontecer agora é a replicação." (Valor - 03.12.2004)

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5 Única reivindica projeto de bioeletricidade que incentive produtores

A União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Única) quer que o governo envie ao Congresso projeto de um programa nacional de bioeletricidade, criando incentivos para produção e comercialização de energia elétrica a partir da biomassa de cana-de-açúcar. A exemplo do pacote que cria um programa para o biodiesel. Proposta nesse sentido foi entregue pela Única, há dois meses, à ministra Dilma Rousseff que prometeu criar um grupo de trabalho para estudos técnicos. A informação foi dada por Onório Kitayama, consultor da entidade. Segundo ele, cerca de 2,1 mil MW de energia já é retirada do bagaço da cana e usada pelos usinas do setor, mas existiram outros 600 mil MW comercializados no mercado, que estariam de fora das contas do MME. Além disso, Kitayama explica há uma perda em todo o país de cerca de 15% da biomassa de cana produzida, o que equivaleria a 7 mil MW de energia. (Valor - 03.12.2004)

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6 Curtas

A GE Oil e Gas vai construir, pela primeira vez no Brasil, módulos de compressão a gás e de geração de energia para a Petrobras. Motivada pelas encomendas de US$ 200 milhões, a empresa pretende brigar por novos projetos no Brasil, principalmente em relação às novas plataformas da estatal. (Jornal do Commercio - 03.12.2004)

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Grandes Consumidores

1 Mercado de créditos de carbono no Brasil já mobiliza grandes empresas

O mercado de créditos de carbono no Brasil já mobiliza empresas cuja atividade principal não está relacionada à geração de energia elétrica limpa. Grandes companhias como Gerdau, Corn Internacional e Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST) desenvolveram metodologias próprias para fazer com que seus projetos de eficiência energética ou substituição de combustíveis possam participar do mercado de créditos de carbono previsto pelo Protocolo de Kyoto e gerar receitas adicionais. No caso da Gerdau, a venda de créditos de carbono - se aprovada - irá gerar retorno financeiro suficiente para cobrir os investimentos e gerar receita adicional. As projeções de fluxo de caixa com venda dos créditos para o projeto da Gerdau gera um valor presente líquido de US$ 695,9 mil dólares. Sem a venda de carbono, o valor será negativo: US$ 2,746 milhões. (Valor - 03.12.2004)

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2 Brascan Energética também tenta participar do mercado de créditos de carbono

Uma outra empresa que tenta participar do mercado de créditos de carbono no Brasil é a Brascan Energética, que criou uma metodologia para fazer seu principal negócio - a construção de pequenas centrais hidrelétricas - se beneficiar do mercado de créditos de carbono. A metodologia que a empresa propôs refere-se à usina Passo do Meio, instalada em São Francisco de Paula (RS). (Valor - 03.12.2004)

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3 A Braskem vai ampliar a sua produção de PVC

A Braskem destinará cerca de 15% dos R$ 600 milhões em investimentos previstos para 2005 para a ampliação da unidade de PVC instalada em Marechal Deodoro, em Alagoas. Com isso, a unidade, que produz em torno de 200 mil toneladas por ano, poderá fabricar até 250 mil toneladas anuais. O grupo petroquímico espera, assim, atingir a liderança na produção de PVC na América Latina. Os dados foram apresentados ontem, na Associação Comercial do Rio de Janeiro, durante a conferência "Alagoas: Estratégia de Desenvolvimento e Oportunidades de Negócios", promovida pelo governo alagoano e organizada pela Gazeta Mercantil, pelo Jornal do Brasil e pela revista Forbes Brasil. (Gazeta Mercantil - 03.12.2004)

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4 Usiminas: Preços altos e venda recorde

Apoiada em uma conjugação de preços altos e demanda aquecida, a Usiminas deve apresentar em 2004 um dos melhores resultados dos últimos dez anos. Só nos primeiros nove meses, a empresa teve lucro de R$ 1,9 bilhão, o dobro do verificado em todo o ano de 2003. A previsão é de que as vendas somem 4,8 milhões de toneladas neste ano, volume recorde para a empresa. O desempenho deve-se ao crescimento da economia mundial, com destaque para a China. "O mundo está crescendo este ano na base de 4,5%, o que significa uma demanda muito grande por insumos, produtos e logística", afirma o presidente da Usiminas, Rinaldo Campos Soares. Soares diz que a siderurgia viveu nos últimos anos um ambiente de superoferta, com preços muito reduzidos. (O Estado de São Paulo - 03.12.2004)

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5 Grupo alemão anuncia construção de usina de placas de aço

O grupo alemão ThyssenKrupp anunciará, nas próximas horas, a construção de uma usina para produção de 7,5 milhões de placas de aço por ano, nas imediações do Porto de Sepetiba, no Rio de Janeiro. A siderúrgica, equivalente a duas CSNs, terá participação minoritária da Companhia Vale do Rio Doce e deve representar um investimento de US$ 1,5 bilhão para o Estado do Rio. (Jornal do Brasil - 03.12.2004)

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Economia Brasileira

1 Levy: PIB maior exige mais R$ 2 bi de superávit primário

O crescimento da economia de 5,3% até setembro vai exigir do governo um esforço adicional de R$ 2 bilhões no ajuste fiscal para cumprir a meta de economizar 4,5% do PIB para pagamento de juros da dívida, disse o secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy. Ele esteve na Comissão Mista de Orçamento do Congresso e não descartou a necessidade de novo corte de gastos, embora tenha garantido que o governo ainda não trabalha com esta possibilidade no momento. Levy informou que os cálculos da Fazenda já vinham sendo ajustados - desde a época em que o governo anunciou o aumento do superávit de 4,25% para 4,5% do PIB - com base na previsão de crescimento acima do esperado em 2004. (O Globo Online - 03.12.2004)

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2 Ex-diretor do BC defende ação no câmbio

O ex-diretor do BC, Emílio Garófalo, defende que o BC promova intervenções no mercado de câmbio para elevar a cotação do dólar em relação ao real. "Sem essa atuação, a tendência é da moeda americana bater em R$ 2,50, provavelmente até o fim do ano", comentou. Para Garófalo, a autoridade monetária não deveria ficar distante da valorização do real, pois ela pode afetar as contas externas do País. "Sei que há limitações de legislação para a compra de dólares. Mas é preciso que algo seja feito. O BC do Brasil deve ser o único Banco Central do mundo que não intervem no câmbio", afirmou. "A compra de US$ 3 bilhões que será realizada pelo Tesouro não vai modificar nada. Será necessário adquirir uma maior quantidade de dólares no curto prazo." (Jornal do Commercio - 03.12.2004)

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3 Consumidor menos otimista

A alta dos juros, aliada à acomodação no desempenho da indústria e à incerteza sobre os rumos da inflação e do mercado de trabalho, levaram a uma queda no otimismo do consumidor em novembro ante outubro, interrompendo um período de crescimento de expectativas positivas iniciado em julho. A conclusão consta da Sondagem das Expectativas do Consumidor, divulgada ontem pela FGV. Segundo o coordenador da pesquisa, Aloísio Campelo, já em outubro a retomada da confiança mostrava sinais de que poderia ser revertida. "O otimismo era cauteloso e não eufórico. Não acredito que esse resultado vá se repetir em dezembro, pois o cenário macroeconômico apresenta sinais favoráveis", disse Campelo, lembrando os resultados positivos do PIB anunciados recentemente. (Jornal do Commercio - 03.12.2004)

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4 Compra de bens de capital é a maior em 10 anos

O setor de bens de capital vai fechar 2004 com o melhor desempenho dos últimos dez anos. Levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) revela que, nos primeiros dez meses do ano, o consumo aparente de máquinas e equipamentos no Brasil (vendas internas mais importações) atingiu R$ 37,52 bilhões, um crescimento de 18,5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o consumo aparente alcançou R$ 31,65 bilhões. Dificilmente teremos em 2005 um ano tão bom quanto este", afirmou Newton de Mello, presidente da entidade que também dirige a Mello S.A. Máquinas e Equipamentos, fabricante de retificadores. "A desvalorização do dólar frente ao real começa a afetar a competitividade brasileira." Para honrar as encomendas, algumas empresas têm registrado prejuízo com as exportações. (Gazeta Mercantil - 03.12.2004)

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5 IPC-SP registra alta de 0,41% em novembro

O IPC-SP registrou alta de 0,41% em novembro, em linha com a taxa do mês anterior, de 0,38%, segundo a FGV. Em doze meses, o índice acumula alta de 5,87%. Os dois grupos que mais contribuíram para a inflação do mês passado foram transportes e habitação. O item transportes registrou elevação de 1,26%, contra 0,89% de outubro. O aumento foi provocado pela alta nos preços do álcool combustível e da gasolina. No grupo habitação, a variação foi de 0,57%, acima dos 0,44% do mês anterior. A alta foi provocada principalmente pelo reajuste residual das tarifas de telefonia. Em contrapartida, dois grupos apresentaram deflação: vestuário (-0,11%) e alimentação (-0,08%). (Gazeta Mercantil - 03.12.2004)

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6 Dólar ontem e hoje

O comportamento dos ativos internacionais permanece como referência no mercado brasileiro nesta sexta-feira. Acompanhando um movimento mundial, o dólar comercial caiu bastante pela manhã e ameaçou ficar abaixo de R$ 2,70 ao cair 1,20% em relação ao fechamento de ontem. A moeda americana terminou o primeiro período com redução de 0,98%, a R$ 2,704 na compra e R$ 2,706 na venda. É a menor cotação desde 17 de junho de 2004, quando fechou em R$ 2,664 na venda. Ontem, o dólar comercial terminou com alta de 0,81%, a R$ 2,7310 para compra e 2,7320 para venda. (O Globo Online e Valor Online - 03.12.2004)


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Internacional

1 Repsol e Gas Natural fecham contrato na Argélia

A Repsol/YPF no Brasil informou ontem que o ministro de Minas e Energia da Argélia, Chakib Khelil, e os presidentes da espanhola Repsol/YPF, Antonio Brufau, e da Gas Natural, Salvador Gabarró, firmaram em Argel um contrato para a realização de um projeto que leve, por meio de um consórcio internacional, gás a cabo à Argélia. O empreendimento demandará investimento de US$ 2,1 bilhões, que serão realizados em conjunto pelas duas companhias. A Repsol/YPF e a Gas Natural SDG desenvolverão um projeto integrado de exploração, produção e comercialização conjunta de gás natural liqüefeito (GNL) na zona de Gassi Touil, ao leste da Argélia, cuja aprovação judicial foi realizada em 17 de novembro, por meio de concurso. A aprovação judicial do contrato outorga à Repsol/YPF uma posição de liderança na Argélia e permite à Gas Natural SDG o acesso direto, em caráter inédito, a reservas de gás natural para atender à crescente demanda do mercado. No consórcio, a Repsol/YPF participa com 60% e a Gas Natural com 40%. (Jornal do Commercio - 03.12.2004)

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2 Cigré: integração energética na América do Sul deve estar concretizada em 15 anos

Segundo estimativa do presidente do Cigré Brasil, Paulo César Vaz Esmeraldo, a integração energética na América do Sul estará concretizada em 15 anos. Ele acredita que uma das dificuldades do processo seja a implantação das redes de transmissão na Amazônia. O executivo observou que a existência de uma infra-estrutura na região facilite a promoção das obras sem grandes impactos ambientais. Para a implantação de duas linhas de transmissão consideradas necessárias, o Esmeraldo calcula que os projetos devem demandar US$ 680 milhões. Ele estima que uma nova interligação, para fornecimento de 500 MW de energia para o Uruguai demande investimentos da ordem de US$ 80 milhões. Já uma interligação capaz de fornecer 2 mil MW para a Bolívia é estimada em US$ 600 milhões. Os valores devem-se basicamente à diferença de frequências entre os países do Cone Sul. O presidente do Cigré frisou que, apesar de existirem interligações entre países andinos, ainda são necessárias ações em busca da total integração elétrica, principalmente entre o Peru, Chile, Argentina e Bolívia. (Canal Energia - 02.12.2004)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Pedro Bruni e Rodrigo Madeira

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