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IFE: nº 1.445 - 08 de outubro de 2004
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Consumidor de baixa renda pagará mais pela luz
2 Abradee: Cobrança do ICMS sobre o valor subsidiado é ilegal
3 Falha no Censo pode afetar "Luz para Todos"
4 "Luz para Todos" não deve cumprir meta de 400 mil residências neste ano, mas compensará em 2005
5 Desembolsos do BNDES para o setor elétrico chegam a R$ 3,66 bi nos nove primeiros meses do ano
6 MME cadastra consultores para projeto Estal
7 Encontro discutirá planejamento e gestão e código de ética da Agência
8 Curtas

Empresas
1 Eletrobrás tem reunião com diretoria da Bolsa de Valores de Nova York
2 Light briga na justiça para que Cedae pague dívida de R$130 mi
3 Prêmio CIER 2004 vai para Celesc, CEEE e Cemig
4 Aneel propõe reajuste tarifário de 12,46% para a Sulgipe
5 Celesc cumpre programa para melhorar confiabilidade do sistema elétrico
6 Curtas

Licitação
1 Eletronorte

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Submercado Sudeste/Centro-Oeste registra volume 35,1% acima da curva de aversão ao risco
2 Nível de armazenamento do submercado Sul está em 63,2%
3 Submercado Nordeste registra volume 51,3% acima da curva de aversão ao risco

4
Nível de armazenamento do submercado Norte este em 48,8%

Gás e Termelétricas
1 Consumo de gás natural no país bate recorde em agosto
2 Lula reúne-se com ministros e diretoria da Petrobras para apresentar plano de ampliação da malha de gasodutos
3 Gasoduto Rio-Bahia atrai Japão e China
4 ANP quer exploração de campos maduros em leilões semestrais
5 Petrobras terá sócio em refinaria
6 El Paso e Petrobras renegociam bases de contrato de fornecimento de gás
7 El Paso tem planos de incluir a termelétrica Macaé Merchant no leilão de energia nova de 2005
8 Manaus Energia recebe autorização do STJ para retomar licitação de termelétricas
9 Estudo aponta biomassa como a fonte energética do futuro do país
10 Eletronuclear: Decisão sobre Angra 3 em 2004 depende da CNPE
11 Eletronuclear: Política tarifária de Angra 3 será feita a parte das usinas de Angra 1 e 2
12 Geração de Angra 2 estará normalizada no dia 12 de outubro

Economia Brasileira
1 BNDES libera 55% do orçamento do ano
2 Nível de estoques em queda confirmam o crescimento econômico

3 Indústria repassa ganho salarial a preços
4 Para 36% dos empresários, produtos sofrerão reajuste
5 INPC de setembro foi de 0,17%
6 IPCA de setembro fica em 0,33
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Acionistas aprovam aumento de capital da EDP em 1,2 bi de euros

Regulação e Novo Modelo

1 Consumidor de baixa renda pagará mais pela luz

O consumidor de baixa renda, que tem desconto na conta de luz, deve ter sua conta aumentada. Uma decisão do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) autorizou a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o valor subsidiado pelos demais consumidores, o que poderá representar aumentos entre 11% (São Paulo) e 17,2% (Rio de Janeiro), segundo cálculos da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee). Hoje o imposto é cobrado apenas sobre o valor da conta de luz, e não sobre o subsídio dado pelos demais consumidores do País. Agora, com a autorização do Confaz, o cliente que pagava R$ 5 de energia e tinha um desconto de R$ 5 será tributado sobre o valor de R$ 10. Nos próximos dias, as distribuidoras deverão entrar em contato com as secretarias estaduais para tentar isentar os consumidores. No total, são cerca de 16 milhões de clientes classificados como baixa renda no Brasil. (O Estado de São Paulo - 08.10.2004)

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2 Abradee: Cobrança do ICMS sobre o valor subsidiado é ilegal

Na avaliação do presidente da Abradee, Luiz Carlos Guimarães, a cobrança do ICMS sobre o valor subsidiado pelos consumidores é ilegal, pois a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) - encargo destinado à subvenção das tarifas de baixa renda - já é tributada com ICMS nas contas de todos os consumidores. "Haveria, desta forma, bitributação sobre o valor do subsídio", argumenta. Guimarães afirma que a decisão atendeu ao pleito de alguns governos estaduais interessados em aumentar a arrecadação. Segundo dados da Abradee, hoje os impostos e encargos consomem em média 40% da conta de luz, número que poderá subir ainda mais com a perspectiva de unificação da alíquota de ICMS, com a Reforma Tributária. (O Estado de São Paulo - 08.10.2004)

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3 Falha no Censo pode afetar "Luz para Todos"

O governo identificou falhas nas estatísticas do Censo 2000 que deverão afetar o Programa Luz para Todos. Dados levantados pelo IBGE subestimaram em até 50% o número de residências sem conexão à rede de luz. É justamente esse número que norteia a alocação de recursos aplicados no programa e as licitações necessárias para concretizar investimentos na universalização do sistema. Organizações não-governamentais, distribuidoras de energia e governos estaduais alertaram o MME sobre os erros. As falhas já foram apuradas e confirmadas, segundo o próprio coordenador-geral do Programa Luz para Todos, André Ramón. Se as falhas abrangerem algo como 500 mil lares, segundo o funcionário do governo, será preciso rever as metas anuais e aumentar as verbas destinadas ao projeto a fim de atingir a universalização até 2008. (Valor - 08.10.2004)

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4 "Luz para Todos" não deve cumprir meta de 400 mil residências neste ano, mas compensará em 2005

O coordenador-geral do Programa Luz para Todos, André Ramón, informa que o governo dificilmente cumprirá a meta de levar eletricidade a 400 mil residências em 2004. Mas o pequeno déficit será compensado em 2005, quando o objetivo é chegar a 500 mil domicílios. A meta inicial do programa é levar energia elétrica a 1,4 milhão de famílias até 2006 e 2,5 milhões até 2008. Cerca de 80% das residências sem eletricidade fica na zona rural (uns dois milhões de lares). O Programa Luz para Todos prevê investimentos de R$ 7 bilhões e a instalação gratuita de energia elétrica para as famílias de baixa renda. (Valor - 08.10.2004)

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5 Desembolsos do BNDES para o setor elétrico chegam a R$ 3,66 bi nos nove primeiros meses do ano

O desembolso do BNDES para o setor elétrico nos nove primeiros meses do ano chegou a R$ 3,661 bilhões. Segundo dados do banco, o acréscimo foi de 93% em relação ao mesmo período do ano passado. O montante corresponde a 14% dos R$ 25,87 bilhões liberados pelo BNDES de janeiro a setembro deste ano. No mesmo período de 2003, o valor chegou a R$ 17,5 bilhões, um valor 25% maior. O segmento de infra-estrutura contou com R$ 9,44 bilhões nos nove primeiros meses deste ano. (Canal Energia - 07.10.2004)

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6 MME cadastra consultores para projeto Estal

O MME abriu o segundo processo de manifestação de interesse para pessoas jurídicas prestadoras de consultoria para o Projeto de Assistência Técnica ao Setor Energético. O projeto Estal destina-se a desenvolver ações de assistência técnica para o setor energético nas áreas de desenvolvimento do mercado e regulação; acesso à energia e tarifas de baixa renda; gestão do meio ambiente; planejamento de longo prazo e fortalecimento institucional do MME. O projeto, orçado em US$ 20,12 milhões, será desenvolvido até 2008. As consultorias que desejem participar do processo têm até o dia 8 de novembro para enviar ao MME a manifestação de interesse. Informações no site www.mme.gov.br/projetoestal. (Canal Energia - 07.10.2004)

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7 Encontro discutirá planejamento e gestão e código de ética da Agência

O aperfeiçoamento dos instrumentos de planejamento e gestão, o código de ética da Aneel, a política interna de segurança da informação e o relacionamento dos órgãos reguladores com o público externo serão os principais temas do 3º Workshop de Descentralização que a Agência realizará de 19 a 21 deste mês, em Brasília. O encontro vai reunir representantes das 13 agências reguladoras estaduais conveniadas, que discutirão, dentro dessa temática, o processo de descentralização de atividades como fiscalização e ouvidoria e mediação. Realizado anualmente desde 2002, o Workshop de Descentralização tem aprofundado o debate de assuntos relacionados ao desempenho das tarefas delegadas pela Aneel às agências estaduais. Entre esses temas, estão a prestação de contas, a gestão de processos e a participação dessas agências nas ações de planejamento estratégico da Agência. (Aneel - 08.10.2004)

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8 Curtas

De janeiro a setembro de 2004, foram distribuídos R$ 975.886786,89 a 593 municípios a título de compensação financeira e royalties pela utilização de recursos hídricos para fins de geração. O valor foi recolhido por 137 usinas (incluindo Itaipu). A compensação foi criada pela Constituição Federal, juntamente com os royalties recolhidos mensalmente pela usina hidrelétrica de Itaipu. (Aneel - 08.10.2004)


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Empresas

1 Eletrobrás tem reunião com diretoria da Bolsa de Valores de Nova York

O presidente da Eletrobrás, Silas Rondeau, se reúne hoje com a diretoria da Bolsa de Valores de Nova York para continuar o processo de listagem das ações da empresa (ADR nível 2) nos EUA. A Eletrobrás, que negocia ADR nível 1 no mercado de balcão dos EUA, quer listar suas ações na Bolsa americana em 2005. (Folha de São Paulo - 08.10.2004)

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2 Light briga na justiça para que Cedae pague dívida de R$130 mi

A Light está cobrando na Justiça uma dívida acumulada da Cedae no valor de R$130 milhões, além das contas mensais de cerca de R$11 milhões, que não estão sendo pagas. O diretor de Relações Institucionais da Light, Paulo Roberto Ribeiro Pinto, disse que a posição da empresa não é cortar o fornecimento, o que poderia deixar a cidade sem água. A Light conseguiu na semana passada uma liminar, concedida pelo juiz da 8ª Vara de Fazenda Pública, João Marcos de Castello Branco Fantinato, determinando que a Cedae apresente documentos que mostrem como está a situação financeira da empresa. Marcelo Zanetti, advogado contratado pela Light para o caso da Cedae, disse que na fundamentação da ação também recorreu à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Segundo a Light, a Cedae fez vários pedidos de novas ligações de pontos de energia elétrica, o que prova que a companhia está fazendo investimentos mesmo estando inadimplente. (O Globo - 07.10.2004)

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3 Prêmio CIER 2004 vai para Celesc, CEEE e Cemig

A Comissão de Integração Energética Regional anunciou o resultado do Prêmio CIER 2004. Repetindo a performance do ano passado, a Celesc foi considerada vencedora da categoria Ouro por ter apresentado os mais altos valores para o Índice de Satisfação do Cliente com a Qualidade Percebida. A CEEE, do Rio Grande do Sul, recebeu o prêmio da categoria prata e a Cemig foi contemplada com o bronze. Também foram concedidas menções especiais à colombiana EEPPM, pelo maior índice no fornecimento de energia e à equatoriana EEQ, por ter conquistado a maior evolução no índice de satisfação do cliente. A entrega da premiação será realizada no dia 30 de novembro, durante o Congresso Internacional da CIER, que tratará do tema "Integração Energética Regional: Utopia ou Realidade", no Rio de Janeiro. (Gazeta Mercantil - 08.10.2004)

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4 Aneel propõe reajuste tarifário de 12,46% para a Sulgipe

A Aneel propôs um índice de revisão tarifária de 12,46% para a Sulgipe. Deste total, 10,34% se referem ao reposicionamento tarifário e a diferença de 2,12% é relativa à cobertura da Parcela A. O reajuste será feito de forma escalonada, com aplicação de 10,34% neste ano. A diferença entre este percentual e o índice integral de reposicionamento (16,32%) será aplicado em três parcelas anuais de 2005 a 2007. As tarifas entrarão em vigor no dia 14 de dezembro. O Fator X proposto é de 3,24%. (Canal Energia - 07.10.2004)

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5 Celesc cumpre programa para melhorar confiabilidade do sistema elétrico

A Celesc está pedindo à agência regional Chapecó sugestão para elaborar os novos projetos capitaneados pelo Programa de Pesquisa e Desenvolvimento - P&D. Todos os funcionários podem participar da consulta que deve ser confirmada até este sábado (8/10). O chefe da agência Valentim Ghisi disse que o programa atende critérios de lei federal. Determina que as concessionárias de energia elétrica invistam 0,5% de sua receita operacional líquida em projetos para proporcionar maior eficiência e menor custo à prestação do serviço de energia elétrica. Além dos diversos setores internos da empresa, sugestões podem ser apresentadas especialmente por universidades e instituições de pesquisa. Podem ser enviadas pelo e-mail ped@celesc.com.br e para consulta está disponível o site www.celesc.com.br (Elétrica - 07.10.2004)

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6 Curtas

Dentro de 15 dias, a CEEE assina os contratos de conexão à rede elétrica dos parques eólicos de Osório e Cidreira. A estatal planeja investir no total R$ 50 milhões, entre obras necessárias à interligação e o reforço do abastecimento no Litoral Norte, afirma o presidente Antônio Carlos Brites Jaques. (Zero Hora - 08.10.2004)

Os serviços de Relacionamento Comercial; Operação e Manutenção; Planejamento e Expansão; Faturamento e Arrecadação e Controle e Gestão da Cemig recebem, ontem, certificados em conformidade com a norma NBR ISO 9001:2000 - Sistema de Gestão da Qualidade. (Elétrica - 07.10.2004)

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Licitação

1 Eletronorte

A Eletronorte abriu licitação para a compra de seis bancos de capacitores de 15 kV, cada, para a subestação Santa Rita, em 69 KV, nova unidade localizada no Amapá. A licitação marca a retomada das obras da subestação, cujo custo está estimado em R$ 19 milhões. A previsão é que a SE Santa Rita fique pronta em julho de 2005. Os interessados em participar da licitação devem adquirir o edital na Eletronorte. www.eln.gov.br (Canal Energia - 08.10.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Submercado Sudeste/Centro-Oeste registra volume 35,1% acima da curva de aversão ao risco

O volume armazenado dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste está em 64,7%. O índice fica 35,1% acima da curva de aversão ao risco e 0,15% abaixo do volume registrado no dia 05 de outubro. As hidrelétricas Nova Ponte e Furnas operam com 74% e 86,1% da capacidade, respectivamente. (Canal Energia - 07.10.2004)

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2 Nível de armazenamento do submercado Sul está em 63,2%

O nível dos reservatórios do Sul está em 63,2%, valor 0,6% menor do que o registrado no dia 05 de outubro. A hidrelétrica G. B. Munhoz apresenta 64,3% de capacidade. (Canal Energia - 07.10.2004)

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3 Submercado Nordeste registra volume 51,3% acima da curva de aversão ao risco

O Nordeste apresenta 71,5% de volume armazenado em seus reservatórios. O índice fica 51,3% acima da curva de aversão. Em relação ao dia 05 de outubro, houve queda de 0,32% no nível dos reservatórios. A hidrelétrica de Sobradinho apresenta 69,4% de capacidade. (Canal Energia - 07.10.2004)

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4 Nível de armazenamento do submercado Norte este em 48,8%

Os reservatórios do Norte estão operando com capacidade de 48,8%. O volume apresenta queda de 0,6% em relação ao registrado no dia 05 de outubro. O nível dos reservatórios da hidrelétrica de Tucuruí está em 50,1%. (Canal Energia - 07.10.2004)

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Gás e Termoelétricas

1 Consumo de gás natural no país bate recorde em agosto

O consumo de gás natural no país bateu recorde em agosto, com uma média diária de 38,5 milhões de m3 de gás. Segundo a Abegás (associação das empresas distribuidoras de gás canalizado), a geração termelétrica foi o segmento que apresentou maior aumento, com um volume médio diário de 9,1 milhões de m3. No acumulado de janeiro a agosto, o setor cresceu 73,1% sobre o mesmo período de 2003. O gás natural apresentou um crescimento de 5,1% em relação ao mês de julho e de 29,7% sobre agosto de 2003. (Folha de São Paulo - 07.10.2004)

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2 Lula reúne-se com ministros e diretoria da Petrobras para apresentar plano de ampliação da malha de gasodutos

O presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra e três diretores da estatal se reuniram ontem no Palácio do Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros da Casa Civil, José Dirceu, da Fazenda, Antonio Palocci e das Minas e Energia, Dilma Rouseff. Os dirigentes da Petrobras foram apresentar o plano de investimentos de US$ 1,3 bilhão para ampliação da malha de gasodutos. Entre os projetos estão o Malhas, que permitirá a interligação e ampliação dos gasodutos atuais, além de unir a rede do Sudeste ao Nordeste. Hoje, o Nordeste é uma da regiões onde a oferta de gás é menor do que a demanda. Também foi apresentado ao presidente da República o projeto de construção do gasoduto Urucu-Manaus. (Valor - 08.10.2004)

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3 Gasoduto Rio-Bahia atrai Japão e China

A construção do Gasene, gasoduto de 1,2 mil quilômetros de extensão, que ligará os estados do Rio de Janeiro e da Bahia, terá uma briga oriental para financiar a obra: japoneses e chineses disputam a preferência. Quem ganhar, terá direito também a vender equipamentos ao Brasil. A decisão, no papel, é da Petrobras. Na prática, vem do Palácio do Planalto, onde estiveram reunidos vários integrantes do governo discutindo qual dos interessados é o melhor parceiro. Oficialmente, não houve consenso por um dos candidatos a financiador da idéia. O gasoduto é um pedaço do Projeto Malhas da Petrobras e antes estava orçado em US$ 1,3 bilhão. Deverá custar menos, algo em torno de US$ 1,1 bilhão, e promete revolucionar o mercado de energia do país. O duto servirá para levar gás natural produzido no Sudeste ao Nordeste, onde a oferta de energia está cada vez mais fora de compasso frente à expansão de demanda das termelétricas. (Jornal do Brasil - 08.10.2004)

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4 ANP quer exploração de campos maduros em leilões semestrais

As licitações para a concessão de exploração e produção de campos maduros poderão ocorrer a cada semestre. É isso o que a ANP vai propor ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), informou ontem a assessora da diretoria da ANP, Magda Chambriard. Segundo ela, o primeiro leilão poderá ocorrer já no primeiro semestre de 2005, desde que o projeto seja aprovado pela diretoria da agência. Nesse caso, ela acredita que o CNPE não vai se opor, até porque a entrada de pequenas e médias empresas tornou-se política de governo. Pelas estimativas da assessora, 44 campos poderiam ser licitados, já que a ANP tem sob sua concessão 54 campos maduros, dos quais 10 estão ligados ao projeto Campo Escola. (Jornal do Brasil - 08.10.2004)

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5 Petrobras terá sócio em refinaria

O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, confirmou ontem que a diretoria já decidiu que a construção de uma nova refinaria será feita em parceria com outro grupo. Segundo ele, os recursos para a obra já estão previstos no planejamento estratégico da empresa, que vai de 2004 a 2010. "A participação da Petrobras no projeto corresponderá a 11% da previsão de investimentos em refino, que é de US$ 8,6 bilhões, ou seja, cerca de US$ 1 bilhão", revelou, sem adiantar detalhes. Ele destacou que os investimentos que vem sendo realizados na modernização do parque de refino da Petrobras, elevarão em cerca de 300 mil barris diários a capacidade de refino da estatal. "De qualquer forma, a continuidade do crescimento do consumo interno de combustíveis vai reforçar a necessidade de construção de uma nova refinaria", explicou. (Jornal do Commercio - 08.10.2004)

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6 El Paso e Petrobras renegociam bases de contrato de fornecimento de gás

A El Paso está renegociando as bases do contrato de fornecimento de gás natural com a Petrobras, que alega perdas de cerca de US$ 200 milhões por ano na termelétrica Macaé Merchant. O presidente da empresa no Brasil, Eduardo Karrer, disse que está em curso junto à estatal um "planejamento de "longo prazo", pautado na readequação contratual. A renegociação, segundo ele, vai influenciar também na entrada da usina na licitação de energia nova, prevista para ocorrer em 2005. (Canal Energia - 07.10.2004)

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7 El Paso tem planos de incluir a termelétrica Macaé Merchant no leilão de energia nova de 2005

A El Paso pretende incluir a termelétrica Macaé Merchant no próximo leilão de expansão do sistema, previsto para o primeiro semestre de 2005. A intenção é que o processo de negociação em andamento entre associações setoriais e o MME, envolvendo a conceituação de produção nova e velha, garanta a inclusão da térmica, de 928 MW, como energia nova. Segundo o presidente da empresa no Brasil, Eduardo Karrer, a tese defendida pelos agentes privados baseia-se na configuração de energia nova como aquela produzida por um empreendimento em operação comercial desde janeiro de 2000 e descontratada até a data da entrega. Já o governo aceita usinas cuja energia não esteja contratada até a data de publicação da lei 10.848 - 15 de março de 2004. (Canal Energia - 07.10.2004)

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8 Manaus Energia recebe autorização do STJ para retomar licitação de termelétricas

A corte especial do STJ suspendeu dois pedidos de liminar contra a licitação de R$ 10 bilhões da Manaus Energia para o fornecimento de energia elétrica por usinas térmicas. A decisão coloca a subsidiária de distribuição de energia elétrica da Eletronorte em Manaus mais perto da realização da licitação para o fornecimento de 525 MW. A licitação foi iniciada em março deste ano e interrompida logo depois por decisão do Tribunal de Justiça do Amazonas. A corte especial acatou o pedido encaminhado pela Manaus Energia e suspendeu duas liminares que paralisavam a licitação antes que o Tribunal de Justiça do Amazonas tenha avaliado agravos regimentais sobre o assunto. O STJ havia negado a suspensão das liminares em uma decisão anterior. A Manaus Energia argumentou no pedido de suspensão que a paralisação da licitação acarreta o risco de interrupção no fornecimento de energia elétrica no município a partir de janeiro de 2005. (Gazeta Mercantil - 08.10.2004)

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9 Estudo aponta biomassa como a fonte energética do futuro do país

O futuro da energia, no Brasil, está na biomassa, principalmente na cana-de-açúcar. Essa é a conclusão de um estudo realizado por uma equipe de especialistas comandada pelo físico e professor emérito da Unicamp Rogério César de Cerqueira Leite. Ele é o único representante brasileiro a compor o Grupo de Trabalho em Energia, juntamente com mais nove cientistas de várias partes do mundo, reunidos pela União Internacional de Física Pura e Aplicada, com o objetivo de estudar várias fontes de energia e como cada uma delas pode suprir a demanda mundial nos próximos 50 anos, em 130 países. De acordo com Cerqueira Leite, a preocupação com as reservas mundiais de petróleo, que é um recurso energético finito, fez com que a União Internacional reunisse pesquisadores de alto nível com a finalidade de mapear as opções energéticas no mundo, respeitando as especificidades de cada região. (Elétrica - 07.10.2004)

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10 Eletronuclear: Decisão sobre Angra 3 em 2004 depende da CNPE

O presidente da Eletronuclear, Zieli Dutra, informou que a decisão sobre a construção de Angra III poderá sair ainda em 2004. Segundo ele, isso depende fundamentalmente de o Conselho Nacional de Política Energética se reunir até o final de dezembro e definir o futuro do projeto. Até lá, os estudos de viabilidade técnica e financeira estarão concluídos pelo grupo de trabalho que analisa questões ligadas ao tema. "O grupo tem até o final do ano para concluir os estudos, e isso ocorrerá. A decisão final, entretanto, depende do CNPE, que precisará se reunir, analisar o parecer da comissão e bater o martelo", afirmou Dutra. (Canal Energia - 07.10.2004)

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11 Eletronuclear: Política tarifária de Angra 3 será feita a parte das usinas de Angra 1 e 2

Na avaliação do presidente da Eletronuclear, Zieli Dutra, Angra 3 terá condições de se viabilizar, na medida em que a política tarifária será formatada e conduzida separadamente da formação das tarifas para as usinas de Angra I e II. Estas, segundo ele, obterão em breve um realinhamento tarifário, cuja definição em torno do percentual está em análise no MME e na Aneel. A expectativa do presidente da Eletronuclear é que o aumento eleve o custo da energia para algo próximo de R$ 100 o MWh. Hoje, a tarifa de comercialização das duas unidades de Angra está fixada em R$ 78,41 por MWh. (Canal Energia - 07.10.2004)

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12 Geração de Angra 2 estará normalizada no dia 12 de outubro

Segundo previsão da Eletronuclear, a geração da usina nuclear Angra II, religada na quarta-feira (06/10), estará normalizada na terça-feira, dia 12 de outubro. A estatal informou que a geração da usina está sendo aumentada de forma gradativa. A Eletronuclear está elevando a produção a uma taxa de 5 MW por hora até chegar a 600 MW. A partir deste patamar, a taxa de retomada será ajustada para 20 MW por hora, até atingir os 1.080 MW de potência despachada. (Canal Energia - 07.10.2004)

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Economia Brasileira

1 BNDES libera 55% do orçamento do ano

O BNDES desembolsou R$ 25,9 bilhões de janeiro a setembro deste ano. O valor é 48% maior que registrado em igual período do ano passado, mas representa apenas 55% dos R$ 47,3 bilhões do orçamento total do banco de fomento para 2004. Ou seja, ainda faltam R$ 21,4 bilhões para serem emprestados nos últimos três meses do ano. O superintendente de Planejamento do BNDES, Maurício Piccinini, afirmou que o presidente da instituição, Carlos Lessa, "tem dúvidas" sobre a execução do orçamento total deste ano, mas acrescentou que a tendência é de aumento do ritmo de liberações de financiamento até o fim do ano. Para 2005, Lessa acredita que o orçamento seja de R$ 60 bilhões. Piccinini justificou que não houve demanda por grandes projetos, de setores que o banco esperava fossem mais ativos, como bens de consumo duráveis e não-duráveis. (Jornal do Commercio - 08.10.2004)

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2 Nível de estoques em queda confirmam o crescimento econômico

Das 424 empresas consultadas entre 27 de setembro e a última quarta-feira pela sondagem da Indústria de Transformação da FGV, 8% afirmaram que o nível dos estoques é insuficiente, enquanto outras 5% os consideraram excessivos. É a primeira vez desde janeiro de 2000 que o número de entrevistados que avaliam que os estoques estão baixos supera o daqueles que os vêem acima do necessário. "É uma sinalização clara de que a economia está crescendo forte", disse o coordenador do Núcleo de Pesquisas e Análises Econômicas da FGV, Aloisio Campelo Júnior. Em julho deste ano, apenas 5% desses mesmos entrevistados consideraram os estoques insuficientes. A parcela dos que afirmaram que os estoques estavam excessivos somou 8%. A percepção de 18% dos empresários é de a demanda global está forte. (Gazeta Mercantil - 08.10.2004)

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3 Indústria repassa ganho salarial a preços

O aumento real nos salários dos trabalhadores é a mais recente justificativa da indústria para promover uma nova onda de reajustes de preços neste final de ano. Apesar disso, analistas não esperam grande impacto na inflação porque a renda deprimida impede reajustes generalizados. As montadoras, as autopeças e as fundições, que acertaram com os trabalhadores aumento real de salários de 4%, aumentaram em 2%, em média, os preços dos produtos só por conta do dissídio. As indústrias de artefatos de borracha, que concederam aumento real de 1% em junho, também já repassaram esse custo para os preços dos clientes do mercado de reposição de peças. (Folha Online - 08.10.2004)

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4 Para 36% dos empresários, produtos sofrerão reajuste

O repasse de preços da indústria para o varejo deve ser menor no último trimestre deste ano, segundo estudo da FGV. Prévia da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação da FGV, mostra que 36% dos 424 industriais consultados têm a intenção de aumentar preços nos últimos três meses. O percentual, embora ainda seja alto, é inferior aos 45% verificados na pesquisa de julho e aos 44% de abril e janeiro. O economista da FGV, Aloisio Campelo, afirma que o aumento de preços na indústria, no geral, é determinado pela trajetória do câmbio e de várias commodities, como o aço e o petróleo. Dos entrevistados, 21% apostam em demanda interna forte no último trimestre, enquanto 10% esperam o enfraquecimento do consumo doméstico. (Folha Online - 08.10.2004)

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5 INPC de setembro foi de 0,17%

O INPC teve variação de 0,17% em setembro e ficou 0,33 ponto percentual abaixo da taxa de agosto (0,50%). Em setembro de 2003, o INPC teve variação de 0,82%. Com esse resultado, o INPC acumula taxa de 4,59% no ano, abaixo do percentual de 8,96% relativo a igual período de 2003. Nos últimos doze meses, a taxa ficou em 5,95%, abaixo do resultado dos doze meses imediatamente anteriores (6,64%). O grupo alimentos teve variação negativa de 0,23%, abaixo da taxa de 0,76% registrada em agosto. Os não alimentícios tiveram variação de 0,35%, resultado inferior a agosto (0,39%). O maior índice regional foi registrado em Goiânia (1,02%), enquanto que Curitiba (-0,31%) ficou com o menor resultado. (IBGE - 08.10.2001)

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6 IPCA de setembro fica em 0,33

O IPCA do mês de setembro teve variação de 0,33% em setembro, informou hoje o IBGE. O índice caiu para menos da metade da taxa de agosto, que foi de 0,69%. Em setembro de 2003, a taxa foi de 0,78%. Com o resultado de setembro, o IPCA acumulou 5,49% no ano, abaixo do percentual de 8,05% relativo a igual período de 2003. Nos últimos doze meses, o índice ficou em 6,70%, abaixo do resultado dos doze meses imediatamente anteriores, 7,18%. Os alimentos, que tiveram variação negativa de 0,19%, mostraram forte desaceleração em relação ao mês anterior, quando haviam apresentado alta de 0,85%, foram os principais responsáveis pela queda do índice, respondendo a redução de 1,04 ponto percentual. (IBGE - 08.10.2001)

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7 Dólar ontem e hoje

O dólar negociado no Brasil reage com baixa à notícia da criação de empregos aquém do esperado nos Estados Unidos. Às 10h46m, a moeda americana era negociada por R$ 2,828 na compra e R$ 2,830 na venda, com baixa de 0,73%. Ontem, o dólar comercial subiu 0,31%, cotado a R$ 2,849 na compra e R$ 2,851 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 08.10.2004)


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Internacional

1 Acionistas aprovam aumento de capital da EDP em 1,2 bi de euros

Os acionistas da EDP deram autorização para o aumento de capital de 1,2 bilhão de euros destinado a reforçar a posição da elétrica na espanhola Hidrocantábrico. Segundo o presidente da comissão executiva da EDP, João Talone, a proposta apresentada aos acionistas era de uma aumento até 1,5 bilhão de euros, mas o que acabou por ser aprovado foi o montante exato necessário à operação de reforço na asturiana. Com este reforço, a EDP irá aumentar a sua participação no capital da Hidrocantábrico de 40% para 95,7%.(Diário Econômico - 07.10.2004)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Pedro Bruni e Rodrigo Madeira

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