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IFE: nº 1.425 - 10 de setembro de 2004
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Lula se reúne com ministros para cobrar licenças para hidrelétricas
2 Governo cria comitê para acelerar licenciamento de hidrelétricas
3 Governo deve custear estudos para usinas hidrelétricas
4 Projeto de lei pode garantir compensação a distribuidoras da região Norte
5 Grupo de Trabalho vai estudar segurança no abastecimento de energia
6 Subcomissão especial vai realizar avaliação de riscos no Sistema Interligado Nacional
7 TCU vai apurar efeitos do contingenciamento de recursos para a Aneel
8 Aneel pode ter montante de R$ 558 mi contingenciado até 2008
9 BNDES realiza desembolsos de R$ 2,8 bi para o setor elétrico nos oito primeiros meses do ano

Empresas
1 Eletrosul deve ficar com 49% da hidrelétrica de Monjolinho
2 Chesp terá reajuste médio de 36,29% nas tarifas
3 Conta de luz fica 25,9% mais cara para clientes da Celg
4 Eletropaulo terá programa que avisará clientes sobre interrupções de energia
5 CEEE e Grupo Guascor constroem pequena central hidrelétrica no RS
6 Eletronorte apóia implantação de unidades de conservação estaduais na região de influência de Tucuruí

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Subsistema Sudeste/Centro-Oeste registra volume 37,2% acima da curva de aversão ao risco
2 Nível de armazenamento do subsistema Sul está e, 64,7%
3 Subsistema Nordeste registra volume 56,6% acima da curva de aversão ao risco

4
Nível de armazenamento do subsistema Norte chega a 64,5%
5
Blecaute deixa Brasília sem luz por 15 minutos

Gás e Termelétricas
1 TCU vai avaliar utilização da CCC

Grandes Consumidores
1 Gerdau comprará usinas siderúrgicas nos EUA
2 Arcelor quer investir US$ 3 bi no Brasil
3 Ações da Braskem sobem em momento especial para a indústria petroquímica

Economia Brasileira
1 Governo abre mão de usar as PPPs para projetos que envolvam apenas a construção de obras públicas
2 Governo faz mais alterações no projeto das PPPs

3 BNDES: Resultado 45% superior ao de 2003
4 BID anuncia novos financiamentos
5 Emprego na indústria cresce e tem o melhor resultado desde 1995
6 Indústria prevê vendas 18,9% maiores este ano
7 Levy vê mais interesse de investidor no país
8 IPCA de agosto fica em 0,69%
9 INPC de agosto foi de 0,50%
10 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Comissão Européia autoriza reforço da participação da EDP na Hidrocantábrico

 

Regulação e Novo Modelo

1 Lula se reúne com ministros para cobrar licenças para hidrelétricas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu quatro ministros ontem para cobrar uma solução rápida ao impasse envolvendo licenças ambientais necessárias para o aumento da capacidade energética do país. A construção de mais de 20 usinas hidrelétricas, que somariam 5,5 mil MW, está emperrada pela demora na obtenção de licenças exigidas para o início das obras. Lula cobrou agilidade nas decisões a respeito das licenças. As concessões são vistas como fundamentais para evitar riscos futuros de apagão. Participaram da reunião os ministros José Dirceu (Casa Civil), Luiz Dulci (Secretaria-Geral da Presidência), Dilma Rousseff (Minas e Energia) e Marina Silva (Meio Ambiente). (Valor - 10.09.2004)

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2 Governo cria comitê para acelerar licenciamento de hidrelétricas

O Governo decidiu criar um comitê interministerial para acompanhar as obras de usinas hidrelétricas consideradas prioritárias para abastecer o País a partir de 2008. Uma portaria assinada pelas ministras Dilma Rousseff e Marina Silva e pelo ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, deverá ser publicada nos próximos dias criando o Comitê de Gestão Integrada de Empreendimentos do Setor Elétrico. O comitê será a formalização de um grupo já existente, com técnicos dos três ministérios, denominado Sala de Situação, e que se reúne periodicamente para solucionar os entraves às obras do setor elétrico. (O Globo - 10.09.2004)

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3 Governo deve custear estudos para usinas hidrelétricas

O governo deverá custear a realização de estudos de impacto ambiental adicionais que estão sendo exigidos pelos governos de Goiás e Paraná para liberar licenças ambientais para a construção de usinas hidrelétricas. A liberação das obras é importante para evitar falta de energia entre 2007 e 2009. Para garantir o abastecimento, o governo espera que entrem em funcionamento 45 usinas hidrelétricas já licitadas, mas ainda sem licença ambiental. Essas usinas podem gerar 13.037 MW. (Folha de São Paulo - 10.09.2004)

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4 Projeto de lei pode garantir compensação a distribuidoras da região Norte

Um projeto de Lei de autoria do deputado Miguel de Souza (PL-RO) propõe que as concessionárias de energia elétrica situadas na Região Norte e atendidas por sistemas isolados recebam compensação pela diferença entre o custo do serviço e o faturamento bruto com a comercialização de energia, após a dedução das parcelas correspondentes ao ICMS, PIS/Pasep e Cofins. A compensação seria feita no final de cada exercício, com recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Outro projeto, apresentado pelo mesmo deputado, estende a todo o País o Proinfa. A proposta beneficia áreas sem energia elétrica ou com fornecimento por termelétrica, e aquelas com sistema elétrico isolado. Miguel de Souza defende o acesso dessas regiões às fontes de energia eólica, de biomassa e das PCHs. (Gazeta Mercantil - 10.09.2004)

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5 Grupo de Trabalho vai estudar segurança no abastecimento de energia

A Comissão de Minas e Energia aprovou a criação de Grupo de Trabalho para avaliar o abastecimento de energia elétrica ao mercado nacional. "A intenção é garantir a continuidade do suprimento de energia elétrica de forma segura e em bases economicamente aceitáveis pela sociedade", explica o autor da iniciativa, deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO). O Grupo de Trabalho terá como missão mapear a atual situação do setor e acompanhar as medidas adotadas pelo Governo Federal para garantir o abastecimento elétrico e evitar novos apagões. "Pretendemos ainda estudar e propor alternativas que possam ser adotadas pelo Executivo na solução dos problemas", afirma Gomes. (Elétrica - 09.09.2004)

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6 Subcomissão especial vai realizar avaliação de riscos no Sistema Interligado Nacional

A Comissão de Minas e Energia vai instalar subcomissão especial para analisar possíveis riscos no funcionamento do Sistema Interligado Nacional de Energia Elétrica. A subcomissão, solicitada pelo deputado Marcello Siqueira (PMDB-MG), deverá tratar especificamente da usina de Furnas, devido à substituição de funcionários terceirizados por novos contratados sem experiência. Segundo o deputado, a falta de experiência dos novos contratados poderá ocasionar graves problemas e comprometer significativamente o funcionamento diário da concessionária. (Canal Energia - 09.09.2004)

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7 TCU vai apurar efeitos do contingenciamento de recursos para a Aneel

O Tribunal de Contas da União deve levar seis meses para apurar possíveis irregularidades e os efeitos do contingenciamento de recursos orçamentários da União previstos para a Aneel. A previsão é do procurador-geral do Ministério Público junto ao TCU, Lucas Furtado, que solicitou a realização de levantamento sobre a legalidade da contingência aplicada pelo governo federal. O trabalho poderá ser iniciado ainda este mês, caso o ministro-relator (ainda não definido) opte por realizar uma fiscalização, conforme solicitado na representação. Caso sejam comprovadas irregularidades no contingenciamento, o Tribunal de Contas da União poderá determinar ao Ministério do Planejamento o repasse imediato das parcelas de receita represadas pelo governo desde 2001, além de proibir novas medidas de contingência orçamentária a partir do ano que vem. De acordo com Furtado, a suspensão do repasse de verbas federais para a agência pode prejudicar o abastecimento energético do país nos próximos anos. (Canal Energia - 09.09.2004)

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8 Aneel pode ter montante de R$ 558 mi contingenciado até 2008

A proposta orçamentária do governo para 2005 prevê um pré-contingenciamento de 35% da receita anual da Aneel. Além disso, o MME já estabeleceu os percentuais para os contingenciamentos nos anos seguintes: 24,7% em 2006, 27,9% em 2007 e 28,1% em 2008. Sob esta previsão, a Aneel terá um montante represado de R$ 558 milhões em 2008, devido à política para o cumprimento da meta de superávit primário. (Canal Energia - 09.09.2004)


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9 BNDES realiza desembolsos de R$ 2,8 bi para o setor elétrico nos oito primeiros meses do ano

Os desembolsos do BNDES para o setor de energia elétrica chegam a R$ 2,8 bilhões de janeiro a agosto deste ano. O montante é 86% superior ao liberado pelo banco no mesmo período do ano passado. Na área de infra-estrutura, o volume liberado soma R$ 7,5 bilhões nos primeiros oito meses do ano, um aumento de 82% em igual período do ano passado. No total, o banco desembolsou R$ 22,4 bilhões, um aumento de 45% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando as liberações atingiram R$ 15,5 bilhões. No mês de agosto, os desembolsos atingiram R$ 3,3 bilhões, 106% a mais que no mesmo mês de 2003. (Canal Energia - 09.09.2004)

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Empresas

1 Eletrosul deve ficar com 49% da hidrelétrica de Monjolinho

A Eletrosul e a empresa de consultoria em engenharia Engevix estão próximas de um acordo que pode tirar do papel a hidrelétrica de Monjolinho (RS). Embora a Engevix tenha a concessão da usina desde 2002, as obras ainda não foram iniciadas, aguardando as negociações com a Eletrosul, que se arrastam desde o ano passado. O primeiro passo concreto para a conclusão da parceria com a Eletrosul foi dado na semana passada, com a assinatura de um termo de compromisso entre as partes. A usina terá 67 MW de potência instalada e consumirá R$ 169 milhões em investimentos. Se a parceria com a Engevix for fechada, este será o primeiro empreendimento hidrelétrico da Eletrosul - empresa transmissora de energia - desde que foi autorizada pelo novo modelo do setor elétrico a investir em geração. (Gazeta Mercantil - 10.09.2004)

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2 Chesp terá reajuste médio de 36,29% nas tarifas

A Aneel informou hoje que concluiu o processo de revisão tarifária periódica da Chesp, que atua em nove municípios do interior de Goiás. O índice médio total autorizado foi de 36,29%. O aumento, porém, será realizado em etapas. Em setembro deste ano, será aplicado reajuste de 19,40%. O restante será distribuído entre 2005 e 2007, em três parcelas anuais. A Aneel destaca, porém, que o reajuste total autorizado para este ano chega, na prática, a 21,66%. Isso porque, aos 19,40% da revisão periódica serão acrescentados 2,26%, relativos ao Programa Emergencial de Redução do Consumo de Energia Elétrica à Conta de Variação de Valores de Itens da Parcela A (CVA). A Aneel também estabeleceu em 4,302 pontos percentuais o Fator X da empresa. (Valor - 09.09.2004)

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3 Conta de luz fica 25,9% mais cara para clientes da Celg

A Aneel divulgou hoje o percentual de reajuste tarifário da Celg. O reajuste médio da empresa será de 25,91% - percentual inferior ao solicitado pela concessionária (37,07%) - e entra em vigor no próximo domingo (12/09). As tarifas dos consumidores de baixa tensão, entre eles os residenciais, serão reajustadas em 22,84%, enquanto as tarifas dos consumidores de alta tensão terão aumento de 33,71%. A Celg atende 246 municípios no Estado de Goiás, totalizando 1,8 milhão de consumidores. (Folha de São Paulo - 09.09.2004)

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4 Eletropaulo terá programa que avisará clientes sobre interrupções de energia

O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações está desenvolvendo um software para a Eletropaulo que avisa aos clientes sobre interrupções de energia na rede elétrica de forma ativa. O aviso de interrupção no fornecimento é feito por meio de uma mensagem de telefone pré-gravada que é disparada para os consumidores localizados na região atingida. Os investimentos chegarão a R$ 1,9 milhão, aplicados dentro do programa de pesquisa e desenvolvimento da empresa. A previsão é que o sistema comece a funcionar em torno de agosto do ano que vem. O desenvolvimento deste tipo de sistema é inédito e, segundo o CPqD, é um dos grandes projetos ligados à parte operacional das empresas de energia. O projeto é o primeiro de um conjunto que o centro desenvolverá para a Eletropaulo em uma de suas áreas mais críticas. (Canal Energia - 09.09.2004)

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5 CEEE e Grupo Guascor constroem pequena central hidrelétrica no RS

O Grupo Guascor vai construir uma pequena central hidrelétrica - Furnas do Segredo -, em Jaguari (RS). O empreendimento estava paralisado havia 50 anos. Em parceria com a CEEE, o Guascor irá retomar as obras neste mês, e a usina entrará em operação em março de 2005. A capacidade de geração do Estado aumentará em 9,2 MW. Para concluir e operar a usina, o Guascor e a CEEE constituíram, em 2000, a empresa Jaguari Energética. Foram destinados R$ 29 milhões ao empreendimento. (Zero Hora - 10.09.2004)

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6 Eletronorte apóia implantação de unidades de conservação estaduais na região de influência de Tucuruí

A Eletronorte e a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Estado do Pará assinaram um termo de compromisso para apoio à implantação de unidades de conservação estaduais de uso sustentável na região de influência da hidrelétrica Tucuruí. A concessionária vai aplicar recursos de aproximadamente R$ 9 milhões, ou 0,5% do valor total da obra da expansão da usina no chamado mosaico do lago de Tucuruí, que engloba a área de proteção ambiental e as reservas de desenvolvimento sustentável. (Canal Energia - 09.09.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Subsistema Sudeste/Centro-Oeste registra volume 37,2% acima da curva de aversão ao risco

O nível de armazenamento do subsistema Sudeste/Centro-Oeste está em 72,5%, valor 37,2% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice teve uma redução de 0,31% em um dia. As usinas de Corumbá e Furnas registram volume de 78% e 90,5%, respectivamente. (Canal Energia - 09.09.2004)

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2 Nível de armazenamento do subsistema Sul está e, 64,7%

A região Sul registra 64,7% da capacidade, uma queda de 0,5% em relação ao dia 7 de setembro. O volume da usina de Passo Fundo fica em 51,8%. (Canal Energia - 09.09.2004)

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3 Subsistema Nordeste registra volume 56,6% acima da curva de aversão ao risco

Os reservatórios do subsistema Nordeste registram 80,5% da capacidade, volume 56,6% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O nível teve uma queda de 0,3% em relação ao dia anterior. A hidrelétrica de Sobradinho apresenta índice de 79,9%. (Canal Energia - 09.09.2004)

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4 Nível de armazenamento do subsistema Norte chega a 64,5%

A capacidade de armazenamento no subsistema Norte está em 64,5%, uma redução de 0,5% em relação ao dia 7 de setembro. O volume da usina de Tucuruí chega a 70%. (Canal Energia - 09.09.2004)

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5 Blecaute deixa Brasília sem luz por 15 minutos

Um blecaute atingiu parte do Distrito Federal no início da tarde desta quinta-feira (9) e deixou a Explanada dos Ministérios sem energia por cerca de 15 minutos.A CEB e Furnas ainda estão investigando as causas do apagão que afetou Brasília, além das cidades de Águas Claras, Sobradinho e Planaltina. A queda de energia ocorreu em três linhas de transmissão que interligam as duas principais subestações que abastecem a cidade, por volta das 14h. Segundo a empresa, a energia já foi restabelecida em toda região afetada. (Folha de São Paulo - 10.09.2004)

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Gás e Termoelétricas

1 TCU vai avaliar utilização da CCC

O Tribunal de Contas da União está iniciando uma auditoria operacional para avaliar os objetivos e a utilização da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC). A previsão é que o processo esteja finalizado até o final do ano, e vai envolver o levantamento de dados junto às entidades envolvidas diretamente com o encargo setorial, como a Aneel, que fixa os valores anuais para cada concessionária; e a Eletrobrás, que atua como gestora dos recursos recolhidos. A auditoria será realizada pela Secretaria de Fiscalização de Desestatização do TCU. O foco será identificar questões atreladas à operacionalização da conta, como o ônus das empresas pagadoras, os benefícios alcançados e a política setorial à que está vinculada. Segundo o TCU, a CCC é o encargo setorial mais oneroso vinculado às tarifas de energia elétrica. (Canal Energia - 09.09.2004)

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Grandes Consumidores

1 Gerdau comprará usinas siderúrgicas nos EUA

A Gerdau Ameristeel Corporation, empresa do Grupo Gerdau, anunciou ontem que sua subsidiária nos Estados Unidos, a Gerdau Ameristeel US Inc., assinou contrato definitivo com a Cargill e uma de suas subsidiárias para a aquisição dos ativos fixos e do capital de giro de quatro usinas produtoras de aços longos localizadas em Minnesota, Iowa, Kentucky e Texas. Além disso, a Gerdau comprará três unidades de processamento de fio-máquina e uma unidade produtora de corpos moedores em aço para a indústria de mineração. O valor total da operação de aquisição é de US$ 266 milhões, sujeito a ajustes. A Gerdau Ameristeel disse que tem disponibilidade de caixa e linhas de crédito suficientes para financiar a aquisição. A operação deverá estar concluída até o fim deste ano, após a autorização da comissão antitruste e do atendimento de outras exigências administrativas, segundo um comunicado feito pelo grupo em Porto Alegre. (O Globo - 10.09.2004)

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2 Arcelor quer investir US$ 3 bi no Brasil

O grupo Arcelor - gigante europeu da siderurgia - planeja ampliar sua participação no Brasil nas quatro empresas que já controla: Acesita, Belgo Mineira, Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST) e a laminadora Vega do Sul. E vai criar uma holding . O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, confirmou os planos do conglomerado de apostar na produção siderúrgica no Brasil e investir US$ 3 bilhões nos próximos anos, depois de se reunir com dirigentes da Arcelor ontem em Paris. Ele disse que vai lutar para que a sede da holding seja em Minas Gerais. A Arcelor, segundo Aécio, vai arrendar para a Vale do Rio Doce uma mina que possui em Minas Gerais, o que deve gerar US$ 200 milhões em investimentos para o estado. (O Globo - 10.09.2004)

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3 Ações da Braskem sobem em momento especial para a indústria petroquímica

As perspectivas positivas para o setor petroquímico brasileiro puxam as ações da Braskem na Bovespa. Para especialistas, a melhora do desempenho operacional da empresa se sobrepõe aos riscos inerentes à colocação de mais R$ 900 milhões em ações, recém anunciada. Segundo a própria companhia, na década de 90 a demanda por termoplásticos foi alta, superando o crescimento do Produto Interno Bruto em 3,7 vezes. "O momento é especial para a indústria petroquímica que, além de ser sensível à melhoria econômica, passa por um ciclo de alta mundial de preços", disse o consultor Reginaldo Alexandre, da Proxycon. (O Estado de São Paulo - 10.09.2004)

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Economia Brasileira

1 Governo abre mão de usar as PPPs para projetos que envolvam apenas a construção de obras públicas

O governo federal vai abrir mão de usar as PPPs para projetos que envolvam apenas a construção de obras públicas, mas não vai sujeitar o BNDES e os fundos de pensão de empresas estatais a quaisquer limites de investimento específicos para as PPPs. A eliminação das PPPs só para obras públicas (na maior parte dos países estes projetos envolvem não só a construção, mas também a posterior gestão pelo parceiro privado) é uma das concessões que o governo pretende fazer na semana que vem, para tentar fazer com que o projeto de lei das PPPs passe na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. As informações foram dadas pelo ministro do Planejamento, Guido Mantega. Ele acrescentou que a sua prioridade é o uso das PPPs para obra de infraestrutura econômica (como portos e estradas de ferro), mas não de infra-estrutura social (como hospitais e escolas). (O Estado de São Paulo - 10.09.2004)

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2 Governo faz mais alterações no projeto das PPPs

O plano do governo, segundo o ministro do Planejamento, Guido Mantega, é apresentar várias modificações que, a seu ver, responderiam parcialmente às demandas da Oposição. Além de retirar a possibilidade de PPPs apenas para fazer obras, o governo vai propor limitar a 1% da receita anual o gasto que União, Estados e municípios podem ter com as PPPs. Outras mudanças serão a de explicitar que a Lei das PPPs obedece à Lei de Responsabilidade Fiscal, e que, em termos de licitação, está de acordo com a Lei de Licitações (com exceção do prazo dos contratos, que nesta última é limitado a 5 anos). O governo também pretende acolher uma sugestão do senador Saturnino Braga (PT-RJ), para que as PPPs de infra-estrutura social (hospitais, escolas) sejam submetidas à aprovação prévia do Congresso. (O Estado de São Paulo - 10.09.2004)

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3 BNDES: Resultado 45% superior ao de 2003

Os desembolsos do BNDES entre janeiro e agosto alcançaram R$ 22,4 bilhões, desempenho 45% superior ao mesmo período do ano passado,quando as liberações haviam ficado em R$ 15,5 bilhões. Em agosto deste ano, os desembolsos atingiram R$ 3,3 bilhões, 106% a mais do que em agosto do ano passado, quando haviam chegado a R$ 1,6 bilhão. Em número de operações, os desembolsos chegaram a 98.448, nos primeiros oito meses deste ano, resultado 48% superior ao de igual período de 2003, quando haviam sido de 66.519. Os desembolsos para as micro, pequenas e médias empresas chegaram a R$ 7,7 bilhões, crescimento de 32% em relação ao mesmo período de 2003. Os desembolsos para as exportações alcançaram US$ 2,1 bilhões, valor 57% superior ao do mesmo período de 2003. (O Globo Online - 10.09.2004)

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4 BID anuncia novos financiamentos

O BID vai aprovar até o final deste ano empréstimo de US$ 1 bilhão para o programa Bolsa Família do governo federal. Também neste ano, o BID deverá aprovar financiamento de US$ 1 bilhão ao BNDES para empréstimos a micro e pequenas empresas. Os recursos serão liberados nos próximos três anos, com prazo de pagamento de até 25 anos. A informação foi dada ontem pelo gerente de operações do BID, Ricardo Santiago. (Gazeta Mercantil - 10.09.2004)

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5 Emprego na indústria cresce e tem o melhor resultado desde 1995

O comportamento do mercado de trabalho foi o destaque dos Indicadores Industriais de julho divulgados nesta quinta-feira pela CNI. A criação de postos de trabalho na indústria em 2004 supera a dos primeiros anos do Plano Real, período de expressivo crescimento da atividade econômica. "Os resultados são extraordinários", diz o documento. O número de pessoas empregadas na indústria aumentou 0,98% em julho, na comparação com junho, na série com ajuste sazonal. Essa é a maior variação desde 1995. De acordo com os dados da CNI, o emprego industrial cresceu em todos os meses de 2004. Na comparação com dezembro de 2003, a alta foi de 4,11%, o que resulta numa média mensal de crescimento de 0,58%. (O Globo Online - 10.09.2004)

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6 Indústria prevê vendas 18,9% maiores este ano

O segmento químico de cosméticos e produtos de higiene, beleza e perfumaria deve fechar o ano com vendas líquidas de R$ 13,1 bilhões, 18,9% a mais que em 2003. A estimativa - que considera o preço dos produtos na indústria e líquido de impostos - é do presidente da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), João Carlos Basílio da Silva. O prognóstico de crescimento surpreende o segmento formado por 1.123 indústrias, de pequeno a grande porte. "Acreditávamos em incremento de um dígito, mas o aquecimento da economia colaborou para essa alta inesperada", observou Silva. (Jornal do Commercio - 10.09.2004)

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7 Levy vê mais interesse de investidor no país

O interesse de investidores estrangeiros pelo Brasil é crescente, segundo o secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, que tem participado, nos últimos dias, de encontros com bancos e fundos europeus. Levy vê um cenário positivo para o país, mas afirma que é importante combater eventuais sinais de inflação que podem ameaçar o crescimento. De acordo com o secretário do Tesouro, quando investidores vêem a demanda doméstica crescer, em conseqüência da recuperação econômica, mas acreditam que a fase é temporária, podem subir preços para aproveitar o bom momento. Por outro lado, caso apostem em uma retomada de longo prazo, diz ele, a tendência é que os empresários prefiram manter os preços no mesmo patamar, lucrar com o aumento das vendas e investir de novo para aumentar a produção. De forma geral, Levy disse que o apetite de investidores de fora pelo Brasil tem crescido. (Folha de São Paulo - 10.09.2004)


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8 IPCA de agosto fica em 0,69%

O IPCA do mês de agosto teve variação de 0,69%, ficando 0,22 ponto percentual abaixo da taxa de julho (0,91%), quando atingiu o maior percentual do ano. Em agosto de 2003 a taxa foi de 0,34%. Com o resultado de 0,69% em agosto, o IPCA acumula 5,14% no ano, também abaixo do acumulado em igual período de 2003 (7,22%). Em doze meses, o índice ficou em 7,18%, acima do resultado dos doze meses imediatamente anteriores (6,81%). A variação do álcool combustível (11,49%) foi a maior contribuição individual do IPCA do mês, 0,10 ponto percentual na taxa de 0,69%, devido à valorização da cana-de-açúcar. (IBGE - 10.09.2004)

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9 INPC de agosto foi de 0,50%

O INPC teve variação de 0,50% em agosto, abaixo da taxa de 0,73% do mês de julho em 0,23 ponto percentual. Com o resultado de agosto, o INPC acumula alta de 4,41% no ano, ficando abaixo do acumulado em igual período de 2003 (8,08%). Nos últimos doze meses, a taxa ficou em 6,64%, acima do resultado dos doze meses imediatamente anteriores, 6,30%. Em agosto de 2003 o INPC ficou em 0,18%. Os preços dos Alimentos subiram 0,76%, acima da taxa de 0,53% registrada em julho e os não alimentícios tiveram variação de 0,39%, inferior à de julho (0,82%). Entre as regiões, a maior taxa foi registrada no Rio de Janeiro (1,12%) e a menor em Salvador (0,04%). (IBGE - 10.09.2004)

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10 Dólar ontem e hoje

O mercado de câmbio continua a andar ''de lado'' nesta sexta-feira, mas vem mantendo o dólar à vista ligeiramente abaixo do piso psicológico dos R$ 2,90. Às 11h55m, a moeda recuava 0,06%, cotada a R$ 2,896 na compra e R$ 2,898 na venda. Ontem, o dólar comercial fechou a R$ 2,8990 para compra e R$ 2,90 para venda, com leve baixa de 0,03%. (O Globo On Line e Valor Online - 10.09.2004)

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Internacional

1 Comissão Européia autoriza reforço da participação da EDP na Hidrocantábrico

A Comissão Européia deu autorização ao negócio em que a EDP irá adquirir o controle exclusivo da elétrica espanhola Hidrocantábrico. "A Comissão Européia autorizou o projeto da empresa de eletricidade portuguesa EDP a adquirir o controle exclusivo da empresa espanhola de serviço público, Hidroeléctrica del Cantábrico (Hidrocantábrico)", lê-se no comunicado do executivo comunitário. A Hidrocantábrico é atualmente controlada pela EDP, conjuntamente com a EnBW, uma filial da EdF, e com a CajAstur. Para Bruxelas, a operação "não suscita problemas de concorrência", uma vez que se trata da transformação de um controle "conjunto" num controle "exclusivo" e que a EDP/Hidrocantábrico se encontram em concorrência com outros grandes operadores em Espanha. (Diário Econômico - 09.09.2004)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Pedro Bruni e Rodrigo Madeira

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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