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IFE: nº 1.447 - 14 de outubro de 2004
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Audiência com Aneel vai debater programas de pesquisa
2 Piauí terá investimentos de R$ 178 mi para melhorias no sistema elétrico
3 Programa Luz para Todos em Goiás já tem 23 mil cadastrados

Empresas
1 Cemig entra novamente no índice Dow Jones de Sustentabilidade
2 Comerc realiza leilão para compra de energia para 14 empresas
3 Elektro investirá R$ 2,9 milhões em programa de PeD

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Tolmasquim: Não há risco de faltar energia no Brasil em 2008
2 Tolmasquim: ONS foi conservador ao contabilizar os projetos que vão entrar até 2008
3 Mário Santos: Projeções da próxima revisão quadrimestral deverão trazer cenários diferentes

4
Produção de energia elétrica no Brasil cresce 5,6% em 2003
5
Consumo residencial no país ficou em 76.144 GWh em 2003
6
Nível dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste está em 63,5%
7
Índice de armazenamento dos reservatórios do Sul está em 61,5%
8
Reservatórios do submercado Nordeste apresentam 69,8% de capacidade
9
Submercado Norte está com 46% de volume armazenado
10
Chuva causa queda na energia em 27 municípios do RS
11 Rompimento de cabo provoca falta de energia em Campo Grande

Gás e Termelétricas
1 Brasil aposta na valorização do GNV para aumentar participação do gás na matriz energética nacional
2 Victer: Investimentos em gasodutos no RJ já chegam a R$ 26,1 mi
3 Estado do Rio de Janeiro dispõe de mais da metade da frota de veículos movidos a GNV no país
4 Tractebel e Uniplac firmam parceria para realizar análise de biomassa
5 Petroleiros decidem hoje se param produção dia 19
6 Estrutura econômica é maior trunfo do Brasil na comercialização de créditos de carbono

Grandes Consumidores
1 Risco de déficit de energia em 2008 preocupa grandes consumidores
2 Abrace: Estudo do ONS é apenas um alerta para evitar futuros desconfortos ao sistema
3 Abdib: Perspectivas para o abastecimento de energia são, até certo ponto, positivas

Economia Brasileira
1 CNI: Ritmo de exportações continua
2 Celso Amorim: Candidatura brasileira para a OMC não provocará a paralisação das negociações

3 Furlan vai à Alemanha mostrar oportunidades de investimento no Brasil
4 Brasil perde posições em rankings de índices competitividade
5 Fiesp: Tributação pesada e crédito caro e escasso agravam a situação do país
6 Embaixador nos EUA diz que interesse pelo país continua elevado
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Golfo do México está deixando de produzir 1,7 bilhão de pés cúbicos de gás natural diariamente
2 Comissão Européia envia declaração de objeção sobre aquisição da Gás de Portugal pela EDP

Biblioteca Virtual do SEE
1 BRAGA, Vanessa Mesquita. "Infra-estrutura logística: um desafio à abertura no downstream da indústria brasileira de petróleo" Rio de Janeiro. IE/UFRJ, 08 de outubro de 2004

Regulação e Novo Modelo

1 Audiência com Aneel vai debater programas de pesquisa

O diretor geral da Aneel, José Mário Miranda Abdo, deverá participar de audiência pública da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, para prestar esclarecimentos sobre as realizações, nos últimos sete anos, dos Programas de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética. A legislação estabelece que as empresas do setor elétrico são obrigadas a aplicar anualmente um percentual de suas receitas em Pesquisa e Desenvolvimento. Os primeiros contratos de geração previam o percentual mínimo de 0,25%, enquanto, para os contratos de distribuição, o percentual era de 0,1%. (Agencia Câmara - 13.10.2004)

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2 Piauí terá investimentos de R$ 178 mi para melhorias no sistema elétrico

O governador Wellington Dias esteve reunido em Brasília com representantes do Sistema de Transmissão Nordeste S.A. (STN) - consórcio entre a Alusa e a Chesf - para viabilizar a construção da base energética na subestação do pólo industrial de Teresina. Com início previsto ainda para este mês de outubro, a obra receberá recursos da ordem de R$ 178 milhões. O empreendimento aumenta em 1.000 MW a atual capacidade de intercâmbio da interligação Norte-Nordeste. Possibilita ainda o escoamento da energia de UHE Tucurui III, e reduz o risco de déficit energético para a região Nordeste, melhorando substancialmente a qualidade e confiabilidade do sistema elétrico que atende o Estado do Piauí. (Elétrica - 13.10.2004)

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3 Programa Luz para Todos em Goiás já tem 23 mil cadastrados

Cerca de 23 mil pessoas se cadastraram no programa Luz para Todos em Goiás até o dia 11 de outubro. A Celg estima que este número represente 90% do total de famílias a serem atendidas pelo programa. Embora a etapa de cadastramento esteja finalizada e a maioria dos clientes já tenha procurado a Celg, a empresa continuará recebendo pessoas que não tenham energia em suas residências para realização do cadastro, por tempo indeterminado. A previsão é de que o Luz para Todos leve energia elétrica a mais de trinta mil famílias, gratuitamente, em todo o Estado. O investimento total é de R$ 251.327 mil. Proporcionalmente, Goiás será o primeiro Estado a terminar a universalização de energia, terminando o programa em 2006. A meta do governo federal é que o programa termine em 2008. (Elétrica - 13.10.2004)

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Empresas

1 Cemig entra novamente no índice Dow Jones de Sustentabilidade

A Cemig entrou pelo quinto ano consecutivo no índice Dow Jones de Sustentabilidade, o Dow Jones Sustainability Index (DJSI). Anualmente, são analisadas cerca de 3 mil empresas do mundo inteiro, de onde são retiradas 300 para compor a carteira do DJSI. Neste ano, apenas 11 empresas do setor elétrico em todo o mundo conseguiram a classificação. O superintendente de Relações com Investidores da Cemig, Luiz Fernando Rolla, explicou que o resultado é muito positivo para a empresa, principalmente porque os critérios de avaliação vão além da análise financeira. A nova carteira do DJSI é considerada referência para investidores e gestores de recursos. (Elétrica - 14.10.2004)

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2 Comerc realiza leilão para compra de energia para 14 empresas

A Comerc vai intermediar o leilão eletrônico promovido por 14 empresas para compra de energia, na qualidade de consumidores livres. A operação acontece nos dias 25 (1° etapa) e 28 (2° etapa) de outubro e será realizada pela Webb Serviços de eBusiness. As empresas que participarão do leilão são: Cecrisa Revestimentos Cerâmicos, Coteminas Companhia de Tecidos Norte de Minas, Danone, Dixie Toga, Eliane Revestimentos Cerâmicos, Grupo Orsa Participações, Hospital Sírio Libanês, Karibê Industria e Comércio, Kimberly Clark Kenko, Kimberly Clark Brasil Indústria e Comércio de Produtos de Higiene, Klabin, Mineração Serra Grande, Norfil Indústria Textil, Paramount Lansul, Santista Têxtil e Tigre Tubos e Conexões. (Canal Energia - 13.10.2004)

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3 Elektro investirá R$ 2,9 milhões em programa de PeD

A Elektro vai investir aproximadamente R$ 2,9 milhões no programa de pesquisa e desenvolvimento para o ciclo 2003/2004, aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica. Os projetos devem ser concluídos até o dia 31 de outubro de 2005. (Canal Energia - 13.10.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Tolmasquim: Não há risco de faltar energia no Brasil em 2008

O secretário executivo do MME, Maurício Tolmasquim, afirmou ontem que não há risco de faltar energia no Brasil em 2008, comentando o alerta do ONS publicado na segunda revisão quadrimestral do Planejamento Anual da Operação Energética para o período 2004-2008, divulgada na sexta-feira. "É válido fazer cenários e se os órgãos ambientais não emitirem licenças, é interessante que os riscos que advirão daí sejam mostrados. Mas tem que se tomar cuidado de não tornar uma hipótese remota em uma coisa provável de acontecer", disse o secretário. Sem negar a existência de entraves ambientais para início de empreendimentos importantes, Tolmasquim avalia que, de modo geral, a situação até 2008 é confortável sob o ponto de vista da oferta. "Estamos tranqüilos. Não há motivo para preocupação. Quero dizer aos empresários que eles podem fazer seus investimentos porque o país vive uma situação confortável e não existe risco de faltar energia", frisou Tolmasquim. (Valor - 14.10.2004)

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2 Tolmasquim: ONS foi conservador ao contabilizar os projetos que vão entrar até 2008

Maurício Tolmasquim, secretário executivo do MME, ressaltou o fato de que o ONS foi conservador ao contabilizar os projetos que vão entrar até 2008, retirando as hidrelétricas sem licença ambiental, as térmicas sem lastro para produzir energia por falta de gás e os projetos do Proinfa, só para citar alguns, no total de 5.200 MW. "Sabemos que temos essas usinas disponíveis para o crescimento do país. É pouco provável que não entrem esses 5.200 MW", enfatizou. O relatório do ONS projeta dois cenários de crescimento da economia. No mais crítico , onde a elevação do consumo de energia pode aumentar caso o PIB cresça a uma média de 4,9% ao ano entre 2005-2008, o risco de ocorrer "qualquer déficit" de energia na região Sul em 2008 é de 11,2% . No mesmo ano, o risco de ocorrer qualquer déficit no Norte é de 16,4% e no Nordeste é de 12,5%. (Valor - 14.10.2004)

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3 Mário Santos: Projeções da próxima revisão quadrimestral deverão trazer cenários diferentes

O presidente do ONS, Mário Santos, disse que as projeções da próxima revisão quadrimestral - para o período 2005-2009 - deverão trazer cenários diferentes. Isso porque, explicou Mário Santos, ao fazer os últimos cenários o ONS não considerou um conjunto de obras cuja licença ambiental ainda não haviam sido informadas pela Aneel. (Valor - 14.10.2004)

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4 Produção de energia elétrica no Brasil cresce 5,6% em 2003

A produção de energia elétrica no Brasil em 2003 cresceu 5,6% em comparação com o ano anterior, quando o nível de geração ficou em 364.942 GWh, segundo o balanço energético nacional atualizado pelo MME. A região Sudeste teve a maior produção, com 133.187 GWh; seguido pelo Sul, que produziu 105.424 GWh. No submercado Nordeste foram gerados 44.907 GWh, enquanto no Norte a marca ficou em 41.381 GWh. No Centro-Oeste, a produção chegou a 40.042 GWh.Ainda de acordo com o balanço energética nacional, o país tinha uma instalação energética total de 86.504 GWh no ano passado. Desse total, a hidroeletricidade corresponde por 67.792,3 GWh. Instalações térmicas e nucleares somam 18.712 GWh em 2003. (Canal Energia - 13.10.2004)

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5 Consumo residencial no país ficou em 76.144 GWh em 2003

Entre regiões brasileiras, a produção de energia elétrica está distribuída assim: 36,7% das instalações energéticas estão situadas no Sudeste; 25,6% no Sul; 15,6% no Nordeste; 11,5% no Centro-Oeste; e 10,6% no Norte. O balanço energético nacional, atualizado pelo MME, mostra ainda que o consumo residencial no país ficou em 76.144 GWh em 2003. O levantamento faz um comparativo do consumo no país a partir de 1987 e aponta um crescimento de 96,6% desde aquele ano até o ano passado. Em 2003, o maior consumo residencial foi detectado na região Sudeste, com 41.743 GWh. No subsistema Sul, o consumo foi de 12.963 GWh, enquanto no Nordeste, chegou a 11.859 GWh. O Norte consumiu 3.956 GWh e o Centro-Oeste, 5.623 GWh. (Canal Energia - 13.10.2004)

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6 Nível dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste está em 63,5%

O índice de armazenamento dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste está em 63,5%. O volume fica 35,2% acima da curva de aversão ao risco. Em relação ao dia 11 de outubro, houve queda de 0,2% na capacidade do submercado. O nível dos reservatórios das hidrelétricas de Nova Ponte e Furnas está em 73,6% e 85,9%, respectivamente. (Canal Energia - 13.10.2004)

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7 Índice de armazenamento dos reservatórios do Sul está em 61,5%

O submercado Sul está com 61,5% de volume armazenado em seus reservatórios. Em relação ao dia 11 de outubro, houve aumento de 0,3% na capacidade do submercado. O nível dos reservatórios da hidrelétrica de Machadinho está em 95,4%. (Canal Energia - 13.10.2004)

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8 Reservatórios do submercado Nordeste apresentam 69,8% de capacidade

O nível dos reservatórios do submercado Nordeste está em 69,8%. O índice fica 50,3% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. Em relação ao dia 11 de outubro, houve queda de 0,3% no volume armazenado. A hidrelétrica de Sobradinho opera com 67,7% de capacidade. (Canal Energia - 13.10.2004)

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9 Submercado Norte está com 46% de volume armazenado

Os reservatórios do submercado Norte apresentam 46% de capacidade. O índice fica 0,4% abaixo ao registrado no dia 11 de outubro. A hidrelétrica de Tucuruí está com 47% de volume armazenado em seus reservatórios. (Canal Energia - 13.10.2004)

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10 Chuva causa queda na energia em 27 municípios do RS

A chuva causou queda na energia elétrica de 27 municípios, todos na região das Missões e na área próxima à fronteira noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Entre as cidades que foram mais afetadas estão Santo Ângelo, Santa Rosa, São Luís Gonzaga e Planalto. Os municípios de Jóia e Roque Gonzales ficaram completamente sem energia. A rede elétrica está sendo reestabelecida nessas duas cidades. (Folha Online - 13.10.2004)

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11 Rompimento de cabo provoca falta de energia em Campo Grande

A assessoria de imprensa da Enersul informou que o rompimento de um cabo de baixa tensão provocou a interrupção parcial do fornecimento de energia elétrica na região dos bairros Coophasul e Vila Nasser, em Campo Grande. O problema já foi resolvido e restabelecido o serviço nestes locais. (Campo Grande News - 14.10.2004)

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Gás e Termoelétricas

1 Brasil aposta na valorização do GNV para aumentar participação do gás na matriz energética nacional

O governo brasileiro e a Petrobras prevêem aumentar a participação do gás natural como matriz energética do Brasil, que atualmente chega a 7,5%. A aposta é se juntar a uma campanha mundial de valorização do GNV como combustível menos poluente para uso industrial, automobilístico e de geração de eletricidade. Para isso, a Petrobras, segundo o diretor de gás e energia da empresa, Ildo Sauer, planeja investir US$ 2,85 bilhões, até 2010, na rede básica de transporte de GNV no país. (Jornal de Santa Catarina - 14.10.2004)

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2 Victer: Investimentos em gasodutos no RJ já chegam a R$ 26,1 mi

De acordo com o secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Estado do Rio de Janeiro, Wagner Victer, já foram investidos R$ 26,1 milhões na instalação de 58 quilômetros de dutos para transporte de gás natural, que vão beneficiar 4 mil residências e nove indústrias. Atualmente, o gás natural responde por 13,5% de toda a matriz energética do estado, contra 7,5% da média nacional. (Gazeta Mercantil - 14.10.2004)

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3 Estado do Rio de Janeiro dispõe de mais da metade da frota de veículos movidos a GNV no país

O Rio de Janeiro ultrapassou a marca dos 300 postos de gás natural veicular (GNV) instalados em todo o estado e deve chegar ao fim do ano com cerca de 350 pontos de venda. Ontem, foi inaugurado o posto número 301, no bairro Quitandinha, em Petrópolis, a primeira cidade da região metropolitana do Rio a dispor de GNV. O Rio de Janeiro dispõe de uma frota de cerca de 280 mil veículos movidos a GNV, mais da metade de toda a frota do país, hoje da ordem de 500 mil. (Gazeta Mercantil - 14.10.2004)

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4 Tractebel e Uniplac firmam parceria para realizar análise de biomassa

A Tractebel e a Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac) firmaram uma parceria, na qual serão empregados R$ 190,5 mil para a aquisição de equipamentos para a construção de um laboratório, que deverá ser referência em análise de biomassa. O projeto faz parte do Programa Anual de Pesquisa e Desenvolvimento da Tractebel e tem por objetivo a realização de pesquisas no setor de resíduos industriais e florestais. A Uniplac fará o levantamento das disponibilidades dos resíduos e a avaliação da variação de sua qualidade energética em função do clima. Segundo Sérgio Roberto Maes, gerente de operação, o projeto viabilizará a sustentabilidade a longo prazo. "A empresa aplica 0,25% de sua receita anual em pesquisa e desenvolvimento. Este projeto é regulado pela Aneel, sendo que a partir de 2006 o valor a ser aplicado sobe para o 1%", ressaltou Maes. (Diário Catarinense - 14.10.2004)

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5 Petroleiros decidem hoje se param produção dia 19

Os trabalhadores da Petrobras se reúnem hoje para decidir se vão parar a produção da empresa por cinco dias, a partir da terça-feira que vem. No encontro, os petroleiros vão fazer um balanço das assembléias realizadas em todas as bases da estatal pelo País desde o dia 8, quando rejeitaram a proposta da companhia de reajuste de 12,1% apenas para os empregados em atividade, excluindo os aposentados. (Jornal do Commercio - 14.10.2004)

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6 Estrutura econômica é maior trunfo do Brasil na comercialização de créditos de carbono

O maior trunfo brasileiro para conseguir bons negócios na comercialização de créditos de carbono é a estrutura da sua economia, acredita José Gonsales Miguez, coordenador-geral de Mudanças Globais do Clima no Ministério da Ciência e Tecnologia. Ele considera a Índia e a China os dois principais concorrentes pelos dólares que serão movimentados com a entrada em vigor do Protocolo de Kyoto, mas assinala que os dois países asiáticos não têm uma estrutura econômica tão dinâmica e aberta quanto a brasileira. Ele comenta, no entanto, que China e Índia largam na frente do Brasil na busca por esses acordos porque ambos os países têm sua estrutura energética baseada na queima do carvão, prática extremamente poluente, enquanto o apelo brasileiro é maior em projetos para as áreas florestal e de aterros sanitários. (Valor - 14.10.2004)

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Grandes Consumidores

1 Risco de déficit de energia em 2008 preocupa grandes consumidores

A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais demonstra preocupação com a segunda revisão quadrimestral do planejamento do sistema interligado nacional apresentado pelo ONS. Pelo estudo, o país corre risco de déficit de energia em 2008. Segundo Frederico Ribeiro, coordenador do Núcleo de Infra-Estrutura da Fiemg, essa projeção reflete a situação atual do sistema, que tem registrado lentidão na entrada de novos empreendimentos. Já o consumo, explica ele, segue direção contrária, com crescimento acima do esperado pelo mercado. Segundo Ribeiro, que preferiu não falar de números, apesar de a Cemig, concessionária de energia local, estar investindo na expansão da oferta, o montante acrescentado ainda é pouco se comparado com o necessário para cobrir o ritmo de demanda. "Mesmo com os investimentos feito pela concessionária, a oferta de energia ainda é pouca para atender o ritmo mais acelerado do consumo", diz. O coordenador ressalta ainda que, caso a projeção do ONS se concretize, a indústria mineira terá que adotar medidas radicais para reduzir o consumo de energia elétrica. (Canal Energia - 13.10.2004)

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2 Abrace: Estudo do ONS é apenas um alerta para evitar futuros desconfortos ao sistema

Na avaliação de Eduardo Carlos Spalding, vice-presidente da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia, o estudo do ONS é apenas um alerta para evitar futuros desconfortos ao sistema. De acordo com ele, as regras do novo modelo do setor elétrico visam a minimizar novos desequilíbrios entre oferta e demanda de energia. "Não vejo problemas quanto à projeção feita pelo ONS. Essa situação ocorre porque estamos vendo o esgotamento da sobra de energia e os leilões de energia nova vêm assegurar o atendimento do mercado para os anos 2008 e 2009", afirma. Para Spalding, esse cenário pessimista só deve se concretizar caso aconteçam situações inesperadas, como crescimento de energia superior ao planejado, a não-confirmação da entrada de usinas previstas pelo governo e fracasso dos leilões de energia nova. (Canal Energia - 13.10.2004)

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3 Abdib: Perspectivas para o abastecimento de energia são, até certo ponto, positivas

A revisão do planejamento estratégico do ONS que alerta para problemas de falta de energia em quatro anos foi recebida com relativa calma pela Associação Brasileira da Infra-Estrutura e das Indústrias de Base (Abdib). O presidente da Abdib, Paulo Godoy, explicou que as perspectivas para o abastecimento de energia são, até certo ponto, positivas quando se leva em conta a proposta do novo modelo do setor elétrico. "Não é um cenário tão catastrofista", disse o empresário. "A situação é preocupante, mas existe tempo hábil para que se resolva essa situação." A tese de Godoy é que o novo modelo atrairá investidores fortes no setor de construção e fabricação de equipamentos, normalmente fora da geração de energia. O avanço no desembaraço das questões ambientais por parte do governo também tem ajudado na perspectiva mais suave por parte da indústria. O governo já conseguiu liberar as licenças para duas grandes usinas, o que funcionou como um sinal para o mercado de que o trabalho para garantir o abastecimento está sendo feito. Para que não falte energia a partir de 2008, os empreendimentos devem começar a ser construídos a partir do próximo ano. (Elétrica - 14.10.2004)

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Economia Brasileira

1 CNI: Ritmo de exportações continua

O ritmo do crescimento das exportações brasileiras deve se manter mesmo com a apreciação do real em relação ao dólar e com a recuperação do economia brasileira. No entanto, para que esse ritmo se mantenha no futuro, é necessário aumentar os investimentos em infra-estrutura. Essa é a expectativa da CNI, que divulgou ontem o boletim "Perspectivas do Comércio Exterior". De acordo com o boletim, a apreciação do real se intensificou em setembro, mas esse movimento pode ter sido apenas um ajuste de mercado. Nesse caso, uma depreciação poderá ocorrer em breve, o que levaria a taxa de câmbio para cerca de R$ 2,90 -patamar anterior a maio, mês em que o dólar chegou a R$ 3,20. A CNI lembra que a apreciação recente do real acompanha a redução do risco-país "refletindo a maior facilidade de captação de recursos externos e o crescente superávit comercial". A balança acumula superávit de US$ 26,522 bilhões neste ano até a segunda semana de outubro. Esse resultado está 40% acima do registrado no mesmo período do ano passado e é recorde histórico. (Valor - 14.10.2004)

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2 Celso Amorim: Candidatura brasileira para a OMC não provocará a paralisação das negociações

O lançamento de uma candidatura brasileira para a diretoria-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) é uma situação "incômoda" para a diplomacia do Brasil, mas não provocará a paralisação das negociações da nova rodada de liberalização comercial, argumentou o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, ao comentar ontem a decisão de lançar para o principal posto na OMC o embaixador do Brasil em Genebra, Luis Felipe de Seixas Corrêa. Ele anunciou, também, que enviará um diplomata de Brasília para desempenhar parte das funções de Seixas Corrêa, que, segundo o ministro, terá de dedicar-se à campanha pelo cargo. Segundo Amorim, o Brasil teria preferido indicar um nome como o do ministro das Relações Exteriores da África do Sul, Alec Erwin, que, no entanto, não quis disputar. "Temos de levar adiante as negociações da OMC com base no que acordamos em Genebra, e, para isso é preciso não só uma personalidade forte, mas uma que seja percebida como forte" insistiu. O país apoiaria um candidato sul-africano, argentino, ou até uruguaio que mostrasse essas características. (Valor - 14.10.2004)

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3 Furlan vai à Alemanha mostrar oportunidades de investimento no Brasil

O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, chega a Berlim, na Alemanha, nesta quinta-feira, em um visita de dois dias para discutir oportunidades de investimentos no Brasil, particularmente nas áreas de infra-estrutura e energia. Amanhã, especificamente, o titular se reúne com empresários, investidores e autoridades governamentais e participa da Conferência Ibero-Americana, em comemoração ao " Dia das Américas ". Ao longo da visita, estão previstos encontros com diretores-presidente das principais empresas alemãs de diversos setores, entre eles: aviação, energia, gás, saneamento, aço, equipamentos industriais, prestação de serviços, construção civil, transportes e portos. Também está na agenda do ministro uma reunião com a maior construtora alemã, a Hochtief AG. (Valor Online - 13.10.2004)

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4 Brasil perde posições em rankings de índices competitividade

O Brasil continua a perder postos na corrida global pela competitividade. Segundo relatório divulgado ontem pelo Fórum Econômico Mundial, o país caiu da 54ª para a 57ª posição no ranking do Índice de Crescimento Competitivo, que leva em conta o ambiente macroeconômico, a qualidade das instituições públicas e questões tecnológicas. A elevada carga tributária e os altíssimos juros e spreads bancários são os principais fatores que prejudicam o Brasil, que aparece atrás de países como Botswana (45º ) e Trinidad e Tobago (51º ). O país mais competitivo é a Finlândia, seguida pelos EUA. No Índice de Competitividade dos Negócios - que considera aspectos microeconômicos - o Brasil caiu do 34º para o 37º lugar. O Brasil perdeu posições pelo terceiro ano seguido, mas algumas ressalvas devem ser feitas. A primeira é que o número de países analisados tem aumentado ano a ano. Em 2000, eram 59; neste ano, foram 104. Além disso, no caso do Índice de Crescimento Econômico, houve significativa piora no subíndice "Ambiente Macroeconômico". O Brasil caiu da 75ª para a 80ª posição, o que se explica em grande parte por que os números utilizados são de 2003. De lá para cá, houve melhoras na relação dívida/PIB e na inflação, por exemplo. (Valor - 14.10.2004)

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5 Fiesp: Tributação pesada e crédito caro e escasso agravam a situação do país

Carga tributária elevada e falta de acesso a crédito farto e barato. Estas são as principais razões para o fraco desempenho do Brasil no novo Indicador de Competitividade (IC), divulgado ontem pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Utilizando dados estatísticos até 2002, o país ficou na 39 colocação, numa lista de 43 países. O Brasil só foi melhor do que Indonésia, Colômbia, Argentina e Venezuela. Os resultados referentes a 2003 deverão ser publicados nas próximas semanas, mas a entidade descarta uma mudança importante de posições na lista, que é encabeçada por Suíça, Estados Unidos e Dinamarca. O Chile aparece no 30 lugar. Além de trabalhar uma amostra menor (43 contra 104 países), a sondagem da Fiesp difere da elaborada pelo Fórum Econômico Mundial por utilizar somente dados estatísticos. No total, são pesquisados 83 indicadores, que medem de variáveis macroeconômicas, como juros e investimento, a dados sobre a eficiência dos gastos realizados pelo governo. (O Globo - 14.10.2004)

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6 Embaixador nos EUA diz que interesse pelo país continua elevado

As noticias negativas que vêm sendo veiculadas sobre o Brasil na mídia internacional não surtirão efeito na decisão dos investidores estrangeiros, disse ontem o embaixador brasileiro nos Estados Unidos, Roberto Abdenur. Para ele, o que determina o rumo dos investimentos é a forma como está sendo conduzida a política econômica do governo. "Eu estou em contato diário com investidores dos mais diversos setores, que demonstram extremo interesse em fazer negócios com o Brasil. Estas notícias mão afetam decisões estratégicas", disse ele, acrescentando que o conteúdo dos artigos expõe opiniões relativas e subjetivas. "Estou certo que o Brasil receberá um fluxo maior de recursos internacionais nos próximos anos. Mas, para isto, é preciso que o governo tome medidas microeconômicas importantes, como a aprovação da Lei de Falências e a definição das Parcerias Público-Privadas (PPPs)", disse o embaixador. (Gazeta Mercantil - 14.10.2004)

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7 Dólar ontem e hoje

O dólar à vista se mantém operando em alta moderada, com os investidores avaliando fatores dos cenários interno e externo. Às 12h04m, o dólar à vista subia 0,59%, sendo negociado por R$ 2,855 na compra e R$ 2,857 na venda. Ontem, o dólar comercial terminou com alta de 0,70%, comprado a R$ 2,8380 e vendido a R$ 2,84. (O Globo On Line e Valor Online - 14.10.2004)


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Internacional

1 Golfo do México está deixando de produzir 1,7 bilhão de pés cúbicos de gás natural diariamente

Não houve avanço na produção de petróleo e gás natural no Golfo do México nas últimas 24 horas, segundo o Serviço de Administração de Minerais dos EUA (MMS). Levantamento realizado pelo MMS indica que 27,7% da produção diária de petróleo e 13,8% da produção diária de gás natural do golfo mexicano permaneciam fora de linha. O Golfo do México está deixando de produzir diariamente 471,328 milhões de barris de petróleo e 1,7 bilhão de pés cúbicos de gás natural. Desde a passagem do furacão Ivan no mês passado, a produção perdida soma 19,4 milhões de barris de petróleo e 82,62 bilhões de pés cúbicos de gás. (Gazeta Mercantil - 14.10.2004)

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2 Comissão Européia envia declaração de objeção sobre aquisição da Gás de Portugal pela EDP

A Comissão Européia (CE) acaba de enviar ao Governo de Portugal e às empresas envolvidas a "declaração de objeções" sobre o projeto de aquisição da Gás de Portugal pela EDP/ENI. Segundo fonte comunitária, o envio foi feito na terça-feira (12/10) tratando-se de mais uma fase da "investigação aprofundada" aberta no dia 13 de agosto e que terá uma decisão final em 15 de dezembro. Na "declaração de objeções" o executivo comunitário identifica os problemas e explica as razões que o levam a recear que a operação de concentração possa reforçar "de modo significativo" a posição dominante da EDP nos mercados de eletricidade em Portugal. O próximo presidente da Comissão Européia (a partir de 1 de Novembro) é de nacionalidade portuguesa, havendo o interesse de resolver a questão para que não seja visto como tendo começado o seu mandato com um veto de um caso importante para Lisboa. Além dos receios relativos à EDP, a Comissão Européia teme também que a operação possa reforçar substancialmente a posição dominante da GDP nos mercados do gás. (Diário Econômico - 14.10.2004)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 BRAGA, Vanessa Mesquita. "Infra-estrutura logística: um desafio à abertura no downstream da indústria brasileira de petróleo" Rio de Janeiro. IE/UFRJ, 08 de outubro de 2004

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Pedro Bruni e Rodrigo Madeira

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