l IFE:
nº 1.457 - 28 de outubro de 2004 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Vale do Rio Doce: Novo modelo vai beneficiar não apenas autoprodutores A diretora
do Departamento de Energia da Companhia Vale do Rio Doce, Vânia Somavilla,
acredita que o Novo Modelo do setor elétrico, após pequenos ajustes, beneficiará
não apenas as empresas autoprodutoras de energia. "A hora em que se investe
em autoprodução, a gente permite que se libere o que eles chamam de energia
velha para ser comercializada para a população, o que barateia as tarifas.
Nosso objetivo é proteger a empresa de riscos, e atuar junto à sociedade
para evitar uma possível crise de energia. Nunca temos a energia apenas
como uma commoditie". (Canal Energia - 28.10.2004) 2 Ibama não define prazo para licenciamento ambiental de hidrelétrica de Estreito O Ibama
informou que ainda não há expectativa de prazo para a conclusão do processo
de licenciamento prévio da hidrelétrica de Estreito. Segundo o órgão,
ainda não foram concluídas todas as etapas do licenciamento. O Ibama explicou
que o processo de licenciamento depende da análise do novo Relatório de
Impacto Ambiental e da realização de audiências públicas. O consórcio
Estreito Energia, formado pela Alcoa Alumínio, BHP Billiton Metais, Camargo
Corrêa Energia, Vale do Rio Doce e Tractebel, recorreu administrativamente
contra a realização de novas audiências públicas, mas os recursos foram
negados pelo Ibama. Os empreendedores recorreram ao Ministério do Meio
Ambiente, que está concluindo a avaliação da necessidade das audiências.
(Canal Energia - 28.10.2004)
Empresas 1 Aneel e Grupo Rede travam embate sobre empréstimos Depois de
mais de um ano de atritos, a Aneel e o Grupo Rede, holding do setor elétrico
que controla as concessionárias de energia Celpa, Cemat, Celtins e Cauiá
(interior de SP ) selaram um acordo de paz. Esta trégua, no entanto, poderá
ser efêmera. O motivo do atrito são os empréstimos que as subsidiárias
do Rede fizeram entre si, os chamados contratos de mútuo, que segundo
a agência reguladora descapitalizaram algumas das concessionárias. A Celpa,
por exemplo, é credora de R$ 500 milhões de empréstimos feitos às suas
empresas "irmãs". A Cemat deve R$ 500 milhões e é credora de outros R$
476 milhões. A Caiuá, que além de concessionária também é uma holding
que controla outras subsidiárias, é devedora de R$ 350 milhões. Nos últimos
dias, as duas partes selaram uma trégua com o compromisso, do Rede, de
regularização das empresas descapitalizadas em 10 anos, com prazo de carência
de 18 meses. Apesar de selada a negociação para este imbróglio, um novo
embate poderá ocorrer em breve entre a agência reguladora e o Grupo Rede.
Isso porque uma nova leva de contratos de empréstimos de mútuo entre subsidiárias
foi encaminhada pelo Rede à Aneel para aprovação. (Valor - 28.10.2004)
2 Grupo Rede se baseia na brecha dada pelo novo modelo do setor elétrico Em nota de esclarecimento enviada pelo Grupo Rede, a empresa diz que se baseia na brecha dada pelo novo modelo do setor elétrico, a lei nº 10.848, aprovada pelo Congresso Nacional em 15 de março. A lei autoriza, em seu artigo 20, o empréstimo de recursos financeiros entre empresas de um mesmo grupo econômico, desde que os montantes envolvidos sejam investidos no setor elétrico. Este dispositivo não veio na Medida Provisória elaborada pelo governo, mas acabou inserido no projeto quando este tramitava no Congresso. As operações de mútuo foram consideradas irregulares pela Aneel, e levaram a agência a aplicar multas que somam R$ 4,5 milhões no Grupo Rede. Além disto, a agência chegou a cancelar, no ano passado, a validade de todas as operações e determinou que a empresa devolvesse às concessionárias os recursos transferidos. Mas o grupo Rede entrou na 9ª Vara da Justiça Federal em Brasília e conseguiu em outubro do ano passado liminar mantendo a validade das operações. Esta liminar ainda está em vigor. (Valor - 28.10.2004) 3 Grupo Rede está em disputa com 2,6 mil empregados da Celpa O Grupo
Rede está em disputa com 2,6 mil empregados da Celpa que movem uma ação
trabalhista contra a empresa há mais de dez anos. Na terça-feira, foi
feita uma reunião conciliatória promovida pelo ministro do Tribunal Superior
do Trabalho (TST), Ronaldo Lopes Leal. No encontro, o ministro do TST
propôs o pagamento, pela empresa, de R$ 360 milhões aos funcionários.
Não houve acordo e uma nova reunião foi agendada para novembro. A ação
é movida pelo Sindicato dos Urbanistas do Pará. Os empregados da Celpa
pedem na Justiça a restituição das perdas do plano Bresser, de 1987 a
1988. O julgamento do caso em primeira instância foi em 1994, quando foi
decidido em favor dos trabalhadores o pagamento de R$ 150 milhões. Quando
o Grupo Rede comprou a Celpa, em leilão de privatização 1997, seus advogados
não consideraram o processo e a empresa provisionou apenas R$ 3 milhões
para as indenizações. Mas o TST, última instância judicial, iniciou o
julgamento em plenário nesta semana, onde não cabe mais recurso. (Valor
- 28.10.2004) 4
EDF estuda vender participação na Light 5 CPFL Brasil realiza leilão para compra de 50 MWh A CPFL Brasil,
braço de comercialização do grupo CPFL Energia, vai realizar um leilão
para compra de 50 MWh, volume que, dependendo da variação de preços apresentada,
pode chegar 100 MWh. O negócio ocorrerá nesta quinta-feira, dia 28 de
outubro, e ocorrerá através de plataforma eletrônica na internet. Poderão
participar do leilão todas as empresas autorizadas a vender energia elétrica
no mercado livre. O período para o fornecimento da energia adquirida vai
de 2005 a 2012, e visa atender a demanda de mercado das empresas do grupo.
Doze dos maiores geradores e agentes comercializadores do país vão participar
do leilão. As ofetantes habilitadas são Chesf, Furnas, Cesp, Copel, Cemig,
Tractebel, GCS, União Comercializadora, Enertrade, Petrobras, Duke Energy
e Eletronorte. (Canal Energia - 27.10.2004) 6 Copel construirá duas subestações em Londrina A Copel
vai investir R$ 50 milhões em quatro novas subestações que facilitarão
e melhorarão a distribuição de energia elétrica na região Norte do Estado.
A primeira delas deve ser inaugurada no próximo mês, em Apucarana. Em
Rolândia, as obras começam em breve e, em Londrina, as duas subestações
projetadas (Jardim Bandeirantes e Vale do Reno) terão seus editais de
licitação publicados no final deste ano. Segundo Roberley Savariego, superintendente
da região Norte, esse tipo de construção demora entre 10 e 12 meses. Essa
informação foi repassada, ontem, pelo presidente da Companhia Paulo Pimentel
durante o III Seminário Copel Esclarece dirigido a grandes consumidores
(indústria e comércio). (Folha de Londrina - 28.10.2004) 7 Celesc vai recorrer de ações de consumidores contra a empresa A Celesc
discute, no âmbito administrativo, a multa aplicada pela Aneel da ordem
de R$ 7,9 milhões. De acordo com o chefe do Departamento Jurídico da empresa,
Ronaldo Jardim da Silva, os 577 pedidos administrativos solicitados por
consumidores foram negados. Atualmente cerca de 100 processos encontram-se
no Juizado Especial Cível de Florianópolis e já tiveram sentença parcialmente
favorável aos reclamantes. Segundo Silva, a empresa recorrerá de todos
os casos abertos pelos consumidores, bem como da ação impetrada pelo Ministério
Público, pois entende que o acidente como "caso fortuito de força maior".
(Canal Energia - 27.10.2004) 8 Cat-Leo aposta no mercado de PCHs em MG A Cat-Leo Energia, do grupo Cataguazes-Leopoldina, inaugurou este mês um escritório em Belo Horizonte (MG) voltado para o mercado de pequenas centrais hidrelétricas. O objetivo é aproveitar o potencial de 2,8 mil MW inventariado de PCHs em Minas Gerais. A estimativa é que estas usinas movimentem R$ 8,5 bilhões em investimentos nos próximos anos. O presidente da Cat-Leo Energia, José Antônio da Silva Marques, acredita que o segmento de PCH terá um grande crescimento devido à demanda do Proinfa e do mercado de consumidores com carga de 0,5 MW a 3 MW. A expectativa é que a empresa participe de todas as fases de implantação da usina ou trabalhe em serviços isolados. (Canal Energia - 27.10.2004) 9 Audiência pública vai discutir revisão tarifária da Sulgipe A Aneel realiza, no dia 5 de novembro, audiência pública para o processo de revisão tarifária periódica da Sulgipe. A reunião acontece no município de Estância, no Sergipe. O índice tarifário definido preliminarmente para a concessionária é de 12,46%. Deste total, 10,34% se referem ao reposicionamento tarifário e a diferença de 2,12% é relativa à cobertura da Parcela A. O Fator X proposto é de 3,24%. (Canal Energia - 27.10.2004) 10 Eletrosul realiza vistoria no sistema A Eletrosul
iniciou ontem um trabalho de vistoria aérea em todo o seu sistema de transmissão.
A atividade ocorre anualmente e tem como objetivo verificar as condições
das linhas e torres, complementando o trabalho terrestre feito por equipes
da empresa de forma rotineira. Ao todo serão vistoriados 9 mil km de linhas
de transmissão, 19 mil torres e 68 mil km de cabos, que são responsáveis
pelo atendimento de 28 milhões de pessoas nos estados do Paraná, Santa
Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. De acordo com o coordenador
técnico de Manutenção de Linha de Transmissão da Eletrosul Paraná, Roberto
José Gunha, só no Estado serão verificadas as condições de 8 mil torres
e cerca de 3,5 mil km de linhas. O objetivo é detectar defeitos mais urgentes,
que em função de condições geográficas não são possíveis identificar em
vistorias terrestres. (Paraná Online - 28.10.2004) 11 Cemig investe R$ 5 mi em programa de desenvolvimento de célula de combustível A Cemig está realizando pesquisas sobre células de combustível à base de etanol. Segundo o superintendente de Tecnologia e Alternativas Energéticas da estatal, José Henrique Diniz, a empresa investiu R$ 5 milhões no programa que desenvolve a obtenção de hidrogênio para a geração, inclusive com recursos da CT-Energ. A Cemig realizou parcerias com o Centro de Referência de Energia de Hidrogênio e a Unicamp, entre outras entidades. Diniz ressaltou que o custo estimado do equipamento ainda é alto: o ideal para que uma célula seja viabilizada comercialmente é estimada em US$ 1 mil /kW. (Canal Energia - 27.10.2004) No pregão
do dia 27-10-2004, o IBOVESPA fechou a 23.170.78 pontos, representando
uma alta de 1,41% em relação ao dia anterior, com movimento de R$ 990
milhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,57%,
fechando a 6.485,38 pontos. Este conjunto de empresas movimentou R$ 78,3
milhões, representando 7,90% de todo o movimento do dia. As ações da Eletrobrás
tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 45,10 ON e R$ 42,90
PNB, baixa de 0,64% e alta de 0,96%, respectivamente, em relação ao fechamento
do dia anterior. Destaca-se que estas ações movimentaram R$ 17 milhões
as ON e R$ 30,7 milhões as PNB. De todo o movimento das ações que compõem
o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis por 39% do volume monetário.
Na abertura do pregão do dia 28-10-2004 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 44,75 as ações ON, baixa de 0,8% em relação ao dia anterior e R$
42,00 as ações PNB, baixa de 2,1% em relação ao dia anterior. (Economática
e Investishop - 27.10.2004)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Dilma Rousseff rebate prognóstico da AIE de racionamento até 2010 A ministra
Dilma Rousseff, descartou a possibilidade de racionamento até 2010 e reagiu
com indignação à divulgação de relatório da Agência Internacional de Energia
(AIE). Entidade respeitada e mantida pelos grandes países consumidores
de petróleo, a AIE apresentou estudo em que alerta para o risco de déficit
energético no Brasil em 2030. "Isso é alarmista, não é uma questão simples",
criticou Dilma, rebatendo os números do relatório. Dilma criticou não
só aspectos do estudo, mas a interpretação dada por analistas. "Eu respeito
a agência, mas estranhei a leitura do relatório", afirmou. No estudo,
a AIE trabalha com crescimento econômico médio de 3% ao ano, aumento de
2,9% no consumo de energia e de 2,1% na geração. Para a ministra, apesar
de hipóteses, esses números desconsideram a realidade do país. (Valor
- 28.10.2004) 2 Dilma: biomassa terá papel essencial na diversificação da matriz energética brasileira A geração por biomassa foi apontada pela ministra Dilma Rousseff como essencial para a diversificação da matriz energética brasileira, ocupando lugar de destaque em relação a outras fontes, como térmica e nuclear. "As termelétricas e as usinas nucleares não têm para nós a mesma importância que têm para países como Japão e França, por exemplo. Nenhum deles têm a diversidade de hipóteses energéticas que o Brasil tem", defendeu Dilma. (Canal Energia - 27.10.2004) 3 Dilma: Novas linhas de transmissão deverão integrar a América do Sul Rebatendo
os dados do relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) a ministra
Dilma Rousseff afirmou que, diferentemente dos países desenvolvidos, o
Brasil explorou apenas um quarto do potencial de seus recursos hídricos.
O governo, além das hidrelétricas, tem a opção de aumentar a geração de
energia a partir de biomassa. Dilma destacou ainda que, mesmo se o crescimento
da demanda crescer mais do que a capacidade, novas linhas de transmissão
deverão integrar a América do Sul e permitir a importação de energia de
países vizinhas - possibilidade também ignorada no estudo. "Estamos tomando
todas as providências possíveis e imagináveis para que não haja racionamento
nem apagão", enfatizou. (Valor - 28.10.2004) 4 Bairros de Porto Alegre ficam sem energia elétrica por 15 minutos O centro
de Porto Alegre e os bairros Auxiliadora, Moinhos de Vento e Cristal foram
os mais afetados pela falta de energia que atingiu a cidade, por aproximadamente
15 minutos, na tarde desta quarta-feira. Segundo a Companhia Estadual
de Energia Elétrica, o apagão foi provocado por um problema na subestação
da zona leste e atingiu mais duas unidades de transmissão da cidade. No
início da noite, depois de normalizado o fornecimento, apenas os semáforos
ainda apresentavam problemas. (Folha Online - 27.10.2004) 5 Submercado Sudeste/Centro-Oeste registra volume 37,4% acima da curva de aversão ao risco A capacidade
dos reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste está em 62,5%, mantendo
o mesmo nível registrado no dia 25 de outubro. O índice fica 37,4% acima
da curva de aversão ao risco. As hidrelétricas Marimbondo e S. Simão apresentam
48,4% e 75,2% de volume armazenado em seus reservatórios, respectivamente.
(Canal Energia - 27.10.2004) 6 Nível de armazenamento do submercado Sul está em 87,8% O índice
de armazenamento dos reservatórios do subsistema Sul está em 87,8%. Em
relação ao dia 25 de outubro, houve aumento de 2,5% no volume armazenado.
A capacidade da hidrelétrica S. Santiago está em 87,8%. (Canal Energia
- 27.10.2004) 7 Submercado Nordeste registra volume 47,6% acima da curva de aversão ao risco O nível
dos reservatórios do subsistema Nordeste está em 65,3%. O índice fica
47,6% acima da curva de aversão ao risco. Em relação ao dia 25 de outubro,
houve queda de 0,3% no volume armazenado. A hidrelétrica de Sobradinho
opera com capacidade de 63,1%. (Canal Energia - 27.10.2004) 8 Nível de armazenamento do submercado Norte chega a 39,4% Os reservatórios
do Norte apresentam 39,4% de volume armazenado, com queda de 0,6% em relação
ao dia 25 de outubro. A hidrelétrica de Tucuruí está operando com apenas
37,2% de capacidade. (Canal Energia - 27.10.2004)
Gás e Termoelétricas 1 Dilma: Investimento no gasoduto Sudeste-Nordeste será feito por quem apresentar as maiores vantagens A ministra Dilma Rousseff também procurou desmentir rumores de que se desentendeu com o presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, a respeito da atração de investimentos para a construção do gasoduto Sudeste-Nordeste - obra orçada em US$ 1 bilhão e que requer financiamento estrangeiro. Ele negou haver uma preferência pessoal, de sua parte, pela atração de investidores - em oposição a uma suposta preferência de Dutra por uma parceria com os japoneses, que já têm experiência com a Petrobras. "Os investimentos serão feitos com quem apresentar as maiores vantagens", resumiu Dilma, embora em nenhum momento tenha mencionado especificamente os japoneses. Ela frisou, no entanto, que já existe um memorando que cria "parceria estratégica" com a China nessa área. "Isso não significa que outros memorandos e outras parcerias estratégicas não possam ser estabelecidas. Não tenho preferência por nenhum investidor em especial", acrescentou. (Valor - 28.10.2004) 2 Grupo BG investe em cogeração Em dois
anos a subsidiária Iqara Energy aplicou US$ 3,5 milhões em seis projetos
de São Paulo. O incentivo ao crescimento do consumo de gás natural, em
especial para geração de energia elétrica, fez o grupo britânico BG, que
possui 60% de participação na distribuidora paulista Comgás, criar a Iqara
Energy Services, empresa que planeja e concretiza projetos para a utilização
do gás natural como fonte energética para climatização, além de empreendimentos
de geração distribuída e cogeração (em que além de produzir energia, o
gerador ou turbina também fornece água quente e fria). Menos de dois anos
depois, a empresa já realizou 130 propostas de projetos no estado e concretizou
investimentos em outros seis, que consumiram cerca de US$ 3,5 milhões.
De acordo com o diretor geral da Iqara Energy, Nelson Cardoso de Oliveira,
a expectativa da empresa é fechar outros US$ 8 milhões em contratos até
o final do ano. (Gazeta Mercantil - 28.10.2004) 3 Novo rumo nuclear do Brasil favorece Angra 3 Um estudo
visando a uma revisão do programa nuclear brasileiro que será apresentado
ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva indica, como premissa básica,
o término da construção da usina nuclear Angra 3, informou ontem, o diretor
de Pesquisa e Desenvolvimento da Comissão Nacional de Energia Nuclear,
Alfredo Tranjan Filho. A pesquisa foi pedida por Lula, durante a visita
à China há alguns meses, quando foram estabelecidas conversações sobre
a possibilidade de entendimentos entre os dois países na área nuclear.
Segundo Tranjan Filho, o estudo apresenta 81 cenários possíveis para a
área nuclear, abrangendo "desde o cenário mais simples até o mais ambicioso".
"A condição primária desses 81 cenários é que Angra 3 seja terminada",
afirmou o diretor da CNEN, que participou ontem de um debate sobre as
perspectivas da energia nuclear para o Brasil. (Paraná Online - 28.10.2004)
4 Pinguelli: Eletronuclear deve passar por saneamento financeiro O professor
da Coppe/UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa, afirmou que é necessário fazer o saneamento
financeiro da Eletronuclear antes de se pensar em Angra III. Segundo Pinguelli,
a estatal possui duas dívidas, uma de um bilhão de euros - devido aos
custos com serviços e tecnologias existentes no exterior - e outra, de
R$ 1 bilhão. Para o professor, o ideal é que a tarifa de energia fosse
situada entre R$ 110 e R$ 120. "Se bem que existem térmicas convencionais
que nem geram energia e vendem a R$ 170", considerou. (Canal Energia -
27.10.2004)
Grandes Consumidores 1 CVRD vai fazer parte da Associação Brasileira de Investidores em Autoprodução de Energia A Companhia
Vale do Rio Doce será uma das empresas integrantes da Associação Brasileira
dos Investidores em Autoprodução de Energia, nova entidade ligada ao setor
elétrico que será lançada nos próximos dias. A associação pretende reunir
os agentes que investem na autoprodução de energia elétrica. Entre as
questões a serem abordadas pela nova entidade estão os encargos pagos
pelas empresas para o transporte de energia; as perdas comerciais, que
tornam o custo de transporte até o ponto de consumo mais caro; e a liberação
de licenças ambientais. A criação da nova associação não representará
a saída da Vale da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais
de Energia. Segundo Vânia Somavilla, diretora do Departamento de Energia
da empresa, a Abiape vai funcionar como um canal de comunicação entre
as empresas eletrointensivas que buscam a autogeração e o governo. (Canal
Energia - 28.10.2004) 2 Vale e Governo acertam projeto siderúrgico O governador
do Maranhão, José Reinaldo Tavares, e o diretor de Desenvolvimento da
Companhia Vale do Rio Doce, James Pessoa, assinaram termo de cooperação
para implantação do Pólo Siderúrgico de São Luís, que deverá gerar 50
mil no os empregos no Estado. O governador destacou a importância do projeto,
lembrando que a largada rumo ao treinamento de profissionais que irão
trabalhar nas empresas instaladas no distrito siderúrgico já foi dada
com o lançamento, há mais de um mês, do Plano Estadual de Capacitação
de Recursos Humanos. Foram criadas duas comissões para atuar diretamente
nos programas de reassentamento de famílias e de capacitação de mão-de-obra
. Segundo Reinaldo Tavares, as parcerias envolvendo a Prefeitura de São
Luís, a CVRD, entidades de classe, setor produtivo e organizações não-governamentais
têm sido indispensáveis para a consolidação do projeto. (Jornal do Commercio
- 28.10.2004) 3 BNDES dá início a processo de aprovação de R$ 7,2 bi para usina da CSN O BNDES
aprovou o enquadramento - uma das primeiras etapas para a liberação de
financiamento da instituição - do projeto da CSN de construir uma usina
em Itaguaí, no Estado do Rio. O projeto prevê investimentos da ordem de
US$ 2,5 bilhões (cerca de R$ 7,2 bilhões). A diretoria da CSN não quis
dar detalhes do projeto, mas confirmou que o pedido de financiamento foi
enquadrado pelo BNDES. Um dirigente da CSN comentou, contudo, que o fato
de o banco estar sinalizando com recursos e até mesmo com uma participação
acionária poderá acelerar a aprovação do projeto pelo Conselho de Administração
da siderúrgica. A nova usina prevista para ser construída em Itaguaí está
projetada para ter uma capacidade de produção de cinco milhões de toneladas
anuais, destinadas à produção de placas de aço para exportação. Com isso,
a CSN dobraria sua capacidade de produção, que atualmente é de 5,8 milhões
de toneladas por ano. (O Globo Online - 27.10.2004)
Economia Brasileira 1 Previ e Petros demonstram interesse nas PPPs As maiores fundações do mercado, Previ e Petros, não demonstraram entusiasmo com a possibilidade de investir em ativos no exterior, embora gestores terceirizados e de fundos menores privados, defendam essa possibilidade. Os presidentes da Petros, Wagner Pinheiro; e da Previ, Sérgio Rosa, demonstraram maior interesse pela resolução rápida do modelo de Parceria Público Privada (PPP), uma opção tida por eles como mais interessante para os investimentos dos fundos. "No médio prazo, até onde conseguimos planejar uma gestão, não vejo a necessidade de aplicar em ativos estrangeiros", avaliou Rosa. Conforme estudo do pesquisador Waldery Rodrigues Junior, do Ipea, os investimentos em infra-estrutura via PPPs podem alcançar uma rentabilidade de até 30% ao ano, nos setores de distribuição de energia e de termelétricas. Outros setores, como o de transportes, podem render até 25%. (Valor - 28.10.2004) 2 INSS registra déficit de R$ 20 bi As contas do Instituto Nacional da Seguridade Social registram um prejuízo de R$ 20 bilhões no acumulado de janeiro a setembro deste ano, 9,6% acima do déficit lançado no mesmo período de 2003. A conta negativa é resultado do encontro de uma arrecadação líquida de R$ 66,2 bilhões com gastos iguais a R$ 86,2 bilhões. No mês passado, houve uma pequena melhora no resultado da Previdência Social, apesar de o governo ter gasto R$ 2,55 bilhões a mais do que arrecadou. Em agosto, o déficit mensal foi de R$ 2,575 bilhões. A melhora no mês de setembro aconteceu porque houve aumento da arrecadação, informaram os representantes do ministério. Segundo a secretária-executiva do Ministério da Previdência, Lieda Amaral de Souza o destaque ficou por conta da arrecadação líquida das empresas, em decorrência do aquecimento da economia e da tendência de crescimento do emprego formal. (Gazeta Mercantil - 28.10.2004) 3
Vendas no Rio crescem 4,26% em setembro 4 Capacidade instalada é a maior desde 1976 O nível
de utilização da capacidade instalada da indústria brasileira alcançou
86,1% em outubro, maior taxa para este mês desde 1976 (89%) e a maior
taxa mensal desde janeiro de 1977 (87%). Este foi um dos resultados apresentados
pela Sondagem Industrial da FGV, que indicam um "crescimento contínuo
e acelerado da produção industrial". Para a Fundação, o elevado uso da
capacidade não representa ameaça imediata: os investimentos privados em
produção deverão se intensificar em 2005 e o ciclo atual de crescimento
indica ser "permanente e consistente". O uso da capacidade avançou este
ano com o crescimento da demanda, depois de dois anos de baixos investimentos
na produção. Entre 2002 e 2003, as indústrias investiram perto de 5,8%
do faturamento total, bem abaixo dos 8,46% de 2001. Para 2004, a previsão
é de uma taxa de 6,52%. (Jornal do Commercio - 28.10.2004) 5 NYT aponta falhas na infra-estrutura no Brasil Após o "Financial
Times", ontem foi a vez de o "New York Times" destacar os problemas de
infra-estrutura enfrentados pelo Brasil em um ano marcado pelo forte crescimento
econômico. "Todos os anos, durante os embarques da soja, os brasileiros
percebem que precisam superar obstáculos de infra-estrutura para se consolidar
como um grande negociador mundial", diz o jornal. O jornal dos EUA lembra
que, para manter o ritmo de crescimento nas exportações, o país precisa,
com urgência, atrair bilhões de dólares em investimentos na infra-estrutura.
Entre as principais dificuldades estruturais, o jornal cita, além dos
portos, as estradas e rodovias do país, que atrasam as viagens dos locais
de produção para as áreas de exportação. (Folha Online - 28.10.2004) 6 Copom teme que alta do petróleo contamine inflação de 2005 O BC cogita incluir a escalada dos preços do petróleo em seu cenário básico de projeção da conjuntura econômica e de preços, revela a ata da reunião de outubro do Copom. Até agora, a crise do petróleo é considerada apenas como "mero risco latente à concretização desse cenário" . O receio do BC é que a adequação dos preços domésticos dos combustíveis às cotações internacionais contamine "mais fortemente a inflação de 2005 ". " No cenário doméstico, continua indefinida a trajetória de realinhamento dos preços dos derivados de petróleo em relação às cotações internacionais " , afirma o texto, reconhecendo que o realinhamento pode " ser postergado, mas não evitado " Assim, para o Copom, " aumenta a possibilidade de que o impacto desse realinhamento acabe contaminando mais fortemente a inflação de 2005 " . A ata da reunião manifesta certo descontentamento com um eventual atraso nos reajustes dos combustíveis no mercado interno. (Valor Online - 28.10.2004) 7
Desemprego total em SP cai a 17,9% da PEA em setembro,diz Seade/Dieese
8 Inflação medida pelo IGP-M cai para 0,39% em outubro A inflação
medida pelo IGP-M registrou forte desaceleração em outubro. O índice recuou
de 0,69% em setembro para 0,39% neste mês, informou nesta quinta-feira
a FGV. O mercado esperava alta de 0,50%, segundo pesquisa do BC com cerca
de cem instituições financeiras. A queda do preço dos alimentos mais uma
vez contribuiu para que a inflação subisse menos. No ano, o IGP-M acumula
alta de 10,69%. Nos últimos 12 meses, a taxa está 11,91%. As três parcelas
que compõem o índice apresentaram as seguintes variações: IPA-M, que tem
peso de 60% na taxa geral, ficou em 0,44% ante uma alta de 0,90% em setembro;
o IPC-M, com peso de 30% no IGP, caiu de 0,15% para 0,05%; já o INCC-M
subiu, de 0,67% para 0,95%. (O Globo Online - 28.10.2004) O dólar
comercial abriu as operações com avanço. Às 9h56, a moeda subia 0,27%
perante o fechamento de ontem, cotada a R$ 2,8680 na compra e R$ 2,87
na venda. No mercado futuro, os contratos de novembro negociados na BM
& F tinham alta de 0,31%, projetando a moeda a R$ 2,873. Ontem, o dólar
comercial recuou 0,13% ante terça-feira, negociado a R$ 2,86 para compra
e R$ 2,8620 para venda. (Valor Online - 28.10.2004)
Internacional 1 Brasil ajuda na crise energética cubana O presidente
Luiz Inácio Lula da Silva comprometeu-se na terça-feira à tarde, por telefone,
com seu colega cubano, Fidel Castro, a enviar ajuda para que Cuba supere
a crise energética que se abateu sobre o país. De forma emergencial, o
Brasil poderá enviar óleo combustível e turbinas para a ilha, que também
deverá receber apoio técnico brasileiro. Em um segundo momento, possivelmente,
os cubanos poderão conhecer a experiência de produção brasileira de energia
de biomassa, que usa o bagaço da cana-de-açúcar. A ajuda do Brasil será
definida pela ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, que viaja hoje
para a Venezuela, que já está enviando óleo combustível para Cuba. Ali,
Dilma deve se encontrar com sua contraparte cubana. "Ainda não sabemos
como será a ajuda a Cuba pois não temos notícias exatas do problema que
o país atravessa, se é localizado ou em toda a ilha", afirmou a ministra.
Ela lembrou que o procedimento é semelhante ao adotado pelo Brasil nas
recentes crises energéticas da Argentina e do Uruguai, quando o Brasil
forneceu energia elétrica aos países vizinhos. (Valor - 28.10.2004)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
|