l IFE:
nº 1.396 - 29 de julho de 2004 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Licitação Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Regulação e Novo Modelo 1 Abrage: Energia excedente deve ser mantida em 2005 O volume
descontratado de energia existente no sistema elétrico poderá manter-se
na marca de 7 mil MW médios em 2005, mesmo com a realização do leilão
de venda que o governo planeja para o último trimestre deste ano. O alerta
foi dado pelo presidente da Associação Brasileira das Empresas Geradoras
de Energia Elétrica (Abrage), Flavio Neiva, ao analisar os riscos previstos
com a adoção das regras de comercialização do novo modelo energético.
A análise do executivo baseia-se na perspectiva, para a licitação deste
ano, de uma necessidade de contratação de cerca de 18 mil MW médios, volume
equivalente ao montante que, segundo ele, estará descontratado no início
de 2005. Com isso, afirma Neiva, a chamada energia velha que já é objeto
de uma sobra virtual de cerca de 7 mil MW médios continuaria sem a demanda
de mercado suficiente para alocá-la em novos contratos com distribuidoras
e consumidores livres. "Não deve haver negócios no leilão de energia velha
para a maioria das geradoras que têm produção descontratada", sinaliza
o presidente da Abrage, afirmando que muitas geradoras continuarão com
energia sem lastro contratual nos próximos cinco anos. (Canal Energia
- 28.07.2004) 2 Abrage critica bases do processo de comercialização do novo modelo O presidente
da Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage),
Flavio Neiva, criticou as bases do processo de comercialização do novo
modelo, que prevêem que as distribuidoras descontratem um percentual (que
deve se confirmar em 4%) dos contratos firmados nos leilões de energia
velha em caso de variação abrupta de mercado. O executivo explica que,
caso alguma descontratação ocorra, a energia existente será realocada
para negociação no mercado livre, e não no mercado cativo. A conseqüência
disso seria uma posterior substituição da energia existente, mais barata,
por uma produção nova, ainda a ser amortizada e que, por tanto, terá um
custo mais elevado. "Não tem lógica a energia mais barata ser deslocada
para o mercado de livre contratação, em caso de redução dos contratos,
e uma outra mais cara entrar no cativo. A Abrage defende que a produção
com o menor custo sirva para o atendimento da base do mercado regulado",
ressalta. (Canal Energia - 28.07.2004) 3 ABCE: Migração da energia velha poderá trazer reflexos para o alcance da modicidade tarifária O vice-presidente
da Associação Brasileira das Concessionárias de Energia Elétrica (ABCE),
Demóstenes Barbosa, frisou que a possível migração da energia velha entre
os ambientes regulado e livre poderá trazer reflexos para o alcance de
uma das premissas básicas do novo modelo do setor elétrico, a modicidade
tarifária. Isto porque, para o dirigente, o valor da conta de luz do pequeno
consumidor refletirá diretamente no custo da energia paga pela distribuidora.
"A tarifa do cliente residencial, que é o foco desse benefício, será onerada
pela energia nova, enquanto o preço livremente negociado pelos consumidores
livres vai ser menor, em função da compra de uma produção existente. É
um dos problemas que podem impedir a modicidade tarifária", disse o executivo,
que dirige a geradora paulista AES Tietê. A empresa não é atingida pelo
processo de descontratação, já que a energia liberada dos contratos iniciais
é destinada à Eletropaulo - do mesmo grupo. (Canal Energia - 28.07.2004)
4
Presidente da El Paso: Risco regulatório dificultará financiamento externo
para o setor elétrico brasileiro 5 PricewaterhouseCoopers: reforma tributária pode representar aumento de 9% nas tarifas de energia Estudo da
PricewaterhouseCoopers (PwC) revela que a reforma tributária poderá resultar
em crescimento de 34% da carga de impostos que incide sobre o setor elétrico,
o que poderá refletir em aumento de mais de 9,1% nas tarifas de energia.
O levantamento deverá ser encaminhado à ministra Dilma Rousseff até o
começo da próxima semana. "Constatamos, com esse estudo, que a questão
tributária vai na contramão da busca do governo federal pela modicidade
tarifária no setor elétrico", destacou João Guilherme Barbuto, da empresa
de consultoria. Segundo o estudo, a carga tributária do setor elétrico,
de 34,5% do seu faturamento, poderá chegar a 41,6%, se forem concretizadas
as alterações previstas na cobrança de impostos e encargos. Somente com
as mudanças já implementadas dentro da reforma tributária, houve um aumento
da carga tributária para 37%, de acordo com a consultoria. Outro ponto
da reforma tributária que deverá ter impacto significativo no setor elétrico
é a definição de uma alíquota única para o ICMS. A alíquota do ICMS nas
contas de energia elétrica varia, entre os Estados, de 17% a 30%. Segundo
Barbuto, a tendência é que a alíquota seja nivelada pelo maior percentual.
(O Tempo - 29.07.2004) 6 CPI do setor elétrico aguarda indicações de nomes para iniciar trabalho O deputado
federal Mauro Passos (PT-SC), da Comissão de Minas e Energia da Câmara
Federal, defendeu nesta quarta-feira, 28 de julho a investigação das privatizações
de algumas empresas do setor e a participação do Banco Nacional do Sistema
Elétrico no processo. Passos, que deverá ser o relator da CPI já instalada
na Câmara, explica que a demora no início dos trabalhos deve-se à lentidão
de alguns partidos em indicar seus representantes. A presidência da CPI,
revela, deve ficar com o PP. De acordo com Passos, a CPI até pode ser
vista como fator de inibição de investimentos, mas ele acredita que a
apuração dos fatos é extremamente importante. O deputado explica que a
Comissão ficará focada nos casos da AES e da Enron (que controlava a Elektro)
e na participação do BNDES na privatização do setor. (Canal Energia -
28.07.2004) 7 Rondeau: Situação em Manaus está contornada O presidente da Eletrobrás, Silas Rondeau, disse na segunda-feira que a situação em Manaus "estava contornada", seja por meio do remanejamento de energia hidráulica da Eletronorte para a região, onde também existe a possibilidade de gerar 40 MW de energia com turbinas da estatal que estão atualmente em Rondônia. Segundo Rondeau, a Eletrobrás, está também discutindo com a Petrobras um projeto definitivo para fornecimento de energia para a região, antecipando que a solução pode até incluir uma associação entre a El Paso e a Petrobras. Para Silas Roundeau, a Eletronorte tem 100 MW de capacidade disponíveis para atender à demanda da região. (Valor - 29.07.2004) 8
Presidente da El Paso não faz comentários sobre situação em Manaus 9 Juiz acaba com critérios sócio-econômicos para concessão de tarifa social no RJ O governo
do Estado do Rio de Janeiro ganhou na Justiça uma liminar que beneficia
800 mil famílias de baixa renda por acabar com os critérios sócio-econômicos
para a concessão da tarifa social de energia elétrica. Até agora, essas
famílias só conseguiam pagar contas mais baixas de luz se estivessem incluídas
no Programa Bolsa-Família, do governo federal, e tivessem renda per capita
de até R$ 100. Agora, basta a família se enquadrar no consumo mensal de
80 kWh a 220 kWh para ter a vantagem automaticamente concedida pela concessionária
de energia elétrica. O prazo que para os consumidores se recadastrarem
terminaria no dia 31. Agora, a inclusão dos usuários será feita diretamente
pela concessionária. Ainda cabe, no entanto, recurso contra a decisão
do juiz Walner de Almeida Pinto, da 11 Vara Federal do RJ. (O Globo -
29.07.2004) 10
BID aprova empréstimo de até US$ 75 mi para construção de hidrelétrica
em SC 11 Ricardo Pigatto é reeleito presidente da Apmpe A Associação Brasileira dos Pequenos e Médios Produtores de Energia (Apmpe) conduziu ao cargo de presidente o executivo Ricardo Pigatto, da Hidrotérmica, por um período de dois anos. A entidade realizou Assembléia Geral Ordinária no início do mês para definir o Conselho Diretor e Fiscal. Para o cargo de vice-presidente, foram eleitos Paulo Celso Lage (Eletroriver) e José Antunes Sobrinho (Engevix). A diretoria será composta ainda por Geraldo Mota (Brascan), James Mattos (Guascor), Fernando Vilela (Geraoeste) e Pedro Cavalcanti (Gamesa). (Canal Energia - 28.07.2004)
Empresas 1 Banco Santander é indicado para antecipar recebíveis de Furnas O banco
Santander foi indicado pelo grupo de trabalho de Furnas formado para analisar
as propostas de antecipação de R$ 342 milhões em recebíveis. Segundo a
estatal, a decisão ainda depende da aprovação da diretoria executiva.
A empresa espera concluir a operação de compra de recebíveis no dia 30
de setembro deste ano. A liquidação dos créditos ao vencedor será feita
em até 54 prestações mensais e consecutivas, sendo que a primeira vence
em outubro deste ano e a última em março de 2009. (Canal Energia - 28.07.2004)
2 EDP não realizará novos aportes de capital no Brasil O presidente da EDP no Brasil, Antonio Martins da Costa, enfatizou que o grupo português, que tem pesados investimentos em geração e distribuição, está disposto a continuar no Brasil. No entanto, ele salientou que a matriz não fará novos aportes de capital no país. Isso significa que os projetos da EDP Brasil precisam ser auto-sustentáveis e auto-suficientes. "Não estamos aqui para fazer críticas, mas o que o investidor não quer é incerteza e que as regras do jogo não mudem com muita freqüência", salientou Costa. (Valor - 29.07.2004) 3 Itaipu Binacional realiza primeiro pregão presencial A Itaipu
Binacional vai realizar nesta quinta-feira, dia 29 de julho, o primeiro
pregão presencial com nove empresas do Brasil e dez do Paraguai, com o
objetivo de aumentar a agilidade, reduzir os custos em até 20% e diminuir
o prazo de fechamento dos negócios, que passará de 40 para menos de 30
dias. "As negociações acontecem em tempo real, com a participação dos
empresários, o que influencia a redução dos preços. Por isso, consideramos
que o modelo serve de referência até para outras licitações governamentais
envolvendo dois países, podendo ser o embrião de compras por parte do
governo no Mercosul", destaca Sérgio Kummer, superintende de compras da
Itaipu. (Canal Energia - 29.07.2004) 4
Prejuízo da Escelsa chega a R$ 45,5 mi no segundo trimestre de 2004 5 Enersul fecha semestre com lucro de R$ 18,4 mi A Enersul
encerrou o primeiro semestre do ano com lucro líquido de R$ 18,4 milhões.
O resultado é superior ao prejuízo líquido de R$ 10,7 milhões verificado
em igual período do ano passado. De janeiro a junho deste ano, a receita
bruta da empresa cresceu 34,2%, passando de R$ 337,2 milhões, em 2003,
para R$ 452,4 milhões neste ano. As despesas operacionais fecharam em
R$ 54,9 milhões, valor 52,5% superior ao registrado em igual período do
ano passado (R$ 36 milhões). As receitas financeiras ficaram em R$ 17,9
milhões. O resultado operacional da empresa passou de R$ 24,1 milhões,
em 2003, para R$ 39,5 milhões neste ano. (Canal Energia - 28.07.2004)
6 Colocação da Coelce é de R$ 90 mi A Coelce
fez uma primeira emissão de debêntures simples, no valor de R$ 90 milhões,
de um programa global de R$ 150 milhões, com prazo final de oito anos,
operação coordenada pelo Banco Votorantim. O banco antecipou os recursos
com empréstimo-ponte, "demonstrando confiança na empresa e no sucesso
da investida", disse o diretor administrativo e financeiro, Antonio Osvaldo
Alves Teixeira, ao assinalar que o restante das emissões deverá ocorrer
de acordo com as necessidades de caixa da empresa. A operação vem respaldada
no melhor nível de classificação de risco de crédito atribuído, no momento,
a empresas distribuidoras de energia elétrica no Brasil, pela agência
de rating Moody`s Investors Service. Teixeira diz que a classificação
de risco atesta que a empresa está bem equilibrada e mantém o bom conceito
junto ao mercado. (Elétrica - 29.07.2004) 7 Aneel propõe reajuste de 36,16% para Chesp A Aneel
coloca em audiência pública os índices preliminares da revisão tarifária
da Chesp (GO). O índice integral proposto pela Aneel é de 36,16%, sendo
que somente 19,4% serão aplicados neste ano. O restante será aplicado
em três parcelas até 2007. Para o Fator X, a proposta é de 1,33%. A empresa
atende 25.480 consumidores em nove municípios goianos. Os interessados
devem encaminhar suas contribuições até o dia 23 de agosto pelo e-mail
ap030_2004@aneel.gov.br ou pelo fax (61) 426-5839. No dia 25, a agência
realiza audiência pública presencial e os percentuais definitivos serão
divulgados no dia 12 de setembro, data do reajuste da concessionária.
(Canal Energia - 28.07.2004) 8 Audiência discute as tarifas da CEB O reajuste das tarifas de energia elétrica no DF será discutido hoje, em audiência pública realizada pela Aneel, no Parlamundi (SGAS 915). Durante a audiência, a CEB vai apresentar a composição de seus gastos e receitas. Com base nos relatórios da empresa e com a contribuição dos participantes, a Aneel vai fixar um índice preliminar para o reajuste. O valor pode ser alterado para mais ou para menos, dependendo das mudanças ocorridas nos custos da empresa e no mercado. (Elétrica - 29.07.2004) 9 Saelpa e a Celb oferecem apólice de seguro para ser cobrada junto com o consumo de energia As distribuidoras da Paraíba tão oferecendo apólice de seguro para ser cobrada junto com o consumo de energia. A Saelpa e a Celb, empresas do sistema Cataguazes-Leopoldina responsáveis pelo fornecimento de energia elétrica na Paraíba, lançaram o Bem Seguro Fácil, um produto que custa R$ 2,79 mensais debitados na conta de luz. O seguro foi criado em parceria com a Aon Affinity do Brasil, uma das maiores no ramo de desenvolvimento e gestão de seguros massificados do país com a garantia da Ace Seguradora. O produto Bem Seguro Fácil (BSF) tem adesão opcional e oferece coberturas como o pagamento da conta de luz por 12 meses, até o valor máximo de R$ 60, nos casos de invalidez total por acidente. Em caso de morte do titular do seguro, a família, conta também com um ano de auxílio para compras de suprimentos em supermercados no valor de R$ 100. (Elétrica - 29.07.2004) A Celesc
é a 49ª empresa do ranking da revista Forbes sobre as 200 melhores do
Brasil com base em 2003. No setor de energia é a quarta colocada, abaixo
da Cemig, Tractebel e AES Tietê. Foram considerados dados como rentabilidade,
presença em bolsas de valores, patrimônio e lucro líquido. (Diário Catarinense
- 29.07.2004)
Licitação A Ceron
abre processo para execução das obras de eletrificação rural, inseridas
no Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso de Energia Elétrica,
do Ministério de Minas e Energia. O preço do edital é de R$ 50,00 e o
prazo vai até o dia 309 de agosto. (Canal Energia - 29.07.2004) A Celg contrata empresa para serviços contínuos, preventivo e de emergência em redes de distribuição desenergizadas, com tensão até 34,5 kV, na área de Superintendência Regional de Distribuição Metropolitana. O prazo vai até o próximo dia 12. (Canal Energia - 29.07.2004) A Chesf
abre licitação para construção de rede de cabeamento estruturado das estações
de telecomunicações em subestações na Bahia. O prazo para a realização
das propostas termina no dia 10 de agosto. (Canal Energia - 29.07.2004)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Reservatórios registram 81,2% da capacidade no Sudeste/Centro-Oeste No subsistema
Sudeste/Centro-Oeste, o nível de armazenamento fica em 81,2%, valor 36,8%
acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice de armazenamento
teve uma redução de 0,2% em um dia. As hidrelétricas de Nova Ponte e Itumbiara
registram volume de 78,1% e 98,4%, respectivamente. (Canal Energia - 28.07.2004)
2 Subsistema Sul tem nível de armazenamento em 87,4% A região Sul apresenta 87,4% da capacidade, valor 0,1% menor em relação ao dia anterior. O volume da usina Machadinho fica em 97,9%. (Canal Energia - 28.07.2004) 3 Região Nordeste apresenta 91,1% da capacidade A capacidade
de armazenamento chega a 91,1% no subsistema Nordeste, volume 61,7% acima
da curva de aversão ao risco 2003/2004. O nível teve uma redução de 0,3%
em comparação com o dia anterior. A usina de Sobradinho registra volume
de 91,5%. (Canal Energia - 28.07.2004) 4 Capacidade de armazenamento chega a 81,4% no subsistema Norte Os reservatórios
registram 81,4% da capacidade no subsistema Norte, uma redução de 0,3%
em relação ao dia 27 de julho. A hidrelétrica de Tucuruí apresenta volume
de 89,4%. (Canal Energia - 28.07.2004)
Gás e Termoelétricas 1 Consultor do Bird faz sugestões relativas ao setor de gás natural no Brasil Antes de o MME começar a discutir com os agentes um modelo para o setor de gás natural, já existem várias sugestões para ajudar o governo a esboçar a nova regulamentação. O consultor do Bird e diretor-executivo do Instituto de Estruturas da Indústria Elétrica da Universidade de Harvard, Ashley Brown, sugere a criação de um mercado secundário de gás que permita aos agentes com contrato de transporte nos gasodutos venderem as "sobras", caso existam, para terceiros. Isso porque esses contratos no Brasil e outros países prevêem pagamento pelo chamado "uso da capacidade de transporte", mesmo que ela não esteja sendo totalmente utilizada. O consultor do Bird sugere também que sejam estabelecidas regras de livre acesso aos gasodutos e a criação de um mercado de "hedge" para o gás natural, que permita reduzir os riscos dos agentes e dar maior flexibilidade a esse mercado. O livre acesso aos gasodutos já é previsto na legislação brasileira, mas a portaria da ANP que regulamentava o assunto foi cancelada. Outra sugestão para o modelo de gás é que o governo obrigue a uma desverticalização desse mercado em algum momento do futuro. Ele ressaltou ainda que a seu ver, será mais fácil criar uma "assimetria" entre os dois mercados se ambos forem regulados por uma única agência. Hoje a Petrobras é regulada pela ANP e as empresas de energia pela Aneel. (Valor - 29.07.2004) 2 Presidente da El Paso propõe criação de Operador Nacional da Rede de Gasodutos O presidente
da El Paso, Eduardo Karrer, propôs a criação de um Operador Nacional da
Rede de Gasodutos, que teria funções similares às do ONS. Segundo Karrer,
a nova Lei do Gás "não pode ficar defasada da do gestor elétrico porque
senão não haverá sinal de preço para a energia termoelétrica". Isso porque
no preço dessa energia estão incluídos gastos em dólares, como a compra
de turbinas, e do próprio gás, cujo preço varia atualmente de acordo com
a variação de uma cesta de óleos. (Valor - 29.07.2004) 3 Comgás registra lucro de R$ 66,5 mi no segundo trimestre de 2004 O lucro
líquido da Comgás aumentou de R$ 430 mil para R$ 66,5 milhões no segundo
trimestre do ano em comparação com igual período do ano anterior. Roberto
Lage, diretor financeiro da companhia, alerta que essa não é uma boa base
de comparação para mostrar o crescimento consistente da Comgás. Lage observa
que, no segundo trimestre de 2003, a empresa sofria com a pressão da alta
do dólar nos estoques de gás, cujos contratos são no sistema de "take
or pay". Neste segundo trimestre, a situação é diferente, porque além
de não ter a pressão do dólar, a companhia conseguiu ampliar as vendas.
A empresa ultrapassou o contrato firme de compra diária de gás, de 10,5
milhões de m3 para 11,5 milhões de m3. Ainda na comparação do segundo
trimestre de 2004 com o do ano anterior, o volume de gás saiu de 846,7
milhões de m3 para 931,1 milhões de m 3. As vendas brutas acompanharam
e cresceram 11,2%, para R$ 638 milhões. As vendas para os segmentos industrial
e automotivo cresceram, respectivamente, 11,97% e 27,2%. O de termogeração
teve queda 53,8%, porque a térmica de Piratininga, ainda fora de operação,
diminuiu sua fase de testes. (Valor - 29.07.2004)
Grandes Consumidores 1 Vendas de aço têm aumento de 13% no primeiro semestre de 2004 A reativação
da economia brasileira fez com que as vendas de aço subissem 13% no primeiro
semestre, de 7,8 milhões de toneladas nos últimos seis meses de 2003 para
8,6 milhões de toneladas. O aumento das encomendas de setores como o automobilístico,
o de bens de capital e o de construção civil obrigou as siderúrgicas a
sacrificar as exportações, que encolheram, em volume, 11,8%, na mesma
base de comparação. Em relação aos 7,7 milhões de toneladas vendidos no
mercado interno no primeiro semestre do ano passado, a alta foi de 11%,
segundo dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Siderurgia
(IBS). A expectativa é que o faturamento do setor alcance R$ 38,6 bilhões
este ano, com crescimento de 9,7% sobre a receita de 2003. A queda para
6,2 milhões de toneladas no volume de exportações não afetou a receita
proveniente das vendas para fora do país. Em valores, os embarques externos
subiram 8,9%, passando de US$ 2,1 bilhões no segundo semestre de 2003
para US$ 2,3 bilhões. A produção de aço cresceu 2,1% do segundo semestre
de 2003 para os seis primeiros meses deste ano, atingindo 16,1 milhões
de toneladas. (O Globo - 29.07.2004)
Economia Brasileira 1 Balanços das empresas mostram expansão da economia no 1º semestre Os balanços das empresas divulgados nas últimas semanas confirmam a retomada da economia. Os resultados do segundo trimestre mostram aumento de receitas e lucros de companhias abertas de diversos setores. A exportação, que vinha sustentando as empresas em épocas mais difíceis, continuou sendo o motor das vendas, mas a recuperação do mercado interno já é citada como fator importante. Em 26 balanços de companhias abertas divulgados até ontem, a receita de vendas cresceu 17% no semestre, comparada ao mesmo período de 2003. O lucro operacional antes dos itens financeiros, que mostra como as empresas estão na sua atividade principal, aumentou 38%. Pela Sondagem conjuntural da FGV, 60% de um total de 945 empresas esperam volume maior de encomendas internas para os próximos três meses. (Valor - 29.07.2004) 2 Otimismo é o maior desde 1995 Os empresários estão mais otimistas em relação aos negócios neste segundo semestre, de acordo com a Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação, realizada pela FGV-Ibre com 940 empresas de 24 Estados. A situação atual dos negócios é considerada boa por 33% das empresas e fraca por 11%. Trata-se do melhor resultado desde abril de 1995. Naquele mês, 41% dos empresários avaliaram a situação como boa e 6%, como fraca. "Os números da pesquisa mostram que as perspectivas são muito positivas. Neste tipo de pergunta, a média de respostas positivas costuma ser de 17%" afirmou o coordenador da pesquisa, Aloísio Campelo Júnior. Outro dado que mostra a melhora no ânimo do empresariado refere-se ao nível de emprego industrial. No trimestre julho-setembro, 35% das empresas pretendem contratar e 8% acreditam que terão de reduzir o contingente de mão-de-obra. De acordo com Campelo, a diferença de 27 pontos percentuais entre os dois extremos é a maior para um mês de julho desde 1986. (Jornal do Commercio - 29.07.2004) 3
Vendas da indústria do Rio subiram 26,6% em junho As companhias
brasileiras evitaram ao máximo tomar dinheiro emprestado no exterior com
a venda de títulos de dívida, fugindo dos juros maiores cobrados pelos
investidores interessados em ter esses papéis na carteira. O volume de
captações externas desabou 39%, e somou US$ 6,2 bilhões entre janeiro
e junho. Esse valor é bem inferior ao do primeiro semestre do ano passado
(R$ 10,2 bilhões), na fase chamada de lua-de-mel do mercado com o Governo
Lula. O dado, divulgado terça-feira pela Associação Nacional dos Bancos
de Investimentos (Anbid), mostra que as empresas preferiram esperar o
fim das turbulências no cenário externo, em vez de lançar títulos de dívidas
se comprometendo a pagar taxas elevadas aos compradores. (Jornal do Commercio
- 29.07.2004) 5 Na ata de julho, BC admite que projeção para 2005 está acima da meta A mais recente
ata do Copom, divulgada hoje e referente à reunião de 20 e 21 de julho,
sugere preocupação do BC com a meta inflacionária para 2005. No documento,
a autoridade monetária reconhece que as "as projeções de inflação estão
acima da meta de 5,5% para 2004 e ligeiramente acima da meta de 4,5% para
2005". estimativa considera uma Selic no patamar de 16% ao ano e a taxa
de câmbio perto de R$ 3, taxa predominante na véspera da reunião do Copom.
O Comitê reforça que os núcleos de inflação têm se situado em valores
relativamente estáveis nos últimos meses, mas em patamares incompatíveis
com as metas de inflação de médio prazo. (Valor Online - 29.07.2004) 6 IGP-M cai 0,07 ponto, para 1,31% em julho O IGP-M, calculado pela FGV, apurou inflação de 1,31% em julho . A variação representa uma queda de 0,07 ponto percentual ante a inflação de 1,38% registrada em junho. No ano, o indicador aponta alta de 8,18% e, em 12 meses, a inflação acumulada é de 11,51%. O IPA que representa 60% no cálculo do índice geral, registrou alta de 1,58%, contra 1,73% em junho. O IPC, responsável por 30% do cálculo total, atingiu 0,67% em julho ante 0,76% do mês anterior. Já o INCC, que representa 10% do IGP-M, apurou alta de 1,12%, frente variação positiva de 0,56% na medição de junho. (Valor Online - 29.07.2004) 7
Dólar ontem e hoje
Internacional 1 Cammesa e empresas brasileiras negociam exportação de energia para Argentina Empresas
de energia brasileiras e a estatal argentina, Cammesa retomam hoje as
discussões para a exportação de energia elétrica ao país vizinho a partir
de 1º de setembro. A Argentina quer comprar do Brasil 500 MW médios. O
objetivo é reduzir o risco de racionamento em seu sistema elétrico e os
conseqüentes entraves à produção industrial e ao desenvolvimento do país.
Uma primeira licitação já foi feita pela Cammesa, em maio, onde a Tractebel
venceu. Mas, diferentemente do anunciado na abertura do processo licitatório,
que previa um contrato de seis meses a partir de 1º de junho, o fornecimento
está previsto até o dia 30 de agosto, apenas. A Cammesa teria decidido
fazer um novo processo licitatório para aquisição de energia a partir
de 1º de setembro porque as muitas exigências feitas quando da primeira
licitação teriam afastado do processo empresas como Copel, Cesp e Duke
Energy. O resultado de uma disputa menos acirrada teria sido o preço mais
elevado da energia. (Valor - 29.07.2004) 2 China vai ajudar Paquistão na construção de usina nuclear O Paquistão
aprovou a proposta de construir uma nova usina nuclear com a ajuda da
China, informou o ministro paquistanês das Finanças, Shaukat Aziz. Aziz.
Ele afirmou que a nova usina nuclear custaria US$ 874 milhões. A usina
de 300 MW será construída em Chashma, cerca de 280 km ao sul de Islamabad
e perto da primeira usina que a China ajudou a construir, em 1999. Em
comunicado oficial, o governo disse que o projeto previa a transferência
de tecnologia chinesa para permitir à Comissão Paquistanesa de Energia
Atômica (Paec) administrar a usina sozinha. O comunicado afirmou ainda
que o projeto estará concluído dentro de sete anos, mas não especificou
quando ele começaria a ser implementado. (Gazeta Mercantil - 29.07.2004)
3 Unión Fenosa registra lucro de 190,1 mi de euros no primeiro semestre O lucro da Unión Fenosa subiu 21,6% para 190,1 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, face a igual período do ano passado, devido à baixa de impostos e de custos cambiais. A empresa mantém o objetivo de aumentar em 8% o lucro anual. O volume de negócios subiu 0,8% para 2,779 bilhões de euros, face aos 2,756 bilhões registrados no primeiro semestre de 2003. O resultado de exploração do negócio energético em Espanha aumentou 0,7%, absorvendo o efeito negativo de uma menor produção hidráulica, que pressupõe um aumento dos custos de combustível. O resultado de exploração do negócio elétrico internacional aumentou 26,3% para 69,1 milhões de euros. A Unión Fenosa investiu 292,6 milhões de euros este ano, dos quais 166,8 milhões de euros na construção de novos ciclos combinados e no negócio do gás. A dívida financeira bruta reduziu-se a 830 milhões de euros, face a junho do ano passado. (Diário Econômico - 29.07.2004) 4
Repsol registra redução de 7,7% de seu lucro no primeiro semestre 5 Gas Natural faz denúncia de manipulação de preços na bolsa energia O presidente
executivo da Gas Natural, Enrique Locutora, denunciou a existência de
"manipulação de preços" na bolsa de energia, com empresas a colocar eletricidade
abaixo do preço de custo no mercado para dificultar a entrada da concorrência.
Locutora disse que a Gas Natural está a estudando fazer uma queixa à Comissão
Nacional de Energia (CNE) ou ao Ministério de Indústria, durante a apresentação
dos resultados semestrais da empresa. A Gas Natural considera que algumas
empresas aproveitam os Custos de Transição para a Concorrência (semelhantes
aos Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual em Portugal), que
são concedidos pelo Governo às elétricas para compensar os custos ligados
à liberalização do setor, para vender abaixo do preço de custo. (Diário
Econômico - 28.07.2004)
Biblioteca Virtual do SEE 1 MCKENZIE, David; MOOKHERJEE, Dilip. "The Distributive Impact of Privatization in Latin America: Evidence from Four Countries". Economía. Boston. LACEA, v. 3, n. 2, p. 1-58, 2003. Para ler
o artigo na íntegra, clique aqui. 2 GALETOVIC, Alexander; FISCHER, Ronald; ENGEL, Eduardo. "Privatizing Highways in Latin America: is it possible to fix what went wrong?". Economía. New Haven. LACEA, v. 4, n. 1, Julho de 2003. Para ler
o artigo na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
|