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IFE: nº 1.476 - 30 de novembro de 2004
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Volume de energia a ser ofertado em leilão pode ser menor que o estimado inicialmente
2 Dilma: Regras para o leilão foram feitas para evitar "concluio" entre empresas
3 Dilma: Estatais de geração vão manter preços altos em leilão de energia existente
4 Dilma: Leilão de energia existente não servirá de parâmetro para leilão de energia nova
5 Merril Lynch: Preço médio da energia contratada ficará em torno dos R$ 70 por MWh
6 Dilma: Atrair financiadores é desafio para o Governo
7 Aneel: Apenas metade das 45 hidrelétricas já leiloadas deu início às obras
8 Aneel: Garantia do fornecimento depende das 22 usinas que hoje estão "em vermelho"
9 Dilma: Destravar os projetos é o maior objetivo no momento
10 Ibama rebate críticas
11 Maior parte das hidrelétricas passa por órgãos estaduais
12 Ibama culpa antigo modelo
13 Ibama: Estudo de impacto ambiental dos investidores de Estreito é exemplo de erro
14 Aneel cobra mais agilidade do Ibama
15 Investidores reclamam do ágio pago nas licitações
16 Apine propõe diferimento do ágio por um período de 12 anos
17 Dilma: Diferimento do ágio só por meio de uma lei específica
18 MME decide retomar leilão de energia para Manaus
19 Amazônia vota relatório sobre soluções energéticas
20 RS: Secretario defende cooperativas gaúchas

Empresas
1 Distribuidoras fluminenses: Inadimplência no RJ chega a 15,5%
2 Justiça suspende decisão que obrigava Eletrobrás a repassar verbas à Celg
3 Mendes Jr. quer indenização de R$ 80 bi de créditos da Chesf
4 AES Tietê fica de fora de leilão de energia existente
5 Coelba desenvolve programa pioneiro em Produção Mais Limpa no setor elétrico
6 Cotações da Eletrobrás
7 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Dilma rechaça possibilidade de risco de abastecimento em 2006
2 ONS: Pode haver uma insuficiência conjuntural de oferta da energia elétrica em 2008
3 Pinguelli vê possibilidades da demanda de energia ser superior a oferta em 2008

4
Nível dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste está em 59,55%
5
Reservatórios do Sul apresentam 87% de capacidade
6
Reservatórios do Nordeste operam com capacidade de 56,74%
7 Índice de armazenamento dos reservatórios do Norte está em 30,53%

8 Chuva deixa pontos de São Paulo sem energia elétrica

Gás e Termelétricas
1 Térmica Norte Fluminense defende tarifa de transmissão diferenciada para as empresas que geram energia próximo aos centros de consumo
2 Demora na obtenção de licença preocupa Petrobras
3 Decreto do MME transforma Eletronuclear em concessionária de energia
4 Presidente da Eletronuclear considera importante aumento da potência contratada
5 Governo decide sobre retomada de Angra 3 em dezembro

Grandes Consumidores
1 Comerc faz leilão de compra para suprir 10 empresas

Economia Brasileira
1 Meirelles não vê necessidade de renovar o acordo com o FMI
2 Estabilidade é de curto prazo

3 Palocci: Governo promove crescimento vigoroso com inclusão social
4 Conceição Tavares e Delfim Neto alertam entraves ao crescimento
5 Skaf: Política econômica ameaça expansão em 2005
6 Desemprego e renda têm queda na Grande SP
7 Inflação medida pelo IGP-M salta para 0,82% em novembro
8 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Integração energética na América do Sul
2 Uruguai quer importar mais energia do Brasil

 

Regulação e Novo Modelo

1 Volume de energia a ser ofertado em leilão pode ser menor que o estimado inicialmente

A ministra Dilma Rousseff evitou estimar a quantidade de energia que será ofertada no megaleilão marcado para a próxima semana em São Paulo. Se antes o governo projetava uma oferta de 55 mil MW, agora ela diz preferir não fazer estimativas de volume. Fontes do mercado calculam que agora o volume oferecido ficará entre 35.000 MW e 40.000 MW. O leilão terá um volume menor de energia a ser vendida por conta da exclusão do governo dos anos dos contratos com início em 2008 e 2009. Serão negociados produtos em lotes de 1 MW médio para 2006, 2007 e 2008. Os contratos terão oito anos de duração, sendo válidos até 2012, 2013 e 2014, respectivamente. (Valor - 30.11.2004)

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2 Dilma: Regras para o leilão foram feitas para evitar "concluio" entre empresas

As regras do leilão de energia existente já foram divulgadas pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e alguns delas causaram desconforto no mercado, já que os executivos ficarão sob vigília, sem contato com o exterior. A ministra Dilma Rousseff explicou que a regra foi feita para evitar "conluio" entre empresas. Ela também explicou que a Bovespa ainda não tem estrutura para um leilão como esse, que será realizado no hotel Grand Meliá World Trade Center. "O leilão exige que você não tenha intercomunicação entre os agentes", explicou Rousseff. A ministra citou o número de empresas inscritas como exemplo da necessidade de o leilão ocorrer em um ambiente de "absoluto controle e segurança". (Valor - 30.11.2004)

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3 Dilma: Estatais de geração vão manter preços altos em leilão de energia existente

De acordo com a ministra Dilma Rousseff, as centrais estatais brasileiras de geração de energia elétrica vão manter os preços suficientemente altos no leilão de energia do governo para evitar a redução de seus lucros. O leilão, do dia 7 de dezembro, é o primeiro a ser realizado sob as novas regras fixadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dilma afirmou que Lula está contando com o leilão para mostrar aos investidores estrangeiros que o preço da energia elétrica no Brasil será fixado pelo mercado. "Não acredito que a Eletrobrás vai ter uma política de derrubar preço. Seria contrariar seus próprios interesses. Entre as estatais vai prevalecer a lógica da racionalidade. Temos de ter preços que remunerem o capital investido, do contrário não haverá investimentos", disse Dilma. (Jornal do Brasil - 30.11.2004)

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4 Dilma: Leilão de energia existente não servirá de parâmetro para leilão de energia nova

A ministra Dilma Rousseff afirmou que o leilão de energia existente, a ser realizado no dia 7 de dezembro, não poderá servir de parâmetro para os leilões de energia nova, marcados a partir de abril do ano que vem. Dilma discordou da opinião de investidores do mercado de que um mau resultado no leilão da próxima semana afetaria os leilões de energia nova no ano que vem. "As energias (existente e nova) são produtos com características completamente distintas". Ela explicou que os contratos de comercialização referentes à energia nova prevêem duração média de 25 anos, enquanto os contratos de energia velha são referentes a oito anos. (Jornal do Commercio - 30.11.2004)

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5 Merril Lynch: Preço médio da energia contratada ficará em torno dos R$ 70 por MWh

Ontem, em relatório assinado pelo analista Frank McGann, a Merril Lynch estimou que o preço médio da energia contratada na licitação ficará em torno dos R$ 70 por MWh, levando em conta que os últimos contratos assinados entre geradores e distribuidores têm ficado pouco acima dos R$ 60 por MWh. (O Estado de São Paulo - 30.11.2004)

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6 Dilma: Atrair financiadores é desafio para o Governo

A ministra disse que um dos próximos desafios do governo é atrair financiadores para os novos projetos de expansão do setor. "É necessário que tenhamos linhas de crédito em volumes suficientes para financiar os novos projetos", disse, ressaltando que o BNDES pode não ser suficiente. Normalmente, segundo ela, os projetos são bancados com 30% de capital próprio e 70% de financiamento. Por isso, o ministério vai iniciar negociações com os agentes do setor para discutir questões como garantias e custo de hedge (proteção) para financiamentos dos novos projetos. Além disso, a ministra prepara um road show no exterior para atrair interessados em financiar as obras, como fundos de pensão. "O setor agora está estável e pode atrair fundos de pensão, que querem investimentos de longo prazo, mais estáveis", afirmou. Segundo estimativas do mercado, o setor elétrico brasileiro precisa de investimentos entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões por ano. (O Estado de São Paulo - 30.11.2004)

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7 Aneel: Apenas metade das 45 hidrelétricas já leiloadas deu início às obras

A garantia do abastecimento de energia elétrica no país a partir de 2008 é a grande preocupação do governo no momento. Mesmo com um estoque de 45 hidrelétricas já leiloadas, por enquanto não há garantia de que a energia nova destas usinas entrará em operação daqui a quatro anos. Segundo acompanhamento da Aneel, encarregada de fiscalizar as obras, das 45 hidrelétricas concedidas de 1997 a julho de 2002, apenas metade (21) deu início às obras. E, destas, por enquanto, nenhuma agregará energia ao sistema nacional a partir de 2008. Apenas a usina de Santo Antônio, na fronteira do Pará e Amapá, poderá gerar 33,3 MW a partir desta data. E esse volume é insignificante diante dos 83 mil MW da capacidade total do país. Para piorar a situação, esta usina tem sérios entraves à sua conclusão, segundo o levantamento da Aneel. (Valor - 30.11.2004)

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8 Aneel: Garantia do fornecimento depende das 22 usinas que hoje estão "em vermelho"

A Aneel realizou um levantamento que classifica por cores as hidrelétricas fiscalizadas, de acordo com o grau de impedimento para o início das operações de cada uma. Hidrelétricas em vermelho têm sérios problemas para dar início à produção. Usinas em amarelo têm impedimentos não tão graves e as verdes estão sem maiores entraves. A garantia do fornecimento depende das 22 usinas que hoje estão "em vermelho", segundo a Aneel. Juntas, elas somam 3.886 MW, ou 38% do total a ser disponibilizado pelas 45. A maioria dos entraves é ambiental. (Valor - 30.11.2004)


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9 Dilma: Destravar os projetos é o maior objetivo no momento

A ministra Dilma Rousseff afirma que destravar os projetos é o seu maior objetivo no momento. "Eu tenho 45 problemas. A área ambiental tem este passivo. Acho que em alguns casos os argumentos são pertinentes, em outros não". Para a ministra, as regras de classificação via cores utilizada pela agência "não pode ser levada ao pé da letra", porque algumas das usinas praticamente prontas podem se tornar "vermelhas" caso surja algum empecilho. "Foi o caso de Barra Grande, que está quase concluída, mas recentemente descobrimos problemas ambientais. Custará mais caro para o investidor fazer uma nova floresta igual a que será alagada. Mas, por conta disto, não podemos deixar de somar esta usina, de 690 MW", disse a ministra. (Valor - 30.11.2004)

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10 Ibama rebate críticas

O Ibama recusa com veemência as acusações de lentidão na autorização para investimentos de infra-estrutura. A concessão de licenças ambientais bateu recorde histórico neste ano, apesar da greve que paralisou o órgão durante 27 dias durante boa parte de outubro, e o número de técnicos responsáveis por essas análises tem aumentado consistentemente. Apenas quatro das 45 usinas hidrelétricas leiloadas pelo governo (Estreito, Couto Magalhães, Itaocara e Pai Querê), que deveriam somar 1.724 MW à geração de energia, enfrentam problemas de licenciamento com o Ibama. "A afirmação de que o risco de apagão no futuro está vinculado à burocracia do Ibama é um boato injusto e bem espalhado", comenta o diretor de licenciamento e qualidade ambiental da autarquia, Nilvo Luiz Alves da Silva. (Valor - 30.11.2004)

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11 Maior parte das hidrelétricas passa por órgãos estaduais

Das 45 hidrelétricas concedidas de 1997 a julho de 2002, 16 são responsabilidade do Ibama por terem impacto em rios federais, que cortam mais de um Estado. A maior parte dos projetos passa por órgãos estaduais. Seis (entre os 16) são considerados de "baixa complexidade" ambiental e outros dez são de "alta complexidade". Entre os de complexidade baixa, todos foram liberados ou estão em operação. As usinas de Queimado (MG-GO) e Ponte de Pedra (MT-MS) já funcionam, gerando 281 MW (MW). Entre os de baixa complexidade, outros dois possuem licença de instalação e estão em obras: Ourinhos (SP-PR) e Peixe Angical (TO), que juntos trarão 496 MW ao sistema. As duas usinas restantes foram autorizadas, mas não saíram do papel. A licença de Santo Antônio (AM-PA) é de 1990 e não vale mais. (Valor - 30.11.2004)

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12 Ibama culpa antigo modelo

O diretor de licenciamento e qualidade ambiental da autarquia, Nilvo Luiz Alves da Silva, avalia que, com a iminência e logo após o racionamento de energia há três anos, o governo apressou-se na entrega de novas hidrelétricas ao setor privado. No entanto, pelo antigo modelo, as concessões eram dadas antes de analisado o impacto ambiental. Para ele, isso fez com que muitos investidores que pagaram caro nos leilões descobrissem, depois, que seus projetos eram difíceis ou mesmo inviáveis ambientalmente. "Responsabilizar o órgão de meio ambiente por isso é absurdo e quase infantil", afirma Silva. Segundo ele, o papel do Ibama passa também por questões sociais como garantir que os empreendedores se responsabilizem pela realocação de estradas, linhas de transmissão e, principalmente, de pessoas. É o caso de Foz do Chapecó, entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde uma comunidade de 15 mil pessoas será afetada. "Mas não foi o Ibama que inventou essa complexidade. Se você escolhe fazer uma hidrelétrica no meio da floresta, é claro que seu custo será mesmo maior", acrescenta. (Valor - 30.11.2004)

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13 Ibama: Estudo de impacto ambiental dos investidores de Estreito é exemplo de erro

O estudo de impacto ambiental preparado pelos investidores de Estreito é exemplo dos erros que ocorrem, segundo o Ibama. Foi preparado em apenas dois meses e tinha várias falhas. O órgão pediu reparos e as correções levaram oito meses. "Ganhar tempo no começo é atalho não recomendado", afirma Silva. Audiências públicas devem ser chamadas no início de 2005 para discutir o novo estudo. Ele adianta que "não há elementos para inviabilizar" a licença. (Valor - 30.11.2004)

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14 Aneel cobra mais agilidade do Ibama

O diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, ainda cobra mais agilidade do Ibama. E faz um alerta de que novas usinas precisam entrar em operação para dar "conforto" ao abastecimento de energia a partir de 2008. Mas reconhece que os processos já estão sendo analisados mais rapidamente. "Foi dado um passo muito positivo na intensificação do diálogo." Contratação de funcionários para a análise de licenças é fator que ajuda. Até o fim de 2002, só sete técnicos permanentes trabalhavam na diretoria de licenciamento com essa função. Outros 50 consultores temporários colaboravam, mas o comprometimento era menor e o Ibama não investia em capacitação. Após um concurso público, hoje existem 40 analistas em Brasília e mais 20 no Rio de Janeiro, na área de petróleo e gás. (Valor - 30.11.2004)

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15 Investidores reclamam do ágio pago nas licitações

Os investidores em geração de energia elétrica começam a dar sinais de que não vão levar adiante a construção das usinas já leiloadas. O novo problema diz respeito ao ágio pago pelas concessões no antigo modelo, que agora pode inviabilizar economicamente alguns projetos. Os investidores questionam a viabilidade financeira destas usinas. Isto porque, mesmo já concedidas à iniciativa privada, elas foram classificadas como energia "nova" e irão concorrer com projetos que ainda não foram leiloados. As novas regras do setor pregam que vence a licitação quem oferecer a menor tarifa. Mas, pelas regras antigas, ganhava a concessão quem oferecesse o maior preço pelo Uso do Bem Público (UBP). Cálculos dos investidores apontam que com os ágios que chegaram a 3.000% nas licitações realizadas no racionamento, em 2001, as tarifas ficariam até 40% mais caras do que a energia das usinas leiloadas pelo novo modelo. (Valor - 30.11.2004)

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16 Apine propõe diferimento do ágio por um período de 12 anos

O presidente da Associação dos Produtores Independentes de Energia (Apine), Luiz Fernando Vianna, disse que o problema do ágio está no âmbito do Ministério da Fazenda. "Nós apresentamos o problema ao secretário do Tesouro, Joaquim Levy, e ao secretário-executivo de Minas e Energia, Maurício Tolmasquim. Nossa proposta foi o diferimento deste ágio por um período de 12 anos. Ficou combinado que uma solução seria dada até o Natal", disse Vianna, lembrando que também a Associação dos Auto-Produtores (Abiape), que representa empresas como Vale, Alcoa e Alcan, entre outras, participou da reunião. (Valor - 30.11.2004)

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17 Dilma: Diferimento do ágio só por meio de uma lei específica

Segundo a ministra Dilma Rousseff, a solução para o problema não será tão simples nem tão rápida. "O Tesouro não pode abrir mão de receita, a não ser por meio de lei específica para isto. E este diferimento significa abrir mão de receita", afirmou ela. Se for preciso uma lei, os agentes terão que esperar que um projeto de lei ou medida provisória com o tema seja aprovado pelo Congresso. Dilma disse que um dos acertos feitos com os agentes do setor, definido no novo modelo, garante o repasse de parte deste ágio para a tarifa nos próximos leilões. Este repasse, porém, está limitado ao custo marginal da expansão, para o período de transição entre os modelos. Os investidores com usinas que se encaixam neste perfil alegam que este acerto não garante a viabilização das usinas porque só saberão o custo marginal da expansão no dia do leilão. (Valor - 30.11.2004)

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18 MME decide retomar leilão de energia para Manaus

Por conta de uma decisão da ministra Dilma Rousseff, será retomado o processo de licitação de fornecimento de energia para cidade de Manaus. Já o contrato com a americana El Paso, atual fornecedora, será prorrogado por um prazo de nove meses a um ano, e não por cinco anos conforme previam as linhas gerais de um acordo selado no dia 24 de novembro, entre a Eletrobrás, El Paso, Petrobras e Cigás. Os contratos atuais de fornecimento com a El Paso vencem em janeiro de 2005 (230 MW) e janeiro de 2006 (157,5 MW). A negociação previa que a El Paso permaneceria em Manaus, recebendo US$ 23 por MWh produzido, fora os custos com a aquisição do combustível que seriam bancados pela Eletronorte. A assessoria da Eletrobrás disse ontem que nenhum acordo com a El Paso foi assinado, mas reafirmou que havia uma negociação em curso com a empresa americana para assegurar o fornecimento de energia na região Norte. (Valor - 30.11.2004)

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19 Amazônia vota relatório sobre soluções energéticas

A Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional reúne-se nesta quarta-feira, para analisar o relatório da subcomissão que estudou soluções energéticas para a Região Amazônica. Também está na pauta o Projeto de Lei 1498/03, do deputado Mário Negromonte (PP-BA) que estende a área de atuação da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf). Pelo texto, a atuação da Codevasf será estendida a 16 municípios baianos onde predomina o clima semi-árido. São eles: Adustina, Antas, Banzaê, Cícero Dantas, Cipó, Coronel João Sá, Fátima, Heliópolis, Jeremoabo, Novo Triunfo, Paripiranga, Pedro Alexandre, Ribeira do Pombal, Santa Bárbara, Sítio do Quinto e Tucano. (Elétrica - 29.11.2004)

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20 RS: Secretario defende cooperativas gaúchas

O secretário estadual de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andres, fez a defesa das cooperativas elétricas gaúchas em audiência pública realizada pela Aneel, em Brasília. "O trabalho que as cooperativas elétricas desenvolvem no Estado é de fundamental importância. São elas que levam energia aos mais distantes rincões", diz Andres. "Entendemos que o papel das cooperativas e as suas especificidades sejam reconhecidos pelo governo federal", acrescenta o secretário. Conforme Andres, as cooperativas estão reivindicando basicamente um tempo maior para poderem se adaptar ao novo modelo elétrico brasileiro. "É também necessário que o governo reconheça que elas fazem parte de todo um sistema cooperativo organizado, com regras próprias", frisa o secretário. "As cooperativas não são empresas comuns. E é preciso ter isso presente no setor de energia", argumenta. (Elétrica - 29.11.2004)

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Empresas

1 Distribuidoras fluminenses: Inadimplência no RJ chega a 15,5%

A carga tributária elevada, o roubo de energia e a enorme inadimplência verificada no Rio de Janeiro, foram alguns dos problemas apontados pelas distribuidoras fluminenses em seminário que discutia os impactos do novo modelo sobre as empresas do setor, promovido pela Associação Comercial. O diretor de relações institucionais e novos negócios da Ampla, Mario de Carvalho Rocha, apresentou um estudo mostrando que se a inadimplência no Brasil já é muito alta, de 7,4%, no Rio, ela alcança o dobro, chegando a 15,5%. Rocha ressaltou que a carga tributária "sufoca" o setor. "Em caso de inadimplência, todos os encargos e riscos ficam na distribuição, o que está sufocando as empresas e não foi bem tratado no novo modelo", criticou Rocha. O executivo apresentou um quadro comparativo com dados da Agência Internacional de Energia mostrando que a carga tributária brasileira sobre a tarifa de energia chega a 27%, contra 22% da Espanha, 15% do México, 13% da Irlanda e Nova Zelândia, 7% dos Estados Unidos e 5% do Reino Unido e Portugal. (Valor - 30.11.2004)

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2 Justiça suspende decisão que obrigava Eletrobrás a repassar verbas à Celg

A Eletrobrás está impedida de realizar o repasse de R$ 140,6 milhões à Celg até que a decisão final do agravo seja emitida pela Justiça Federal de Brasília. O pagamento havia sido determinado por meio de liminar, emitida na última terça-feira, dia 23 de novembro, pelo mesmo Tribunal. Segundo a Eletrobrás, a proibição do repasse não significa que a liminar foi suspensa. A decisão partiu do juiz Antônio Corrêa, o mesmo que emitiu liminar obrigando a holding estatal a pagar o montante à Celg, de acordo com informações da assessoria de imprensa da estatal. Na liminar anterior, a Celg obteve o direito de receber o repasse de verbas destinadas para programas da distribuidora. A Eletrobrás não efetuou o repasse por considerar a distribuidora inadimplente em uma dívida de R$ 1,08 bilhão (cálculos de janeiro deste ano). (Canal Energia - 29.11.2004)

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3 Mendes Jr. quer indenização de R$ 80 bi de créditos da Chesf

A Mendes Júnior espera iniciar em 2005 o recebimento dos créditos devidos pela Chesf referentes à construção da Usina Hidrelétrica de Itaparica, em Pernambuco, concluída em 1986 - R$ 80 bilhões. O valor foi apurado em perícia realizada no caso, atualizada até 2002. "Apesar da demora, temos esperança de iniciar os recebimentos no próximo ano", disse o assessor jurídico do grupo Mendes Júnior, José Luís Ladeira Bueno. Quando a usina ficou pronta, a dívida era de US$ 250 milhões, pelas informações do advogado, e o valor de hoje está atualizado por juros de mercado. (Elétrica - 29.11.2004)

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4 AES Tietê fica de fora de leilão de energia existente

Entre as geradoras pré-qualificadas para o leilão de energia existente do dia 7 de dezembro, as mais interessadas em participar vendendo suas sobras de energia, algumas ausências foram notadas como da AES Tietê. (Valor - 30.11.2004)

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5 Coelba desenvolve programa pioneiro em Produção Mais Limpa no setor elétrico

A Coelba deu início a um modelo inovador de sustentabilidade ambiental. Funcionários e empresas parceiras foram convidados a combater o desperdício e reduzir a produção de resíduos. Atenta à tendência mundial, a empresa decidiu investir na prática da Produção Mais Limpa. A iniciativa tem como objetivo aumentar a eficiência da produção e reduzir os riscos humanos e ambientais. A Produção Mais Limpa é a uma estratégia ainda incipiente no Brasil, mas mundialmente reconhecida. Segundo a gestora da Unidade de Responsabilidade Sócio-ambiental da Coelba, Sandra Marchesini, esta prática vê o resíduo como um prejuízo que precisa ser evitado do início ao fim da cadeia produtiva. "O bom é não ter que reciclar. No Canadá e Japão já existem empresas com produção zero de resíduos", informa. (Elétrica - 29.11.2004)

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6 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 29-11-2004, o IBOVESPA fechou a 24.854,76 pontos, representando baixa de 0,57% em relação ao dia anterior, com movimento de R$ 1,13 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 0,86%, fechando a 6.726,81 pontos. Este conjunto de empresas movimentou R$ 59 milhões, representando 5,22% de todo o movimento do dia. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 43,00 ON e R$ 42,65 PNB, baixa de 3,13% e 1,48%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Destaca-se que estas ações movimentaram R$ 17,6 milhões as ON e R$ 25,2 milhões as PNB. De todo o movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis por 43% do volume monetário. Na abertura do pregão do dia 30-11-2004 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 43,05 as ações ON, alta de 0,12% em relação ao pregão anterior e R$ 42,49 as ações PNB, baixa de 0,38% em relação ao pregão anterior. (Economática e Investshop - 30.11.2004)

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7 Curtas

A Cemat já aplicou cerca de R$ 2,5 milhões no apoio à produção cultural no Mato Grosso neste ano. Entre os 74 projetos selecionados até o último dia 12, estão: fotografia ao patrimônio histórico, música, literatura, teatro e cultura popular. (Canal Energia - 29.11.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Dilma rechaça possibilidade de risco de abastecimento em 2006

Segundo a ministra Dilma Rousseff, dos 13 mil MW previstos para entrar no sistema até 2008 com a construção de 45 novas usinas, 10 mil MW já estão com o cronograma inicial concluído, inclusive em relação à questão de licenciamento ambiental. A ministra rechaçou o alerta dado pelo ex-presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli, de que o País correria risco de abastecimento já em 2006. Segundo a ministra, para 2006, haverá sobra de 5.500 MW, fora os projetos em andamento. "Mesmo assim, não podemos cruzar os braços. Temos que colocar, se possível, todos os projetos em andamento sendo executados até 2008", afirmou. (Jornal do Commercio - 30.11.2004)

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2 ONS: Pode haver uma insuficiência conjuntural de oferta da energia elétrica em 2008

O presidente do ONS, Mario Santos, admite a possibilidade de haver uma "insuficiência conjuntural de oferta da energia elétrica em 2008". Em palestra a executivos do setor, recentemente em São Paulo, Santos disse que o relatório do ONS para 2004 a 2008, indica a incorporação de 8.993 MW no período. Este montante refere-se apenas às usinas sem qualquer impedimento, de acordo com o relatório da Aneel, que serve de parâmetro para o ONS. Somadas as usinas termelétricas e também as hidrelétricas com alguma restrição, o volume de energia que poderá ser agregado ao sistema pula para 17.796 MW, segundo Santos. Ele explica que a análise do operador tem de ser conservadora. "O que apontamos como pequena insuficiência em 2008 pode ser eliminada se forem somadas as usinas que têm restrições". Santos disse que a insuficiência seria mais grave se confirmado o cenário de forte crescimento do país, com alta média anual do PIB de 6,6% contra 4% no cenário considerado mais realista. Para este PIB, o consumo médio anual é estimado em 5,1% entre 2004 e 2008. (Valor - 30.11.2004)

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3 Pinguelli vê possibilidades da demanda de energia ser superior a oferta em 2008

Os riscos de a oferta de energia em 2008 e 2009 ser menor do que a demanda não são desprezíveis na opinião do ex-presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa. Ele lembra, no entanto, que se toda as obras licitadas ficarem prontas, assim como as usinas do Proinfa, haverá folga para além desse período. Segundo Pinguelli, a questão que mais deve preocupar no momento é o preço da energia nos próximos leilões. Para ele, o grande teste do novo modelo será o leilão de energia nova. "Ele é que vai garantir a expansão e o preço não pode afundar agora para não desestimular o investimento", completa. "O problema é que o otimismo da economia é o pessimismo elétrico. Quando a demanda cresce muito, é mais difícil atendê-la. E se o mercado de energia cresce lentamente, significa que a economia não vai bem", conclui. (Valor - 30.11.2004)

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4 Nível dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste está em 59,55%

Os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste apresentam 59,55%, com queda de 0,06% em relação do dia 27 de novembro. O índice fica 25,28% acima da curva de aversão ao risco. As hidrelétricas de Itumbiara e Nova Ponte operam com capacidade de 64,62% e 72,45%, respectivamente. (Canal Energia - 29.11.2004)

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5 Reservatórios do Sul apresentam 87% de capacidade

O índice de armazenamento do Sul está em 87,00%. Em relação ao dia 27 de novembro, houve leve queda de 0,04% no volume armazenado. A hidrelétrica de S. Santiago opera com capacidade de 96,97%. (Canal Energia - 29.11.2004)

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6 Reservatórios do Nordeste operam com capacidade de 56,74%

O nível dos reservatórios do Nordeste está em 56,74%, com queda de 0,10% em relação ao dia 27 de novembro. O índice fica 27,67% acima da curva de aversão ao risco. A hidrelétrica de Sobradinho apresenta 54,34% de volume armazenado. (Canal Energia - 29.11.2004)

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7 Índice de armazenamento dos reservatórios do Norte está em 30,53%

Os reservatórios do Norte operam com capacidade de 30,53%, com queda de 0,11% em relação ao dia 27 de novembro. A hidrelétrica de Tucuruí apresenta 23,49% de volume armazenado. (Canal Energia - 29.11.2004)

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8 Chuva deixa pontos de São Paulo sem energia elétrica

A forte chuva da noite e da madrugada deste domingo deixou alguns pontos da cidade de São Paulo sem energia elétrica, de acordo com a Eletropaulo. Segundo a companhia, na rua Alagoas, em Higienópolis, região central da cidade, uma árvore caiu por volta das 2h20 desta segunda-feira. Com a queda, parte dos fios de iluminação foram afetados, deixando moradores de um trecho da rua sem luz durante toda a manhã. De acordo com a Eletropaulo, um trecho da rua Augusta, na zona sul de São Paulo, também ficou sem energia elétrica entre a 1h40 e as 6h40 desta segunda-feira, devido ao temporal. A mesma situação aconteceu na rua Alcatraz, no Alto da Boa Vista, também na zona sul. Devido à chuva, moradores da rua ficaram sem luz no período entre as 3h e as 5h30, quando a energia foi reestabelecida pela Eletropaulo. (Folha Online - 29.11.2004)

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Gás e Termoelétricas

1 Térmica Norte Fluminense defende tarifa de transmissão diferenciada para as empresas que geram energia próximo aos centros de consumo

O presidente da térmica Norte Fluminense, controlada pela EDF, António Rocha, defendeu uma tarifa de transmissão diferenciada para as empresas que geram energia próximo aos centros de consumo. Outra reclamação é quanto ao cálculo de perda de energia, que na média nacional é de aproximadamente 3%. "Como o Rio fica na ponta do sistema, ele economiza energia quando gera aqui. Entretanto, mesmo próximo ao centro de carga, é descontada uma perda que não existe", explicou Rocha. (Valor - 30.11.2004)

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2 Demora na obtenção de licença preocupa Petrobras

A demora na obtenção do licenciamento ambiental está prejudicando não apenas novas obras de geração de energia elétrica, como projetos de transporte de gás natural. Segundo o diretor de gás e energia da Petrobras, Ildo Sauer, a dificuldade na obtenção da licença ambiental para a construção de gasodutos tem atrasado o cronograma de obras e causa preocupação quanto ao cumprimento dos prazos de projetos importantes da estatal. "Evidentemente é necessário analisar os projetos com muita atenção, mas também com rapidez. Não dá para ficar três anos esperando por uma licença", disse. A demora na obtenção das licenças ambientais para a construção de gasodutos preocupa o Ministério de Minas e Energia, que decidiu realizar reuniões periódicas com o Ibama para tentar agilizar o processo, a exemplo do que já vem sendo feito com os projetos de novas hidrelétricas. (Gazeta Mercantil - 30.11.2004)

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3 Decreto do MME transforma Eletronuclear em concessionária de energia

O presidente da Eletronuclear, Zieli Dutra Thomé Filho, considerou mais importante do que o reajuste que elevou a tarifa das usinas nucleares, o fato de o decreto 5.287, publicado no Diário Oficial de ontem, transformar a empresa em uma concessionária de energia. Com a mudança de "status", a Eletronuclear fica sujeita à revisão tarifária aplicada anualmente pela Aneel, enquanto antes tinha que negociar aumentos de tarifa diretamente com Furnas, que é a comercializadora da energia nuclear produzida em Angra dos Reis. "O importante é que passamos a ser uma concessionária, situação constitucional que não tínhamos antes", explicou Zieli Thomé Filho. (Valor - 30.11.2004)

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4 Presidente da Eletronuclear considera importante aumento da potência contratada

De acordo com o presidente da Eletronuclear, Zieli Dutra Thomé Filho, outro ponto considerado importante foi o aumento da potência contratada, que era de 1.266 MW e passou a ser equivalente aos 1.477 MW gerados efetivamente. Antes da mudança, os 209 MW gerados a mais estavam subcontratados, sendo vendidos no atacado por um preço médio de R$ 18. Corrigida pelo decreto, a mudança dará fôlego ao caixa da Eletronuclear. (Valor - 30.11.2004)

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5 Governo decide sobre retomada de Angra 3 em dezembro

O governo vai examinar em dezembro a retomada das obras da usina nuclear de Angra 3. Segundo a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, esse "é um dos assuntos" da reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) prevista para dezembro. Angra 3 faz parte do programa nuclear Brasil-Alemanha, da década de 70, e já tem a maioria dos equipamentos comprados e estocados no complexo nuclear. A ministra não informou a data da reunião do CNPE nem quais os demais assuntos em pauta. Presidido pelo Ministério de Minas e Energia, o CNPE é integrado por outros seis ministérios e a maior instância decisória de questões sobre o setor elétrico brasileiro. (O Estado de São Paulo - 30.11.2004)

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Grandes Consumidores

1 Comerc faz leilão de compra para suprir 10 empresas

A comercializadora Comerc vai fazer entre amanhã e sexta-feira seu terceiro leilão de compra de energia no período de um mês. O objetivo é comprar 102 MW médios para suprir as empresas Ajinomoto, Bacraft, Cerâmica Urussanga (Ceusa), Comfio, Coteminas, Döhler, Kimberly Clark, Mineração Serra Grande, Norfil e Schulz. Os procedimentos do leilão começaram ontem, com a publicação do edital, prosseguem amanhã, com a pré-qualificação das geradoras interessadas em vender e termina amanhã, com o pregão eletrônico. Segundo o sócio-diretor da Comerc Cristopher Vlavianos, o objetivo é aproveitar o período anterior ao megaleilão de energia existente, marcado para o dia 7 de dezembro pelo MME. "A estimativa é que a oferta de energia para suprimento a partir de 2005 fique escassa após o leilão do dia 7", afirma Vlavianos. (Gazeta Mercantil - 30.11.2004)

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Economia Brasileira

1 Meirelles não vê necessidade de renovar o acordo com o FMI

O presidente do BC, Henrique Meirelles, disse acreditar que o Brasil pode "andar com as próprias pernas", ou seja, sem o auxílio do FMI. A afirmação foi feita ontem depois de Meirelles ser questionado sobre a possibilidade de o governo brasileiro renovar o acordo com o Fundo. "É possível não se renovar o acordo", disse. O entendimento em vigor termina oficialmente no início de março. Desde 1998, o país vem firmando sucessivos acordo com a instituição para obter ajuda financeira. Meirelles reiterou que a decisão final sobre o assunto ainda não foi tomada, mas que o acordo pode não precisa ser renovado porque o País está com todos os fundamentos da economia "melhores e sólidos". O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, indicou que o aperto monetário vai prosseguir. (Gazeta Mercantil - 30.11.2004)

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2 Estabilidade é de curto prazo

Henrique Meirelles afirmou que "a estabilidade macroeconômica ainda é de curto prazo". A declaração foi feita no seminário "Reavaliação do Risco Brasil", da FGV, em São Paulo. "A estabilidade macroeconômica é real, mas precisa de tempo para se consolidar", disse Meirelles. Na avaliação do presidente do BC, esse cenário faz com que a percepção do mercado ainda imponha indicadores de risco mais elevados para o Brasil. Apesar de declarar que há uma certa instabilidade macroeconômica, durante a sua apresentação, Meirelles procurou contemporizar esse quadro e mostrar para a platéia - que contava com analistas da Standard & Poor's, agência americana de classificação de risco - os avanços nos fundamentos macroeconômicos do Brasil. (Folha Online - 30.11.2004)

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3 Palocci: Governo promove crescimento vigoroso com inclusão social

Ao discursar durante o lançamento do programa nacional de microcrédito produtivo orientado, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, fez uma prestação de contas do governo e citou as medidas adotadas para facilitar o acesso ao crédito e ao que chamou de inclusão bancária, como o desconto em folha para trabalhadores e aposentados e a criação da conta de corrente simplificada. "Hoje se pode dizer com certeza que o Brasil tem um governo que promove um vigoroso crescimento da economia e a inclusão social" afirmou. Ao citar essas medidas que beneficiam a população mais pobre, Palocci disse que elas são exemplo de que não se trata mais apenas de uma vontade, e sim de medidas efetivas para promover a inclusão social. (Globo Online - 30.11.2004)

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4 Conceição Tavares e Delfim Neto alertam entraves ao crescimento

Maria da Conceição participou ontem, ao lado dos ex-ministros da Fazenda Delfim Netto e Paulo Haddad, da solenidade de comemoração dos 25 anos do curso de pós-graduação do Instituto de Economia da UFRJ. Os três alertaram para os entraves ao crescimento sustentado e de longo prazo. Conceição Tavares citando a TJLP (hoje em 9,75% ao ano), afirmou que os gargalos de infra-estrutura podem inviabilizar o investimento, que precisa da garantia de juros mais baixos. O ex-ministro Delfim Netto lamentou que os economistas brasileiros tenham deixado de almejar o desenvolvimento econômico. "Hoje corremos riscos sérios, graves e sancionados pela grande maioria da imprensa e dos nossos economistas, que garantem que não é possível crescer acima de 3,5%. E se crescer mais, vêm o medo dos riscos e a elevação dos juros", disse. (Jornal do Commercio - 30.11.2004)

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5 Skaf: Política econômica ameaça expansão em 2005

O crescimento econômico de 2005 poderá ser comprometido, caso o Governo federal não altere a atual política econômica, opinou ontem o presidente da Fiesp, Paulo Skaf. "Ou muda a política econômica ou não teremos, no ano que vem, o desempenho que teremos este ano", disse Skaf, em entrevista coletiva, em São Paulo. Skaf projetou para esse ano o crescimento do PIB superior a 4,5%, mas entende que o aumento de gastos públicos pelo Governo federal, além da política de aumento de juros promovida nas últimas reuniões do Copom, poderá comprometer o desempenho da economia em 2005. "O Governo precisa reduzir despesas. Este ano, os gastos públicos acumulados estão 12,6% acima da inflação. Se houvesse controle, não precisava aumentar os juros", argumentou. (Jornal do Commercio - 30.11.2004)

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6 Desemprego e renda têm queda na Grande SP

A recuperação na economia tem tido impacto positivo no emprego na região metropolitana de São Paulo, mas não é suficiente para melhorar a renda do trabalhador. Pesquisa da Fundação Seade e do Dieese mostra que a taxa de desemprego recuou em outubro pelo sexto mês consecutivo - passou de 17,9% da PEA em setembro para 17,6%. O rendimento médio real dos trabalhadores, entretanto, caiu pela terceira vez consecutiva - a redução foi de 1,6% na comparação de agosto com setembro deste ano. Com isso, o rendimento passou de R$ 1.006 para R$ 990. "A queda do desemprego é expressiva em relação ao ano passado. São 249 mil desempregados a menos na Grande São Paulo. A taxa em outubro 2003 foi de 20,4%. As vagas criadas, porém, são precárias, com baixo padrão de salários", afirma Anselmo Luis dos Santos, economista e pesquisador do Cesit (Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho), da Unicamp. (Folha Online - 30.11.2004)

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7 Inflação medida pelo IGP-M salta para 0,82% em novembro

A inflação medida pelo IGP-M mais do que dobrou em novembro, registrando variação de 0,82%, ante os 0,39% em outubro. No ano, o índice acumula alta de 11,59% e, nos últimos 12 meses, de 12,28%, informou nesta segunda-feira a FGV. A alta em novembro vem ligeiramente acima do esperado pelos analistas. A expectativa do mercado, segundo pesquisa do BC com cerca de cem instituições financeiras, era de uma taxa de 0,79% no mês. Mais uma vez, o reajuste dos preços dos combustíveis pressionou a inflação no atacado e no varejo. O índice reajusta os contratos de energia elétrica e maior parte dos contratos de aluguel. O IPA-M, que responde por 60% do índice geral, ficou em 0,99% ante os 0,44% de outubro; o IPC-M, que compõe 30% da taxa geral, teve variação de 0,30% contra os 0,05 % do mês passado; e o INCC-M avançou 1,01%, uma aceleração sobre os 0,82 % de outubro. (Globo Online - 30.11.2004)


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8 Dólar ontem e hoje

Notícias internas positivas, ajustes de final de mês e alta do euro levaram o dólar a fechar a manhã em baixa de 0,80%, cotado a R$ 2,724 na compra e R$ 2,726 na venda, na mínima do dia. Ontem, o dólar comercial terminou com ganho de 0,51%, sendo cotado a R$ 2,746 para a compra e R$ 2,748 para a venda. (O Globo Online e Valor Online - 30.11.2004)

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Internacional

1 Integração energética na América do Sul

O governo brasileiro pretende articular com países da América do Sul a viabilização de projetos de integração na área de energia. A afirmativa foi feita pela ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, ao abrir o 40ª Reunião da Comissão de Integração Energética Regional, que ocorre no Rio entre esta segunda-feira, dia 29 de novembro, e amanhã. Na política desenvolvimentista para a região, o Brasil, segundo ela, vai buscar meios para bancar empreendimentos que sustentem o crescimento econômico e social da região. Entre esses projetos estratégicos, ela citou a interligação por transmissão na fronteira entre Brasil e Bolívia, onde estão sendo instalados pólos das áreas gás-química e mineiro-siderúrgica. Outro foco é a interconexão com a Venezuela. (Canal Energia - 29.11.2004)

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2 Uruguai quer importar mais energia do Brasil

O Uruguai está discutindo alternativas para importar mais energia do Brasil, segundo informou nesta segunda-feira, dia 29 de novembro, o superintendente de Estudos Econômicos do Mercado da Aneel, Edvaldo Alves de Santana. Ele disse que duas maneiras de aumentar a transferência estão em análise: ou através de uma linhas de transmissão até Rivera, ou por meio da Argentina. Nesta segunda hipótese, o Brasil aumentaria a exportação para a Argentina, que faria o intercâmbio com o Uruguai. No caso do transporte até Rivera, um dos problemas seria a restrição técnica por conta da capacidade da linha, de 70 MW. Segundo Santana, os dois países têm interesse em duplicar a LT, e há discussões nesse sentido. (Canal Energia - 29.11.2004)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Pedro Bruni e Rodrigo Madeira

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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