l IFE:
nº 1.459 - 03 de novembro de 2004 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Leilão de energia nova terá tarifas mais altas para atrair investidores A ministra
Dilma Rousseff admitiu que as tarifas das novas usinas a serem licitadas
em 2005 serão mais salgadas que as atuais. "É lógico que a energia de
2007 será mais cara do que a de 2005", admitiu ela. Isso porque será preciso
oferecer algum atrativo para o investidor. A ministra acredita que o setor
elétrico continuará atraindo investidores. "O negócio de energia é muito
bom." Ela observa que as novas usinas serão leiloadas com contratos válidos
por até 30 anos. Outra frente é manter contato com os governadores estaduais
para acelerar os processos que estão emperrados por conta dos órgãos ambientais
regionais. Ela garante que "todos" estão colaborando. (O Estado de São
Paulo - 03.11.2004) 2 Governo montará um sistema que dará total segurança e transparência ao megaleilão A ministra
Dilma Rousseff enfatizou que o governo tem "plena consciência" da importância
do megaleilão de energia elétrica previsto para a primeira quinzena de
dezembro. Ela garante que o governo montará um sistema que dará total
segurança e transparência ao evento, sem nenhum tipo de favorecimento
às empresas estatais, como temem os geradores privados. Dilma explica
que, com o megaleilão, as grandes estatais conseguirão "recompor o seu
portfólio", com a interrupção do movimento de "descontratação" de energia.
Idealizado no governo anterior, a descontratação prevê o fim de 25% a
cada ano dos chamados contratos iniciais entre geradoras e distribuidoras.
Como há excesso de oferta, muitas geradoras estão perdendo receita porque
não conseguem comercializar a energia descontratada. (O Estado de São
Paulo - 03.11.2004) 3 Dilma: Inadimplência não deverá ocorrer no novo modelo Dilma Rousseff
confia que a questão da inadimplência, que já foi um problema relevante
no setor nas últimas décadas, não deverá ocorrer no novo modelo. Além
de o setor estar recuperando receitas e rentabilidade, o governo incluiu
um item na nova lei do setor explicitando que as empresas que não estiverem
em dia com suas obrigações não terão reajuste. "Essas empresas não vão
ter acesso a dinheiro do BNDES, não vai ter acesso a nada." (O Estado
de São Paulo - 03.11.2004) 4
Dilma: Brasil reúne "imensas" vantagens comparativas na área energética
5 Aneel pode reduzir o seguro-apagão em 24% A Aneel
decidirá, em reunião prevista para esta quarta-feira, se será reduzido
o seguro-apagão, cobrado nas tarifas de energia elétrica para manter as
usinas termoelétricas emergenciais. De acordo com relatório da Aneel,
baseado em informações prestadas pela Comercializadora Brasileira de Energia
Elétrica, há a possibilidade de redução imediata de 24% do valor do encargo
de capacidade emergencial. De acordo com relatório da Aneel, a possibilidade
de redução do seguro-apagão começou a ser cogitada depois que a CBEE apresentou
um saldo final de caixa de R$ 227,389 milhões em julho. (Jornal do Commercio
- 03.11.2004) 6 Fundo para investir em energia já tem R$ 800 mi O fundo
de private equity que vai investir em projetos do setor de energia já
tem R$ 800 milhões de cotistas interessados. A informação é do presidente
da Petros, Wagner Pinheiro, que junto com a Previ e a Funcef, lançou o
fundo, em julho deste ano. A Petros elevou sua participação inicialmente
prevista para 20% do capital total do fundo para 25% e vai aportar de
acordo com o total captado. Inicialmente, a previsão dos fundos era a
de que a captação do fundo fosse de R$ 600 milhões. "Estamos em R$ 800
milhões e podemos chegar a R$ 1,2 bilhão, que é o limite máximo", disse
Pinheiro. De acordo com o valor previsto até agora, o valor do aporte
da Petros seria de R$ 200 milhões. O fundo tem gestão do Banco Pactual,
que entrará também com R$ 30 milhões em aportes e terá como cotistas outros
fundos de pensão como Funcef, Valia, Fapes e Real Grandeza. Além dos fundos,
a BNDESPar também fará aportes e o Banco do Brasil estaria estudando uma
possível participação. O objetivo é investir em projetos de energia com
foco no Proinfa e linhas de transmissão. (Valor - 01.11.2004) 7 Chesf: Estatais querem ser majoritárias O diretor de engenharia e construção da Chesf, José Ailton de Lima, afirma que o desempenho das estatais nos leilões de transmissão, permitida pelo governo federal no ano passado, poderia ser melhor e mais agressiva sem a obrigação de participarem em condição minoritária nos consórcios. Segundo Lima, na condição de minoritárias, as estatais ficam sem o poder de decisão sobre as estratégias de curto e longo prazo, principalmente em relação ao retorno do capital a ser investido na hora de formatar os lances que serão colocados nos leilões. Também ficam sem autonomia sobre a obtenção de lucros nos negócios, afirma o diretor. "Empresas privadas e estatais tem DNA diferentes", diz. (Gazeta Mercantil - 03.11.2004) 8
Estrangeiros aumentam disputa no mercado 9 Abrate: Disputa entre grupos estrangeiros e nacionais deve continuar acirrada Para o diretor-executivo
da Associação de Grandes Empresas de Transmissão de Energia Elétrica (Abrate),
César Pinto, a expectativa é que a disputa entre grupos estrangeiros e
nacionais continue acirrada nos próximos leilões da Aneel. "Os grupos
estrangeiros estão cada vez mais competitivos", diz. O diretor afirma
que segundo estimativa da associação, a participação dos grupos privados
no mercado de transmissão de energia elétrica é de aproximadamente 10%
em extensão, mas chega aos 30% no faturamento por conta de mudanças introduzidas
na nova metodologia que rege atualmente as concessões neste segmento.
As empresas vencedoras dos leilões têm contratos de 30 anos com receita
integral nos primeiros 15 e 50% no restante do período. (Gazeta Mercantil
- 03.11.2004) 10
Luz Para Todos vai recorrer a fontes alternativas de energia 11 Revitalização da Bacia do São Francisco é defendida pela Chesf Os presidentes da Agência Nacional de Águas, Jerson Kelman, e da Chesf, Dilton da Conti Oliveira, defenderam a necessidade da revitalização e conservação da Bacia do São Francisco, durante debate promovido pela Comissão Especial da Proposta de Emenda à Constituição sobre a Revitalização da bacia. O presidente da Chesf destacou que é indispensável a aprovação da PEC que cria o Fundo de Revitalização Hidroambiental e de Desenvolvimento Sustentável do São Francisco. De acordo com levantamento feito pela ANA, serão necessários R$ 5,2 bilhões para o projeto. (Canal Energia - 01.11.2004) 12 Comissão será criada para usina de Garabi Uma reunião entre os governadores do Rio Grande do Sul e das províncias argentinas de Corrientes e de Misiones, no dia 22 de novembro, em Porto Alegre, vai tratar da criação de uma comissão para coordenar a implantação da Hidrelétrica Binacional de Garabi. Garabi terá investimentos de R$ 6 bilhões, com geração de 1.860 MW e criação de 10 mil empregos diretos temporários nas obras e 25 mil indiretos. A capacidade de produção da usina corresponde à metade do total de 3.400 MW de energia consumida no Estado. (Elétrica - 01.11.2004) O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) defendeu a construção do complexo hidrelétrico do rio Madeira, capaz de produzir 7,5 mil MW de energia elétrica, por duas usinas (Santo Antônio e Jirau). Raupp lembrou que a obra está prevista no o Plano Plurianual 2004-2007. (Canal Energia - 01.11.2004) Refrigeradores, condicionadores de ar e sistemas de iluminação deverão ser os próximos produtos a serem regulamentados pela Lei de Eficiência Energética, que fixa o máximo de energia que um aparelho pode consumir. (Diário Catarinense - 30.11.2004) O bloqueio que 400 ecologistas e agricultores vinculados ao Movimento dos Atingidos por Barragens fazem ao corte das matas que serão alagadas pela Usina Hidrelétrica de Barra Grande já dura mais de 10 dias e segue sem perspectiva de uma solução longe dos tribunais. (Elétrica - 01.11.2004)
Empresas 1 Técnicos do Citic farão reuniões com a Eletrobrás De hoje
até o dia 9 de novembro, 11 técnicos do China International Trust & Investment
Corporation (Citic), braço do governo chinês para investimentos em infra-estrutura
no exterior, estarão no Brasil para uma série de reuniões com a Eletrobrás.
O objetivo dos encontros é discutir a realização de estudos conjuntos
sobre a implementação no país de projetos de geração e transmissão de
energia. Também serão debatidas formas de viabilizar a participação da
China em empreendimentos da Eletrobrás. (Folha de São Paulo - 03.11.2004)
2 Cemig registra lucro de R$ 378 mi no terceiro trimestre A Cemig registrou um lucro de R$ 378 milhões no terceiro trimestre, R$ 100 milhões a mais do que foi apurado no mesmo período do ano passado, quando o lucro foi de R$ 278 milhões. No acumulado do ano, o lucro da companhia atingiu R$ 935 milhões, valor 15% maior que o registrado entre janeiro e setembro de 2003. De acordo com a direção da empresa, o resultado é conseqüência do aumento das vendas, especialmente para o setor industrial. As vendas totais cresceram 5% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período de 2003. No segmento industrial, o aumento foi de 8%. A receita líquida do terceiro trimestre foi de R$ 1,7 bilhão, em comparação ao R$ 1,513 bilhão do mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, a receita chegou a R$ 5,1 bilhões, R$ 1, 04 bilhão a mais do que o registrado entre janeiro e setembro de 2003. O lajida (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) apurado no terceiro trimestre foi de R$ 563 milhões. No acumulado do ano, o lajida chegou a R$ 1,704 bilhão. (Valor - 01.11.2004) 3 Cemig pode entra na justiça contra Aneel O presidente
da Cemig, Djalma de Morais, informou que poderá entrar na Justiça contra
a Aneel caso ela mantenha a decisão de reduzir o reajuste aplicado em
abril nas tarifas. A Aneel reviu os números de expectativa de receita
da Cemig e reduziu de 19,13% para 14% o reajuste. No momento, a Cemig
aguarda julgamento do recurso administrativo. "Se a Aneel não nos der
ganho de causa, vamos analisar se vale a pena ir à Justiça", afirmou Morais.
O impacto da redução do reajuste na receita da empresa é de R$ 40 milhões.
(Valor - 01.11.2004) 4
Cemig concluirá desverticalização até o fim do ano 5 Tarifas no Norte sobem até 21,76% A eletricidade
nos estados da Região Norte está mais cara. As quatro maiores distribuidoras
da região foram autorizadas a aumentar suas tarifas pela Aneel e os reajustes
podem chegar a 21,76%. As correções valem para os clientes das empresas
Boa Vista Energia e CER, ambas de Roraima; Manaus Energia e CEAM, do estado
do Amazonas. O maior aumento será nas tarifas dos consumidores ligados
na rede de alta tensão da CEAM, com reajuste de 21,76%. Os clientes residenciais
da distribuidora sofrerão reajuste de 14,32%, o que totaliza um aumento
médio de 15,67%. A distribuidora amazonense Manaus Energia terá o maior
reajuste médio do grupo de aumentos autorizados pela Aneel. Suas tarifas
subirão 16,49%, sendo que o aumento para os clientes em baixa tensão será
de 12,76% e em alta tensão, de 19,71%. Em Roraima, o reajuste chegará
a 20,66% para os clientes industriais e outros ligados na rede alta tensão
da Boa Vista Energia. Os consumidores residenciais da companhia terão
aumento de tarifas de 14,31%, resultando em um reajuste médio de 15,71%.
Enquanto isso, a CER poderá aumentar linearmente suas contas em 13,46%.
(Elétrica - 01.11.2004) 6 Coelce registra aumento de 4,3% no consumo de energia em sua área de concessão entre janeiro e setembro A Coelce
teve aumento de 4,3% no consumo de energia em sua área de concessão entre
janeiro e setembro deste ano, em comparação com o montante faturado no
mesmo período em 2003. Os setores residencial, industrial e comercial
corresponderam à 79% da energia faturada pela distribuidora nos primeiros
nova meses do ano. Considerando os últimos doze meses, a distribuidora
verificou aumento de 7,3% na demanda. O consumo residencial subiu 7,8%
entre janeiro e setembro deste ano. Em setembro de 2004, o consumo foi
16,5% maior do que o vendido no mês de setembro de 2003. O setor industrial
teve expansão de 4,3% em relação ao mesmo período em 2003. As vendas para
o setor industrial no mês passado foram 9,5% maiores do que o mesmo mês
do ano passado. (Canal Energia - 03.11.2004) 7 CEEE e Enerfin fecham contrato que vai permitir conexão de eólicas no RS A CEEE e
a Enerfim assinaram, no dia 28 de outubro, um contrato que permitirá a
conexão das usinas eólicas que serão instaladas na cidade de Osório (RS).
As usinas devem entrar em operação em junho de 2006. Os investimentos
nos projetos, que totalizam 150 MW, estão estimados em US$ 200 milhões.
A Enerfin vai construir 75 aerogeradores em três complexos eólicos: Parque
dos Índios, Osório e Sangradouro. (Canal Energia - 01.11.2004) Em 1/11/2004. a Cia. Energética de Minas Gerais - Cemig pagou juros no valor de R$ 1.974,563551 por debêntures, não conversíveis, da 1ªemissão, 1ªe 2ªséries, emitidas em 1/11/2001. Nota: desde 1/11/2004, debêntures ex-juros. (Jornal do Commercio - 03.11.2004) A Alstom assinou três contratos, no valor de R$ 45 milhões, para a instalação de equipamentos para as PCHs Garganta da Jararaca, Paranatinga II e Canoa-Quebrada, localizadas no Mato Grosso. As usinas totalizam 90 MW de capacidade. (Canal Energia - 01.11.2004)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Dilma: Risco de novo racionamento de energia está afastado até 2010 O risco
de novo racionamento de energia elétrica está afastado, até 2010, segundo
Dilma Rousseff. E só voltará a ocorrer no País se o governo e os agentes
do setor não fizerem o dever de casa. A ministra reconhece que os projetos
de geração que estão em construção no Brasil não são suficientes para
garantir a oferta a partir de 2009. Mas ela acha que isso será equacionado
com as várias ações que o governo está adotando. Um primeiro esforço é
a liberação de 45 hidrelétricas "herdadas" do governo anterior que, embora
já tenham sido licitadas, estavam paralisadas. O governo já conseguiu
liberar a retomada de obras de 22 usinas. (O Estado de São Paulo - 03.11.2004)
2 Regiões Sudeste e Centro-Oeste devem ter economia de 4% com horário de verão No Rio de Janeiro, a secretaria de Energia, Indústria Naval e Petróleo calcula que a economia de energia com a adoção do horário de verão, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, seja de 4%, equivalentes a 1.600 MW, no horário de maior demanda (entre 17 h e 21 h). (Canal Energia - 01.11.2004) 3 Horário de verão: SC vai ter economia de 5% no consumo de energia durante horário de pico v A Celesc
avalia que o horário de verão resultará em economia de 5% no consumo de
energia pelo estado no momento de pico, equivalente a 110 MW. No geral,
a distribuidora estima que a queda no consumo será de 30 mil MWh, equivalente
ao consumo de um mês do município de Criciúma. Cálculos da Celesc prevêem
queda de 5,5% no horário de pico, ou 540 MW, no consumo de energia na
região Sul. (Canal Energia - 01.11.2004) 4 Cemig: MG vai ter redução de 3% a 5% no consumo de energia durante horário de verão O horário
de verão deve resultar em redução no consumo de energia entre 3% e 5%
- até 258 MW - no horário de pico em Minas Gerais, de acordo com a Cemig.
A empresa espera redução do consumo global entre 0,5% e 0,8%, em sua área
de concessão, o que representa cerca de 88 mil MWh, durante os 110 dias
de duração. (Canal Energia - 01.11.2004) 5 Falta de energia atinge aeroporto no Rio A região
da Ilha do Governador, zona norte do Rio, ficou sem energia elétrica no
final da tarde desta terça-feira. O aeroporto internacional Tom Jobim
foi uma das áreas atingidas, mas, pousos e decolagens não sofreram alterações.
A falta de energia teria sido causada por um problema em uma linha de
fornecimento que sai da subestação de Olaria. (Folha de São Paulo - 01.11.2004)
Gás e Termoelétricas 1 Dilma: Falta gás e faltam gasodutos no País Segundo a ministra Dilma Rousseff, o governo quer diversificar a matriz energética do País, já que atualmente cerca de 90% do consumo é garantido por hidrelétricas. E a segunda fonte de energia é o gás natural, onde se destaca o gás natural da Bacia de Santos, descoberto em outubro de 2003. Dilma considera o gás de Santos como "estratégico" e o governo quer antecipar a sua produção comercial para 2009, apesar de, nos planos da Petrobrás, a previsão ser para depois de 2010. Além desse campo, o governo quer acelerar a interligação do País com uma extensa rede de gasodutos. "A verdade é que falta gás e faltam gasodutos no País", resume. (O Estado de São Paulo - 03.11.2004) 2 Retomada do programa nuclear poderá custar até US$ 13 bi Especialistas
reunidos pelo governo federal para reavaliar o programa nuclear brasileiro
estimam que será preciso investir algo entre US$ 3 bilhões e US$ 13 bilhões
nas próximas duas décadas para revigorá-lo. Lançado pelos militares na
década de 70, o programa nuclear é considerado estratégico pela atual
administração, que busca formas de recuperar os investimentos na área.
Entre os vários cenários que o governo está analisando, o mais ambicioso
prevê a retomada das obras de Angra 3 e a construção de mais seis usinas
nucleares no país, segundo um funcionário que acompanha as discussões.
As novas usinas consumiriam a maior parte dos investimentos previstos
pelo grupo de especialistas. Elas tornariam viável a ampliação da planta
de enriquecimento de urânio que o governo está instalando em Resende (RJ),
criando condições para o Brasil exportar o material enriquecido e serviços
associados a outras etapas da produção de combustível para reatores de
outros países. O grupo governamental que estuda o assunto começou a trabalhar
em junho, hoje tem representantes de cinco ministérios e é coordenado
pela Casa Civil da Presidência da República. (Valor - 03.11.2004)
Grandes Consumidores 1 Siderurgia terá onda de fusões O setor
siderúrgico no Brasil promete ser protagonista de vários negócios nos
próximos dois anos. A consolidação do segmento no mercado global, cujo
último passo foi a aquisição da americana ISG pela indiana Ispat, terá
reflexos sobre as empresas no Brasil, levando a um processo de aquisições
das usinas locais, a despeito do empenho do BNDES em defender a união
de forças em torno de um grande projeto nacional do aço. O presidente
internacional da européia Arcelor, Guy Dollé, acredita que, no Brasil,
apenas a Gerdau surge como um grupo chamado de ''consolidador'', ou seja,
aquele com gabarito suficiente para crescer adquirindo outras empresas.
As demais poderão ser alvo de compra por parte de grandes grupos estrangeiros,
conforme análise feita pelo especialista Peter Marcus, da World Steel
Dynamics. (Jornal do Brasil - 03.11.2004)
Economia Brasileira 1 Alta dos juros anulará aumento de superávit A decisão do BC de interromper, no meio do ano, a queda na Selic e apertar a política monetária para conter a inflação deverá ter um custo adicional de R$ 4,2 bilhões aos cofres do Tesouro em 2004. A razão é que cerca de 60% dos títulos da dívida pública permanecem atrelados à Selic. Os R$ 4,2 bilhões a mais de juros correspondem exatamente ao montante da economia extra de recursos que o Governo federal se propôs a fazer recentemente, ao elevar a meta de superávit primário de 4,25% para 4,5% do PIB. O impacto da taxa de juros é projetado pelo próprio Governo no Anexo de Riscos Fiscais da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2004. A alteração de rota pode ser notada pelo comportamento da dívida mobiliária do Tesouro, que havia caído de 43,3% para 40,9% do PIB de janeiro a julho, mas voltou a crescer para 41,5% em setembro. (Jornal do Commercio - 03.11.2004) 2 Missão chega ao País para revisão de acordo Uma missão de técnicos do FMI chega ao País até esta quarta-feira para a nona e penúltima revisão do programa com o Brasil. Caso as metas referentes ao terceiro trimestre do ano sejam consideradas cumpridas, o Fundo liberará mais uma parcela de cerca de US$ 1,3 bilhão de um empréstimo no valor total de US$ 14 bilhões. Esse dinheiro, porém, não deverá ser sacado, a exemplo do que ocorreu ao longo de todo este ano. O Governo brasileiro considera que o atual programa com o FMI tem um caráter emergencial, ou seja, o dinheiro só será sacado caso haja alguma turbulência no cenário internacional. As parcelas já liberadas pelo FMI este ano, que somam perto de US$ 4 bilhões, mais os cerca de US$ 8 bilhões liberados no final do ano passado, continuam à disposição do País. O principal compromisso do Brasil com o FMI, o resultado primário foi cumprido com folga. (Jornal do Commercio - 03.11.2004) 3
Mercado prevê alta de 0,5 ponto na Selic em novembro, segundo Focus 4 Mercado eleva projeção do IPCA de 2004 para 7,20% O mercado
financeiro voltou a elevar ligeiramente a projeção média para o índice
oficial de inflação de 2004 e 2005. A mediana das expectativas para o
IPCA deste ano foi de 7,20%, pouco acima dos 7,18% da projeção da semana
retrasada. Para 2005, o mercado aumentou a expectativa do IPCA de 5,89%
para 5,90%. De acordo com o levantamento semanal feito pelo BC junto a
instituições financeiras, a previsão para o IGP-M de 2004 caiu de 12,37%
para 12,24%. Para o IGP-DI, foi de 12,19% a 12,17%. Para o IPC da Fipe,
a mediana das expectativas dos analistas subiu de 6,25% para 6,29%. Para
o mês de outubro, a mediana das expectativas para o IPCA manteve-se em
0,45%, para novembro continuou em 0,60%. (Valor Online - 03.11.2004) 5 Mercado mantém estável previsão de alta do PIB em 2004 e 2005 Para o crescimento
do PIB, a mediana das expectativas aponta crescimento de 4,56% neste ano,
mesma previsão da pesquisa anterior. Para 2005, a estimativa média se
manteve em 3,50%. A estimativa média para o superávit da balança comercial
neste ano subiu de US$ 32,63 bilhões para US$ 32,95 bilhões. Para 2005,
permaneceu em US$ 27 bilhões. Os analistas mantiveram a projeção para
a entrada de investimentos estrangeiros em 2004 em US$ 15 bilhões. A estimativa
para 2005 continuou em US$ 13 bilhões. A previsão dos analistas para as
contas correntes brasileiras em 2004 ficou em superávit de US$ 10 bilhões.
O resultado esperado para 2005 passou de superávit de US$ 3,60 bilhões
para US$ 3,56 bilhões. Para a produção industrial, a mediana das expectativas
dos analistas aponta crescimento de 7,30% neste ano. Em 2005, a estimativa
permaneceu de alta de 4,17%. (Valor Online - 03.11.2004) 6 BC prevê entrada de US$ 17 bi em 2004 A estimativa do BC é de o país atrair US$ 17 bilhões em investimentos diretos estrangeiros em 2004. Se confirmada, a cifra fica bem acima dos US$ 10,1 bilhões que o Brasil obteve no ano passado, segundo dados da Unctad. O problema, entretanto, é que a negociação de fusão da cervejaria brasileira AmBev e da belga Interbrew, que movimentou US$ 6,089 bilhões, mascara o desempenho da entrada de fluxos estrangeiros no Brasil. Descontada a transação entre as duas empresas, a entrada de capital externo fecharia este ano em US$ 8,3 bilhões, quase US$ 2 bilhões a menos que em 2003. (Folha Online - 03.11.2004) 7
IPC-S desacelera para 0,10% O mercado
financeiro teve uma manhã de números bastante positivos, com influência
essencialmente externa. O dólar caiu 0,77%, cotado a R$ 2,830 na compra
e R$ 2,832 na venda. Na segunda, o dólar comercial terminou com declínio
de 0,17%, cotada a R$ 2,852 para a compra e R$ 2,854 para a venda, na
mínima do dia. (O Globo Online e Valor Online - 03.11.2004)
Internacional 1 Red Eléctrica registra lucro de 101 mi de euros entre janeiro e setembro de 2004 O resultado
líquido da espanhola Red Eléctrica subiu 14,22% nos primeiros nove meses
do ano, face a igual período de 2003, para 101 milhões de euros. As receitas
aumentaram 1,35% para 691,1 milhões de euros, mas caso não se contabilize
o negócio da compra de energia, subiu 5,9% para 545,9 milhões de euros
devido ao aumento da retribuição da atividade de transporte de energia.
A despesa consolidada, sem as compras de energia, foi 2,9% superior à
do ano passado para 200,4 milhões de euros. O resultado bruto de exploração
(EBITDA) aumentou 8,3% para 354,08 milhões de euros e o resultado operacional
(EBIT) subiu 9,6% para 203,13 milhões de euros. A dívida financeira líquida
era, no dia 30 de setembro, de 1,954 bilhão de euros. (Diário Econômico
- 03.11.2004) 2 Gás Natural registra lucro de 451,4 mi de euros até setembro de 2004 A Gás Natural
revelou que o seu lucro líquido aumentou nos nove primeiros meses do ano
em 7,1% para os 451,4 milhões de euros, abaixo das previsões médias dos
analistas. Segundo um comunicado emitido pela Gas Natural, a empresa atribui
a subida do seu resultado à recuperação econômica na América Latina, bem
como à sua expansão na Itália, onde a empresa está adquirindo pequenas
distribuidoras como parte da sua estratégia mediterrânea. No período em
análise, o EBITDA da empresa cresceu 12% para 1 bilhão de euros, dentro
do esperado pelo mercado, enquanto o lucro operacional subiu 11,6% para
os 665 milhões de euros, um pouco abaixo das expectativas médias dos peritos,
as quais apontavam para os 674 milhões de euros. O documento adianta ainda
que a Gas Natural reduziu a sua participação na Enagás de 34,4 para 33,5%.
(Diário Econômico - 03.11.2004)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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