l IFE:
nº 1.406 - 12 de agosto de 2004 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Licitação Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Licenciamento ambiental pode adiar leilão de usinas Para alcançar
sua meta de licitar 17 novas usinas hidrelétricas até o primeiro trimestre
do próximo ano, o MME terá que bater um recorde: obter licenças ambientais
prévias em prazos que variam de três a sete meses. Apesar de se dizer
confiante, o secretário-executivo do ministério, Maurício Tolmasquim,
admite a possibilidade de adiar o leilão de pelo menos parte dessas novas
usinas. "Se não obtivermos as licenças ambientais a tempo, o leilão será
postergado ou faremos um leilão com um número menor de usinas, com aquelas
que já tiverem licença ambiental", afirmou. Pelo novo modelo de energia
elétrica implantado pelo governo Lula, as licitações de usinas só poderão
ser feitas após a obtenção de uma licença ambiental prévia. (Folha de
São Paulo - 12.08.2004) 2 Eletropaulo e Light querem alteração em decreto de comercialização A Eletropaulo
e a Light estão cobrando do governo uma alteração no decreto 5.163/04.
A alegação é que o trecho que pretende eliminar a restrição do nível mínimo
de tensão de 69 kV para consumidores com demanda igual ou acima de 3 MW
mantém as condições previstas na lei 9.074/95, que determina a limitação.
"Na minha visão, está preservada a lei 9.074 e estão mantidas as suas
condições. Se o espírito do decreto é liberar o nível de tensão, o texto
foi mal redigido e precisa de uma retificação", avalia o diretor da Eletropaulo,
Max Xavier Lins. O superintendente de Grandes Clientes da Light, Marco
Antonio Donatelli, considera que será necessária uma norma complementar
ao decreto que mude o que está regulamentado no novo modelo. Para ele,
a interpretação do texto é dúbia, na medida em que primeiro se coloca
a possibilidade de migração para consumidores com qualquer nível de tensão,
e, depois, fala que a determinação está enquadrada "de acordo com a lei
9.074". A lei publicada há nove anos especifica que para os consumidores
anteriores a julho de 1995, com consumo acima de 3 MW, a mudança de ambiente
de mercado estaria permitida apenas para os de tensão superior a 69 kV.
(Canal Energia - 11.08.2004) 3 Tolmasquim: Estudo para criação de índice para o setor elétrico não está pronto O secretário
Maurício Tolmasquim informou que a Fundação Getúlio Vargas, a pedido do
MME, ainda estuda a criação de um índice para o reajuste dos contratos
de energia. "O estudo ainda não está pronto", disse Tolmasquim, acrescentando
que caberá ao governo decidir se usa ou não tal índice. (Canal Energia
- 11.08.2004) 4
Leilão para compra de energia descontratada deve acontecer em novembro
5 Autonomia da Aneel preocupa investidores Pesquisa
elaborada pela Câmara Americana de Comércio (Amcham-SP) com seus associados
mostra que metade dos investidores classifica como alta e excessiva a
influência exercida pelos ministérios nas decisões e ações de regulação
e fiscalização da Aneel. "Os investidores estão preocupados com a autonomia
da agência reguladora para cumprir suas funções. Eles querem ter a certeza
de que seus contratos sejam honrados da forma como foram assinados neste
ou em qualquer outro governo", argumenta o coordenador do estudo, Roberto
Rudzit. Segundo ele, o objetivo do trabalho é contribuir para a criação
de um ambiente regulatório saudável, capaz de atrair recursos para o setor
elétrico. Cerca de 61% dos investidores também avaliam como baixa e mínima
a independência financeira da agência. Em relação ao trabalho da agência,
os representantes do setor elétrico estão razoavelmente satisfeitos. A
pesquisa foi feita durante os meses de maio e junho. (O Estado de São
Paulo - 12.08.2004) 6 Programa Luz para Todos tem segunda etapa em MS O estado
do Mato Grosso do Sul receberá R$ 5,37 milhões na segunda etapa de implantação
do programa Luz para Todos. O governo estadual assinou nesta terça-feira,
dia 10 de agosto, as ordens de serviço que ampliarão o programa para mais
1,2 mil famílias. O programa já beneficiou 2,5 mil famílias. Os municípios
beneficiados foram Anaurilândia, Bodoquena, Caarapó, Campo Grande, Chapadão
do Sul, Corumbá, Coxim, Japorã, Jaraguari, Paranhos, Ribas do Rio Pardo,
Rio Verde de Mato Grosso, Santa Rita do Pardo, Sidrolândia, Tacuru, Terenos
e Três Lagoas. (Canal Energia - 11.08.2004) 7 Justiça proíbe corte de energia Uma decisão do juiz da 4ª Vara Cível, Evandro Coelho de Lima, proíbe que a Escelsa suspenda o fornecimento de energia por causa de inadimplência, sob pena de multa diária de R$ 5 mil para cada caso de descumprimento. A decisão, contudo, só beneficia usuários residenciais de até 100 kWh, aproximadamente cinco mil consumidores da cidade. A sentença se refere a uma Ação Civil Pública movida pelo Procon municipal, no mês de setembro do ano passado. Segundo o secretário de Defesa do Consumidor, Giuseppe D'Etorre, 30 consumidores em média procuram o órgão todos os meses para reclamar do corte de energia. "Não temos intenção nenhuma de incentivar a inadimplência. Sabemos que a empresa tem todo o direito de receber pelo serviço prestado pelos meios legais. O que não se pode mais fazer é interromper o fornecimento de energia que é um serviço essencial para a população", destaca. (Elétrica - 11.08.2004) 8
Lista dos pré-qualificados ao leilão de concessões de linhas de transmissão
sai dia 30
Empresas 1 Eletropaulo tem prejuízo de R$ 5 mi A Eletropaulo
divulgou nesta quarta-feira que teve prejuízo de R$ 5 milhões no primeiro
semestre de 2004. A perda foi decorrente do resultado financeiro negativo
de R$ 409 milhões, registrado no primeiro semestre do ano. Essas despesas
financeiras foram causadas por dívidas no valor de R$ 177 milhões e mais
saldo devedor de variação cambial de R$ 341 milhões. O aumento da receita
bruta operacional, de R$ 4,5 bilhões nos primeiros seis meses, ante R$
3,9 bilhões no mesmo período de 2003, ocorreu graças ao reajuste das tarifas.
O fornecimento de energia, no entanto, caiu para 16 323 GWh, uma diferença
de 1,3% em comparação com o período de abril a junho de 2003. A receita
líquida da companhia aumentou no último semestre. Ela passou de R$ 2,9
bilhões nos primeiros seis meses de 2003 para R$ 3,3 bilhões este ano.
(O Globo - 12.08.2004) 2 AES Elpa registra prejuízo de R$ 31,7 mi no primeiro semestre A AES Elpa fechou o primeiro semestre do ano com prejuízo líquido de R$ 31,7 milhões, contra lucro líquido de R$ 7 milhões verificado em igual período do ano passado. No segundo trimestre, a empresa registrou prejuízo de R$ 11,8 milhões, contra lucro de R$ 136,1 milhões no mesmo período de 2003. As despesas operacionais da companhia ficaram em R$ 31,7 milhões no primeiro semestre do ano. No trimestre, as despesas chegaram a R$ 11,8 milhões. As receitas financeiras no semestre ficaram em R$ 120 mil, enquanto que, nos meses de abril a junho, o resultado foi de R$ 59 mil. Já as despesas financeiras chegaram a R$ 7,3 milhões no primeiro semestre de 2004. No trimestre, as despesas ficaram em R$ 3,6 milhões. (Canal Energia - 11.08.2004) 3 Lightpar registra lucro de R$ 1,3 mi no primeiro semestre A Lightpar
fechou o primeiro semestre do ano com lucro líquido de R$ 1,3 milhão,
montante superior ao resultado, também positivo, de R$ 164 mil registrado
em igual período de 2003. No segundo trimestre do ano, o lucro líquido
ficou em R$ 1,5 milhão, contra prejuízo de R$ 563 mil do mesmo período
de 2003. No primeiro semestre deste ano, as receitas financeiras ficaram
em R$ 134 mil, enquanto as despesas chegaram a R$ 702 mil. No trimestre,
as receitas atingiram R$ 48 mil e as despesas ficaram em R$ 363 mil. (Canal
Energia - 11.08.2004) 4
Light vai criar empresa para atuar na área comercialização 5 Cemar conclui processo de ampliação de duas subestações A Cemar
concluiu a ampliação de duas subestações no estado: Pinheiro e Pedreiras.
A SE Pedreiras recebeu mais um alimentador de 13,8 kV composto por religador,
chaves e acessórios de interligações. A obra beneficia cerca de 18,7 mil
clientes com consumo mensal médio de 2.495 MWh. Na obra de ampliação da
subestação Pinheiro, foi acrescentado um alimentador de 13,8kV composto
por religador, chaves e acessórios de interligações, beneficiando assim
19 mil clientes. (Canal Energia - 12.08.2004) 6 Light e prefeitura do Rio de Janeiro acertaram os termos para modificar as redes elétricas O Município
do Rio de Janeiro e a Light acertaram os termos para modificar as redes
elétricas localizadas nos bairros onde estão sendo realizadas obras do
Rio Cidade. Dessa forma, a Light fará os projetos e o remanejamento das
fiações que atualmente estão em postes e passarão a ser subterrâneas,
como é característica dos projetos. A iniciativa está prevista no convênio
assinado pelo Município e a empresa, que também inclui obras na rede de
eletricidade do Programa Urb-Cidade Rocinha. Ao todo, a Prefeitura investirá
R$ 26,6 milhões nessas intervenções. (Elétrica - 11.08.2004) 7 Celpe religa luz de município do agreste de Pernambuco Depois de
passar dois dias com o fornecimento de energia elétrica interrompido por
falta de pagamento, a prefeitura do município de Brejão (PE), cidade do
Agreste a 250 quilômetros do Recife, voltou a contar com o serviço ontem.
O fornecimento em Brejão foi retomado após uma reunião entre representantes
da prefeitura e da Celpe. De acordo com o superintendente de Operações
da Celpe, Gustavo Alencar, ficou acertado na negociação que a prefeitura
vai pagar o débito em 18 parcelas, cobradas junto com a conta mensal de
energia do município. (Diário de Pernambuco - 12.08.2004) 8 Cerj corta fornecimento de energia para Prefeitura de Magé A prefeitura e a Câmara de Vereadores de Magé (RJ) tiveram o fornecimento de energia elétrica interrompido ontem de manhã por causa de uma dívida com a Cerj. Segundo a prefeita Narrimam Zito (PT), o débito é de R$ 17 milhões e se arrasta desde 1998. No entanto, a Cerj diz que o montante é de R$ 20 milhões e data de 1996. No início da noite, a direção da companhia, a prefeita e seus assessores chegaram a um acordo. A prefeita se comprometeu a pagar R$ 1,3 milhão até 31 de dezembro e incluir o restante do débito acumulado nos últimos oito anos - R$ 18,7 milhões - no orçamento de 2005. Com o acordo, a empresa vai regularizar o fornecimento de energia. (Elétrica - 11.08.2004) 9 Centrais Elétricas Mantiqueira contrata empresas para o processo de licitação da construção de usina hidrelétrica no Rio Jucu A empresa mineira Centrais Elétricas Mantiqueira já contratou empresas capixabas e de Estados vizinhos, para organizar o processo de licitação para a construção de uma usina hidrelétrica no Rio Jucu. O empreendimento será na região de Panelas, distante seis km da sede. A construção deverá ser iniciada em janeiro de 2005. De acordo com o secretário Municipal de Finanças, Emílio Stein, o licenciamento nos órgão públicos estaduais e federais de meio ambiente já tramitam há seis anos. "Recebemos ontem a notícia dos empresários mineiros que a construção será iniciada". De acordo com Stein, na próxima semana, os diretores da empresa visitarão Domingos Martins e mostrarão o projeto. Eles também vão enumerar os outros benefícios que trarão o mais novo empreendimento energético do Estado. (Elétrica - 11.08.2004) 10 S&P´s atribui rating às debêntures da Barra Grande Energética A Standard
& Poor's Ratings Services atribuiu rating 'brAA' às debêntures do tipo
subordinada que serão emitidas pela Barra Grande Energética, na escala
nacional. As debêntures totalizam R$ 180 milhões, emitidas em duas séries
de R$ 90 milhões. A primeira tranche será baseada no CDI e a outra, no
IGP-M. O prazo de ambas emissões é de 12 anos até o vencimento final.
A perspectiva do rating é estável. Segundo a S&P, o rating se baseia na
garantia corporativa dada pelos acionistas da empresa: Alcoa Alumínio,
CPFL Energia, Hejoassu Administração (do Grupo Votorantim) e Camargo Corrêa.
O rating das debêntures remanescentes, quando a garantia corporativa for
extinta, será o mesmo atribuído à Baesa. Atualmente, a classificação da
empresa está em 'brBBB+'. (Canal Energia - 11.08.2004)
Licitação A Eletrosul
abre processo para fornecimento de um sistema de telecomunicação óptico
para atender às necessidades do seccionamento da linha de transmissão
Maringá-Assis. O processo inclui ainda a ampliação "F" da subestação Londrina,
conforme especificações técnica contidas no edital. O prazo vai até o
próximo dia 26. (Canal Energia - 12.08.2004) A Chesf contrata serviços de apoio técnico de engenharia no gerenciamento de contratos de serviços relativos aos sistemas de medição, proteção, comando, controle e supervisão. O prazo para a realização das propostas encerra no dia 25 de agosto. (Canal Energia - 12.08.2004) A Copel
licita execução dos serviços de fornecimento de energia e de religações
de unidades consumidoras, sob regime de empreitada por preço unitário
de serviço. O prazo termina no dia 19 de agosto. (Canal Energia - 12.08.2004)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Consumo de energia elétrica aumenta 7,8% em julho O consumo
de energia elétrica aumentou 7,8% em julho, em relação a igual mês do
ano passado, mesmo com a temperatura média deste ano ficando abaixo da
observada em 2003. A projeção do governo é que o País encerrará o ano
com acréscimo em torno de 4,5% em relação a 2003, elevando o nível de
consumo para cerca de 380.000 GWh, o que colocará o Brasil entre os dez
maiores mercados consumidores de energia elétrica do planeta. Segundo
dados do ONS, o consumo total de julho somou 31.810 GWh, ante os 29.568
de julho de 2003. O consumo no mês passado foi o segundo maior da história
do País, só superado pelo recorde de março, quando a temperatura do fim
do verão amplia o consumo de energia nas residências devido ao maior uso
de aparelhos de ar condicionado. (Elétrica - 11.08.2004) 2 Subsistema Sudeste/Centro-Oeste registra volume 88,9% acima da curva de aversão ao risco Os reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste registram 79,2% da capacidade, valor 88,9% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice de armazenamento teve uma redução de 0,1% em um dia. As usinas de Marimbondo e Ilha Solteira registram volume de 88,9% e 83,7%, respectivamente. (Canal Energia - 11.08.2004) 3 Nível de armazenamento do subsistema Sul está em 81,7% A região
Sul registra 81,7% da capacidade, uma queda de 0,8% em relação a 9 de
agosto. O volume da usina de Machadinho fica em 81,2%. (Canal Energia
- 11.08.2004) 4 Subsistema Nordeste registra volume 60,3% acima da curva de aversão ao risco A capacidade
de armazenamento do submercado Nordeste chega a 88 %, volume 60,3% acima
da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice teve uma redução de 0,3%
em relação ao dia anterior. A hidrelétrica de Sobradinho apresenta 88,6%
da capacidade. (Canal Energia - 11.08.2004) 5 Nível de armazenamento do subsistema Norte chega a 76,9% O nível
de armazenamento da região Norte chega a 76,9%, uma queda de 0,4% em relação
ao dia 9 de agosto. O volume da usina de Tucuruí chega a 84,4%. (Canal
Energia - 11.08.2004)
Gás e Termoelétricas 1 FUP não quer leilão de blocos de petróleo e gás A apenas seis dias de a ANP realizar a sexta rodada de licitação de áreas para exploração de petróleo e gás, crescem os movimentos contra os leilões. Ontem, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) entregou à ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, uma carta para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pedindo a suspensão do leilão previsto para os próximos dias 17 e 18. Também ontem, os deputados federais Iriny Lopes (PT-ES) e Luciano Zica (PT-SP) - ouvidor da Câmara dos Deputados - pediram a suspensão imediata do leilão. Entre os principais argumentos dos petroleiros e parlamentares está o fato de que serão oferecidas nesse leilão áreas já pesquisadas pela Petrobras que estão próximas a importantes descobertas feitas pela estatal, onde a empresa investiu US$ 800 milhões só no ano passado. (O Globo - 12.08.2004) 2 El Paso: Geração térmica pode ter acréscimo de 1 mil MW médios a partir de 2005 Os leilões
de compra de energia elétrica para complementação das previsões das distribuidoras
poderão dobrar o mercado atual das geradoras termelétricas. Segundo o
analista da El Paso Armando Matos de Oliveira, nos leilões que deverão
ser feitos com três anos de antecedência do cumprimento da previsão de
demanda, os chamados A-3, as concessionárias de distribuição poderão comprar
até 2% da demanda de energia proveniente de geradoras térmicas, o que
prevê um mercado de mil MW médios e corresponde ao dobro do atual. Armando
Oliveira afirma que o ideal seria que a contratação da energia gerada
por termelétricas fosse firme, e não opcional, como determina o novo modelo.
(Gazeta Mercantil - 12.08.2004) 3 CSPE: Consumo paulista de gás natural deve chegar aos 19 milhões diários de metros cúbicos em 2010 O mercado
paulista de gás natural deverá atingir a maturidade antes dos 12 anos
previstos na época da privatização do setor, em abril de 1999. Segundo
o comissário chefe da Comissão de Serviços Públicos de Energia (CSPE),
Zevi Kann, até 2010 a previsão é que o consumo de gás natural chegue aos
19 milhões diários de metros cúbicos, sem contar o mercado de usinas termelétricas
e de co-geração de energia. O consumo atual da Comgás já atingiu 12 milhões
diários de metros cúbicos, informou ontem o diretor de assuntos institucionais
e regulatórios da empresa, Carlos Eduardo Freitas Brescia. Segundo Zevi
Kann, a expansão do uso do gás natural não ocorreu somente nos segmentos
industrial e veicular, mas também no segmento residencial. (Gazeta Mercantil
- 12.08.2004) 4 Gasmig pretende captar R$ 520 mi para ampliar distribuição A Gasmig,
agora com novo acionista, a Gaspetro, subsidiária integral de gás da Petrobras,
vai captar no mercado R$ 520 milhões para ampliar as redes de distribuição
de gás em três regiões de Minas Gerais. A empresa de gás já tem em caixa
R$ 30 milhões para investir e mais R$ 144 milhões que entrarão em função
da compra de 40% das ações da empresa de gás pela Petrobras, que pertenciam
à Cemig. A Cemig continua no controle da empresa, com 52% das ações. O
plano total de expansão da empresa visa um aumento no mercado de gás do
estado dos atuas 1,6 milhão de metros cúbicos por dia para 3,5 milhões
em 2006 e para 7,6 milhões de metros cúbicos em 2010. Para isso, informou
Flávio Decat, serão necessários R$ 1,4 bilhão em investimento. (Gazeta
Mercantil - 12.08.2004)
Grandes Consumidores 1 Siderúrgicas lucram 88% mais e devem investir em capacidade As siderúrgicas,
impulsionadas por demanda e preços em alta, tiveram resultados recordes
no segundo trimestre e já preparam o caixa reforçado para investimentos
em expansão. Liderado por ganhos espetaculares da Gerdau e da Companhia
Siderúrgica Nacional (CSN), o setor fechou o segundo trimestre com um
lucro de R$ 2,9 bilhões, 88% maior que o do mesmo período de 2003. A receita
das vendas cresceu quase 50% no trimestre (30% no semestre), para R$ 13,4
bilhões, segundo os dados compilados pelo Valor Data dos balanços das
oito principais siderúrgicas do país. (Valor - 12.08.2004) 2 IBS: Empresas siderúrgicas pretendem investir US$ 10,4 bi até 2008 Instituto
Brasileiro de Siderurgia (IBS) fez um levantamento recente e concluiu
que as empresas siderúrgicas pretendem investir - incluindo novas usinas
- US$ 10,4 bilhões até 2008, o que vai ampliar a capacidade instalada
do parque siderúrgico do país de 32 milhões de toneladas de aço bruto
para 49,1 milhões de toneladas/ano. A expectativa do IBS é que, com a
retomada do crescimento da economia brasileira, o consumo de aço no mercado
interno deva crescer cerca de 1 milhão de toneladas/ano de produtos siderúrgicos,
o que vai exigir um novo esforço de investimentos das empresas para atender
a essa procura e manter a posição exportadora. (Valor - 12.08.2004) 3 Merrill Lynch: Siderúrgicas devem pagar mais dividendos aos acionistas, investir em expansão ou fazer aquisições Com os resultados
excepcionais apresentados pelas siderúrgicas, o analista da corretora
Merrill Lynch, Marcelo Aguiar, vê três possibilidade para as usinas: pagar
mais dividendos aos acionistas, investir em expansão ou fazer aquisições.
Na avaliação de Aguiar, nos próximos dois anos as empresas siderúrgicas
continuarão a ganhar muito dinheiro, pois as previsões indicam ainda preços
altos no exterior, pois mesmo que ocorra alguma acomodação, o preço médio
do início de 2005 ainda será bem acima do mesmo período de 2004. Além
disso, o mercado interno deverá permanecer aquecido por conta da retomada
da economia. (Valor - 12.08.2004) 4 Real ABN Amro: Alta das cotações do aço deverá estender-se até meados de 2005 Um estudo
setorial do banco Real ABN Amro projeta que a alta das cotações do aço
iniciada em 2003 deverá estender-se até meados de 2005, quando novos projetos
de ampliação da capacidade do setor devem estar maturados. Com relação
ao preço do aço galvanizado, um dos mais demandados, os economistas do
banco holandês acreditam que seu pico será de US$ 650 por tonelada no
final deste ano, iniciando uma curva descendente em 2005, até atingir
US$ 600 no final do ano que vem. Para os aços longos, trabalham em 2004
com um preço médio da ordem de US$ 550 por tonelada, ajustando-o gradativamente
no decorrer de 2005, para US$ 500 por tonelada. Em 2006, estimam um ajuste
técnico da ordem de 15% nos preços médios de toda a linha de produtos,
assumindo estabilidade nos anos subseqüentes. Alertam, porém, que alterações
no ciclo de crescimento econômico mundial poderá impor novas oscilações
dos preços internacionais do produto. (Valor - 12.08.2004) 5 Iedi: Setor siderúrgico representou parcela mais expressiva do faturamento líquido dentre todos os setores Pesquisa
feita pelo Instituto de Estudos e Desenvolvimento Industrial (Iedi) revelou
que o setor siderúrgico foi o que demonstrou o maior vigor no desempenho
econômico e melhora nos indicadores de endividamento no primeiro semestre,
com base em um estudo do desempenho de 110 empresas industriais pesquisadas
no período. Descontando a Petrobras, as empresas de siderurgia representaram
a parcela mais expressiva do faturamento líquido - 26% do total - dentre
todos os setores das empresas pesquisadas. Julio Gomes de Almeida, diretor
executivo do Iedi, atribui esse sucesso aos preços internacionais e à
recuperação do mercado interno de aço, que deve continuar aquecido no
segundo semestre. As vendas das usinas de aço foram impulsionadas externamente
pelos altos preços do produto e, internamente pela retomada de praticamente
todos os mercados demandantes de aço, destacou Almeida, citando a indústria
automobilística, de bens de capital, alguma coisa na área de construção.
(Valor - 12.08.2004) 6 BNDES vai analisar megaprojetos da CST e da CSN O BNDES
vai analisar dois megaprojetos de investimento da Companhia Siderúrgica
de Tubarão (CST) e da CSN, que somam investimentos totais de quase R$
5 bilhões. O projeto da CST envolve investimentos da ordem de R$ 3 bilhões,
dos quais o banco vai financiar R$ 1 bilhão para expandir sua produção
de placas das atuais 5 milhões de toneladas por ano para 7,5 milhões de
toneladas até 2006. A CSN apresentou ao BNDES um projeto da ordem de R$
1,14 bilhão, dos quais o banco pode entrar com até 60% para aumentar para
40 milhões de toneladas de minério de ferro a produção da mina de Casa
de Pedra e reformar o porto de Sepetiba para ampliar as exportações. (Valor
- 12.08.2004) 7 Vale registra lucro líquido recorde de R$ 1,683 bi no 2º trimestre A Companhia
Vale do Rio Doce (CVRD) anunciou nesta quarta-feira um lucro líquido de
R$ 1,683 bilhão no segundo trimestre deste ano, correspondendo a R$ 4,
39 por ação. O número é recorde e 32% maior do que o registrado no mesmo
período do ano passado. No semestre, o resultado ficou em R$ 2,637 bilhões,
acima dos R$ 2,586 bilhões registrados nos seis primeiros meses de 2003.
A companhia informou que os números se devem à boa execução estratégica,
à disciplina na alocação do capital e administração das operações e à
forte expansão da demanda global por minérios e metais. A geração de caixa
medida pelo Ebitda (lucro antes de despesasfinanceiras, impostos, depreciação
e amortização) cresceu 75,9% no segundo trimestre deste ano em relação
ao mesmo período do ano passado, fechando em R$ 1,729 bilhão. A receita
operacional bruta foi de R$ 3,578 bilhões, 62,2% maior que a do mesmo
trimestre de 2003 e 31% superior a dos primeiros três meses do ano. (O
Globo - 12.08.2004)
Economia Brasileira 1 Goiás sanciona Lei das PPPs e expõe contradição tucana O governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, surpreendeu ontem o ministro do Planejamento, Guido Mantega, ao sancionar, no gabinete do ministro, durante audiência, a Lei das Parcerias Público-Privadas do Estado de Goiás. Perillo é o terceiro governador tucano a ter uma lei estadual para as PPPs, ao lado de Geraldo Alckmin, de São Paulo, e Aécio Neves, de Minas Gerais. O ato de ontem foi, assim, uma manifestação de apoio político do governador de Goiás ao projeto de lei do governo federal que regula as parcerias e que está tramitando no Senado e que conta com forte oposição do senador tucano, Tasso Jereissati (CE). (Valor - 12.08.2004) Segundo o presidente do Ipea, Glauco Arbix, pela primeira vez em 30 anos, o Brasil conta com condições favoráveis para avançar - cenário de inflação baixa e sob controle, superávit consecutivos na balança comercial, ajuste fiscal sem aumento de carga tributária, tem o principal parceiro, a Argentina, com a economia crescendo e internacionalmente o ambiente é de avanço econômico, disse ele, mas isso não quer dizer que o crescimento do país vai saltar para 6% a 7% ao ano, como ocorreu na China, até porque o Brasil teria dificuldades de sustentá-lo no longo prazo; no caso chinês, a economia é totalmente diferente da brasileira, acrescentou. "O cenário positivo não garante o crescimento. Mas é uma situação excepcional", disse. (Gazeta Mercantil - 12.08.2004) 3
Mantega: Resultado de julho vai superar expectativas 4 Juros futuros caem, apesar do IPCA recorde Apesar de
os dados sobre inflação divulgados ontem pelo IBGE mostrarem maior pressão
sobre os preços, as projeções futuras de juros recuaram na BM&F. Analistas
dizem que era esperada uma pressão maior na inflação julho e no começo
de agosto, em parte devido a reajustes de preços administrados. Assim,
o mercado de contratos de juros não sofreu turbulência extra. Para Vladimir
Caramaschi, economista-chefe da Fator Corretora, a inflação de julho medida
pelo IPCA (0,91%, a maior em 15 meses) deve ser a maior do ano. "A alta
do IPCA decorre principalmente de reajustes de preços administrados. Para
agosto, nossa expectativa é uma queda na inflação", diz Caramaschi. (Folha
de São Paulo - 12.08.2004) 5 IBGE diz que inflação perderá fôlego Para a gerente
do Sistema de Índice de Preços do IBGE, Eulina dos Santos, a alta da inflação
em julho não deve se repetir a partir de agora. Isso porque julho é tradicionalmente
maior concentrador de reajustes no ano. "Não há pressões inflacionárias
evidentes agora como havia em julho. Mesmo os itens que tiveram aumento
recentemente não devem impactar tanto o índice como no mês passado." -
(O Globo Online - 12.08.2004) 6 Agosto abre com alta de 0,67% no IPC O IPC da Fipe aumentou 0,67% na primeira quadrissemana de agosto, ante uma alta de 0,59% no mês de julho. A inflação da primeira quadrissemana corresponde ao período de 8 de julho a 7 de agosto, comparado com as quatro semanas imediatamente anteriores. O IPC-Fipe mede a variação dos preços no município de São Paulo de famílias com renda até 20 salários mínimos. Liderando o avanço, o grupo saúde subiu 2,12%, frente a uma alta de 2,03% registrada na apuração anterior. (Jornal do Commercio - 12.08.2004) 7
Dólar ontem e hoje
Internacional 1 Ganho menor da Gas Natural na Argentina A distribuidora
Gas Natural BAN, filial argentina do grupo espanhol Gas Natural, obteve
no primeiro semestre do ano um lucro líquido de US$ 2,2 milhões, uma diminuição
de 92,9 % em relação ao lucro de igual período de 2003. Em comunicado
enviado ontem à Bolsa de Buenos Aires, a empresa argumentou que a queda
foi causada principalmente "pelo impacto da menor valorização do peso
argentino, de 0,01 peso por cada dólar, no segundo trimestre do ano, em
relação a igual período do ano anterior, de 0,65 peso por dólar". Segundo
a Gas Natural BAN, isso incidiu fortemente nos resultados financeiros
por seu impacto sobre a diferença de câmbio sobre a dívida financeira
em dólares da sociedade. (Gazeta Mercantil - 12.08.2004)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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