l

IFE: nº 1.439 - 30 de setembro de 2004
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Dilma: Será necessário investir no mínimo US$ 5,7 bi por ano no Brasil
2 Dilma e Tolmasquim defendem IPCA nos contratos
3 BID aponta incertezas no modelo
4 CPFL: Novo Modelo é um fator positivo para o setor
5 Endesa elogia marco regulatório e critica diferenciação entre energia nova e velha
6 MME mantém prazo para distribuidoras entregarem previsão de carga para período 2005-2009
7 Dilma: Problema ambiental de Estreito deve ser resolvido nas próximas semanas
8 MME viabiliza liberação de licenciamento prévio para 17 usinas a serem licitadas em 2005
9 Transmissão atrai 25 empresas
10 Disputa nos blocos B, E, H e I será mais intensa no leilão de LTs
11 Agepan: Novas linhas de energia excluem ameaça de apagão
12 Curtas

Empresas
1 CPFL estréia nas bolsas e capta R$ 817,8 mi
2 Cerj muda nome para Ampla e tenta ser referência no negócio de distribuição
3 Plano estratégico da Endesa prevê investimento de 570 mi de euros no Brasil
4 Chesf e Eletronorte prorrogam prazo para formação de parcerias para leilão de LTs em novembro
5 Decisão judicial favorece CEB
6 Cemig é impedida de cobrar conjuntamente a tarifa de energia e a taxa de iluminação pública
7 Coelba vai investir R$ 4,13 mi em programa de P&D do ciclo 2004/2005
8 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Novos recordes de demanda nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste
2 Subsistema Sudeste/Centro-Oeste registra volume 35,3% acima d acurva de aversão ao risco
3 Nível de armazenamento do subsistema Sul está em 65,5%

4
Subsistema Nordeste registra volume 52,9% acima da curva de aversão ao risco
5
Nível de armazenamento do subsistema Norte está em 54,1%

Gás e Termelétricas
1 Petrobrás comemora descoberta na Bahia
2 Valores da segunda revisão da CCC chegam a R$ 3,32 bi
3 Dilma: Segunda chamada do Proinfa para contratação de biomassa vai ocorrer até outubro

Grandes Consumidores
1 Votorantim vai ampliar sua produção de níquel

Economia Brasileira
1 PIB do primeiro semestre foi de R$ 816,8 bi
2 BC eleva previsões de inflação e crescimento da economia

3 Palocci diz que vai desonerar micro e pequenas empresas
4 FMI diz que Brasil crescerá 4% neste ano
5 Setor de bens de capital cresceu 26,3%
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Alemanha inaugura maior central de energia solar do mundo

 

Regulação e Novo Modelo

1 Dilma: Será necessário investir no mínimo US$ 5,7 bi por ano no Brasil

A ministra Dilma Rousseff mostrou projeções que indicam que será necessário investir no mínimo US$ 5,7 bilhões por ano no Brasil para garantir a expansão da oferta da capacidade de geração em 3.000 MW/ano. Outras 17 usinas serão licitadas pelo governo para dar continuidade à expansão da oferta. A ministra lembrou que em 2008-2010 o Brasil vai precisar de energia nova, contando com a conclusão dos 45 novas hidrelétricas. Dessas, 23 usinas já com os problemas ambientais solucionados no Ibama, enquanto os outros 22 ainda estão em fase de licenciamento. (Valor - 30.09.2004)

<topo>

2 Dilma e Tolmasquim defendem IPCA nos contratos

O índice de inflação que será utilizado para correção dos contratos de energia firmados entre distribuidoras e geradoras já na vigência do novo modelo do setor elétrico é uma das atuais divergências entre o MME e o setor privado. A ministra Dilma Rousseff e o secretário executivo do MME, Maurício Tolmasquim, defendem a adoção do IPCA. Dilma rebateu o argumento de que o IGP-M reflete melhor a variação cambial lembrando que a maior parte dos financiamentos para a construção de usinas hidrelétricas no Brasil vem do BNDES, o que significa que não há risco cambial embutido nos financiamentos. Já Tolmasquim ressaltou que ao longo de quarenta anos, a trajetória de ambos é idêntica. "Não é uma questão trivial", frisou Dilma. "Se você tiver uma participação maciça de recursos externos (nos financiamentos para geração), aí você vai ter algum índice que contemple a variação dos contratos em moeda forte. Agora, o que eu tenho visto por parte dos agentes é uma imensa aversão à captação externa. Mas quero essa discussão bastante qualificada, até porque também nessa questão a Fazenda tem que ser ouvida. E ela tem demonstrado para nós uma forte tendência também pelo IPCA", continuou. (Valor - 30.09.2004)

<topo>

3 BID aponta incertezas no modelo

O chefe do grupo de Project Finance do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Roberto Vellutini, apontou algumas incertezas no modelo, como a falta de um tratamento diferenciado para o risco das diferentes distribuidoras no pool; e a falta do que chamou de "bancabilidade" dos financiamentos. "Os financiamentos precisam ter alguns confortos, como a garantia de que o financiador poderia ter alguns direitos contratuais sobre os projetos, podendo tentar evitar sua falência. Se as deficiências desses contratos tiverem que ser assumidos pelos acionistas, isso vai comprometer dinheiro que poderia ir para outros projetos", avaliou. A carteira de empréstimos diretos do BID para o setor elétrico brasileiro soma hoje US$ 633 milhões em recursos próprios, que garantem a ampliação da capacidade de geração do país em 3.290 MW. Outros US$ 771 milhões estão alocados em empréstimos de bancos privados internacionais. (Valor - 30.09.2004)

<topo>

4 CPFL: Novo Modelo é um fator positivo para o setor

O novo modelo do setor elétrico, que está em fase de implementação, será um fator positivo para o setor, na visão do presidente do grupo CPFL Energia, Wilson Ferreira Júnior. Com a estabilização do marco regulatório, deverá haver um processo de consolidação no setor, principalmente na distribuição, segundo Ferreira Jr. "O novo modelo estabelece condições de desenvolvimento com a diminuição dos riscos regulatórios", disse, reforçando que isso deve levar a um processo de reavaliação dos ativos por parte das empresas. Nesse sentido, complementou, como a CPFL é um dos maiores grupos na área elétrica, é um candidato a ser "consolidador" nesse processo, ou seja, a adquirir outras empresas. (Valor - 30.09.2004)

<topo>

5 Endesa elogia marco regulatório e critica diferenciação entre energia nova e velha

O presidente da Endesa Internacional, Luis Rivera, elogiou o novo marco regulatório para o setor, mas ressalvou um aspecto que considera negativo: a diferenciação entre energia nova e velha. "É preciso considerar que são os empresários que investem em nova capacidade instalada", alertou. Rivera mostrou confiança nos rumos do país: "Queremos que nos vejam (à Endesa) não como investidores (de curto prazo), mas como empresários", definiu. (Valor - 30.09.2004)

<topo>

6 MME mantém prazo para distribuidoras entregarem previsão de carga para período 2005-2009

O secretário-executivo do MME, Maurício Tolmasquim, informou que o prazo para as distribuidoras entregarem a previsão de carga para o período 2005 a 2009 está mantido para esta quinta-feira, dia 30. Segundo ele, para mudar a data estabelecida, o governo teria que emitir um outro decreto, o que o secretário considera inviável. Até o dia 28 de setembro, nenhuma empresa havia informado suas previsões de carga ao MME. (Canal Energia - 29.09.2004)

<topo>

7 Dilma: Problema ambiental de Estreito deve ser resolvido nas próximas semanas

A ministra Dilma Rousseff afirmou que, nas próximas semanas, o Ibama vai começar a solucionar o problema envolvendo o licenciamento ambiental da hidrelétrica de Estreito (1.087 MW), localizada no estado do Tocantins. O primeiro passo que o órgão ambiental resolverá nesse sentido é conceder a licença prévia. Poucas semanas após conceder a LP, explicou ela, o Ibama já vai liberar a licença de instalação. A partir disso, o empreendimento terá sua construção iniciada. (Canal Energia - 29.09.2004)

<topo>

8 MME viabiliza liberação de licenciamento prévio para 17 usinas a serem licitadas em 2005

O MME está viabilizando junto ao Ibama e aos órgãos estaduais a liberação do licenciamento prévio para 17 novas usinas que serão licitadas no primeiro trimestre de 2005. Os projetos somam 2.829 MW. Destas 17 usinas, o MME entregará o EIA/Rima de seis usinas até o final deste mês. Os estudos de impacto ambiental dos outros 11 projetos foram entregues em maio deste ano. Segundo a ministra Dilma Rousseff, tanto o estoque de 45 usinas já licitadas quanto os 17 novos projetos são fundamentais para preencher as necessidades de fornecimento de energia do país até 2010. (Canal Energia - 29.09.2004)


<topo>

9 Transmissão atrai 25 empresas

O leilão de linhas de transmissão que acontece hoje, na Bolsa de Valores de São Paulo, será disputado por 25 empresas ou consórcios, que depositaram ontem as garantias na Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia. São 9 empresas individuais e 13 consórcios habilitados. Haviam se pré-qualificado para a licitação 29 empresas. Desistiram da disputa as empresas Luminar Comércio e Indústria, Eteo Empresa de Transmissão do Oeste, Iesa Projetos Equipamentos e Montagens e Trafo Equipamentos. Serão colocados à venda onze lotes, por meio dos quais serão ofertadas 12 linhas e seis subestações. O vencedor será aquele que fizer a menor oferta de tarifa. Ao todo, estarão sendo disputados pouco mais de 2,8 mil quilômetros de linhas de transmissão que passarão por 11 estados. O BNDES já garantiu financiamento de até 70% do valor total dos investimentos de cada projeto, por meio de uma linha de empréstimo recém-criada. (Valor - 30.09.2004)

<topo>

10 Disputa nos blocos B, E, H e I será mais intensa no leilão de LTs

A disputa no leilão de linhas de transmissão que acontece hoje, na Bovespa, será mais intensa nos blocos B, E, H e I, cada um com sete empresas no páreo. Na pré-qualificação, estágio anterior ao depósito de garantias, 11 empresas tinham apetite pelos lotes H e I, que possuem as linhas de menor extensão. O lote H (linha Milagres-CE/Tauá-CE) exige investimentos de R$ 67,3 milhões para a construção de 200 km de linhas. Já o lote I (linha Milagres-CE/Coremas-PB) terá que receber cerca de R$ 37,4 milhões para erguer 120 km de linhas. O maior do lotes é o A (linha Itumbiara-MG/Cuiabá-MT), que exigirá um investimento estimado em R$ 831,3 milhões, segundo projeções do governo, para construção de 811 km de linhas. Ao todo, existem seis concorrentes na disputa. Estão na disputa as estatais Eletrosul, Eletronorte, Chesf e Furnas, todas por meio de consórcios com grupos privados. As estaduais Copel e Cemig também disputam alguns lotes em parceria com a iniciativa privada. (Valor - 30.09.2004)

<topo>

11 Agepan: Novas linhas de energia excluem ameaça de apagão

Para o diretor-presidente da Agepan (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos), Anízio Tiago, as novas linhas de transmissão que serão leiloadas hoje para o Mato Grosso do Sul, vão afastar qualquer possibilidade de apagão, como o ocorrido em novembro do ano passado no Estado. O diretor afirmou que as linhas vão oferecer o dobro da necessidade do consumo do Estado, resultado de investimentos de R$ 275 milhões. Tiago acrescentou também que o preço da energia deve ser rateado com os consumidores, no entanto, garantiu que o impacto na tarifa será pequeno. (Campo Grande News - 30.09.2004)

<topo>

12 Curtas

A ministra Dilma Rousseff anunciou ontem que Tolmasquim será o novo presidente da Empresa de Planejamento Energético (EPE). (Valor - 30.09.2004)

Marco Antonio Sureck, da Tractebel, manifestou a preocupação com a existência de índices diferenciados - como o IGPM e o IPCA - em contratos de energia nova e velha já que ele vê risco judicial em caso de contratos com reajustes diferenciados. (Valor - 30.09.2004)

O Ibama anunciou ontem o edital para o estudo de impacto ambiental da hidrelétrica de Simplício, de 328 MW, no rio Paraíba do Sul, entre o RJ e MG. Elaborado por Furnas, o EIA da hidrelétrica ficará em consulta pública por 45 dias em prefeituras e órgãos ambientais de Minas e Rio. Só depois deste período o Ibama marcará audiências públicas. (Canal Energia - 29.09.2004)

O Ibama concedeu a licença de instalação da usina de Aimorés, de 330 MW, no Rio Doce, na divisa e Minas Gerais com o Espírito Santo, e a licença de operação da hidrelétrica de Sobradinho, no rio São Francisco, que produz 1.050 MW. (Canal Energia - 29.09.2004)

<topo>

 

Empresas

1 CPFL estréia nas bolsas e capta R$ 817,8 mi

Em sua estréia ontem nas bolsas de São Paulo e Nova York, o grupo CPFL Energia levantou R$ 817,8 milhões. A empresa pretende usar os recursos na construção de novas usinas hidrelétricas e admite partir para aquisições de outras distribuidoras de eletricidade. A afirmação foi feita pelo presidente do grupo, Wilson Ferreira Júnior. Com a operação, o patrimônio da empresa subiu de R$ 3,4 bilhões para R$ 4,09 bilhões. No seu primeiro dia de negociação, a empresa movimentou R$ 90, 5 milhões (em 922 negócios com 5,2 mil ações). Em termos de volume financeiro, os papéis da CPFL foram o quarto mais negociado, atrás da Telemar, Petrobras e CSN. Apesar de ter atingido uma alta de 2,5% ao longo do dia, chegando a R$ 17,65, a ação fechou com um preço abaixo do previsto, de R$ 17,23, tendo valorização de apenas 0,06% sobre o valor inicial, de R$ 17,22. Assim o valor de mercado da empresa ficou em R$ 7,8 bilhões. (Valor - 30.09.2004)

<topo>

2 Cerj muda nome para Ampla e tenta ser referência no negócio de distribuição

A mudança de nome da Cerj, que passará a se chamar Ampla, faz parte de plano para transformar a empresa em referência no negócio de distribuição de energia elétrica no Brasil e no mundo, disse o presidente da Endesa Internacional, Luis Rivera. A espanhola Endesa detém 91,9% do controle acionário da Ampla. A parcela restante está dividida entre a portuguesa EDP, com 7,7%, e ações na Bovespa, com 0,4%. Rivera salientou que a troca de nome coincide com a melhoria dos indicadores operacionais e financeiros da empresa. "Colocamos em funcionamento um plano de transformação que começou a produzir resultados na prestação dos serviços, na geração de caixa e no resultado líquido", afirmou. "A principal preocupação da antiga companhia era financeira. Hoje, a empresa está voltada ao serviço, ao cliente e à redução das perdas", comparou Rivera. Ele acrescentou que, para a Endesa, a mudança de marca da Cerj era estratégica para apoiar a reestruturação. (Valor - 30.09.2004)

<topo>

3 Plano estratégico da Endesa prevê investimento de 570 mi de euros no Brasil

O presidente da Endesa Internacional, Luis Rivera, lembrou que a empresa controla duas distribuidoras (Ampla e Coelce) e conta com 1.000 MW de geração própria (a hidrelétrica de Cachoeira Dourada, em Goiás, e uma térmica em Fortaleza). Além disso, o grupo opera duas linhas de transmissão interligando Brasil e Argentina com capacidade de 2.000 MW. "Esses ativos fazem da Endesa um dos principais grupos elétricos do país", avaliou Rivera. Ele disse que a estratégia de curto prazo passa por consolidar os negócios existentes. No plano estratégico definido no fim de 2003 e válido para cinco anos, o grupo estimou investimentos de 2,4 bilhões de euros para a América Latina, dos quais 570 milhões de euros no Brasil. Ele disse que a estratégia de curto prazo passa por consolidar os negócios existentes. No plano estratégico definido no fim de 2003 e válido para cinco anos, o grupo estimou investimentos de 2,4 bilhões de euros para a América Latina, dos quais 570 milhões de euros no Brasil. (Valor - 30.09.2004)

<topo>

4 Chesf e Eletronorte prorrogam prazo para formação de parcerias para leilão de LTs em novembro

A Chesf e a Eletronorte prorrogaram para a sexta-feira, dia 1° de outubro, o prazo para que as empresas interessadas em fazer parceria para disputar o segundo leilão de linhas de transmissão do ano entreguem a documentação. As empresas têm interesse na linha de transmissão Colinas (TO) - Sobradinho (BA), em 500 KV e 92 km. A licitação acontecerá no dia 18 de novembro, na Bovespa. (Canal Energia - 29.09.2004)

<topo>

5 Decisão judicial favorece CEB

A CEB conseguiu uma vitória judicial na batalha que trava contra a Aneel. A agência reguladora está impedida, por uma liminar, de cobrar multa de R$ 6,4 milhões aplicada sobre a CEB. Além disso, não pode inscrever a distribuidora na Dívida Ativa da União e no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) pelo não-pagamento desse valor. A liminar foi concedida ontem pela desembargadora Maria do Carmo Cardoso, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF 1ª). A CEB está obrigada, no entanto, a fazer um depósito judicial no valor da penalidade. O caução valerá enquanto o mérito do processo não for julgado. A Aneel terá um prazo de 15 dias para se manifestar no processo. (Elétrica - 29.09.2004)

<topo>

6 Cemig é impedida de cobrar conjuntamente a tarifa de energia e a taxa de iluminação pública

A Sétima Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais manteve liminar de 1ª Instância impedindo a Cemig de cobrar conjuntamente a tarifa de energia e a taxa de iluminação pública, devendo separar os códigos de barra nas faturas de cada cobrança. Segundo a ação proposta pelo Ministério Público, a Cemig estaria desrespeitando o Código de Defesa do Consumidor (CDC) ao inserir nas contas de luz a cobrança da taxa, num mesmo código de barras, sem a prévia concordância do consumidor. (Valor - 30.09.2004)

<topo>

7 Coelba vai investir R$ 4,13 mi em programa de P&D do ciclo 2004/2005

Os investimentos da Coelba nos ciclos 2003/2004 e 2004/2005 do programa de pesquisa e desenvolvimento chegarão a R$ 8,2 milhões. Os projetos do período 2003/2004 receberão R$ 4,1 milhões. Serão 16 projetos, metade de novas propostas e o restante remanescente do ciclo anterior. Um dos temas mais importantes é a universalização do acesso à energia. O programa aborda também temas como continuidade do fornecimento, perdas comerciais e segurança patrimonial das instalações. José Antônio de Souza Brito, coordenador do programa de P&D da empresa, explica que o ciclo 2004/2005, que terá investimentos de R$ 4,13 milhões, está sendo definido pela empresa, e a apresentação à Aneel deve ser feita até o final do mês. Serão propostos 18 projetos, sendo nove continuações do ciclo anterior e o restante, de novos estudos. (Canal Energia - 29.09.2004)

<topo>

8 Curtas

A Celg está utilizando uma subestação móvel para fazer manutenção de outras unidades. O objetivo é evitar o corte no fornecimento de energia elétrica, enquanto é realizado o trabalho de manutenção. A subestação móvel tem capacidade para substituir uma unidade com potência entre 3,75 MVA a 6,25 MVA. (Canal Energia - 29.09.2004)

O Ministério Público Estadual (MPE) promove amanhã uma Audiência Pública entre 47 lideranças indígenas, representantes da CER, Bovesa, MME, Ministério Público Federal e MPE. A audiência vai definir como os indígenas vão arcar com as despesas pelo fornecimento da energia elétrica, que até então é gratuita. (Elétrica - 29.09.2004)

<topo>

 

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Novos recordes de demanda nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste

O ONS registrou novo recorde de demanda nas regiões Sudeste, Nordeste e Norte. O novo patamar da região Nordeste, de 8.109 MW, foi estabelecido no dia 28 de setembro. O valor máximo anterior era de 8.090 MW, ocorrido em 20 de setembro. No sistema Norte/Nordeste, a carga chegou a 11.489 MW, também no dia 28. O patamar anterior era de 11.447 MW, do dia 20 de setembro. No submercado Sudeste, o recorde foi de 36.894 MW, às 18:53h da última terça-feira (28/09). O valor máximo anterior era de 36.800 MW, do dia 22 de setembro. (Canal Energia - 29.09.2004)

<topo>

2 Subsistema Sudeste/Centro-Oeste registra volume 35,3% acima d acurva de aversão ao risco

Os reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste apresentam 66,7% da capacidade. O nível de armazenamento teve uma redução de 0,3% em relação ao dia anterior. O volume fica 35,3% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. As usinas de Nova Ponte e Furnas registram 74,6% e 86,7% da capacidade, respectivamente. (Canal Energia - 29.09.2004)

<topo>

3 Nível de armazenamento do subsistema Sul está em 65,5%

A região Sul apresenta 65,5% da capacidade, uma queda de 0,4% em um dia. A usina de Salto Santiago registra volume de 69%. (Canal Energia - 29.09.2004)

<topo>

4 Subsistema Nordeste registra volume 52,9% acima da curva de aversão ao risco

O nível de armazenamento do submercado Nordeste chega a 74,2%, volume 52,9% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice teve uma redução de 0,4% em comparação com o dia anteior. A hidrelétrica de Sobradinho registra 72 % da capacidade. (Canal Energia - 29.09.2004)

<topo>

5 Nível de armazenamento do subsistema Norte está em 54,1%

A capacidade de armazenamento do subsistema Norte está em 54,1%, uma queda de 0,6% em relação ao dia 27 de setembro. A usina de Tucuruí apresenta volume de 57,1%. (Canal Energia - 29.09.2004)

<topo>

 

Gás e Termoelétricas

1 Petrobrás comemora descoberta na Bahia

A Petrobrás descobriu petróleo de boa qualidade na Bahia. Segundo comunicado divulgado ontem pela estatal, foram encontradas reservas estimadas em 4,6 milhões de barris no município de Esplanada, a 160 quilômetros ao Norte de Salvador. O petróleo tem 42° API (medida internacional de qualidade, segundo a qual quanto mais perto dos 50°, melhor o petróleo), tipo encontrado raramente no País. O bloco exploratório, localizado em terra, foi adquirido pela empresa na 5ª Rodada de Licitações da ANP, realizada em 2003. As reservas ainda serão testadas pela Petrobrás, que pode ampliar o volume descoberto inicialmente - pequeno, se comparado a jazidas da Bacia de Campos, com centenas de milhões de barris. A empresa, no entanto, destaca que a descoberta na Bahia é importante pela qualidade do óleo encontrado, atualmente importado pela estatal para ser misturado ao pesado petróleo nacional nas refinarias. (O Estado de São Paulo - 30.09.2004)

<topo>

2 Valores da segunda revisão da CCC chegam a R$ 3,32 bi

A Aneel fixou os valores da segunda revisão das cotas anuais da Conta de Consumo de Combustíveis, relativa ao período de janeiro a dezembro de 2004. As parcelas representam a diferença entre o saldo positivo remanescente em 2003 e a despesa com a CCC em 2004. As cotas totalizam cerca de R$ 3,32 bilhões. Para os Sistemas Interligados Norte/Nordeste, o valor para 22 distribuidoras, é de R$ 4,95 milhões. A diferença para os Sistemas Isolados Norte/Nordeste, para as mesmas concessionárias, é de R$ 623,25 milhões. O valor referente aos Sistemas Interligados Sul/Sudeste/Centro-Oeste, envolvendo 49 empresas, chega a R$ 183,03 milhões. A diferença paga referente aos Sistemas Isolados Sul/Sudeste/Centro-Oeste é de R$ 2,43 bilhões, rateado por 49 concessionárias. O valor pago por sete transmissoras, relativo aos Sistemas Interligados é de R$ 2,19 milhões. As mesmas concessionárias pagarão R$ 86,13 milhões relativo aos Sistemas Isolados. (Canal Energia - 30.09.2004)

<topo>

3 Dilma: Segunda chamada do Proinfa para contratação de biomassa vai ocorrer até outubro

A ministra Dilma Rousseff confirmou que o prazo para a segunda chamada pública para contratação de empreendimentos de biomassa no Proinfa vai até o final de outubro. Dilma garantiu que não há possibilidade de adiamento, já que uma decisão nesse sentido dependeria da edição de uma Medida Provisória do governo. (Canal Energia - 29.09.2004)

<topo>

 

Grandes Consumidores

1 Votorantim vai ampliar sua produção de níquel

A Votorantim Metais (VM), empresa do grupo Votorantim, vai investir R$ 319,6 milhões para para ampliar sua capacidade de produção de níquel e cobalto. Desse montante, R$ 132,2 milhões (41,4% do total) serão financiados pelo BNDES. Os recursos serão aplicados na unidade de lavra e beneficiamento do minério, em Niquelândia, e na unidade responsável pelos processos de purificação, extração por solven-tes e eletrólise de níquel e cobalto, no bairro de São Miguel Paulista, na capital de São Paulo. Maior produtora de níquel eletrolítico do País, a mineradora vai aumentar sua capacidade de produção desse metal em 28%, das atuais 17,8 mil toneladas para 22,8 mil toneladas anuais. (Gazeta Mercantil - 30.09.2004)

<topo>

 

Economia Brasileira

1 PIB do primeiro semestre foi de R$ 816,8 bi

O PIB do segundo trimestre de 2004, medido a preços de mercado, ficou em R$ 429,1 bilhões divulgou na manhã desta quinta-feira o IBGE. No semestre, o PIB acumulou R$ 816,8 bilhões, já que R$ 387,7 bilhões tinham sido registrados nos primeiros três meses do ano. Conforme já tinha sido divulgado pelo IBGE, no primeiro semestre, o PIB aumentou 4,2% em relação ao mesmo período do ano passado, no melhor resultado desde o primeiro semestre de 2000. De abril a junho, a taxa de 5,7% frente ao mesmo período de 2003 foi a maior desde 1996. O país registrou um saldo entre a captação e o pagamento de compromissos no exterior. Com isso, a capacidade de financiamento da economia nacional cresceu R$ 8,9 bilhões em relação ao segundo trimestre de 2003, passando para R$ 9,6 bilhões no segundo trimestre de 2004. O resultado foi positivamente influenciado pela elevação do saldo externo de bens e serviços, que passou de um superavit de R$ 14,1 bilhões no segundo trimestre de 2003, para R$ 23,5 bilhões no segundo trimestre de 2004. (O Globo Online - 30.09.2004)

<topo>

2 BC eleva previsões de inflação e crescimento da economia

O aquecimento da economia no terceiro trimestre deste ano --com a melhora dos indicadores de produção, vendas e emprego-- e o temor gerado pelos altos preços do petróleo do no mercado internacional fizeram o BC elevar e expectativa de inflação para 7,2% neste ano. Se confirmado, o resultado ficaria acima da meta de inflação, que é de 5,5%, mas dentro da margem de erro de 2,5 pontos percentuais para cima ou para baixo. Para o próximo ano, a expectativa é de que o IPCA fique em 5,6%, também acima da meta (4,5%) mas dentro do intervalo de tolerância. As previsões fazem parte do Relatório de Inflação do BC, que é divulgado ao final de cada trimestre. No período anterior, a projeção era de que o IPCA ficasse em 6,4% neste ano e em 4,4% no ano que vem. As projeções divulgadas hoje levam em conta um cenário em que a Selic se manterá em 16,25% ao ano e que o dólar ficará próximo a R$ 2,90 --cotação da véspera da última reunião do comitê. (Folha Online - 30.09.2004)

<topo>

3 Palocci diz que vai desonerar micro e pequenas empresas

Com o projeto de lei complementar prevendo a inclusão de pequenos empreendedores no mercado formal, somam 16 as medidas já anunciadas pelo governo neste ano, prevendo redução de carga tributária. O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, disse que o próximo passo será a desoneração para micro e pequenas empresas, o chamado Super Simples. O ministro fez questão de listar as medidas, durante solenidade no Palácio do Planalto, para indicar a intenção do governo em desonerar setores da economia. "A economia encontra-se em visível processo de recuperação. E o projeto que o presidente Lula encaminhou hoje ao Congresso está entre as prioridades do governo. A redução da informalidade é um dos principais objetivos da política econômica", disse Palocci. "A informalidade é um freio no crescimento da produção de muitos negócios". A proposta do governo é reduzir tributos, burocracia e dar condições legais, a baixo custo, para a formalização, disse o ministro. "Vamos começar com a redução da burocracia para as empresas bem pequenas, que sempre foi o grande entrave apontado por entidades como o Sebrae", disse Palocci. (Valor Online - 30.09.2004)

<topo>

4 FMI diz que Brasil crescerá 4% neste ano

O FMI afirmou nesta quarta-feira que a recuperação econômica do Brasil está ganhando força devido ao aumento das exportações e a uma crescente demanda interna, mas advertiu que para sustentar essa recuperação o país deve aprofundar suas reformas estruturais. O FMI prevê que o país deve crescer 4% neste ano, 0,5 ponto percentual a mais do que o projetado no relatório de abril, e 3,5% em 2005. "Uma vez que os altos preços do petróleo causam uma desaceleração mais lenta da inflação, o recente aumento da taxa de juros de 16% ao ano para 16,25% ao ano foi aproriada", disse o Fundo em seu relatório semestral "Perspectivas Econômicas Mundiais". De acordo com o economista-chefe do Fundo, Ranghuran Rajan, o crescimento de 4% para este ano é uma cifra bem correta, acrescentando, no entanto, que "o que realmente importa é a sustentabilidade" desse crescimento. (O Globo Online - 30.09.2004)

<topo>

5 Setor de bens de capital cresceu 26,3%

O faturamento do setor de bens de capital cresceu 26,3% entre janeiro a agosto deste ano, em relação ao mesmo período de 2003, passando de R$ 22,6 bilhões para R$ 28,6 bilhões, de acordo com a pesquisa divulgada ontem pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Os segmentos que influenciaram positivamente a receita foram máquinas-ferramentas, máquinas para plástico e máquinas gráficas. O nível de utilização da capacidade instalada também cresceu nos períodos comparados, 5,8%, e alcançou 81,04%.As exportações de máquinas e equipamentos apresentou um bom desempenho. O total das exportações brasileiras somou US$ 4,2 bilhões entre janeiro e agosto de 2004 ante os US$ 3 bilhões apurados em igual etapa do ano passado, um avanço de 38,3%. O Banco do Brasil começou a operar nesta quarta-feira o Modermaq, programa voltado para financiar a aquisição de máquinas e equipamentos novos com o objetivo de implementar a modernização do parque industrial e dinamizar o setor de bens de capital. (Folha Online - 30.09.2004)

<topo>

6 Dólar ontem e hoje

O dólar à vista opera em leve alta nesta manhã tranqüila no mercado interbancário, apesar dos ajustes de final de mês. Às 12h01m, a moeda americana subia 0,14%, sendo negociada por R$ 2,857 na compra e R$ 2,859 na venda. Ontem, o dólar comercial terminou com queda de 0,41%, a R$ 2,8530 na compra e a R$ 2,8550 na venda - menor valor desde 26 de janeiro de 2004. (O Globo On Line e Valor Online - 30.09.2004)

<topo>

 

Internacional

1 Alemanha inaugura maior central de energia solar do mundo

A Alemanha inaugurou este mês em Espenheim, perto de Leipzig, a maior central de energia solar do mundo, com capacidade de produção de 5 megawatts. Nos tempos da antiga República Democrática Alemã (comunista), Espenheim foi centro industrial famoso por desrespeitar o ambiente. A nova central é propriedade das empresas Shell Solar, Geosol e WestFonds e fornece energia elétrica - limpa - para mais de 1,8 mil residências. (Zero Hora - 30.09.2004)

<topo>

 


Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Pedro Bruni e Rodrigo Madeira

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

Copyright UFRJ e Eletrobrás