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IFE: nº 1.474 - 26 de novembro de 2004
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Presidente Lula: Obras em Tucuruí se inserem em novo modelo do setor elétrico
2 MME escolhe local para realização de leilão de energia existente
3 Comissão de Minas e Energia aprova emendas de R$ 931,3 mi para orçamento de 2005
4 Comissão de Minas e Energia aprova realização de audiência pública para discutir destino da usina de Barra Grande
5 Copom reduz projeção sobre reajuste médio das tarifas de energia para 2004
6 Leilão de energia elétrica pode beneficiar papéis do segmento

Empresas
1 Eletrobrás e CNI fecham acordo para utilização eficiente de energia na indústria
2 Neoenergia investirá R$ 500 milhões
3 Empresas do Grupo Neoenergia vão receber recursos do BNDES
4 Aprovada transferência de ações da Itapebi para Neoenergia
5 Celg ganha ação na Justiça e vai receber R$ 140 milhões da Eletrobrás
6 Lightpar registra lucro de R$ 1,34 mi entre janeiro e setembro de 2004
7 Celesc inicia obras de construção de subestação e linha de transmissão em Joinville
8 Bragantina investiu R$ 335 mil em obras de manutenção entre janeiro e agosto de 2004

9 Aneel aprova programa de combate ao desperdício da Eletropaulo

10 Cenf tem programa de combate ao desperdício de energia aprovado

11 Cotações da Eletrobrás

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Submercado Sudeste/Centro-Oeste registra volume 25,5% acima da curva de aversão ao risco
2 Nível de armazenamento do submercado Sul está em 88,5%
3 Submercado Nordeste registra volume 28,2% acima da curva de aversão ao risco

4 Nível de armazenamento do submercado Norte está em 30,9%

Gás e Termelétricas
1 El Paso prorroga contrato em Manaus
2 AIEA prevê acordo sobre inspeção de planta de enriquecimento de urânio em Resende
3 CME vai realizar audiência pública para debater desenvolvimento do programa nuclear brasileiro
4 Dilma: não haverá novos aumentos de combustíveis até os primeiros meses de 2005
5 Petrobras abre licitação para investir US$ 1,9 bi
6 Petrobras descobre óleo leve em campo terrestre de Sergipe-Alagoas
7 Biodiesel promete rumo novo a assentados no NE

Grandes Consumidores
1 Vale do Rio Doce e Belgo-Mineira
2 Instalação de indústrias de plástico aumentará consumo de energia no RJ em 10 MW

Economia Brasileira
1 Governo pede cautela com expectativas nas PPPs
2 IBGE: Taxa de desemprego caiu para 10,5% em outubro

3 CNM/CUT: Emprego cresce 10% em 2004
4 BC pode elevar ritmo de alta de juro se risco de inflação fugir da meta aumentar
5 Previdência acumula déficit de R$ 22,6 entre janeiro e outubro de 2004
6 Inflação desacelera e sobe 0,57% em São Paulo
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Comissária européia da Concorrência mantém objeções à compra da GdP pela EDP

Regulação e Novo Modelo

1 Presidente Lula: Obras em Tucuruí se inserem em novo modelo do setor elétrico

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o novo modelo do setor elétrico incentiva as empresas a fazerem mais investimentos e garante autonomia para as instituições do setor. Ao inaugurar mais quatro turbinas geradoras de energia da hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, Lula ressaltou que o modelo exige adequação técnico-econômica de novos projetos hidrelétricos, bem como licença ambiental prévia quando oferecidos à licitação. "Essa inauguração se dá num momento em que felizmente já temos um novo modelo para o setor elétrico brasileiro, a partir do qual as coisas estão sendo feitas de forma muito bem planejadas", disse o presidente. Segundo Lula, a ampliação da usina de Tucuruí é a maior obra de infra-estrutura e engenharia em execução no país, na qual foram investidos US$ 3 bilhões. A expectativa é de que até o final de 2006 a usina produza mais 8.370 MW de energia. (Valor - 26.11.2004)

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2 MME escolhe local para realização de leilão de energia existente

O MME e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) definiram o local onde ocorrerá o mega-leilão de compra de energia, marcado para 7 de dezembro. O local escolhido foi o hotel Gran Meliá World Trade Center. Segundo o secretário-executivo do MME, Maurício Tolmasquim, o governo optou pela realização do leilão em um local físico para aumentar a segurança em relação à não existência de conluio. Deverão comparecer ao hotel representantes das empresas interessadas em vender energia. Os compradores não precisam estar no local. O leilão será realizado via intranet, utilizando equipamentos da CCEE, como medida de segurança para a assegurar eqüidade de condições. (Gazeta Mercantil - 26.11.2004)

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3 Comissão de Minas e Energia aprova emendas de R$ 931,3 mi para orçamento de 2005

A Comissão de Minas e Energia (CME) aprovou cinco sugestões de emendas ao orçamento de 2005, no montante total de R$ 931,3 milhões. A maior parcela, de R$ 300 milhões, será direcionada para a implantação da usina de Angra III. Apesar da destinação da verba no orçamento, a construção ainda não está confirmada. Serão destinados R$ 195 milhões à construção do protótipo de reator nuclear e R$ 190 milhões para serviços de geologia e geofísica em prospecção de petróleo e gás natural. A implantação de três dos quatro módulos da planta de enriquecimento de urânio em Resende (RJ) contará com R$ 148,3 milhões. A comissão aprovou ainda emenda no valor de R$ 98 milhões para a implantação da rede de energias renováveis. As emendas aprovadas seguem agora para a Comissão Mista do Orçamento. (Canal Energia - 25.11.2004)

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4 Comissão de Minas e Energia aprova realização de audiência pública para discutir destino da usina de Barra Grande

Nesta quinta-feira, dia 25 de novembro, os membros participantes da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados aprovaram requerimento do deputado João Pizzolatti (PP-SC) para a realização de audiência pública com as ministras de Minas e Energia, Dilma Rousseff, e do Meio Ambiente, Marina Silva. O objetivo é discutir o destino da hidrelétrica de Barra Grande. No início de dezembro, a comissão deverá realizar audiência onde serão discutidas as dificuldades na implantação do Proinfa. (Canal Energia - 25.11.2004)

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5 Copom reduz projeção sobre reajuste médio das tarifas de energia para 2004

O Comitê de Política Econômica do Banco Central reduziu a projeção sobre o reajuste médio das tarifas de energia elétrica neste ano. O BC informou que reviu para baixo, em 1,3%, o índice médio de reajuste, que passou para 10,2% em 2004. Na última ata, o Copom estimava reajuste médio de 11,5% nas tarifas de energia. (Canal Energia - 25.11.2004)

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6 Leilão de energia elétrica pode beneficiar papéis do segmento

A retomada de preços das ações do setor de energia elétrica deve continuar nos próximos meses. Mas a dimensão dessa recuperação, dizem os analistas, está diretamente ligada ao resultado do leilão de cerca de 55 mil MW de energia velha - cerca de 75% da geração brasileira - marcado para 7 de dezembro. Entre os papéis preferidos dos especialistas, destacam-se Eletrobrás e Cemig. Denilson Duarte, da Máxima Asset Management, avalia que o espaço para valorização da Eletrobrás é alto. Para ele, o preço alvo é R$ 72,00 - bem acima dos atuais R$ 42. Para Carlos Martins, analista do Banco Brascan, grande parte da energia da Eletrobrás deve ser recontratada no leilão. Justamente por isso, Marcos Paulo Fernandes Pereira, da Socopa, projeta preço justo de R$ 63,00. (Elétrica - 25.11.2004)

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Empresas

1 Eletrobrás e CNI fecham acordo para utilização eficiente de energia na indústria

A Eletrobrás e a Confederação Nacional da Indústria assinaram um protocolo de cooperação técnica entre a estatal e o Instituto Euvaldo Lodi (do CNI) para a realização de ações que visam o uso eficiente da energia na indústria. O Instituto ficará responsável pela gestão técnica dos projetos. O acordo tem duração de três anos. Nos próximos 30 dias, deve ser concluído um grupo de trabalho com o detalhamento das iniciativas a serem desenvolvidas pelas duas instituições. IEL e Eletrobrás definirão ações de incentivo à adoção de energias renováveis e aquisição de equipamentos eficientes, através das Federações Estaduais de Indústrias e associações industriais setoriais. (Canal Energia - 25.11.2004)

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2 Neoenergia investirá R$ 500 milhões

A holding Neoenergia (ex-Guaraniana), vai investir mais de R$ 500 milhões nos próximos dois anos para melhorar a sua rede de distribuição, integrada pelas distribuidoras Celpe, Coelba e Cosern. Os investimentos foram anunciados ontem pelo presidente da holding, Marcelo Corrêa, e serão aplicados entre 2005 e 2006. A Neoenergia também prepara o lançamento de uma série de debêntures, no valor de R$ 315 milhões, para complementar os recursos necessários aos investimentos na termelétrica Termopernambuco e para atender ao acordo firmado com a Petrobras para o fornecimento de gás natural para a Termoaçu, no Rio Grande do Norte. Corrêa disse que os investimentos na melhoria da malha de distribuição da empresa devem começar a partir de janeiro, quando a empresa espera que os recursos originários do BNDES comecem a ser liberados. (Valor - 26.11.2004)

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3 Empresas do Grupo Neoenergia vão receber recursos do BNDES

As empresas que compõem o Grupo Neonergia serão as primeiras a receber recursos do BNDES dentro do programa de capitalização de distribuidoras de energia elétrica. Pelo projeto aprovado, a Celpe receberá R$ 234 milhões; a Coelba, R$ 504 milhões; e a Companhia de Eletricidade do Rio Grande do Norte, R$ 119 milhões. Criada em setembro de 2003, o programa de capitalização tem como objetivo permitir que as distribuidoras de energia reduzam o endividamento bancário de curto prazo. Catorze meses depois da criação do programa, apenas quatro empresas conseguiram se adequar às regras para recebimento dos recursos. (Jornal do Brasil - 26.11.2004)

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4 Aprovada transferência de ações da Itapebi para Neoenergia

A Aneel aprovou a proposta de transferência de 63 milhões de ações ordinárias de emissão da Itapebi Geração de Energia para a sua controladora, a Neoenergia. O volume representa 42% das ações ordinárias no capital social da concessionária, anteriormente detidas pela Coelba. As ações somam aproximadamente R$ 148,6 milhões, representando um ganho bruto para a Coelba de R$ 62 milhões. A operação não altera a estrutura de controle e gestão da Itapebi, uma vez que a Neoenergia, por meio de sua participação direta na Coelba, já era controladora indireta da Itapebi. (Canal Energia - 25.11.2004)

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5 Celg ganha ação na Justiça e vai receber R$ 140 milhões da Eletrobrás

A Celg ganhou uma liminar na Justiça Federal de Brasília para que o nome da empresa seja retirado dos cadastros de inadimplência do Governo Federal e da Aneel. Segundo o Procurador Jurídico da Celg, Adilson Ramos Júnior, a decisão também determinou que a Eletrobrás libere R$ 140 milhões que serão aplicados pela distribuidora em programas assistenciais do Governo Federal, como o Luz no Campo, Luz para Todos e Baixa Renda. O recurso não vinha sendo liberado porque a Eletrobrás considerava a companhia inadimplente. O juiz federal Antônio Corrêa deu prazo até o dia 25 de novembro para que a empresa cumpra a decisão. Se persistir no descumprimento, a Eletrobrás será punida severamente. (Elétrica - 25.11.2004)

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6 Lightpar registra lucro de R$ 1,34 mi entre janeiro e setembro de 2004

A Lightpar registrou lucro, entre janeiro e setembro de 2004, de R$ 1,34 milhão, contra prejuízo de R$ 1,46 milhão no mesmo período de 2003. No terceiro trimestre do ano, o lucro foi de R$ 51 mil. Nos nove primeiros meses de 2003, o prejuízo foi de R$ 1,63 milhão. A LightPar é a controladora direta das empresas federalizadas geridas pela Eletrobrás. (Canal Energia - 25.11.2004)

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7 Celesc inicia obras de construção de subestação e linha de transmissão em Joinville

A assinatura de contrato entre o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, e o presidente da Celesc, Carlos Rodolfo Schneider, marcou o início das obras para a construção da nova subestação Joinville-Iririú, e de uma linha de transmissão que ligará a nova unidade à subestação Joinvile IV. A empresa Luminar Montagens Elétricas será a responsável pela montagem. As obras terão início imediato e deverão durar oito meses. A linha de transmissão, em 138 kV, terá 5,4 km. Estão previstos, para as três obras, recursos da ordem de R$ 8,2 milhões. A Celesc estima que as obras deverão ampliar a capacidade de energia instalada na região de Joinville em 11%. (Canal Energia - 25.11.2004)

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8 Bragantina investiu R$ 335 mil em obras de manutenção entre janeiro e agosto de 2004

A Bragantina calcula que investiu entre janeiro e agosto deste ano R$ 335 mil em obras de manutenção e substituição de equipamentos. Pelos números da empresa, das 99 obras executadas, 68 foram realizadas com recursos próprios. Também foi feita a extensão de 7.675 metros de redes primária e secundária, instalação de 9 transformadores, remoção de postes e adequação de redes. A empresa informou ainda que investiu R$ 127 mil na manutenção em linha viva de sua rede, em 238 kV. (Canal Energia - 26.11.2004)

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9 Aneel aprova programa de combate ao desperdício da Eletropaulo

A Aneel aprovou o programa de combate ao desperdício de energia elétrica da Eletropaulo para o ciclo 2003/2004. O programa inclui eficientização energética da Fiesp e a gestão energética municipal de Mauá e Embu, com investimentos da ordem de R$ 26,5 milhões, e deve ser concluído até o dia 16 de novembro de 2005. (Canal Energia - 26.11.2004)

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10 Cenf tem programa de combate ao desperdício de energia aprovado

A Aneel aprovou o programa de combate ao desperdício de energia elétrica da Cenf (RJ), para o ciclo 2003/2004. A Cenf vai investir cerca de R$ 232,2 mil no programa, que deve ser concluído até o dia 30 de setembro de 2005. Entre os projetos, está um curso de eficiência energética para alunos do 1° grau e eficiência energética em iluminação pública. (Canal Energia - 26.11.2004)

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11 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 25-11-2004, o IBOVESPA fechou a 24.866,63 pontos, representando alta de 2,04% em relação ao dia anterior, com movimento de R$ 835,5 milhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 2,34%, fechando a 6.769,86 pontos. Este conjunto de empresas movimentou R$ 58,7 milhões, representando 7,03% de todo o movimento do dia. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 43,80 ON e R$ 42,70 PNB, alta de 5,01% e 3,14%, respectivamente, em relação ao fechamento do dia anterior. Destaca-se que estas ações movimentaram R$ 8,6 milhões as ON e R$ 15,9 milhões as PNB. De todo o movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis por 27% do volume monetário. Na abertura do pregão do dia 26-11-2004 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 43,10 as ações ON, baixa de 1,60% em relação ao dia anterior e R$ 42,55 as ações PNB, baixa de 0,35% em relação ao pregão anterior. (Economática e Investshop - 26.11.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Submercado Sudeste/Centro-Oeste registra volume 25,5% acima da curva de aversão ao risco

O submercado Sudeste/Centro-Oeste apresenta 60,3% de volume armazenado em seus reservatórios. O índice fica 25,5% acima da curva de aversão ao risco. Em relação ao dia 24 de novembro, houve queda de 0,2% na capacidade do submercado. O nível dos reservatórios das hidrelétricas de Nova Ponte e Furnas está em 72,8% e 82,5%, respectivamente. (Canal Energia - 25.11.2004)

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2 Nível de armazenamento do submercado Sul está em 88,5%

O índice de armazenamento do Sul está em 88,5%, com queda de 0,4% em relação ao dia 23 de novembro. A capacidade da hidrelétrica de Machadinho está em 88,6%. (Canal Energia - 25.11.2004)

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3 Submercado Nordeste registra volume 28,2% acima da curva de aversão ao risco

O nível dos reservatórios do Nordeste está em 57,4%, com queda de 0,2% em relação ao dia 24 de novembro. O índice fica 28,2% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. A hidrelétrica de Sobradinho apresenta 54,5% de volume armazenado. (Canal Energia - 25.11.2004)

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4 Nível de armazenamento do submercado Norte está em 30,9%

Os reservatórios do subsistema Norte apresentam 30,9% de volume armazenado. Em relação ao dia 23 de novembro, houve queda de 0,04% no nível dos reservatórios. A hidrelétrica de Tucuruí opera com capacidade de 23,9%. (Canal Energia - 25.11.2004)

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Gás e Termoelétricas

1 El Paso prorroga contrato em Manaus

A Eletrobrás, a Petrobras, a Cigás (distribuidora de gás no Amazonas) e a El Paso selaram, na quarta-feira (24/11), os termos gerais de um acordo que mantém a El Paso como a fornecedora de energia em Manaus por mais cinco anos. Esse contrato põe por terra o processo de licitação de US$ 10 bilhões que estava em andamento, para o abastecimento na região Norte por 20 anos, e que já havia atraído 17 interessados. A ministra Dilma Rousseff disse ser favorável à licitação: "Leilão garantiria mais transparência e preços mais baixos". Ontem, a ministra informou, por meio de sua assessoria, que já foi determinada a readequação do edital para relançamento do leilão. "Mas a transição entre o suprimento atual e a nova contratação é de responsabilidade da Eletrobrás". A transição, neste caso, será de cinco anos. (Valor - 26.11.2004)

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2 AIEA prevê acordo sobre inspeção de planta de enriquecimento de urânio em Resende

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) espera concluir em duas semanas um acordo com o governo brasileiro sobre os procedimentos que serão adotados em futuras inspeções na planta de enriquecimento de urânio que está em construção em Resende. O anúncio foi feito pelo diretor-geral da agência, Mohamed El-Baradei. "Conseguimos alcançar um acordo de princípios com o governo brasileiro", afirmou El-Baradei ontem, na sede da agência em Viena, antes de abrir uma reunião do Conselho de Governadores da AIEA. "Espero que nas próximas duas semanas ele seja finalizado de maneira formal." O governo esconde as centrífugas alegando que precisa proteger inovações tecnológicas das máquinas. Desenvolvidas a partir da década de 80 pela Marinha em parceria com cientistas e indústrias, as centrífugas são semelhantes às existentes em outros países. A Marinha diz que as inovações introduzidas tornaram o modelo nacional mais eficiente. (Valor - 26.11.2004)

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3 CME vai realizar audiência pública para debater desenvolvimento do programa nuclear brasileiro

No dia 8 de dezembro, a Comissão de Minas e Energia, da Câmara dos Deputados realizará audiência para debater o desenvolvimento do programa nuclear brasileiro. O presidente da Eletrobrás, Silas Rondeau, foi convidado a prestar esclarecimentos sobre a construção de Angra III. Também foram chamados o almirante Alan Paes Leme Arthou, do Centro Tecnológico da Marinha (SP); e um representantes do grupo de trabalho instituído pelo Ministério de Minas e Energia e do Conselho Nacional de Política Energética. (Canal Energia - 25.11.2004)

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4 Dilma: não haverá novos aumentos de combustíveis até os primeiros meses de 2005

A ministra Dilma Rousseff garante que não haverá aumento no preço do combustível até os primeiros meses de 2005. "Não faremos um novo aumento nos próximos meses - fim deste ano e início de 2005. O Brasil não é uma ilha. Se o preço do petróleo explodir, temos que ver que providência tomar, mas até agora acreditamos que ele tende a se estabilizar", disse a ministra. Segundo Dilma, o aumento do petróleo é maior quando comparado com o aumento dado ao combustível. "A Petrobras não aumenta o combustível sem ter uma situação internacional sinalizando que o preço mudou de patamar", explicou.

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5 Petrobras abre licitação para investir US$ 1,9 bi

A Transpetro, subsidiária da Petrobras, publicou ontem o edital para a construção de 42 navios petroleiros no país, com investimento previsto de US$ 1,9 bilhão. Na primeira etapa serão contratadas 22 embarcações, orçadas em US$ 1,1 bilhão, encomendas que deverão gerar 20 mil empregos no país. Na pré-qualificação, as empresas terão de comprovar sua capacidade financeira e técnica. Um dos pontos polêmicos do edital, que já está esquentando a briga entre o governo do Estado do Rio e a Petrobras, é a permissão para que empresas sem estaleiros constituídos participem da disputa. Para o secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Rio, Wagner Victer, há risco de as empresas serem pré-qualificadas e não realizarem a obra como prometido. Esta é a primeira concorrência da Transpetro para a construção de petroleiros no Brasil em 15 anos. (O Globo - 26.11.2004)

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6 Petrobras descobre óleo leve em campo terrestre de Sergipe-Alagoas

A Petrobras anunciou a descoberta de uma jazida de petróleo no bloco terrestre BT-SEAL-2, na Bacia de Sergipe-Alagoas. Segundo uma nota da estatal, o óleo é de excelente qualidade, mas as reservas só serão definidas a partir de perfurações adicionais. Estimativas preliminares, no entanto, indicam a existência de 15 milhões de barris equivalentes de óleo e gás. A jazida foi encontrada a partir da perfuração do poço pioneiro 1-FRO-3-AL, situado a 37 km a Sudoeste de Maceió. A nova jazida foi localizada a 965 metros. (O Globo Online - 25.11.2004)

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7 Biodiesel promete rumo novo a assentados no NE

O Projeto B2, lançado pela Brasil Ecodiesel em 2003 para a produção de biodiesel à base de óleo de mamona tem por objetivo alcançar uma produção de 700 milhões de litros de biodiesel de mamona em 2007. Para isso, serão assentadas 7 mil famílias em 1 milhão de hectares. Ao todo, serão desenvolvidos dez núcleos de produção de mamona no Ceará, Piauí, Maranhão, Pernambuco e Bahia. Hoje, o programa atua em duas frentes: o assentamento de famílias e os consórcios de produção com agricultores já assentados pelo governo. Nelson Côrtes da Silveira, diretor-geral da Brasil Ecodiesel, explica que, nos dois casos, a empresa fornece insumos e garante o pagamento de até 60% da produção em contratos de adiantamento. (Valor - 26.11.2004)

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Grandes Consumidores

1 Vale do Rio Doce e Belgo-Mineira

A Belgo-Mineira assinou ontem o contrato para arrendamento da mina de Andrade para a Vale do Rio Doce. Pelo direito de exploração da mina por 40 anos, a Vale pagará US$ 10 milhões iniciais e royalties pelo minério extraído a partir do segundo semestre de 2008. O acordo prevê venda prioritária do minério para a siderúrgica. (Valor - 26.11.2004)

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2 Instalação de indústrias de plástico aumentará consumo de energia no RJ em 10 MW

A instalação de seis indústrias de transformação plástica no estado do Rio de Janeiro aumentará o consumo de energia em cerca de 10 MW, segundo estimativa da secretaria de Energia, Indústria Naval e Petróleo do RJ. Os investimentos para a implantação das empresas chegarão a R$ 42 milhões. As indústrias serão instaladas na Baixada Fluminense nos municípios de Duque de Caxias, Paracambi, Belford Roxo e Japeri. (Canal Energia - 25.11.2004)

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Economia Brasileira

1 Governo pede cautela com expectativas nas PPPs

A Parceria Público-Privada não é a solução para os problemas de infra-estrutura do País, mas sim parte dela, afirmou ontem o gerente de projetos da unidade que cuida desta modalidade de contratação no Ministério do Planejamento, Flávio Sottomayor. "A PPP vai ser um instrumento para atrair o investimento privado. Cabe ao Governo colocar esta expectativa em nível real", disse. O gerente lembrou que foram mapeados investimentos de R$ 13 bilhões que poderiam ser alvo de PPP, nos setores de rodovias, ferrovias, irrigação e portos. Pelo projeto de lei, o Governo entraria com até 80% do valor do empreendimento. Há investidores, contudo, que teriam interesse em aportar mais que os 20% ou 30% estabelecidos no projeto para a parcela do setor privado, segundo Sottomayor. (Jornal do Commercio - 26.11.2004)

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2 IBGE: Taxa de desemprego caiu para 10,5% em outubro

Em outubro, a taxa de desocupação estimada pela Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE foi de 10,5% . Em sua segunda queda consecutiva, essa taxa atingiu o nível mais baixo da nova série da PME, iniciada em outubro de 2001. Esse percentual (10,5%) só fora atingido em dezembro de 2002. Em relação aos meses de outubro de 2002 (11,2%) e 2003 (12,9%), a taxa de desocupação de outubro caiu 0,7 e 2,4 pontos percentuais, respectivamente. A PME de outubro estimou em 19,4 milhões o total de pessoas de 10 anos ou mais de idade ocupadas, nas seis regiões pesquisadas. Houve estabilidade (0,2%) em relação a setembro e expansão de 4,2% (ou mais 774 mil pessoas ocupadas) contra outubro de 2003. Os homens representavam 56,5% dos ocupados e as mulheres, 43,5%. (IBGE - 26.11.2004)

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3 CNM/CUT: Emprego cresce 10% em 2004

O ano de 2004 já pode ser considerado o melhor dos últimos dez anos para a indústria metalúrgica, no que diz respeito ao emprego, segundo estudo divulgado ontem pela Confederação Nacional dos Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores. Até setembro, houve um crescimento de 10% sobre o mesmo período do ano anterior, o que representa a criação de 136.317 postos de trabalho. A indústria metalúrgica brasileira já chegou a ter cerca de 2,8 milhões de trabalhadores (1987), mas a partir de 1990 esse número veio caindo ano a ano. Em 1997 o número de trabalhadores metalúrgicos já havia sido reduzido em 52,2%, ou seja, praticamente 1,5 milhões de postos de trabalho foram eliminados. (Gazeta Mercantil - 26.11.2004)

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4 BC pode elevar ritmo de alta de juro se risco de inflação fugir da meta aumentar

O Comitê de Política Monetária do BC pode aumentar o ritmo de alta da taxa básica de juros da economia se piorar o cenário internacional dos preços do petróleo e se o BC considerar que o risco de a inflação fugir das metas não está se reduzindo de forma satisfatória, apesar do processo de aperto monetário (alta de juros) iniciado em setembro. É o que sugere a ata da reunião da semana passada, em que foi decidido o aumento de 0,5 ponto percentual na taxa, para 17,25% ao ano. O documento, muito aguardado no mercado por ser o principal veículo de comunicação do Copom, foi divulgado na manhã desta quinta-feira. Segundo a ata, o Copom ainda considera que as projeções de inflação estão acima da meta central de 5,5% para 2004 e acima do objetivo de 5,1% para 2005. (O Globo Online - 26.11.2004)

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5 Previdência acumula déficit de R$ 22,6 entre janeiro e outubro de 2004

O déficit da Previdência Social chegou a R$ 22,636 bilhões de janeiro a outubro deste ano, o que representa aumento de 10,8% na comparação com o igual período de 2003 (R$ 20,429 bilhões), já descontada a inflação medida pelo INPC. Entre janeiro a outubro, foi registrado aumento da recuperação de créditos em atraso - ou seja, mais receitas para a Previdência -, mas que não foi suficiente para reduzir o déficit. As receitas somaram R$ 74,096 bilhões no período, alta de 10,8%. As receitas provenientes da recuperação de créditos aumentaram 19,9%, e somaram R$ 150,4 milhões. No acumulado de 2004, o que pesou no crescimento de 10,8% do déficit foi o pagamento de sentenças judiciais, bastante acelerado neste segundo semestre, após o anúncio do acordo pelo Governo para a correção das aposentadorias defasadas. (Jornal do Commercio - 26.11.2004)

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6 Inflação desacelera e sobe 0,57% em São Paulo

O IPC medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (Fipe/USP) subiu 0,57% na terceira quadrissemana do mês de novembro, ante ao aumento de 0,68% registrado na semana passada. No mesmo período do mês de outubro, o índice registrou alta de 0,53%. O IPC mede a variação dos preços no município de São Paulo para famílias com renda de até 20 salários mínimos. Entre os sete grupos pesquisados pelo IPC-Fipe, apenas Despesas Pessoais apresentou preços acima dos registrados na semana anterior. O grupo passou de 0,71% para 0,93%. O grupo Educação manteve-se estável, com variação de 0,07%. Os grupos restantes apontaram recuo no índice de inflação. Transportes passou de 1,72% para 1,67%. (Gazeta Mercantil - 26.11.2004)

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7 Dólar ontem e hoje

A tendência mundial de desvalorização do dólar frente a moedas importantes continua a favorecer a valorização do real. Às 12h24m, o dólar à vista recuava 0,18%, cotado a R$ 2,738 na compra e R$ 2,740 na venda. Ontem, o dólar retomou sua trajetória de queda, após ter subido 0,40% anteontem. Em desvalorização internacional, o dólar caiu 0,36% contra o real, terminando o dia a R$ 2,7450. (O Globo Online e Valor Online - 26.11.2004)


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Internacional

1 Comissária européia da Concorrência mantém objeções à compra da GdP pela EDP

O porta-voz da comissária européia da Concorrência disse que Neelie Krös recebeu o presidente executivo da EDP, a quem reafirmou a preocupação de Bruxelas relativa à fusão do gás e eletricidade na mesma empresa. Estes dados sugerem que terá falhado o último esforço da EDP para convencer Bruxelas a aprovar o negócio, apesar do porta-voz da comissária ter-se recusado a adiantar se isto significa um chumbo definitivo de Bruxelas à transferência do gás da Galp Energia para a EDP e a ENI. "A Comissão Européia continua claramente com as mesmas preocupações de que a passagem do negócio do gás para a EDP vai reforçar a posição dominante da empresa no mercado da eletricidade e do gás", acrescentou. (Diário Econômico - 25.11.2004)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Pedro Bruni e Rodrigo Madeira

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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