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IFE: nº 1.475 - 29 de novembro de 2004
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Tolmasquim: Reajuste das tarifas das usinas nucleares não trará impacto para o consumidor
2 CCEE pré-qualifica 50 empresas
3 CCEE vai realizar simulação de leilão de energia existente
4 Congresso debate integração energética na América do Sul
5 Governo do RS tenta viabilizar PCH no município de Santo Ângelo
6 Curtas

Empresas
1 Geradoras estatais têm desempenho fraco em 2004
2 Eletrobrás aumenta meta de investimento em 2005 para R$ 5,2 bi
3 Eletrobrás vai promover ADRs negociadas na Bolsa de Nova York
4 Eletrobrás e Cataguazes-Leopoldina firmam acordo v
5 Eletrobrás e El Paso negociam solução para fornecimento de energia em Manaus
6 Eletrobrás: Outras distribuidoras poderão usar o mesmo mecanismo
7 Cemig não descarta novas negociações sobre ativos do Grupo Rede
8 Grupo Rede continua processo de reestruturação

9 Destino da Light será conhecido até o Natal

10 Juiz condena prefeitura de Campo do Jordão (SP) a pagar dívida com a Elektro

11 EDP investe R$ 170 mi no Tocantins

12 Light, Eletropaulo e Elektro recebem prêmio Fundação Coge 2004

13 Cotações da Eletrobrás

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Temporal no Rio deixa bairros sem energia elétrica

Gás e Termelétricas
1 Petrobras quer japoneses no projeto dos gasodutos
2 Tarifas das usinas nucleares de Angra serão reajustadas
3 Governo define regras para reajuste das tarifas das usinas nucleares
4 Projeto baseado no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo abastecerá termelétrica no RJ

Grandes Consumidores
1 White Martins receberá energia da Cemig
2 Meta da Cemig é aumentar em 50% o fornecimento de energia para clientes no mercado livre
3 VCP vai ampliar produção de celulose

Economia Brasileira
1 PPPs poderão alavancar R$ 70 bi
2 Appy: Brasil está menos vulnerável

3 Sobras de outubro fecham o superávit primário do ano
4 Ministro Furlan recomenda compra de dólares
5 Mercado prevê novo aumento de 0,5 ponto na Selic em dezembro
6 Analistas esperam crescimento de 4,66% no PIB de 2004
7 Mercado eleva projeção do IPCA de 2004, mas reduz a de 2005
8 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 CEA pretende vender até 28,9% da Areva
2 Galp Energia vai investir 10 mi de euros em segurança

Regulação e Novo Modelo

1 Tolmasquim: Reajuste das tarifas das usinas nucleares não trará impacto para o consumidor

O secretário-executivo do MME, Maurício Tolmasquim, disse que o reajuste das tarifas das usinas nucleares não trará impacto para o consumidor porque a energia das usinas nucleares, comprada por Furnas, será revendida pela estatal no leilão de compra de energia, fruto do novo modelo do setor elétrico. Pelo sistema de leilão, as distribuidoras (que vendem a energia para o consumidor) informam ao mercado o quanto precisam de energia e as geradoras ofertam. As compras são feitas de forma unificada, e os contratos são fechados pelos menores preços. Ou seja, Furnas terá de aumentar a quantidade de uma energia cara para vender no leilão e terá de ficar com esse custo. No momento, há sobra de energia e não há como a energia nuclear (cara) competir com a energia hidrelétrica (mais barata). "Furnas foi ouvida e concordou. A avaliação é que esse preço [da energia nuclear] pode ser interessante no futuro", explica Tolmasquim. (Folha de São Paulo - 29.11.2004)

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2 CCEE pré-qualifica 50 empresas

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica pré-qualificou 34 distribuidoras e 16 geradoras para participar do leilão de energia existente, que será feito no dia 7 de dezembro. De acordo com a CCEE, foram pré-qualificadas para comprar energia as distribuidoras AES Sul, Ampla, Bandeirante, Bragantina, Caiuá, Ceal, CEB, CEEE, Celb, Celesc, Celg, Celpa, Celpe, Celtins, Cemar, Cemat, Cemig, CFLCL, Coelba, Coelce, Copel, Cosern, CPFL Paulista, EEVP, Elektro, Eletropaulo, Energipe, Enersul, Escelsa, Light, Nacional, Piratininga, Saelpa e Santa Cruz. Para vender energia no leilão foram pré-qualificadas as geradoras CDSA, CEC, CEEE, Cemig, Ceran, Cesp, CGTEE, Chesf, Copel, Duke, Eletronorte, Emae, Escelsa, Furnas, TEC e Tractebel. (Gazeta Mercantil - 29.11.2004)

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3 CCEE vai realizar simulação de leilão de energia existente

A CCEE informou que no dia 3 de dezembro será realizada uma simulação do leilão apenas para as empresas pré-qualificadas como vendedoras. Os participantes receberão um manual com informações sobre todos os procedimentos adotados para o evento. A Câmara de Comercialização realizou um treinamento sobre a sistemática do processo para as empresas geradoras, movimentando, segundo o órgão, 50 interessados. (Canal Energia - 29.11.2004)

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4 Congresso debate integração energética na América do Sul

Entre os dias 29 de novembro e 1° de dezembro, será realizado no Rio de Janeiro o Congresso Internacional CIER 2004 - 40 anos. Promovido pela Comissão de Integração Energética Regional, o evento debaterá a integração energética na América do Sul. Dentre os temas a serem debatidos estão as perspectivas para a economia da América do Sul e suas implicações na integração do continente, o negócio de distribuição, a operação interligada de sistemas elétricos regionais e a atuação de organismos na integração regional. Mais informações no site www.bracier.org.br/cier2004. (Canal Energia - 26.11.2004)

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5 Governo do RS tenta viabilizar PCH no município de Santo Ângelo

O secretário de Energia, Minas e Comunicações do Rio Grande do Sul, Valdir Andres, reuniu-se com o prefeito eleito de Santo Ângelo, Eduardo Loureiro, para viabilizar a construção de uma pequena central hidrelétrica no rio Ijuí, na localidade de Ilha Grande. A proposta é obter uma parceria entre o governo do estado, o município e o setor privado. Andres calcula que o investimento necessário para uma PCH esteja situada entre R$ 2 milhões e R$ 2,5 milhões por MW instalado. (Canal Energia - 26.11.2004)

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6 Curtas

Os integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) se comprometeram em deixar o acampamento em Campos Novos, ainda hoje. A decisão foi tomada depois que a empresa responsável pela obra da barragem, a Enercan, se comprometeu em avaliar os 50 casos das famílias. (Elétrica - 29.11.2004)

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Empresas

1 Geradoras estatais têm desempenho fraco em 2004

As grandes geradoras estatais federais de energia elétrica tiveram um desempenho fraco de janeiro a setembro, em termos de rentabilidade, mesmo com o aumento do consumo de energia elétrica no Brasil. Essas empresas representam cerca de metade da capacidade de geração no País e são decisivas para a fixação do nível de preços desse serviço. O caso mais evidente foi Furnas. A maior empresa do grupo Eletrobrás e, tradicionalmente, a mais rentável, viu seu lucro líquido cair para R$ 433 milhões, numa redução de 42% em relação a janeiro/setembro de 2003. Essa perda refletiu basicamente o impacto da política de descontratação vigente no setor, que resultou em perda de 50% dos contratos de fornecimento. As perdas só não foram maiores pelo aumento de 17,37% das tarifas no período, o que permitiu à empresa acumular vendas líquidas de R$ 3,367 bilhões, receita quase idêntica aos R$ 3,331 bilhões de janeiro/setembro de 2003. Beneficiada pela seca no início deste ano, a Chesf conseguiu renovar seus contratos iniciais, sofrendo menos com a descontratação, enquanto a Eletronorte renegociou contratos com os grandes fabricantes de alumínio da região (Albras e Alumar), após uma dura queda-de-braço em torno dos preços das tarifas. (O Estado de São Paulo - 29.11.2004)

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2 Eletrobrás aumenta meta de investimento em 2005 para R$ 5,2 bi

A Eletrobrás reviu para cima a meta de investimentos para o ano que vem. Prevista no início do segundo semestre em R$ 4,6 bilhões, a totalidade dos recursos que a holding deverá aplicar em 2005 chega agora a R$ 5,2 bilhões. Os R$ 600 milhões acrescidos referem-se aos recursos que serão investidos em novos empreendimentos de transmissão e geração. A maior parte do volume será injetada nas LTs arrematadas por Furnas, Eletrosul e Chesf nos dois leilões deste ano. Para fazer frente à nova carga, a estatal planeja captar recursos no mercado, seja através do lançamento de debêntures ou da tomada de empréstimos sindicalizados. "Essas alternativas ainda não foram discutidas no conselho de administração da empresa", observa o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Eletrobrás, José Drumond Saraiva. (Canal Energia - 26.11.2004)

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3 Eletrobrás vai promover ADRs negociadas na Bolsa de Nova York

O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Eletrobrás, José Drumond Saraiva, sinaliza que o aumento no volume de investimentos tem relação com as perspectivas traçadas pela empresa junto ao mercado de capitais, onde o objetivo principal é atrair um maior número de investidores. Nesse sentido, a estatal já marcou data para promover as ADRs negociadas na Bolsa de Valores de Nova York, atualmente listadas em Nível 1, para o Nível 2: dia 24 de junho de 2005. A operação está exigindo um esforço nas áreas de gestão corporativa das controladas, visando adaptá-las às regras da lei Sarbanes-Oxley. Além de promover os papéis no EUA, a estatal pode elevar o volume das transações realizadas na Bolsa de Madri, hoje pouco representativo. A idéia está em fase de análise, mas Saraiva antecipa que a companhia já estuda quanto a operação montaria. (Canal Energia - 26.11.2004)

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4 Eletrobrás e Cataguazes-Leopoldina firmam acordo

O sistema Cataguazes-Leopoldina conseguiu desvincular os recebíveis de suas distribuidoras no Nordeste - Energipe, Celb e Saelpa - da garantia necessária para o financiamento do programa federal de universalização do fornecimento de energia, Luz para Todos, gerenciado pela Eletrobrás. Em negociação com a estatal, a Eletrobrás concordou em aceitar um seguro garantia em substituição aos recebíveis. Com o aval da estatal, a Cataguazes-Leopoldina fechou a operação com a Áurea Seguradora. A operação permitiu a assinatura do contrato com a Eletrobrás, para captação de R$ 65 milhões, referente à Reserva Global de Reversão (R$ 8 milhões) e à Conta de Desenvolvimento Energético (R$ 57 milhões). O montante será adicionado aos R$ 7 milhões de recursos próprios a serem investidos nas cerca 82 mil ligações que serão realizadas em até dois anos. No total, aproximadamente 97,4 mil novas unidades consumidoras serão atendidas pelo programa, por meio da Celb, Energipe e Saelpa, até 2013. (Gazeta Mercantil - 29.11.2004)

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5 Eletrobrás e El Paso negociam solução para fornecimento de energia em Manaus

A Eletrobrás e a El Paso confirmaram a existência de uma negociação envolvendo as duas empresas e o MME para que a empresa norte-americana continue a fornecer energia elétrica para Manaus. A discussão, porém, não interrompe a chamada pública para leilão de fornecimento, que segundo a Eletrobrás, está mantida. De acordo com a estatal, não há novo contrato estabelecido com a El Paso, mas há "alguns entendimentos em estudos para assegurar o fornecimento de energia em Manaus". (Canal Energia - 26.11.2004)

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6 Eletrobrás: Outras distribuidoras poderão usar o mesmo mecanismo

A Eletrobrás afirmou, sobre a operação pioneira acertada entre Eletrobrás e Cataguazes-Leopoldina, que futuros contratos do Luz para Todos, com outras distribuidoras, poderão usar o mesmo mecanismo. Apesar de preferir receber como garantia a receita das próprias concessionárias de distribuição, a Eletrobrás entendeu que o seguro garantia é equivalente aos recebíveis, porque da mesma forma preserva o ativo da empresa. (Gazeta Mercantil - 29.11.2004)

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7 Cemig não descarta novas negociações sobre ativos do Grupo Rede

A Cemig não descarta a aquisição de novos ativos do Grupo Rede. A informação é de Luiz Fernando Rolla, superintendente de Relações com Investidores da empresa. Ele acrescentou que a holding ainda não fez nenhuma proposta formal, mas não desconsidera possíveis negociações. A compra da usina hidrelétrica Rosal pela Cemig reflete a meta da companhia mineira de se tornar mais competitiva e lucrativa nos setores de geração, transmissão e distribuição. Rolla garante que a Cemig continuará buscando novas oportunidades. (Canal Energia - 26.11.2004)

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8 Grupo Rede continua processo de reestruturação

A venda da usina hidrelétricaRosal para a Cemig representou para o Grupo Rede mais uma etapa do seu processo de reestruturação. Segundo a assessoria de imprensa da holding, o processo prevê a desmobilização de todos os ativos que não estejam diretamente ligados à área de atuação do grupo - a distribuição. (Canal Energia - 26.11.2004)

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9 Destino da Light será conhecido até o Natal

O destino da distribuidora de eletricidade Light, do Rio de Janeiro, deve ser conhecido até o Natal, quando o controlador da empresa, o grupo francês Eléctricité de France (EDF), anunciar seu plano estratégico global para 2005. Nas últimas semanas, circularam rumores de que a EDF teria decidido colocar a Light à venda, como parte do esforço da estatal francesa de superar suas dificuldades financeiras. (O Estado de São Paulo - 29.11.2004)

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10 Juiz condena prefeitura de Campo do Jordão (SP) a pagar dívida com a Elektro

O juiz da 1ª Vara Judicial de Campo do Jordão (SP), José Luiz de Jesus Vieira, condenou a prefeitura do município a quitar as despesas acumuladas com a fornecedora de energia, a Eletricidade e Serviço (Elektro). A dívida chega a R$ 7 milhões. Além do pagamento, a sentença também determina que o prefeito Lélio Gomes (PSB) também terá de aplicar um plano de contingenciamento para ser incluído a partir da próxima Lei Orçamentária Anual. Segundo o advogado responsável pela defesa da Elektro, Adelmo da Silva Emerenciano, do escritório Emerenciano, Baggio e Associados, a sentença é inédita no país. "E certamente irá obrigar que os prefeitos mudem a sua conduta e priorizem o pagamento de serviços primordiais", afirma o advogado, que tem outros 29 casos semelhantes em andamento em cidades do Estado de São Paulo. Segundo ele, uma outra cidade em situação delicada é Mirante de Paranapanema. (Valor - 29.11.2004)

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11 EDP investe R$ 170 mi no Tocantins

A EDP planeja gastar R$ 170 milhões em compra de terras e outras medidas relacionadas à construção da represa de Peixe Angelical no rio Tocantins, informou o jornal "Jornal de Negócios", segundo a Bloomberg. Os gastos também englobam a construção de alojamento e outros itens de infra-estrutura, já que a EDP comprará 530 propriedades que serão afetadas pela barragem. A represa deve entrar em operação parcial em maio de 2006 e total em 2007, quando produzirá 450 MW de eletricidade, fornecendo energia para 4 milhões de consumidores. Furnas Centrais Elétricas possui 40% de participação na represa. (Valor - 29.11.2004)

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12 Light, Eletropaulo e Elektro recebem prêmio Fundação Coge 2004

A Light, Eletropaulo e Elektro foram as empresas vencedoras do prêmio Fundação Coge 2004, realizada na quinta-feira, 25 de novembro. A Light venceu nas categorias de Ações Ambientais e Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional. A Eletropaulo ganhou com o projeto "Rodeio de Energia", na área de Capacitação e Desenvolvimento de Pessoas. O "Prêmio Empreendedor Social", da Elektro, foi o vencedor da categoria Capacitação e Desenvolvimento de Pessoas e Responsabilidade Social. Na quarta edição do prêmio foram recebidos mais de 70 projetos de 30 empresas do setor. (Canal Energia - 26.11.2004)

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13 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 26-11-2004, o IBOVESPA fechou a 24.997,82 pontos, representando alta de 0,53% em relação ao dia anterior, com movimento de R$ 860,6 milhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,22%, fechando a 6.785,02 pontos. Este conjunto de empresas movimentou R$ 41,4 milhões, representando 4,81% de todo o movimento do dia. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 44,39 ON e R$ 43,29 PNB, alta de 1,35% e 1,38%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Destaca-se que estas ações movimentaram R$ 5,5 milhões as ON e R$ 9,3 milhões as PNB. De todo o movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis por 23% do volume monetário. Na abertura do pregão do dia 29-11-2004 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 44,50 as ações ON, alta de 0,25% em relação ao pregão anterior e R$ 43,45 as ações PNB, alta de 0,37% em relação ao pregão anterior. (Economática e Investshop - 29.11.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Temporal no Rio deixa bairros sem energia elétrica

Uma forte temporal atingiu o Rio de Janeiro na tarde desse domingo e deixou bairros sem energia elétrica. A Defesa Civil municipal informou que a região mais atingida pelas chuvas é a zona norte, mas que não foram registradas ocorrências graves. (Folha de São Paulo - 29.11.2004)

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Gás e Termoelétricas

1 Petrobras quer japoneses no projeto dos gasodutos

A Petrobras vai negociar com empresas japonesas financiamentos para projetos nas áreas de exploração e produção, refino e de logística. Em função disso, o diretor financeiro da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, viaja na próxima semana para Tóquio com uma agenda de encontros com executivos de bancos e grupos japoneses de comércio exterior. Um acordo em discussão, conforme Gabrielli, será a expansão do projetos Malhas, da rede de gasodutos que interligará o transporte de gás no País. Um dos trechos, aquele que unirá o Nordeste ao Sudeste brasileiro (Gasene), será financiado pelos chineses. As duas partes ainda não bateram o martelo, mas, segundo Gabrielli, as negociações estão em fase final. O projeto de engenharia será da chinesa Sinopec, mas a Petrobras considera a possibilidade da participação de grupos brasileiros na construção. (Gazeta Mercantil - 29.11.2004)

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2 Tarifas das usinas nucleares de Angra serão reajustadas

O governo decidiu reajustar as tarifas das usinas nucleares de Angra 1 e 2. A decisão faz parte de um conjunto de ações para melhorar a situação da Eletronuclear, estatal que administra as usinas e que, de janeiro a outubro deste ano, acumula prejuízo de aproximadamente R$ 300 milhões por estar vendendo energia nuclear abaixo do preço. A tarifa deverá subir de R$ 78,41 por MWh para R$ 91,52 - aumento de 16,7%. Além do reajuste das tarifas, faz parte do pacote de ajuste o alongamento da dívida da Eletronuclear com a Eletrobrás e o aumento da quantidade de energia comprada por Furnas, outra estatal, das usinas de Angra 1 e 2. Furnas compra 1.266 MW médios da Eletronuclear e passará a comprar 1.475 MW médios. O secretário-executivo do ministério, Maurício Tolmasquim, confirma que haverá aumento, mas não informa qual será o valor da nova tarifa. "O que existe por enquanto são projeções. Foi preciso fixar uma nova tarifa para dar equilíbrio à Eletronuclear", explica Tolmasquim. De acordo com ele, o reajuste das tarifas das usinas nucleares não está relacionado com a eventual intenção de o governo retomar o projeto de construção da usina nuclear de Angra 3. (Folha de São Paulo - 29.11.2004)

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3 Governo define regras para reajuste das tarifas das usinas nucleares

O governo decidiu definir as regras que passarão a valer daqui para a frente para o reajuste das tarifas das usinas nucleares. Decreto que será publicado nos próximos dias no "Diário Oficial" da União dará ao MME o poder de definir, por meio de uma portaria, a nova tarifa e os critérios para os próximos reajustes, que serão feitos anualmente pela Aneel. (Folha de São Paulo - 29.11.2004)

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4 Projeto baseado no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo abastecerá termelétrica no RJ

O primeiro projeto baseado no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo de Quioto a ter seu registro aprovado no mundo é brasileiro. É o NovaGerar, que está sendo implementado na cidade de Nova Iguaçu (RJ). Com a inscrição, ele pode receber recursos por reduzir os danos ao meio ambiente. O trabalho feito no NovaGerar pretende diminuir duplamente a emissão de gases que reforçam o efeito estufa. Sua primeira tarefa foi a desativação do antigo Lixão da Marambaia, o que ocorreu em julho de 2004. O metano (CH4) - um dos gases liberados em processos de decomposição de material orgânico e 20 vezes mais poluente que o dióxido de carbono (CO2) -, em vez de ir para a atmosfera, será capturado e usado em uma usina termelétrica para geração de energia - substituindo, assim o uso de combustíveis fósseis, mais poluentes. O sistema deverá entrar em funcionamento efetivo em 2006. (Elétrica - 26.11.2004)

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Grandes Consumidores

1 White Martins receberá energia da Cemig

A Cemig irá fornecer energia para as nove unidades da White Martins em Minas Gerais. O contrato, que foi assinado na última semana, no valor de aproximadamente R$ 600 milhões valerá por cinco anos, sendo que o início de fornecimento de energia será em janeiro de 2005. Segundo o gerente de relacionamento comercial para clientes corporativos da Cemig, Dimas Costa, a assinatura marca a migração de todas as unidades da White Martins em Minas Gerais para o mercado livre de energia elétrica. Costa não quis revelar o volume de energia que será fornecido pela estatal, mas afirmou que este acordo equivale a 1,2% do consumo industrial brasileiro. Com o acordo, a empresa será o maior cliente do mercado livre da estatal em Minas. (Gazeta Mercantil - 29.11.2004)

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2 Meta da Cemig é aumentar em 50% o fornecimento de energia para clientes no mercado livre

Segundo o gerente de relacionamento comercial para clientes corporativos da Cemig, Dimas Costa, "a empresa tem a maior carteira de clientes no mercado livre do Brasil e a meta é em 2005 aumentar em 50% o fornecimento de energia para este segmento. Há contratos em negociação com empresas de outros estados que devem ser definidos no próximo ano". A Cemig começou a operar no mercado livre de energia no ano de 2000 e o primeiro cliente foi a unidade da White Martins em Belo Horizonte. Na época eram fornecidos 15 MW médios. (Gazeta Mercantil - 29.11.2004)

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3 VCP vai ampliar produção de celulose

A Votorantim Celulose e Papel (VCP) investirá US$ 120 milhões na ampliação da capacidade de produção de celulose de sua fábrica em Jacareí (SP), no Vale do Paraíba. O "Projeto Excelência", como foi denominada a nova expansão, vai elevar em 150 mil toneladas a capacidade anual de produção de celulose da VCP. O início da operação da nova linha está previsto para meados de 2006, atingindo a capacidade plena em 2007. O complexo industrial de Jacareí, o mais importante centro de produção de celulose para o mercado externo do grupo Votorantim, produz 990 mil toneladas/ano de celulose. A capacidade atual já é resultado de um investimento de US$ 495 milhões realizado pela empresa entre 2001 e 2003. (Gazeta Mercantil - 29.11.2004)

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Economia Brasileira

1 PPPs poderão alavancar R$ 70 bi

A principal atração que a Parceria Público-Privada (PPP) exerce sobre os governantes é a capacidade que esse novo instrumento tem de alavancar investimentos. Com o limite de 1% da receita corrente líquida que será fixado pela legislação, a União poderá gastar R$ 2,6 bilhões por ano com as parcerias. Esses gastos permitirão realizar investimentos totais de até R$ 70 bilhões, ao longo de muitos anos. Tudo vai depender da qualidade dos empreendimentos. "Quanto menor for o custo fiscal de cada empreendimento, mais parcerias poderão ser realizadas", explicou Demian Fiocca, responsável pelas PPPs no Ministério do Planejamento. A estimativa de R$ 70 bilhões foi feita com a perspectiva de que a União bancará, em média, 25% das receitas dos empreendimentos, e as tarifas cobradas dos usuários, outros 75%. (Jornal do Commercio - 29.11.2004)

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2 Appy: Brasil está menos vulnerável

Ao fazer, um balanço da política econômica do governo Luiz Inácio Lula da Silva, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, reafirmou sexta-feira que o Brasil tornou-se um país menos vulnerável às crises internacionais. Segundo ele, o País não sentirá muitos impactos se ocorrerem crises locais no âmbito internacional. Porém, se for uma crise de maiores proporções, o Brasil terá problemas, assim como a grande maioria dos países do mundo. A relação entre a dívida líquida do setor público consolidado e o PIB ficou estável em 53,7% no mês de outubro. Para o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, a tendência é de recuperação, apesar de considerar ser "um grande passo" manter a estabilidade. No fechamento do ano passado a relação entre a dívida e o PIB era de 58,7%, ao passo que hoje apresenta cinco pontos percentuais de queda. (Gazeta Mercantil - 29.11.2004)

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3 Sobras de outubro fecham o superávit primário do ano

União, Estados e Municípios encerram o mês com resultado positivo. Uma sobra de caixa de R$ 8,2 bilhões nas contas do setor público garantiu ao Brasil cumprir ainda em outubro a meta de superávit primário para todo o ano de 2004, firmada com o FMI. No acordo, fechado em 2002, governo central, estados, municípios e estatais deveriam arrecadar além dos gastos, até o final de dezembro, R$ 71,5 bilhões, equivalentes a 4,25% do PIB. Ao fim do mês passado, a economia chegou a R$ 77,97 bilhões, ou 5,59% do PIB. De acordo com o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, o resultado de outubro foi o melhor para o mês desde o início da série, em 1991. Em dezembro, termina a obrigação do Brasil de cumprir as metas que constam do acordo em vigor. (Gazeta Mercantil - 29.11.2004)

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4 Ministro Furlan recomenda compra de dólares

O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, recomendou a compra de dólares, já que as cotações estão sendo consideradas baixas por analistas - e pelo próprio presidente da República. O governo tem sido alvo de críticas de exportadores por permitir valorização excessiva do real. O ministro falou sobre esse assunto ao comentar as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o real não deve se tornar uma moeda muito forte em relação ao dólar porque isso é ruim para as exportações. Em entrevista à TV Bloomberg na última terça-feira, Lula dissera que o ideal é que o dólar fique entre R$ 2,90 e R$ 3,10. "Se toda a opinião pública acha que o dólar está barato, significa que é um bom momento de compra" disse Furlan. (O Globo Online - 29.11.2004)

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5 Mercado prevê novo aumento de 0,5 ponto na Selic em dezembro

Os analistas financeiros elevaram a projeção de novo aumento no juro básico da economia pelo Copom na reunião de dezembro. A mediana das expectativas dos analistas para a Selic do último mês do ano agora aponta para aumento de 0,50 ponto percentual, para 17,75% ao ano, de acordo com a pesquisa Focus, realizada semanalmente pelo BC com instituições financeiras. Na semana retrasada, a mediana era de alta de 0,25 ponto, para 17,50%. A previsão de Selic média de 2004, porém, caiu ligeiramente, de 16,42% para 16,41%. Para 2005, a expectativa do mercado é de encerrar o ano com juro básico em 15,50%, e Selic média de 16,67% ao ano. (Valor Online - 29.11.2004)

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6 Analistas esperam crescimento de 4,66% no PIB de 2004

O mercado financeiro elevou levemente a previsão média para o crescimento da economia em 2004. A mediana das expectativas aponta crescimento de 4,66% para o PIB neste ano, contra 4,61% na pesquisa da semana retrasada. Para 2005, a estimativa média manteve-se em 3,50%. Os dados constam do relatório de mercado pesquisado semanalmente pelo BC junto a instituições financeiras. Os analistas mantiveram a estimativa média para o superávit da balança comercial neste ano em US$ 33 bilhões, e reduziram a de 2005 de US$ 27,30 bilhões para US$ 27,15 bilhões. A estimativa para a entrada de investimentos estrangeiros em 2004 subiu de US$ 15,65 bilhões para US$ 15,80 bilhões e, para 2005, manteve-se em US$ 13 bilhões. Para a produção industrial, a mediana das expectativas dos analistas aponta crescimento de 7,61% neste ano. Em 2005, a estimativa ficou em 4,50%. (Valor Online - 29.11.2004)

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7 Mercado eleva projeção do IPCA de 2004, mas reduz a de 2005

O mercado financeiro voltou a elevar a projeção média para o índice oficial de inflação de 2004. No mais recente relatório de mercado, feito pelo BC na semana passada, a mediana das expectativas para o IPCA deste ano foi de 7,26%, acima dos 7,18% da projeção da semana retrasada. Para 2005, porém, o mercado reduziu a expectativa do IPCA de 5,90% para 5,80%. De acordo com o levantamento semanal feito pelo BC junto a instituições financeiras, a previsão para o IGP-M de 2004 subiu de 12,36% para 12,41%. Para o IGP-DI, foi de 12,30% para 12,36%. Para o IPC da Fipe, a mediana das expectativas dos analistas subiu de 6,43% para 6,45%. Para o mês de novembro, a mediana das expectativas para o IPCA subiu de 0,62% para 0,65%. A do IGP-DI manteve-se em 0,80% e a do IPC da Fipe foi de 0,55% para 0,56%. A expectativa dos analistas para o IPCA de dezembro aumentou de 0,55% para 0,59%. (Valor Online - 29.11.2004)


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8 Dólar ontem e hoje

O mercado de câmbio mantém o dólar em leve valorização nesta manhã de baixa volatilidade. A alta é atribuída a um leve ajuste, favorecido pela baixa dos títulos da dívida externa e pela própria atratividade da moeda. Além disso, a proximidade do final do mês traz de volta ao mercado a tradicional disputa pela Ptax, taxa média do dólar que vai remunerar os contratos de câmbio no mercado futuro. Às 12h03m, a moeda americana subia 0,40%, sendo negociada por R$ 2,743 na compra e R$ 2,745 na venda. Na sexta, o dólar comercial terminou com baixa de 0,40%, a R$ 2,7320 para compra e R$ 2,7340 para venda. (O Globo Online e Valor Online - 29.11.2004)

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Internacional

1 CEA pretende vender até 28,9% da Areva

O Comissariado da Energia Atómica (CEA) pretende vender até 28,9%do capital da francesa Areva, cotada em bolsa a partir do próximo ano, mas manterá o controle sobre a líder mundial de tecnologia nuclear. O administrador-geral do CEA, Alain Bugat, afirmou que ainda se está "a discutir com o Estado para saber quem vende e quando. Em princípio, cederemos como mínimo 15% das ações. Pretendo ir mais além e vender até 28,9% do capital e conservar 50,1%. É claro que continuaremos a ser majoritários". Bugat assinalou que face à cotação atual da Areva, os 28,9% representariam "um máximo de 3 mil milhões de euros". (Diário Econômico - 29.11.2004)

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2 Galp Energia vai investir 10 mi de euros em segurança

A Galp Energia vai investir 10 milhões de euros nos próximos quatro anos e contratou dois consultores internacionais para aplicar um programa de segurança que visa reduzir os acidentes a zero. O programa, que será desenvolvido pela DuPont Safety Resources e pela Shell Global Solutions B.V., é a resposta da empresa ao acidente de julho no terminal da refinaria de Leça da Palmeira. O novo programa visa colocar a empresa como referência a nível europeu em termos de segurança, e será aplicado em três fases. A primeira, que começa já em dezembro e se prolongará por seis meses, será de diagnóstico dos problemas e de definição das medidas a aplicar. A segunda e terceiras fases, que se estenderá por 4 anos a partir de maio de 2005, destinam-se à formação, implementação e transferência de "know how" em todas as áreas da empresa em Portugal e Espanha, desde as estações de serviço, às refinarias, passando pelo aeroportos parques, transportes e áreas administrativas. (Diário Econômico - 29.11.2004)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Pedro Bruni e Rodrigo Madeira

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