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IFE: nº 1.393 - 26 de julho de 2004
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Dilma: Decretos de regulamentação do setor serão divulgados até a quinta-feira
2 Governo sinaliza com descontratação de 4% para distribuidoras
3 Grupo Rede: Novo modelo está gerando desconfiança nos agentes do setor
4 Siif Energies recorre contra reclassificação para o Proinfa
5 Projeto de lei quer alterar regras de corte de fornecimento de energia
6 Aneel coloca em audiência proposta de adequação de estatuto do ONS
7 Segunda etapa do Luz para Todos no MS receberá R$ 4,3 mi
8 Espírito Santo assina convênio do Luz para Todos

Empresas
1 SP negocia solução para exigência contratual da Duke e AES Tietê
2 Unificação da Copel completa um ano e meio
3 Coelba conclui emissão de debêntures
4 Celesc organiza Encontro Anual de Eficiência Energética e de P&D

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Estudo prevê apagão em 2007
2 Dilma critica resultados de estudo sobre apagão
3 Presidente do Grupo Rede: país precisar apressar novos projetos de geração

4
MME: Consumo de energia no setor rural teve aumento de 10,53% em 2003
5
Dados da Eletrobrás apontam crescimento de 8,41% no consumo do setor rural

Gás e Termelétricas
1 Impasse entre Aneel, Petrobras e acionistas das seis termoelétricas do PPT pode ser resolvido esta semana
2 CGTEE lança Comitê de Responsabilidade Social
3 Petrobras e Ecopetrol assinam acordo de cooperação técnica
4 Usinas de açúcar e álcool planejam investimentos de R$ 720 mi em Goiás
5 Curtas

Grandes Consumidores
1 Leilão para fornecimento de energia para a Coteminas atrai nove geradoras
2 Fitch: Venda de participação na CST é bom negócio para a CVRD

Economia Brasileira
1 Hedge encarece e desestimula captações
2 Meta de US$ 30 bi do BC é difícil de ser alcançada

3 Palocci recebe missão do FMI
4 Lula convoca empresários a investir mais no país
5 Mercado prevê queda de 0,5 pontos na Selic até fim do ano
6 Mercado eleva previsão da inflação pela 11ª semana consecutiva
7 IPCA-15 sobe 0,93% em julho
8 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Pequim fica sem energia
2 Governo chinês estima déficit energético de 30 milhões de kW em 2004
3 Itália registra recorde no consumo de energia elétrica
4 Gas Natural pretende construir duas centrais de regasificação na Itália
5 Halliburton registra prejuízo de US$ 663 mi no segundo trimestre

 

Regulação e Novo Modelo

1 Dilma: Decretos de regulamentação do setor serão divulgados até a quinta-feira

A ministra Dilma Rousseff afirmou que o governo está agindo em diferentes frentes para permitir novos investimentos no setor de geração de energia elétrica e que os decretos de regulamentação do setor serão divulgados até a próxima quinta-feira (29/07). "Não passa disso. O processo foi custoso porque implicou um acordo com todas as partes", disse ela. "Nós concluímos na quarta-feira a negociação dos decretos com os agentes interessados e enviamos o primeiro boneco para a Casa Civil. Na segunda-feira, nós vamos para o segundo boneco, pois tem que fazer a revisão jurídica". A ministra ressaltou que está tendo que, de um lado, criar regras definitivas para o setor de energia, e, de outro, resolver a "herança" do governo Fernando Henrique Cardoso. "Nós herdamos 45 projetos sem licenciamento ambiental concluído", afirmou, ao ressaltar que, desse total, ainda há 24 pendentes. "Eu não estou só resolvendo o futuro. Eu estou resolvendo a minha herança". A ministra fez questão de dizer que não estava culpando o Ibama pelo atraso nos licenciamentos. (Folha de São Paulo - 24.07.2004)

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2 Governo sinaliza com descontratação de 4% para distribuidoras

As distribuidoras de energia poderão descontratar até 4% do volume dos contratos de fornecimento que serão firmados nos primeiros leilões do novo modelo do setor elétrico, voltados para alocar a "sobra" da produção existente. O percentual foi sinalizado pelo secretário-executivo do MME, Maurício Tolmasquim, às associações das áreas de produção e consumo na última terça-feira, dia 20, e deverá constar no decreto de comercialização do marco regulatório. O patamar baseia-se no resultado das simulações elaboradas pela equipe técnica do MME sobre o sistema de bandas para os leilões anuais de energia existente. Outras medidas são esperadas no chamado "decretão", como a que estabelece para o segmento de geração um mecanismo equivalente à Conta de Variação da Parcela A das distribuidoras, com o objetivo de capturar a variação dos preços dos contratos de fornecimento. (Portal GD - 23.07.2004)

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3 Grupo Rede: Novo modelo está gerando desconfiança nos agentes do setor

Segundo o presidente do Grupo Rede, Evandro César Camillo Coura, o que se viu até agora do novo modelo trouxe mais desconfianças do que certezas. "Só tenho visto gente descontente. As distribuidoras estão preocupadas porque têm de acertar uma previsão de mercado, com uma margem de erro de 5% para daqui a cinco anos. E nos mercados do Centro-Oeste, Norte e Nordeste, isto é quase impossível", diz. As geradoras, diz, também não estão satisfeitas, porque há uma sobra de geração e, em diversos casos, elas estão sendo obrigadas a vender energia muito abaixo do que seria o custo razoável. "A desconfiança também atinge os investidores, que não têm as regras definidas e sofrem das indefinições quanto à operacionalidade e ao financiamento dos projetos no mercado financeiro", diz. Para Coura, até o momento, a situação relativamente mais confortável dentro do novo modelo do setor é a dos grandes consumidores. "Eles estão conseguindo os prazos para entrada e saída do mercado e, trabalhando as oportunidades, têm aproveitado muito bem este momento de sobra de energia", diz. (Gazeta Mercantil - 26.07.2004)

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4 Siif Energies recorre contra reclassificação para o Proinfa

A Siif Energies do Brasil entrou com um recurso administrativo pedindo a impugnação da reclassificação de projetos do Proinfa feito pela Eletrobrás. A empresa alega que houve ilegalidade na reclassificação por parte da estatal. Ela pede que a Eletrobrás respeite como prazo máximo para a assinatura dos contratos a data de 30 de junho. Quer também que a estatal faça uma nova chamada com base nos projetos com licença ambiental de instalação (LI) mais antigas, divididos por estado e pelo saldo remanescente para a cota de 1,1 mil MW para cada uma das três fontes contempladas no Proinfa. Segundo a empresa, caso fosse adotado este procedimento, cerca de 150 MW em projetos de geração eólica da Siif seriam selecionados nos estados do Ceará e do Rio de Janeiro. (Gazeta Mercantil - 26.07.2004)

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5 Projeto de lei quer alterar regras de corte de fornecimento de energia

Um projeto de lei do deputado André Luiz (PMDB-RJ) prevê que as distribuidoras de energia elétrica só poderão suspender o fornecimento em caso de atraso nos pagamentos depois de 60 dias e com duas contas vencidas, ou após 90 dias, independentemente do número de contas sem pagamento. O projeto também determina que as concessionárias terão de fazer pelo menos uma comunicação formal antes da interrupção e o que o corte só poderá ser feito na presença do cliente ou de um consumidor residente no domicílio. No caso de suspensão fora destas especificações, a distribuidora será multada e terá de fazer a religação em até 4 horas. Pela atual legislação, as distribuidoras podem interromper o fornecimento a partir de 15 dias depois de notificarem os clientes sobre o atraso. O projeto fixa em 2% o limite para cobrança de multa por não pagamento. (Gazeta Mercantil - 26.07.2004)

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6 Aneel coloca em audiência proposta de adequação de estatuto do ONS

A Aneel colocou em audiência pública a proposta de adequação do estatuto do ONS atendendo as determinações do novo modelo do setor elétrico. O documento está disponível para consulta no site da agência e recebe contribuições até o dia 30 de julho. A Aneel propõe nova constituição do corpo diretivo e do Conselho de Administração do ONS. Além disso, o texto sugere que o operador do sistema mantenha acordo operacional com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica e com a Empresa de Pesquisa Energética. A proposta estabelece ainda que o ONS terá cinco diretores, eleitos para mandatos de quatro anos, podendo ser reconduzido apenas uma vez. Os dirigentes serão indicados pelo MME e pelos agentes do mercado. (Canal Energia - 23.07.2004)

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7 Segunda etapa do Luz para Todos no MS receberá R$ 4,3 mi

A ordem de serviços para dar início às obras de eletrificação rural do Programa Luz para Todos no Mato Grosso do Sul foi assinada esta semana, pelo governador do estado, Zeca do PT, e vai contar com investimentos de cerca de R$ 4,3 milhões. Esta é a segunda etapa do programa e segundo o secretário de Infra-estrutura e Habitação, Carlos Augusto Longo Pereira, a previsão é que todos os assentamentos rurais do estado sejam beneficiados até o final deste ano. Até o final do ano, a meta realizar mais de 19 mil ligações em 193 municípios. A prioridade, definida pelo Comitê Gestor Estadual, foi dada às cidades com Índice de Desenvolvimento Humano inferior a 50%. (Canal Energia - 23.07.2004)

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8 Espírito Santo assina convênio do Luz para Todos

O governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, assinou na sexta-feira, dia 23 de julho, o convênio para a implantação do programa Luz para Todos em evento no município de Muniz Freire. A meta é beneficiar 310 mil domicílios rurais até o próximo ano. Levando em consideração todo território nacional, o projeto atingirá 12 milhões de pessoas e exigirá investimentos de R$ 7 bilhões. (Canal Energia - 23.07.2004)


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Empresas

1 SP negocia solução para exigência contratual da Duke e AES Tietê

O governo de São Paulo pretende solucionar um problema que tem data marcada para bater à porta das duas maiores geradoras privadas do estado, Duke Energy Paranapanema e AES Tietê. Mesmo encurraladas com sobras contratuais de energia liberadas de contratos com as distribuidoras paulistas, as empresas têm a obrigação contratual de aumentar suas capacidades instaladas em 15% até 2008, sob pena de descumprir uma cláusula estabelecida nos editais de privatização. As duas companhias chegaram a se preparar com a compra de terrenos para implantar novas usinas, o que atenderia ao disposto, mas desistiram dos projetos logo que o mercado mergulhou na forte retração provocada pelo racionamento de 2001 e 2002. (Canal Energia - 23.07.2004)

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2 Unificação da Copel completa um ano e meio

Os passos iniciais rumo à unificação foram dados já nas primeiras reuniões de diretoria ainda em 2003. Os diretores que assumiram a Holding passaram a responder pelas diretorias das cinco empresas subsidiárias (geração, transmissão, distribuição, telecomunicações e participações). Essa unificação foi desenvolvida com a participação direta de mais de 500 empregados. O trabalho incluiu desde a revisão da missão e dos valores da Copel, até o planejamento empresarial. O presidente da Copel, Paulo Pimentel, credita a boa imagem que a empresa vem desfrutando, com o recebimento de prêmios em todo o país e até com o reconhecimento de terceira empresa com maior credibilidade, mais respeitada do mundo, ao rumo acertado e às ações integradas da atual gestão. (Elétrica - 26.07.2004)

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3 Coelba conclui emissão de debêntures

A Coelba concluiu na última sexta-feira a distribuição de debêntures não-conversíveis em ações no valor de R$ 450 milhões. A operação foi dividida igualmente entre os bancos Santander, ABN-Amro, Bradesco, Itaú BBA e Unibanco. (Canal Energia - 26.07.2004)

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4 Celesc organiza Encontro Anual de Eficiência Energética e de P&D

A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) promove nos dias 4, 5 e 6 de agosto, a quinta edição do Encontro Anual de Eficiência Energética e de Pesquisa e Desenvolvimento, em Florianópolis. O evento será organizado pela Celesc e tem por objetivo promover o intercâmbio de experiências entre as concessionárias. (Jornal de Santa Catarina - 25.07.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Estudo prevê apagão em 2007

Se não forem definidos novos investimentos na geração de energia elétrica já no próximo ano e a economia do país continuar crescendo, o Brasil dependerá de são Pedro para não enfrentar racionamento a partir de 2007. Essa é a avaliação do especialista em energia Adilson de Oliveira, professor titular do Instituto de Economia da UFRJ e integrante do Conselho Empresarial de Energia da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro). Segundo estudo apresentado ontem, se as chuvas forem escassas no biênio 2005/2006, o racionamento poderá ser de 7% na região Sudeste e de 10% na região Nordeste em 2007. Se as chuvas forem críticas em 2006/2007, o racionamento pode ser ainda mais drástico: 12% no Sudeste e 17% no Nordeste. As estimativas só valem sem novos investimentos. Segundo o economista, são necessários investimentos da ordem de US$ 3,5 bilhões a US$ 4 bilhões anuais para garantir a geração de energia necessária. (Folha de São Paulo - 24.07.2004)

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2 Dilma critica resultados de estudo sobre apagão

A ministra Dilma Rousseff, considerou o estudo apresentado por Adilson de Oliveira de uma "ociosidade absoluta". Ela afirmou que, para o ministério, o país não corre risco de enfrentar uma crise de energia antes de 2008 ou 2009. "O estudo diz que, se tudo de pior acontecer, o pior acontecerá. Não entendo o que querem com isso." A ministra trabalha com uma taxa de crescimento da economia de 4,5% ao ano. O estudo de Oliveira aposta num crescimento médio de 5%. (Folha de São Paulo - 24.07.2004)

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3 Presidente do Grupo Rede: país precisar apressar novos projetos de geração

O presidente do Grupo Rede, Evandro César Camillo Coura, acredita que novos projetos de geração têm de ser iniciados até o ano que vem, como forma de garantir a oferta de energia no Brasil no médio prazo. A avaliação do mercado, segundo ele, é que há uma folga de energia até 2006. A partir daí, sem investimentos, o País pode enfrentar novos problemas de abastecimento. Segundo Coura, mesmo com a atual sobra de energia, o País passará por problemas se o crescimento econômico atingir 5% ou 6%. "Mas o governo tem um 'back-up' que é a energia térmica. E esta área pode ser rapidamente acionada com investimentos", diz. Para ele, portanto, o curto prazo não apresenta problemas. "No longo prazo, entretanto, essa estrutura não se sustenta". O complicador nesse cenário, de acordo com o executivo, é que o mercado está bastante inseguro. O novo modelo do setor, que poderia dar segurança ao mercado, ainda espera por uma série de regulamentações. Para Coura, entretanto, isso não garante a aplicação imediata das novas regras. (Gazeta Mercantil - 26.07.2004)

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4 MME: Consumo de energia no setor rural teve aumento de 10,53% em 2003

Dados preliminares do MME apontam que, de 2002 para 2003, houve aumento de 10,53% no consumo de energia no setor rural. No mesmo período, a indústria teve aumento bem menor, de 3,78%. Apesar do crescimento forte no campo, a indústria continua sendo, em números absolutos, a principal responsável pelo consumo de energia elétrica no país. Em 2003, foram 158.420 GWh. O setor rural consumiu 14.283 GWh, ou 9,02% do consumo da indústria. De acordo com dados do Ministério da Agricultura, o setor de agronegócio é responsável hoje por 33% do PIB. O PIB do setor em 2004 é estimado em US$ 180,2 bilhões, um crescimento de 8,88% em relação ao mesmo indicador no ano passado. Entre 1998 e 2003, de acordo com os dados do ministério, a taxa de crescimento do PIB agropecuário foi de 4,67% ao ano. De acordo com Antônio Ernesto de Salvo, presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), o agronegócio não deverá continuar crescendo em um ritmo tão forte nos próximos anos. Ainda assim, ele acredita que poderá haver um consumo maior de energia, de forma indireta, porque aumentará a pressão por diminuição de custos, o que implica mais investimentos em automação. (Folha de São Paulo - 24.07.2004)

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5 Dados da Eletrobrás apontam crescimento de 8,41% no consumo do setor rural

Os números da Eletrobrás indicam retomada do consumo de energia pelo setor rural. Os dados do departamento de mercado da estatal mostram que, de 2002 para 2003, o consumo rural aumentou 8,41%, enquanto que o da indústria teve crescimento de apenas 1,7% no mesmo período. O crescimento no consumo de energia em abril de 2004 -última série de dados disponibilizada pela Eletrobrás- em relação a abril do ano passado também identifica retomada mais intensa do consumo no setor rural: 6,03% de crescimento. No mesmo período, a indústria manteve o consumo em níveis praticamente estáveis, crescendo apenas 0,6% e ficando no mesmo patamar de consumo registrado em abril de 2000, antes do racionamento. Os números apurados pelo MME diferem um pouco dos calculados pela Eletrobrás. Isso acontece porque a Eletrobrás contabiliza apenas a energia vendida pelas distribuidoras. Não são contabilizados números relativos a autoprodução: energia comprada pelos consumidores diretamente das geradoras, às vezes por meio de comercializadoras. Já os números do MME levam em conta a energia comprada diretamente das geradoras pelos grandes consumidores. (Folha de São Paulo - 24.07.2004)

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Gás e Termoelétricas

1 Impasse entre Aneel, Petrobras e acionistas das seis termoelétricas do PPT pode ser resolvido esta semana

Uma solução de consenso que resolva o impasse criado entre a Aneel, a Petrobras e os acionistas das seis termoelétricas do Programa Prioritário de Termoeletricidade (PPT) a partir da resolução 40 da agência pode sair esta semana. Ela pode incluir a compra, pela Petrobras, de parte dos 600 MW médios de energia da Chesf que estão sem contrato, para substituir a energia que não pode ser gerada na região por falta de gás. O presidente da Chesf, Dilton da Conti, confirmou que foi procurado pela Petrobras e pode vender energia por meio de leilões, desde que autorizados pela Aneel. Uma fonte da Aneel explicou que a agência não reconhece os contratos firmados entre a Petrobras e as térmicas, que prevê o pagamento de multa, pela estatal, ou entrega de energia gerada em outras regiões do país, caso falte gás. A Aneel não vê intransigência em sua resolução porque entende estar defendendo os consumidores da região, os produtores e as distribuidoras. Por isso, a fonte garantiu que qualquer multa aplicada pelo MAE às distribuidoras que ficarem expostas no mercado será cancelada. A Petrobras alega que há três anos tenta obter o licenciamento ambiental para construir os gasodutos na região: projeto Malhas e o Gasoduto Sudeste-Nordeste (Gasene). (Valor - 26.07.2004)

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2 CGTEE lança Comitê de Responsabilidade Social

A Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica instala, nesta segunda feira, dia 26, às 15 horas, seu Comitê de Responsabilidade Social que terá como objetivo Institucionalizar a Responsabilidade Social da empresa como componente da identidade organizacional da CGTEE. As diretrizes que orientarão os trabalhos do Comitê devem promover a diversidade, o combate da discriminação, o assédio e a intimidação, o constrangimento e a integração e as relações interpessoais. Deve ainda priorizar as parcerias com as Empresas do Grupo ELETROBRÁS; Fortalecer o COEP e Incluir nos projetos a serem implantados princípios relativos à sustentabilidade ambiental. (Elétrica - 24.07.2004)

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3 Petrobras e Ecopetrol assinam acordo de cooperação técnica

A Petrobras e a colombiana Ecopetrol assinaram nesta semana acordo de cooperação técnica para desenvolvimento de novos negócios. O acordo permitirá a troca de conhecimentos técnicos e a identificação de áreas de interesse potencial para futuros projetos em parceria. Inicialmente, as áreas identificadas pelas duas empresas são: gás natural, petroquímica, refino, venda, distribuição e comercialização de combustíveis, desenvolvimento de produtos e serviços, biocombustíveis, entre outros. As estatais planejam ainda a realização de um workshop, ainda sem data marcada, para apresentar as suas experiências nas áreas de interesse e identificar novos projetos, que serão avaliados e submetidos à aprovação das duas empresas posteriormente. (Canal Energia - 23.07.2004)

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4 Usinas de açúcar e álcool planejam investimentos de R$ 720 mi em Goiás

O Estado de Goiás está reunindo esforços para se tornar a nova rota do setor sucroalcooleiro no Centro-Oeste do país. Onze projetos para a construção de usinas de açúcar e álcool, com investimentos totais calculados em R$ 720 milhões em dois anos, podem mudar o perfil do Estado - com tradição em grãos e pecuária - e abrir oportunidades para o Estado também no exterior. As terras mais baratas que nas tradicionais regiões canavieiras do país, a logística que permite o escoamento da produção para os portos de Santos (SP) e Vitória (ES), além dos benefícios fiscais concedidos pelo Estado, têm atraído tradicionais empresários paulistas e do Nordeste para Goiás. A produção de cana do Estado é de 13,5 milhões de toneladas, volume pequeno se comparado com os 220 milhões de toneladas colhidos em São Paulo - o maior Estado produtor do país. A área plantada em Goiás ocupa 200 mil hectares, mas pode avançar sobre os 5 milhões de hectares ocupados atualmente com pastagens. (Valor - 26.07.2004)

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5 Curtas

A CGTEE comemora, no próximo dia 28 de julho, sete anos de existência. O presidente da Eletrobrás, Silas Rondeau, participa das cerimônias de comemoração. Às 9:30 horas, está prevista a realização de cerimônia oficial do 7º aniversário, na Fundação CEEE. À tarde, acontecerá almoço de aniversário, com autoridades locais e regionais, e logo depois, visita às instalações da usina. (Canal Energia - 26.07.2004)

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Grandes Consumidores

1 Leilão para fornecimento de energia para a Coteminas atrai nove geradoras

Nove geradoras participaram da primeira fase do leilão para o fornecimento de 64 MW para a Coteminas. Cesp, Chesf, CPFL, Duke, Eletronorte, EMAE, Furnas, GCS e Tractebel apresentaram suas propostas na última sexta-feira (23/07). Agora, aguardam a lista das selecionadas para participar da segunda fase do leilão, que deve ser divulgada amanhã. A segunda etapa será realizada no dia 29 de julho. O vencedor, que deverá fornecer energia para três unidades da companhia a partir de 2005 e durante até oito anos, será conhecido dia 5 de agosto. (Gazeta Mercantil - 26.07.2004)

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2 Fitch: Venda de participação na CST é bom negócio para a CVRD

A agência de classificação Fitch informou que considera positiva a proposta de venda feita pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) de 28% de sua participação na Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST). "A operação afeta positivamente a CVRD, a CST e a Arcelor", destaca o comunicado. Segundo a Fitch, a Vale liberaria capital para poder alocar em negócios mais estratégicos, como o desenvolvimento de suas operações de mineração e logística. Em relação à CST, a entidade acredita que o perfil acionário da companhia seria fortalecido. (Gazeta Mercantil - 26.07.2004)

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Economia Brasileira

1 Hedge encarece e desestimula captações

O juro para investimentos em dólar no mercado interno (o cupom cambial) acaba de atingir um recorde de baixa, ficando menor até mesmo que a Libor. Não é à toa que empresas e bancos brasileiros evitam captar recursos no exterior: o custo do hedge - operação de proteção financeira contra oscilação no câmbio - é proibitivo. O cupom projetado para janeiro de 2005, o mais negociado, foi a 1,06% ao ano na quinta-feira, fechando a sexta-feira em 1,21% ao ano. O próprio governo é que tem puxado para baixo a taxa de juros para investimentos indexados ao dólar, ao tirar do mercado grande parte da oferta de hedge cambial. Desde novembro passado, o BC tirou US$ 25,5 bilhões de hedge do mercado, segundo estima Drausio Giacomelli, vice-presidente do JP Morgan. A política do BC acaba desestimulando as operações financeiras de arbitragem com os títulos do Tesouro. (Valor - 26.07.2004)

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2 Meta de US$ 30 bi do BC é difícil de ser alcançada

A expectativa entre analistas de mercado é que o País feche o ano com aumento das reservas internacionais em moeda estrangeira em relação ao ano passado, mas a meta anunciada em maio pelo presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, de elevar para US$ 30 bilhões ao fim do ano pode não ser alcançada. A maioria das instituições espera que ao fim de 2004, as reservas líquidas ajustadas estejam em torno de US$ 25 bilhões, o que significaria um aumento de mais de 20% em relação aos US$ 20,525 bilhões obtidos em dezembro de 2003. "Considerando um cenário conservador, estamos estimando atingir US$ 25 bilhões em reservas líquidas ajustadas este ano" diz o economista sênior do Banco WestLB do Brasil, Adauto Lima. (Jornal do Commercio - 26.07.2004)

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3 Palocci recebe missão do FMI

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, reúne-se hoje com a chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI), Teresa Ter-Minassian, encarregada de analisar a possibilidade de ampliação dos investimentos públicos em infra-estrutura por meio da mudança no cálculo do superávit primário. Palocci disse não esperar por conclusões definitivas nesta fase da negociação. "Não acho que teremos decisão nesta semana. Estamos buscando (uma solução) para 2005", disse. Ele considerou que as negociações com o FMI para ampliar os gastos públicos em infra-estrutura deverão prosseguir até o fim deste ano. Também nesta semana, desembarca no Brasil a missão do Fundo que fará a oitava revisão do acordo de US$ 14,8 bilhões. (Gazeta Mercantil - 26.07.2004)

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4 Lula convoca empresários a investir mais no país

Em seu programa de rádio quinzenal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou nesta segunda-feira os empresários a investir mais no país e os trabalhadores a ter mais fé e otimismo: "Nós não temos que parar e ficar achando que já está tudo resolvido. Nós temos que trabalhar mais, com mais seriedade, passar mais otimismo, convocar os empresários brasileiros a contribuir mais, a fazer mais investimentos; temos que pedir aos trabalhadores brasileiros mais fé, mais otimismo, porque é assim que a gente constrói uma nação" disse Lula. "Nós temos que acreditar que, através do nosso trabalho, nossa força, este país vai crescer de forma definitiva, vai distribuir renda e fazer com que a vida das pessoas melhore" completou. (O Globo Online - 26.07.2004)

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5 Mercado prevê queda de 0,5 pontos na Selic até fim do ano

Os analistas financeiros esperam que o juro básico da economia vai cair apenas 0,5 ponto percentual de agora até dezembro. A mediana das estimativas aponta Selic em 15,50% no final deste ano, acima do percentual previsto na semana retrasada, de 15,25%. Os dados são da pesquisa Focus, realizada semanalmente pelo BC com instituições financeiras. Os analistas continuam projetando manutenção do juro básico da economia na reunião de agosto do Comitê de Política Monetária (Copom). A mediana das expectativas para o PIB aponta crescimento de 3,65% neste ano, contra 3,57% na pesquisa da semana retrasada. Para 2005, a estimativa média permanece em 3,50% há dez semanas seguidas. (Valor Online - 26.07.2004)

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6 Mercado eleva previsão da inflação pela 11ª semana consecutiva

Na mais recente pesquisa Focus, feita pelo BC na semana passada, a mediana das expectativas para o IPCA foi de 7,13%, pouco superior aos 7,08% projetados na semana retrasada. É a décima-primeira semana seguida de aumento na previsão. Para 2005, o mercado manteve a expectativa do IPCA em 5,50%. De acordo com o levantamento semanal feito pelo BC junto a instituições financeiras, a previsão para o IGP-M de 2004 foi de 11,13% para 11,24%. Para o IGP-DI, subiu de 11,07% para 11,27%. Para o IPC da Fipe, a mediana das expectativas dos analistas foi de 6,42% para 6,41%. Para o mês de julho, a mediana das expectativas para o IPCA subiu de 0,92% para 0,95%, e a do IGP-DI foi de 1,02% para 1,12%. (Valor Online - 26.07.2004)

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7 IPCA-15 sobe 0,93% em julho

O IPCA-15 subiu 0,93% no período de 30 dias encerrado em 15 de julho, o mais alto desde abril de 2003, com aceleração de 0,37 ponto percentual (p.p.) na comparação com a taxa de 0,56% registrada em junho, de acordo com o IBGE. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,3% e, nos últimos doze meses, de 6,53%. Este mês, as pressões de alta partiram dos alimentos, combustíveis, energia elétrica e telefonia fixa. O grupo alimentação e bebidas subiu 0,91%, após alta de 0,55% em junho, por influência do clima frio. O álcool combustível, que havia subido 5,2% em junho, aumentou 7,11% em julho, influenciado pela cotação da cana-de-açúcar. Entre as 11 cidades pesquisadas, Curitiba ficou com a maior alta, de 1,35% em julho. (Gazeta Mercantil - 26.07.2004)


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8 Dólar ontem e hoje

O dólar à vista abriu hoje em baixa de 0,19%, cotado a R$ 3,046 na compra e R$ 3,050 na venda. Às 11h12m, a moeda americana recuava 0,26%, sendo negociada por R$ 3,045 na compra e R$ 3,048 na venda. (O Globo On Line - 26.07.2004)

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Internacional

1 Pequim fica sem energia

O consumo de energia bateu recorde na China na quarta-feira (21/07). Com isso, regiões da capital do país, Pequim, tiveram cortes no fornecimento de eletricidade por 47 minutos. O aumento do consumo foi causado pela onda de calor que atinge o país, aliada à forte atividade econômica, que pressiona há meses o fornecimento de energia. A State Grid, estatal responsável pelo setor, informou que o consumo de eletricidade atingiu na quarta-feira 6,406 bilhões de kWh. O recorde anterior havia sido registrado em 29 de junho, quando o consumo foi de 6,299 bilhões de kWh. O corte no fornecimento de energia em Pequim atingiu principalmente regiões do subúrbio e foi determinado pelo governo para economizar 70 mil kW. (Folha de São Paulo - 24.07.2004)

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2 Governo chinês estima déficit energético de 30 milhões de kW em 2004

A crise energética na China é a mais grave desde os anos 80. O governo chinês estima que haverá um déficit de pelo menos 30 milhões de kW no fornecimento de eletricidade neste ano. Em 2003, o consumo de energia subiu 15,4%, para 1,89 trilhão de kWh, recorde dos últimos 25 anos. O consumo continuou a crescer neste ano, com alta de 16% no primeiro semestre em relação a igual período de 2003. O risco de um colapso no fornecimento de energia é um dos fatores que levaram o governo chinês a adotar medidas para esfriar o ritmo de crescimento da economia, que se expandiu 9,6% entre janeiro e junho, depois de ter alta de 9,1% em 2003. A infra-estrutura energética do país não é suficiente para atender o crescimento da demanda. (Folha de São Paulo - 24.07.2004)

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3 Itália registra recorde no consumo de energia elétrica

O consumo de energia elétrica por causa do calor que atinge a Itália alcançou na sexta-feira (23/07) um recorde histórico, segundo o órgão estatal que administra a rede elétrica. O consumo chegou a 53.500 MW. As marcas anteriores são de 10 de dezembro de 2003, com 53.400 MW, e do verão passado (boreal), com 53,200 MW. "Como na sexta-feira, o fator determinante nesta alta dos consumos foi a onda de calor tórrido que atinge a península, que leva a um uso em massa dos aparelhos de ar-condicionado", explicou em uma nota o órgão estatal. (Jornal de Santa Catarina - 24.07.2004)

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4 Gas Natural pretende construir duas centrais de regasificação na Itália

A Gás Natural anunciou ter pedido às autoridades italianas permissão para construir duas centrais de regasificação no país, num investimento superior a 600 milhões de euros por unidade. Segundo comunicado emitido pela empresa espanhola, se as autoridades de Roma aprovarem o projeto, ambas as unidades deverão estar operacionais em 2009. (Diário Econômico - 26.07.2004)

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5 Halliburton registra prejuízo de US$ 663 mi no segundo trimestre

A Halliburton, segunda maior empresa mundial de serviços de energia, relatou prejuízo líquido de US$ 663 milhões no segundo trimestre, ante um lucro de US$ 26 milhões no mesmo período do ano passado. O resultado inclui encargo de US$ 609 milhões para ajudar a cobrir acordo em processo coletivo envolvendo amianto, cujo uso foi proibido por causar problemas à saúde. Excluindo operações descontinuadas, a empresa teria registrado prejuízo de US$ 54 milhões no trimestre, incluindo encargo de US$ 200 milhões assumido pelo projeto problemático de construção de duas plataformas de produção para a Petrobras. que serão usadas na Bacia de Campos. (Gazeta Mercantil - 26.07.2004)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Pedro Bruni e Rodrigo Madeira

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