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IFE: nº 1.454 - 25 de outubro de 2004
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Aneel e ANP trocam seus diretores-gerais
2 Procurador vê impedimento na nomeação de Cardeal para a Aneel
3 Abdo: IPCA vai beneficiar o consumidor já em 2005
4 Diretor-geral da Aneel pode prestar contas da agência em audiência na Câmara dos Deputados
5 Empresas contrariam decreto e realizam leilão de compra de energia
6 Comerc: Uma das opções é partir para a briga e garantir na Justiça
7 Abraceel está desapontada com decreto que restringe acesso ao mercado livre
8 Sentença reduz ICMS sobre energia elétrica
9 Abdib mostra participação da iniciativa privada e do poder público nos empreendimentos de geração
10 Corte de árvores para usina de Barra Grande é impedido por agricultores
11 Pesquisa vai avaliar eficiência energética em SC
12 Unicamp testa gerador de energia a partir de etanol

Empresas
1 Reposicionamento tarifário de 2003 da Bandeirante Energia é reduzido para 10,51%
2 Light vai realizar pagamento de R$ 77 mi referente à RGR
3 Celesc pretende enviar projeto de lei que autoriza sua desverticalização em novembro

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Consumo de energia em SP tem crescimento de 9,7% em setembro
2 Desperdício de energia no Brasil é de 30%
3 Serviço de energia pode provocar interrupção de água em Ilhabela (SP)

Gás e Termelétricas
1 MME espera preencher 2ª chamada de projetos de cogeração por biomassa
2 Requião sugere compra da UEG para ministra
3 Obra marca última etapa para fornecimento de gás da Bolívia
4 Ativação do gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre está nos planos do governo do RS
5 Energética Eldorado investe R$ 26,2 mi na construção de termelétrica no MS
6 Projeto da Petrobras para substituir frotas de ônibus por veículos a gás ainda não saiu do papel

Grandes Consumidores
1 Grupo Votorantim vai investir R$ 1,2 bi na construção de seis hidrelétricas

Economia Brasileira
1 Endividamento do Brasil baixou US$ 12 bilhões de janeiro a julho
2 Melhora na capacidade de pagamento do País

3 Taxa de desocupação recua para 10,9% em setembro
4 Berzoini acredita que desemprego caia para um dígito até o fim do ano
5 Mercado eleva previsão de inflação e de crescimento econômico
6 IPCA-15 sobe 0,32% em outubro
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Analistas prevêem lucro entre 343 e 396,5 mi de euros para EDP nos primeiros nove meses do ano
2 Petrocer notifica Autoridade de Concorrência para compra de 40,79% da Galp Energia
3 Chile encontra gás no mar
4 Verba de US$ 17 bi atrai empresas privadas na África do Sul
5 Petrobras anuncia que está ampliando a cooperação com petrolífera em Angola

 

Regulação e Novo Modelo

1 Aneel e ANP trocam seus diretores-gerais

Duas grandes agências reguladoras terão vagos os cargos de diretor-geral até janeiro. No dia 30 de novembro vence o segundo mandato de José Mário Abdo na Aneel, e no dia 15 de janeiro é a vez de Sebastião do Rego Barros, da ANP, deixar o cargo que passou a ocupar quando David Zylbersztajn se desligou da agência no meio do seu segundo mandato. Para o lugar de Abdo, o nome mais apontado, inclusive em Brasília, é o de Valter Luiz Cardeal de Souza, atual diretor de engenharia da Eletrobrás, embora seu nome também seja lembrado para a secretaria executiva do MME, hoje ocupada por Maurício Tolmasquim, que acumula o cargo com a presidência da recém-criada EPE. Já para a direção geral da ANP, vem sendo citada nos últimos meses a secretária de Petróleo e Gás do MME, Maria das Graças Foster. Em comum, ambos têm o fato de serem pessoas de confiança da ministra Dilma Rousseff. Como fator de preocupação pelo mercado está o vínculo deles com empresas reguladas: Graça é funcionária da Petrobras e Cardeal pertence aos quadros da CEEE. (Valor - 25.10.2004)

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2 Procurador vê impedimento na nomeação de Cardeal para a Aneel

O procurador Alexandre Santos de Aragão, um especialista em agências reguladoras, vê impedimento para a nomeação de Cardeal para a Aneel com base no artigo 6º da Lei 9.427/96, que criou a agência. Isso porque a lei que criou a Aneel estabelece claramente um impedimento para a nomeação de pessoal ligado a empresas reguladas. Pelo artigo, está impedido de exercer cargo de diretor-geral ou diretor da Aneel quem seja acionista ou sócio de empresa regulada, assim como membros do conselho de administração ou conselho fiscal, assim como funcionário das empresas, mesmo com contrato suspenso, como ocorre com Cardeal. O advogado explica que no caso de Maria das Graças, que está licenciada da Petrobras, não há qualquer impedimento para uma eventual nomeação para a direção da ANP, já que na Lei 9.478/97 (do Petróleo) um artigo idêntico ao que estabelece as condições para indicação dos dirigentes da Aneel foi vetado. (Valor - 25.10.2004)

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3 Abdo: IPCA vai beneficiar o consumidor já em 2005

O diretor-geral da Aneel, José Mario Abdo, avalia que o consumidor final já começará a sentir em 2005 o impacto positivo da adoção do IPCA para correção dos contratos entre geradoras e distribuidoras. O governo realizará em dezembro leilão de 55 mil MW de energia existente, e os contratos serão corrigidos pelo IPCA ao invés do IGP-M, utilizado atualmente. O IGP-M reflete a variação cambial e já está 4,8 pontos percentuais acima do do IPCA este ano até setembro. "Isso virá em benefício dos setores produtivos nacionais e do consumidor. Tem a ver com a produtividade", disse Abdo. Em 2005, ainda haverá 25 por cento da energia consumida no país regida pelos contratos antigos, mas isso acabará em 2006 --num processo conhecido por "descontratação". (Gazeta Mercantil - 25.10.2004)

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4 Diretor-geral da Aneel pode prestar contas da agência em audiência na Câmara dos Deputados

O diretor-geral da Aneel, José Mario Miranda, poderá participar de audiência pública na Câmara dos Deputados para prestar esclarecimentos sobre as contas da Aneel durante os sete anos em que esteve no cargo. A audiência foi proposta por requerimento do deputado Hamilton Casara (PSB-RO), aprovado no dia 20 de outubro. A audiência está marcada para o dia 11 de novembro e será realizada em conjunto com outras quatro comissões: Minas e Energia; Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; Defesa do Consumidor; e Fiscalização Financeira e Controle. (Canal Energia - 22.10.2004)

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5 Empresas contrariam decreto e realizam leilão de compra de energia

Contrariando um decreto presidencial publicado na quinta-feira (21/10), cinco empresas realizam hoje um leilão de compra de energia. Pela nova lei, os grupos Sadia (algumas unidades industriais, apenas); Cadbury Adams; Danone, Cecrisa (também apenas algumas unidades) e o hospital Sírio Libanês não poderiam partir para o mercado livre de energia elétrica. Mas o leilão será realizado de qualquer maneira, segundo Marcelo Parodi, sócio da Comerc, empresa que intermediará a licitação. O revés teve início a partir da publicação da lei, na semana passada, que determina que apenas indústrias ligadas em uma tensão igual ou superior a 69 kV têm o direito à mudança de fornecedor de eletricidade. Essas cinco empresas estão ligadas em uma tensão de 13,8 kV ou 34,5 kV. O governo editou a lei atendendo ao pedido das distribuidoras, que vinham perdendo clientes desde o início do ano. A licitação será mantida, segundo o sócio da Comerc, porque ainda existem dúvidas sobre falhas jurídicas no último decreto, o de nº 5.249, que muda o texto da Lei nº 9.074, de 7 de julho de 1995. (Valor - 25.10.2004)

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6 Comerc: Uma das opções é partir para a briga e garantir na Justiça

Segundo Marcelo Parodi, sócio da Comerc, se o leilão de compra de energia oferecer preços vantajosos aos consumidores, uma das opções é partir para a briga e garantir na Justiça o direito das empresas. Outro ponto, segundo Parodi, é que o secretário-executivo do MME, Maurício Tolmasquim, garantiu o direito de mudança de fornecedor aos consumidores com tensão abaixo do permitido que já optaram pela migração. O problema é que não foi estabelecido até que ponto do processo de mudança é garantido o direito. "Essas empresas que participam do leilão já entregaram às suas distribuidoras cartas comunicando a opção pela troca. Mas elas estão no meio do processo. Falta ainda a assinatura do contrato e o recebimento da energia, efetivamente". "O que o governo fez, mudando uma lei e voltando atrás dois meses depois, é uma sinalização muito ruim para o setor. Gera uma desconfiança muito grande, já que no setor os contratos serão de longo prazo", argumenta. (Valor - 25.10.2004)

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7 Abraceel está desapontada com decreto que restringe acesso ao mercado livre

Em nota à imprensa, a Associação Brasileira dos Agentes Comercializadores de Energia Elétrica afirma estar desapontada com os efeitos do decreto 5.249, que restringiu o acesso ao mercado livre para os consumidores com demanda mínima de 3 MW atendidos por tensão inferior a 69 kV. "Estamos convencidos que as limitações impostas às operações do mercado livre contribuirão para reduzir, de modo substancial, a competitividade da economia brasileira", diz a nota. (Canal Energia - 22.10.2004)

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8 Sentença reduz ICMS sobre energia elétrica

Uma editora obteve na Justiça Estadual mineira uma sentença que pode ser interessante para ajudar a reduzir o ICMS cobrado nas contas de energia elétrica. A sentença do juiz Fernando Neto Botelho, da 4ª Vara de Feitos Tributários de Belo Horizonte, determina que o tributo seja calculado somente sobre o valor de energia elétrica efetivamente consumida. Ou seja, segundo a decisão, o ICMS não deve ser pago sobre a demanda de energia meramente contratada e não utilizada pela empresa. Além disso, o imposto não deve ser cobrado sobre o valor relativo ao encargo de capacidade emergencial, conhecido como seguro apagão, cobrado nas contas de energia. De acordo com o processo, a empresa assinou contrato de demanda reservada de energia elétrica com a Cemig. Pelo contrato, a editora paga à concessionária o valor total de energia reservada, independentemente do consumo. O ICMS vem sendo cobrado da empresa sobre o valor total faturado na conta de energia elétrica. (Valor - 25.10.2004)


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9 Abdib mostra participação da iniciativa privada e do poder público nos empreendimentos de geração

O setor privado responde por 87,3% dos 11.217 MW autorizados pelo poder público na geração de energia hidrelétrica, contra 12,7% das estatais. Em relação às termelétricas, a participação privada atinge 69,1% de 15.826 MW, e as estatais respondem pelo restante. Os dados são da Abdib. O levantamento da Abdib (indústrias de base) mostra a participação da iniciativa privada e do poder público nos empreendimentos de geração de energia licitados ou autorizados pelo Estado a partir de 1995, quando foi aprovada a Lei de Concessão. O trabalho envolve 33 termelétricas e 45 hidrelétricas. (Folha de São Paulo - 25.10.2004)

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10 Corte de árvores para usina de Barra Grande é impedido por agricultores

Os operários contratados para o corte das matas na área que será inundada pelo lago da usina de Barra Grande foram impedidos, ontem, de trabalhar pelo segundo dia consecutivo. Cerca de 400 agricultores da região montaram acampamentos nas três vias de acesso ao local. Barracas e obstáculos bloqueiam a passagem dos ônibus dos trabalhadores das empresas contratadas para o desmatamento pela Energética Barra Grande S/A (Baesa), construtora da usina de 690 MW no rio Pelotas, na divisa entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina. (Estado de São Paulo - 23.10.2004)

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11 Pesquisa vai avaliar eficiência energética em SC

A partir de segunda-feira (25/10), pesquisadores contratados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) estarão percorrendo residências, indústrias, bancos, lojas, supermercados e prédios públicos de SC para identificar como o consumidor usa a energia e o que faz para economizá-la. O resultado da Avaliação do Mercado de Eficiência Energética, que tem o apoio do Procel/Eletrobrás e do Programa Celesc de Eficiência Energética (proCeleficiência), servirá de apoio para orientar e dimensionar as ações de combate ao desperdício de energia, tanto do Governo Federal quanto da Celesc. (Elétrica - 22.10.2004)

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12 Unicamp testa gerador de energia a partir de etanol

O Hospital das Clínicas da Unicamp vai se transformar em um laboratório de testes de novas tecnologias de geração distribuída de energia elétrica nos próximos quatro anos. A geração distribuída é obtida perto do local de consumo, sem necessidade da rede geral de distribuição. Uma das três tecnologias que serão testadas no HC, a célula combustível movida a gás natural, foi apresentada esta semana. O novo sistema, inédito no Brasil, produz hidrogênio a partir de gás natural e de etanol. A máquina responsável por isso será instalada ainda este ano no HC. Até o final de 2006, também estarão operando os painéis fotovoltaicos (solares) e uma microturbina importada. Juntas, as três tecnologias produzirão perto de 3% da energia consumida no hospital. (Folha de Londrina - 23.10.2004)

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Empresas

1 Reposicionamento tarifário de 2003 da Bandeirante Energia é reduzido para 10,51%

A Aneel reviu o percentual de reposicionamento atribuído a Bandeirante Energia um ano atrás, de 18,08%. De acordo com fato relevante enviado pela empresa à Bovespa, a Aneel reduziu o índice para 10,51%, em função da revisão feita pelo órgão regulador na base de remuneração utilizada durante a revisão. O novo percentual é provisório e só será confirmado após a agência validar o laudo de avaliação da base de remuneração, entregue pela companhia e realizado por avaliador independente. O reposicionamento definitivo acontecerá em 23 de outubro de 2005. (Canal Energia - 22.10.2004)

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2 Light vai realizar pagamento de R$ 77 mi referente à RGR

A Light pagará R$ 77 milhões referente à Reserva Global de Reversão. O maior valor, de R$ 75,769 milhões, se refere à cota anual do período de novembro de 2004 a outubro de 2005. O pagamento será feito em 12 parcelas iguais, a partir de 15 de dezembro de 2004, no valor de R$ 6,31 milhões. O restante do valor, R$ 1,23 milhão, é relativo à diferença da cota anual da RGR do ano de 2002. O montante será pago em 12 parcelas iguais e sucessivas de R$ 103,29 mil, a partir de 15 de dezembro de 2004. (Canal Energia - 25.10.2004)

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3 Celesc pretende enviar projeto de lei que autoriza sua desverticalização em novembro

A Celesc pretende encaminhar na primeira semana de novembro à Assembléia Legislativa do estado o projeto de lei que autoriza sua desverticalização. A tendência é que seja criada uma holding com duas subsidiárias. A concessionária estuda os impactos de viabilidade econômica e financeira da proposta. O projeto está dividido em três fases. A primeira etapa visa a fazer um diagnóstico da situação da empresa. Na segunda fase, é feito um planejamento estratégico, com as diversas possibilidades de desverticalização. A terceira fase engloba a reestruturação societária da Celesc. "Esperamos concluir essa etapa até o início de novembro para aprovarmos o projeto de lei na assembléia ainda neste ano", diz Iliane Caparelli, coordenadora do projeto de desverticalização. (Canal Energia - 22.10.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Consumo de energia em SP tem crescimento de 9,7% em setembro

O consumo de energia no estado de São Paulo em setembro cresceu 9,7% em relação ao mesmo mês do ano passado. A carga consumida foi de 8.507 GWh, por 13,2 milhões de consumidores, segundo dados da Secretaria estadual de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento. No acumulado entre janeiro e setembro, o montante consumido ficou 6,1% acima do volume verificado nos mesmos meses de 2003. Na comparação com setembro de 2003, a classe industrial apresentou um acréscimo de 12,2% no consumo. No segmento residencial o aumento do consumo ficou em 7% no mês passado. Também cresceu, em 14,8%, a demanda por energia na classe comercial. (Canal Energia - 22.10.2004)

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2 Desperdício de energia no Brasil é de 30%

O Brasil investe hoje pesadamente em energia, com grande esforço da sociedade, para desperdiçar, em seguida, 20% ou até 30% em diversos setores, seja em processos, instalações ou equipamentos. Para o presidente do Instituto Nacional de Eficiência Energética (Inee), Marcos José Marques, é inaceitável que em um país em desenvolvimento, cuja principal restrição seja a carência de recursos financeiros, não se dê a importância devida à necessidade de uso eficiente de um insumo vital como energia. Marcos critica que o País continua convivendo com a inexistência de uma política energética, o que impede a adequada articulação e sinergia dos diversos energéticos no âmbito dos diferentes mercados em atendimento ao consumidor final. E continua sendo difícil, por exemplo, convencer órgãos públicos de financiamento a conferir especial atenção ao suprimento e uso de energia nos diversos projetos financiados. (Elétrica - 22.10.2004)

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3 Serviço de energia pode provocar interrupção de água em Ilhabela (SP)

A Sabesp informa que poderão ocorrer na terça-feira pontos de desabastecimento de água no bairro do Morro dos Mineiros, em Ilhabela (SP). A interrupção pode ocorrer devido à interrupção no fornecimento de energia elétrica programada pela Elektro para terça-feira, das 9h às 13h. Para minimizar o desconforto dos clientes, a Sabesp recomenda aos moradores da região que utilizem racionalmente a água armazenada nas caixas residenciais, evitando ao máximo qualquer forma de desperdício. (Folha de São Paulo - 25.10.2004)

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Gás e Termoelétricas

1 MME espera preencher 2ª chamada de projetos de cogeração por biomassa

O coordenador-geral de energias renováveis do Ministério de Minas e Energia MME, Carlos Henrique Carvalho, afirma que a expectativa do ministério é conseguir completar os 782,59 MW que faltaram nos projetos de cogeração por biomassa na primeira chamada do Proinfa até o próximo dia 19, quando será encerrado o prazo para a segunda chamada feita especificamente para biomassa. A alegação de agentes do mercado, principalmente do setor canavieiro, é que o valor definido pelo MME para a energia de cogeração por bagaço de cana (R$ 93,77 por MWh) não é atrativo e, por isto, este segmento foi o único entre as três fontes contempladas no Proinfa (biomassa, eólica e pequena central hidrelétrica), que não conseguiu atingir o limite de 1,1 mil MW em contratos de 20 anos com 70% da receita anual garantida e uma linha de financiamento pelo BNDES definidos no programa. (Gazeta Mercantil - 25.10.2004)

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2 Requião sugere compra da UEG para ministra

Em reunião com a ministra Dilma Roussef na noite de sexta-feira, em Curitiba, o governador Roberto Requião sugeriu a compra da Usina Elétrica a Gás de Araucária, região metropolitana, por meio da aquisição das ações da El Paso Energy International, empresa norte-americana, sócia majoritária da unidade com 60% das ações. A proposta de Requião é que a Petrobras e a Copel, que dividem o restante da sociedade, façam o investimento, adquirindo, cada uma, metade das ações da El Paso. (Folha de Londrina - 25.10.2004)

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3 Obra marca última etapa para fornecimento de gás da Bolívia

Foi inaugurada ontem, em Bento Gonçalves (RS), a conclusão das obras do gasoduto Brasil-Bolívia na Serra. O custo do empreendimento é calculado em R$ 12,5 milhões. A última fase da obra já beneficiou 23 indústrias em Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Carlos Barbosa, Garibaldi e Farroupilha, que consomem diariamente 70 mil metros cúbicos de gás natural. A tubulação em Bento Gonçalves é considerada o ponto terminal do gasoduto no Estado, embora a Secretaria de Minas e Energia acredite que possa ser estendida, caso haja interesse, a outros municípios da região, como Veranópolis e Nova Prata. "Há possibilidade de concretizar uma nova etapa até o ano que vem. Mas não é possível estender mais a tubulação, porque não há vazão suficiente para garantir o abastecimento", diz o secretário. (Zero Hora - 23.10.2004)

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4 Ativação do gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre está nos planos do governo do RS

A ativação do gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre, que traria gás argentino, é um dos objetivos do governo do RS. O assunto foi o mais comentado em discursos e nos bastidores. "Queremos dar início às obras. Por enquanto, as reservas argentinas ainda são mal-exploradas. Enquanto não se garante abastecimento constante por lá, podemos direcionar gás boliviano por este novo gasoduto", disse o governador. "O gás argentino tem custo menor do que o boliviano devido à proximidade. Entretanto, de nada adianta ser competitivo se não houver confiança. Não podemos correr o risco de interrupção no fornecimento, como ocorreu há pouco tempo com o Chile", alertou o presidente da Federação das Indústrias (Fiergs), Renan Proença. A obra deste novo gasoduto foi paralisada há três anos. A primeira parte, de 50 quilômetros, já foi concluída. Restam 560 quilômetros. (Zero Hora - 23.10.2004)

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5 Energética Eldorado investe R$ 26,2 mi na construção de termelétrica no MS

A Energética Eldorado construirá uma termelétrica, que terá capacidade de gerar 22 MW, no município de Nova Andralina (MS). A usina terá investimentos na ordem de R$ 26,4 milhões e deve entrar em operação comercial em novembro de 2006. É a segunda usina da Eldorado que a Aneel autoriza em uma semana. A empresa foi autorizada a construir uma térmica em Rio Brilhante, também no Mato Grosso. Esse empreendimento demandará R$ 33,6 milhões. (Canal Energia - 22.10.2004)

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6 Projeto da Petrobras para substituir frotas de ônibus por veículos a gás ainda não saiu do papel

A medida anunciada pela Petrobras para substituir as frotas de ônibus urbanos das capitais das regiões Sul e Sudeste por veículos movidos a gás natural veicular ainda não saiu do papel. Passados 10 meses do anúncio, nenhuma companhia de transporte coletivo substituiu seus veículos dentro do convênio em que a Petrobras se compromete a manter, por uma década, o preço do metro cúbico do GNV a, no máximo, 55% do valor de um litro de diesel, combustível utilizado pela frota atual. Nos postos, o preço do metro cúbico de GNV custa em média R$ 1,085, o equivalente a 77% do valor de um litro de diesel (R$ 1,492), segundo a última pesquisa da ANP. O diretor de Gás e Energia da estatal, Ildo Sauer, contou que somente em São Paulo houve o interesse das companhias, mas a intenção foi frustrada por problemas na concessão de financiamento. (O Globo Online - 22.10.2004)

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Grandes Consumidores

1 Grupo Votorantim vai investir R$ 1,2 bi na construção de seis hidrelétricas

O Grupo Votorantim está viabilizando um plano de investimentos para setor elétrico nos próximos dois anos. Através das empresas Votorantim Metais, Votorantim Cimentos e da Companhia Brasileira de Alumínio, a holding planeja a injeção de cerca de R$ 1,264 bilhão na construção de seis usinas hidrelétricas, que terão capacidade instalada de 2.230 MW. O cronograma prevê a entrada das primeiras máquinas entre o final deste ano e o início de 2006. A gestão dos empreendimentos, desde o início das obras até a fase de operação, fica a cargo da Votorantim Energia, à exceção dos projetos da CBA, que são tocados à parte pela empresa. De acordo com o gerente de investimentos da Votorantim Energia, Braz Lomônaco, todos os projetos contam ou contarão com financiamentos do BNDES, aprovados ou atualmente em fase de execução. Alguns deles contam ainda com empréstimos de organismos internacionais, como a usina de Campos Novos, que deverá oficializar em breve um financiamento de US$ 75 milhões junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento. (Canal Energia - 22.10.2004)

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Economia Brasileira

1 Endividamento do Brasil baixou US$ 12 bilhões de janeiro a julho

Levantamento do Banco Central mostra que, desde dezembro de 2003, a dívida externa brasileira vem caindo de forma consistente, com reflexos muito positivos sobre os indicadores usados pelos investidores para medir a capacidade de pagamento do País. Nos primeiros sete meses do ano, a dívida externa total encolheu US$ 12 bilhões, somando US$ 202,964 bilhões, o menor patamar desde 1998, antes da desvalorização do real frente ao dólar. Uma conjunção de fatores está favorecendo a queda do endividamento externo. O primeiro, e mais importante, é a decisão das empresas do setor privado de não renovarem parte de suas dívidas. Traumatizadas com a explosão dos débitos em 1999, quando o país adotou o regime de câmbio flutuante, e em 2002, ano em que o medo de um governo Lula empurrou os preços do dólar para perto dos R$ 4, as companhias não querem mais ficar reféns dos humores do mercado internacional. (Jornal do Commercio - 25.10.2004)

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2 Melhora na capacidade de pagamento do País

A dívida externa menor não traz alívio apenas para o caixa das empresas e do Governo. Ajuda a melhorar, sensivelmente, indicadores usados como referência pelos investidores e pelas agências classificadoras de risco para medir a capacidade de pagamento do País. O endividamento externo total, que bateu em 45,9% do PIB em 2002, caiu para 38,9% em junho último. Já o tempo em que o País demoraria para pagar a dívida externa com as receitas de exportações baixou de 4,7 anos, em 1999, para 2,5 vezes em junho passado. Os juros da dívida externa, que representava 35,6% das exportações, está, agora, em 18,6%. "Mas é preciso caminhar mais rápido na ampliação do comércio exterior brasileiro. É ele que vai manter um fluxo contínuo de dólares para o país e garantir a estabilidade dos preços do dólar, fundamental para o equilíbrio sustentado do endividamento externo", acrescenta Gustavo Alcântara, do Banco Prosper. (Jornal do Commercio - 25.10.2004)

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3 Taxa de desocupação recua para 10,9% em setembro

A melhora no mercado de trabalho brasileiro reflete a retomada do crescimento da economia dos últimos meses. Em setembro, o desemprego ficou em 10,9% da População Economicamente Ativa, taxa inferior à de agosto, de 11,4% e aos 12,9% de setembro do ano passado, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego(PME) divulgada na última sexta-feira pelo IBGE. Também houve aumento no rendimento médio real de 1,7% para R$ 910,00 em relação a agosto, e de 3,2% comparado ao mesmo período de 2003. Mas a recuperação do nível de emprego ainda está, em grande parte, mais relacionada à expansão dos setores exportadores do que à retomada da produção nos segmentos voltados para o mercado doméstico. (Gazeta Mercantil - 25.10.2004)

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4 Berzoini acredita que desemprego caia para um dígito até o fim do ano

Ao divulgar os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referente a setembro, o ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, disse nesta sexta-feira que o índice de desemprego no país pode chegar ao fim do ano em um dígito. "O desemprego pode chegar ao final do ano em um dígito porque outubro, novembro e dezembro são meses favoráveis para a queda do desemprego" disse o ministro. Entretanto, apesar do otimismo com o aumento do número de vagas no mercado formal de trabalho e da aposta na queda do desemprego para um dígito até o fim do ano, o ministro mostrou sua preocupação com a alta do preço do petróleo no mercado internacional e a elevação dos juros pelo Banco Central. Segundo Berzoini, os dois fatores podem comprometer o mercado de trabalho no ano que vem. (Globo Online - 25.10.2004)

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5 Mercado eleva previsão de inflação e de crescimento econômicov

A projeção média do mercado financeiro para a inflação oficial acumulada nos próximos 12 meses teve ligeiro aumento. Segundo o relatório de mercado elaborado em pesquisa feita pelo BC na semana passada, a mediana das expectativas dos analistas aponta para IPCA de 6,21%, contra a previsão de 6,17% da semana retrasada. Os demais indicadores tiveram pequenas quedas nas expectativas. A previsão para o IGP-M passou de 7,22% para 7,16%. No IPC da Fipe, a projeção foi de 5,74% para 5,71%. No IGP-DI, as estimativas foram de 7,13% para 7,12%. Para o crescimento do PIB, a mediana das expectativas aponta crescimento de 4,56% neste ano, pouco acima da projeção anterior, de 4,53%. Para 2005, porém, a estimativa média baixou de 3,60% para 3,50%. (Valor Online - 25.10.2004)

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6 IPCA-15 sobe 0,32% em outubro

O IPCA-15 desacelerou 0,17 ponto percentual em outubro, passando de uma alta de 0,49% apurada em setembro, para 0,32%, informou na sexta-feira o IBGE. O índice ficou abaixo da expectativa do mercado, de 0,49%. O IPCA-15, que mede a prévia da inflação mensal considerada para a meta oficial da inflação, acumula de janeiro a outubro alta de 5,97%. Nos últimos 12 meses, 6,64%. As principais contribuições para a desaceleração do índice de outubro partiram dos produtos alimentícios, que registraram deflação de 0,26%, após o aumento de 0,42% apurado em setembro. As maiores influências partiram dos produtos in natura: o preço do tomate caiu 10,49%, a batata-inglesa recuou 10,23% e as hortaliças diminuíram 8,46%. (Gazeta Mercantil - 25.10.2004)

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7 Dólar ontem e hoje

O mercado de câmbio continua comprador e mantém o dólar em alta, mas sem grande volatilidade. Às 12h15m, a moeda americana era negociada por R$ 2,878 na compra e R$ 2,880 na venda, com alta de 0,34%. Na sexta, o dólar comercial terminou com alta de 0,41%, valendo R$ 2,868 na compra e R$ 2,87 na venda. Na semana, a moeda acumulou alta de 0,46%. (O Globo Online e Valor Online - 25.10.2004)


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Internacional

1 Analistas prevêem lucro entre 343 e 396,5 mi de euros para EDP nos primeiros nove meses do ano

A EDP vai divulgar hoje os seus resultados, relativos ao período entre janeiro e setembro de 2004, disse fonte oficial da empresa. Um poll de 12 analistas estima que a EDP tenha tido um lucro entre 343 e 396,5 milhões de euros com o ponto médio em 376,6 milhões de euros contra 258 milhões de euros no mesmo período de 2003. Os analistas prevêem vendas de 5246 milhões de euros a 5497 milhões de euros com a média deste range em 5319,2 milhões de euros versus 5187 milhões de euros e antecipam um EBITDA entre 1402 e 1480 milhões de euros, situando-se a média das previsões em 1441,8 milhões de euros face aos 1320 milhões de euros do mesmo período do ano passado. (Diário Econômico - 25.10.2004)

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2 Petrocer notifica Autoridade de Concorrência para compra de 40,79% da Galp Energia

A Petrocer, consórcio formado pela Viacer, BPI, Arsopi e Grupo Violas, notificou a Autoridade de Concorrência sobre a aquisição, conjuntamente com a Parpública, do controle da Galp Energia. A operação de concentração consiste na compra pela Petrocer à Parpública de uma posição de 40,79% do capital social da Galp Energia. Até 1 de fevereiro de 2005, a Petrocer pagará 700 milhões de euros por 33,34% da Galp Energia, e comprará os restantes 7,45% à EDP por 156,2 milhões de euros até 31 de Julho do próximo ano, com os dividendos que receber da Galp. O contrato prevê ainda que a Petrocer possa adquirir mais 9,22% da participação da Parpública na Galp, passando a deter a maioria do capital, se até 2010 não for aberto o capital da petrolífera em bolsa. O contrato-promessa para a compra desta posição foi assinado a 3 de agosto, mas a sua concretização depende da aprovação da Autoridade da Concorrência (AdC). A Autoridade deverá no prazo de 30 dias a contar da notificação completar a instrução do processo. (Diário Econômico - 25.10.2004)

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3 Chile encontra gás no mar

Após anos de estudos, um grupo científico chileno-americano confirmou nesta quinta-feira sua hipóstese sobre a existência de reservas de gás natural no mar, em frente à costa do Chile. A descoberta alimentou expectativas de que o país se torne auto-suficiente no futuro. Um cruzeiro de exploração da Universidade Católica de Valparaíso (UCV), realizado em conjunto com as forças armadas chilena e americana, encontrou no domingo sedimentos de gás em frente à costa do porto de Talcahuano, a 530 quilômetros do Sul de Santiago. Esta foi a primeira vez em que houve uma evidência física dos hidratos, encontrada em um depósito a 700 metros de profundidade. O próximo passo para a descoberta científica será a exploração comercial. Para isso, terão que ser contratados barcos de perfuração geológica. Os cientistas calculam que um projeto de extração mineral requer um investimento inicial de US$ 400 milhões. (O Globo Online - 21.10.2004)

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4 Verba de US$ 17 bi atrai empresas privadas na África do Sul

A MidAmerican Energy, divisão da Berkshire Hathaway Inc., a Mitsui & Co. e a International Power Plc poderão apresentar propostas para a construção de centrais de geração de energia elétrica na África do Sul, como parte de expansão do setor, estimada em 107 bilhões rand (US$ 17 bilhões), disse o Ministério de Energia da África do Sul. A Tata Power Co. e a CDC Globeleq também poderão participar da licitação que o governo vai abrir em janeiro para a construção de uma central de geração de energia de 1.400 megawatts, ao custo de cerca de 2 bilhões de rand, disse Nelisiwe Magubane, vice-diretor-geral de energia elétrica da África do Sul. (Gazeta Mercantil - 25.10.2004)

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5 Petrobras anuncia que está ampliando a cooperação com petrolífera em Angola

A Petrobras anunciou nesta sexta-feira que está ampliando a cooperação com a petrolífera estatal Angola Sonangol, abrindo o caminho para que as empresas expandam suas operações em ambos os países. "É o começo de uma nova fase para a Petrobras e a Sonangol", disse o chefe das operações da Petrobras em Angola, Renato Azevedo, à Reuters. "A partir de agora, esperamos aumentar nosso relacionamento e ter um novo portfólio para a Petrobras em Angola, e também abrir uma porta para a Sonangol no Brasil." Em comunicado, que teve aprovação da Sonangol, a Petrobras informa que uma carta de intenções foi assinada no Brasil há alguns dias. As empresas vão trabalhar em conjunto na exploração de petróleo e também no treinamento de profissionais na Angola e na troca de informações sobre tecnologia, meio-ambiente e práticas comerciais. (Gazeta Mercantil - 25.10.2004)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Pedro Bruni e Rodrigo Madeira

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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