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IFE: nº 1.405 - 11 de agosto de 2004
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Aneel já discute formatação do primeiro leilão de energia
2 MME trabalha com duas alternativas para leilão de energia existente
3 Tolmasquim: Setor deve voltar a receber investimentos privados com novo modelo
4 Tolmasquim: Carga tributária no setor elétrico é elevada por fatores macroeconômicos
5 Presidente da Abdib: Carga tributária sobre setor elétrico deve ser discutida com a União e os Estados
6 Abdib cobra aumento de financiamentos do BNDES para o setor elétrico
7 BNDES pode liberar R$ 13 bi para financiamento do setor elétrico
8 Interesse de grandes empresas em investir no País está abaixo das expectativas do BNDES
9 Governo cria Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico
10 MMA não pretende acelerar ritmo de concessão de licenças ambientais
11 Licenciamento ambiental: GO e PR terão atenção especial do governo
12 Goiás lança Luz para Todos

Empresas
1 Tractebel espera definição da regulação do setor para decidir sobre investimentos futuros
2 Coelce tem lucro de R$ 7,6 mi no segundo trimestre
3 CPFL Paulista fecha trimestre com lucro de R$ 147,56 mi
4 CPFL emite debêntures em operações de R$ 250 mi
5 Cemig emite R$ 230 mi em debêntures
6 Celpe corta energia de município inadimplente

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 ONS afirma que Brasil vive "bolha de conforto" no sistema elétrico
2 Dilma: Abastecimento está garantido até 2007
3 Diretor da Eletrobrás descarta risco de apagão

4
Nível de armazenamento chega a 79,3% no Sudeste/Centro-Oeste
5
Reservatórios do subsistema Sul registram 82,5% da capacidade
6
Capacidade de armazenamento no subsistema Nordeste está em 88,4%
7
Subsistema Norte registra 77,3% da capacidade

Gás e Termelétricas
1 Dilma defende licitação
2 Petrobrás pode antecipar auto-suficiência na produção de petróleo para 2005
3 Exportação não deve ser única alternativa para excedente de produção da Petrobras
4 Petrobras quer reduzir perdas com área de gás e energia em 2004
5 Ildo Sauer: Petrobras quer garantir lastro físico dos contratos das termelétricas no Nordeste
6 Petrobrás quer fechar compra da Eletrobolt até o fim do ano
7 Petrobras Energia realiza descoberta de jazida de gás e petróleo no sul da Argentina
8 Petrobras vira sócia da Gasmig
9 Petrobras planeja investir R$ 1,4 bi na Gasmig
10 Brumer: Não está descartada a possibilidade de a nova Gasmig negociar ações em bolsa de valores
11 Consumo de gás natural cresce
12 Consumo de gás natural no RJ deverá atingir 3 bilhões de metros cúbicos em 2004
13 Dilma: Governo vai lançar a regulamentação para produção de biodiesel em novembro
14 Dilma descarta usina de Angra-3 antes de 2010
15 Eletronuclear: Troca de geradores dará sobrevida de 30 anos para Angra I
16 Angra I voltará a operar antes do previsto

Grandes Consumidores
1 A Aços Villares registra lucro de R$ 75,5 mi

Economia Brasileira
1 PPP sai da pauta de prioridades do Congresso
2 Ministro Aldo Rebelo tem encontro com oposição para discutir projetos de PPPs

3 Investimentos anunciados crescem 30%
4 Desembolsos do BNDES vão a R$ 19,1 bi até julho
5 Cai investimento direto de empresas brasileiras no exterior
6 IPCA de julho foi de 0,91%
7 INPC de julho ficou em 0,73%
8 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Presidente argentino faz queixas da falta de investimentos da Petrobras no país
2 Ministro argentino critica política de preços da Petrobras na Argentina

Regulação e Novo Modelo

1 Aneel já discute formatação do primeiro leilão de energia

A Aneel prevê para o final de setembro as primeiras audiências públicas sobre a formatação dos contratos de compra e venda de energia que será colocada ao mercado no leilão de energia existente, previsto para o final deste ano. Neste leilão, a estimativa da agência é que sejam colocados à venda aproximadamente 25 mil MW médios, provenientes dos 75% de contratos iniciais descontratados desde 2003 - 25% a cada ano, já contando com o percentual referente a janeiro de 2005. Para o mercado, as garantias de recebíveis das distribuidoras e os índices que vão definir a remuneração das geradoras são considerados fundamentais para a viabilização dos negócios futuros no setor, principalmente na expansão da oferta. O presidente da Aneel, Mário Abdo, disse que na próxima segunda-feira, durante a reunião semanal do corpo diretivo da agência, já começam a ser discutidas as primeiras questões sobre o leilão. (Gazeta Mercantil - 11.08.2004)

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2 MME trabalha com duas alternativas para leilão de energia existente

O secretário-executivo do MME, Maurício Tolmasquim, disse ontem que o governo federal estuda se realizará, neste ano, um megaleilão de energia descontratada, com a oferta de 55 mil MW ou se oferecerá esse volume de energia em vários leilões. Tolmasquim disse que vê vantagens e desvantagens na alternativa de realizar apenas um leilão com todo o estoque de energia. Como vantagem o secretário destacou o fato de o investidor ter a opção de escolher o produto mais adequado às suas necessidades. "A desvantagem de realizarmos um megaleilão é não podermos desfrutar da curva de aprendizado", diz Tolmasquim que também admite existir o risco de que alguns produtos não sejam negociados, em função do volume de energia colocado. Esses 55 mil MW abrangem a energia elétrica que está ou será descontratada, cumprindo a legislação do setor, cuja venda em leilão permitirá firmar contratos de suprimento para o período de 2005 a 2008. (Gazeta Digital e Canal Energia - 11.08.2004)

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3 Tolmasquim: Setor deve voltar a receber investimentos privados com novo modelo

Maurício Tolmasquim afirmou ontem que a expectativa é que agora, depois de definida a regulamentação do novo modelo do setor elétrico, o setor volte a receber investimentos privados. "Uma nova onda de investimentos virá, e virá com força", afirmou. De acordo com Tolmasquim, deverão ser investidos US$ 8,2 bilhões no setor elétrico entre 2004 e 2005. Para o secretário, o novo modelo do setor elétrico oferece um alto grau de segurança para o investidor. O secretário-executivo do MME acrescentou que o setor elétrico demandará, nos próximos anos, US$ 5,7 bilhões, dos quais 50% serão destinados à geração, 34% para a distribuição e os 16% restantes para a transmissão. O secretário disse ainda que, antes do novo marco regulatório, o investidor tinha de ser herói ou louco. "Não é à toa que não tinha investimento e só teve no que não era competitivo, como no self-dealing e nos contratos de PPT (programa prioritário de termeletricidade)", disse. (Gazeta Mercantil e Paraná Online - 11.08.2004)

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4 Tolmasquim: Carga tributária no setor elétrico é elevada por fatores macroeconômicos

O secretário-executivo do MME, Maurício Tolmasquim, reconheceu que a carga tributária no setor elétrico é elevada, mas ponderou que existem razões macroeconômicas para isso e que não cabe ao MME criticar a política fiscal. "Nós achamos que o setor de energia elétrica paga muito tributo, mas nós sabemos que há outras restrições. Há questões macroeconômicos que tem de ser olhadas. Respeitamos as decisões da Fazenda", ressaltou. (Valor - 10.08.2004)

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5 Presidente da Abdib: Carga tributária sobre setor elétrico deve ser discutida com a União e os Estados

Durante o 5º Encontro de Negócios de Energia, promovido pela Fiesp, o presidente da Associação Brasileira de Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy, destacou a importância de se discutir a carga tributária sobre o setor elétrico com a União e com os Estados uma vez que cobram ICMS sobre as tarifas. Godoy estima que a tributação total incidente no setor chegue à casa de 45%. (Valor - 10.08.2004)

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6 Abdib cobra aumento de financiamentos do BNDES para o setor elétrico

Para o presidente da Associação Brasileira de Infra-Estrutura e Indústria de Base (Abdib), Paulo Godoy, há necessidade de aumento nos financiamentos do BNDES destinados para o setor de energia para viabilizar a expansão da oferta de geração, por exemplo, e também de linhas de fundos de investimento lastreados nos contratos de longo prazo. (Gazeta Mercantil - 11.08.2004)

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7 BNDES pode liberar R$ 13 bi para financiamento do setor elétrico

O BNDES deve desembolsar, neste ano, de R$ 12 bilhões a R$ 13 bilhões para o financiamento de projetos do setor de energia elétrica, informou ontem o superintendente da Área de Infra-Estrutura do banco, João Carlos Cavalcanti. Segundo ele, o total de desembolsos previsto para este ano é de R$ 45 bilhões. De 2005 a 2012, o setor elétrico demandará investimentos anuais de R$ 17,9 bilhões, disse Cavalcanti, dos quais R$ 11,5 bilhões serão financiados, por ano, pelo BNDES. Deste total, R$ 8,7 bilhões serão investidos por ano em geração, sendo R$ 6 bilhões financiados pelo BNDES; R$ 4,6 bilhões vão para distribuição, sendo R$ 3,2 bilhões pelo banco, e R$ 4,6 bilhões para a transmissão, cabendo R$ 3,2 bilhões ao BNDES. Cavalcanti manifestou otimismo quanto à retomada dos investimentos para a expansão do setor elétrico. Segundo Cavalcanti, entidades financeiras internacionais, como IFC e BID, já manifestaram interesse no financiamento de projetos. (O Estado de São Paulo - 11.08.2004)

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8 Interesse de grandes empresas em investir no País está abaixo das expectativas do BNDES

Levantamento do BNDES mostra que, dos 86.027 projetos financiados pelo banco de janeiro a julho, 78.176 foram de micro, pequenas e médias empresas, ou 90,8% dos créditos. Os projetos de grande porte (4.319) responderam por 5,2% e os médios (3.532) ficaram com fatia de 4,1%. No total, os desembolsos do BNDES cresceram 37% no período, somando R$ 19,1 bilhões. "Recebemos alguns grandes projetos, mas o setor industrial não colocou no banco o volume de consultas esperado, que permanece o mesmo de três meses atrás", disse o superintendente de Planejamento do banco, Maurício Serrão Piccinini. Em valores, os grandes projetos lideraram os desembolsos (R$ 12,2 bilhões), com aumento de 38% de janeiro a julho ante igual período de 2003. Apesar de os dados do banco indicarem que o volume total de cartas-consulta cresceu 164% de janeiro a julho, Piccinini ressalta que, deste total, só cinco grandes empresas apresentaram projetos - Embraer, Petrobrás, CSN, Eletropaulo e Cenibra -, somando R$ 8,5 bilhões. (O Estado de São Paulo - 11.08.2004)


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9 Governo cria Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico

Foi publicado, no Diário Oficial, o decreto que cria o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). Caberá ao CMSE acompanhar o desenvolvimento da matriz energética e o planejamento de longo prazo do setor. As análises do CMSE terão um horizonte de cinco anos e avaliarão as atividades de geração, transmissão e distribuição de energia. Também terá a função de localizar possíveis problemas que possam afetar o abastecimento no Brasil. O CMSE terá quatro representantes do MME e será presidido pela ministra Dilma Rousseff, mas também contará com representantes da Aneel, da ANP, do ONS, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). As reuniões do Comitê serão mensais e o grupo de coordenação terá três meses para aprovar o regimento interno com o detalhamento do sistema de deliberação do órgão. A nova entidade terá autonomia para criar até sete comissões temporárias sobre temas específicos do setor elétrico. (Jornal do Brasil - 10.08.2004)

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10 MMA não pretende acelerar ritmo de concessão de licenças ambientais

O Ministério do Meio Ambiente não está disposto a mudar o ritmo de concessão de licenciamentos ambientais para acelerar o cronograma de expansão do setor elétrico. Segundo o secretário-executivo do ministério, Claudio Langone, o objetivo é que as licenças ambientais tenham solidez jurídica, para evitar a suspensão dos empreendimentos por desrespeito à legislação. Langone nega que o MMA e o MME estejam em conflito - prefere criticar a Aneel - mas deixa claro que o argumento do "risco-apagão" não pode servir para se negligenciar o cuidado com os recursos naturais. "O ritmo do licenciamento não pode ser subordinado ao setor elétrico", diz Langone. (O Globo - 11.08.2004)

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11 Licenciamento ambiental: GO e PR terão atenção especial do governo

A estratégia do MME, que reúne o Ministério do Meio Ambiente e o Ibama, para desatar o nó do licenciamento ambiental já está em plena marcha. No processo, que procura garantir o licenciamento prévio das usinas que serão licitadas no próximo ano, o governo quer dar atenção especial aos estados de Goiás e do Paraná. O objetivo do governo é colocar em leilão 45 usinas já licitadas e 17 novas, que totalizam quase 16 mil MW. Segundo o secretário de Política e Planejamento do MME, Amilcar Guerreiro, o ministério já se reuniu com representantes dos órgãos ambientais de Goiás e Paraná, na tentativa de negociar solução para resolver os entraves ambientais. "Esta é uma questão ainda em discussão com os órgãos desses estados", contou o secretário. (Canal Energia - 11.08.2004)

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12 Goiás lança Luz para Todos

A Celg vai colocar agora em operação o Luz para Todos. Em parceria com os governos estadual e federal, o programa será lançado esta semana, de acordo com a assessoria de imprensa da empresa. A previsão para o primeiro ano, de acordo com o superintendente de Engenharia de Distribuição da empresa, Marco Aurélio Naves, é atender 10.200 famílias no Estado, com investimentos próximos a R$ 50 milhões. "A prioridade é levar energia elétrica de pequenas extensões, até 350 metros, a custo zero", destaca, lembrando que nessa primeira etapa serão executados 3.350 quilômetros de extensão. A meta do Luz para Todos é atender 34.472 famílias até dezembro de 2006, cuja previsão de gastos está calculada em mais de R$ 251 milhões. Deste total, a Celg, o órgão executor, entra com 15%, o Estado com 20% e os 65% restantes sairão dos cofres da Eletrobrás, sendo 25% oriundos de financiamento e 40% a título de Fundo Perdido. (Elétrica - 10.08.2004)

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Empresas

1 Tractebel espera definição da regulação do setor para decidir sobre investimentos futuros

A definição dos detalhes que ainda faltam na regulação do setor elétrico foi apontada pelo diretor-presidente da Tractebel, Manoel Zaroni Torres, como fundamental para que a empresa decida sobre investimentos futuros no País. "Houve evolução entre a proposta inicial do modelo e a regulamentação apresentada pelo Ministério, mas há aspectos preocupantes, como a segmentação de energia velha e nova", afirma. Segundo Zaroni, o aumento do mercado de livre contratação, com a eliminação da exigência de tensão acima de 69 kV além do consumo mínimo de 3 MW para a migração do mercado regulado para o livre, é considerado pela empresa como um fator que pode viabilizar o retorno dos investimentos. "Acho que poderia até diminuir para 1 MW o consumo mínimo", afirmou Zaroni. (Gazeta Mercantil - 11.08.2004)

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2 Coelce tem lucro de R$ 7,6 mi no segundo trimestre

A Coelce fechou o segundo trimestre do ano com lucro líquido de R$ 7,6 milhões, contra os R$ 58,6 milhões, também positivos, registrados em igual período do ano passado, segundo dados encaminhados à Bolsa de Valores de São Paulo. No acumulado do ano, a distribuidora teve lucro de R$ 19,9 milhões, resultado inferior ao lucro de R$ 63,2 milhões do primeiro semestre de 2003. A receita bruta da empresa no segundo trimestre ficou em R$ 457,1 milhões, valor 26,5% superior ao registrado em igual período do ano passado (R$ 361,4 milhões). Nos meses de janeiro a junho deste ano, o faturamento bruto ficou em R$ 898,8 milhões, um crescimento de 37,1% em comparação com o primeiro semestre de 2003. (Canal Energia - 10.08.2004)

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3 CPFL Paulista fecha trimestre com lucro de R$ 147,56 mi

A CPFL Paulista teve lucro de R$ 147,56 milhões no segundo trimestre do ano. No mesmo período de 2003, o prejuízo foi de R$ 11,45 milhões. No semestre, o lucro acumulado fica em R$ 123,87 milhões, contra prejuízo de R$ 144,15 milhões em igual período do ano passado. O resultado operacional chegou a R$ 109,74 milhões no segundo trimestre deste ano, contra prejuízo de R$ 13,06 milhões no segundo trimestre do ano anterior. No semestre o valor acumulado, também positivo, é de R$ 76,21 milhões. Nos primeiros seis meses de 2003, o montante negativo chegou a R$ 187,51 milhões. (Canal Energia - 10.08.2004)

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4 CPFL emite debêntures em operações de R$ 250 mi

A CPFL Paulista concluiu com sucesso suas emissões de debêntures. A distribuição dos papéis da CPFL, concluída ontem, foi feita em duas séries. A primeira delas, que soma R$ 120 milhões, terá rendimento de 109% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI), enquanto a segunda, de R$ 130 milhões, renderá o Índice Geral de Preços de Mercado (IGPM) mais 9,80% ao ano. O prazo de vencimento dos títulos é de cinco anos. O Banco do Brasil liderou a estruturação, na qual trabalharam ainda o Itaú e o Banco Votorantim. Houve forte procura também pelos títulos da CPFL Paulista, afirma Leonardo Loyola, gerente de renda fixa da diretoria de mercado de capitais do Banco do Brasil. Segundo ele, havia espaço para colocação de R$ 400 milhões. (Valor - 11.08.2004)

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5 Cemig emite R$ 230 mi em debêntures

A Cemig emitiu debêntures em operação de R$ 230 milhões. Os recursos possibilitarão à companhia o alongamento do perfil de suas dívidas. Os papéis lançados pela Cemig vencerão em dez anos e terão rendimento de IGPM mais 10,5% ao ano - número inferior ao inicialmente estimado pela companhia, de IGPM mais 11%. "A empresa poderia lançar até R$ 400 milhões, que era seu plano inicial, mas preferiu dar prioridade à redução da taxa", disse. "Havia demanda para mais papéis." A estruturação da operação da Cemig foi compartilhada por Unibanco, o líder, BB e Itaú. A companhia tem um programa de emissões de debêntures que totaliza R$ 1,45 bilhão, com conclusão prevista para 2006. (Valor - 11.08.2004)

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6 Celpe corta energia de município inadimplente

Brejão, município do Agreste de Pernambuco, localizado a 250 quilômetros do Recife, teve parte do fornecimento de energia elétrica suspenso na manhã da última segunda-feira por causa de inadimplência. O corte foi promovido pela Celpe na sede da administrativa, no mercado público e no matadouro. Segundo o superintendente de Operações da Celpe, Gustavo Alencar, uma reunião da empresa com o prefeito ficou marcada para hoje a fim de resolver as pendências, depois do que a luz dos citados edifícios poderá ser religada. (Diário de Pernambuco - 11.08.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 ONS afirma que Brasil vive "bolha de conforto" no sistema elétrico

O presidente do ONS, Mário Santos, disse ontem que o país vive atualmente em uma "bolha de tranqüilidade" no suprimento de energia para 2005 e 2006, mas alertou que, entre 2007 e 2008, os custos marginais de expansão, assim como os riscos, serão crescentes, e por isso o momento atual deve ser aproveitado para que sejam retirados todos os entraves aos investimentos em geração e transmissão de energia. "Não devemos nos tranqüilizar com a situação de conforto de agora", disse Santos, para quem o novo modelo do setor elétrico é "a vitória do possível" e por isso terá que ser implementado agora. Mário Santos também ressaltou a importação da geração termoelétrica e da expansão das linhas de transmissão para equilibrar o sistema elétrico brasileiro, que hoje é muito dependente das chuvas que precisam encher os reservatórios do Sudeste, notadamente os de Minas Gerais. (Valor - 11.08.2004)

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2 Dilma: Abastecimento está garantido até 2007

A ministra Dilma Rousseff disse que o País pode passar tranqüilo pelo "horizonte do abastecimento", pelo menos até o final da década. De acordo com a ministra, há energia suficiente para atender a demanda até 2007, sendo que a partir deste período, novas usinas deverão entrar em operação. Dilma disse que algumas usinas já estão "encaminhadas" e que das 45 usinas que apresentaram problemas do governo anterior 22 já foram resolvidos. De acordo com a ministra, o governo já está providenciando o licenciamento de mais 17 usinas. Segundo ela, o modelo não é de escassez - como o modelo anterior - mas prevê estar um pouco a frente da demanda. Disse que o novo modelo busca dar segurança no abastecimento à medida que cresce a economia. (Jornal do Brasil - 10.08.2004)

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3 Diretor da Eletrobrás descarta risco de apagão

Segundo avaliação do diretor de Projetos da Eletrobrás, Aloisio Vasconcelos, o país não corre risco de novo apagão por causa da demora dos licenciamentos ambientais de obras de geração. Para Vasconcelos, até 2008 não há risco de racionamento. Segundo o executivo, a projeção da estatal não é otimista, mas baseada na realidade atual do sistema elétrico brasileiro. De acordo com Vasconcelos, o país possui atualmente 5 mil MW de reservas, que seriam suficientes para garantir o abastecimento até 2006. Além disso, o executivo disse que os projetos de geração de energia alternativa incluídos no Proinfa somariam mais 3,3 mil MW de capacidade instalada ao sistema elétrico, o que garantiria a expansão do consumo até 2008. Vasconcelos se mostrou otimista que o Ministério do Meio Ambiente está agilizando a liberação das licenças ambientais que viabilizarão os projetos de construção das hidrelétricas. (Jornal do Brasil - 11.08.2004)

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4 Nível de armazenamento chega a 79,3% no Sudeste/Centro-Oeste

Os reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste registram 79,3% da capacidade, valor 38,8% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice de armazenamento teve uma redução de 0,2% em um dia. As usinas de São Simão registra 84,2% da capacidade. A hidrelétrica de Miranda apresenta volume de 74,9%. (Canal Energia - 10.08.2004)

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5 Reservatórios do subsistema Sul registram 82,5% da capacidade

O subsistema Sul registra 82,5% da capacidade. O nível de armazenamento teve uma queda de 0,5% em relação ao dia 8 de agosto. O volume da usina de Salto Santiago fica em 96,8%. (Canal Energia - 10.08.2004)

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6 Capacidade de armazenamento no subsistema Nordeste está em 88,4%

O nível de armazenamento chega a 88,4% no subsistema Nordeste, volume 60,5% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice teve uma queda de 0,3% em comparação com o dia anterior. A hidrelétrica de Sobradinho registra volume de 89%. (Canal Energia - 10.08.2004)

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7 Subsistema Norte registra 77,3% da capacidade

A capacidade de armazenamento no subsistema Norte está em 77,3%, uma queda de 0,4% em relação ao dia 5 de agosto. O volume da usina de Tucuruí registra volume de 84,9%. (Canal Energia - 10.08.2004)

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Gás e Termoelétricas

1 Dilma defende licitação

A ministra de Dilma Rousseff defendeu ontem o direito de o governo federal realizar a 6 Rodada do Petróleo, nos dias 16 e 17, argumentando que o fato de conceder o direito de exploração das bacias por terceiros, mediante licitação, não significa que o País perca o controle sobre as jazidas. ''A ANP regula a importação e exportação de combustíveis no País e, conforme a legislação em vigor, as exportações são estabelecidas pela ANP'', disse a ministra, ao participar do seminário ''Metas do Milênio O ABC pensa o futuro'', promovido pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. ''Mas as jazidas continuam sendo de propriedade do País'' , complementou, para adicionar, em seguida, que a legislação estabelece que a permissão de exportações do insumo pela agência reguladora depende previamente da garantia de pleno abastecimento do mercado doméstico. (Folha de Londrina - 11.08.2004)

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2 Petrobrás pode antecipar auto-suficiência na produção de petróleo para 2005

A Petrobrás vai antecipar para o fim de 2005 a meta de auto-suficiência do País na produção de petróleo, antes projetada para meados de 2006. A decisão ainda não é oficial, mas é consenso na estatal, como explicou seu diretor de Exploração e Produção, Guilherme Estrella. "Formalmente (a auto-suficiência) será em 2006, mas estou botando minhas fichas para o final do ano que vem, com 1,850 milhão (barris de petróleo por dia). O consumo está crescendo, mas vamos fazer força para antecipar a auto-suficiência. É uma palavra de ordem no E&P (diretoria de Exploração e Produção)", declarou Estrella. O diretor comentou que a estatal irá, com isso, aproveitar um excelente momento no mercado internacional de petróleo para aumentar seu poder de negociação com outras companhias produtoras. A estatal já está trabalhando com o estabelecimento de um novo patamar internacional de preços. (O Estado de São Paulo - 11.08.2004)

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3 Exportação não deve ser única alternativa para excedente de produção da Petrobras

O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella frisa que prefere não colocar a exportação como a única alternativa ao excedente de produção e baseia a sua opinião num longo e detalhado relato sobre a estratégia da empresa: "A solução imediata seria a exportação. Mas, aí é que está. Teremos, pela primeira vez na história da Petrobrás, uma base concreta de internacionalização de suas operações. Vamos chegar num mercado internacional carente. Imagina o poder de negociação que a gente tem para colocar a Petrobrás no contexto internacional com muito mais intensidade". Ele reconhece que a produção este ano deve encerrar no mesmo nível de 2003, em torno de 1,25 milhão barris/dia, em média, e atribuiu o fato de a Petrobrás ter "estacionado" a problemas técnicos, que suspenderam parte da produção, o que será revertido a partir de setembro, quando começa a operar a primeira de três grandes novas plataformas. (O Estado de São Paulo - 11.08.2004)

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4 Petrobras quer reduzir perdas com área de gás e energia em 2004

O gerente executivo da assessoria de Gás e Energia da Petrobras, Henyo Barretto, disse que a Petrobras planeja, este ano, reduzir em um terço as perdas com a área de gás e energia, que foram de R$ 2,3 bilhões em 2003. Uma das causas desse prejuízo é o contrato de importação de gás da Bolívia. Para reduzir as perdas, Barreto disse que a Petrobras tem estimulado o aumento do consumo de gás natural com preços mais baixos. (Jornal do Brasil - 11.08.2004)

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5 Ildo Sauer: Petrobras quer garantir lastro físico dos contratos das termelétricas no Nordeste

O diretor de gás e energia da Petrobras, Ildo Sauer, disse que a estatal está disposta a contratar energia elétrica da região Sudeste para garantir o lastro físico exigido nos contratos das usinas termelétricas no Nordeste. Segundo ele, por falta de gás natural, a Petrobras propõe fornecer outro combustível, como diesel ou gás sintético, ou até comprar energia do Sudeste. Mário Abdo, do ONS, afirma que a questão está sendo analisada. (Gazeta Mercantil - 11.08.2004)

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6 Petrobrás quer fechar compra da Eletrobolt até o fim do ano

A Petrobrás pretende fechar acordo, até o final do ano, para aquisição da termelétrica Eletrobolt, no Rio de Janeiro. Segundo o diretor de Gás e Energia da Petrobrás, Ildo Sauer, a negociação está sendo feita junto a banco credores da antiga massa falida da Enron. A negociação, explica, está sendo feita desde 2003. Sauer acredita que a negociação estará concluída em breve, trazendo decisão favorável para a Petrobrás. "O entendimento tem sido favorável à Petrobrás e podemos fechar as negociações ainda este ano", disse. O prejuízo da estatal com o aluguel da Eletrobolt e de mais duas termelétricas chega a US$ 330 milhões por ano. De acordo com Sauer, as negociações começaram pela Eletrobolt em função da maior repercussão no mercado. Segundo ele, a situação da Eletrobold era mais crítica, já que a usina foi adquirida por instituições financeiras após a falência da Enron. (Canal Energia - 10.08.2004)

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7 Petrobras Energia realiza descoberta de jazida de gás e petróleo no sul da Argentina

A Petrobras Energia, filial argentina do grupo Petrobras, anunciou a descoberta de uma jazida de gás e petróleo na província de Santa Cruz, no sul da Argentina. A companhia explicou que o poço exploratório Puesto Oliverio x-1001, situado a 180 km ao noroeste da cidade de Río Gallegos conseguiu extrair 60 mil metros cúbicos diários de gás e 30 metros cúbicos diários de petróleo, de uma profundidade de 2.971 a 2.977 metros. A companhia petrolífera afirmou que ''em breve serão feitos diferentes testes para definir a extensão da descoberta''. A descoberta foi feita no bloco El Martillo-El Campamento, pertencente à área Santa Cruz I, na qual a Petrobras Energia explora reservas de hidrocarbonetos em parceria com a Compañía General de Combustibles (CGC). O plano exploratório para essa área prevê a perfuração de outros dois poços no que resta deste ano e abrir outros dois em 2005. (Jornal do Brasil - 10.08.2004)

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8 Petrobras vira sócia da Gasmig

A Petrobras vai pagar R$ 144 milhões pela compra de 40% do capital da distribuidora Gasmig, empresa de gás controlada pela Cemig. No acordo entre as partes, ficou decidido que a estatal federal vai cuidar da construção de um gasoduto. A Cemig e a Petrobras vão divulgar hoje "fato relevante" detalhando as bases da operação. A conclusão da negociação foi anunciada pelo gerente-executivo da assessoria de gás da Petrobras, Henyo Barretto, que se antecipou à própria estatal federal e à Cemig, que pretendiam divulgar a venda somente na sexta-feira, após a reunião do conselho de administração das duas empresas. O negócio ainda depende de lei que autorize a operação. Com o dinheiro que será pago pela Petrobras, o governo de Minas Gerais pretende financiar projetos de expansão da rede da Gasmig no Estado. (Superávit - 11.08.2004)

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9 Petrobras planeja investir R$ 1,4 bi na Gasmig

A Petrobras planeja investir R$ 1,4 bilhão na nova Gasmig. Desse valor, R$ 879 milhões serão aplicados no gasoduto. A Gasmig, por sua vez, investirá R$ 485 milhões em distribuição. Com o negócio, a produção diária da Gasmig deve passar dos atuais 1,9 milhão de metros cúbicos de gás para 5 milhões de metros cúbicos em três anos. A Gasmig possui 250 quilômetros de rede na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em Juiz de Fora e Barbacena. O plano de expansão prevê investimentos de US$ 500 milhões até 2010, para levar a rede a três regiões do Estado: Sul, Vale do Aço e Triângulo Mineiro. Este ano, a empresa pretende investir R$ 80 milhões. Como sócia da Petrobras, o preço do gás deve cair, tornando a empresa mais competitiva. (Superávit - 11.08.2004)

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10 Brumer: Não está descartada a possibilidade de a nova Gasmig negociar ações em bolsa de valores

A Gasmig é avaliada em R$ 360 milhões. Um lei estadual permite que sejam vendidos até 49% do capital da empresa de gás, mantendo o controle acionário nas mãos da Cemig. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado e presidente do conselho de administração da Cemig, Wilson Brumer, a intenção é atingir o teto permitido, mas por enquanto isso não será possível, "por causa da existência de pequenos acionistas, como a Prefeitura de Belo Horizonte, que detém 5% das ações". Segundo Brumer, não está descartada a possibilidade de a nova Gasmig, com a Petrobras como acionista, vir a negociar ações em bolsa de valores. "Mas não será agora", declarou. A estatal mineira de gás fechou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 4,3 milhões. (Superávit - 11.08.2004)

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11 Consumo de gás natural cresce

O consumo de gás natural no Brasil aumentou 24,7% em junho em relação ao mesmo mês do ano passado, atingindo uma média de 37,2 milhões de m³ por dia, segundo levantamento da Abegás. Somente em relação a maio, a elevação verificada foi de 3,9%. Segundo a entidade, no sexto mês do ano, todas as regiões do País apresentaram crescimento de demanda, em todos os segmentos consumidores. Para a Abegás, as baixas temperaturas nas regiões Sul e Sudeste foram as principais responsáveis pelo aumento de 21,6% no setor comercial e de 41,1% na área residencial. Já o segmento industrial consumiu 1,4% a mais que o registrado em maio, mantendo a trajetória de elevação verificada no mês anterior. (Gazeta Mercantil - 11.08.2004)

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12 Consumo de gás natural no RJ deverá atingir 3 bilhões de metros cúbicos em 2004

O consumo de gás natural no estado do Rio de Janeiro deverá chegar a 3 bilhões de metros cúbicos até o final do ano, segundo estimativa da CEG e CEG-Rio. Segundo o gerente de Gestão de Mercado Elétrico das concessionárias, Sérgio Soares dos Santos, cerca de 700 milhões de metros cúbicos deverão ser consumidos pelas térmicas Macaé Merchant, Eletrobolt, Termorio e Norte Fluminense. Além das quatro unidades em operação, a CEG também fornecerá gás natural para a térmica Santa Cruz, de propriedade da estatal Furnas. A CEG pretende ampliar em 439 milhões de metros cúbicos o volume de gás comercializado anualmente até 2007, passando de 2,3 bilhões para 2,7 bilhões por ano. Para atingir essa meta, a concessionária quer conquistar 249 mil novos consumidores em três anos, chegando a 889 mil pontos de consumo. (Canal Energia - 10.08.2004)

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13 Dilma: Governo vai lançar a regulamentação para produção de biodiesel em novembro

O governo federal lançará em novembro a regulamentação para a produção em alta escala de biodiesel. O anúncio foi feito ontem pela ministra Dilma Rousseff. Hoje, Dilma estará reunida com produtores de óleo vegetal para discutir a formulação do programa. Segundo a ministra, o programa do biodiesel exigirá uma "política determinada, que vai contemplar aspectos financeiros, tributários e também sócio-ambientais". Em princípio, estão sendo analisados os óleos produzidos a partir de palma, mamona, babaçu e soja. Entre as linhas já preestabelecidas, Dilma antecipou que a mistura do biodiesel (vegetal) ao diesel (mineral) será de 2%, em 2005, e, progressivamente, atingirá 5%, em 2009. Além disso, simultaneamente, o governo vai estimular a criação de uma frota dedicada, formada por veículos 100% movidos a biodiesel. A ministra destacou ainda o aspecto social do programa, pois principalmente a mamona pode ser cultivada em regiões de seca, como o semi-árido nordestino, e a intenção do governo é proporcionar geração de renda para pequenos agricultores. (O Estado de São Paulo - 11.08.2004)

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14 Dilma descarta usina de Angra-3 antes de 2010

No que depender da avaliação da ministra Dilma Rousseff a usina nuclear de Angra-3 não deverá ser construída até 2010. Neste momento, segundo a ministra, a construção da usina tem seu projeto analisado por um grupo de trabalho do governo federal. "Não vemos a necessidade de construção de Angra-3 até 2010, a não ser que se tome a decisão política por outras razões, como ciência e tecnologia", disse a ministra. (Jornal de Santa Catarina - 11.08.2004)

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15 Eletronuclear: Troca de geradores dará sobrevida de 30 anos para Angra I

A troca dos dois geradores de vapor (GVs) da Usina Nuclear de Angra I propiciará uma sobrevida de cerca de 30 anos à unidade nuclear, ampliando a sua operacionalidade até 2050. A afirmação foi feita pelo presidente da Eletronuclear, Zieli Dutra Filho, confirmando que a contratação dos dois novos geradores a vapor vai custar 44 milhões de euros. O contrato prevê a entrega dos dois novos geradores em um prazo de 40 meses. Para promover a troca dos geradores, que deverá acontecer no final de 2007, será necessária a paralisação de Angra I por cerca de 4 meses - período em que serão montados os geradores. A cláusula do contrato, assinado entre a Eletronuclear e a empresa franco-alemã Framatone, inclui a Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep), que responderá por parte da construção das unidades de geração a vapor. (Jornal do Brasil - 10.08.2004)

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16 Angra I voltará a operar antes do previsto

A Usina Nuclear de Angra I vai voltar a operar às 12h do próximo dia 12, oito dias antes do prazo previsto inicialmente, injetando cerca de 650 MW ao Sistema Interligado Nacional. O anúncio foi feito hoje pelo presidente da Eletronuclear, Zieli Dutra Thomé Filho. Angra I saiu do Sistema Elétrico ao primeiro minuto do último dia 10, em conseqüência de uma parada programada para promover inspeção e manutenção de dois geradores a vapor da unidade (GVs) - além de outras tarefas de manutenção preventiva. Trata-se da primeira parada programada para 2004 e a previsão de retorno ao sistema era para o próximo dia 20. (Jornal do Brasil - 10.08.2004)

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Grandes Consumidores

1 A Aços Villares registra lucro de R$ 75,5 mi

A Aços Villares, controlada pelo grupo espanhol Sidenor e maior produtora brasileira de aços especiais não planos (para construção mecânica), registrou lucro líquido R$ 39 milhões no segundo trimestre, ante os R$ 52 milhões no mesmo período de 2003. No semestre, o lucro foi de R$ 75,5 milhões, 1,7% inferior aos R$ 76,9 milhões de igual semestre do ano passado. Os resultados de 2003, segundo a empresa, refletem efeitos positivos de variação cambial e menor variação do IGP-M, que levaram o resultado financeiro do primeiro semestre de 2003 a perto de zero, enquanto neste primeiro semestre as despesas financeiras líquidas somaram R$ 31 milhões. A receita líquida alcançou R$ 385 milhões no último trimestre ante os R$ 427 milhões do mesmo intervalo em 2003. De janeiro a junho, a receita da companhia somou R$ 765,6 milhões, 5% abaixo dos R$ 806 milhões no mesmo período de 2003. O Ebitda (geração de caixa) atingiu R$ 165,6 milhões nos primeiros seis meses do ano, 13,3% a mais que os R$ 146,1 milhões, na mesma comparação. (Gazeta Mercantil - 11.08.2004)

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Economia Brasileira

1 PPP sai da pauta de prioridades do Congresso

Anunciado pelo governo como fundamental para a expansão dos investimentos, o projeto que cria as PPPs (Parcerias Público-Privadas) saiu da pauta do esforço concentrado do Senado e corre o risco de não ser votado antes das eleições municipais de outubro. A decisão foi tomada ontem após reuniões entre governistas e líderes da oposição no Senado - onde a base do Planalto é frágil e as discussões foram contaminadas pela polêmica em torno da CPI do Banestado e das acusações contra os presidentes do Banco Central e do Banco do Brasil. Segundo o ministro Aldo Rebelo (Coordenação Política), após encontro com a oposição, "o governo está disposto a negociar" alterações para apressar a tramitação do projeto, que ainda terá de voltar à Câmara. (Folha de São Paulo - 11.08.2004)

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2 Ministro Aldo Rebelo tem encontro com oposição para discutir projetos de PPPs

O governo iniciou ontem uma nova rodada de negociações, na tentativa de aprovar o projeto de lei que regulamenta a Parceria Público-Privada (PPP) ainda este ano. "O governo está disposto a negociar e acolher sugestões que aperfeiçoem o projeto", disse o ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo, que esteve ontem no Senado para conversar sobre as PPPs com os líderes dos partidos de oposição: José Agripino (PFL-RN) e Arthur Virgílio (PSDB-AM). "Iniciamos as negociações com todos os partidos e há questões de mérito a ser discutidas", disse o líder do governo no Senado, Aloízio Mercandante (PT-SP). No encontro com a oposição, Rebelo pediu-lhes que tragam suas sugestões de alteração. Tasso rebateu, dizendo que a oposição sempre teve sugestões, mas o governo já se mostrou refratário a essa negociação. Ele disse ter apresentado várias emendas ao projeto, todas recusadas pelo relator do texto na Comissão de Assuntos Econômicos, senador Valdir Raupp (PMDB-RO). (O Estado de São Paulo - 11.08.2004)

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3 Investimentos anunciados crescem 30%

Os investimentos anunciados por empresas nacionais e estrangeiras no Brasil no primeiro semestre atingiram US$ 47,2 bilhões, com alta de 30,1% em comparação com os US$ 36,3 bilhões anunciados para igual período do ano passado. Os dados constam de um levantamento feito pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) e não consideram as inversões de US$ 53,6 bilhões exclusivas da Petrobras previstas para os anos de 2004 a 2010. Em nota distribuída pelo Mdic, o secretário de Desenvolvimento da Produção, Carlos Gastaldoni, atribuiu a expansão das intenções de investimento à melhora do ambiente econômico e à recuperação da confiança do empresariado. "Estes indicadores mostram que estamos prontos para receber investimentos e que está na hora de o Brasil ser visto lá fora", disse. (Gazeta Mercantil - 11.08.2004)

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4 Desembolsos do BNDES vão a R$ 19,1 bi até julho

O BNDES desembolsou R$ 19,1 bilhões de janeiro a julho, crescimento de 37% na comparação com igual período de 2003. O BNDES liberou R$ 3,9 bilhões para o setor agropecuário, aumento de 74% em recursos, atividade que teve o maior aumento de recursos; R$ 8,4 bilhões para indústrias, com crescimento de 33%; e R$ 5,4 bilhões para o setor de infra-estrutura, aumento de 43% nas verbas. As pequenas, médias e microempresas também foram bastante atendidas: o BNDES destinou de R$ 6,8 bilhões de janeiro a julho, um crescimento de 34%. Dentre as MPEs, os setores que mais receberam recursos do banco foram os de agropecuária, com R$ 3,7 bilhões, e infra-estrutura, com R$ 1,7 bilhão. Para as exportações, os desembolsos somaram US$ 2 bilhões no acumulado dos sete primeiros meses do ano. (Jornal do Commercio - 11.08.2004)

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5 Cai investimento direto de empresas brasileiras no exterior

A média dos investimentos diretos de empresas brasileiras no exterior sofreu retração nos últimos quatro anos em relação ao período entre 1995 e 1999. Entre 2000 e 2003, a média dos investimentos brasileiros foi de US$ 700 milhões por ano, volume inferior ao que foi investido por Chile, México, China, Índia, Malásia e Coréia nesse mesmo período. Nos quatro últimos anos da década de 90, o volume médio dos investimentos brasileiros chegava a US$ 1,3 bilhão por ano. Os dados são da Conferência da ONU para o Desenvolvimento e Comércio (Unctad) e apontam que, apesar da queda, o estoque de investimentos do Brasil no exterior, incluindo o envio de recursos para paraísos fiscais, é o maior entre os principais países emergentes, somando US$ 54,6 bilhões ao final de 2003. (Jornal do Commercio - 11.08.2004)

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6 IPCA de julho foi de 0,91%

O IPCA de julho teve variação de 0,91% e ficou 0,20 ponto percentual acima do IPCA de junho (0,71%). Com o resultado de julho, o IPCA acumulou 4,42% no ano, abaixo dos 6,85% relativos a igual período de 2003. Nos últimos doze meses o índice ficou em 6,81%, acima dos 6,06% acumulados nos doze meses imediatamente anteriores. Em julho de 2003 o IPCA variou 0,20%. Pressionada por reajustes nas tarifas de São Paulo e Curitiba, foi a energia elétrica, com 3,67%, o item que exerceu o principal impacto no mês, 0,17 ponto percentual. O telefone fixo, reajustado em todas as regiões, veio a seguir, com 4,88% de aumento nas contas e 0,16 ponto de impacto. Os preços da gasolina tiveram alta de 2,46% nas bombas, refletindo parte do reajuste de 10,8% ocorrido nas distribuidoras em junho. (IBGE - 11.08.2004)

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7 INPC de julho ficou em 0,73%

O INPC teve variação de 0,73% em julho e ficou 0,23 ponto percentual acima dos 0,50% de junho. Com isso, o INPC acumulou 3,89% no ano, abaixo dos 7,88% relativos a igual período de 2003. Nos últimos doze meses, a taxa ficou em 6,30%, acima do resultado dos doze meses imediatamente anteriores (5,57%). O INPC de julho de 2003 foi 0,04%. Os preços dos Alimentos subiram 0,53%, pouco acima da taxa de 0,48% registrada em junho. Os não alimentícios tiveram variação de 0,82%, resultado superior ao de junho, 0,51%. (IBGE - 11.08.2004)


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8 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial, que abriu nesta quarta-feira em alta de 0,42% (R$ 3,042 na venda), apresentava às 12h38m elevação de 0,26%, cotado a R$ 3,035 na compra e R$ 3,037 na venda. Ontem, o dólar comercial fechou com valorização de 0,23%, a R$ 3,0380 na compra e a R$ 3,0400 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 11.08.2004)

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Internacional

1 Presidente argentino faz queixas da falta de investimentos da Petrobras no país

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, confirmou que, na segunda-feira, em reunião com o presidente argentino, Néstor Kirchner, ouviu reclamações sobre a atuação da Petrobras. A estatal já é a segunda maior petrolífera na Argentina e Kirchner teria se queixado da falta de novos investimentos. A empresa, porém, informou que investiu US$ 180 milhões no país este ano. (Jornal do Brasil - 11.08.2004)

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2 Ministro argentino critica política de preços da Petrobras na Argentina

O ministro de Planejamento da Argentina, Julio de Vido, disse que a política de preços da Petrobras no país dele ''é absolutamente equivocada'' e pediu que a companhia aumente seus investimentos. A Petrobras ''tem uma grande dívida de investimentos com a Argentina'', especificou. De Vido disse que o governo argentino espera que a companhia assuma um papel ''de liderança'' nos investimentos em gasodutos, referindo-se aos que são necessários para aumentar a capacidade de transporte do ''San Martín'', um dos maiores do país. A ampliação do gasoduto ''San Martín'', que liga as jazidas do sul da Argentina com Buenos Aires, é uma das prioridades do governo para que as obras estejam concluídas no próximo ano, dentro do plano lançado em abril passado para superar a crise energética. O ministro de Planejamento fez as declarações depois de falar em uma conferência sobre as perspectivas econômicas da Argentina, organizada em Buenos Aires. (Jornal do Brasil - 10.08.2004)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Pedro Bruni e Rodrigo Madeira

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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