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IFE: nº 1.428 - 15 de setembro de 2004
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Tolmasquim: Contratos entre geradoras e distribuidoras podem ser corrigidos pelo IPCA
2 Tolmasquim explica sistemática dos leilões de energia elétrica
3 Desafio de leilão de energia será acertar "preço de reserva"
4 Leilão de energia terá elementos de mistério para forçar a concorrência
5 BNDES já liberou R$ 4 bi para o setor elétrico em 2004
6 Projeto pode limitar em até 2 anos cobrança de dívidas de serviços públicos de luz
7 Eletrobrás divulga terceira reclassificação do Proinfa
8 Aneel vai detalhar contratação de geração distribuída até o final do ano
9 Luz para Todos deve acelerar setor elétrico
10 INEE defende política energética para o país
11 Governo do RJ propõe política nacional de contabilização de reserva de energia
12 Governo do RJ lança centros tecnológicos de energia renovável
13 CEPISA promove seminário sobre processo de Revisão Tarifária

Empresas
1 Celesc investe R$ 3,2 mi em obras de ampliação de subestação
2 BNDES aprova financiamento de R$ 96,4 mi para projetos de energia da RGE
3 Cosern inicia distribuição pública de debêntures

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Capacidade de armazenamento chega a 71,1% no Sudeste/Centro-Oeste
2 Volume armazenado fica em 63,1% no subsistema Sul
3 Nível de armazenamento está em 79,2% no subsistema Nordeste

4
Subsistema Norte registra 61,8% da capacidade armazenada
5
Sul fica parte do dia sem energia

Gás e Termelétricas
1 Produção cai e Petrobrás importa 54% mais
2 Petrobras vai investir R$ 900 mi no gasoduto Campinas-Rio
3 Victer: Demanda das térmicas do RJ será atendida com gasoduto Campinas-Rio
4 Prefeitura de Paulínia ameaça embargar gasoduto Campinas-Rio
5 Governo inclui biodiesel na Lei do Petróleo
6 Governadora do RN vai a Brasília tratar da Termoaçu
7 Governo do RJ cobra política para o gás natural

Grandes Consumidores
1 CVRD fecha acordo com chineses para fornecimento de minério de ferro entre 2004 e 2012
2 PqU fecha acordo com Petrobras para compra de gás

Economia Brasileira
1 Governo e oposição fazem acordo para apressar tramitação de projeto das PPPs
2 Segundo Mantega há pressão sobre preços

3 Fabricantes de eletroeletrônicos tentam reajustar preços
4 Financial Times exalta política externa do Brasil
5 Inflação maior na classe média
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 EDF tem lucro recorde de € 1,5 bi no semestre
2 Governo argentino pressiona Petrobras a investir no país
3 Bioenergia é responsável por aproximadamente 14% do consumo energético no mundo
4 Estatal russa vai ter investimento estrangeiro

 

Regulação e Novo Modelo

1 Tolmasquim: Contratos entre geradoras e distribuidoras podem ser corrigidos pelo IPCA

O secretário executivo do MME, Maurício Tolmasquim, disse que os contratos entre as empresas geradoras e distribuidoras podem ser reajustados pelo IPCA e não mais pelo IGP-M na compra de energia elétrica pelo novo sistema de leilões. Tolmasquim cogitou adotar o IPCA para corrigir os contratos resultantes do megaleilão de energia em preparação pelo governo. O ministério trabalha com o dia 30 de novembro como data tentativa para a realização do leilão, cuja oferta deverá chegar a 55 mil MW. "Ainda não se sabe o melhor indicador; o Ministério vai definir até a data do leilão", afirmou Tolmasquim. O secretário assegurou que o ministério ouvirá a equipe econômica, mas ressaltou que a palavra final caberá à pasta de Dilma Rousseff, e não ao Ministério da Fazenda. Segundo ele, a decisão não será tomada em função da perspectiva de menores índices. "Esse é um elemento, mas o principal é olhar a taxa que mais representa os custos do setor", afirmou. (Valor - 15.09.2004)

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2 Tolmasquim explica sistemática dos leilões de energia elétrica

O secretário executivo do MME, Maurício Tolmasquim, esclareceu como será a sistemática dos leilões de energia elétrica. A Aneel lançará o edital com as regras e fica responsável também por realizar os contratos entre geradores e distribuidores após o fechamento do leilão. A organização do leilão ficará por conta da Câmara de Comercialização de Energia (CCE) e será um processo automatizado e virtual. Os lances de preço e quantidade para cada produto serão oferecidos pelo gerador de energia. De acordo com o secretário, não haverá interferência do governo ao longo do processo. Tolmasquim estima que o preço justo será garantido devido à metodologia do sistema, inspirado nos modelos inglês e holandês. Os vendedores farão lances sem saber o preço do concorrente e o leilão só irá para a segunda fase se o preço corrente for menor ou igual ao preço de reserva. O leilão termina na terceira fase, com a classificação dos lances por ordem crescente de preço, tendo preferência o que foi inserido primeiro em caso de valores idênticos. A partir daí, os contratos serão celebrados com o intermédio da CCE e o distribuidor terá uma carteira de agentes vendedores. (Valor - 14.09.2004)

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3 Desafio de leilão de energia será acertar "preço de reserva"

Um dos maiores desafios, durante o leilão de energia a ser realizado em novembro, será acertar o "preço de reserva" se for preciso utilizá-lo. O termo se refere ao preço que o governo usará como teto em cada rodada do leilão. Se as geradoras não oferecerem energia abaixo desse preço, o governo terá à disposição um mecanismo informal de intervenção pelo qual ele reduz artificialmente a demanda e força a queda de preços. "Não nos interessa que o produtor tenha ganhos indevidos ou desnecessários, prejudicando o consumidor, nem quebrar o parque gerador com preços desequilibrados", afirmou o secretário-executivo do MME, Maurício Tolmasquim. (Valor - 15.09.2004)

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4 Leilão de energia terá elementos de mistério para forçar a concorrência

Para forçar a competição, o governo criou diversos elementos de incerteza para os produtores de energia elétrica que vão participar do leilão de compra de eletricidade em dezembro. Durante todo o processo de licitação, os empresários não saberão nem a quantidade de energia que está sendo ofertada nem a que está adquirida pelas distribuidoras. Tampouco ficará claro o preço máximo que o governo aceita pagar. A única certeza que o vendedor terá é seu próprio custo de produção. O objetivo, informou o secretário-executivo do MME, Maurício Tolmasquim, é reduzir os valores da energia a um preço considerado justo pelo governo, que remunere o produtor sem prejudicar o consumidor. Segundo ele, o modelo de leilão, denominado Anglo-Holandês, é conhecido do mercado. (O Estado de São Paulo - 15.09.2004)

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5 BNDES já liberou R$ 4 bi para o setor elétrico em 2004

O BNDES financiou, entre janeiro e agosto deste ano, cerca de R$ 4 bilhões em projetos ligados à produção e distribuição de energia no país. Esse valor representa um aumento de 300% superior aos volume de recursos disponibilizados no mesmo período do ano passado, quando o banco estatal aprovou financiamento para cinco projetos, avaliados no total em R$ 1,1 bilhão. (Folha de São Paulo - 15.09.2004)

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6 Projeto pode limitar em até 2 anos cobrança de dívidas de serviços públicos de luz

O projeto de lei 2040/03, em tramitação na Câmara dos Deputados, em Brasília, propõe que a cobrança de dívidas seja limitada em até dois anos para os serviços públicos de luz, gás, água e telefone fixo. Com isso, os usuários não seriam mais obrigados a guardar os comprovantes de pagamentos anteriores a esse período. Já aprovado pela Comissão de Defesa do Consumidor, o projeto, que tramita na Comissão de Constituição e Justiça, ainda terá que passar pela Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público. Segundo o deputado Walter Pinheiro (PT/BA), autor do projeto, o objetivo da lei é proteger o consumidor contra a desorganização das empresas. (O Globo - 15.09.2004)

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7 Eletrobrás divulga terceira reclassificação do Proinfa

A Eletrobrás divulgou nesta terça-feira, dia 14 de setembro, a terceira reclassificação do Proinfa, com mudanças nas áreas de PCH e eólica. Em PCH, houve a desclassificação da usina Nova Aurora, por desistência de seleção parcial. Houve também a classificação da PCH Salto Curuá, no Pará, por acato de liminar impetrada pela proprietária Curuá Energia. Dos 30 MW de potência instalada da usina, foram selecionados 18,3 MW. No segmento de eólica, foi desclassificada a central Serra dos Antunes, por desistência de seleção parcial. Dois aproveitamentos foram reclassificados: Formosa, no Ceará, e Palmares, no Rio Grande do Sul. Os empreendedores de projetos relacionados na terceira reclassificação terão até esta quarta-feira, dia 15 de setembro, para assinar os contratos de compra e venda de energia com a estatal. (Portal GD - 14.09.2004)

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8 Aneel vai detalhar contratação de geração distribuída até o final do ano

Os detalhes envolvendo a compra de energia proveniente de geração distribuída pelas distribuidoras serão definidos pela Aneel até o final do ano. A informação foi dada pelo diretor da Aneel, Paulo Pedrosa. "Embora esteja um pouco mais atrasada em relação à regulamentação geral do novo modelo, as diretrizes da área de GD estará concluída até o final do ano", disse o diretor. De acordo com o decreto 5.163/04, que define as diretrizes para comercialização de energia no novo modelo, as distribuidoras poderão comprar até 10% da sua carga total de fontes ligadas à geração distribuída - PCH, eólica e biomassa - com garantia de repasse pelo valor de referência obtido nos leilões. Os detalhamentos da Aneel deverão definir as regras dessa contratação. (Portal GD - 14.09.2004)


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9 Luz para Todos deve acelerar setor elétrico

O setor elétrico, após um período recessivo, deve acelerar seu crescimento neste ano, impulsionado em boa parte pela implantação do Luz Para Todos. O programa deve ter impacto positivo nas áreas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica e também nos segmentos que fornecem equipamentos como cabos e transformadores. "O início da execução do programa Luz para Todos é uma ótima notícia para as empresas do segmento de distribuição de energia", comentou Newton José Leme Duarte, diretor da área de Geração, Transmissão e Distribuição da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica). "A demanda de equipamentos e materiais, no período de 2004 a 2005, está estimada em R$ 1,7 bilhão", acrescentou. (Elétrica - 14.09.2004)

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10 INEE defende política energética para o país

O presidente do Conselho Diretor do Instituto Nacional de Eficiência Energética (INEE), Marcos José Marques, defendeu hoje a criação de uma política energética para o Brasil. Segundo ele, os principais países do mundo se preocupam em definir questões como quem vai suprir uma possível necessidade de energia externa e quais são as fontes disponíveis; o uso racional dos potenciais e qual é o cenário de risco que se pode ter no atendimento das necessidades do país mundo globalizado. "O Brasil já teve no passado uma política energética, na qual você buscava estabelecer o espaço do gás, o espaço da energia elétrica e se buscava estimular a conservação de energia, que é um tema fundamental, mesmo depois da crise de 2001. Acho ótimo se ter um modelo para o setor elétrico e um novo modelo para o gás. Mas eu diria que, antes disso, se deveria ter as grandes linhas de uma política energética", sugeriu Marques. (Elétrica - 14.09.2004)

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11 Governo do RJ propõe política nacional de contabilização de reserva de energia

O secretário de Estado de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, propôs a criação de uma política nacional de contabilização de reserva de geração energia elétrica, ainda não realizada pelos estados. Segundo ele, o Rio de Janeiro está concluindo um estudo para iniciar o levantamento, apesar da situação do estado ser muito confortável no setor, em relação há cinco anos. "O Rio importava 60% de energia elétrica de outros estados e, no final deste ano, terá um excedente de 20% em relação ao que se consome. O Rio poderá ser exportador de energia elétrica", afirmou. (Elétrica - 14.09.2004)

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12 Governo do RJ lança centros tecnológicos de energia renovável

O governo do Rio de Janeiro lançará no final deste ano dois centros tecnológicos de energia renovável no estado. Localizadas em duas universidades estaduais (UERJ e UENF), as unidades começarão a funcionar em 2005 e terão como objetivo consolidar o conhecimento no segmento de energia renovável no país. Segundo o secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo do estado, Wagner Victer, os centros já estão sendo modelados e terão como foco a realização de estudos nas áreas de eólica, biomassa, biodiesel, uso eficiente de energia, gás e célula de hidrogênio. (Portal GD - 14.09.2004)

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13 CEPISA promove seminário sobre processo de Revisão Tarifária

A CEPISA promove, nos dias 27 e 28 de setembro de 2004, o seminário "A Base de Remuneração Para a Revisão Tarifária Periódica das Concessionárias de Distribuição de Energia Elétrica". O evento será realizado em Teresina (PI), no Auditório Central situado a Av. Maranhão nº 759 centro - entre 08:00 e 18:00hs. (NUCA-IE-UFRJ - 15.09.2004)

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Empresas

1 Celesc investe R$ 3,2 mi em obras de ampliação de subestação

A Celesc vai investir R$ 3,2 milhões na ampliação de subestação em São Francisco do Sul. As obras pretendem melhorar a qualidade do fornecimento de energia do município e sua região balneária, que é parcialmente suprido pela SE Joinville I. De acordo com o gerente da Divisão de Distribuição da Agência Regional da concessionária, Júlio Cesar Pires da Luz, a região sofre grande demanda de energia, principalmente no verão, trazendo problemas à qualidade da energia distribuída na cidade. As obras incluem a instalação de um transformador mais potente, um regulador e um disjuntor de baixa tensão. Segundo Júlio Cesar, com isso, a capacidade de transformação da subestação será ampliada e o nível de tensão da energia será regulado, automaticamente, na própria subestação. (Canal Energia - 14.09.2004)

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2 BNDES aprova financiamento de R$ 96,4 mi para projetos de energia da RGE

O BNDES concedeu R$ 96,4 milhões para a RGE que, com o financiamento, irá ampliar 227 km de linhas de transmissão e 435 km de redes de distribuição. Os recursos do banco equivalem à 50% dos investimentos a serem realizados pela empresa, num total de R$ 193,8 milhões. Além das linhas de transmissão, a empresa irá instalar novas subestações e redes de distribuição. (Valor - 15.09.2004)

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3 Cosern inicia distribuição pública de debêntures

A Cosern anunciou na terça-feira, dia 14 de setembro, o início da distribuição pública de 1,2 mil debêntures simples, não-conversíveis em ações, em série única e valor unitário de R$ 100 mil. As debêntures, com data de emissão de 1° de junho de 2004, somam R$ 120 milhões. A instituição líder da operação é o Banco Santander. (Canal Energia - 15.09.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Capacidade de armazenamento chega a 71,1% no Sudeste/Centro-Oeste

O volume armazenado fica em 71,1% no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, valor 36,7% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O nível teve uma queda de 0,31% em um dia. As usinas de Nova Ponte e Furnas apresentam 76,6% e 89,8% da capacidade, respectivamente. (Canal Energia - 14.09.2004)

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2 Volume armazenado fica em 63,1% no subsistema Sul

O subsistema Sul registra 63,1% da capacidade armazenada. O índice teve uma redução de 0,3% em relação ao dia 12 de setembro. A usina Machadinho apresenta índice de 61,4%. (Canal Energia - 14.09.2004)

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3 Nível de armazenamento está em 79,2% no subsistema Nordeste

A capacidade de armazenamento chega a 79,2% no subsistema Nordeste, volume 55,5% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice teve uma redução de 0,35% em comparação com o dia anterior. A hidrelétrica de Sobradinho registra volume de 77,6%. (Canal Energia - 14.09.2004)

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4 Subsistema Norte registra 61,8% da capacidade armazenada

O nível de armazenamento está em 61,8% no subsistema Norte, uma queda de 0,7% em relação ao dia 12 de setembro. A usina de Tucuruí registra volume de 66,7%. (Canal Energia - 14.09.2004)

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5 Sul fica parte do dia sem energia

A Celesc interrompeu o fornecimento de energia elétrica ontem entre 16h30min e 17h, na região de Criciúma, para sanar defeito na linha de transmissão da subestação Siderópolis-Eletrosul causado por descargas atmosféricas durante a manhã. Foram atingidos os municípios de Lauro Müller, Urussanga, Siderópolis e as empresas Mina Esperança e Eliane Cocal. A manutenção foi para evitar problemas graves de falta de energia no horário entre 17h30min e 20h. (Diário Catarinense - 15.09.2004)

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Gás e Termoelétricas

1 Produção cai e Petrobrás importa 54% mais

O atraso na construção de plataformas vem atrapalhando os planos da Petrobrás de se manter como empresa superavitária em sua balança comercial. Desde o início do ano, a produção nacional de petróleo caiu 1,2%, segundo a ANP, por causa da demora no início das operações dos campos de Barracuda, Caratinga e Albacora Leste, todos na Bacia de Santos. De outra parte, o consumo interno de combustíveis aumentou 5,7% no período, acompanhando a retomada da economia. Para suprir a demanda, a estatal foi buscar petróleo no exterior, o já que provocou um aumento de 54% nas importações brasileiras de óleo cru. A balança comercial do setor acumula déficit de US$ 2,294 bilhões nos 7 primeiros meses do ano. A situação é agravada pela disparada do preço do petróleo no mercado internacional, o que provocou uma alta de 82,4% nos gastos com a importação de óleo cru. (O Estado de São Paulo - 15.09.2004)

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2 Petrobras vai investir R$ 900 mi no gasoduto Campinas-Rio

A Petrobras vai investir R$ 900 milhões na construção do gasoduto Campinas-Rio de Janeiro, cujo início das obras foi lançado nesta terça-feira, dia 14 de setembro, na cidade de Paulínia (SP). O duto, que terá 448 quilômetros de extensão e capacidade para transportar 8,6 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, será conectado à malha Nordeste de transporte de gás, ao trecho Sudeste e Nordeste (Gasene) e ao gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol). Um dos objetivos do projeto é viabilizar a interligação dos centros de consumo no eixo Rio-São Paulo com os principais pólos produtores de gás, como as bacias de Santos e de Campos. A Petrobras, nesse sentido, tem planos de investir mais de R$ 9 bilhões na expansão da rede de gasodutos do país nos próximos cinco anos, ampliando os atuais 8,8 mil km de dutos para mais de 13 mil km. A expectativa é que o mercado de gás cresça 14,2% ao ano até 2010. (Canal Energia - 14.09.2004)

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3 Victer: Demanda das térmicas do RJ será atendida com gasoduto Campinas-Rio

O secretário estadual de Energia, da Indústria Naval e do Petróleo, Wagner Victer, destacou que a construção do gasoduto Campinas-Rio vai possibilitar o atendimento da demanda das térmicas do Rio de Janeiro. Segundo ele, o empreendimento vai ter capacidade de atender às térmicas já existentes no Estado e as que já estão projetadas. "Isto vai nos permitir que atendamos à demanda em horários de pico, além de nos dar uma folga em nossa capacidade", comentou. (Jornal do Commercio - 15.09.2004)

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4 Prefeitura de Paulínia ameaça embargar gasoduto Campinas-Rio

A prefeitura de Paulínia ameaça pedir o embargo das obras do gasoduto Campinas-Rio, iniciadas simbolicamente ontem pelo presidente Lula. O empreendimento não tem alvará de construção nem licença ambiental da autoridade municipal. Petrobras e prefeitura iniciaram uma tentativa de acordo na sexta-feira (10/09), mas enquanto não houver entendimento as obras no trecho de Paulínia estarão suspensas. "Se começar a obra (sem alvará) ela pode e deve ser embargada", disse o secretário do Meio Ambiente de Paulínia, Edilson Rodrigues. A prefeitura prefere uma saída negociada, mas em último caso pode se valer do Código Municipal do Meio Ambiente, e aplicar multa de até R$ 10 milhões. A Petrobras alega que já tem autorização do Ibama e que desconhecia a necessidade do alvará. Segundo a estatal, as prefeituras das 32 cidades por onde passará o gasoduto, inclusive Paulínia, autorizaram por carta o uso do espaço. (O Globo - 15.09.2004)

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5 Governo inclui biodiesel na Lei do Petróleo

O Governo deu o primeiro passo para a construção do marco regulatório do biodiesel. O combustível foi incluído, pela Medida Provisória 214, na Lei do Petróleo, sancionada em 1997. De acordo com a MP, o biodiesel "é um combustível renovável e biodegradável, derivado de óleos vegetais ou de gorduras animais, que possa substituir parcial ou totalmente o óleo diesel de origem fóssil". A MP dá à ANP poderes para regular as atividades relativas ao biodiesel. A intenção da ministra Dilma Rousseff é concluir a legislação do biodiesel até novembro. (Jornal do Commercio - 15.09.2004)

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6 Governadora do RN vai a Brasília tratar da Termoaçu

A governadora do RN, Wilma de Faria, vai a Brasília nesta quinta-feira para tratar, entre outros assuntos, da retomada da construção da Termoaçu, em Alto do Rodrigues. A governadora terá audiência com a ministra Dilma Roussef. A Termoaçu prevê investimentos de quase 300 milhões de dólares, mas a obra foi paralisada em abril de 2003, em conseqüência da indefinição do governo federal quanto ao preço de compra da energia a ser gerada. "As obras da termelétrica devem ser retomadas ainda este mês, e esperamos que a ministra nos assegure que não haverá mais interrupção, pelo menos no que depender do governo federal", explicou Wilma, que tem defendido a continuidade do empreendimento capitaneado até agora pelo consórcio Guaraniana, em parceria com a Petrobras. (Elétrica - 14.09.2004)

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7 Governo do RJ cobra política para o gás natural

O secretário de Estado de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, defendeu urgência na criação de uma política para o gás natural que, poderá ser precedida por ações concretas e emergenciais para o setor químico e petroquímico. Citou como exemplo dessa necessidade, a indústria ceramista da Bacia de Campos, que prefere comprar a lenha para os fornos, por ser 40% mais barata do que o gás da região, o que implica em desmatamento. (Elétrica - 14.09.2004)

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Grandes Consumidores

1 CVRD fecha acordo com chineses para fornecimento de minério de ferro entre 2004 e 2012

A Companhia Vale do Rio Doce fechou contrato de longo prazo com o grupo Shougang, um dos maiores produtores de aço da China, para fornecimento de 11,3 milhões de toneladas de minério de ferro entre 2004 e 2012. O novo acordo amplia o fornecimento de minério da Vale para os chineses. A companhia já mantinha contrato com o Shougang para a venda de 4,4 milhões de toneladas entre 2004 e 2008. Com o novo acordo, o fornecimento de minério sobe para 15,7 milhões de toneladas no período que vai até 2012. (Jornal do Brasil - 15.09.2004)

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2 PqU fecha acordo com Petrobras para compra de gás

A Petroquímica União (PqU) fechou acordo com a Petrobras de compra de gás de refinaria que permitirá a expansão da empresa. A PqU deve iniciar a expansão no começo de 2005, um investimento de em mais de US$ 300 milhões. Com o acordo, a PqU poderá ampliar em até 40% a sua produção de eteno e polietileno, o que significa um incremento anual de 200 mil toneladas. Segundo o diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, a PqU comprará 1,3 milhão de metros cúbicos do gás que hoje é produzido em uma refinaria da estatal em São José dos Campos, a Revap, localizada a 100 km de Santo André e Mauá, onde está instalada a PqU. A petroquímica será a responsável pela construção do gasoduto que ligará o pólo à Revap, segundo o diretor da Petrobras. O diretor da Petrobras não quis informar qual o preço negociado entre as duas companhias para a venda do gás. "Fechamos o acordo mas ainda não assinamos os contratos", justificou. (Valor - 15.09.2004)

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Economia Brasileira

1 Governo e oposição fazem acordo para apressar tramitação de projeto das PPPs

Os líderes do governo e da oposição fizeram ontem um acordo para a tramitação do projeto das Parcerias Público-Privadas (PPPs) no Senado, o que permitirá a votação da proposta ainda este ano, como deseja o governo. Líderes do PFL e do PSDB decidiram aprovar um calendário de votações para o projeto e estabelecer procedimentos para destrancar a pauta do Senado esta semana. O ministro do Planejamento, Guido Mantega, e o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), concordaram que o acordo representa um avanço na negociações. Pelo acordo, no próximo esforço concentrado, que deverá ocorrer entre o primeiro e o segundo turno das eleições, serão realizadas audiências públicas na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE), uma reivindicação da oposição. No segundo período de esforço concentrado, após as eleições, o projeto seria então votado na CAE e na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e enviado ao plenário do Senado para ser votado em outubro. (O Globo - 15.09.2004)

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2 Segundo Mantega há pressão sobre preços

Em evento realizado na manhã desta terça-feira em São Paulo, o ministro do Planejamento, Guido Mantega, afirmou que existem pressões inflacionárias que justificariam uma eventual elevação dos juros na reunião do Copom que termina nesta quarta. Mantega não entrou no mérito se o Copom deveria ou não aumentar a Selic, mas frisou que é preciso "fazer o que tem de ser feito". "Quem tem de decidir sobre os juros é o Copom, que tem as condições para o julgamento. Agora, posso dizer que a nossa torcida é para que os juros fiquem no menor patamar possível. Essa é a torcida também do presidente Lula, do ministro Palocci e do presidente do BC, Henrique Meirelles. Mas temos de fazer o que tem de ser feito, porque temos de dar prosseguimento ao crescimento, mas com estabilidade" afirmou o ministro. (O Globo Online - 15.09.2004)

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3 Fabricantes de eletroeletrônicos tentam reajustar preços

Às vésperas das encomendas para o Natal, varejo e fabricantes de eletroeletrônicos travam uma nova queda de braço em torno de reajustes de preços. A indústria tenta reajustar seus preços entre 4% e 6% nos produtos da linha branca (geladeiras, fogões, freezers etc) e entre 5% e 8% na chamada linha marrom (televisores, DVDs, aparelhos de som etc). O argumento é a necessidade de repassar custos, mas o setor aproveita também o bom desempenho das vendas. "Estamos negociando caso a caso com os fornecedores. Na linha marrom temos no país apenas entre seis a sete fornecedores. Em alguns casos conseguimos postergar ou reduzir o percentual de aumento. Já negociando desde agosto as encomendas para o fim de ano" diz Marcelo Bazzali, diretor da área de eletroeletrônicos do Grupo Pão de Açúcar. (O Globo Online - 15.09.2004)

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4 Financial Times exalta política externa do Brasil

A edição online do jornal Financial Times publicou extensa reportagem sobre o crescente peso do Brasil no mercado global, destacando o aumento das exportações do País e a política externa adotada pelo Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Tradicionalmente uma das economias mais isoladas do mundo, o maior país da América Latina parece finalmente no caminho de impor seu peso no mercado global", disse o diário britânico, informando que as exportações, que em 1998 representavam apenas 6,5% do Produto Interno Bruto (PIB), hoje saltaram para 17% do PIB. Segundo o FT, o dinamismo econômico tem sido acompanhado por uma política externa "mais ativa e assertiva". O jornal afirma que, sob a presidência de Lula, o Brasil está buscando planos de integração regional e começou a assumir um papel de liderança entre os países mais pobres. (Jornal do Commercio - 15.09.2004)

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5 Inflação maior na classe média

O índice de custo de vida da classe média no município de São Paulo (ICVM), calculado pela Ordem dos Economistas de São Paulo, registrou inflação de 1,08% em agosto, após ter subido apenas 0,40% em julho. A taxa de agosto foi a segunda mais alta do índice este ano, abaixo apenas de junho (1,12%). Em fevereiro e março, o índice registrou deflação, e nos demais meses houve inflação moderada. Com isso, a taxa acumulada nos oito primeiros meses deste ano é de 3,72%, e, em 12 meses, de 5,86%. (Gazeta Mercantil - 15.09.2004)

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6 Dólar ontem e hoje

O mercado de câmbio continua a operar com baixa volatilidade, mantendo o dólar em leve baixa. Às 11h51m, a moeda americana recuava 0,24%, cotada a R$ 2,901 na compra e R$ 2,903 na venda. Ontem, o dólar comercial recuou 0,03%, para R$ 2,9080 para compra e R$ 2,91 para venda. (O Globo On Line e Valor Online - 15.09.2004)

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Internacional

1 EDF tem lucro recorde de € 1,5 bi no semestre

O lucro líquido da estatal elétrica francesa EDF, controladora da Light, distribuidora de energia do Rio de Janeiro, alcançou no primeiro semestre o recorde de € 1,5 bilhão, segundo o jornal de economia "La Tribune". Trata-se de um aumento de 106% sobre o primeiro semestre de 2003, destaca o jornal, ao afirmar que a melhoria da rentabilidade da companhia se deve em grande parte aos esforços de contenção feitos pelo grupo em suas participações no exterior. Nos seis primeiros meses de 2004, a EDF obteve um volume de negócios de € 24 bilhões (alta de 3,5% sobre igual período de 2003), e seu Ebitda cresceu 8,6%, para € 6,8 bilhões, segundo o jornal, que não citou suas fontes. (Gazeta Mercantil - 15.08.2004)

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2 Governo argentino pressiona Petrobras a investir no país

A Petrobras está sendo pressionada pelo governo argentino para que realize investimentos no país mesmo com as condições incertas impostas às concessionárias de serviços públicos. O governo chegou a ameaçar com a retirada da concessão da Transportadora de Gas del Sur (TGS), controlada pela estatal brasileira, caso a empresa não confirme investimentos para a ampliação de um gasoduto. A ameaça está sendo usada como forma de conseguir uma solução rápida para uma obra da qual depende a normalidade do abastecimento de gás no país a partir do ano que vem. Na semana passada, o governo brasileiro teria se comprometido a liberar US$ 200 milhões para a obra, que seria financiada pelo BNDES. As autoridades argentinas queriam que o investimento fosse feito diretamente pela Petrobras, o que eliminaria a necessidade de obter garantias para a concessão do crédito e concentraria o risco do investimento nas mãos da empresa. Via BNDES, o empréstimo terá de ser liberado por meio do convênio de crédito recíproco (CCR), o que significa, em última instância, que o banco central argentino precisa endossar a operação. (Valor - 15.09.2004)

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3 Bioenergia é responsável por aproximadamente 14% do consumo energético no mundo

Atualmente, a Bioenergia é responsável por aproximadamente 14% do consumo energético no mundo. Segundo dados da Agência Internacional de Energia (AIE), divulgados no Brasil pelo MME, em vinte anos, cerca de 30% do total de energia consumida pela humanidade será através da bioenergia. Em geral, esse tipo de energia não produz poluição nem se esgota e é renovável. A biomassa ou bioenergia é produzida através da combustão, gaseificação, fermentação ou produção de substâncias líquidas, a partir de material vegetal, entre eles diversos tipos de árvores, alguns óleos vegetais, resíduos agrícolas, agroindustriais e urbanos. A Biomassa inclui madeira, lixo municipal, industrial, resíduos agrários, animais, carvão vegetal e outros combustíveis derivados de fontes biológicas. Ela é a principal fonte de energia em muitos países em desenvolvimento e a maioria dela não é comercial. (Elétrica - 14.09.2004)

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4 Estatal russa vai ter investimento estrangeiro

A Rússia anunciou que pretende permitir o ingresso de investidores estrangeiros na maior estatal de gás do país, a Gazprom. Antes, os acionistas estrangeiros estavam limitados por barreiras impostas pelo governo. A medida foi encarada como uma forma de abrir ao mercado o setor de energia do país. "É evidente a necessidade de liberalização, pois isso fará com que a administração seja transparente e atraente", disse Mijaíl Fradkov, primeiro-ministro russo. (Folha de São Paulo - 15.08.2004)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Pedro Bruni e Rodrigo Madeira

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