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IFE: nº 1.453 - 22 de outubro de 2004
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Governo reduz a participação no mercado livre
2 Tolmasquim: Texto original do decreto 5.163 poderia trazer ameaças às distribuidoras
3 Mudança do perfil do consumidor livre desagrada comercializadoras
4 Abrace: Novo decreto trará novo componente de risco para o setor
5 Abradee: Liberação de migração sem limite de tensão penalizaria consumidores residenciais cativos
6 Abradee: Alteração do índice é ruim para o mercado
7 Aneel e ANP devem se fundir segundo Bird
8 Contas da Aneel serão debatidas em audiência
9 Setor elétrico pode aumentar pedidos à indústria em 50%
10 Aneel autoriza operação comercial de segunda unidade geradora da hidrelétrica de Candonga

Empresas
1 Light recorre ao STJ para receber tarifas da CSN e da Valesul
2 BNDESpar aumenta participação na CPFL Energia
3 Aneel aumenta tarifas da CPFL e da Bandeirante
4 Aneel autoriza correção de 6,45% para tarifas da CEEE
5 Celg diz que acordo beneficia consumidor
6 Coelba vai realizar investimentos de cerca de R$ 939 mil em programa de eficiência energética
7 RGE completa sete anos de atividade como distribuidora de energia elétrica

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Sudeste/Centro-Oeste registra volume 36,3% acima da curva de aversão ao risco
2 Nível de armazenamento do submercado Sul está em 72,2%
3 Submercado Nordeste registra volume 49,1% acima da curva de aversão ao risco

4
Nível de armazenamento do submercado Norte está em 42,2%
5
Apagão afeta 25 cidades do Cariri (CE) por 4 minutos

Gás e Termelétricas
1 Termonorte explica acidente ocorrido na Usina II

Economia Brasileira
1 Lula volta a defender aprovação das PPPs
2 Mantega irá à Itália e Espanha fazer propaganda das PPPs

3 Segundo Meirelles aperto nos juros pode aumentar
4 Alta de 0,5 ponto põe fim ao gradualismo do BC, dizem analistas
5 Parlamentares da oposição e da base se unem contra alta dos juros
6 Superávit de US$ 1,7 bi em transações correntes
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Iberdrola registra lucro de 853,7 mi nos nove primeiros meses do ano
2 ERSE: Portugal foi exportador líquido de energia para a Espanha em 2003

 

Regulação e Novo Modelo

1 Governo reduz a participação no mercado livre

O governo alterou ontem, por meio de decreto presidencial, o perfil do consumidor livre de energia que estava previsto no novo modelo do setor. Com a mudança, o mercado potencial de consumidores que poderão optar pela mudança de fornecedor será menor. A alteração atende ao pedido das distribuidoras de energia, que vêm perdendo clientes desde o início do ano. O decreto estabelece que só poderão sair do mercado das distribuidoras os consumidores que, além de comprarem pelo menos 3 MW, também estejam ligados em alta tensão, acima de 69 kV. Os consumidores com consumo acima de 3 MW mas ligados em média ou baixa tensão só poderão ser abastecidos por outros fornecedores se a energia produzida por eles for de uma PCH. (Valor - 22.10.2004)

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2 Tolmasquim: Texto original do decreto 5.163 poderia trazer ameaças às distribuidoras

O secretário-executivo do MME, Maurício Tolmasquim, confirma que o texto original do decreto 5.163 poderia tornar-se uma ameaça para as distribuidoras. "Vimos que as distribuidoras tinham um certo grau de razão. Não podíamos ameaçar o trabalho de saneamento financeiro da distribuição, que é fundamental para o funcionamento de todo o modelo", avalia Tolmasquim. A ameaça, neste caso, estava na previsão de queda de receita das distribuidoras com a perda de clientes de alta tensão, que respondem pelo maior volume da receita auferida pela distribuição, e com a interrupção no pagamento da Recomposição Tarifária Extraordinária pelos consumidores que aderissem ao mercado livre. (Canal Energia - 21.10.2004)

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3 Mudança do perfil do consumidor livre desagrada comercializadoras

A mudança do perfil do consumidor livre de energia que estava previsto no novo modelo do setor desagradou às comercializadoras de energia, que vinham crescendo e "roubando" clientes das distribuidoras. "Essa nova realidade nos obrigará a reavaliar investimentos e projetos que estavam engatilhados", afirma Márcio Sant'Anna, sócio da Ecom comercializadora de energia. "A percepção que tínhamos era a de que o mercado livre dobraria de tamanho. Mas isso agora não será mais possível porque não vai ter energia para todo mundo. Não há PCHs suficientes para isso", afirmou Sant'Anna. (Valor - 22.10.2004)

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4 Abrace: Novo decreto trará novo componente de risco para o setor

Eduardo Carlos Spalding, vice-presidente da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia, afirmou que o novo decreto injetará um novo componente de risco para o setor, caso se confirme como uma mudança radical e permanente do posicionamento do governo sobre o mercado livre. "É inegável que a medida é extremamente negativa, mas temos a esperança que isso seja apenas uma suspensão temporária, que possa ser reavaliada posteriormente", comentou Spalding, Os impactos do decreto 5.249 serão o tema central da reunião do Conselho de Administração da Abrace, que será realizada hoje. (Canal Energia - 21.10.2004)

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5 Abradee: Liberação de migração sem limite de tensão penalizaria consumidores residenciais cativos

A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica, que capitaneou as discussões junto ao MME que motivaram a publicação do decreto 5.249, frisa que a medida procurou esclarecer um assunto que estava confuso pela redação do decreto 5.163. Luiz Carlos Guimarães, presidente da entidade, defende que a existência de subsídio cruzado entre as diferentes classes de consumo penalizaria os consumidores residenciais cativos, caso fosse mantida a liberação da migração sem limite mínimo de tensão. "Sem o processo de realinhamento e reestruturação tarifária estar complemente concluído (só terminará em 2007), a sinalização de mercado fica absolutamente distorcida. O decreto veio proteger o consumidor cativo", diz Guimarães. O presidente da Abradee acredita que a eliminação da tensão seja revista, após o término do processo de realinhamento. (Canal Energia - 21.10.2004)

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6 Abradee: Alteração do índice é ruim para o mercado

De acordo com Luiz Carlos Guimarães, presidente da Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia (Abradee), a alteração é ruim para o mercado. "Para nós, distribuidoras, é indiferente, porque repassamos para o consumidor, mas para o mercado como um todo é ruim, porque transmite intranqüilidade. Tradicionalmente, o setor trabalha com o IGP-M, que está mais ligado aos custos de capital", afirmou Guimarães. (Jornal do Commercio - 22.10.2004)

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7 Aneel e ANP devem se fundir segundo Bird

Um estudo patrocinado pelo Banco Mundial e encaminhado ao MME propõe a fusão entre a Aneel e a ANP, entre as 28 sugestões para melhorias no sistema regulatório do setor elétrico brasileiro. O estudo, elaborado pelo consultor brasileiro Ericson de Paula, da DCT Energia, e pelo americano Ashley C. Brown, diretor-executivo do Harvard Electricity Policy Group of Council, considera que há instrumentos mais eficazes de assegurar a responsabilidade das agências reguladoras do que os contratos de gestão que o governo federal pretende adotar. "O setor elétrico e o de gás natural são simbióticos", disse Brown. Para os consultores, a falta de sintonia entre a evolução e a regulamentação dos mercados de gás e energia elétrica "está causando prejuízos substanciais à economia brasileira". Brown e de Paula consideram que o momento é propício para que ocorram mudanças. (O Estado de São Paulo - 22.10.2004)

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8 Contas da Aneel serão debatidas em audiência

O diretor-geral da Aneel, José Mario Miranda, será convidado a participar de audiência pública para prestar esclarecimentos sobre as contas da Aneel durante os sete anos que esteve no cargo. A audiência foi proposta por requerimento do deputado Hamilton Casara (PSB-RO), aprovado ontem na Comissão de Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional. A audiência, porém, será realizada em conjunto com outras quatro comissões: Minas e Energia; Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; Defesa do Consumidor; e Fiscalização Financeira e Controle. A audiência está prevista para o dia 11 de novembro. (Elétrica - 21.10.2004)


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9 Setor elétrico pode aumentar pedidos à indústria em 50%

Os fabricantes de equipamentos de geração hidrelétrica voltaram a sorrir, depois de dois anos sem encomendas, e projetam um crescimento de até 50% de novos pedidos neste ano. Os investimentos em produção de eletricidade ficaram paralisados desde 2002 à espera da nova regulamentação do setor, e também porque houve, após o racionamento, uma sobra conjuntural de energia no país. Além disto, das 45 hidrelétricas já concedidas à iniciativa privada pela Aneel nos últimos anos, 24 usinas estavam paradas por conta de entraves ambientais, segundo levantamento do MME. A solução dos entraves ambientais e a perspectiva da licitação no próximo ano de mais 17 hidrelétricas trouxe otimismo para a General Electric Hydro no Brasil "Esperamos crescer 50% neste ano. (Valor - 22.10.2004)

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10 Aneel autoriza operação comercial de segunda unidade geradora da hidrelétrica de Candonga

A Aneel autorizou a operação comercial da segunda unidade geradora, de 46,7 MW, da hidrelétrica de Candonga, em Minas Gerais. A usina possui capacidade instalada de 140 MW. A terceira e última unidades estão previstas para novembro. A hidrelétrica de Candonga é do consórcio de mesmo nome, composto pela Vale do Rio Doce e Alcan Alumínio. Os investimentos no empreendimento chegam a US$ 46 milhões. (Canal Energia - 21.10.2004)

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Empresas

1 Light recorre ao STJ para receber tarifas da CSN e da Valesul

A Light recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para cassar liminar que desobriga as empresas CSN e Valesul de recolherem tarifas equivalentes a R$ 8 milhões por mês. As produtoras de aço e alumínio do Estado do Rio alegam na Justiça que, como são "consumidores livres", não estão obrigadas a pagar as Tarifas de Uso dos Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica (TUSD) Energia de Ponta e Energia Fora de Ponta. O presidente do STJ, ministro Edson Vidigal, encaminhou hoje o processo ao Ministério Público Federal, pedindo parecer para então decidir se susta ou não os efeitos da liminar concedida pela Justiça Federal do Rio. A expectativa é que a ação retorne ao STJ em cinco dias. De acordo com a Aneel, o sistema elétrico nacional será inviabilizado se for mantida a decisão em favor das duas empresas. (Valor - 22.10.2004)

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2 BNDESpar aumenta participação na CPFL Energia

O BNDES aumentou a sua participação no capital do grupo CPFL Energia de 3,12% para 5,10%. A operação será feita por meio da BNDESPar, braço operacional do banco, que comprará a fatia da VBC (consórcio formado por Votorantim, Bradesco e Camargo Corrêa), acionista da CPFL. O BNDES exerceu, na última quarta-feira, o seu direito de permuta de 147.207 debêntures por ações ordinárias da CPFL Energia, não integrantes do bloco de controle, de titularidade da VBC. Em decorrência da permuta, 8, 9 milhões de ações ordinárias da CPFL Energia, representando aproximadamente 1,98% do capital social da empresa, passam a ser detidas pelo BNDESPar. Não haverá diluição da participação acionária dos demais acionistas, com exceção da VBC. (Valor - 22.10.2004)

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3 Aneel aumenta tarifas da CPFL e da Bandeirante

As tarifas cobradas pelas distribuidoras de energia elétrica CPFL Piratininga e Bandeirante Energia serão reajustadas entre 15% e 19% a partir deste sábado. O reajuste anual foi autorizado ontem pela Aneel e será aplicado integralmente. A Aneel autorizou aumento médio de 15,95% para as tarifas cobradas pela Bandeirante. Os consumidores atendidos em baixa tensão terão um reajuste de 12,55%. Para os consumidores atendidos em alta tensão, o reajuste será de 16,94%. Na CPFL Piratininga o reajuste médio autorizado pela Aneel foi de 14%, sendo que o maior índice (19,07%) será para os consumidores atendidos em alta tensão e 10,14% para os que recebem energia em baixa tensão. (Gazeta Mercantil - 22.10.2004)

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4 Aneel autoriza correção de 6,45% para tarifas da CEEE

A Aneel divulgou os resultados da revisão tarifária periódica da CEEE. As tarifas serão corrigidas, na média, em 6,45% a partir da próxima segunda-feira (25/10). A aplicação do reajuste será diferenciada por categoria de consumo, conforme os índices médios de realinhamento tarifário para a companhia. Os consumidores residenciais, por exemplo, com consumo abaixo de 2,3 kV terão aumento de 4,89%. Já os grandes consumidores comerciais e industriais, com consumo superior a 2,3 kV terão reajuste de 9,87%. Do total de reajuste médio de 6,45%, uma parcela de 3,06% corresponde à reposição de preço da tarifa, os 3,39 pontos percentuais restantes referem-se à tarifa da Conta de Variação de Valores de Itens da Parcela (CVA) e outras despesas financeiras relativas a ajustes tributários e encargos do setor. Além do índice de reposicionamento das tarifas das concessionárias, a revisão tarifária estabeleceu um Fator X de 3,5119 pontos percentuais para a empresa. (Valor - 22.10.2004)

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5 Celg diz que acordo beneficia consumidor

Após quatro meses de intensas negociações, que começaram em maio e terminaram em agosto, a Celg e a CDSA fecharam um acordo pelo qual colocam um ponto final nas pendências sobre o valor da tarifa de compra de energia elétrica pela estatal goiana. O acordo, mediado pela Anaeel, foi homologado pela Justiça Federal, com aprovação do Ministério Público Federal. Porém, o acordo, celebrado em 11 de agosto último, só agora foi divulgado pelas duas companhias. Ontem, o diretor-comercial da Celg, Antonio Bauer, disse que o acordo "foi muito bom" para as duas partes. "Com o novo contrato, acabam-se as pendências jurídicas, com a Celg voltando a ter tranqüilidade para planejar seus investimentos, especialmente na ampliação e melhoria do sistema. Também melhora nosso relacionamento com a Aneel", destacou. Cachoeira Dourada, no caso, reduz sua lucratividade, mas não terá prejuízos financeiros com o novo contrato, garante Bauer. A Celg compra 30% da energia que distribui da CDSA, ou 300 mil MWh, com o desembolso mensal oscilando entre R$ 16 milhões e R$ 17 milhões. (Elétrica - 22.10.2004)

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6 Coelba vai realizar investimentos de cerca de R$ 939 mil em programa de eficiência energética

A Coelba investirá R$ 939.762,23 no ciclo 2003/2004 do seu programa anual de combate ao desperdício de energia elétrica. Os projetos, aprovados pela Aneel, devem estar concluídos até 31 de agosto de 2005. A Coelba realizará oito projetos. A lista inclui, por exemplo, a implantação do Procel no Escritório Público de Arquitetura Popular e Urbanismo, com R$ 130.063,35, o uso de pivôs centrais e de sistemas de bombeamento eficientes, com R$ 200 mil, e a eficientização energética do Instituto de Perinatologia da Bahia, com R$ 159.574,20. (Canal Energia - 22.10.2004)

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7 RGE completa sete anos de atividade como distribuidora de energia elétrica

A RGE, que surgiu da privatização de parte da estatal gaúcha CEEE, comemora nesta quinta-feira, dia 21 de outubro, sete anos de atividade como distribuidora de energia elétrica, atendendo a 254 municípios. Os investimentos nesses sete anos de atuação somam R$ 500 milhões. A base de clientes cresceu 17,46%, passando de 870 mil para 1,054 milhão, no período. O número de subestações saltou de 42 para 58 unidades. (Canal Energia - 21.10.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Sudeste/Centro-Oeste registra volume 36,3% acima da curva de aversão ao risco

O nível dos reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste está em 62,8%, mantendo o volume registrado no dia 19 de outubro. O índice fica 36,3% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. As hidrelétricas de Corumbá e São Simão apresentam capacidade de 48,9% e 72,7%, respectivamente. (Canal Energia - 21.10.2004)

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2 Nível de armazenamento do submercado Sul está em 72,2%

O índice de armazenamento dos reservatórios do Sul está em 72,2%. Em relação ao dia 19 de outubro, houve aumento de 1,2% no volume armazenado. A hidrelétrica Machadinho está com capacidade de 99,71%. (Canal Energia - 21.10.2004)

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3 Submercado Nordeste registra volume 49,1% acima da curva de aversão ao risco

A capacidade dos reservatórios do Nordeste está em 67,5%. O índice fica 49,1% abaixo da curva de aversão ao risco 2003/2004. Em relação ao dia 19 de outubro, houve queda de 0,4% no nível dos reservatórios. A hidrelétrica de Sobradinho está com 65,6% de volume armazenado. (Canal Energia - 21.10.2004)

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4 Nível de armazenamento do submercado Norte está em 42,2%

Os reservatórios do submercado Norte apresentam 42,2% de volume armazenado, com queda de 0,5% em relação ao dia 19 de outubro. A hidrelétrica de Tucuruí opera com capacidade de 41,3%. (Canal Energia - 21.10.2004)

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5 Apagão afeta 25 cidades do Cariri (CE) por 4 minutos

Pela terceira vez em dois dias cidades do interior sofreram a falta de energia elétrica por alguns minutos. No Cariri (CE), 25 municípios foram afetados ontem. Na Região Norte e Serra da Ibiapaba, duas falhas na terça-feira atingiram 16 cidades. Segundo a Chesf, as panes tiveram causas distintas. A falha num equipamento da Chesf na manhã de ontem deixou 25 municípios da região do Cariri, sul do Estado do Ceará, sem energia elétrica por quatro minutos, das 9h18min às 9h22min. Esse é o terceiro apagão que ocorre em dois dias no Ceará. Conforme o representante da Chesf, na terça-feira pela manhã o apagão, que ocorreu de 10h58min às 11h09min (durando 11 minutos), foi por causa de uma falha na linha de transmissão Teresina-Sobral. (Elétrica - 21.10.2004)

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Gás e Termoelétricas

1 Termonorte explica acidente ocorrido na Usina II

O gerente-geral da Termonorte, Flávio Mendonça, falou ontem, durante entrevista ao Estadão do Norte, sobre o incidente ocorrido no início da noite de terça-feira, na usina 2 da termoelétrica, localizada na BR-364, sentido Cuiabá. Segundo ele, uma das quatro turbinas que produzem energia elétrica apresentou um problema mecânico, que acabou ocasionando um princípio de incêndio dentro da sala de máquinas. De acordo com ele, graças a ação rápida da "Brigada de Incêndio" composta por funcionários da empresa e do Corpo de Bombeiros, toda a área próxima ao local foi evacuada dentro do tempo previsto. Fato este que ele considerou de extrema importância para que o princípio de fogo fosse contido e que ninguém ficasse lesionado. (Elétrica - 21.10.2004)

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Economia Brasileira

1 Lula volta a defender aprovação das PPPs

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender nesta quinta-feira a aprovação do programa de Parceria Público Privada como instrumento para eliminar os gargalos na infra-estrutura. Para ele, a PPP é necessária para garantir um ciclo duradouro de crescimento. "Não quero brincar com a economia brasileira" disse ele ao apelar pela aprovação da matéria no Senado, onde está travada por resistência da oposição. Mais uma vez, o presidente garantiu que não adotará medidas eleitoreiras na área econômica, referindo-se à recente iniciativa de elevar o superávit primário de 4,25% para 4,5% do PIB, quando afirmou ter sido criticado por adotar tal medida tão próximo das eleições municipais.(O Globo Online - 22.09.2004)

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2 Mantega irá à Itália e Espanha fazer propaganda das PPPs

Uma intensa movimentação de embaixadas e missões diplomáticas em Brasília com propostas de investimento no país levarão o ministro do Planejamento, Guido Mantega, a duas viagens ao exterior ainda neste ano. A primeira será à Itália, onde Mantega firmará uma "carta de intenções" com o ministro de infra-estrutura italiano, Pietro Lunardi, para permitir financiamento italiano a estudos de viabilidade das parceiras público-privadas no Brasil. Em novembro, na Espanha, o ministro pretende concluir as negociações para um empréstimo espanhol que poderá chegar a US$ 1 bilhão, destinado a apoiar investimentos espanhóis no Brasil. (Valor Online - 22.09.2004)

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3 Segundo Meirelles aperto nos juros pode aumentar

A uma platéia de investidores estrangeiros, em Boston, o presidente do BC, Henrique Meirelles, ignorou as críticas à atual política monetária e transmitiu um recado. "Acho que não existe um momento onde qualquer BC possa dizer acabou, daqui para frente está tudo feito. É um trabalho constante de ação e monitoramente, como todos os bancos centrais do mundo que vão adotando as políticas adequadas a cada momento do ciclo econômico". Acho que as diferenças de opinião são normais, são abordagens diferentes com horizontes diferentes. Em última análise, os resultados no Brasil são positivos e a economia está crescendo. Como o presidente Lula tem falado diversas vezes, o que nós precisamos é nos assegurarmos que estamos criando um crescimento sustentável. (Folha Online - 22.10.2004)

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4 Alta de 0,5 ponto põe fim ao gradualismo do BC, dizem analistas

Os analistas do mercado financeiro acreditam que o fato de os diretores do BC terem votado pelo ajuste por unanimidade enfraquece as especulações do mercado em torno da permanência de Henrique Meirelles frente à instituição e diminui a impressão de que há interferência política nas decisões do BC. Outra conclusão dos economistas é que o chamado gradualismo foi abandonado. O economista-chefe do Citibank, Carlos Kawall, considerou coerente a postura do Copom de ter elevado a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, mesmo que contrariando a maioria das apostas, inclusive a sua. "O mercado deve reagir com um mal estar nesta quinta-feira, porque a ala majoritária esperava uma alta de 0,25 ponto na taxa. Por outro lado, a decisão unânime vai aliviar as pressões políticas e desanuviar esse ambiente de especulação" diz o economista. (Gazeta Mercantil - 22.09.2004)

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5 Parlamentares da oposição e da base se unem contra alta dos juros

Parlamentares da oposição e da base governista no Congresso se uniram para criticar a decisão do Copom de aumentar a Selic. O líder do PSB na Câmara, partido da base de sustentação do governo, deputado Renato Casagrande (ES), disse que o Copom leva a sua posição conservadora até as últimas consequências: "É mais uma decepção, um exagero. O Copom usa sua posição conservadora ao extremo. A decisão decepciona quem quer ver o Brasil crescer. É uma cultura de rigor fiscal e monetária inadimissível" indignou-se Casagrande (O Globo Online - 22.09.2004)

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6 Superávit de US$ 1,7 bi em transações correntes

A conta de transações correntes registrou superávit de US$ 1,74 bilhão em setembro, o melhor resultado para o mês desde o início da série, em 1947. De acordo com o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, o resultado vem confirmar o bom desempenho do setor externo que o país vem apresentando, pelo menos nestes últimos 12 meses. Para outubro, Lopes projeta novamente um saldo positivo. Desta vez um pouco menor, mas ainda significativo: US$ 900 milhões. No acumulado entre janeiro e setembro deste ano, o superávit chega a US$ 9,6 bilhões. No mesmo período de 2003, o saldo foi US$ 3,8 bilhões. Mas o forte resultado em transações, impulsionado uma vez mais pelas exportações e a entrada de recursos estrangeiros, não foi suficiente e o balanço de pagamentos teve déficit de US$ 400 milhões. (Gazeta Mercantil - 22.09.2004)

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7 Dólar ontem e hoje

O dólar diminuiu um pouco o ritmo de queda na última hora de negociação, mas continua no campo negativo. Às 11h24m, a moeda americana apresentava redução de 0,24%, a R$ 2,849 na compra e R$ 2,851 na venda. Na mínima do dia, o dólar chegou a R$ 2,839 na venda, com queda de 0,66% sobre o fechamento desta quinta-feira. Ontem, o dólar comercial terminou com queda de 0,55%, cotado a R$ 2,8560 para compra e R$ 2,8580 para venda. (O Globo Online e Valor Online - 22.10.2004)


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Internacional

1 Iberdrola registra lucro de 853,7 mi nos nove primeiros meses do ano

O resultado líquido da Iberdrola aumentou 13,2% nos nove primeiros meses no ano para 853,7 milhões de euros devido a investimentos de cerca de bilhões de euros realizados até setembro, anunciou a empresa em comunicado. Os investimentos, realizados no âmbito do Plano Estratégico 2002-2006, destinaram-se a novas instalações eólicas, a renovar o parque de produção através de centrais de ciclo combinado a gás, a melhorar o negócio internacional e a rede de distribuição. Estes investimentos permitiram a construção de mais 5000 MW na Espanha para uma capacidade instalada total de 21 700 MW. Nos primeiros nove meses do ano, a Iberdrola aumentou a potência nas renováveis em 520 MW, um aumento de 34,6% face a período homólogo, para 2777 MW. O volume de negócios da Iberdrola aumentou 7% para 7526,2 milhões de euros, devido ao aumento da produção do grupo em 13,2% para 69 504 GW. O volume do negócio internacional aumentou 40,5%. O EBITDA (lucros antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) subiu 9,1% para 2134,3 milhões de euros. (Diário Econômico - 22.10.2004)

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2 ERSE: Portugal foi exportador líquido de energia para a Espanha em 2003

O presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) afirmou que Portugal foi exportador líquido de eletricidade para Espanha em 1999, 2001 e 2003, resultando em ganhos para a Rede Eléctrica Nacional (REN) e para os consumidores portugueses. Ao falar perante a comissão parlamentar de Economia e Finanças, Jorge Vasconcelos explicou que Portugal depende muito do exterior no abastecimento de energia primária, mas não de eletricidade. As exportações de eletricidade para Espanha são uma matéria da competência do sistema de serviço público e a REN pode reter 50% dos benefícios da optimização do sistema, da produção, exportações e importações. O fato de Portugal não ser exportador líquido nos outros anos foi explicado pelo presidente da ERSE com a capacidade de produção, mas também com as estruturas de custos. (Diário Econômico - 21.10.2004)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Pedro Bruni e Rodrigo Madeira

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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