l

IFE: nº 1.388 - 19 de julho de 2004
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Distribuidoras têm até o dia 15 de agosto para apresentarem projetos de reestruturação societária
2 Eletrobrás reclassifica projetos habilitados no Proinfa nas três fontes
3 Siif Energies do Brasil entrará na Justiça contra critério de reclassificação da Eletrobrás no Proinfa
4 Projetos eólicos do Rio de Janeiro são incluídos no Proinfa
5 Abrace: Energia no mercado cativo deverá aumentar 20% em média até 2007
6 Abradee: Fim do subsídio coloca as tarifas no seu custo real para as indústrias
7 RS será sede de seminário internacional sobre energias renováveis

Empresas
1 Reestruturação societária: Grupo Rede vende ativos de geração
2 Guaraniana: Reestruturação ainda não tem modelo definido
3 Reestruturação societária: CPFL já está em estágio avançado
4 Reestruturação societária: EDP Brasil já prepara lançamento de ações no Novo Mercado da Bovespa
5 Eletropaulo passará para o controle da holding Brasiliana
6 Eletrobrás vai ao STF contra empresa de SC
7 Saelpa e Celb lançam plano de seguro para consumidores residenciais
8 Aneel aprova programas de P&D da CEB e da Escelsa

Gás e Termelétricas
1 Dilma discute energia e gás em encontro em Manaus
2 Indefinição de regras paralisa novos projetos de termoelétricas movidas a carvão
3 SC e RS solicitam política para o carvão mineral ao governo federal
4 Projeto Usitesc tem início de operação postergado à espera de consolidação de novo modelo
5 Copel posterga ampliação de termoelétrica de Figueira
6 Governo do RS pleiteia maior participação do carvão em leilões de energia nova
7 Gás Natural conclui compra de participação na CEG e CEG-Rio
8 Pemex negocia parceria com Petrobras
9 Petrobras assina contrato para reforma na Reduc

Economia Brasileira
1 Verbas para infra-estrutura terão reforço
2 China Development Bank demonstra interesse em apoiar projetos de infra-estrutura no Brasil

3 Palocci diz que um crescimento de 4% este ano é possível
4 Dirceu nega que seu novo cargo influenciará queda da Selic
5 Manutenção da Selic em 16% é consenso no mercado
6 Cresce importação de máquinas e insumos
7 Previsão de IPCA futuro fica praticamente estável, diz Focus
8 IGP-10 recua em julho e marca 1,31%
9 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Referendo na Bolívia: População apóia alteração na política de gás natural no país
2 China trabalha à noite para poupar luz

Regulação e Novo Modelo

1 Distribuidoras têm até o dia 15 de agosto para apresentarem projetos de reestruturação societária

As distribuidoras de energia terão de apressar seus projetos de reestruturação societária para se adequar ao novo modelo do setor elétrico. Pelas novas regras, as concessionárias são proibidas de controlar outras empresas, especialmente ativos de geração elétrica. A Aneel deu prazo até o dia 15 de agosto para que elas apresentem o plano, com cronogramas e metas definidas. A agência deu prazo até 16 de setembro de 2005 para que todas as operações sejam concluídas, inclusive a alienação de ativos, caso necessário. Para executivos do setor, o prazo exíguo prejudica especialmente os grupos nacionais de menor porte. Um executivo do setor acredita que a necessidade de elaborar um novo modelo societário em um prazo inferior a um mês prejudica principalmente as empresas de menor porte. Para o executivo, esses grupos terão desvantagens com a desverticalização. "Se mexer com reestruturação societária, mexe-se também com os bancos e com a estrutura de financiamento", diz. (Valor - 19.07.2004)

<topo>

2 Eletrobrás reclassifica projetos habilitados no Proinfa nas três fontes

A Eletrobrás divulgou na sexta-feira, 16 de julho, a lista dos empreendimentos selecionados na etapa da reclassificação do Programa de Incentivo a Fontes Alternativas. O processo ocorreu em função da desistência de alguns investidores, da falta de documentos e do resultado da análise dos recursos administrativos impetrados por algumas empresas. A estatal convocou os empreendedores que tiveram projetos selecionados a apresentarem documentação no período de 19 a 21 de julho. Na área de eólicas, o afastamento de três empresas abriu espaço para a contratação de 365,3 MW. No segmento de PCHs, a mudança dos projetos foi ocasionada por desclassificação de 65,85 MW e desistência de 26 MW. Em biomassa, três projetos foram habilitados para o programa, adicionando mais 42,8 MW e totalizando um volume de 1.038 MW contratados. Ainda assim, o segmento ficou 62 MW abaixo da cota de 1,1 mil MW. A Eletrobrás ainda não divulgou a lista final dos projetos que estão habilitados para a primeira fase do Proinfa. (Canal Energia - 16.07.2004)

<topo>

3 Siif Energies do Brasil entrará na Justiça contra critério de reclassificação da Eletrobrás no Proinfa

A Siif Energies do Brasil informou que entrará na Justiça contra o critério utilizado pela Eletrobrás para reclassificar os projetos que substituirão os selecionados no dia de 30 junho. A empresa, que atua na área eólica, alega que o saldo remanescente por fonte não foi distribuído entre os estados na proporção da oferta em KW, conforme previa a regra. A empresa questionará também o critério de data de licenciamento ambiental. A Siif também critica o fato de a estatal só ter divulgado nesta sexta-feira, 16 de julho, os nomes dos empreendedores que assinaram os contratos no dia 30 de junho. A investidora mostrou repúdio pela manutenção dos projetos cujas licenças ambientais estão sendo questionadas judicialmente na lista de reclassificados. A Siif formalizará denúncia nas Corregedorias Gerais da União e de Santa Catarina. (Canal Energia - 16.07.2004)

<topo>

4 Projetos eólicos do Rio de Janeiro são incluídos no Proinfa

O secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, considerou positiva a inclusão pela Eletrobrás no Proinfa dos projetos de geração de energia eólica previstos para o Estado do Rio de Janeiro. Victer informou que ficam habilitados os seguintes projetos da empresa Novaenergia: Usina Eólio Elétrica (UEE) Coqueiro (14,4 MW) e UEE Saco Dantas (26,4 MW), em São João da Barra, no Norte Fluminense, e UEE Mundéus (23,8 MW), em São Francisco de Itabapoana, no Noroeste. Do grupo SeaWest foi aprovado o projeto da UEE Gargaú (28 MW), também em São Francisco de Itabapoana. "Com a inclusão destes quatro projetos no Proinfa estamos garantindo para o estado investimentos da ordem de US$ 70 milhões e a geração de 92,6 MW" - afirmou Victer. (Elétrica - 16.07.2004)

<topo>

5 Abrace: Energia no mercado cativo deverá aumentar 20% em média até 2007

O realinhamento tarifário poderá aumentar em 20%, em média, o custo da energia elétrica para os consumidores industriais do mercado cativo. Essa estimativa é da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais de Energia (Abrace) baseada no cronograma de redução do subsídio até 2007. O desconto nas tarifas ficou em 90% em 2003 e caiu para 75% neste ano. De 2005 a 2007, a Aneel reduzirá em 25% anuais o benefício até terminar o realinhamento tarifário. Os percentuais foram definidos pelo decreto nº 4.667/2003. O vice-presidente da Abrace, Eduardo Spalding, diz que o aumento médio poderá chegar a 30% para os clientes das classes A1 e A2. "O realinhamento tarifário e a sobreoferta de energia elétrica incentivarão o crescimento do mercado livre", afirma. Ele, entretanto, diz que o processo não será imediato devido aos prazos de contratos com as distribuidoras. (Canal Energia - 19.07.2004)

<topo>

6 Abradee: Fim do subsídio coloca as tarifas no seu custo real para as indústrias

Para o presidente da Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica, Luiz Carlos Guimarães, o fim do subsídio coloca as tarifas no seu custo real para as indústrias, retirando todos os descontos existentes entre os cativos. Em relação à saída dos clientes devido ao aumento, Guimarães diz que esse movimento dependerá da evolução do preço da energia elétrica no mercado livre. "Hoje, há uma sobreoferta que coloca os preços num patamar mais baixo. É preciso aguardar a consolidação do mercado", explica o presidente da Abradee. (Canal Energia - 19.07.2004)

<topo>

7 RS será sede de seminário internacional sobre energias renováveis

O Rio Grande do Sul será sede de um seminário internacional sobre energias renováveis. A realização do evento, que reunirá especialistas no assunto de todo o mundo, foi acertada nesta sexta-feira (16/07) pelo secretário de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andres, em reunião no Ministério do Meio Ambiente Alemão, em Berlim. O evento acontecerá ainda neste segundo semestre, provavelmente em novembro, em Porto Alegre. "A parceria com o governo alemão prevê o envio de seus técnicos ao seminário e também inclui participação financeira na organização do evento", afirma Andrés" (Elétrica - 16.07.2004)

<topo>

 

Empresas

1 Reestruturação societária: Grupo Rede vende ativos de geração

O assessor da presidência do Grupo Rede, Fernando Quartim, disse que a empresa já deu início ao seu processo de reorganização societária, que incluirá a venda dos ativos de geração do grupo. "Nós estamos nos desfazendo de algumas usinas para nos adaptarmos à legislação, mas também para solucionarmos problemas de endividamento". Segundo Quartim, ainda faltam etapas do processo de reformulação dos ativos. "Quanto aos prazos, acho que são negociáveis". O Grupo Rede pôs à venda cinco usinas de médio e grande portes. Estão no pacote ainda a venda de mais de 30 pequenas usinas hidrelétricas. Recentemente, o grupo desistiu de construir a usina Couto Magalhães, que havia disputado em leilão, e devolveu ao governo a concessão alegando dificuldades para conseguir o relatório de impacto ambiental exigido pelo Ibama. (Valor - 19.07.2004)

<topo>

2 Guaraniana: Reestruturação ainda não tem modelo definido

A Guaraniana, empresa controlada pela espanhola Iberdrola e pela Previ, já deu início ao processo de reformulação de seus ativos, mas ainda não concluiu o modelo. A Guaraniana detém o controle das distribuidoras Coelba, Celpe e Cosern, além de possuir ativos de geração. Um dos problemas da Guaraniana é a sobreposição dos ativos de distribuição, já que a Coelba, primeira concessionária adquirida, participou como sócia nos leilões de aquisição da Cosern e da Celpe. O presidente da Guaraniana, Marcelo Corrêa, afirma que o cronograma de reformulação dos ativos do grupo está "sob análise". "Entregar no prazo nós vamos. Mas espero que se tenha possibilidade de uma segunda análise. Alguns dos nossos processos de reestruturação já estão na Aneel", afirmou Corrêa. (Valor - 19.07.2004)

<topo>

3 Reestruturação societária: CPFL já está em estágio avançado

A CPFL é o principal exemplo dentre os grupos que já estão com seus processos de reorganização societária em estágio mais avançado. Depois de agrupar seus ativos de geração, distribuição e comercialização sob uma holding, a empresa se prepara para abrir o capital na Bolsa de Valores. (Valor - 19.07.2004)

<topo>

4 Reestruturação societária: EDP Brasil já prepara lançamento de ações no Novo Mercado da Bovespa

O grupo EDP já criou a sua holding, a EDP Brasil, que culminará com o lançamento de ações no Novo Mercado da Bovespa, neste semestre. Sob o guarda-chuva da EDP Brasil ficarão as controladas Bandeirante, Escelsa e Enersul. A Cerj e a Coelce, distribuidoras nas quais a EDP é minoritária, não foram incluídas na operação. A intenção do grupo é se desfazer dessas participações, segundo informações de mercado. (Valor - 19.07.2004)

<topo>

5 Eletropaulo passará para o controle da holding Brasiliana

A Eletropaulo passará para o controle da holding Brasiliana, para cumprir o acordo fechado entre a sua controladora, a AES, e o BNDES para equacionar a dívida de US$ 1,2 bilhão junto ao banco. O entendimento entre as partes prevê a criação da holding, que abrigará a Eletropaulo, AES Tietê e termelétrica Uruguaiana. (Valor - 19.07.2004)

<topo>

6 Eletrobrás vai ao STF contra empresa de SC

A Eletrobrás ajuizou uma ação cautelar, no Supremo Tribunal Federal (STF), para suspender o pagamento relativo à correção de empréstimo compulsório sobre energia elétrica para a empresa Rigesa Celulose, Papel e Embalagens, de Três Barras (SC). A Rigesa está processando a União e a Eletrobrás com o intuito de receber diferenças de correção monetária e juros resultantes do empréstimo compulsório estabelecido pelo governo federal, em favor da concessionária, por meio da Lei nº 4156/62 e suas alterações. No processo, a Eletrobrás foi citada a pagar R$ 38,2 milhões à Rigesa. A estatal alega divergências da ordem de R$ 22 milhões e entrou com recurso para evitar a indisponibilidade ou bloqueio de valores, alegando que o pagamento da cifra tornará inviável a execução de programas governamentais. (Valor - 19.07.2004)

<topo>

7 Saelpa e Celb lançam plano de seguro para consumidores residenciais

A Saelpa e Celb, em parceria com a Aon Affinity, lançaram na última sexta-feira, dia 16 de julho, o benefício "Bem Seguro Fácil", um plano de seguro que oferece coberturas de vida, proteção financeira e danos à residência. O custo do plano, que é garantido pela ACE Seguradora, é de R$ 2,79 mensais cobrados na conta de luz. O seguro garante ainda, por um ano, o pagamento mensal da conta de luz de até R$ 60 em casos de morte e invalidez total por acidente, além de um ano de auxílio supermercado no valor de R$ 100 em caso de morte do titular da conta de energia. A apólice protega também a residência do segurado contra danos estimados em até R$ 15 mil causados por incêndio, queda de raio ou explosão. (Canal Energia - 19.07.2004)

<topo>

8 Aneel aprova programas de P&D da CEB e da Escelsa

Os programas de pesquisa e desenvolvimento da CEB e da Escelsa, para o ciclo 2003/2004, foram aprovados pela Aneel. Os projetos receberão aproximadamente R$ 1,3 milhão e 1,2 milhão de investimento, respectivamente. As metas devem ser atingidas até 31 de agosto de 2005. (Canal Energia - 16.07.2004)

<topo>

 

Gás e Termoelétricas

1 Dilma discute energia e gás em encontro em Manaus

O governador Eduardo Braga tratou do gasoduto Coari-Manaus e da geração de energia para a capital amazonense com a ministra Dilma Rousseff. Depois da autorização e licença ambiental concluída, os envolvidos no empreendimento estão na fase final de negociação de preço do gás, contrato de compra e formulação do modelo de geração de energia para os próximos dez anos em Manaus. A proposta que está sendo discutida com a ministra é a criação de um consórcio envolvendo a Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), Petrobras, Eletrobras e Eletronorte para gerar e distribuir energia na cidade. O consórcio com a Cigás também resolverá o problema criado com a El Paso, cujos contratos de fornecimento de energia para Manaus terminam 2005 e 2006. (Elétrica - 16.07.2004)

<topo>

2 Indefinição de regras paralisa novos projetos de termoelétricas movidas a carvão

A indefinição quanto à participação do carvão na matriz energética brasileira paralisou os projetos de novas termelétricas movidas a este combustível. No total, são cerca de 2,85 mil MW programados para entrar no sistema até 2008 - dos quais 850 MW inicialmente previstos ainda para 2004 -, mas que, por hora, não devem sair do papel. "Esperamos uma posição do MME sobre de que forma o carvão será tratado no novo modelo do setor", disse o secretário-executivo do Sindicato das Indústrias de Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina, Fernando Zancan. Para ele, algumas modificações feitas pelo novo modelo do setor, como a inclusão dos projetos de universalização e baixa renda entre os beneficiários da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fizeram com que os investidores permanecessem em compasso de espera. (Gazeta Mercantil - 19.07.2004)

<topo>

3 SC e RS solicitam política para o carvão mineral ao governo federal

Um pleito organizado por representantes dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul foi enviado ao governo federal, solicitando a elaboração de uma política estruturada para o carvão mineral. "O carvão representa 66% dos recursos fósseis no Brasil, mas as térmicas à carvão mantêm a mesma capacidade (1.414 MW) existente desde a década de 80", disse Zancan. Ele defende que o carvão deveria ser mais utilizado nas térmicas brasileiras, já que é um combustível nacional - e portanto não sofre interferências dos preços internacionais -, com uma grande reserva (de mais de 32 bilhões de toneladas), e com possibilidade de estocagem. Questionado sobre às possíveis dificuldades ambientais que as novas usinas à carvão podem enfrentar, o executivo disse que alguns dos projetos utilizam padrões ambientais superiores aos da lei brasileira. (Gazeta Mercantil - 19.07.2004)

<topo>

4 Projeto Usitesc tem início de operação postergado à espera de consolidação de novo modelo

As empresas responsáveis pelo projeto Usitesc, a Carbonífera Criciúma e a Carbonífera Metropolitana, já solicitaram a postergação para 2008 da entrada em operação da usina, que hoje está prevista para novembro de 2005. "Há necessidade de consolidação do novo modelo para que sejam tomadas as decisões de investimento", disse José Carlos Cunha, gerente de desenvolvimento do projeto Usitesc. O investimento previsto é de US$ 650 milhões. (Gazeta Mercantil - 19.07.2004)

<topo>

5 Copel posterga ampliação de termoelétrica de Figueira

A ampliação da usina de Figueira, no Paraná, está fora de cogitação na Copel, pelo menos por enquanto. A empresa chegou até mesmo a pensar em fechar a unidade já existente, hoje com 20 MW, uma vez que era deficitária. Um acordo com a carbonífera Cambuí, que fornece o carvão para a usina, permitiu a manutenção das operações, mas não impediu que o projeto de ampliação, orçado em R$ 168 milhões, fosse engavetado. (Gazeta Mercantil - 19.07.2004)

<topo>

6 Governo do RS pleiteia maior participação do carvão em leilões de energia nova

O governo do Rio Grande do Sul, que detém 90% das reservas brasileiras de carvão mineral, defende a utilização do carvão mineral na matriz energética nacional. Semana passada, o governador Germano Rigotto participou de uma reunião com a ministra Dilma Rousseff, para discutir a política para o carvão. Antes mesmo de publicados os decretos que detalham as novas regras para o setor elétrico, o governo gaúcho já pleiteia uma maior participação do carvão nos futuros leilões de energia nova. Há sinalização de que seriam contratados, em um primeiro leilão, entre 500 MW e 600 MW de energia proveniente de carvão. O Rio Grande do Sul já possui estruturados 1,9 mil MW em projetos, dois deles existentes há mais de 20 anos (Candiota III, da CGTE, e Jacuí, da Tractebel e da Carbonífera Criciúma). (Gazeta Mercantil - 19.07.2004)

<topo>

7 Gás Natural conclui compra de participação na CEG e CEG-Rio

A Gas Natural fechou a compra das participações da Enron nas distribuidoras de gás fluminenses CEG (25,39%) e da CEG-Rio (33,75%) por uma quantia total de 129 milhões de euros. A companhia espanhola aumenta suas participações nas duas companhias para 54,16% na CEG e 72% na CEG-Rio. Ambas participações pertenciam à Enron International Brazil GasHolding LCC, filial da norte-americana Enron Corporation. A Gas Natural é atualmente o maior operador de distribuição em número de clientes, com 60% do total do Brasil, e por vendas, com 30%. (Gazeta Mercantil - 19.07.2004)

<topo>

8 Pemex negocia parceria com Petrobras

O presidente do México, Vicente Fox, anunciou que a Pemex negocia com a Petrobras uma parceria para exploração de petróleo em águas profundas no Golfo do México e para produção de álcool combustível proveniente de cana-de-açúcar. Fox ressaltou que a aliança visa a proporcionar maior competitividade para ambos os países. (Gazeta Mercantil - 19.07.2004)

<topo>

9 Petrobras assina contrato para reforma na Reduc

A Petrobras assinou contrato com a Iesa Engenharia, no valor de R$ 316 milhões, para a execução das obras de construção e montagem de um novo sistema de tocha e das interligações da unidade de coqueamento retardado da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro. A estatal vai investir na Reduc US$ 1,2 bilhão para aumentar o processamento de petróleo nacional, gerar produtos de maior rentabilidade, como diesel, GLP e nafta, reduzir a oferta de óleo combustível e aprimorar a qualidade dos produtos refinados. A previsão é que a unidade de coque entre em operação no final de 2006. (Gazeta Mercantil - 19.07.2004)

<topo>

 

Economia Brasileira

1 Verbas para infra-estrutura terão reforço

Enquanto os projetos das Parcerias Público-Privadas (PPP) não saem do papel, o governo faz o possível para ampliar os investimentos e evitar que a falta de estradas, ferrovias e portos aborte o processo de crescimento econômico que dá seus primeiros sinais. Se o dinheiro privado das PPP ainda levará algum tempo para aparecer, o jeito será engordar o investimento público na área. "Será uma das prioridades máximas do Orçamento de 2005", disse ao Estado o ministro do Planejamento, Guido Mantega. Isso, porém, não resolverá totalmente o problema, porque os recursos públicos são limitados. A proposta de Orçamento, que começa a ser elaborada, seguirá para o Congresso até 31 de agosto. Ela detalhará os investimentos com recursos do Tesouro Nacional e os projetos a serem tocados pelas empresas estatais. (O Estado de São Paulo - 19.07.2004)

<topo>

2 China Development Bank demonstra interesse em apoiar projetos de infra-estrutura no Brasil

O China Development Bank (CDB), banco de fomento chinês, tem interesse em apoiar projetos no Brasil, principalmente nas áreas de infra-estrutura e de recursos naturais. Em sua primeira visita ao país, o presidente do CDB, Chen Yuan, ressaltou a complementaridade entre as economias dos dois países e mostrou a intenção de financiar projetos por aqui, em especial os que tiverem participação de empresas chinesas. Com orçamento anual entre US$ 30 bilhões e US$ 40 bilhões, o CDB tem como principal foco o crédito a obras de infra-estrutura e programas de desenvolvimento social. A maior parte dos recursos são usados na própria China, mas o banco tem financiado alguns projetos de empresas chinesas em países próximos. O mesmo pode ocorrer na América do Sul e no Brasil, afirmou ele. Na semana passada, Chen reuniu-se com os presidentes do BNDES, Carlos Lessa. "Foi uma conversa encorajadora", disse Chen, destacando que um dos principais objetivos da viagem é fortalecer os laços entre instituições de apoio ao desenvolvimento do Brasil e da China. Ele se mostrou otimista quanto ao futuro das relações entre os dois países, lembrando que as economias são complementares em muitos aspectos. (Valor - 19.07.2004)

<topo>

3 Palocci diz que um crescimento de 4% este ano é possível

O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, disse sexta-feira no Rio ser possível um crescimento de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano, resultado que ficaria acima dos 3,5% previstos inicialmente pelo governo. Ele ressaltou, no entanto, que o Ministério da Fazenda ainda não refez suas estimativas. "O governo não mudou suas projeções. Estamos vendo os analistas mudarem para cima suas projeções e não vou jamais brigar com os otimistas", disse Palocci em um encontro com empresários fluminenses na Firjan. Para ele, o Brasil não deve se conformar com este índice, muito menos com a condição de ser um eterno país em desenvolvimento. Sobre a autonomia do BC, o ministro disse que a discussão não está atrelada ao calendário de eleições. Para ele, a autoridade monetária já atua de maneira independente. (Gazeta Mercantil - 19.07.2004)

<topo>

4 Dirceu nega que seu novo cargo influenciará queda da Selic

O chefe da Casa Civil, José Dirceu, disse que o fato de ter assumido a presidência da Câmara de Política de Desenvolvimento Econômico não significa que ele terá influência sobre a movimentação da taxa básica de juros, a Selic. Dirceu, que integra um grupo dentro do governo favorável à aceleração da queda da Selic, evitou comentar detalhadamente o assunto "o fato de eu assumir a câmara não tem nada a ver com queda de juros, isso é com o ministro Palocci (Antônio Palocci, da Fazenda) e o Banco Central." (O Globo Online - 19.07.2004)

<topo>

5 Manutenção da Selic em 16% é consenso no mercado

Mais uma vez, instituições e analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Jornal do Commercio e pela agência Bloomberg foram unânimes: o Copom deverá manter a taxa básica de juros em 16% ao ano, pelo terceiro mês consecutivo, na reunião desta semana. Os agentes financeiros atribuem essa projeção principalmente à alta do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que atingiu em junho 0,71%, acumulando 3,48% no ano. As projeções baseiam-se também no forte crescimento da produção industrial em maio, que chegou a 7,8% em relação a maio do ano passado e a 2,2% em comparação a abril. Para os especialistas, outro fator que vai pressionar a decisão do Copom pela manutenção dos juros é o aumento do faturamento do comércio. O setor cresceu 10,01% em maio, na comparação com igual mês no ano passado. (Jornal do Commercio 19.07.2004)

<topo>

6 Cresce importação de máquinas e insumos

As importações brasileiras começam a refletir o reaquecimento da produção industrial. A compra de bens de capital aumentou 14,1% de janeiro a junho deste ano, e a de matérias-primas e insumos cresceu 26,7%, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). No ano passado, quando o PIB encolheu 0,2%, a importação de bens de capital caiu 15,1% no primeiro semestre, e a de matérias-primas e insumos cresceu 7%. Neste ano, até junho, bens de capital e matérias primas representaram 73% da pauta de importações. (Folha de São Paulo - 19.07.2004)

<topo>

7 Previsão de IPCA futuro fica praticamente estável, diz Focus

A projeção média do mercado financeiro para a inflação oficial acumulada nos próximos 12 meses ficou praticamente estável. Segundo a pesquisa Focus, do Banco Central, a mediana das expectativas dos analistas aponta para IPCA de 6,27%, quase o mesmo resultado obtido na semana anterior, de 6,26%. Os demais índices analisados também tiveram pequenas variações nas expectativas. No IGP-DI, a expectativa passou de 6,72% para 6,69%. No IGP-M, a projeção foi de 6,86% para 6,96%. Pelo IPC da Fipe, de 5,85% para 5,87%. (Valor Online - 19.07.2004)


<topo>

8 IGP-10 recua em julho e marca 1,31%

O IGP-10 apresentou pequeno recuo em julho ante junho, saindo de 1,50% para 1,31% neste mês, conforme cálculos da FGV. No ano, o índice ficou em 8,11% e, no acumulado em 12 meses, teve variação positiva de 11,24%. O IPA subiu 1,54% em julho, ante 1,77% de junho. O IPC avançou 0,77%, contra 0,72% na medição anterior. O INCC teve variação positiva de 1,10%, depois de uma alta de 1,69% no mês passado (Valor Online - 19.07.2004)

<topo>

9 Dólar ontem e hoje

A segunda-feira é tranqüila e de poucas oscilações no mercado de câmbio, onde o dólar se mantém abaixo do piso dos R$ 3. Às 12h13m, a moeda americana era negociada por R$ 2,992 na compra e R$ 2,994 na venda, com baixa de 0,26%. A leve baixa ocorre mesmo com o desempenho negativo dos títulos da dívida externa, que se desvalorizam. Na sexta, o dólar comercial terminou com queda de 0,49%, a R$ 3,0000 para compra e R$ 3,0020 para venda. (O Globo On Line e Valor Online - 19.07.2004)

<topo>

 

Internacional

1 Referendo na Bolívia: População apóia alteração na política de gás natural no país

Os bolivianos apoiaram maciçamente a proposta do governo para modificar a política energética e de gás natural no plebiscito realizado ontem. Segundo projeção com base no resultado de pesquisa de boca-de-urna, divulgada pela rede de televisão ATB, 83,2% dos votantes apoiaram a recuperação da propriedade dos recursos energéticos na superfície e 90%, a reconstituição da estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB). E 56,2% se manifestaram favoráveis ao aumento de 18% para 50% dos impostos sobre a exploração do gás. Os eleitores também apoiaram a utilização do gás como recurso estratégico (50,4%) e a industrialização do derivado no território boliviano (56,2%). Mesa considerou a presença maciça dos eleitores uma recusa à palavra de ordem de boicote lançada por setores nacionalistas. As ameaças de sabotagem ao referendo fracassaram e os bolivianos votaram em clima de tranqüilidade na maior parte do país. (O Globo e Gazeta Mercantil - 19.07.2004)

<topo>

2 China trabalha à noite para poupar luz

O alto consumo de energia durante o verão chinês levou os governos das cidades mais industrializadas do país a obrigar milhares de empresas a trabalharem à noite e no fim de semana ou a interromperem suas atividades por determinados períodos. Na sexta-feira passada, a cidade de Xangai mudou para a noite o horário de funcionamento de 400 empresas, que se somaram a outras 1.900 já atingidas pela medida. Outras 3.000 companhias instaladas na maior cidade da China estão se revezando em turnos diurnos e noturnos. O país já enfrentava problemas no fornecimento de energia em razão do alto ritmo de crescimento da economia, que atingiu 9,7% no primeiro semestre. Com o calor, a situação se agravou e as maiores cidades da costa leste do país começaram a adotar medidas de racionamento de energia. (Folha de São Paulo - 19.07.2004)

<topo>

 


Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Pedro Bruni e Rodrigo Madeira

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

Copyright UFRJ e Eletrobrás