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nº 1.388 - 19 de julho de 2004 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Gás
e Termelétricas Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Distribuidoras têm até o dia 15 de agosto para apresentarem projetos de reestruturação societária As distribuidoras
de energia terão de apressar seus projetos de reestruturação societária
para se adequar ao novo modelo do setor elétrico. Pelas novas regras,
as concessionárias são proibidas de controlar outras empresas, especialmente
ativos de geração elétrica. A Aneel deu prazo até o dia 15 de agosto para
que elas apresentem o plano, com cronogramas e metas definidas. A agência
deu prazo até 16 de setembro de 2005 para que todas as operações sejam
concluídas, inclusive a alienação de ativos, caso necessário. Para executivos
do setor, o prazo exíguo prejudica especialmente os grupos nacionais de
menor porte. Um executivo do setor acredita que a necessidade de elaborar
um novo modelo societário em um prazo inferior a um mês prejudica principalmente
as empresas de menor porte. Para o executivo, esses grupos terão desvantagens
com a desverticalização. "Se mexer com reestruturação societária, mexe-se
também com os bancos e com a estrutura de financiamento", diz. (Valor
- 19.07.2004) 2 Eletrobrás reclassifica projetos habilitados no Proinfa nas três fontes A Eletrobrás
divulgou na sexta-feira, 16 de julho, a lista dos empreendimentos selecionados
na etapa da reclassificação do Programa de Incentivo a Fontes Alternativas.
O processo ocorreu em função da desistência de alguns investidores, da
falta de documentos e do resultado da análise dos recursos administrativos
impetrados por algumas empresas. A estatal convocou os empreendedores
que tiveram projetos selecionados a apresentarem documentação no período
de 19 a 21 de julho. Na área de eólicas, o afastamento de três empresas
abriu espaço para a contratação de 365,3 MW. No segmento de PCHs, a mudança
dos projetos foi ocasionada por desclassificação de 65,85 MW e desistência
de 26 MW. Em biomassa, três projetos foram habilitados para o programa,
adicionando mais 42,8 MW e totalizando um volume de 1.038 MW contratados.
Ainda assim, o segmento ficou 62 MW abaixo da cota de 1,1 mil MW. A Eletrobrás
ainda não divulgou a lista final dos projetos que estão habilitados para
a primeira fase do Proinfa. (Canal Energia - 16.07.2004) 3 Siif Energies do Brasil entrará na Justiça contra critério de reclassificação da Eletrobrás no Proinfa A Siif Energies
do Brasil informou que entrará na Justiça contra o critério utilizado
pela Eletrobrás para reclassificar os projetos que substituirão os selecionados
no dia de 30 junho. A empresa, que atua na área eólica, alega que o saldo
remanescente por fonte não foi distribuído entre os estados na proporção
da oferta em KW, conforme previa a regra. A empresa questionará também
o critério de data de licenciamento ambiental. A Siif também critica o
fato de a estatal só ter divulgado nesta sexta-feira, 16 de julho, os
nomes dos empreendedores que assinaram os contratos no dia 30 de junho.
A investidora mostrou repúdio pela manutenção dos projetos cujas licenças
ambientais estão sendo questionadas judicialmente na lista de reclassificados.
A Siif formalizará denúncia nas Corregedorias Gerais da União e de Santa
Catarina. (Canal Energia - 16.07.2004) 4
Projetos eólicos do Rio de Janeiro são incluídos no Proinfa 5 Abrace: Energia no mercado cativo deverá aumentar 20% em média até 2007 O realinhamento
tarifário poderá aumentar em 20%, em média, o custo da energia elétrica
para os consumidores industriais do mercado cativo. Essa estimativa é
da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais de Energia
(Abrace) baseada no cronograma de redução do subsídio até 2007. O desconto
nas tarifas ficou em 90% em 2003 e caiu para 75% neste ano. De 2005 a
2007, a Aneel reduzirá em 25% anuais o benefício até terminar o realinhamento
tarifário. Os percentuais foram definidos pelo decreto nº 4.667/2003.
O vice-presidente da Abrace, Eduardo Spalding, diz que o aumento médio
poderá chegar a 30% para os clientes das classes A1 e A2. "O realinhamento
tarifário e a sobreoferta de energia elétrica incentivarão o crescimento
do mercado livre", afirma. Ele, entretanto, diz que o processo não será
imediato devido aos prazos de contratos com as distribuidoras. (Canal
Energia - 19.07.2004) 6 Abradee: Fim do subsídio coloca as tarifas no seu custo real para as indústrias Para o presidente
da Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica, Luiz
Carlos Guimarães, o fim do subsídio coloca as tarifas no seu custo real
para as indústrias, retirando todos os descontos existentes entre os cativos.
Em relação à saída dos clientes devido ao aumento, Guimarães diz que esse
movimento dependerá da evolução do preço da energia elétrica no mercado
livre. "Hoje, há uma sobreoferta que coloca os preços num patamar mais
baixo. É preciso aguardar a consolidação do mercado", explica o presidente
da Abradee. (Canal Energia - 19.07.2004) 7 RS será sede de seminário internacional sobre energias renováveis O Rio Grande do Sul será sede de um seminário internacional sobre energias renováveis. A realização do evento, que reunirá especialistas no assunto de todo o mundo, foi acertada nesta sexta-feira (16/07) pelo secretário de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andres, em reunião no Ministério do Meio Ambiente Alemão, em Berlim. O evento acontecerá ainda neste segundo semestre, provavelmente em novembro, em Porto Alegre. "A parceria com o governo alemão prevê o envio de seus técnicos ao seminário e também inclui participação financeira na organização do evento", afirma Andrés" (Elétrica - 16.07.2004)
Empresas 1 Reestruturação societária: Grupo Rede vende ativos de geração O assessor
da presidência do Grupo Rede, Fernando Quartim, disse que a empresa já
deu início ao seu processo de reorganização societária, que incluirá a
venda dos ativos de geração do grupo. "Nós estamos nos desfazendo de algumas
usinas para nos adaptarmos à legislação, mas também para solucionarmos
problemas de endividamento". Segundo Quartim, ainda faltam etapas do processo
de reformulação dos ativos. "Quanto aos prazos, acho que são negociáveis".
O Grupo Rede pôs à venda cinco usinas de médio e grande portes. Estão
no pacote ainda a venda de mais de 30 pequenas usinas hidrelétricas. Recentemente,
o grupo desistiu de construir a usina Couto Magalhães, que havia disputado
em leilão, e devolveu ao governo a concessão alegando dificuldades para
conseguir o relatório de impacto ambiental exigido pelo Ibama. (Valor
- 19.07.2004) 2 Guaraniana: Reestruturação ainda não tem modelo definido A Guaraniana, empresa controlada pela espanhola Iberdrola e pela Previ, já deu início ao processo de reformulação de seus ativos, mas ainda não concluiu o modelo. A Guaraniana detém o controle das distribuidoras Coelba, Celpe e Cosern, além de possuir ativos de geração. Um dos problemas da Guaraniana é a sobreposição dos ativos de distribuição, já que a Coelba, primeira concessionária adquirida, participou como sócia nos leilões de aquisição da Cosern e da Celpe. O presidente da Guaraniana, Marcelo Corrêa, afirma que o cronograma de reformulação dos ativos do grupo está "sob análise". "Entregar no prazo nós vamos. Mas espero que se tenha possibilidade de uma segunda análise. Alguns dos nossos processos de reestruturação já estão na Aneel", afirmou Corrêa. (Valor - 19.07.2004) 3 Reestruturação societária: CPFL já está em estágio avançado A CPFL é
o principal exemplo dentre os grupos que já estão com seus processos de
reorganização societária em estágio mais avançado. Depois de agrupar seus
ativos de geração, distribuição e comercialização sob uma holding, a empresa
se prepara para abrir o capital na Bolsa de Valores. (Valor - 19.07.2004)
4
Reestruturação societária: EDP Brasil já prepara lançamento de ações no
Novo Mercado da Bovespa 5 Eletropaulo passará para o controle da holding Brasiliana A Eletropaulo
passará para o controle da holding Brasiliana, para cumprir o acordo fechado
entre a sua controladora, a AES, e o BNDES para equacionar a dívida de
US$ 1,2 bilhão junto ao banco. O entendimento entre as partes prevê a
criação da holding, que abrigará a Eletropaulo, AES Tietê e termelétrica
Uruguaiana. (Valor - 19.07.2004) 6 Eletrobrás vai ao STF contra empresa de SC A Eletrobrás
ajuizou uma ação cautelar, no Supremo Tribunal Federal (STF), para suspender
o pagamento relativo à correção de empréstimo compulsório sobre energia
elétrica para a empresa Rigesa Celulose, Papel e Embalagens, de Três Barras
(SC). A Rigesa está processando a União e a Eletrobrás com o intuito de
receber diferenças de correção monetária e juros resultantes do empréstimo
compulsório estabelecido pelo governo federal, em favor da concessionária,
por meio da Lei nº 4156/62 e suas alterações. No processo, a Eletrobrás
foi citada a pagar R$ 38,2 milhões à Rigesa. A estatal alega divergências
da ordem de R$ 22 milhões e entrou com recurso para evitar a indisponibilidade
ou bloqueio de valores, alegando que o pagamento da cifra tornará inviável
a execução de programas governamentais. (Valor - 19.07.2004) 7 Saelpa e Celb lançam plano de seguro para consumidores residenciais A Saelpa
e Celb, em parceria com a Aon Affinity, lançaram na última sexta-feira,
dia 16 de julho, o benefício "Bem Seguro Fácil", um plano de seguro que
oferece coberturas de vida, proteção financeira e danos à residência.
O custo do plano, que é garantido pela ACE Seguradora, é de R$ 2,79 mensais
cobrados na conta de luz. O seguro garante ainda, por um ano, o pagamento
mensal da conta de luz de até R$ 60 em casos de morte e invalidez total
por acidente, além de um ano de auxílio supermercado no valor de R$ 100
em caso de morte do titular da conta de energia. A apólice protega também
a residência do segurado contra danos estimados em até R$ 15 mil causados
por incêndio, queda de raio ou explosão. (Canal Energia - 19.07.2004)
8 Aneel aprova programas de P&D da CEB e da Escelsa Os programas de pesquisa e desenvolvimento da CEB e da Escelsa, para o ciclo 2003/2004, foram aprovados pela Aneel. Os projetos receberão aproximadamente R$ 1,3 milhão e 1,2 milhão de investimento, respectivamente. As metas devem ser atingidas até 31 de agosto de 2005. (Canal Energia - 16.07.2004)
Gás e Termoelétricas 1 Dilma discute energia e gás em encontro em Manaus O governador Eduardo Braga tratou do gasoduto Coari-Manaus e da geração de energia para a capital amazonense com a ministra Dilma Rousseff. Depois da autorização e licença ambiental concluída, os envolvidos no empreendimento estão na fase final de negociação de preço do gás, contrato de compra e formulação do modelo de geração de energia para os próximos dez anos em Manaus. A proposta que está sendo discutida com a ministra é a criação de um consórcio envolvendo a Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), Petrobras, Eletrobras e Eletronorte para gerar e distribuir energia na cidade. O consórcio com a Cigás também resolverá o problema criado com a El Paso, cujos contratos de fornecimento de energia para Manaus terminam 2005 e 2006. (Elétrica - 16.07.2004) 2 Indefinição de regras paralisa novos projetos de termoelétricas movidas a carvão A indefinição
quanto à participação do carvão na matriz energética brasileira paralisou
os projetos de novas termelétricas movidas a este combustível. No total,
são cerca de 2,85 mil MW programados para entrar no sistema até 2008 -
dos quais 850 MW inicialmente previstos ainda para 2004 -, mas que, por
hora, não devem sair do papel. "Esperamos uma posição do MME sobre de
que forma o carvão será tratado no novo modelo do setor", disse o secretário-executivo
do Sindicato das Indústrias de Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina,
Fernando Zancan. Para ele, algumas modificações feitas pelo novo modelo
do setor, como a inclusão dos projetos de universalização e baixa renda
entre os beneficiários da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fizeram
com que os investidores permanecessem em compasso de espera. (Gazeta Mercantil
- 19.07.2004) 3 SC e RS solicitam política para o carvão mineral ao governo federal Um pleito
organizado por representantes dos estados de Santa Catarina e Rio Grande
do Sul foi enviado ao governo federal, solicitando a elaboração de uma
política estruturada para o carvão mineral. "O carvão representa 66% dos
recursos fósseis no Brasil, mas as térmicas à carvão mantêm a mesma capacidade
(1.414 MW) existente desde a década de 80", disse Zancan. Ele defende
que o carvão deveria ser mais utilizado nas térmicas brasileiras, já que
é um combustível nacional - e portanto não sofre interferências dos preços
internacionais -, com uma grande reserva (de mais de 32 bilhões de toneladas),
e com possibilidade de estocagem. Questionado sobre às possíveis dificuldades
ambientais que as novas usinas à carvão podem enfrentar, o executivo disse
que alguns dos projetos utilizam padrões ambientais superiores aos da
lei brasileira. (Gazeta Mercantil - 19.07.2004) 4 Projeto Usitesc tem início de operação postergado à espera de consolidação de novo modelo As empresas
responsáveis pelo projeto Usitesc, a Carbonífera Criciúma e a Carbonífera
Metropolitana, já solicitaram a postergação para 2008 da entrada em operação
da usina, que hoje está prevista para novembro de 2005. "Há necessidade
de consolidação do novo modelo para que sejam tomadas as decisões de investimento",
disse José Carlos Cunha, gerente de desenvolvimento do projeto Usitesc.
O investimento previsto é de US$ 650 milhões. (Gazeta Mercantil - 19.07.2004)
5 Copel posterga ampliação de termoelétrica de Figueira A ampliação da usina de Figueira, no Paraná, está fora de cogitação na Copel, pelo menos por enquanto. A empresa chegou até mesmo a pensar em fechar a unidade já existente, hoje com 20 MW, uma vez que era deficitária. Um acordo com a carbonífera Cambuí, que fornece o carvão para a usina, permitiu a manutenção das operações, mas não impediu que o projeto de ampliação, orçado em R$ 168 milhões, fosse engavetado. (Gazeta Mercantil - 19.07.2004) 6 Governo do RS pleiteia maior participação do carvão em leilões de energia nova O governo do Rio Grande do Sul, que detém 90% das reservas brasileiras de carvão mineral, defende a utilização do carvão mineral na matriz energética nacional. Semana passada, o governador Germano Rigotto participou de uma reunião com a ministra Dilma Rousseff, para discutir a política para o carvão. Antes mesmo de publicados os decretos que detalham as novas regras para o setor elétrico, o governo gaúcho já pleiteia uma maior participação do carvão nos futuros leilões de energia nova. Há sinalização de que seriam contratados, em um primeiro leilão, entre 500 MW e 600 MW de energia proveniente de carvão. O Rio Grande do Sul já possui estruturados 1,9 mil MW em projetos, dois deles existentes há mais de 20 anos (Candiota III, da CGTE, e Jacuí, da Tractebel e da Carbonífera Criciúma). (Gazeta Mercantil - 19.07.2004) 7 Gás Natural conclui compra de participação na CEG e CEG-Rio A Gas Natural fechou a compra das participações da Enron nas distribuidoras de gás fluminenses CEG (25,39%) e da CEG-Rio (33,75%) por uma quantia total de 129 milhões de euros. A companhia espanhola aumenta suas participações nas duas companhias para 54,16% na CEG e 72% na CEG-Rio. Ambas participações pertenciam à Enron International Brazil GasHolding LCC, filial da norte-americana Enron Corporation. A Gas Natural é atualmente o maior operador de distribuição em número de clientes, com 60% do total do Brasil, e por vendas, com 30%. (Gazeta Mercantil - 19.07.2004) 8 Pemex negocia parceria com Petrobras O presidente do México, Vicente Fox, anunciou que a Pemex negocia com a Petrobras uma parceria para exploração de petróleo em águas profundas no Golfo do México e para produção de álcool combustível proveniente de cana-de-açúcar. Fox ressaltou que a aliança visa a proporcionar maior competitividade para ambos os países. (Gazeta Mercantil - 19.07.2004) 9 Petrobras assina contrato para reforma na Reduc A Petrobras assinou contrato com a Iesa Engenharia, no valor de R$ 316 milhões, para a execução das obras de construção e montagem de um novo sistema de tocha e das interligações da unidade de coqueamento retardado da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro. A estatal vai investir na Reduc US$ 1,2 bilhão para aumentar o processamento de petróleo nacional, gerar produtos de maior rentabilidade, como diesel, GLP e nafta, reduzir a oferta de óleo combustível e aprimorar a qualidade dos produtos refinados. A previsão é que a unidade de coque entre em operação no final de 2006. (Gazeta Mercantil - 19.07.2004)
Economia Brasileira 1 Verbas para infra-estrutura terão reforço Enquanto os projetos das Parcerias Público-Privadas (PPP) não saem do papel, o governo faz o possível para ampliar os investimentos e evitar que a falta de estradas, ferrovias e portos aborte o processo de crescimento econômico que dá seus primeiros sinais. Se o dinheiro privado das PPP ainda levará algum tempo para aparecer, o jeito será engordar o investimento público na área. "Será uma das prioridades máximas do Orçamento de 2005", disse ao Estado o ministro do Planejamento, Guido Mantega. Isso, porém, não resolverá totalmente o problema, porque os recursos públicos são limitados. A proposta de Orçamento, que começa a ser elaborada, seguirá para o Congresso até 31 de agosto. Ela detalhará os investimentos com recursos do Tesouro Nacional e os projetos a serem tocados pelas empresas estatais. (O Estado de São Paulo - 19.07.2004) 2 China Development Bank demonstra interesse em apoiar projetos de infra-estrutura no Brasil O China Development Bank (CDB), banco de fomento chinês, tem interesse em apoiar projetos no Brasil, principalmente nas áreas de infra-estrutura e de recursos naturais. Em sua primeira visita ao país, o presidente do CDB, Chen Yuan, ressaltou a complementaridade entre as economias dos dois países e mostrou a intenção de financiar projetos por aqui, em especial os que tiverem participação de empresas chinesas. Com orçamento anual entre US$ 30 bilhões e US$ 40 bilhões, o CDB tem como principal foco o crédito a obras de infra-estrutura e programas de desenvolvimento social. A maior parte dos recursos são usados na própria China, mas o banco tem financiado alguns projetos de empresas chinesas em países próximos. O mesmo pode ocorrer na América do Sul e no Brasil, afirmou ele. Na semana passada, Chen reuniu-se com os presidentes do BNDES, Carlos Lessa. "Foi uma conversa encorajadora", disse Chen, destacando que um dos principais objetivos da viagem é fortalecer os laços entre instituições de apoio ao desenvolvimento do Brasil e da China. Ele se mostrou otimista quanto ao futuro das relações entre os dois países, lembrando que as economias são complementares em muitos aspectos. (Valor - 19.07.2004) 3
Palocci diz que um crescimento de 4% este ano é possível 4 Dirceu nega que seu novo cargo influenciará queda da Selic O chefe
da Casa Civil, José Dirceu, disse que o fato de ter assumido a presidência
da Câmara de Política de Desenvolvimento Econômico não significa que ele
terá influência sobre a movimentação da taxa básica de juros, a Selic.
Dirceu, que integra um grupo dentro do governo favorável à aceleração
da queda da Selic, evitou comentar detalhadamente o assunto "o fato de
eu assumir a câmara não tem nada a ver com queda de juros, isso é com
o ministro Palocci (Antônio Palocci, da Fazenda) e o Banco Central." (O
Globo Online - 19.07.2004) 5 Manutenção da Selic em 16% é consenso no mercado Mais uma
vez, instituições e analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Jornal
do Commercio e pela agência Bloomberg foram unânimes: o Copom deverá manter
a taxa básica de juros em 16% ao ano, pelo terceiro mês consecutivo, na
reunião desta semana. Os agentes financeiros atribuem essa projeção principalmente
à alta do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que atingiu em
junho 0,71%, acumulando 3,48% no ano. As projeções baseiam-se também no
forte crescimento da produção industrial em maio, que chegou a 7,8% em
relação a maio do ano passado e a 2,2% em comparação a abril. Para os
especialistas, outro fator que vai pressionar a decisão do Copom pela
manutenção dos juros é o aumento do faturamento do comércio. O setor cresceu
10,01% em maio, na comparação com igual mês no ano passado. (Jornal do
Commercio 19.07.2004) 6 Cresce importação de máquinas e insumos As importações brasileiras começam a refletir o reaquecimento da produção industrial. A compra de bens de capital aumentou 14,1% de janeiro a junho deste ano, e a de matérias-primas e insumos cresceu 26,7%, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). No ano passado, quando o PIB encolheu 0,2%, a importação de bens de capital caiu 15,1% no primeiro semestre, e a de matérias-primas e insumos cresceu 7%. Neste ano, até junho, bens de capital e matérias primas representaram 73% da pauta de importações. (Folha de São Paulo - 19.07.2004) 7
Previsão de IPCA futuro fica praticamente estável, diz Focus 8 IGP-10 recua em julho e marca 1,31% O IGP-10
apresentou pequeno recuo em julho ante junho, saindo de 1,50% para 1,31%
neste mês, conforme cálculos da FGV. No ano, o índice ficou em 8,11% e,
no acumulado em 12 meses, teve variação positiva de 11,24%. O IPA subiu
1,54% em julho, ante 1,77% de junho. O IPC avançou 0,77%, contra 0,72%
na medição anterior. O INCC teve variação positiva de 1,10%, depois de
uma alta de 1,69% no mês passado (Valor Online - 19.07.2004) A segunda-feira
é tranqüila e de poucas oscilações no mercado de câmbio, onde o dólar
se mantém abaixo do piso dos R$ 3. Às 12h13m, a moeda americana era negociada
por R$ 2,992 na compra e R$ 2,994 na venda, com baixa de 0,26%. A leve
baixa ocorre mesmo com o desempenho negativo dos títulos da dívida externa,
que se desvalorizam. Na sexta, o dólar comercial terminou com queda de
0,49%, a R$ 3,0000 para compra e R$ 3,0020 para venda. (O Globo On Line
e Valor Online - 19.07.2004)
Internacional 1 Referendo na Bolívia: População apóia alteração na política de gás natural no país Os bolivianos
apoiaram maciçamente a proposta do governo para modificar a política energética
e de gás natural no plebiscito realizado ontem. Segundo projeção com base
no resultado de pesquisa de boca-de-urna, divulgada pela rede de televisão
ATB, 83,2% dos votantes apoiaram a recuperação da propriedade dos recursos
energéticos na superfície e 90%, a reconstituição da estatal Yacimientos
Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB). E 56,2% se manifestaram favoráveis
ao aumento de 18% para 50% dos impostos sobre a exploração do gás. Os
eleitores também apoiaram a utilização do gás como recurso estratégico
(50,4%) e a industrialização do derivado no território boliviano (56,2%).
Mesa considerou a presença maciça dos eleitores uma recusa à palavra de
ordem de boicote lançada por setores nacionalistas. As ameaças de sabotagem
ao referendo fracassaram e os bolivianos votaram em clima de tranqüilidade
na maior parte do país. (O Globo e Gazeta Mercantil - 19.07.2004) 2 China trabalha à noite para poupar luz O alto consumo
de energia durante o verão chinês levou os governos das cidades mais industrializadas
do país a obrigar milhares de empresas a trabalharem à noite e no fim
de semana ou a interromperem suas atividades por determinados períodos.
Na sexta-feira passada, a cidade de Xangai mudou para a noite o horário
de funcionamento de 400 empresas, que se somaram a outras 1.900 já atingidas
pela medida. Outras 3.000 companhias instaladas na maior cidade da China
estão se revezando em turnos diurnos e noturnos. O país já enfrentava
problemas no fornecimento de energia em razão do alto ritmo de crescimento
da economia, que atingiu 9,7% no primeiro semestre. Com o calor, a situação
se agravou e as maiores cidades da costa leste do país começaram a adotar
medidas de racionamento de energia. (Folha de São Paulo - 19.07.2004)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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