l

IFE: nº 1.401 - 05 de agosto de 2004
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
MME divulga a lista das novas hidrelétricas para leilão em 2005
2 Projetos apresentaram estudos de impacto ambiental até maio deste ano
3 Ibama: Documentos para requisição do licenciamento não são satisfatórios na maioria dos casos
4 Dilma: Falta de unificação causa demora em processos de licenciamento
5 Caracterização do consumidor livre de energia causa polêmica
6 Beluzzo elogia projeto de política energética do país
7 Presidente da Usiminas questiona política energética do governo
8 Câmara poderá votar PL das agências até setembro
9 STF discute inconstitucionalidade de MPs do novo modelo
10 Governo esperava arquivamento do processo no STF
11 Câmara analisa projeto de lei que estimula geração alternativa
12 MAE contabiliza R$ 60,05 mi em junho
13 Justiça revê corte de luz por falta de pagamento

Empresas
1 Duke Energy não planeja investir agora nas suas operações no Brasil
2 Celpe revela previsão de compra
3 Energia Paulista fecha segundo trimestre com prejuízo de R$ 6,6 mi

Licitação
1 Eletroacre
2 Eletronorte
3 Copel

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Dilma: Estoque de usinas é suficiente para atender demanda
2 Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste registram 80,2% da capacidade
3 Nível de armazenamento do subsistema Sul chega a 85,7%

4
Capacidade de armazenamento do subsistema Nordeste fica em 89,7%
5
Região Norte registra volume de 79,5%

Gás e Termelétricas
1 Dilma: Usinas emergenciais farão parte dos futuros leilões de energia térmica
2 Petrobras pode comprar térmica Eletrobolt
3 Petrobras discute caminhos legais para contestar contratos com térmicas na justiça

Grandes Consumidores
1 Lucro da siderurgia cresceu 62,3% no primeiro semestre
2 A Acesita registra lucro semestral recorde

Economia Brasileira
1 Governo arma operação para aprovar projeto de PPPs
2 Governo deve alterar projeto de PPPs

3 Lula: País já criou 1,2 milhão de empregos este ano
4 Lula: Poucas vezes na história houve confluência de fatores tão positivos para o Brasil
5 CNI: Indústria apresentou crescimento robusto em junho
6 Confiança da indústria de SP é a maior desde 2000
7 Tarifas públicas vão pressionar a inflação
8 IPC-RJ sobe menos
9 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Crescimento do consumo de energia anual na China é de 15%
2 Bolívia exportará gás pelo Peru

Regulação e Novo Modelo

1 MME divulga a lista das novas hidrelétricas para leilão em 2005

O governo luta para viabilizar 17 projetos hidrelétricos em fase de licenciamento ambiental. Atualmente, o país detém cerca de 45 hidrelétricas com outorgas já licitadas, mas que ainda passam pelo processo de licenciamento na área ambiental. São 17 hidrelétricas com capacidade instalada total de 2.829 MW, localizadas em sete estados - Tocantins, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul. A usina Ipueiras é a maior da relação, com potência total de 480 MW, seguida das hidrelétricas Mauá (388 MW) e Baixo Iguaçu (340 MW). Compõem a lista ainda as usinas Simplício (323 MW), Dardanelos (256 MW), Baguari (140 MW), Itaguaçu (130 MW), Telêmaco Borba (120 MW), Mirador (106 MW), Retiro Baixo (82 MW), Paulistas (81 MW), Barra do Pomba (80 MW), Passo São João (77 MW), Foz do Rio Claro (72 MW), Salto Grande (53 MW), São José (51 MW) e Cambuci (50 MW). (Valor e Canal Energia - 04.08.2004)

<topo>

2 Projetos apresentaram estudos de impacto ambiental até maio deste ano

Dos 17 projetos que deverão formar o conjunto de novas usinas a serem licitadas no primeiro leilão de expansão sob as regras do novo modelo do setor elétrico, 11 apresentaram os estudos de impacto ambiental até maio deste ano, enquanto os outros seis deverão levá-los aos órgãos de licenciamento, federal ou estadual, até setembro. De acordo com as regras definidas no novo modelo, o leilão do ano que vem envolverá, além dessas usinas novas, mais 45 empreendimentos já licitados, mas que ainda não entraram em operação por falta de licença ambiental. Essas usinas somam pouco mais de 13 mil MW de potência. A ministra Dilma Rousseff, destacou que as 17 novas usinas apresentam demandas ambientais, já que, pelas regras do novo modelo, apenas poderão ser leiloados os projetos cujas licenças ambientais prévias já tiverem sido emitidas. Dilma apontou a necessidade de um melhor tratamento das políticas de financiamento para o setor. Para a ministra, é importante haver diversificação dos agentes financiadores, assim como mecanismos de mitigação de risco para bancos e organismos multilaterais. (Canal Energia - 04.08.2004)

<topo>

3 Ibama: Documentos para requisição do licenciamento não são satisfatórios na maioria dos casos

Segundo o diretor do licenciamento e qualidade ambiental do Ibama, Nilvo Luiz Alves da Silva, infelizmente há um grande número de casos onde os documentos apresentados não são satisfatórios. Silva citou como exemplo o caso da usina de Barra Grande, no Sul. Silva disse ainda que grande parte dos projetos listados como problemáticos estão com situação irregular por conta ações de cunho social e econômico e não apenas por entraves ambientais. Ele citou as hidrelétricas de Estreito, São Salvador, Itumirim e Aimorés como exemplos de projetos com problemas de cunho social. As usinas de Couto Magalhães e Itaocara tiveram problemas como a caducidade do prazo para a documentação. (Valor - 05.08.2004)

<topo>

4 Dilma: Falta de unificação causa demora em processos de licenciamento

A lentidão do processo de licenciamento ambiental para empreendimentos de geração de energia prejudica a expansão da oferta de eletricidade a longo prazo e põe o país sob risco de um novo apagão. A avaliação é da ministra Dilma Rousseff, que expôs ontem aos membros do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) as linhas gerais da política energética do governo. A questão ambiental e a atração de investimentos foram assinaladas pela ministra como os principais desafios do novo modelo do setor elétrico. Na avaliação da ministra, um dos fatores que transforma o processo de licenciamento ambiental um entrave à expansão da geração de energia é a falta de unificação dos procedimentos. Regras diferentes regem o licenciamento para a construção e operação comercial de usinas localizadas em jurisdição estadual, com normas que mudam de Estado para Estado. (Jornal do Brasil - 05.08.2004)

<topo>

5 Caracterização do consumidor livre de energia causa polêmica

Um ponto do regulamento de comercialização de energia no novo modelo do setor elétrico, publicado segunda-feira, está provocando polêmica. As distribuidoras e as comercializadoras de energia elétrica divergem na leitura do parágrafo que trata da caracterização do consumidor livre - que tem a opção de escolha do seu fornecedor de energia elétrica. Para as comercializadoras, essa norma elimina ainda mais as restrições para que os grandes clientes industriais e comerciais das distribuidoras possam optar por se converter em consumidores livres, ampliando o seu mercado. Para as distribuidoras, o texto, na prática, apenas valida o disposto em 1995, no entender de dirigentes do setor, mantém as restrições para a migração de seus clientes para a condição de consumidores livres. (O Povo - 05.08.2004)

<topo>

6 Beluzzo elogia projeto de política energética do país

O economista e professor da Universidade de Campinas (Unicamp), Luiz Gonzaga Beluzzo, disse que a nova política energética do governo nada mais é do que "uma maneira muito sensata" de solucionar o problema do setor no Brasil. Segundo o economista, "é necessário que o investimento corra sempre à frente da demanda", já que o prazo de maturação é muito longo e que as condições de financiamento são muito bem definidas. Ele reportou-se, entre outras, a experiências negativas e equívocos por parte do Estado, durante outros governos, como o financiamento externo para a energia elétrica que levou a um descasamento entre a moeda em que as empresas iam faturar, moeda nacional e a moeda que elas tinham que pagar a dívida. O professor lembrou que é preciso uma regulação entre oferta e demanda, além do estabelecimento de um sistema de preços que satisfaça ao mesmo tempo "quem fez investimento, quem está fazendo a geração, a distribuição e a transmissão", sem esquecer o atendimento das necessidades do consumidor. (Elétrica - 04.08.2004)

<topo>

7 Presidente da Usiminas questiona política energética do governo

O presidente da Usiminas e membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), Rinaldo Campos Soares, questionou o poder da política energética do governo de atrair investimentos para o setor ao mesmo tempo em que garante a oferta de energia e tarifas módicas. Uma dificuldade para atrair investimentos, destacou, é o elevado custo dos empreendimentos, financiados em dólar, versus o faturamento em reais. (Jornal do Brasil - 05.08.2004)

<topo>

8 Câmara poderá votar PL das agências até setembro

A Câmara dos Deputados poderá incluir o projeto de lei 3337/04, que regulamenta a gestão e atuação das agências reguladoras, na pauta do esforço concentrado em agosto ou setembro. A matéria foi incluída nos trabalhos de julho, mas não houve acordo para votar o relatório do deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ). Segundo a Agência Câmara, a divisão de poderes entre os ministérios e as agências reguladoras e a destinação dos recursos do Fundo de Universalização das Telecomunicações. (Canal Energia - 04.08.2004)


<topo>

9 STF discute inconstitucionalidade de MPs do novo modelo

O Supremo Tribunal Federal deu ontem uma forte sinalização de que poderá derrubar as regras do novo modelo do setor elétrico. Os ministros realizaram duas votações sobre o assunto e, em uma delas, concluíram que a Lei nº 10.848, que fixou as regras gerais para o setor, está "contaminada" juridicamente. Prevaleceu a linha do voto do ministro-relator, Gilmar Mendes, ao examinar uma questão preliminar referente às ações de inconstitucionalidade contra a MP 144, propostas pelo PFL e pelo PSDB. A decisão aumenta as chances de as regras serem derrubadas pelo STF, obrigando o governo a batalhar por uma nova aprovação do modelo no Congresso. Na segunda votação, os ministros começaram a analisar a constitucionalidade da Lei nº 10.848. Nessa segunda votação, o ministro Gilmar Mendes defendeu a retirada de todos os dispositivos da Lei nº 10.848 que tratam da "exploração do potencial hidráulico para fins de produção de energia". Ele argumentou que as regras tratam de "um setor particularmente importante para a vida nacional" e deveriam ter sido debatidas de início pelo Congresso Nacional. A votação desta parte do julgamento foi interrompida por um pedido de vista do ministro Eros Grau. Ele terá até 30 dias para apresentar o seu voto. (Valor e Jornal do Brasil - 05.08.2004)

<topo>

10 Governo esperava arquivamento do processo no STF

O ocorrido na sessão do STF surpreendeu o governo. Fonte do governo disse que era esperado o arquivamento do processo, já que as MPs haviam sido aprovadas e transformadas em lei. O advogado-geral da União, Álvaro Augusto Ribeiro da Costa, defendeu esta tese, dizendo que o mérito das Adins, por conta da sua conversão em leis, tornou-se sem efeito prático. A tese defendida por ele, quando o processo entrou em pauta, foi que o risco de apagão vivido pelo país há três anos é razão suficiente para o reconhecimento de urgência na edição da MP. A ministra Dilma Rousseff, se disse "otimista" com relação ao que aconteceria no STF. "Espero que o Supremo não julgue sem levar em consideração o fato de que hoje existem duas leis resultantes destas medidas provisórias que foram originalmente a base de questionamento das Ações Diretas de Inconstitucionalidade (Adins)", afirmou a ministra. (Valor - 05.08.2004)

<topo>

11 Câmara analisa projeto de lei que estimula geração alternativa

A Câmara Federal vai analisar projeto de lei que concede estímulos à geração de energia alternativa solar, térmica, eólica e fotovoltaica. A proposta, que tramita em caráter conclusivo, está vinculada ao projeto de lei que cria o Proinfa. Os dois textos serão analisados pelas comissões de Minas e Energia; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. O projeto, do deputado Carlos Nader (PFL-RJ), prevê a adoção de medidas de aperfeiçoamento da tecnologia de produção, a redução de ICMS incidente sobre painéis fotovoltaicos e outros conversores de energia e a promoção de campanhas de esclarecimento ao público sobre as vantagens deste tipo de geração. O deputado defende que, embora o Brasil tenha uma das maiores incidências de luz solar do mundo, é um dos países que menos utilizam essa fonte de energia. (Canal Energia - 04.08.2004)

<topo>

12 MAE contabiliza R$ 60,05 mi em junho

O MAE fechou o mês de junho com operações que somaram R$ 60,05 milhões. Durante o sexto mês do ano, participaram das negociações um total de 122 agentes, dos quais 64 compradores e 58 vendedores. Na liquidação, iniciada ontem, os agentes devedores depositaram R$ 59,7 milhões, o que corresponde a uma adimplência no mês de 99,40%. De janeiro a junho de 2004, os valores liquidados pelo MAE alcançaram R$ 637 milhões. Para o presidente do conselho de administração do MAE, Antônio Carlos Fraga Machado, a elevada adimplência é sinal de estabilidade no mercado atacadista. "Manter o patamar de regularidade das operações será um dos grandes desafios da futura Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE)", afirmou Machado, lembrando que no novo modelo do setor elétrico, o MAE dará lugar ao novo órgão. (Gazeta Mercantil - 05.08.2004)

<topo>

13 Justiça revê corte de luz por falta de pagamento

Quem teve a energia elétrica cortada por falta de pagamento pode ter o corte revisto. É essa a interpretação do juiz convocado do Tribunal de Justiça do Estado Newton Carpes da Silva, que julgou parcialmente procedente a ação indenizatória ajuizada por um consumidor contra a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE). Com base no Código de Proteção e Defesa ao Consumidor, o magistrado entendeu que a cobrança não pode expor o usuário a qualquer constrangimento, nem à interrupção do serviço, mas negou a indenização por dano moral pleiteada pelo autor do processo na 1ª Câmara Cível do tribunal. Segundo o juiz, o corte não pode servir como forma de coerção ao pagamento de eventual débito. Ele salientou que o serviço é considerado um bem essencial à população. (Zero Hora - 05.08.2004)

<topo>

 

Empresas

1 Duke Energy não planeja investir agora nas suas operações no Brasil

A Duke Energy informou ontem que não planeja investir agora nas suas operações no Brasil, e vê uma necessidade urgente de melhoria nas regulamentações do setor, disse o vice-presidente da empresa na América do Sul, Mickey Peters. "Não estamos indo bem o suficiente. O índice de retorno não é suficiente para estimular novos investimentos", disse Peters. Mas ele reiterou que a empresa não tem planos de deixar o país. O executivo acrescentou que a Duke não está contente com a reforma no setor elétrico. Isso porque o projeto coloca a empresa em desvantagem por produzir "energia nova". Sob o novo modelo, a energia gerada em usinas antigas teria custos amortizados, e as novas, maiores encargos. Os dois tipos de energia seriam leiloados pelo preço médio. (Valor - 05.08.2004)

<topo>

2 Celpe revela previsão de compra

Segundo o Superintendente Comercial e de Mercado da Celpe, Ary Tinto, a empresa está trabalhando para ter uma previsão o mais fidedigna possível, pois a compra de energia representa a principal despesa da companhia. Hoje, a Celpe possui contratos no valor de R$ 75 milhões, significando um volume de 787 GWh mensais. "Temos que ter muito cuidado ao projetar nosso mercado, principalmente porque este ano a venda de energia está menor que em 2003", diz Tinto. Pelas novas regras de comercialização do setor elétrico, todos os agentes devem contratar 100% de sua carga, podendo repassar os montantes contratados até 103%. (Diário de Pernambuco - 05.08.2004)

<topo>

3 Energia Paulista fecha segundo trimestre com prejuízo de R$ 6,6 mi

A Energia Paulista fechou o segundo trimestre do ano com prejuízo de R$ 6,6 milhões, valor superior aos R$ 2,9 milhões, também negativos, registrados em igual período do ano passado. No acumulado do ano, o prejuízo da empresa chega a R$ 11,8 milhões. A receita financeira líquida no semestre está negativa em R$ 21,6 milhões. O patrimônio líquido da empresa no período está negativo em R$ 59,9 milhões, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira, dia 4 de agosto, pela Bolsa de Valores de São Paulo. (Canal Energia - 04.08.2004)

<topo>

 

Licitação

1 Eletroacre

A Eletroacre abre processo para execução de serviços de construção e reforma de redes aéreas de distribuição, em alta tensão, com fornecimento de materiais, mão-de-obra, veículos e equipamentos. Os serviços serão realizados no município de Rio Branco. O preço do edital é de R$ 30,00 e o prazo vai até o próximo dia 18. (Canal Energia - 04.08.2004)

<topo>

2 Eletronorte

A Eletronorte licita manutenção e conservação dos equipamentos e peças de duas unidades termelétricas a vapor, com capacidade de 25 MW cada. O processo inclui fornecimento de mão-de-obra, equipamentos de elevação e manuseio de cargas pesadas necessárias a execução do serviço. O prazo termina no dia 12 de agosto. (Canal Energia - 04.08.2004)

<topo>

3 Copel

A Copel abre licitação para fornecimento de materiais de rede e serviços necessários à montagem eletromecânica dos projetos de rede de distribuição de energia. O prazo para a realização das propostas encerra no dia 16 de agosto. (Canal Energia - 04.08.2004)

<topo>

 

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Dilma: Estoque de usinas é suficiente para atender demanda

O estoque de usinas já licitadas e aquelas que serão ofertadas no leilão previsto para o início do próximo ano é suficiente para atender à demanda de energia gerada pelo crescimento econômico de uma década, avalia a ministra Dilma Rousseff. Segundo cálculos do MME, o consumo de energia elétrica aumentará 5% até 2010, caso o PIB do país cresça na média de 4,5% ao ano. Em um cenário menos otimista, com o PIB crescendo 2,5% ao ano até o fim da década, o aumento da demanda seria de 3%. A expansão da geração de energia consumirá aportes da ordem de US$ 2,9 bilhões ao ano para suprir a demanda projetada com base no crescimento anual de 4,5% do PIB, cerca de 50% da estimativa de investimento total no setor elétrico. O número envolve tanto os empreendimentos já existentes quanto os que serão licitados. (Jornal do Brasil - 05.08.2004)

<topo>

2 Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste registram 80,2% da capacidade

O nível de armazenamento do subsistema Sudeste/Centro-Oeste chega a 80,2%, valor 38,7% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O nível teve uma redução de 0,1% em um dia. As usinas de Nova Ponte e Itumbiara registram índice de 78,2% e 97,9%, respectivamente. (Canal Energia - 04.08.2004)

<topo>

3 Nível de armazenamento do subsistema Sul chega a 85,7%

A região Sul registra volume de 85,7%, uma queda de 0,5% em relação ao dia 2 de agosto. A hidrelétrica de G. B. Munhoz apresenta 95,2% da capacidade. (Canal Energia - 04.08.2004)

<topo>

4 Capacidade de armazenamento do subsistema Nordeste fica em 89,7%

Os reservatórios do subsistema Nordeste registram 89,7% da capacidade, volume 61,1% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice de armazenamento teve uma queda de 0,2% em comparação com o dia anterior. A hidrelétrica de Sobradinho apresenta volume de 90,5%. (Canal Energia - 04.08.2004)

<topo>

5 Região Norte registra volume de 79,5%

A capacidade de armazenamento do subsistema Norte fica em 79,5%, uma redução de 0,4% em relação ao dia 2 de agosto. A usina de Tucuruí registra volume de 87,3%. (Canal Energia - 04.08.2004)

<topo>

 

Gás e Termoelétricas

1 Dilma: Usinas emergenciais farão parte dos futuros leilões de energia térmica

A ministra Dilma Rousseff disse ontem que o governo conta com a participação das usinas emergenciais, atualmente bancadas pelo seguro antiapagão, nos futuros leilões de energia térmica. Segundo Dilma, os investimentos nestas usinas já foram pagos, o que torna sua energia "extremamente competitiva". A ministra disse que não pretende renovar os contratos com as 54 unidades geradoras emergenciais. Parte deles se desfaz em 2005 e outra parte em 2006. Para ficarem paradas à disposição do sistema até 2005, as usinas consumirão cerca de R$ 4 bilhões. Havia uma expectativa por parte dos investidores de que o governo pudesse utilizar futuramente as usinas como uma "reserva estratégica". Assim, as unidades geradoras permaneceriam na atual condição de só produzir se necessário e receber o pagamento do aluguel por estarem à disposição. Mas a ministra disse que "eles serão bem-vindos nos futuros leilões". (Valor - 05.08.2004)

<topo>

2 Petrobras pode comprar térmica Eletrobolt

O mercado espera para os próximos dias um possível anúncio da compra da térmica Eletrobolt pela Petrobras. Segundo fontes do setor financeiro que integram o "pool" de credores que administra a massa falida da Enron, o desfecho da negociação deve sair em breve. A Eletrobolt tem capacidade de gerar 350 MW, e foi construída pela Enron no município de Seropédica, no Rio, ao custo de aproximadamente US$ 250 milhões. A Eletrobolt é uma das três térmicas do tipo merchant cujos contratos foram assinados quando se prenunciava o racionamento de energia. A Petrobras firmou contratos de fornecimento de gás com essas usinas com prazo de cinco anos, onde elas não têm garantias de venda ou transporte do e gás, mas recebem a garantia de uma remuneração mínima do investimento caso o preço da energia no mercado atacadista estivesse abaixo do preço de custo da construção, manutenção e operação e pagamento dos financiamentos dessas usinas. A Petrobras informou que não faria qualquer comentário sobre o assunto. (Valor - 05.08.2004)

<topo>

3 Petrobras discute caminhos legais para contestar contratos com térmicas na justiça

As perdas consecutivas da Petrobras com contratos com térmicas, levaram a ministra Dilma Rousseff; o presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra; e o diretor da área de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer, a uma audiência com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, onde foram mostrados pareceres encomendados pela estatal e que mostram os caminhos legais que podem ser percorridos caso queira contestar os contratos nos tribunais, que estão causando desequilíbrio econômico. Os pareceres entregues ao ministro da Justiça foram elaborados pelo jurista Eros Grau, antes de ele assumir vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), e o outro foi feito pelo professor Antonio Junqueira de Azevedo, da Faculdade de Direito da USP. (Valor - 05.08.2004)

<topo>

 

Grandes Consumidores

1 Lucro da siderurgia cresceu 62,3% no primeiro semestre

O lucro da siderurgia cresceu 62,3% no primeiro semestre, em relação ao mesmo período do ano passado, considerando os balanços já divulgados de 8 empresas, de acordo com levantamento da Economática. A lista, que inclui 3 dos maiores grupos siderúrgicos do País - Gerdau (1.º), CSN (2.º) e CST (4.º) - responde por 62% do valor de mercado da siderurgia nacional. De acordo com os balanços financeiros, o lucro líquido do setor, até agora, chega a R$ 2,9 bilhões, ante R$ 1,7 bilhão do mesmo grupo de companhias nos 6 primeiros meses do ano passado. O bom desempenho pode ser explicado, essencialmente, pelo preço alcançado pelo aço no mercado. "A alta internacional do preço do aço foi, em média, de 33%, comparando-se o preço em junho de 2004 e junho de 2003. Esse foi o principal fator para esse lucro", disse o especialista em siderurgia Germano Mendes de Paula, professor da Universidade Federal de Uberlândia. (O Estado de São Paulo - 05.08.2004)

<topo>

2 A Acesita registra lucro semestral recorde

A Acesita, maior produtora integrada de aços planos inoxidáveis e siliciosos da América Latina, associado ao grupo europeu Arcelor, obteve nos primeiros seis meses do ano o maior lucro semestral de sua história - R$ 191,1 milhões. O resultado é 84% melhor do que em igual período do ano passado e já responde por 81,3 % do resultado de 2003. A receita de vendas passou de R$ 1 bilhão para R$ 1,49 bilhão no mesmo período de comparação (alta de 38,5%). A expectativa da empresa é fechar o ano com vendas de R$ 3 bilhões. No segundo trimestre, o lucro foi de R$ 91 milhões, 96% maior em relação ao mesmo período em 2003. A empresa informou que obteve recorde de produção em abril, quando atingiu 70 mil toneladas. (Gazeta Mercantil - 05.08.2004)

<topo>

 

Economia Brasileira

1 Governo arma operação para aprovar projeto de PPPs

O governo deu curso a uma operação para garantir o mais rápido possível a aprovação do projeto que cria normas para as Parcerias Público-Privadas (PPPs), considerado a prioridade da agenda econômica. O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), anunciou que os ministros da Fazenda, Antonio Palocci, e do Planejamento, Guido Mantega, estão dispostos a comparecer na próxima semana ao Congresso para iniciar um amplo debate de mérito sobre as críticas feitas pela oposição ao projeto. (Valor - 05.08.2004)

<topo>

2 Governo deve alterar projeto de PPPs

O Governo está dando clara sinalização de que o projeto das Parcerias Público-Privadas (PPPs) será alterado. O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP) antecipou que é possível incluir uma trava no projeto para impedir o descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, criando limites claros para o endividamento dos governos. "Podemos fixar um limite para o comprometimento da receita líqüida, e isso valerá para as três esferas (União, Estados e Municípios). O que nós não vamos é parar o processo de negociação. A disposição do governo para negociar é total, discutindo cada argumento de mérito", enfatizou o líder. Após reunião reservada com Mercadante, o líder da oposição no Senado, Sérgio Guerra (PSDB-PE) acertou apresentar na próxima semana um levantamento dos sete pontos mais polêmicos do projeto das PPPs. (Valor - 05.08.2004)

<topo>

3 Lula: País já criou 1,2 milhão de empregos este ano

Ao assinalar que a economia apresenta dados palpáveis de crescimento, o presidente Luiz anunciou nesta quarta-feira, na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, que o país já criou 1,2 milhão de empregos formais até julho. O presidente destacou que o número é recorde desde 1992, quando foi criado o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Segundo ele, os números do Caged devem ser anunciados nesta quarta-feira pelo ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini. A última contabilização do Caged indicava a criação de 1,034 milhão de empregos formais este ano. Ainda segundo Lula, houve avanços significativos nas contas comerciais. Segundo ele, o superávit comercial será recorde este ano, superando US$ 30 bilhões, com saldo acumulado de US$ 18 bilhões até julho. Lula disse também que haverá um ganho inédito em contas correntes de US$ 6 bilhões até dezembro. (O Globo Online - 05.08.2004)

<topo>

4 Lula: Poucas vezes na história houve confluência de fatores tão positivos para o Brasil

Durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, no Palácio do Planalto, Lula afirmou que as fábricas e o comércio estão vendendo mais. Segundo ele, em São Paulo, as vendas das indústrias cresceram 22,4% no primeiro semestre. "É o melhor primeiro semestre desde 1999." Lula disse ainda que não há espaço para "política pequena" e destacou que, em poucas vezes na história, houve confluência de fatores tão positivos para que o Brasil ingressasse na rota dos desenvolvidos. "Nenhum vento é bom para quem não sabe onde quer chegar, mas nós temos rumo, direção e sentido." Em tom conciliador, Lula pediu também compreensão e apoio na travessia que o País faz para superar seus problemas sociais e consolidar o desenvolvimento econômico. (Gazeta Mercantil - 05.08.2004)

<topo>

5 CNI: Indústria apresentou crescimento robusto em junho

Os indicadores industriais apurados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em junho reforçaram a avaliação de que o atual ritmo de crescimento é robusto. O nível de atividade econômica na indústria só é comparável ao do início do Plano Real ou ao dos anos de 2000 e 2001, antes do racionamento de energia elétrica. De acordo com o levantamento divulgado ontem, as vendas reais da indústria em junho aumentaram 3,4% sobre maio, na comparação com ajuste sazonal. O crescimento sobre junho do ano passado foi de 27,7% e no semestre as vendas acumulam alta de 16,79%. A quantidade de pessoal empregado aumentou 2,83% em comparação a junho de 2003 , enquanto o volume de horas trabalhadas na produção cresceu 8,21% e os salários líquidos reais subiram 8,91%. (Valor - 05.08.2004)

<topo>

6 Confiança da indústria de SP é a maior desde 2000

Os empresários industriais estão mais confiantes em relação ao desempenho de suas atividades em 2004. Pesquisa realizada pela mostra que as empresas melhoram suas expectativas em relação ao volume da produção, faturamento, emprego e margem de lucro. O nível de confiança do empresariado paulista subiu de 50%, em maio, para 82% do total dos pesquisados em julho. Esse percentual inclui os empresários que se declararam confiantes ou muito confiantes no sucesso da economia. Os indiferentes caíram de 21% para 8%, e os pessimistas, de 29% para 10%. O resultado é, segundo Claudio Vaz, diretor do Departamento de Pesquisas, o melhor desde 2000. No entanto ele pondera e explica que, de 2001 a 2003, o setor estava pessimista por uma série de razões -apagão, crise energética, atentados terroristas e desaquecimento da economia. (Folha de São Paulo - 05.08.2004)

<topo>

7 Tarifas públicas vão pressionar a inflaçãov

A inflação começa a ter novos focos de pressão a partir deste mês. Entram em cena os preços administrados, que deverão representar pelo menos um terço da inflação acumulada de agosto a dezembro, segundo estimativas da Fipe. Apesar desse aumento dos preços administrados, Paulo Picchetti, coordenador do IPC da Fipe, espera que a taxa deste ano fique dentro das previsões de 6%. Entra a pressão dos administrados, mas diminui a dos preços livres, principalmente dos alimentos, que já mostraram sinais de perda de força no mês passado. Nas contas de Picchetti, "a inflação média mensal dos paulistanos deverá ficar próxima de 0,45% até o final do ano", o que acrescentaria mais 2,27 pontos percentuais à taxa de 3,37% de janeiro a julho. (Folha de São Paulo - 05.08.2004)


<topo>

8 IPC-RJ sobe menos

O IPC-RJ abrangendo famílias com renda de um a 33 salários mínimos, registrou alta de 0,57% em julho. O índice de julho desacelerou em relação à inflação de 0,67% verificada no índice em junho. De acordo com o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, as maiores pressões foram exercidas pelos grupos: transportes, com alta de 1,76%; saúde e cuidados pessoais, com avanço de 0,73%; e habitação, com elevação 0,70%. As maiores influências de alta foram exercidas pelas tarifas de telefone residencial (assinatura e pulsos), que subiram 4,37%, e de ônibus urbano (3,61%). Entre as maiores influências de baixa figuraram o tomate, que teve retração de 18,38%, e a manga, com recuo de 28,14%. (Gazeta Mercantil - 05.08.2004)

<topo>

9 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial diminuiu o ritmo de alta nesta manhã de quinta-feira. Às 12h34m, o dólar subia 0,09%, a R$ 3,055 na compra e R$ 3,057 na venda. Ontem, o dólar comercial terminou com ligeira alta de 0,06%, sendo cotado a R$ 3,0530 para compra e R$ 3,0550 para venda. (O Globo On Line e Valor Online - 05.08.2004)

<topo>

 

Internacional

1 Crescimento do consumo de energia anual na China é de 15% v

O presidente da Eletrobrás, Silas Rondeau, embarca nesta semana para Pequim disposto a vender energia para os chineses. Impossível? Nem tanto. À beira de um colapso no sistema elétrico, o governo chinês quer transferir para o Brasil fábricas de produtos eletrointensivos, como alumínio. Isso aliviaria o sistema. O problema é que boa parte da indústria de alumínio no Brasil compra energia subsidiada. Rondeau garante que o negócio com os chineses será a preço de mercado. Além disso, grupos de lá, como a Shandong Energy, estão interessados em construir usinas térmicas no País. (Elétrica - 04.08.2004)

<topo>

2 Bolívia exportará gás pelo Peru

Os governos da Bolívia e do Peru se comprometeram a estudar a criação de uma zona econômica especial para conceder o porto de Ilo aos bolivianos para a exportação de gás. Segundo a "carta de intenções", assinada ontem pelos governos, uma comissão mista estudará os detalhes deste projeto que demonstra "o compromisso boliviano em exportar o gás através de um porto peruano", disse o presidente da Bolívia, Carlos Mesa. O documento acena com a possibilidade de que o Peru conceda à Bolívia facilidades no tráfego de pessoas, isenções tributárias e vantagens para desenvolver outras atividades produtivas. (Gazeta Mercantil - 05.08.2004)

<topo>

 


Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Pedro Bruni e Rodrigo Madeira

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

Copyright UFRJ e Eletrobrás