l IFE:
nº 1.454 - 25 de outubro de 2004 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Aneel e ANP trocam seus diretores-gerais Duas grandes
agências reguladoras terão vagos os cargos de diretor-geral até janeiro.
No dia 30 de novembro vence o segundo mandato de José Mário Abdo na Aneel,
e no dia 15 de janeiro é a vez de Sebastião do Rego Barros, da ANP, deixar
o cargo que passou a ocupar quando David Zylbersztajn se desligou da agência
no meio do seu segundo mandato. Para o lugar de Abdo, o nome mais apontado,
inclusive em Brasília, é o de Valter Luiz Cardeal de Souza, atual diretor
de engenharia da Eletrobrás, embora seu nome também seja lembrado para
a secretaria executiva do MME, hoje ocupada por Maurício Tolmasquim, que
acumula o cargo com a presidência da recém-criada EPE. Já para a direção
geral da ANP, vem sendo citada nos últimos meses a secretária de Petróleo
e Gás do MME, Maria das Graças Foster. Em comum, ambos têm o fato de serem
pessoas de confiança da ministra Dilma Rousseff. Como fator de preocupação
pelo mercado está o vínculo deles com empresas reguladas: Graça é funcionária
da Petrobras e Cardeal pertence aos quadros da CEEE. (Valor - 25.10.2004)
2 Procurador vê impedimento na nomeação de Cardeal para a Aneel O procurador
Alexandre Santos de Aragão, um especialista em agências reguladoras, vê
impedimento para a nomeação de Cardeal para a Aneel com base no artigo
6º da Lei 9.427/96, que criou a agência. Isso porque a lei que criou a
Aneel estabelece claramente um impedimento para a nomeação de pessoal
ligado a empresas reguladas. Pelo artigo, está impedido de exercer cargo
de diretor-geral ou diretor da Aneel quem seja acionista ou sócio de empresa
regulada, assim como membros do conselho de administração ou conselho
fiscal, assim como funcionário das empresas, mesmo com contrato suspenso,
como ocorre com Cardeal. O advogado explica que no caso de Maria das Graças,
que está licenciada da Petrobras, não há qualquer impedimento para uma
eventual nomeação para a direção da ANP, já que na Lei 9.478/97 (do Petróleo)
um artigo idêntico ao que estabelece as condições para indicação dos dirigentes
da Aneel foi vetado. (Valor - 25.10.2004) 3 Abdo: IPCA vai beneficiar o consumidor já em 2005 O diretor-geral
da Aneel, José Mario Abdo, avalia que o consumidor final já começará a
sentir em 2005 o impacto positivo da adoção do IPCA para correção dos
contratos entre geradoras e distribuidoras. O governo realizará em dezembro
leilão de 55 mil MW de energia existente, e os contratos serão corrigidos
pelo IPCA ao invés do IGP-M, utilizado atualmente. O IGP-M reflete a variação
cambial e já está 4,8 pontos percentuais acima do do IPCA este ano até
setembro. "Isso virá em benefício dos setores produtivos nacionais e do
consumidor. Tem a ver com a produtividade", disse Abdo. Em 2005, ainda
haverá 25 por cento da energia consumida no país regida pelos contratos
antigos, mas isso acabará em 2006 --num processo conhecido por "descontratação".
(Gazeta Mercantil - 25.10.2004) 4
Diretor-geral da Aneel pode prestar contas da agência em audiência na
Câmara dos Deputados 5 Empresas contrariam decreto e realizam leilão de compra de energia Contrariando
um decreto presidencial publicado na quinta-feira (21/10), cinco empresas
realizam hoje um leilão de compra de energia. Pela nova lei, os grupos
Sadia (algumas unidades industriais, apenas); Cadbury Adams; Danone, Cecrisa
(também apenas algumas unidades) e o hospital Sírio Libanês não poderiam
partir para o mercado livre de energia elétrica. Mas o leilão será realizado
de qualquer maneira, segundo Marcelo Parodi, sócio da Comerc, empresa
que intermediará a licitação. O revés teve início a partir da publicação
da lei, na semana passada, que determina que apenas indústrias ligadas
em uma tensão igual ou superior a 69 kV têm o direito à mudança de fornecedor
de eletricidade. Essas cinco empresas estão ligadas em uma tensão de 13,8
kV ou 34,5 kV. O governo editou a lei atendendo ao pedido das distribuidoras,
que vinham perdendo clientes desde o início do ano. A licitação será mantida,
segundo o sócio da Comerc, porque ainda existem dúvidas sobre falhas jurídicas
no último decreto, o de nº 5.249, que muda o texto da Lei nº 9.074, de
7 de julho de 1995. (Valor - 25.10.2004) 6 Comerc: Uma das opções é partir para a briga e garantir na Justiça Segundo
Marcelo Parodi, sócio da Comerc, se o leilão de compra de energia oferecer
preços vantajosos aos consumidores, uma das opções é partir para a briga
e garantir na Justiça o direito das empresas. Outro ponto, segundo Parodi,
é que o secretário-executivo do MME, Maurício Tolmasquim, garantiu o direito
de mudança de fornecedor aos consumidores com tensão abaixo do permitido
que já optaram pela migração. O problema é que não foi estabelecido até
que ponto do processo de mudança é garantido o direito. "Essas empresas
que participam do leilão já entregaram às suas distribuidoras cartas comunicando
a opção pela troca. Mas elas estão no meio do processo. Falta ainda a
assinatura do contrato e o recebimento da energia, efetivamente". "O que
o governo fez, mudando uma lei e voltando atrás dois meses depois, é uma
sinalização muito ruim para o setor. Gera uma desconfiança muito grande,
já que no setor os contratos serão de longo prazo", argumenta. (Valor
- 25.10.2004) 7 Abraceel está desapontada com decreto que restringe acesso ao mercado livre Em nota à imprensa, a Associação Brasileira dos Agentes Comercializadores de Energia Elétrica afirma estar desapontada com os efeitos do decreto 5.249, que restringiu o acesso ao mercado livre para os consumidores com demanda mínima de 3 MW atendidos por tensão inferior a 69 kV. "Estamos convencidos que as limitações impostas às operações do mercado livre contribuirão para reduzir, de modo substancial, a competitividade da economia brasileira", diz a nota. (Canal Energia - 22.10.2004) 8
Sentença reduz ICMS sobre energia elétrica 9 Abdib mostra participação da iniciativa privada e do poder público nos empreendimentos de geração O setor
privado responde por 87,3% dos 11.217 MW autorizados pelo poder público
na geração de energia hidrelétrica, contra 12,7% das estatais. Em relação
às termelétricas, a participação privada atinge 69,1% de 15.826 MW, e
as estatais respondem pelo restante. Os dados são da Abdib. O levantamento
da Abdib (indústrias de base) mostra a participação da iniciativa privada
e do poder público nos empreendimentos de geração de energia licitados
ou autorizados pelo Estado a partir de 1995, quando foi aprovada a Lei
de Concessão. O trabalho envolve 33 termelétricas e 45 hidrelétricas.
(Folha de São Paulo - 25.10.2004) 10
Corte de árvores para usina de Barra Grande é impedido por agricultores
11 Pesquisa vai avaliar eficiência energética em SC A partir de segunda-feira (25/10), pesquisadores contratados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) estarão percorrendo residências, indústrias, bancos, lojas, supermercados e prédios públicos de SC para identificar como o consumidor usa a energia e o que faz para economizá-la. O resultado da Avaliação do Mercado de Eficiência Energética, que tem o apoio do Procel/Eletrobrás e do Programa Celesc de Eficiência Energética (proCeleficiência), servirá de apoio para orientar e dimensionar as ações de combate ao desperdício de energia, tanto do Governo Federal quanto da Celesc. (Elétrica - 22.10.2004) 12 Unicamp testa gerador de energia a partir de etanol O Hospital das Clínicas da Unicamp vai se transformar em um laboratório de testes de novas tecnologias de geração distribuída de energia elétrica nos próximos quatro anos. A geração distribuída é obtida perto do local de consumo, sem necessidade da rede geral de distribuição. Uma das três tecnologias que serão testadas no HC, a célula combustível movida a gás natural, foi apresentada esta semana. O novo sistema, inédito no Brasil, produz hidrogênio a partir de gás natural e de etanol. A máquina responsável por isso será instalada ainda este ano no HC. Até o final de 2006, também estarão operando os painéis fotovoltaicos (solares) e uma microturbina importada. Juntas, as três tecnologias produzirão perto de 3% da energia consumida no hospital. (Folha de Londrina - 23.10.2004)
Empresas 1 Reposicionamento tarifário de 2003 da Bandeirante Energia é reduzido para 10,51% A Aneel
reviu o percentual de reposicionamento atribuído a Bandeirante Energia
um ano atrás, de 18,08%. De acordo com fato relevante enviado pela empresa
à Bovespa, a Aneel reduziu o índice para 10,51%, em função da revisão
feita pelo órgão regulador na base de remuneração utilizada durante a
revisão. O novo percentual é provisório e só será confirmado após a agência
validar o laudo de avaliação da base de remuneração, entregue pela companhia
e realizado por avaliador independente. O reposicionamento definitivo
acontecerá em 23 de outubro de 2005. (Canal Energia - 22.10.2004) 2 Light vai realizar pagamento de R$ 77 mi referente à RGR A Light pagará R$ 77 milhões referente à Reserva Global de Reversão. O maior valor, de R$ 75,769 milhões, se refere à cota anual do período de novembro de 2004 a outubro de 2005. O pagamento será feito em 12 parcelas iguais, a partir de 15 de dezembro de 2004, no valor de R$ 6,31 milhões. O restante do valor, R$ 1,23 milhão, é relativo à diferença da cota anual da RGR do ano de 2002. O montante será pago em 12 parcelas iguais e sucessivas de R$ 103,29 mil, a partir de 15 de dezembro de 2004. (Canal Energia - 25.10.2004) 3 Celesc pretende enviar projeto de lei que autoriza sua desverticalização em novembro A Celesc
pretende encaminhar na primeira semana de novembro à Assembléia Legislativa
do estado o projeto de lei que autoriza sua desverticalização. A tendência
é que seja criada uma holding com duas subsidiárias. A concessionária
estuda os impactos de viabilidade econômica e financeira da proposta.
O projeto está dividido em três fases. A primeira etapa visa a fazer um
diagnóstico da situação da empresa. Na segunda fase, é feito um planejamento
estratégico, com as diversas possibilidades de desverticalização. A terceira
fase engloba a reestruturação societária da Celesc. "Esperamos concluir
essa etapa até o início de novembro para aprovarmos o projeto de lei na
assembléia ainda neste ano", diz Iliane Caparelli, coordenadora do projeto
de desverticalização. (Canal Energia - 22.10.2004)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Consumo de energia em SP tem crescimento de 9,7% em setembro O consumo
de energia no estado de São Paulo em setembro cresceu 9,7% em relação
ao mesmo mês do ano passado. A carga consumida foi de 8.507 GWh, por 13,2
milhões de consumidores, segundo dados da Secretaria estadual de Energia,
Recursos Hídricos e Saneamento. No acumulado entre janeiro e setembro,
o montante consumido ficou 6,1% acima do volume verificado nos mesmos
meses de 2003. Na comparação com setembro de 2003, a classe industrial
apresentou um acréscimo de 12,2% no consumo. No segmento residencial o
aumento do consumo ficou em 7% no mês passado. Também cresceu, em 14,8%,
a demanda por energia na classe comercial. (Canal Energia - 22.10.2004)
2 Desperdício de energia no Brasil é de 30% O Brasil investe hoje pesadamente em energia, com grande esforço da sociedade, para desperdiçar, em seguida, 20% ou até 30% em diversos setores, seja em processos, instalações ou equipamentos. Para o presidente do Instituto Nacional de Eficiência Energética (Inee), Marcos José Marques, é inaceitável que em um país em desenvolvimento, cuja principal restrição seja a carência de recursos financeiros, não se dê a importância devida à necessidade de uso eficiente de um insumo vital como energia. Marcos critica que o País continua convivendo com a inexistência de uma política energética, o que impede a adequada articulação e sinergia dos diversos energéticos no âmbito dos diferentes mercados em atendimento ao consumidor final. E continua sendo difícil, por exemplo, convencer órgãos públicos de financiamento a conferir especial atenção ao suprimento e uso de energia nos diversos projetos financiados. (Elétrica - 22.10.2004) 3 Serviço de energia pode provocar interrupção de água em Ilhabela (SP) A Sabesp
informa que poderão ocorrer na terça-feira pontos de desabastecimento
de água no bairro do Morro dos Mineiros, em Ilhabela (SP). A interrupção
pode ocorrer devido à interrupção no fornecimento de energia elétrica
programada pela Elektro para terça-feira, das 9h às 13h. Para minimizar
o desconforto dos clientes, a Sabesp recomenda aos moradores da região
que utilizem racionalmente a água armazenada nas caixas residenciais,
evitando ao máximo qualquer forma de desperdício. (Folha de São Paulo
- 25.10.2004)
Gás e Termoelétricas 1 MME espera preencher 2ª chamada de projetos de cogeração por biomassa O coordenador-geral de energias renováveis do Ministério de Minas e Energia MME, Carlos Henrique Carvalho, afirma que a expectativa do ministério é conseguir completar os 782,59 MW que faltaram nos projetos de cogeração por biomassa na primeira chamada do Proinfa até o próximo dia 19, quando será encerrado o prazo para a segunda chamada feita especificamente para biomassa. A alegação de agentes do mercado, principalmente do setor canavieiro, é que o valor definido pelo MME para a energia de cogeração por bagaço de cana (R$ 93,77 por MWh) não é atrativo e, por isto, este segmento foi o único entre as três fontes contempladas no Proinfa (biomassa, eólica e pequena central hidrelétrica), que não conseguiu atingir o limite de 1,1 mil MW em contratos de 20 anos com 70% da receita anual garantida e uma linha de financiamento pelo BNDES definidos no programa. (Gazeta Mercantil - 25.10.2004) 2 Requião sugere compra da UEG para ministra Em reunião
com a ministra Dilma Roussef na noite de sexta-feira, em Curitiba, o governador
Roberto Requião sugeriu a compra da Usina Elétrica a Gás de Araucária,
região metropolitana, por meio da aquisição das ações da El Paso Energy
International, empresa norte-americana, sócia majoritária da unidade com
60% das ações. A proposta de Requião é que a Petrobras e a Copel, que
dividem o restante da sociedade, façam o investimento, adquirindo, cada
uma, metade das ações da El Paso. (Folha de Londrina - 25.10.2004) 3 Obra marca última etapa para fornecimento de gás da Bolívia Foi inaugurada
ontem, em Bento Gonçalves (RS), a conclusão das obras do gasoduto Brasil-Bolívia
na Serra. O custo do empreendimento é calculado em R$ 12,5 milhões. A
última fase da obra já beneficiou 23 indústrias em Bento Gonçalves, Caxias
do Sul, Carlos Barbosa, Garibaldi e Farroupilha, que consomem diariamente
70 mil metros cúbicos de gás natural. A tubulação em Bento Gonçalves é
considerada o ponto terminal do gasoduto no Estado, embora a Secretaria
de Minas e Energia acredite que possa ser estendida, caso haja interesse,
a outros municípios da região, como Veranópolis e Nova Prata. "Há possibilidade
de concretizar uma nova etapa até o ano que vem. Mas não é possível estender
mais a tubulação, porque não há vazão suficiente para garantir o abastecimento",
diz o secretário. (Zero Hora - 23.10.2004) 4 Ativação do gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre está nos planos do governo do RS A ativação
do gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre, que traria gás argentino, é um dos
objetivos do governo do RS. O assunto foi o mais comentado em discursos
e nos bastidores. "Queremos dar início às obras. Por enquanto, as reservas
argentinas ainda são mal-exploradas. Enquanto não se garante abastecimento
constante por lá, podemos direcionar gás boliviano por este novo gasoduto",
disse o governador. "O gás argentino tem custo menor do que o boliviano
devido à proximidade. Entretanto, de nada adianta ser competitivo se não
houver confiança. Não podemos correr o risco de interrupção no fornecimento,
como ocorreu há pouco tempo com o Chile", alertou o presidente da Federação
das Indústrias (Fiergs), Renan Proença. A obra deste novo gasoduto foi
paralisada há três anos. A primeira parte, de 50 quilômetros, já foi concluída.
Restam 560 quilômetros. (Zero Hora - 23.10.2004) 5 Energética Eldorado investe R$ 26,2 mi na construção de termelétrica no MS A Energética Eldorado construirá uma termelétrica, que terá capacidade de gerar 22 MW, no município de Nova Andralina (MS). A usina terá investimentos na ordem de R$ 26,4 milhões e deve entrar em operação comercial em novembro de 2006. É a segunda usina da Eldorado que a Aneel autoriza em uma semana. A empresa foi autorizada a construir uma térmica em Rio Brilhante, também no Mato Grosso. Esse empreendimento demandará R$ 33,6 milhões. (Canal Energia - 22.10.2004) 6 Projeto da Petrobras para substituir frotas de ônibus por veículos a gás ainda não saiu do papel A medida anunciada pela Petrobras para substituir as frotas de ônibus urbanos das capitais das regiões Sul e Sudeste por veículos movidos a gás natural veicular ainda não saiu do papel. Passados 10 meses do anúncio, nenhuma companhia de transporte coletivo substituiu seus veículos dentro do convênio em que a Petrobras se compromete a manter, por uma década, o preço do metro cúbico do GNV a, no máximo, 55% do valor de um litro de diesel, combustível utilizado pela frota atual. Nos postos, o preço do metro cúbico de GNV custa em média R$ 1,085, o equivalente a 77% do valor de um litro de diesel (R$ 1,492), segundo a última pesquisa da ANP. O diretor de Gás e Energia da estatal, Ildo Sauer, contou que somente em São Paulo houve o interesse das companhias, mas a intenção foi frustrada por problemas na concessão de financiamento. (O Globo Online - 22.10.2004)
Grandes Consumidores 1 Grupo Votorantim vai investir R$ 1,2 bi na construção de seis hidrelétricas O Grupo
Votorantim está viabilizando um plano de investimentos para setor elétrico
nos próximos dois anos. Através das empresas Votorantim Metais, Votorantim
Cimentos e da Companhia Brasileira de Alumínio, a holding planeja a injeção
de cerca de R$ 1,264 bilhão na construção de seis usinas hidrelétricas,
que terão capacidade instalada de 2.230 MW. O cronograma prevê a entrada
das primeiras máquinas entre o final deste ano e o início de 2006. A gestão
dos empreendimentos, desde o início das obras até a fase de operação,
fica a cargo da Votorantim Energia, à exceção dos projetos da CBA, que
são tocados à parte pela empresa. De acordo com o gerente de investimentos
da Votorantim Energia, Braz Lomônaco, todos os projetos contam ou contarão
com financiamentos do BNDES, aprovados ou atualmente em fase de execução.
Alguns deles contam ainda com empréstimos de organismos internacionais,
como a usina de Campos Novos, que deverá oficializar em breve um financiamento
de US$ 75 milhões junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento. (Canal
Energia - 22.10.2004) Economia Brasileira 1 Endividamento do Brasil baixou US$ 12 bilhões de janeiro a julho Levantamento do Banco Central mostra que, desde dezembro de 2003, a dívida externa brasileira vem caindo de forma consistente, com reflexos muito positivos sobre os indicadores usados pelos investidores para medir a capacidade de pagamento do País. Nos primeiros sete meses do ano, a dívida externa total encolheu US$ 12 bilhões, somando US$ 202,964 bilhões, o menor patamar desde 1998, antes da desvalorização do real frente ao dólar. Uma conjunção de fatores está favorecendo a queda do endividamento externo. O primeiro, e mais importante, é a decisão das empresas do setor privado de não renovarem parte de suas dívidas. Traumatizadas com a explosão dos débitos em 1999, quando o país adotou o regime de câmbio flutuante, e em 2002, ano em que o medo de um governo Lula empurrou os preços do dólar para perto dos R$ 4, as companhias não querem mais ficar reféns dos humores do mercado internacional. (Jornal do Commercio - 25.10.2004) 2 Melhora na capacidade de pagamento do País A dívida externa menor não traz alívio apenas para o caixa das empresas e do Governo. Ajuda a melhorar, sensivelmente, indicadores usados como referência pelos investidores e pelas agências classificadoras de risco para medir a capacidade de pagamento do País. O endividamento externo total, que bateu em 45,9% do PIB em 2002, caiu para 38,9% em junho último. Já o tempo em que o País demoraria para pagar a dívida externa com as receitas de exportações baixou de 4,7 anos, em 1999, para 2,5 vezes em junho passado. Os juros da dívida externa, que representava 35,6% das exportações, está, agora, em 18,6%. "Mas é preciso caminhar mais rápido na ampliação do comércio exterior brasileiro. É ele que vai manter um fluxo contínuo de dólares para o país e garantir a estabilidade dos preços do dólar, fundamental para o equilíbrio sustentado do endividamento externo", acrescenta Gustavo Alcântara, do Banco Prosper. (Jornal do Commercio - 25.10.2004) 3
Taxa de desocupação recua para 10,9% em setembro 4 Berzoini acredita que desemprego caia para um dígito até o fim do ano Ao divulgar
os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referente
a setembro, o ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, disse nesta sexta-feira
que o índice de desemprego no país pode chegar ao fim do ano em um dígito.
"O desemprego pode chegar ao final do ano em um dígito porque outubro,
novembro e dezembro são meses favoráveis para a queda do desemprego" disse
o ministro. Entretanto, apesar do otimismo com o aumento do número de
vagas no mercado formal de trabalho e da aposta na queda do desemprego
para um dígito até o fim do ano, o ministro mostrou sua preocupação com
a alta do preço do petróleo no mercado internacional e a elevação dos
juros pelo Banco Central. Segundo Berzoini, os dois fatores podem comprometer
o mercado de trabalho no ano que vem. (Globo Online - 25.10.2004) 5 Mercado eleva previsão de inflação e de crescimento econômicov A projeção
média do mercado financeiro para a inflação oficial acumulada nos próximos
12 meses teve ligeiro aumento. Segundo o relatório de mercado elaborado
em pesquisa feita pelo BC na semana passada, a mediana das expectativas
dos analistas aponta para IPCA de 6,21%, contra a previsão de 6,17% da
semana retrasada. Os demais indicadores tiveram pequenas quedas nas expectativas.
A previsão para o IGP-M passou de 7,22% para 7,16%. No IPC da Fipe, a
projeção foi de 5,74% para 5,71%. No IGP-DI, as estimativas foram de 7,13%
para 7,12%. Para o crescimento do PIB, a mediana das expectativas aponta
crescimento de 4,56% neste ano, pouco acima da projeção anterior, de 4,53%.
Para 2005, porém, a estimativa média baixou de 3,60% para 3,50%. (Valor
Online - 25.10.2004) 6 IPCA-15 sobe 0,32% em outubro O IPCA-15 desacelerou 0,17 ponto percentual em outubro, passando de uma alta de 0,49% apurada em setembro, para 0,32%, informou na sexta-feira o IBGE. O índice ficou abaixo da expectativa do mercado, de 0,49%. O IPCA-15, que mede a prévia da inflação mensal considerada para a meta oficial da inflação, acumula de janeiro a outubro alta de 5,97%. Nos últimos 12 meses, 6,64%. As principais contribuições para a desaceleração do índice de outubro partiram dos produtos alimentícios, que registraram deflação de 0,26%, após o aumento de 0,42% apurado em setembro. As maiores influências partiram dos produtos in natura: o preço do tomate caiu 10,49%, a batata-inglesa recuou 10,23% e as hortaliças diminuíram 8,46%. (Gazeta Mercantil - 25.10.2004) 7
Dólar ontem e hoje
Internacional 1 Analistas prevêem lucro entre 343 e 396,5 mi de euros para EDP nos primeiros nove meses do ano A EDP vai
divulgar hoje os seus resultados, relativos ao período entre janeiro e
setembro de 2004, disse fonte oficial da empresa. Um poll de 12 analistas
estima que a EDP tenha tido um lucro entre 343 e 396,5 milhões de euros
com o ponto médio em 376,6 milhões de euros contra 258 milhões de euros
no mesmo período de 2003. Os analistas prevêem vendas de 5246 milhões
de euros a 5497 milhões de euros com a média deste range em 5319,2 milhões
de euros versus 5187 milhões de euros e antecipam um EBITDA entre 1402
e 1480 milhões de euros, situando-se a média das previsões em 1441,8 milhões
de euros face aos 1320 milhões de euros do mesmo período do ano passado.
(Diário Econômico - 25.10.2004) 2 Petrocer notifica Autoridade de Concorrência para compra de 40,79% da Galp Energia A Petrocer,
consórcio formado pela Viacer, BPI, Arsopi e Grupo Violas, notificou a
Autoridade de Concorrência sobre a aquisição, conjuntamente com a Parpública,
do controle da Galp Energia. A operação de concentração consiste na compra
pela Petrocer à Parpública de uma posição de 40,79% do capital social
da Galp Energia. Até 1 de fevereiro de 2005, a Petrocer pagará 700 milhões
de euros por 33,34% da Galp Energia, e comprará os restantes 7,45% à EDP
por 156,2 milhões de euros até 31 de Julho do próximo ano, com os dividendos
que receber da Galp. O contrato prevê ainda que a Petrocer possa adquirir
mais 9,22% da participação da Parpública na Galp, passando a deter a maioria
do capital, se até 2010 não for aberto o capital da petrolífera em bolsa.
O contrato-promessa para a compra desta posição foi assinado a 3 de agosto,
mas a sua concretização depende da aprovação da Autoridade da Concorrência
(AdC). A Autoridade deverá no prazo de 30 dias a contar da notificação
completar a instrução do processo. (Diário Econômico - 25.10.2004) Após anos de estudos, um grupo científico chileno-americano confirmou nesta quinta-feira sua hipóstese sobre a existência de reservas de gás natural no mar, em frente à costa do Chile. A descoberta alimentou expectativas de que o país se torne auto-suficiente no futuro. Um cruzeiro de exploração da Universidade Católica de Valparaíso (UCV), realizado em conjunto com as forças armadas chilena e americana, encontrou no domingo sedimentos de gás em frente à costa do porto de Talcahuano, a 530 quilômetros do Sul de Santiago. Esta foi a primeira vez em que houve uma evidência física dos hidratos, encontrada em um depósito a 700 metros de profundidade. O próximo passo para a descoberta científica será a exploração comercial. Para isso, terão que ser contratados barcos de perfuração geológica. Os cientistas calculam que um projeto de extração mineral requer um investimento inicial de US$ 400 milhões. (O Globo Online - 21.10.2004) 4
Verba de US$ 17 bi atrai empresas privadas na África do Sul 5 Petrobras anuncia que está ampliando a cooperação com petrolífera em Angola A Petrobras
anunciou nesta sexta-feira que está ampliando a cooperação com a petrolífera
estatal Angola Sonangol, abrindo o caminho para que as empresas expandam
suas operações em ambos os países. "É o começo de uma nova fase para a
Petrobras e a Sonangol", disse o chefe das operações da Petrobras em Angola,
Renato Azevedo, à Reuters. "A partir de agora, esperamos aumentar nosso
relacionamento e ter um novo portfólio para a Petrobras em Angola, e também
abrir uma porta para a Sonangol no Brasil." Em comunicado, que teve aprovação
da Sonangol, a Petrobras informa que uma carta de intenções foi assinada
no Brasil há alguns dias. As empresas vão trabalhar em conjunto na exploração
de petróleo e também no treinamento de profissionais na Angola e na troca
de informações sobre tecnologia, meio-ambiente e práticas comerciais.
(Gazeta Mercantil - 25.10.2004)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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