l IFE:
nº 1.397 - 30 de julho de 2004 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Lula assina hoje decreto sobre novo modelo O presidente
Lula assina nesta sexta-feira, por volta das 16h30m, no Palácio do Planalto,
o decreto e a regulamentação complementares ao modelo do setor elétrico.
A expectativa é que o decreto estabeleça as regras de comercialização
de energia, e crie a empresa de pesquisa energética, responsável pelo
planejamento do setor, e a Câmara de Comercialiazação de Energia Elétrica.
(O Globo - 30.07.2004) 2 Novas regras de comercialização: contratos futuros serão corrigidos por índice setorial No decreto
que regulamentará as novas regras de comercialização de energia do país,
que será assinado hoje, a principal alteração será a desindexação das
tarifas nos futuros contratos assinados entre as empresas geradoras e
distribuidoras de eletricidade. Hoje são reajustados pelo IGP-M os contratos
entre as empresas e as tarifas aos consumidores finais. A correção dos
futuros contratos deverá ser feita por um índice setorial que, na opinião
do governo, refletirá melhor a variação dos custos do setor e garantirá
a modicidade tarifária. Para a elaboração desse índice setorial deverá
será contratada a FGV, responsável também pela formulação do IGP-M. Será
mantida a forma atual de reajustes apenas para os consumidores finais
por conta de uma cláusula dos contratos assinados entre governo e distribuidores
na época da privatização. A cláusula prevê a aplicação do IGP-M nas correções
tarifárias anuais ao longo do período de concessão. A nova regra valerá,
portanto, para as geradoras. Os investidores em usinas termelétricas acreditam
que um índice setorial poderá realmente refletir melhor os riscos cambiais
da construção deste tipo de usina. (Valor - 30.07.2004) 3 Agentes se dizem satisfeitos com texto do regulamento do novo modelo Empresários
que participaram nesta quinta-feira, dia 29 de julho, da reunião com a
ministra Dilma Rousseff ficaram satisfeitos com o texto do decreto de
comercialização de energia no novo modelo do setor elétrico, que será
lançado nesta sexta-feira. Mesmo com acesso restrito ao documento, já
que o MME optou por apresentar apenas os artigos relativos à natureza
de cada segmento, a percepção foi a de que as negociações possibilitaram
um texto equânime. "Houve muitos avanços desde o início das discussões,
conforme já esperávamos. Agora o importante será arregaçar as mangas e
partir para o detalhamento de todos os pontos", afirma um presidente de
associação, que acompanhou o encontro de hoje. A reunião foi segmentada
entre distribuidoras (Abradee), depois com geradores (Abrage) e produtores
independentes (Apine) e, em seguida, com agentes de comercialização (Abraceel)
e grandes consumidores (Abrace). (Canal Energia - 29.07.2004) 4
Abrage é a favor de manutenção do IGP-M como índice do setor elétrico
O presidente
da Associação dos Produtores Independentes de Energia (Apine), Luiz Fernando
Vianna, disse que também prefere se manifestar sobre prováveis mudanças
nos indexadores somente após análise dos decretos. "Primeiro nos vamos
ver a regulamentação, fazer uma reunião do Conselho da entidade e aí nos
manifestaremos". (Valor - 30.07.2004) 6 BNDES: Meta para liberação de recursos para o setor elétrico deve ser superada em 10% este ano O BNDES
deve superar este ano a meta para a liberação de verbas para projetos
no setor elétrico, que era de R$ 4,5 bilhões. Segundo o chefe do Departamento
de Energia Elétrica, Nelson Siffert, a meta deve ser elevada em cerca
de 10%, aproximando-se de R$ 5 bilhões. A liberação das verbas atende
a projetos aprovados no ano passado, que ainda estavam com recursos bloqueados.
Siffert afirmou que, do total de R$ 4,5 bilhões previstos para 2004, faltam
ainda R$ 1,6 bilhão para serem desembolsados. Em 2003, a liberação de
recursos para projetos do setor elétrico atingiu R$ 5,3 bilhões. Este
ano, além do orçamento previsto, o banco direcionou ao setor outros R$
1 bilhão referente à CVA. (Jornal do Commercio - 30.07.2004) 7 Siffert: Recuperação financeira do setor está tornando programa de capitalização do BNDES menos atraente O chefe do Departamento de Energia Elétrica do BNDES, Nelson Siffert, informou que pelo menos um grupo da área de distribuição procurou o banco para participar de seu programa de capitalização. Outros três grupos estariam em estudo para se integrarem ao programa. O BNDES oferece para a capitalização do setor R$ 3 bilhões. Na opinião de Siffert, entretanto, à medida em que o setor melhora suas condições financeiras, o programa fica menos atraente. "O programa teve papel importante no ano passado, mas há a expectativa de que, com o passar do tempo, ele fique desinteressante porque exige da empresa converter debêntures em ações. Isso dilui a participação dos acionistas no lucro", avaliou. (Jornal do Commercio - 30.07.2004) 8
Siffert: Criação de fundo de investimento em energia elétrica deve ser
aprovado em agosto 9 BC projeta alta de 11,6% nas tarifas de energia elétrica em 2004 A projeção
do Banco Central para o reajuste das tarifas de energia elétrica residencial
em 2004 subiu 0,6 ponto percentual para 11,6%, segundo a Ata da reunião
do Copom de julho divulgada nesta quinta-feira. A estimativa para o reajuste
total nos preços da gasolina ao longo de 2004 foi mantida em 9,5%. O BC
também elevou sua expectativa em relação à variação anual do conjunto
dos preços administrados, que passou a 8,3%, 0,6 ponto percentual acima
da taxa estimada na reunião do Copom de junho. Para 2005 foi mantida a
projeção de alta de 6% para os preços administrados. (O Globo - 30.07.2004)
10
BID aprova empréstimo de até US$ 75 mi para Campos Novos 11 Ibama concede licença prévia para usina São Salvador O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis concedeu nesta quinta-feira, dia 29 de julho, a licença ambiental prévia (LP) para usina hidrelétrica São Salvador, no Tocantins. Esta é a primeira licença emitida a partir de estudo integrado de bacia do rio Tocantins, onde de localizará o empreendimento de 241 MW de capacidade instalada. O estudo levou em conta o impacto cumulativo de São Salvador com outras usinas no rio, como Serra da Mesa, Canabrava, Lajeado, Peixe Angical e Estreito, segundo o Ibama. (Canal Energia - 29.07.2004) 12 Falha impede Itaipu de ampliar produção Itaipu vai deixar de produzir, até setembro de 2005, 12,5% a mais de energia. Atualmente a capacidade das 16 turbinas que estão em funcionamento é de 11,2 mil MW (a usina possui 18 turbinas, mas duas ficam geralmente em manutenção). Uma ampliação para 20 turbinas, que deveria ficar pronta no final deste ano, aumentaria essa potência para 12,6 mil MW (18 ficariam funcionando). Contudo, um atraso na obra vai adiar em pelo menos em nove meses a ampliação. Todos esses números equivalem à capacidade máxima de funcionamento das turbinas. O atraso na obra se deu porque a concessionária que está realizando o trabalho, formada pelas empresas Voith, Siemens e Alston, detectaram um problema em uma peça chamada cruzeta, fundamental na turbina. (Folha de Londrina - 30.07.2004) 13 Aneel autoriza implantação de etapa emergencial do Sinocon O ONS foi autorizado pela Aneel a implantar a etapa emergencial do projeto Sinocon, que fornecerá os meios para o aperfeiçoamento dos sistemas de supervisão e controle da rede de transmissão do Sistema Interligado Nacional (SIN). O projeto utilizará Unidades Terminais Remotas (UTR), equipamentos implantados nas instalações de transmissão e geração que monitoram o sistema e enviam dados e informações em tempo real ao ONS. Com isso, ampliam o controle sobre o SIN e evitam situações de risco de abastecimento de energia elétrica no país. Após análise das manifestações recebidas dos agentes do setor e da sociedade em geral, a Aneel editou a Resolução Autorizativa nº318/04 , publicada dia 28 de julho no Diário Oficial da União. Para garantir a execução do projeto, a Aneel aprovou um orçamento de investimentos no valor total de R$ 63,752 milhões, que passarão a integrar o Plano de Ação 2004/2006 do ONS. Do montante aprovado, R$ 18,846 milhões serão aplicados ainda neste ano, e o restante nos dois anos subseqüentes. (Aneel - 29.07.2004) O ex-ministro do MME, Antonio Dias Leite, lança no dia 02 de agosto, segunda-feira, às 19:30, o livro "A Economia Brasileira". O lançamento acontecerá na Livraria Argumento, na Rua Dias Ferreira, 417, Leblon. (NUCA-IE-UFRJ - 30.07.2004) A Aneel declarou de utilidade pública faixas de terra no Rio de Janeiro necessárias à passagem da linha de transmissão Rio Verde - Porto do Carro, de 138 kV de tensão. A declaração favorece a Cerj. A linha, que passa pelos municípios de Rio das Ostras, Casimiro de Abreu, Cabo Frio e São Pedro D'Aldeia, aumenta a confiabilidade e qualidade na oferta de energia à região dos Lagos, no estado do Rio de Janeiro. (Aneel - 30.07.2004) A Aneel declarou de utilidade pública faixa de terra no Espírito Santo destinada à implantação da hidrelétrica Rosal. O empreendimento, de responsabilidade da empresa Rosal Energia S.A, beneficiará 18 propriedades rurais no município de São José do Calçado. (Aneel - 30.07.2004)
Empresas 1 Cemig registra lucro de R$ 557 mi no primeiro semestre A Cemig
registrou um lucro líquido de R$ 557 milhões de janeiro a junho deste
ano. A informação foi divulgada em comunicado à Bovespa. O valor é 4%
superior ao registrado no mesmo período do ano passado. O lucro apurado
entre abril e junho foi de R$ R$ 260,6 milhões. A receita líquida acumulada
no semestre, foi de R$ 3,395 bilhões. A geração operacional de caixa foi
de R$ 1,14 bilhão, 60% acima do apurado nos primeiros semestre de 2003.
As vendas de energia da companhia totalizaram 18.670 GW, volume 4,5% maior
que o primeiro semestre do ano passado. As despesas operacionais aumentaram
em 20% na comparação dos dois períodos, com destaque para a compra de
gás natural para revenda, serviços de terceiros e energia comprada para
revenda. A direção da empresa só vai detalhar os resultados do balanço
na próxima quinta-feira, dia 5 de agosto, um dia após a entrega do balanço
a CVM. (Valor - 30.07.2004) 2 Cosern paga juros sobre o capital próprio A Cosern comunicou aos acionistas que serão pagos, a partir de 6/8/2004, os juros sobre o capital próprio referentes ao primeiro semestre de 2004, no montante bruto de R$ 0,0901651 por ação ordinária e R$ 0,0991816 por ação preferencial, beneficiando os acionistas inscritos nos registros da Companhia em 23/7/2004. Será deduzido o imposto de renda nos termos do parágrafo 2º, artigo 9º da Lei 9.249 de 26/12/95. (Jornal do Commercio - 30.07.2004) 3 Tarifas da CEEE serão reduzidas a partir de agosto As tarifas
aplicadas aos consumidores da CEEE do Rio Grande do Sul serão reduzidas
a partir do próximo mês, com o término da Recomposição Tarifária Extraordinária
(RTE) instituída por lei. A RTE estabeleceu a incidência sobre as tarifas
de 2,9% para os segmentos residencial (à exceção dos consumidores de baixa
renda) e rural; e de 7,9% para consumidores industriais e comerciais.
Esses percentuais foram incorporados às tarifas da CEEE em abril de 2003,
com a finalidade de compensar as perdas da concessionária com a variação
de itens da Parcela A no período de 1º de janeiro a 25 de outubro de 2001.
(Aneel - 30.07.2004) 4
Justiça retém dividendos da SEB 5 Moody's classifica processo de emissão de debêntures da Coelce A agência
de risco Moody's Investors Service classificou o processo de estruturação
da primeira emissão de debêntures da Coelce em A3.br, na escala de risco
nacional. Além disso, a instituição classificou a concessionária em Ba3
na escala de risco global para dívidas em moeda local e enquadrou a companhia
como Investment Grade, que significa boa recomendação para investimento
pelo mercado. A emissão totaliza R$ 88,5 milhões em debêntures, com prazo
final de oito anos, sob a coordenação e garantia firme de captação pelo
Banco Votorantim. A emissão faz parte do esforço da companhia em reestruturar
seu passivo no curto prazo. (Canal Energia - 30.07.2004) 6 Coelce obtém melhor classificação da Moody's Investors Service A agência
de rating norte-americana Moody's Investors Service avaliou a Coelce como
de melhor nível de classificação de crédito (rating), atribuído, no momento,
a empresas distribuidoras de energia elétrica no Brasil. Até então, essa
classificação só tinha sido atribuída à distribuidora Bandeirantes. A
Coelce ficou com avaliação acima de outras distribuidoras, como a CEB,
Copel e Cemig. A Coelce foi classificada pela Moody's como A3br, na escala
de nível nacional, e Ba3, na escala de risco global, para dívidas em moeda
local, e enquadrada como investiment grade, o que significa recomendar
a empresa como de baixo risco para investimentos no mercado, como, por
exemplo, à compra de ações pelos investidores. (O Povo - 30.07.2004) 7 Americanos devem investir R$ 200 milhões na Elektro A Prisma
Energy International, empresa criada para reunir ativos internacionais
da Enron, prepara um plano para reerguer a distribuidora paulista. Os
americanos vão investir cerca de R$ 200 milhões. O aporte se destinará
à expansão da rede de distribuição, com o objetivo de aumentar a base
de clientes comerciais e industriais dentro e fora de São Paulo. A companhia
ainda receberá um outro reforço. Ao fim do ano, a Prisma vai reverter
boa parte do lucro da Elektro em investimentos na própria empresa. No
ano passado, o ganho da distribuidora passou dos R$ 350 milhões. Com isso,
a Elektro poderá equacionar ao menos parte de sua dívida, perto dos R$
3 bilhões - 70% em dólar. A intenção da Prisma é reduzir o passivo em
moeda estrangeira para algo próximo dos 35%. (Elétrica - 29.07.2004) 8 Brasil receberá maiores investimentos da Endesa na América Latina O Brasil será o segundo país da América Latina que mais investimentos - US$ 684 milhões - receberá da empresa elétrica espanhola Endesa, direcionados basicamente à área de distribuição elétrica. A empresa destinará quase 60% de seus investimentos, equivalentes a US$ 1,712 bilhão à área de distribuição elétrica. A companhia direcionará à geração o resto dos investimentos, US$ 1,160 bilhão, segundo anunciou o conselheiro e diretor de Endesa Internacional, Luis Rivera. O representante de Endesa mostrou-se muito otimista sobre o futuro da América Latina e manifestou que sua companhia está observando este ano claros sinais de saída da crise. Segundo Rivera, o país onde mais dinheiro a Endesa investirá será o Chile, que levará US$ 950 milhões, o que supõe 33 por cento do volume total. (24 Horas News - 30.07.2004) A Aneel estabeleceu em 1,28 MW médios o montante de energia assegurada para a PCH Alegre, de propriedade da concessionária Escelsa. A usina está localizada no município de Alegre, no Espírito Santo. Energia assegurada é o limite de energia que a usina pode contratar. (Aneel - 30.07.2004)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 ONS: Setor elétrico estará dentro dos níveis de segurança até 2008 De acordo
com projeções do ONS, o setor elétrico irá atuar dentro dos níveis considerados
normais de risco até 2008. O diretor-geral da ONS, Mário Santos, informou
que a segurança é proporcionada, em grande parte, pela excelente condição
dos reservatórios das hidrelétricas, que apresentam hoje níveis médios
de enchimento de 91,8% no subsistema Nordeste, de 81% no Sudeste, de 87%
no Sul, e de 81% no Norte. "Não se vê tais condições há mais de dez anos".
Santos acrescentou que a otimização proporcionada pela operação centralizada
do sistema elétrico também é um fator que torna mais positivo o cenário.
"Tudo isso faz com que tenhamos um grande potencial para a solução de
problemas que eventualmente venham a surgir nos próximos anos." (Jornal
do Commercio - 30.07.2004) 2 Limitação de térmicas não afeta abastecimento de energia no NE O presidente do ONS Elétrico, Mário Santos, disse nesta quinta-feira, dia 29 de julho que a limitação de oferta das térmicas do Programa Prioritário de Termeletricidade no Nordeste não afeta a previsão de abastecimento de energia para a região. Segundo ele, as curvas de aversão ao risco feitas pelo ONS já prevêem essa limitação física das térmicas. Além disso, Santos lembra que os níveis dos reservatórios na região também garantem o abastecimento de energia para os próximos dois anos. (Canal Energia - 29.07.2004) 3 ONS: Área de transmissão deve receber US$ 36,6 bi em investimentos até 2012 O diretor-geral
do ONS, Mário Santos, previu ontem que a área de transmissão de energia
elétrica deverá receber investimentos de R$ 36,6 bilhões entre 2005 e
2012. Segundo ele, o montante deverá permitir a construção de 27 mil km
de novas linhas de transmissão no período. De acordo com Santos, o crescimento
dos investimentos em linhas de transmissão, que permitem um grande intercâmbio
de energia entre os subsistemas do País, é um dos fatores que conferem
um alto grau de segurança ao sistema elétrico atualmente. "Teremos um
alto grau de conforto no suprimento de energia nos próximos dois anos",
disse Santos. O diretor-geral do ONS observou que o crescimento da malha
de transmissão permite a troca de grande volumes de energia elétrica entre
as regiões do País. (Jornal do Commercio - 30.07.2004) 4 Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste registram 81% da capacidade O nível
de armazenamento fica em 81% no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, volume
38,6% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice teve uma
redução de 0,2% em um dia. As hidrelétricas de Furnas e Itumbiara registram
volume de 98,2% e 98,5%, respectivamente. (Canal Energia - 29.07.2004)
5 Nível de armazenamento fica em 87,3% no subsistema Sul A região
Sul apresenta 87,3% da capacidade, uma redução de 0,2% em comparação com
o dia anterior. A hidrelétrica de Salto Santiago registra volume de 99,6%.
(Canal Energia - 29.07.2004) 6 Capacidade de armazenamento está em 90,9% no subsistema Nordeste Os reservatórios
do subsistema Nordeste registram 90,9% da capacidade, uma queda de 0,2%
em comparação com o dia 27 de julho. O volume fica 61,6% acima da curva
de aversão ao risco 2003/2004. A usina de Sobradinho apresenta volume
de 91,4%. (Canal Energia - 29.07.2004) 7 Região Norte apresenta 81,1% da capacidade A capacidade
de armazenamento está em 81,1% no subsistema Norte, uma redução de 0,3%
em relação ao dia 27 de julho. A usina de Tucuruí registra volume de 89,1%.
(Canal Energia - 29.07.2004)
Gás e Termoelétricas 1 Abraget também negocia solução para redução de lastro das térmicas do NE Além da Petrobras, responsável pelo fornecimento do gás natural para as térmicas do Nordedste, a Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas negocia com a Agência Nacional de Energia Elétrica para chegar a uma solução sobre a redução do lastro de energia elétrica das usinas devido à falta de gás natural na região. O presidente da Abraget, Xisto Vieira Filho, conta que o assunto está sendo debatido em reuniões técnicas envolvendo o órgão regulador e a entidade. "A Abraget produziu uma nota técnica sobre o assunto e a regulamentação desse problema está sendo discutida em conjunto", conta. O executivo informa que haverá uma reunião daqui a duas semanas para tentar resolver o impasse. Xisto Vieira mostra preocupação com a redução do lastro das usinas para a credibilidade do Brasil. "A mudança de regulamentação com a resolução 40 e o possível prejuízo das empresas prejudicam a imagem do Brasil nas entidades de financiamento internacional", afirma. (Canal Energia - 30.07.2004) 2 El Paso pleiteia redução do risco cambial para geração térmica O presidente
da El Paso para a América do Sul, Eduardo Karrer, pleiteou na última quarta-feira,
dia 28 de julho, que o novo marco regulatório do setor elétrico promova
a criação de um mecanismo visando à redução do risco cambial na construção
de usinas termelétricas. Este, segundo o executivo, é o principal fator
de apreensão para empreendedores de projetos de geração térmica, devido
à compra de insumos e componentes importados - a começar pelo próprio
combustível, o gás natural. Entre 60% e 70% do custo empregado numa termelétrica
está atrelado à moeda estrangeira, tanto pela compra do gás importado
da Bolívia quanto pelos equipamentos, como turbinas de geração. Segundo
Karrer, a correção dos contratos através do IGP-M não compensa a curto
prazo, pois traz um retorno 10 anos depois de aplicado o investimento.
Isso acaba sendo um inibidor para a atração de investimentos para a expansão
da termeletricidade, afirma ele. "Para as térmicas serem viabilizadas,
tem que haver um mecanismo realista de reconhecimento dos custos colocados
nos empreendimentos, como para a compra do gás natural, que é baseada
numa cesta de óleos", ressaltou Karrer. (Canal Energia - 29.07.2004) 3 Banco Pactual: Petrobras tem perdas diárias de R$ 30 mi com alta do petróleo O analista
Pedro Batista, do banco Pactual, calcula que os preços da gasolina no
Brasil (na refinaria e antes dos impostos) está 18% abaixo do praticado
no mercado internacional; enquanto o diesel está 17% abaixo, o que significa
uma perda de R$ 30 milhões por dia para a Petrobras enquanto o produto
estiver em US$ 42. Segundo ele, o "colchão" de dinheiro formado no ano
passado quando a estatal não reduziu preços, acaba hoje. Batista calcula
que o colchão da Petrobras era de R$ 2,5 bilhões no início de 2004. Adriano
Pires, do CBIE, calcula que a estatal ainda tem R$ 200 milhões, que deve
acabar de 10 a 12 dias. "Pelo andar da carruagem, o lucro dela no ano
será de R$ 15 bilhões, no máximo", diz Pires. Emerson Leite, analista
do CSFB, diz que o petróleo chegou a um nível insustentável. Entretanto,
ele acha difícil prever quando, e se, a Petrobras aumentará seus preços
ou se vai aguardar uma estabilização internacional. Leite acha que, se
por um lado "faz sentido" ela ajudar a promover estabilidade nos preços
domésticos; cobra mais clareza na forma como são definidos os aumentos
ou reduções de preço. (Valor - 30.07.2004) 4 Petrobras reajusta preços da gasolina e diesel na Argentina Enquanto
no Brasil a Petrobras mantém os preços dos combustíveis inalterados, apesar
da escalada das cotações do petróleo após o último reajuste, dado em junho,
na Argentina a estatal brasileira aumentou a gasolina e o diesel em 1,8%
e 2,9%, respectivamente. Na Argentina, ao contrário do Brasil, o refino
não é monopólio da Petrobras. Seus concorrentes no mercado argentino,
Esso e Shell, também anunciaram reajustes esta semana, de 1% e 1,4%. (Jornal
do Brasil - 30.07.2004) 5 CGTEE é primeira colocada em liquidez corrente segundo Valor 1000 A CGTEE, do Grupo Eletrobrás, foi a primeira colocada no setor de energia elétrica, no ano de 2003, em liquidez corrente no Brasil, conforme avaliação do desempenho das maiores empresas de todo o país divulgado na edição de julho da revista Valor 1000, feita com a ajuda na Escola de Administração de Empresas da FGV-SP. Conforme o estudo, a CGTEE está no topo, com 6,93 de liquidez corrente, a segunda colocada tem distantes 3,36, sendo que a média setorial é de 0,70. A empresa também é destaque como a segunda melhor empresa no setor, considerando os critérios adotados na pesquisa. Na média geral, a CGTEE fica no 730° lugar, crescendo 23 posições em relação ao ano de 2002, quando ocupava o 753° lugar. A receita líquida da CGTEE foi de R$ 218 milhões, tendo pela primeira vez desde a sua criação, há sete anos, lucro, no valor de R$ 10,6 milhões. (Elétrica - 29.07.2004)
Grandes Consumidores 1 CSN registra lucro líquido de R$ 757 mi no primeiro semestre A Companhia
Siderúrgica Nacional (CSN) encerrou o primeiro semestre com lucro líquido
de R$ 757 milhões, 70% do lucro líquido auferido em todo o ano passado,
e um acréscimo de R$ 244 milhões em relação ao registrado no mesmo período
de 2003. A empresa teve Ebitda de R$ 2 bilhões, com crescimento de aproximadamente
R$ 500 milhões, quando comparado ao primeiro semestre de 2003, e margem
sobre a receita líquida de 46%. Na opinião do Diretor Presidente da CSN,
Benjamin Steinbruch, o setor siderúrgico continua aquecido, com aumento
de consumo em regiões-chave como Ásia e Estados Unidos, preços internacionais
elevados, e um mercado doméstico com melhorias significativas - crescimento
de 4% no consumo de aços planos no segundo trimestre ante igual período
do ano anterior. (O Globo - 29.07.2004) 2 CSN vai investir U$ 43 mi para entrar no mercado de cimento em 2005 A Cia. Siderúrgica
Nacional (CSN) está com planos adiantados para estrear, em janeiro do
próximo ano, no mercado de cimento no Brasil. A CSN vai usar a escória,
sub-produto da fabricação do aço na usina de Volta Redonda (RJ), para
misturar a calcário de sua mina de Arcos (MG), e fazer o cimento. Segundo
informou Marcelo Araújo, diretor-executivo de administração e participações,
o projeto prevê a produção de 1,1 milhão de toneladas em uma primeira
fase. O início de operação dessa etapa será em meados de 2006 e o investimento,
já aprovado no conselho da CSN, chega a US$ 43 milhões. Em janeiro de
2005, a CSN dará partida a um projeto piloto do negócio, com aquisição
de material para fazer diversas variações de produtos com sua marca e
iniciar vendas na região Sudeste. A meta da empresa, quando tiver com
a fábrica em pleno funcionamento, é deter de 4% a 5% do mercado na região.
O local da fábrica de cimento, segundo Araújo, ainda não está definido.
Lauro Resende, diretor-executivo de investimentos da companhia, informou
ontem, que a empresa deu entrada de pedido no BNDES para financiamento
do negócio. "Já foi pré-avaliado pelo banco", afirmou o diretor. (Valor
- 30.07.2004) 3 Braskem registra prejuízo de R$ 302 mi no segundo trimestre Depois de
apresentar lucro de R$ 10 milhões no primeiro trimestre, a Braskem registrou
prejuízo de R$ 302 milhões no último período. O resultado foi afetado
pela variação cambial que teve efeito negativo de R$ 352 milhões. A dívida
líquida cresceu 7%, passando para R$ 6,7 bilhões ao fim do segundo trimestre.
O aumento de 52% da geração operacional de caixa evitou a deterioração
da situação de endividamento. O lucro antes dos juros, impostos e depreciações
e amortizações (lajida) bateu o recorde de R$ 615 milhões no trimestre.
José Carlos Grubisich, presidente da companhia, disse que a prioridade
da Braskem, até meados de 2005, é equilibrar o perfil da dívida em termos
de moeda. "Queremos que o passivo em dólar, atualmente de 60%, chegue
a 50% para dar mais conforto financeiro à empresa", disse Grubisich. Para
isso, a companhia espera obter recursos em reais por meio do aumento de
capital de R$ 900 milhões e de empréstimos aos novos projetos de expansão
com o BNDES e o Banco do Nordeste. A receita bruta aumentou 32% no trimestre,
passando para R$ 3,5 bilhões. A empresa também aumentou suas exportações,
que subiram 22% no trimestre, totalizando US$ 221 milhões. No ano, já
somam US$ 353 milhões. (Valor - 30.07.2004)
Economia Brasileira 1 BC eleva projeções de inflação A deterioração das expectativas de inflação, a inflação de junho maior do que o esperado e o aumento das tarifas de telefonia fixa incorporando o resíduo do ano passado levaram a um aumento das projeções realizadas pelo Copom para a inflação de 2004 e 2005. Segundo a ata, o cenário aponta para uma inflação medida pelo IPCA este ano acima da meta de 5,5% em 2004 e "ligeiramente superior" aos 4,5% em 2005. Ainda segundo a ata, o processo de elevação das expectativas de inflação, iniciado em maio, manteve-se em julho, principalmente em relação às expectativas para este ano. Segundo o BC, a média das estimativas do mercado aumentou 0,39 ponto percentual, passando de 6,71% para 7,10%. As expectativas para 2005 tiveram um aumento menor, de 5,44% para 5,5%, enquanto as expectativas para a inflação doze meses à frente passaram de 6,03% para 6,27%. (O Globo Online - 30.07.2004) 2 BC acena com aumento da taxa de juros O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central não só enterrou as esperanças de redução de juros nos próximos meses como indicou que as taxas podem voltar a subir se persistirem as pressões inflacionárias. A ata da última reunião do comitê, realizada na semana passada, é clara: será preciso manter a taxa básica de juros nos níveis atuais, de 16%, por um "período prolongado de tempo" para garantir um "cenário benigno" de inflação e até "adotar uma postura mais ativa" - em outras palavras, aumentar os juros - se a inflação projetada pelo governo e pelos mercados se afastar muito das metas para este ano e 2005. O crescimento da economia também contribuiu para a alta da inflação, analisa o Copom. (Valor - 30.07.2004) 3
Presidente do BNDES defende pacto pela estabilidade de preços 4 Fiesp: vendas da indústria de SP tem o melhor desempenho desde 1999 As vendas
reais da indústria paulista cresceram 22,4% no primeiro semestre em relação
ao mesmo período do ano passado. Este foi o melhor resultado para um primeiro
semestre desde 1999, segundo levantamento de conjuntura divulgado ontem
pela Fiesp. Em junho, a pesquisa mostrou que as vendas subiram 1,9% em
relação a maio. Em comparação com o mesmo mês do ano passado, a alta é
de 32%. Dentre os setores do mercado interno que mais se destacaram estão
o de papel e papelão (com alta de 3,4% em junho contra maio) e de química,
com expansão de 3,6% no mesmo período. Outro segmento de destaque foi
o de cimento, que apresentou recuperação. Claudio Vaz, diretor do departamento
de pesquisas da Fiesp, ressaltou que o setor de bens duráveis continua
crescendo, com alta para produtos da linha branca, automóveis e celulares.
(Gazeta Mercantil - 30.07.2004) 5 Governo central registra superávit de R$ 34,1 bi O Governo
central, formado pelo Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social,
fechou junho com superávit no semestre de R$ 34,1 bilhões, cumprindo com
folga a meta de R$ 32,6 bilhões fixada para o primeiro semestre no programa
com o FMI. Em 2003, o superávit foi de R$ 29,289 bilhões no primeiro semestre.
Junho foi fechado com superávit de R$ 5,533 bilhões, valor 628% maior
do que o registrado em igual mês em 2003 (R$ 760 milhões) e 48,5% superior
ao registrado em maio (R$ 3,724 bilhões). A explicação é o aumento das
receitas, impulsionado pela retomada da economia pelas mudanças na Contribuição
para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). (Jornal do Commercio
- 30.07.2004) O mercado financeiro continuou de bom humor nesta manhã de sexta-feira. O dólar comercial fechou a manhã em queda de 0,36%, a R$ 3,024 na compra e R$ 3,026 na venda. Ontem, o dólar comercial terminou com queda de 0,55%, a R$ 3,0350 na compra e R$ 3,0370 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 30.07.2004)
Internacional 1 AES Corp. registra lucro de US$ 38 mi no segundo trimestre A AES Corp.
fechou o segundo trimestre com lucro líquido de US$ 38 milhões. Um ano
antes, perdera US$ 129 milhões. Na base operacional, a empresa obteve
um lucro de US$ 611 milhões ante os US$ 491 milhões somados nos três meses
até junho de 2003. As receitas somaram US$ 2,263 bilhões, com crescimento
de 13,6%, em conseqüência de preços e demanda mais altos e de novas unidades
em operação. Isso praticamente compensou os efeitos cambiais. "Tarifas
e demanda maiores, a redução dos prejuízos comerciais e operações melhores
impulsionaram a expansão do lucro operacional. Como resultado, acreditamos
estar no caminho certo para alcançar as metas financeiras de 2004", sustentou
o diretor executivo da empresa de energia, Paul Hanrahan. (Valor - 29.07.2004)
2 EDP registra aumento de 51% no lucro no primeiro semestre de 2004 O resultado
líquido consolidado da EDP aumentou nos primeiros seis meses do ano para
274,9 milhões de euros, contra os 182 milhões de euros verificados no
período homólogo de 2003. Um poll de 12 analistas previa que a EDP tivesse
registrado lucros líquidos entre 229 e 293,9 milhões de euros, com o ponto
médio deste intervalo situado nos 262,7 milhões de euros. O crescimento
de 12,4 % do EBITDA deveu-se essencialmente "a um crescimento saudável
do consumo de energia nos mercados onde o grupo EDP atua (...) e no controle
de custos e melhorias de eficiência no negócio de eletricidade na Península
Ibérica", explicou a EDP. A empresa adiantou, em comunicado, que os "resultados
financeiros registraram uma ligeira melhoria beneficiando de um decréscimo
de 4% nos juros financeiros líquidos no seguimento da redução da dívida
financeira". (Diário Econômico - 29.07.2004) 3 EDP terá 95,7% de participação da Cantábrico A EDP aumentou a sua posição na Cantábrico para até 95,7% dos atuais 40%, num negócio de 1,195 bilhão de euros em que a EDP compra os 34,6% da EnBW, 17,6% à Cajastur e 4,1% da Casér. A elétrica adianta que vai pagar 649 milhões de euros pela posição que a EnBW detém na Cantábrico, 453 milhões de euros pela participação a adquirir à Cajastur mediante troca de ações da EDP, bem como pagará 93 milhões de euros pela posição a comprar à Casér. Estas aquisições serão financiadas através de um aumento de capital de 1,2 bilhão de euros. A Cajastur-Casér vai se manter como sócio estratégico da Cantábrico com 3,1% do capital desta que é a quarta elétrica espanhola, enquanto a Cajastur vai se converter no primeiro acionista privado da EDP com uma posição entre 5,4 e 5,8%. (Diário Econômico - 29.07.2004)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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