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IFE: nº 1.423 - 08 de setembro de 2004
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Brasil e China vão desenvolver estudos para projetos de geração e transmissão no Brasil
2 Aneel leiloa concessões para novas linhas de transmissão de energia
3 Aneel e agentes discutem nova convenção de mercado que deve reger a CCEE
4 Procurador questiona contingenciamento de recursos da Aneel
5 Cooperativas de eletrificação rural vão receber ressarcimento
6 Curtas

Empresas
1 Aumento do consumo pode representar alívio para as empresas
2 Consumo residencial na área da Eletropaulo aumentou 4% no primeiro semestre
3 CPFL Energia pode valer até R$ 9 bi na bolsa
4 Sistema Cataguazes Leopoldina fatura 31% a mais de janeiro a julho
5 Enron transfere controle da Elektro
6 S&P's não altera rating atribuído à emissão de debêntures da Maesa
7 Copel investe R$ 2 mi em nova subestação

Licitação
1 CEEE
2 Eletronorte
3 Emae

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Consumo de energia bate recorde no país
2 Aumento de consumo não preocupa ONS no curto prazo
3 Consumo de energia industrial cresce mais que PIB

4
CNI: Sobra de energia existente pode garantir o consumo por mais dois ou três anos

Gás e Termelétricas
1 Candiota pode ter projeto chinês
2 China estuda participação no projeto de gasoduto ligando o Sudeste ao Nordeste
3 Ministério do Desenvolvimento Agrário vai financiar lavouras do Programa do Biodeisel
4 Usina de Angra está na lista das obras que poderão não receber verbas em 2005

Economia Brasileira
1 Lula tira Dirceu da negociação das PPPs
2 Mercado eleva previsão para PIB e inflação

3 Balança inicia setembro com superávit de US$ 551 mi
4 Risco país abaixo de 500 pontos
5 Governo vê risco em inflação
6 Inflação no Rio subiu em agosto
7 Alimentos pressionam e IPC Semanal sobe 0,91%
8 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Governo argentino eleva pressão sobre Petrobras
2 Venezuela pede financiamento
3 Congresso Mundial de Energia define políticas energéticas para o planeta
4 Comissão Européia vai aprovar reforço da posição da EDP na Hidrocantábrico
5 Comissão Euroéia e técnicos da EDP, ENI e GDP negociam transferência de gás

 

Regulação e Novo Modelo

1 Brasil e China vão desenvolver estudos para projetos de geração e transmissão no Brasil

Os governos do Brasil e da China vão criar um grupo de trabalho que será responsável pela implementação de ações de cooperação nas áreas de petróleo, gás natural, combustíveis renováveis, eletricidade e mineração. Dentro desse acordo de cooperação, está previsto o desenvolvimento de estudos para implementar projetos de geração e transmissão de eletricidade no Brasil, incluindo repotenciação dos sistemas de geração da Eletrobrás e das subsidiárias em sistemas isolados. Também será avaliada a construção da térmica de carvão em Candiota (RS); das hidrelétricas Santo Antônio e Jirau (rio Madeira) e Belo Monte (rio Xingu); de projetos nos rios São Francisco e Parnaíba; e linhas de transmissão para o período 2004-2007. (Canal Energia - 06.09.2004)

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2 Aneel leiloa concessões para novas linhas de transmissão de energia

A Aneel vai leiloar, em 18 de novembro deste ano, concessões para instalação, operação e manutenção de duas novas linhas de transmissão de energia, que totalizam cerca de mil km e passam pelos estados de Tocantins, Piauí, Bahia e Minas Gerais. Este será o segundo leilão da agência em 2004. As linhas serão divididas em dois lotes. O leilão, que será realizado na Bovespa, também compreende a oferta de três subestações. De acordo com nota distribuída pela Aneel à imprensa, os empreendimentos devem entrar em operação em entre 18 e 24 meses. A construção das linhas exigirá investimentos na ordem de R$ 1,1 bilhão. As linhas, segundo a agência, irão reforçar a capacidade de transmissão do Sistema Interligado Nacional (SIN) e podem gerar cerca de 2.500 empregos diretos nas regiões onde serão instaladas. (Valor - 03.09.2004)

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3 Aneel e agentes discutem nova convenção de mercado que deve reger a CCEE

A Aneel e os agentes do setor elétrico discutem uma nova convenção de mercado que irá reger as atividades da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o órgão que substituirá o MAE no novo modelo do setor. Na sexta-feira (03.09), representantes da Aneel, do MAE e dos agentes do setor elétrico se reuniram para discutir o texto da minuta da nova convenção de mercado - o conjunto de regras que irá reger a CCEE, que será submetida à audiência pública pela Aneel. Mas, antes disso, os agentes deverão reunir-se mais uma vez, nos próximos dias, para aprovar o novo texto. Na reunião de sexta-feira, foram discutidos vários pontos. Não houve grandes pontos de divergência, segundo os agentes. "Pedimos uma nova reunião para daqui a 15 ou 20 dias", diz o superintendente da Delta Comercializadora, Ricardo Lisboa. (Gazeta Digital - 07.09.2004)

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4 Procurador questiona contingenciamento de recursos da Aneel

O procurador-geral do Ministério Público (MP) junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, teme que o contingenciamento de recursos da Aneel cause prejuízos na fiscalização dos serviços prestados pelas empresas de energia elétrica aos consumidores. Furtado entrou com uma representação no tribunal para que se verifique se há redução no trabalho da ouvidoria da Aneel e lentidão no processo de regulamentação do setor. Os recursos da Aneel estão pré-contingenciados pelo governo até 2008. Segundo o diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, informou à Furtado os limites são: 35% das verbas para 2005; 24,7%, em 2006; 27,9%, em 2007; e 28,1%, em 2008. Assim, o Tesouro terá um superávit de R$ 558 milhões de 2001 a 2008. (O Globo - 08.09.2004)

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5 Cooperativas de eletrificação rural vão receber ressarcimento

As cooperativas de eletrificação rural das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, que tiveram suas tarifas de fornecimento reajustadas entre 7 de abril e 8 de outubro de 2003, terão direito ao ressarcimento dos valores pagos a mais às concessionárias de distribuição em parcelas mensais por um período de 12 meses. A compensação é resultante da exclusão dessas entidades do processo de realinhamento tarifário. O prazo de devolução será contado a partir da data de reajuste ou de revisão tarifária dessas empresas, a partir da publicação da Resolução nº 80. Os valores sujeitos a ressarcimento serão calculados e compensados por distribuidoras dos estados de MS (Enersul), MT (Cemat), SP (CPFL, Eletropaulo e Elektro), RS (RGE e AES Sul), RN (Cosern), RJ (Cenf), PR (Copel), TO (Celtins), SC (Celesc), MA (Cemar), PB (Saelpa), AL (Ceal) e SE (Energipe). (Canal Energia - 08.09.2004)

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6 Curtas

A terceira etapa do Programa Luz para Todos no MS será assinada na próxima quinta-feira, dia 9 de setembro, pelo governador Zeca do PT. As obras de eletrificação rural vão beneficiar 17 assentamentos, com investimentos de R$ 3.417.566,12 nesta etapa. (Campo Grande News - 05.09.2004)

A Comissão de Minas e Energia vai instalar subcomissão especial para analisar possíveis riscos no funcionamento do Sistema Interligado Nacional de Energia Elétrica. A subcomissão, solicitada pelo deputado Marcello Siqueira (PMDB-MG), deverá tratar especificamente da usina de Furnas, devido à substituição de funcionários terceirizados por novos contratados sem experiência. (Elétrica - 06.09.2004)

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Empresas

1 Aumento do consumo pode representar alívio para as empresas

O governo está otimista com o crescimento do consumo de energia. Para o MME, pode ser a solução para os problemas financeiros das distribuidoras desde o racionamento. "É bom para as distribuidoras porque pode ajudar a resolver os problemas financeiros causados pelo racionamento", diz o secretário-executivo do MME, Maurício Tolmasquim. Com a redução do consumo, as empresas tiveram perdas e foram ajudadas pelo BNDES. O governo não vê problemas de abastecimento. "O crescimento deve ser comemorado", diz Tolmasquim. Segundo ele, os cálculos do governo para os próximos anos estão sendo feitos com a possibilidade de crescimento no consumo de energia de 1,5 ponto percentual para cada ponto de crescimento do PIB. (Folha de São Paulo - 06.09.2004)

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2 Consumo residencial na área da Eletropaulo aumentou 4% no primeiro semestre

Na Eletropaulo, segunda maior distribuidora do país, o consumo residencial aumentou 4% no primeiro semestre de 2004 em relação ao mesmo período do ano passado. Além disso, o consumo médio do consumidor residencial aumentou 13%, ao passar de 182 kWh/mês para 205 kWh/mês. "Esses números confirmam o aumento de renda dos clientes. Esse é um bom sinal", diz Ricardo Lima, vice-presidente comercial da empresa. "Agora é preciso verificar se esse crescimento é sustentável ou um "vôo de galinha".(Folha de São Paulo - 08.09.2004)

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3 CPFL Energia pode valer até R$ 9 bi na bolsa

A CPFL Energia, que se prepara para lançar ações na bolsa no fim do mês, poderá ter um valor de mercado entre R$ 7,7 bilhões e R$ 9 bilhões. As cifras resultam de uma avaliação feita pelos bancos que coordenam a operação - Merrill Lynch e Pactual - e serviram de base para indicar o intervalo de preço em que o papel poderá ser vendido aos investidores: entre R$ 17 e R$ 20 por ação ordinária. Embora a faixa seja apenas indicativa, em geral o preço de lançamento costuma ficar dentro dela. Com esse valor de mercado, a CPFL ficará entre as 25 maiores companhias listadas na Bolsa de Valores de São Paulo. Outras empresas de porte semelhante são Unibanco, Pão de Açúcar, Banespa, Souza Cruz e Votorantim Celulose e Papel, segundo a Economática. Entre as empresas do setor elétrico, ela será a segunda maior da bolsa, atrás apenas da Eletrobrás. (Valor - 08.09.2004)

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4 Sistema Cataguazes Leopoldina fatura 31% a mais de janeiro a julho

O Sistema Cataguazes-Leopoldina registrou receita bruta consolidada de R$ 911 milhões entre janeiro e julho deste ano, montante 31% superior ao do mesmo intervalo em 2003. A venda total de energia do Sistema alcançou 3.801 GWh nos sete primeiros meses de 2004, com alta de 4,6% ante o mesmo período no ano passado. Esse crescimento, entretanto, foi proporcionado pela venda no MAE, uma vez que as vendas de energia somente no mercado próprio do sistema caíram 2,7%, totalizando 3.321 GWh entre janeiro e julho de 2004. Em seu boletim de relações com investidores, o Sistema Cataguazes-Leopoldina informa que a queda nas vendas no mercado próprio ocorreu por conta da perda de quatro consumidores livres em áreas de concessão do Sistema. (Valor - 03.09.2004)

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5 Enron transfere controle da Elektro

A Enron transferiu o controle da Elektro para outra empresa controlada, a Prisma Energy, no dia 31. O anúncio foi comunicado à Comissão de Valores Mobiliários na sexta-feira, dia 3 de setembro. A operação é parte do plano de reestruturação da Enron, que está em concordata. O plano prevê que a Prisma concentre-se em distribuição de energia elétrica, gás natural, gasodutos e geração de energia do grupo americano, localizados fora dos EUA. (Valor - 06.09.2004)

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6 S&P's não altera rating atribuído à emissão de debêntures da Maesa

A agência de classificação de risco Standard & Poor's Ratings Services anunciou que o rating "brAA-" atribuído à emissão de debêntures da Machadinho Energética S.A. (Maesa), no valor de R$ 320 milhões, não será alterado. A posição leva em conta a decisão da Aneel de determinar a transferência da propriedade de parte dos ativos vinculados à usina Machadinho aos acionistas da Maesa. O rating da emissão de debêntures baseia-se na garantia dos patrocinadores da Maesa - Hejoassu; Alcoa Alumínio; Valesul Alumínio e Camargo Corrêa - que, segundo a S&P, não será afetada pela decisão da Aneel. A Standard & Poor's afirma que, caso a Aneel não aceite o pedido de reconsideração impetrado pela Maesa, contra a decisão tomada pela Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira, a estrutura do projeto Machadinho será alterada. Isto provocará a renegociação, diz o comunicado, tanto do financiamento com o BNDES quanto das debêntures. (Canal Energia - 06.09.2004)

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7 Copel investe R$ 2 mi em nova subestação

A Copel está investindo cerca de R$ 2 milhões para reforçar o sistema que atende a região de Teixeira Soares e as localidades de Fernandes Pinheiro, Angaí, Rio d'Areia de Cima e Guaraúna. Um dos projetos é a construção de uma nova subestação com 7 MVA, dotada de controles automatizados. Com o projeto, os equipamentos podem ser monitorados, supervisionados e controlados em tempo real pela Copel em seu Centro de Operação da Distribuição, localizado em Ponta Grossa. (Canal Energia - 06.09.2004)

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Licitação

1 CEEE

A CEEE prorroga o processo para serviços de engenharia na área de planejamento da expansão do sistema de transmissão. No novo prazo para realização das propostas vai até o dia 21 de setembro. (Canal Energia - 06.09.2004)

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2 Eletronorte

A Eletronorte licita recuperação de um transformador trifásico e fornecimento de acessórios para aplicação na subestação Santa Rita, no estado do Amapá. O preço do edital é de R$ 50 e o prazo encerra no dia 24 de setembro. (Canal Energia - 06.09.2004)

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3 Emae

A Emae abre licitação para pintura geral dos bancos de transformadores da usina termoelétrica Piratininga, incluindo o fornecimento do material necessário. O prazo vai até o próximo dia 10. (Canal Energia - 06.09.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Consumo de energia bate recorde no país

O sistema elétrico brasileiro registrou três recordes de consumo de energia em agosto, o que indica a aceleração na demanda nas últimas semanas. Segundo dados do ONS, o Sistema Integrado Nacional (SIN) registrou o consumo de 57.799 MW no dia 24 de agosto, recorde absoluto na história do país. No dia 18, o consumo atingiu 57.647 MW e no dia 5 a demanda total atingiu 57.553 MW. É a primeira vez nos últimos anos que o setor registra três recordes seguidos num mesmo mês. Esses dados se referem à chamada "demanda instantânea", que afere o pico do consumo naquele dia. Ao todo, em agosto, o consumo de energia elétrica somou 32.385 GWh, o que representa aumento de 9,37% em relação a agosto de 2003. Os dados do mês passado mostram que a demanda cresceu principalmente na região Sudeste e no Norte do país. (Elétrica - 06.09.2004)

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2 Aumento de consumo não preocupa ONS no curto prazo

O aumento de consumo no sistema elétrico brasileiro não traz preocupações aos técnicos do ONS no curto prazo, já que o sistema elétrico nacional continua com ampla disponibilidade de oferta de energia, mas traz alerta quanto à necessidade de novos investimentos. Na quarta-feira, por exemplo, o SIN tinha uma oferta sincronizada de energia disponível de 66.542 MW, o que indica um adicional de 8.713 MW em relação à energia efetivamente gerada. O patamar recomendado pelo órgão oscila em torno de 3.021 MW, o que indica um "excesso" da ordem de 5.700 MW. Mantido o atual ritmo de expansão do consumo, porém, esse adicional poderá ser "engolido" nos próximos dois anos, nas contas de técnicos do setor. (Elétrica - 06.09.2004)

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3 Consumo de energia industrial cresce mais que PIB

O consumo de energia pelas indústrias instaladas na região Sudeste já cresce em um ritmo mais acelerado do que o da própria economia. Levantamento feito pela Folha com as principais distribuidoras da região indica crescimento médio de 4,58% no gasto de energia da indústria nos primeiros seis meses de 2004 em relação ao mesmo período de 2003. O consumo total, considerando todos os tipos de consumidores, aumentou menos: 3,62%. O crescimento é superior ao do PIB, que aumentou 4,2% no primeiro semestre. O crescimento da economia, de acordo com o IBGE, não está mais sendo liderado apenas pelas exportações, mas também pelo mercado interno. De acordo com estimativa da CNI, em caso de crescimento contínuo da economia, a sobra de energia existente pode garantir o consumo por mais dois ou três anos. (Folha de São Paulo - 08.09.2004)

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4 CNI: Sobra de energia existente pode garantir o consumo por mais dois ou três anos

De acordo com estimativa da CNI, em caso de crescimento contínuo da economia, a sobra de energia existente pode garantir o consumo por mais dois ou três anos. "Há uma reserva para dois ou três anos, se o crescimento se mantiver a uma taxa de 3,5% ou 4%", afirma José de Freitas Mascarenhas, presidente do Conselho de Infra-Estrutura da entidade. Na avaliação de Mascarenhas, o preço da energia é um problema grave. O preço da tarifa para a indústria tem aumentado por causa de encargos cobrados pelo governo e porque a política tarifária atual é de retirada de subsídios que eram pagos pelo consumidor residencial para que o setor industrial pagasse menos. O aumento dos encargos é sentido por parcela importante dos consumidores industriais, que deixaram de comprar energia das distribuidoras e passaram a ser "consumidores livres", comprando direto de geradoras, muitas vezes de usinas do mesmo grupo econômico. (Folha de São Paulo - 08.09.2004)

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Gás e Termoelétricas

1 Candiota pode ter projeto chinês

Entre os acordos assinados ontem pela ministra de Minas Dilma Rousseff na China, está a avaliação da construção da térmica de carvão na região de Candiota. A possibilidade consta de memorando de entendimento assinado entre a Eletrobrás e o grupo China Internacional Trust & Investment Corporation (Citic). As duas empresas vão desenvolver estudos conjuntos, conceitos e métodos para implementar projetos de geração e transmissão de energia elétrica no Brasil. A Citic é um conglomerado de empresas da área de energia, exceto petróleo e gás, que opera bancos comerciais, companhias de seguros, empresas de investimentos e gerenciamentos de fundos. (Zero Hora - 08.09.2004)

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2 China estuda participação no projeto de gasoduto ligando o Sudeste ao Nordeste

Foi assinado pela ministra de Minas Dilma Rousseff na China um acordo entre a Petrobras e a China Petroleum & Chemical Corporation (Sinopec). A empresa chinesa estudará a participação no projeto Gasene, um gasoduto ligando o Sudeste ao Nordeste. O acordo de cooperação envolve dois trechos. Um interligando Cabiúnas (RJ) até Vitória (ES), e outro interligando Cacimbas (ES) a Catu (BA), que totalizam 1.050 quilômetros de extensão e têm investimento estimado em U$ 900 milhões. O Gasene inclui ainda o trecho Vitória-Cacimbas, com 125 quilômetros de extensão e investimento de US$ 85 milhões. A Sinopec é a companhia estatal de petróleo e petroquímica. Essa empresa é responsável por 57,8% do suprimento de combustíveis à China. (Zero Hora - 08.09.2004)

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3 Ministério do Desenvolvimento Agrário vai financiar lavouras do Programa do Biodeisel

O Ministério do Desenvolvimento Agrário vai liberar mais de R$ 100 milhões para o financiamento de lavouras do Programa do Biodiesel. Segundo o ministro Miguel Rossetto, a meta é cobrir 150 mil hectares com culturas voltadas para o biodiesel, beneficiando cerca de 30 mil famílias até o fim do ano. O objetivo é concentrar o investimento na assistência técnica, tecnologia de produção e os cuidados com toda a cadeia produtiva da mamona, uma das principais oleoginosas capaz de produzir o combustível. Rossetto disse que "o biodiesel é um projeto estratégico para o país, um combustível renovável, limpo e não só diminui a dependência nacional de petróleo como também é um combustível barato". (Canal Energia - 06.09.2004)

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4 Usina de Angra está na lista das obras que poderão não receber verbas em 2005

Um total de 86 obras financiadas com recursos federais não poderá receber verbas do Orçamento da União de 2005. Elas constam da lista negra do Tribunal de Contas da União (TCU) por irregularidades graves que vão do superfaturamento ao desvio de recursos públicos. Pela primeira vez, as obras de manutenção do sistema de geração de energia termonuclear de Angra I e II, no Rio de Janeiro, entraram na lista. (O Globo - 07.09.2004)

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Economia Brasileira

1 Lula tira Dirceu da negociação das PPPs

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu tirar o ministro da Casa Civil, José Dirceu, das negociações envolvendo o projeto de lei que cria as Parcerias Público-Privadas (PPPs). A decisão representa um revés para Dirceu, que criou atritos semana passada com três ministros ao tentar assumir as negociações. Lula decidiu que a articulação continuará sendo feita pelo ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo. Na semana passada, interessado em assumir a negociação das PPPs, Dirceu marcou reunião com os líderes dos partidos da base aliada ao governo no Senado, sem avisar a Aldo nem aos ministros da Fazenda, Antonio Palocci, e do Planejamento, Guido Mantega. Os três ministros ficaram sabendo do encontro por meio dos próprios líderes e reprovaram a atitude de Dirceu. (Valor - 08.09.2004)

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2 Mercado eleva previsão para PIB e inflação

Empresas de consultoria e instituições financeiras consultadas semanalmente na pesquisa Focus pelo BC estão convictas de que a economia brasileira apresentará neste ano um resultado bastante superior ao verificado em 2003. Até semana passada, a expectativa era de crescimento de 4% do PIB em 2004, seguido de expansão de 3,5% em 2005. Agora, a aposta média já é de crescimento de 4,23% neste ano, mantida a previsão de 3,5% no próximo ano. O quadro inflacionário continua endossando a postura de cautela já manifestada pelo Copom. Todos os indicadores de preços sofreram pequenas correções para cima nas estimativas. A variação esperada para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao longo dos próximos 12 meses subiu de 6,27% para 6,28%. Para 2004 espera-se alta de 7,29%, puxada em boa parte por uma elevação de 8,45% nos preços de serviços que são administrados por contratos ou monitorados, como as tarifas públicas. (Jornal do Commercio - 08.09.2004)

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3 Balança inicia setembro com superávit de US$ 551 mi

A balança comercial registrou superávit de US$ 551 milhões na primeira semana de setembro, resultado de exportações de US$ 1,376 bilhão e importações de US$ 825 milhões. No ano, as exportações acumulam US$ 62,73 bilhões e as importações, US$ 40,228 bilhões, com saldo positivo de US$ 22,502 bilhões. O Governo espera manter esses resultados até o final do ano e elevar o superávit da balança de US$ 24,8 bilhões em 2003 para US$ 30 bilhões em 2004. Para as exportações, a meta é chegar ao recorde de US$ 90 bilhões em 2004. A média diária das exportações na primeira semana deste mês foi 38,6% superior à média de setembro do ano passado, alta maior do que a da média diária das importações, que subiu 31,1%. (Jornal do Commercio - 08.09.2004)

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4 Risco país abaixo de 500 pontos

O risco Brasil caiu ontem abaixo de 500 pontos pela primeira vez desde janeiro e fechou em 492 pontos. A queda, de 3,53% em relação ao nível de segunda-feira, foi estimulada por declarações feitas em Londres pelo secretário do Tesouro, Joaquim Levy. Após uma apresentação a investidores promovida pelos bancos Dresdner Kleinwort Wasserstein e UBS, Levy disse que o Brasil pretende captar, até o Natal, US$ 1 bilhão para completar o plano de financiamento externo deste ano. Analistas do mercado esperam para as próximas semanas a emissão de bônus do Tesouro e novas captações de empresas brasileiras. (Valor Online - 08.09.2004)

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5 Governo vê risco em inflação

Em reuniões com investidores europeus, representantes do governo brasileiro demonstraram preocupação com a alta de preços no país. Ontem, numa apresentação em Londres, tanto Alexandre Schwartsman, diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, como Joaquim Levy, secretário do Tesouro Nacional, afirmaram que a inflação é um risco que precisa ser combatido. Reforçando o conteúdo da última ata do Copom (Comitê de Política Monetária), Schwartsman afirmou que o BC precisa "desinflacionar" a economia ainda mais. "Isso não se refere apenas à inflação corrente, mas também às expectativas futuras de inflação." O discurso duro dos dois representantes do governo em relação à necessidade de combater a inflação ocorre uma semana antes da próxima reunião do Copom. A expectativa do mercado é que a taxa Selic, atualmente em 16%, deverá ser mantida pelo quinto mês consecutivo. (Folha de São Paulo - 08.09.2004)

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6 Inflação no Rio subiu em agosto

A inflação na cidade do Rio de Janeiro, medida pelo IPC-FGV, subiu em agosto para 1,23%. Em julho, o IPC ficara em 0,57%. No ano, o IPC acumula alta de 5,18%. Nos últimos 12 meses, a variação é de 7,73%. As pressões acima da variação média foram exercidas pelos grupos: Alimentação (3,05%) e Transportes (1,66%). Já os itens Educação, Leitura e Recreação (0,91%), Vestuário (0,55%), Habitação (0,41%), Despesas Diversas (0,24%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,08%) tiveram altas abaixo da variação média. (O Globo Online - 08.09.2004)

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7 Alimentos pressionam e IPC Semanal sobe 0,91%

O IPC-S - FGV com base nos preços coletados entre os dias 27 de julho a 25 de agosto de 2004, comparados com os do período entre 26 de junho a 26 de julho de 2004 - subiu 0,91%, uma alta de 0,06 ponto percentual em relação à última edição. O aumento do grupo alimentação passou de 1,39% na semana anterior para 1,73%, respondendo por mais de 53% da variação registrada pelo índice geral. Os grupos habitação e transportes também contribuíram para a formação da taxa deste IPC-S e juntos representaram 37,57% da taxa de variação do IPC-S. Habitação, que na apuração anterior subiu 0,81%, desacelerou e registrou alta de 0,55%. Em contrapartida a elevação do grupo transportes acelerou, de 0,98% para 1,46%. (Gazeta Mercantil - 08.09.2004)


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8 Dólar ontem e hoje

O dólar anda ''de lado'' nesta quarta-feira, com as cotações travadas no patamar dos R$ 2,90. O clima é otimista no mercado de câmbio, onde a previsão é de continuidade da tendência de baixa da moeda. Às 12h10m, a moeda recuava 0,27%, sendo negociada por R$ 2,900 na compra e R$ 2,902 na venda. Na mínima do dia, a cotação chegou a tocar os R$ 2,899, mas não se sustentou. Na segunda, o dólar comercial terminou com queda de 0,61%, sendo negociado a R$ 2,9080 na compra e a R$ 2,91 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 08.09.2004)

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Internacional

1 Governo argentino eleva pressão sobre Petrobras

O governo argentino aumentou as pressões para que a Petrobras realize investimentos no país. Segundo a imprensa argentina, o governo tem ameaçado cassar a concessão dos gasodutos que a Petrobras administra caso a empresa não faça investimentos para aumentar a capacidade de transporte de gás. A Petrobras controla 50% da TGS (Transportadora de Gás do Sul) e produz 12% do petróleo e 8% do gás argentinos. O presidente Néstor Kirchner quer que a estatal brasileira amplie o gasoduto San Martín, que une a Terra do Fogo, na Patagônia, a Buenos Aires. A obra, de US$ 270 milhões, foi anunciada em julho. As pressões aumentam porque o governo teme que a crise de energia, controlada neste ano, piore no ano que vem, por causa das condições climáticas. (Folha de São Paulo - 08.09.2004)

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2 Venezuela pede financiamento

A Venezuela quer que o BNDES financie a maior parte da construção de uma hidrelétrica no rio Caroni. O projeto Tocoma, como é chamado, está avaliado em US$ 2,7 bilhões. O coronel Rafael Sanchez, presidente da estatal Corporacion Vezenolana de Guayana (CVG) disse que o projeto foi apresentado no mês passado ao presidente do BNDES, Carlos Lessa. "Em princípio, precisaríamos de US$ 1,4 bilhão", disse Sanchez. A possibilidade de o BNDES realizar o financiamento deve ser discutida em 15 de setembro, quando o presidente venezuelano Hugo Chávez se encontra com o colega brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, em Manaus. (Gazeta Mercantil - 08.09.2004)

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3 Congresso Mundial de Energia define políticas energéticas para o planeta

Foi iniciado no último domingo, dia 5 de setembro, em Sydney, na Austrália, o 19° Congresso Mundial de Energia, que ocorre uma vez a cada três anos. O congresso define políticas energéticas para o planeta, para o período subsequente. São dois mil delegados, entre eles a OPEP, a AIE (Agência Internacional de Energia), presidentes de empresas de energia, ministros e especialistas de renome mundial. Mais de cem países participam. (Canal Energia - 06.09.2004)

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4 Comissão Européia vai aprovar reforço da posição da EDP na Hidrocantábrico

A Comissão Européia vai dar luz verde ao reforço da posição da EDP na elétrica espanhola Hidrocantábrico, afirmou uma fonte comunitária. "A Comissão Européia não vai levantar objeções ao aumento da participação da EDP na Hidrocantábrico", cuja decisão será tomada na próxima quinta-feira, afirmou a fonte. A EDP anunciou em final de Julho ter chegado a acordo com a germânica Energie Baden-Wurtemberg (EnBW) e as espanholas Cajastur e Caser para comprar as suas posições na Hidrocantábrico e aumentar assim a sua participação de 39,5 para 95,7%.A operação, para ser concluída, precisava de receber a aprovação da direção-geral da Concorrência da Comissão Européia, faltando agora a luz verde da entidade reguladora espanhola, Comisión Nacional de Energía. (Diário Econômico - 07.09.2004)

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5 Comissão Euroéia e técnicos da EDP, ENI e GDP negociam transferência de gás

A Comissão Européia e técnicos da EDP, ENI e GDP estão negociando detalhes sobre a transferência do negócio do gás da Galp Energia para a EDP e ENI, afirmou, em Bruxelas, o ministro Álvaro Barreto. Uma equipe dos serviços de Concorrência da Comissão Européia deverá ir em breve a Portugal para negociar detalhes do negócio com técnicos da empresas envolvidas (EDP, ENI e Gás de Portugal), afirmou o ministro das Actividades Económicas e Trabalho. Álvaro Barreto manifestou confiança em que haja um acordo com Bruxelas até ao final do ano. Ele afirmou que a Comissão Européia quer ter a "certeza absoluta" de que com a passagem do negócio do gás para a EDP vai haver concorrência no sector do gás. O Governo aprovou em abril de 2003 um plano de reestruturação empresarial do sector energético que visa a transferência do negócio do gás da Galp Energia para a EDP e ENI, ficando a Galp apenas com o negócio do petróleo. Não se espera que a fusão seja aprovada por Bruxelas nos moldes em que foi notificada, e estas reuniões servirão para que as empresas e os serviços da Concorrência comunitários eliminem os pontos mais problemáticos. (Diário Econômico - 07.09.2004)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Pedro Bruni e Rodrigo Madeira

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