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IFE: nº 1.419 - 31 de agosto de 2004
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Aneel: 29 empresas foram pré-qualificadas para leilão de linhas de transmissão
2 Abdib: Licenciamento ambiental atrasa novos investimentos
3 Fiscalização de serviços das distribuidoras passará por audiência pública
4 Hidrogênio vira fonte de energia elétrica
5 Curtas

Empresas
1 Elétricas começam a recuperar perdas do racionamento de 2001
2 Distribuidoras investem mais em combate ao desperdício
3 Eletrobrás responde a matéria do Valor
4 S&P's eleva ratings da Eletropaulo
5 Fitch afirma rating para Fundo de Investimento em Direitos Creditórios da CPFL Piratininga
6 Elektro registra redução de 4,4% de seu mercado consumidor até o mês de junho
7 Hidrelétricas da Duke Energy terão acompanhamento de dados de geração em tempo real
8 Assembléia Legislativa aprova mensagem que autoriza a Copel a assumir o controle da Elejor

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Estudo prevê 10% a mais de energia sem novas usinas
2 Subsistema Sudeste/Centro-Oeste registra volume 37,9% acima da curva de aversão ao risco
3 Nível de armazenamento do subsistema Sul chega a 69%

4
Subsistema Nordeste registra volume 58,5% acima da curva de aversão ao risco
5
Nível de armazenamento do subsistema Norte chega a 69,8%

Gás e Termelétricas
1 Petrobras venderá 1,1 milhão de barris lá fora
2 Vendas externas da Petrobras vão gerar divisas de US$ 8 bi
3 Petrobras não conseguiu captar no exterior em 2004
4 Diretor da Petrobras é contra aumentar preços
5 Termelétrica Norte Fluminense recebe financiamento
6 Ceará usará biodiesel de mamona para iluminar comunidades rurais
7 El Paso e ITA criam centro de referência de turbinas a gás
8 Gasmig dá início a processo de expansão de rede de gás natural em Belo Horizonte

Grandes Consumidores
1 BIC estuda expansão da Usiminas e Cenibra

Economia Brasileira
1 Berzoini: PPPs são fundamentais para o uso seguro dos recursos
2 Mantega e Piva reforçam necessidade de aprovação da PPP

3 PIB cresce 4,2% no semestre
4 Desemprego abaixo de 10%
5 Juros sobem após anúncio de víeis do BC
6 Indústria do RJ: bom resultado no semestre e fraco desempenho em julho
7 Mantega entrega projeto de lei do Orçamento 2005 a Sarney
8 Mercado prevê IPCA maior em 2005
9 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Autoridade da Concorrência de Portugal aprova compra da RES pela Enersis
2 Transco vende redes de distribuição de gás

Regulação e Novo Modelo

1 Aneel: 29 empresas foram pré-qualificadas para leilão de linhas de transmissão

A Aneel anunciou nesta segunda-feira a lista das 29 empresas pré-qualificadas para participar do leilão de concessão de 2.862 quilômetros de linhas de transmissão da rede básica em 11 estados (Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba e Ceará). O leilão será realizado pela Aneel em 30 de setembro na Bovespa e será dividido em 11 lotes, por meio dos quais serão ofertadas 12 linhas e seis subestações. As linhas devem entrar em operação, no máximo, em 26 meses, e exigirão investimentos estimados em R$ 2,1 bilhões durante sua implantação. Trinta e quatro empresas, individualmente ou agrupadas em consórcios, apresentaram documentação no último dia 6 de agosto. O leilão despertou interesse de investidores brasileiros (24 empresas) e espanhóis (cinco empresas). Nos leilões de transmissão, vence quem oferecer a menor tarifa, ou seja, quem oferecer o menor "pedágio" pela passagem de energia pelos fios, que funcionam como "rodovias elétricas". (O Globo - 30.08.2004)

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2 Abdib: Licenciamento ambiental atrasa novos investimentos

Um estudo sobre a situação dos empreendimentos hidrelétricos no Brasil, concluído pela Associação Brasileira de Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), mostra que das 36 hidrelétricas licitadas a companhias privadas desde 2000, 21 têm algum tipo de problema ligado ao licenciamento ambiental. O informe de mercado elaborado pela Eletrobrás sobre a energia faturada pelas distribuidoras mostra um aumento de 5,2% no consumo de energia no País em 2004, na comparação com o ano passado. (Gazeta Mercantil - 31.08.2004)

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3 Fiscalização de serviços das distribuidoras passará por audiência pública

A fiscalização dos serviços prestados pelas distribuidoras passará por audiência pública, que será realizada pela Aneel a partir do segundo semestre deste ano. As reuniões deverão anteceder a fiscalização anual de cada concessionária. O objetivo é ouvir consumidores, empresas, associações de classe e instituições representativas do poder público sobre a qualidade dos serviços. As contribuições deverão abordar temas como acesso do consumidor à concessionária, atendimento a reclamações do público, ressarcimento por danos elétricos, freqüência e duração das interrupções no fornecimento e cumprimento de determinações da Aneel para a correção de problemas. (Canal Energia - 31.08.2004)

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4 Hidrogênio vira fonte de energia elétrica

O hidrogênio já pode ser usado para gerar energia elétrica. É isso o que mostra a primeira célula combustível do país, que entrou em funcionamento, ontem, no campus da USP. Quando estiver à plena capacidade, o protótipo - um gerador que converte energia química em eletricidade por meio da oxidação de combustível - vai produzir continuamente 50 kW de energia. A capacidade inicial é para gerar 30 kW. Iniciado há três anos, o projeto consumiu investimento de R$ 1,75 milhão e foi financiado pela distribuidora de energia AES Eletropaulo. A criação e desenvolvimento do protótipo ficou a cargo da Eletrocell. O equipamento tem índice de nacionalização de 80%, mas toda a tecnologia foi criada no país. Embora ainda não tenha aplicação em escala comercial, a tecnologia de célula a combustível é um dos alvos da política tecnológica do governo federal. "Com certeza, é a tecnologia do futuro", disse o ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos. (Valor - 30.08.2004)

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5 Curtas

Pesquisadores do Instituto de Energia da PUC-RJ, por solicitação da Eletrobrás, estão realizando em todo o país visitas a propriedades beneficiadas com o programa Luz no Campo. O objetivo é apurar o que mudou na vida destas pessoas desde que receberam energia elétrica em suas casas. (Valor - 31.08.2004)

A Confederação Nacional da Indústria vai promover na quarta-feira, dia 1° de setembro, em Brasília, o seminário sobre a Lei Geral das Agências Reguladoras. O objetivo é promover a discussão sobre a lei geral das agências e analisar as experiências internacionais. (Canal Energia - 30.08.2004)

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Empresas

1 Elétricas começam a recuperar perdas do racionamento de 2001

As empresas de energia começam a se recuperar da crise que o setor viveu nos últimos três anos, iniciada com o racionamento, e que levou as elétricas ao sufoco financeiro e à inadimplência. A retomada do consumo, a estabilização do câmbio e os reajustes de tarifas neste ano em patamares acima da inflação levaram as 29 empresas do setor, com capital aberto, a um lucro líquido de R$ 1,25 bilhão no semestre, contra um prejuízo de mais de R$ 3,9 bilhões em 2002, no auge da crise, seguida de uma leve recuperação no primeiro semestre do ano passado. Em 2003, as 29 companhias lucraram R$ 103,9 milhões. Esses valores estão atualizados pelo IGP-M. As vendas físicas de energia também estão retomando o crescimento em 2004, depois de três anos seguidos de recuo. (Valor - 31.08.2004)

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2 Distribuidoras investem mais em combate ao desperdício

Os investimentos das distribuidoras de energia elétrica em programas de conservação de energia, no ciclo 2003/2004, devem chegar a R$ 257 milhões, segundo previsão da Aneel. Isto representa um crescimento de 12% sobre os recursos aplicados pelas concessionárias no período 2002/2003, que devem ter ficado próximos de R$ 230 milhões. Segundo a Aneel, as contas ainda não estão fechadas porque as distribuidoras têm até o final de outubro para entregar o relatório comprovando a aplicação dos valores. Por lei, as empresas têm de investir 0,5% da receita líquida em programas de eficiência energética. Ontem, o órgão regulador aprovou os programas de combate ao desperdício de energia de 11 concessionárias de 8 estados brasileiros. (Gazeta Mercantil - 31.08.2004)

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3 Eletrobrás responde a matéria do Valor

"Com relação à matéria 'Ações sobem mais de 1,7%, após anúncio de resultados', publicada no Valor de 17 de agosto, à página D3 , a Eletrobrás esclarece que 'Chesf e Eletronorte não são companhias federalizadas e sim controladas da Eletrobrás. As empresas federalizadas são distribuidoras adquiridas pela Eletrobrás, contabilizadas como investimentos temporários. Já as controladas são ativos permanentes da holding.', 'Ceal, Ceam, Cepisa, Ceron e Eletroacre não são geradoras, mas distribuidoras de energia.', 'Não faz parte da regra contábil vigente no país o reconhecimento nas demonstrações econômico-financeiras dos gastos futuros com investimentos em empresas controladas.' Embora essa projeção não seja citada nas demonstrações contábeis da Eletrobrás, a holding divulga os investimentos programados com suas controladas e federalizadas na apresentação para os analistas na Associação Brasileira dos Analistas do Mercado de Capitais (Abamec)". Rodrigo Carro, Departamento de Comunicação Social - Eletrobrás, Rio de Janeiro, RJ. (Valor - 31.08.2004)

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4 S&P's eleva ratings da Eletropaulo

A agência de classificação de risco Standard & Poor's Ratings elevou os ratings de crédito corporativo em moeda local e em moeda estrangeira da Eletropaulo, em escala global, de "CCC-" para "B". A S&P elevou ainda os ratings de crédito corporativo e da sétima emissão de debêntures da empresa, na escala Brasil, de "brCCC-" para "brBB+". Os ratings foram removidos da listagem CreditWatch com implicações positivas. A perspectiva de todos os ratings da empresa é estável. A elevação, segundo a S&P, é resultado da reavaliação do perfil financeiro da empresa após a conclusão do processo de reestruturação de dívida, iniciado em 2002. De acordo com a S&P, a empresa reduziu a exposição à moeda estrangeira para 22% da dívida total, contra os 40% registrados em 2003. (Canal Energia - 30.08.2004)

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5 Fitch afirma rating para Fundo de Investimento em Direitos Creditórios da CPFL Piratininga

A Fitch Atlantic Ratings afirmou o Rating Nacional de Longo Prazo 'AA-(bra)' atribuído às cotas seniores emitidas pelo Fundo de Investimento em Direitos Creditórios CPFL Piratininga, em montante nominal de R$ 200 milhões. Adicionalmente, a CPFL Piratininga subscreveu e integralizou, em moeda corrente nacional, cotas subordinadas em montante nominal de R$ 10,5 milhões, que não foram avaliadas pela Fitch Atlantic. O FIDC tem prazo total de 36 meses, com amortizações mensais de principal e juros até seu vencimento final em fevereiro de 2007. (Canal Energia - 30.08.2004)

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6 Elektro registra redução de 4,4% de seu mercado consumidor até o mês de junho

O mercado consumidor da Elektro caiu 4,4% até junho deste ano, totalizando 4.955,5 GWh. O principal motivo para a queda de mercado, diz Rinaldo Pecchio, diretor Financeiro e de Relações com Investidores da concessionária, foi a saída de clientes industriais para o mercado livre. Motivados pelo excesso de oferta de energia, o segmento industrial apresentou redução de 12,5% nas vendas. Se fosse desconsiderado o efeito da saída deste clientes, as vendas de energia para o mercado consumidor teria crescido 4,2%. Para reter esses clientes no seu portfólio, a companhia oferece serviço personalizado para os grandes consumidores. Esse serviço inclui gerente de contas, responsável por criar produtos específicos para cada cliente. Esses consumidores representam 30% do faturamento total da distribuidora, que fechou em R$ 2,3 bilhões no ano passado. (Canal Energia - 30.08.2004)

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7 Hidrelétricas da Duke Energy terão acompanhamento de dados de geração em tempo real

A Cyclades, empresa de tecnologia, está fornecendo conversores de medição de fronteira para as oito hidrelétricas da Duke Energy. Os conectores, do tipo TS 100 e TS 400, são instalados juntos aos medidores de fronteiras e são importantes para o acompanhamento dos dados de geração. O diferencial do equipamento é permitir a transmissão das informações em tempo real. "As usinas têm que estar ligadas ao ONS que transfere os dados para o MAE. É importante que estas informações estejam disponíveis", explica Marcelo Messias, gerente de Contas Corporativas da Cyclades. Antes, as informações eram enviadas por meio de modens que faziam a transferência de dados de tempos em tempos. A Duke adquiriu seis unidades de TS 100 e 25 unidades de TS 400. A instalação, configuração e integração dos conversores, feita pela empresa Actaris, está praticamente concluída. (Canal Energia - 30.08.2004)

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8 Assembléia Legislativa aprova mensagem que autoriza a Copel a assumir o controle da Elejor

O plenário da Assembléia Legislativa aprovou ontem, em primeira votação, a mensagem do governo do Estado do Paraná que autoriza a Copel a assumir o controle da Elejor. A Copel quer comprar a parte da Triunfo no empreendimento, formado por duas usinas. No início da tarde de ontem, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) havia dado parecer favorável à tramitação da mensagem. Hoje, a mensagem volta à pauta para ser votada em segunda discussão. O líder da oposição, Durval Amaral (PFL), disse que o acordo com os governistas para votar a mensagem da Elejor incluiu a não transformação do plenário em comissão geral, o que impediria a discussão do tema. O deputado Marcos Isfer (PPS) defende que a Copel assuma de vez a Elejor, comprando também os 30% da Paineiras. (Folha de Londrina - 31.08.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Estudo prevê 10% a mais de energia sem novas usinas

O Brasil pode aumentar a capacidade de produção de energia elétrica em 10% sem construir novas hidrelétricas. É o que mostra um estudo do WWF-Brasil sobre a ''repotenciação'' das atuais usinas hidrelétricas, que aumenta a capacidade de produção de energia. A repotenciação, diz o estudo, custa menos do que a construção de novas usinas, evita danos ao meio ambiente e diminui os conflitos sociais por famílias atingidas pelas barragens. "A repotenciação permite ganhos em produção acima de 10% e pode chegar a 20%" diz o professor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo (USP), Célio Bermann, coordenador do estudo. O estudo do WWF-Brasil - entidade sem qualquer vínculo com o World Wildlife Foundation - traz uma lista de 67 usinas hidrelétricas do país com mais de 20 anos de operação. Somente nestas usinas, um universo de 34 mil MW é passível de repotenciação. (Jornal do Brasil - 31.08.2004)

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2 Subsistema Sudeste/Centro-Oeste registra volume 37,9% acima da curva de aversão ao risco

O nível de armazenamento do subsistema Sudeste/Centro-Oeste fica em 75,2%. Em relação à curva de aversão ao risco, o volume fica 37,9% acima do previsto. O índice teve uma queda de 0,2% em um dia. As usinas de São Simão e Miranda apresentam 87,7% e 90,7% do volume, respectivamente. (Canal Energia - 30.08.2004)

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3 Nível de armazenamento do subsistema Sul chega a 69%

A região Sul registra 69% da capacidade, um aumento de 0,16% em relação ao dia 28 de agosto. O volume da usina de Machadinho apresenta volume de 69,9%. (Canal Energia - 30.08.2004)

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4 Subsistema Nordeste registra volume 58,5% acima da curva de aversão ao risco

Os reservatórios do subsistema Nordeste registram 83,7% da capacidade, volume 58,5% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O nível teve uma redução de 0,15% em relação ao dia anterior. A hidrelétrica de Sobradinho apresenta índice de 83,7%. (Canal Energia - 30.08.2004)

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5 Nível de armazenamento do subsistema Norte chega a 69,8%

A capacidade de armazenamento do subsistema Norte chega a 69,8%, uma redução de 0,3% em relação ao dia 28 de agosto. A usina de Tucuruí registra volume de 75,6%. (Canal Energia - 30.08.2004)

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Gás e Termoelétricas

1 Petrobras venderá 1,1 milhão de barris lá fora

A Petrobras pretende vender no mercado internacional 1,1 milhão de barris de petróleo por dia em 2010. A informação foi dada ontem pelo Diretor Financeiro da companhia, Sérgio Gabrielli, ao destacar que esses números serão resultado da política da companhia de fortalecer sua presença no mercado internacional. Segundo o diretor que participou ontem de palestra para empresários realizada pela Câmara de Comércio Americana do Rio, do total de vendas no exterior, 613 mil barris serão originados pela produção internacional da companhia. Outros 550 mil serão parte da produção nacional que será exportada em 2010, conforme prevê o Plano Estratégico da Petrobras. Nesse ano a meta da Petrobras é de estar produzindo 2,3 milhões de barris por dia de petróleo. Dessa produção interna 1,75 milhão de barris diários se destinarão ao atendimento interno co consumo de combustíveis. (O Globo - 31.08.2004)

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2 Vendas externas da Petrobras vão gerar divisas de US$ 8 bi

Diretor Financeiro da Petrobras, Sérgio Gabrielli, destacou que o volume de vendas de petróleo de mais de 1 milhão de barris diários vai gerar uma receita para a companhia da ordem de US$ 8 bilhões no ano. Com o fortalecimento de suas atividades no exterior a Petrobras espera ter melhores condições para captar recursos no mercado externo . Isto porque segundo Gabrielli, atualmente a performance da Petrobras está muito ligada ao risco-país. Quando o risco aumenta, as ações da companhia têm queda em suas cotações. E com isso apesar da boa performance operacional a companhia tem maiores dificuldades de captar recursos no exterior. "Como a abertura ou o fechamento do mercado externo depende do risco Brasil, temos que ter um caixa bem maior do que as outras empresas internacionais que tem facilidade de obter crédito a boas taxas", lamentou Gabrielli ao informar que a Petrobras trabalha com um caixa que equivale a 8% de seus ativos, enquanto que outras companhias operam com um caixa bem inferior. (O Globo - 31.08.2004)

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3 Petrobras não conseguiu captar no exterior em 2004

A Petrobras não fez captação de recursos no mercado internacional este ano. O diretor explicou que a empresa tem recursos próprios suficientes para realizar seus investimentos de US 8 bilhões neste ano. O diretor no entanto, não descartou a possibilidade de ainda neste ano a Petrobras captar recursos no mercado externo, caso melhorem as condições do mercado. A Petrobras quer estar entre as cinco maiores companhias de petróleo do mundo até o ano de 2010. (O Globo - 31.08.2004)

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4 Diretor da Petrobras é contra aumentar preços

O diretor financeiro e de relações com investidores da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou ontem que reajuste de combustíveis neste momento prejudicaria o volume de vendas da empresa no mercado interno, e qualificou de equivocada as avaliações de especialistas de que a estatal está tendo prejuízos por não fazer novo aumento nos preços. Gabrielli explicou que, para cada ponto percentual de reajuste, há tendência de queda de 0,2% no consumo interno. Ele disse que a tendência de recuperação de vendas no primeiro semestre, quando foi registrado aumento de 6%, está sendo confirmada neste terceiro trimestre, sem, no entanto, revelar os dados preliminares. Gabrielli disse também que a Petrobras não deve seguir, necessariamente, a postura adotada pelo mercado externo, já que, segundo o diretor, não há como comparar o mercado internacional com o mercado interno brasileiro. (Jornal do Commercio - 31.08.2004)

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5 Termelétrica Norte Fluminense recebe financiamento

A usina termelétrica Norte Fluminense - controlada pelo grupo EDF, com 90%, e pela Petrobras, com 10% - recebeu a primeira parcela de um empréstimo total de R$ 750 milhões, concedido pelo BNDES para financiamento do empreendimento. O valor dessa primeira liberação é de R$ 350 milhões. A próxima parcela, no valor de R$ 400 milhões, está prevista para ser liberada até o dia 15 de setembro. O financiamento equivale a 54% do valor total do projeto e tem garantia corporativa da Electricité de France International. O financiamento corresponde a 54% do custo total da usina - construída no município de Macaé -, de R$ 1,4 bilhão. Quando for concluída a quarta e última turbina, a usina terá capacidade instalada de 780 megawatts (MW) e sua energia será suficiente para abastecer a uma cidade de dois milhões de habitantes. (Gazeta Mercantil - 31.08.2004)

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6 Ceará usará biodiesel de mamona para iluminar comunidades rurais

A produção industrial do biodiesel de mamona foi iniciada no interior do Ceará na semana passada, para ser utilizada na geração de energia elétrica em comunidades rurais que ainda hoje vivem às escuras. A primeira comunidade a ser beneficiada será a de Serrinha de Santa Maria, em Quixeramobim (224 km de Fortaleza), onde foi instalada a primeira usina de beneficiamento de mamona para a produção do biodiesel no Estado. A produção ainda é pequena, de 320 litros de óleo por dia (a capacidade da usina é de 800 litros por dia), abastecida por uma área plantada de 70 hectares. O investimento para o início da produção industrial foi de R$ 1,5 milhão, num convênio do governo do Estado com um consórcio de cinco empresas termelétricas, o Cenp-Energia. (Folha de São Paulo - 31.08.2004)

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7 El Paso e ITA criam centro de referência de turbinas a gás

A El Paso e o Instituto Tecnológico da Aeronáutica criaram um centro de referência de turbinas a gás no município de São José dos Campos para oferecer cursos sobre o emprego desta tecnologia aos agentes do setor. O investimento total no projeto chega a R$ 400 mil. Os recursos foram aplicados no melhoramento da infra-estruturura dos laboratórios, das soluções de informática, do auditório e da biblioteca da universidade do ITA. A parceria também prevê o desenvolvimento de um software para simular a operação de uma turbina a gás complexa, associada a uma série de equipamentos de uma usina térmica de ciclo combinado. A parceria beneficiará estudantes de graduação e pós-graduação da entidade através de bolsas concedidas pela El Paso para desenvolvimento de pesquisas voltadas à especialização na área de energia. (Canal Energia - 30.08.2004)

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8 Gasmig dá início a processo de expansão de rede de gás natural em Belo Horizonte

A Gasmig inicia, nos próximos dias, mais uma etapa da expansão da rede de tubulação de gás na região metropolitanta de Belo Horizonte. O empreendimento possui 4,3 mil metros e passará por sete bairros nos municípios de Contagem e Belo Horizonte. A nova rede permitirá o fornecimento de gás natural aos postos Carmenia, Mendonça e Catalão. No dia 30 de agosto, a Gasmig se reuniu para apresentar as medidas de segurança adotadas para o período das obras de expansão da rede de gás natural. (Canal Energia - 31.08.2004)

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Grandes Consumidores

1 BIC estuda expansão da Usiminas e Cenibra

O Japan Bank for International Cooperation (JBIC) poderá participar do financiamento de dois projetos de expansão de duas indústrias mineiras que contam com participação de capital japonês: Cenibra e Usiminas. A direção do banco manifestou o interesse ontem, em Tóquio, durante reunião com os presidentes das duas indústrias e o governador de Minas, Aécio Neves. A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa do governador. Os presidentes da Usiminas, Rinaldo Campos Soares, e da Cenibra, Fernando Fonseca, acompanham o governador na visita ao Japão. Ontem, Aécio Neves assinou convênio com o JBIC, da ordem de US$ 10 milhões, para a concessão de financiamento aos pequenos produtores do Projeto Jaíba, no norte do Estado. O Jaíba é um projeto de irrigação para viabilizar o cultivo de frutas na região. (Valor - 31.08.2004)

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Economia Brasileira

1 Berzoini: PPPs são fundamentais para o uso seguro dos recursos

A necessidade da aprovação do projeto de Parcerias Público-Privadas (PPPs) voltou a ser destacada hoje pelo ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini. Ele disse que as PPPs são fundamentais "para que se possa estabelecer a utilização segura e correta de dinheiro público e do dinheiro privado, compartilhando riscos do processo de retomada da infra-estrutura nacional". O ministro disse lamentar que nesse momento, pela disputa eleitoral, alguns setores estejam "marcando posição e não ajudando esse debate". De acordo com ele, "qualquer projeto proposto pelo executivo pode e deve ser aperfeiçoado pelo Congresso Nacional, mas é impossível admitir a obstrução de um tema tão decisivo para o país como a questão das PPPs".Berzoini destacou a questão energética do Brasil. "Nós estamos com um planejamento conduzido pela ministra Dilma Rousseff que depende da aprovação das PPPs para que nós possamos garantir que não haverá um racionamento de energia, mesmo que o Brasil cresça por dez ou 15 anos", explicou. (Valor - 30.08.2004)

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2 Mantega e Piva reforçam necessidade de aprovação da PPP

O ministro do Planejamento, Guido Mantega, reforçou ontém seu apelo pela necessidade de aprovação do projeto de Parcerias Público-Privadas (PPP) no Senado. Esse foi um dos temas da reunião que Mantega teve com o presidente da Fiesp, Horácio Lafer Piva. Mantega salientou a importância da aprovação do projeto de PPP para alavancar investimentos em infra-estrutura essenciais para a obtenção do crescimento sustentável. Sobre as críticas dos senadores da oposição ao projeto, principalmente acerca das implicações das PPPs no cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o ministro disse que o governo está aberto ao diálogo e reiterou que a proposta está sendo alterada nesse quesito. Mantega reforçou que originalmente o projeto das PPPs já era subordinado à LRF. (Valor Online - 31.08.2004)

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3 PIB cresce 4,2% no semestre

O primeiro semestre de 2004 representou para o PIB a preços de mercado um avanço da ordem de 4,2% quando comparado a período equivalente de 2003. Trata-se do maior crescimento observado nos primeiros seis meses desde 2000, quando a expansão foi de 4,7%. As informações foram divulgadas hoje pelo IBGE. A Agropecuária foi o destaque no período janeiro-junho, com elevação de 5,7%. Na seqüência estão Indústria, que cresceu 4,7%, e Serviços, com 2,8% positivos. Dos quatro subsetores do ramo Industrial, três apresentaram taxas positivas no período: Transformação (7,3%), Construção Civil (2,0%) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (2,0%). Por outro lado, Extrativa Mineral registrou uma variação negativa de 2,9%. No setor de Serviços, as maiores elevações foram em Comércio e Transportes (7,6% e 6,9%, respectivamente). (Valor Online - 31.08.2004)

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4 Desemprego abaixo de 10%

O ministro do Trabalho e Emprego, Ricardo Berzoini, espera que a taxa de desemprego no País até o final do ano seja de "um dígito", abaixo dos 10%. "O quadro é muito favorável pois reduzimos em 2 pontos percentuais a taxa em três meses e o cenário é de contratação em vários setores da economia", afirmou o ministro dizendo ainda que segundo dados do IBGE, em três meses, o desemprego caiu de 13,2% para 11,2%. De acordo com o ministro, foram gerados de janeiro a julho deste ano 1,246 milhão de empregos formais, "número que representa o vigor da retomada". Com isso o governo espera fechar 2004 com mais de 2 milhões de empregos gerados. Para o ministro é expressivo o crescimento percentual do emprego, 5,5% de janeiro a julho. (Gazeta Mercantil - 31.08.2004)

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5 Juros sobem após anúncio de víeis do BC

Empresas e consumidores já começaram a pagar mais caro para obter crédito nos bancos no início deste mês. Dados preliminares levantados pelo Departamento Econômico (Depec) do BC, divulgados ontem, mostram que a taxa média de juros cobrada nas operações de financiamento às pessoas físicas subiu de 62% ao ano, em julho, para 62,8%, nos primeiros 13 dias úteis do mês. Para as empresas, a taxa passou de 29,7% ao ano para 30%, no período. A alta das taxas reflete a sinalização dada na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de que a taxa básica de juros (a Selic) pode aumentar nos próximos meses. (Jornal do Commercio - 31.08.2004)

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6 Indústria do RJ: bom resultado no semestre e fraco desempenho em julho

As vendas reais da indústria do Estado do Rio registraram crescimento de 11,3% de janeiro a julho deste ano em relação aos sete primeiros meses do ano passado, divulgou ontem a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Este foi o melhor desempenho para o período janeiro a julho, desde 2001. Em julho, o aumento do faturamento real foi de 9,4% em relação a igual mês de 2003. Apesar do dado positivo, o ritmo de aumento das vendas está desacelerando-se, já que em junho, a alta havia sido de 26,6% em comparação com igual mês anterior. Já na comparação do mês contra o mês anterior, houve queda de 7,27% com ajuste sazonal e 5,43% sem ajuste sazonal em julho. O maior aumento das vendas este ano foi registrado em maio em relação a abril, de 31%. (Jornal do Commercio - 31.08.2004)

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7 Mantega entrega projeto de lei do Orçamento 2005 a Sarney

O ministro do Planejamento, Guido Mantega, terá encontro hoje, às 11h30, com o presidente do Congresso Nacional, José Sarney, para a entrega do Projeto de Lei do Orçamento 2005. Em seguida, às 14h00, no auditório do Ministério, o ministro Mantega concederá entrevista coletiva à imprensa para explicar a proposta de Orçamento da União. (Valor Online - 31.08.2004)


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8 Mercado prevê IPCA maior em 2005

Analistas de mercado já começam a aumentar suas projeções para a inflação do ano que vem, o que pode colaborar para alta dos juros por parte do BC. De acordo com pesquisa semanal feita pelo próprio BC, a estimativa para o IPCA de 2005 passou de 5,5% para 5,52%. Embora o aumento seja pequeno, ele é o primeiro a ser detectado pelo levantamento desde junho e aconteceu mesmo depois de, por dois meses seguidos, o BC sinalizar que elevará os juros caso notar que as estimativas de inflação estão se distanciando das metas fixadas pelo governo. Para o ano que vem, a meta é de 4,5%, admitindo-se um desvio de até 2,5 pontos percentuais. Também para este ano, a projeção dos analistas para a inflação foi elevada, de 7,19% para 7,25% -a meta foi fixada em 5,5%, também com margem de 2,5 pontos. (Folha de São Paulo - 31.08.2004)

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9 Dólar ontem e hoje

O mercado financeiro reagiu bem à notícia da alta de 5,7% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deste ano, mas sem grande entusiasmo. O melhor desempenho voltou a ficar com o dólar, que caiu 0,27% e fechou a manhã valendo R$ 2,936 na compra e R$ 2,938 na venda. Ontem, o mercado cambial desempenhou mais um pregão de queda do dólar. A divisa americana fechou com 0,30% de depreciação, negociada a R$ 2,9440 para compra e a R$ 2,9460 para venda. (O Globo On Line e Valor Online - 31.08.2004)

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Internacional

1 Autoridade da Concorrência de Portugal aprova compra da RES pela Enersis

A Autoridade da Concorrência anunciou a autorização para a compra da totalidade do capital da Renewable Energy System (RES) e da maioria do capital social do parque eólico da Pampilhosa da Serra pela Enersis. O administrador financeiro da empresa do grupo Semapa, Afonso Proença, preferiu não revelar o valor do negócio, mas adiantou que a RES vai desenvolver projetos em parceria, apesar de ser agora integralmente detida pela Enersis. O Conselho da Autoridade da Concorrência decidiu não se opor à operação de concentração, por "a mesma não ser susceptível de criar ou reforçar uma posição dominante da qual possam resultar entraves significativos à concorrência efetiva no mercado da produção de energia elétrica, no território nacional". (Diário Econômico - 30.08.2004)

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2 Transco vende redes de distribuição de gás

A National Grid Transco anunciou hoje a alienação de quatro das suas redes de distribuição de gás por 5,8 bilhões de libras esterlinas (8,58 bilhões de euros), de modo a reduzir a sua dívida, obter dinheiro para investimentos e aumentar o seu capital social. O leilão destas redes atraiu um interesse considerável, já que estes ativos aumentam a capacidade de geração de eletricidade de uma "utility". Assim, um consórcio que inclui a Scottish & Southern irá comprar as redes do sul de Inglaterra e Escócia por 3,2 bilhões de libras, enquanto um consórcio liderado pela Cheung Kong Infrastructure Holdings e pela a United Utilites adquiriu a rede do norte de Inglaterra por 1,4 bilhão de libras. Além disso, o banco australiano Macquarie irá comprar as redes de Gales e Inglaterra Ocidental por 1,2 biçhão de libras. (Diário Econômico - 31.08.2004)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Pedro Bruni e Rodrigo Madeira

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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