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IFE: nº 1.385 - 14 de julho de 2004
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Dilma: Regulamentação do novo modelo pode ser concluída ainda esta semana
2 Senado pode vir a convocar audiências públicas para tratar do novo modelo
3 Governo deve lançar nova MP para ajustar PIS/Cofins no setor
4 Eletrobrás e BNDES rebatem acusações do PFL
5 Proinfa: Projetos de geração por biomassa assinados devem ficar abaixo do estimado
6 Liminar contesta legalidade dos critérios de recadastramento de baixa renda

Empresas
1 Eletronorte concluirá modernização da transmissão em 2006
2 CPFL Paulista vai realizar emissão de R$ 250 mi em debêntures
3 CPFL Paulista se enquadra no programa de capitalização do BNDES
4 CPFL prepara captação de recursos em bolsa no segundo semestre
5 STN aguarda liberação de licença ambiental para iniciar obras de LT no Nordeste
6 Curtas

Licitação
1 Eletrosul
2 Ceron

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Nível de armazenamento fica em 81,8% no Sudeste/Centro-Oeste
2 Volume armazenado no submercado Sul chega a 80,9%
3 Capacidade de armazenamento está em 93,6% no subsistema Nordeste

4
Subsistema Norte apresenta 85,1% da capacidade

Gás e Termelétricas
1 Cade vê problemas nos contratos da Petrobras para comercializar e distribuir gás
2 Cadê julga três processos hoje
3 Cade deverá determinar alterações na forma de comercialização
4 Cade deve aceitar separação contábil e jurídica das atividades de distribuição e comercialização
5 Petrobras: Entrada de novos operadores pode quebrar distribuidoras de gás
6 TCU vota destino de reservas de petróleo
7 Petrobrás vai recorrer caso perca áreas de óleo e gás
8 Dilma espera decisão do TCU favorável a prorrogação dos contratos
9 Construção da Termopantanal pode viabilizar pólo mínero-siderúrgio em Corumbá
10 Governo do RS estabelece protocolo com Tractebel para viabilizar termoelétricas no estado

Grandes Consumidores
1 CVRD anuncia formação de 'joint venture' para produção de coque na China

Economia Brasileira
1 Lessa: PPP é reforço importante para o desenvolvimento
2 Diretor do BC afirma que recuperação é consistente

3 Produção industrial cresce em todas as 14 regiões pesquisadas pelo IBGE
4 JP Morgan: Brasil está menos vulnerável
5 Congresso aprova a LDO
6 Balança tem superávit de US$ 773 mi na segunda semana do mês
7 Preços entraram em trajetória de queda, diz coordenador do IPC
8 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Endesa pretende investir 500 mi de euros em planta de ciclo combinado em Madri
2 Efacec montará instalação elétrica para a Portucel

Regulação e Novo Modelo

1 Dilma: Regulamentação do novo modelo pode ser concluída ainda esta semana

A ministra Dilma Rousseff disse que estão indo bem as negociações para a regulamentação do setor elétrico, que poderá ser concluída ainda nesta semana ou na próxima. Uma eventual demora, segundo ela, deve-se à necessidade de serem feitas simulações sobre as propostas apresentadas pelos empresários. "Tenho achado as pessoas proativas em busca de um acordo". Ontem, representantes das distribuidoras e geradoras de energia discutiram a proposta com técnicos do MME, mas sem a participação da ministra. Dilma disse, no entanto, que está acompanhando todas as negociações e informou que participará de algumas conversas nesta semana. (O Estado de São Paulo - 14.07.2004)

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2 Senado pode vir a convocar audiências públicas para tratar do novo modelo

Os senadores Delcídio Amaral (PT-MS) e José Jorge (PFL-PE) sinalizam a possibilidade de o Senado vir a convocar audiências públicas com a ministra Dilma Rousseff, e executivos de associações e empresas do setor para tratar do novo modelo do setor elétrico. O objetivo seria discutir os decretos em fase de acabamento pelo MME. Os senadores afirmaram que não participaram das discussões na regulamentação. "Não queremos tirar as atribuições que competem ao MME. Mas é natural no trabalho do Legislativo que haja os debates, e acho que o Ministério não teria objeção quanto a isso", disse Amaral. (Canal Energia - 13.07.2004)

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3 Governo deve lançar nova MP para ajustar PIS/Cofins no setor

O governo deve editar uma nova medida provisória em agosto para compensar alguns setores da economia - incluindo o de energia elétrica - que não foram retirados das novas regras de tributação do sistema PIS/Cofins, segundo informou nesta terça-feira, dia 13 de julho, o senador Delcídio Amaral (PT-MS). Ele afirma que a decisão de emitir um novo texto para ajustar a carga tributária de determinadas atividades foi parte do acordo que possibilitou a votação da MP 183, na semana passada. "O Mercadante (Aloizio Mercadante, líder do governo no Senado) nos confirmou que o assunto voltará a ser discutido em agosto, através de uma nova medida provisória", informou Amaral. Ele ressalta que a edição de uma nova medida visa principalmente a "ajustar pendências que ficaram pelo meio do caminho"; entre elas, frisa Amaral, pleitos do setor elétrico. "Temos de evitar distorções que depois pesarão no bolso do consumidor", completa. (Canal Energia - 13.07.2004)

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4 Eletrobrás e BNDES rebatem acusações do PFL

A Eletrobrás e o BNDES disseram ontem não ver fundamentos nas suspeitas levantadas pelo senador Jorge Bornhausen, presidente do PFL, que pediu auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre ações da empresa e do banco. Segundo o BNDES, todo o processo de renegociação da dívida da AES já foi acompanhada pelo TCU antes mesmo da assinatura do contrato e, por isso, não poderia ser irregular. Já a Eletrobrás afirmou não haver nenhuma irregularidade no anúncio do programa Luz no Campo publicada em jornais mineiros. Bornhausen criticou a empresa por fazer publicidade pessoal do presidente Lula. A estatal disse que a propaganda apenas informa que o presidente da República assinou um contrato permitindo o início das obras do programa. (O Estado de São Paulo - 14.07.2004)

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5 Proinfa: Projetos de geração por biomassa assinados devem ficar abaixo do estimado

O MME vem encontrando dificuldades para a assinatura dos contratos dos projetos de geração por biomassa dentro do Proinfa. Dos 570 MW habilitados para a assinatura dos contratos com a Eletrobrás, há estimativas de que apenas a metade seja realmente assinada. Os empresários dizem que o preço fixado para a energia é baixo. (Gazeta Mercantil - 14.07.2004)

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6 Liminar contesta legalidade dos critérios de recadastramento de baixa renda

O processo de recadastramento de baixa renda na área de concessão da Elektro está suspenso. A medida se deve a uma liminar, impetrada em 21 de junho na cidade de Limeira (SP), pela ONG Defende, que contesta a legalidade dos novos critérios adotados pelo governo federal. Em função disso, a distribuidora voltou a aplicar os critérios antigos e refez os cálculos dos clientes beneficiados com o programa. Segundo a assessoria de imprensa da Aneel, a agência já foi notificada desta liminar e entrou com recurso para tentar suspender a ação. A agência também cassou, há cerca de um mês, uma outra liminar, impetrada pela Pro Teste e Procon de São Paulo, que também suspendia a adoção dos critérios de baixa renda em todo país. (Canal Energia - 13.07.2004)

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Empresas

1 Eletronorte concluirá modernização da transmissão em 2006

A Eletronorte concluirá em 2006 o plano de modernização dos sistemas de transmissão em 500 kV e 230 kV. Atualmente, a empresa tem 2,3 mil km de redes, sendo que 1,9 mil km com a tensão mais alta. O diretor de Produção e Comercialização, Dilson Trindade, diz que as prioridades são os sistemas do Pará e Maranhão. Segundo o diretor, a modernização permitirá uma supervisão digital, melhorando a confiabilidade do sistema e uma recuperação de operação mais rápida. "Estamos investindo R$ 200 milhões no programa. Já fizemos 25% da meta", diz. O projeto, desenvolvido pela Siemens e Marte Engenharia, no Pará, inclui a modernização das subestações Vila Conde, Marabá, Guamá, Utinga e Santa Maria do Pará e das linhas de transmissão Vila do Conde - Tucuruí C1, Marabá - Tucuruí C2 e Marabá - Imperatriz C1 e C2. O engenheiro de contratos da Siemens, Luiz Homero Medeiros, informa que a empresa está fabricando os equipamento do circuito 1 da linha Marabá - Tucuruí e a previsão é iniciar a montagem em setembro. (Canal Energia - 13.07.2004)

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2 CPFL Paulista vai realizar emissão de R$ 250 mi em debêntures

Em reunião realizada ontem com analistas, o presidente da CPFL Energia, holding que controla a CPFL Paulista, Wilson Ferreira Junior, apresentou os detalhes da emissão de R$ 250 milhões em debêntures pela CPFL Paulista. O fechamento do bookbuilding (processo no qual será definido o preço do papel) está marcado para o dia 21 de julho e a liquidação financeira programada para 30 de julho. A emissão será feita em duas séries. Na primeira, as propostas encaminhadas pelos investidores devem atingir o limite máximo de 111% do CDI ao ano. Já a segunda série será indexada à variação da inflação. O bookbuilding receberá propostas até IGP-M mais 10,25% ao ano. (Jornal do Commercio - 14.07.2004)

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3 CPFL Paulista se enquadra no programa de capitalização do BNDES

Com a emissão de R$ 250 milhões em debêntures pela CPFL Paulista, a companhia irá se enquadrar ao programa do BNDES de capitalização das empresas distribuidoras de energia elétrica. O presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Junior, informou que após a operação a empresa terá direito a receber cerca de R$ 190 milhões do BNDES. A melhora do perfil de endividamento de curto prazo da CPFL é uma das pré-condições do banco para liberar o dinheiro. ''Dessa forma, acredito que possamos obter recursos em melhores condições para financiar a expansão da empresa'', afirmou. O financiamento do BNDES terá prazo de 10 anos e um custo de TJLP mais 4% ao ano. (Jornal do Commercio - 14.07.2004)

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4 CPFL prepara captação de recursos em bolsa no segundo semestre

A geradora e distribuidora de energia CPFL se prepara para captar recursos em bolsa ainda no segundo semestre. A intenção seria captar entre US$ 400 milhões e US$ 500 milhões. Se confirmada, essa cifra a colocaria como a maior operação do ano. Mas ainda não foi batido o martelo sobre o valor, que poderá ser reduzido. No ano passado, a empresa fez um esforço para equacionar suas dívidas e se preparar para vender ações a investidores. A dívida de curto prazo, de R$ 1,8 bilhão, foi repactuada. Os controladores fizeram uma capitalização de R$ 800 milhões. (Valor - 14.07.2004)

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5 STN aguarda liberação de licença ambiental para iniciar obras de LT no Nordeste

Com a liberação dos R$ 300 milhões de financiamento do Banco do Nordeste, a empresa Sistema de Transmissão do Nordeste (STN) aguarda a liberação da licença de instalação para dar início às obras do segundo circuito da linha de transmissão que ligará o Piauí ao Ceará. Os investimentos para a implantação da LT chegam a R$ 450 milhões e a diferença entre este montante e o financiamento virá de recursos próprio da Chesf (49%) e da Alusa (51%). A concessionária STN foi formada pelo Grupo Alusa e pela Chesf para a construção, operação e manutenção da linha. Segundo Fábio Lopes, diretor técnico da STN, o processo de licenciamento ambiental está encaminhado e a expectativa é de que a licença prévia seja liberada em breve pelo Ibama. A previsão é que a licença de instalação seja aprovada no final de agosto ou início de setembro. Atualmente, a STN está realizando trabalhos de locação e de sondagem. (Canal Energia - 13.07.2004)

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6 Curtas

A Light divulga nesta quarta-feira, dia 14 de julho, a relação de temas para o programa de pesquisa e desenvolvimento para o próximo ano. A empresa enviará em novembro a carteira de projetos para aprovação da Aneel. (Canal Energia - 13.07.2004)

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Licitação

1 Eletrosul

A Eletrosul abre licitação para fornecimento de sistemas de proteção, teleproteção e controle, incluindo a elaboração do projeto executivo para a implantação dos sistemas. O processo inclui também serviços auxiliares para ampliação "F" da subestação Londrina. O prazo termina no dia 27 de julho. Em outro processo, a Eletrosul licita fornecimento de postos de serviços para supervisão de qualidade dos projetos e obras de eletrificação rural que fazem parte do projeto Luz para Todos, do MME. O prazo para a realização das propostas encerra no dia 10 de agosto. (Canal Energia - 14.07.2004)

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2 Ceron

A Ceron licita aquisição de medidores de energia, eletromecânicos e eletrônicos, para a instalação em unidades consumidoras pertencentes à área de concessão da empresa, em todo o estado de Rondônia. O prazo vai até o próximo dia 27. (Canal Energia - 14.07.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Nível de armazenamento fica em 81,8% no Sudeste/Centro-Oeste

O volume armazenado no submercado chega a 81,8% no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, índice 37,3% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice teve um aumento de 0,07% em um dia. As hidrelétricas de Nova Ponte e Marimbondo registram 77,6% e 92,5% da capacidade, respectivamente. (Canal Energia - 13.07.2004)

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2 Volume armazenado no submercado Sul chega a 80,9%

O subsistema Sul apresenta 80,9% da capacidade, um aumento de 0,1% em relação ao dia anterior. O nível da hidrelétrica de Salto Santiago registra volume de 92,9%. (Canal Energia - 13.07.2004)

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3 Capacidade de armazenamento está em 93,6% no subsistema Nordeste

O nível de armazenamento fica em 93,6% no subsistema Nordeste, valor 62,7% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice teve uma redução de 0,2% em comparação com o dia anterior. A capacidade da usina de Sobradinho chega a 95%. (Canal Energia - 13.07.2004)

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4 Subsistema Norte apresenta 85,1% da capacidade

A capacidade de armazenamento está em 85,1% no subsistema Norte, uma redução de 0,4% em relação ao dia 11 de julho. O volume da hidrelétrica de Tucuruí chega a 93,2%. (Canal Energia - 13.07.2004)

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Gás e Termoelétricas

1 Cade vê problemas nos contratos da Petrobras para comercializar e distribuir gás

Os acordos da Petrobras para comercializar e distribuir gás natural nos estados estão na mira do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Os contratos possuem dois problemas concorrenciais e um terceiro que afeta diretamente o consumidor final. O primeiro problema é que os contratos garantem a exclusividade na comercialização e na distribuição de gás à empresas formadas pela associação da Petrobras com os governos estaduais. Essa verticalização de comercialização e distribuição de gás desestimula novos investimentos e prejudica a concorrência, segundo o entendimento de conselheiros do órgão. O segundo problema é que os contratos são válidos por 30 anos, renováveis por mais 30. É um período muito grande para a concessão de exclusividade. O Cade deverá determinar o fim dessa cláusula, pois ela afasta competidores. A cláusula dos 30 anos deverá ser substituída por outra. O novo período para a duração dos contratos deverá ser apenas o necessário para que a Petrobras recupere investimentos feitos naquele estado. O terceiro problema é que muitos contratos não repassam os ganhos das empresas que detêm o monopólio aos consumidores. O Cade deve determinar mudanças no regime tarifário, pedindo a troca do índice de correção por um critério que leve em conta um "fator de redução do teto tarifário com fundamento nos ganhos de eficiência do monopolista". (Valor - 14.07.2004)

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2 Cadê julga três processos hoje

A investida do Cade contra o monopólio do gás natural deverá ser consumada hoje no julgamento de três processos. Dois envolvem companhias estaduais formadas a partir de acordos dos governadores com a Petrobras: Goiásgas (do estado de Goiás) e a Gasmar (do Maranhão). Essas empresas contam com 51% do capital sob controle dos governos estaduais. A Gaspetro - subsidiária da Petrobras no setor - conta com 19,5% da Goiásgas e 21% da Gasmar. Esses casos refletem a divisão que ocorre na maioria dos estados. Em geral, os governos locais têm em torno de 50% de participação no capital das empresas que distribuem gás. A Petrobras fica com algo entre 20% a 30% dessas empresas. Dessa forma, o domínio na comercialização e distribuição é garantido, afastando concorrentes. Num terceiro processo, será julgada a formação da Gás Natural São Paulo Sul, controlada pela Gás Natural Espanhola e que atua em 93 municípios paulistas. A Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda manifestou preocupação com o monopólio no fornecimento de gás nessas cidades. (Valor - 14.07.2004)

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3 Cade deverá determinar alterações na forma de comercialização

A expectativa é de que o Cade reconheça que a Petrobras tem o monopólio natural dos dutos de transporte do gás e suas fontes. Por outro lado, o órgão antitruste deverá determinar alterações na forma de comercialização. Os conselheiros deverão atender à recomendação da ANP de que seja aceita a participação dos chamados "consumidores livres" - aqueles que compram o gás diretamente do produtor (no caso, a Petrobras), e não do distribuidor. A participação dos "consumidores livres" é vedada nos atuais contratos da Petrobras. Isso desestimula a concorrência, pois os compradores ficam reféns das distribuidoras. O problema é maior para os grandes usuários, como as termoelétricas. São empresas que têm de comprar gás em grandes quantidades e são obrigadas a negociar com as distribuidoras. (Valor - 14.07.2004)

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4 Cade deve aceitar separação contábil e jurídica das atividades de distribuição e comercialização

Outra recomendação da ANP que deverá ser aceita pelo Cade é a que estipula a separação contábil e jurídica das atividades de distribuição e comercialização de gás. O objetivo é garantir melhores informações sobre o desempenho econômico-financeiro das empresas. Os pedidos da ANP foram aceitos pelo Cade, em agosto de 2003, no julgamento da formação da Gaspisa, distribuidora formada pelo governo do Piauí e a Petrobras. A expectativa é de que sejam ampliadas para outros estados. (Valor - 14.07.2004)

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5 Petrobras: Entrada de novos operadores pode quebrar distribuidoras de gás

A Petrobras acredita que as empresas de distribuição de gás onde possui participação acionária podem vir a quebrar financeiramente caso seja permitido o livre acesso de terceiros às suas redes. A informação é do diretor de Gás e Energia da estatal, Ildo Sauer. "A distribuição de gás é um monopólio natural, assim como a energia elétrica, água e esgoto. Se o seu mercado for aberto de forma prematura, as empresas quebrarão. Aí, ninguém mais vai investir". Segundo Sauer, as concessionárias de distribuição de gás precisam investir somas muito altas em sua malha de gasodutos e, posteriormente, fazer com que o mercado consumidor de gás se desenvolva. Sauer explica que a legislação determina que a distribuição de gás é monopólio natural dos estados, que podem ou não conceder o serviço a terceiros. Os únicos estados que privatizaram as redes foram o Rio, que vendeu sua participação na CEG e CEG Rio, e São Paulo, que licitou as áreas da Comgás, Gas Natural e Gas Brasiliano. Segundo Sauer, a CEG terá que permitir o livre acesso às suas redes em 2007 e a Comgás, em 2011. Sauer aguarda com as decisões do Cade sobre os atos de concentração das empresas Goiasgás e Gasmar, onde a Petrobras tem participação minoritária. (Valor - 14.07.2004)

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6 TCU vota destino de reservas de petróleo

Os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) devem decidir hoje se as companhias petrolíferas que operam no Brasil terão de devolver áreas em que já descobriram petróleo, mas que não comprovaram a viabilidade econômica das reservas. Relatório já divulgado pelo TCU indica que a ANP não deve autorizar novas prorrogações de prazos de exploração dos blocos e determinar a devolução dessas áreas. As empresas, incluindo a Petrobras, alegam que não estão pedindo prorrogação do prazo para exploração e que querem apenas desenvolver os planos de avaliação das descobertas já realizadas. "Não achamos que é uma prorrogação de prazo exploratório. Achamos que é apenas o início do plano de avaliação das reservas. Temos essa interpretação. Não estamos solicitando nova expansão de prazo", afirmou o diretor financeiro da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. (Jornal do Brasil - 14.07.2004)

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7 Petrobrás vai recorrer caso perca áreas de óleo e gás

O diretor-financeiro da Petrobrás, Sérgio Gabrielli, disse ontem que a empresa vai recorrer caso o Tribunal de Contas da União (TCU) decida pela devolução à ANP de 16 áreas concedidas antes do fim do monopólio estatal. "É evidente que vamos recorrer", afirmou Gabrielli, falando sobre a possibilidade de derrota no TCU. A questão será julgada hoje. Um parecer técnico do órgão fiscalizador considera irregular uma nova extensão no prazo exploratório das concessões, vencido em agosto de 2003. Na avaliação da Petrobrás, disse Gabrielli, não existe prorrogação do prazo e sim um processo de avaliação das reservas encontradas. O problema é que há diferentes interpretações para as regras da concessão de áreas exploratórias e o TCU entende que a Petrobrás só poderia ficar com as descobertas declaradas comerciais. O MME e a ANP são favoráveis à manutenção das áreas com os concessionários. (O Estado de São Paulo - 14.07.2004)

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8 Dilma espera decisão do TCU favorável a prorrogação dos contratos

A ministra Dilma Rousseff disse que espera uma decisão favorável do TCU à prorrogação dos contratos. "Há uma disposição clara do governo de achar que aqueles que fazem o descobrimento (de petróleo) devem ser os que exploram", disse a ministra. A ministra lembrou que quando a ANP consultou o MME sobre os pedidos de prorrogação, o Ministério deixou claro a sua concordância, embora tenha remetido o caso ao TCU, por causa da insistência da própria ANP. A área técnica do TCU é contrária à prorrogação do prazo para ao início da exploração dessas áreas, que venceu em 2003. Se o TCU negar a prorrogação, 16 áreas terão que ser devolvidas à ANP para que seja feita nova licitação. (O Estado de São Paulo - 14.07.2004)

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9 Construção da Termopantanal pode viabilizar pólo mínero-siderúrgio em Corumbá

A construção da Termopantanal pela MPX foi destacada pelo diretor-presidente da Companhia de Gás do Estado de Mato Grosso do Sul (MSGÁS), Maurício Arruda, como um dos principais fatores para a construção do pólo mínero-siderúrgico de Corumbá. Conforme Arruda, a Rio Tinto, empresa multinacional que atua na área de mineração e que tem uma unidade mineradora em Corumbá, está disposta a investir mais de US$ 1 bilhão no pólo, divididos em US$ 200 milhões para a mineração, US$ 350 milhões em ferrovia, US$ 100 milhões no porto de Santos e mais US$ 400 milhões na siderúrgica propriamente dita. "A termelétrica deve ter sua construção iniciada em janeiro de 2005, mas a construção do ramal de gás que vai sustentá-la está em plena atividade - dos 34 km de tubulação, 22 km já estão soldados e 10 km enterrados. Com a termelétrica Corumbá terá energia em quantidade e qualidade para viabilizar o projeto do pólo mínero-siderúrgico", afirmou. Arruda disse ainda que o pólo vai agregar valor ao minério de ferro que é extraído de Corumbá. (Elétrica - 13.07.2004)

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10 Governo do RS estabelece protocolo com Tractebel para viabilizar termoelétricas no estado

Manter em funcionamento a Usina Termelétrica de Charqueadas e viabilizar a operação da Usina Jacuí I são as duas metas do secretário de Energia, Minas e Comunicações do Rio Grande do Sul, Valdir Andres, ao assinar, na segunda-feira (12/07), em Bruxelas, na Bélgica, dois protocolos com a empresa Tractebel. "Recebemos a confirmação da empresa belga em intensificar os esforços para concluir Jacuí I e para manter Charqueadas na ativa", afirma Andres. A Usina de Charqueadas, que possui capacidade para gerar 72 MW de energia, corre o risco de paralisar suas atividades em virtude de problemas ambientais. A Usina Jacuí aguarda a sua conclusão, num investimento estimado em US$ 230 milhões. Desde a criação do seu projeto, em 1982, já foram investidos US$ 150 milhões no empreendimento. (Elétrica - 13.07.2004)

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Grandes Consumidores

1 CVRD anuncia formação de 'joint venture' para produção de coque na China

A Companhia Vale do Rio Doce divulgou fato relevante à Bovespa no qual comunica que fechou acordo com o grupo Yankuang Group Co., Ltd. (Yankuang), um dos principais produtores de carvão da China, e a Itochu Corporation (Itochu), uma das principais trading companies do Japão, para criação da ''joint venture'' Shandong Yankuang International Coking Co., Ltd. (JV) para a produção de coque metalúrgico. A associação das três companhias une a expertise em marketing, comercialização e financiamento de projetos da Vale e Itochu com a disponibilidade de recursos minerais, tecnologia e infra-estrutura do Yankuang. A planta industrial será localizada na província de Shandong, na China, e terá capacidade anual de produção de dois milhões de toneladas de coque e 200 mil toneladas de metanol como subproduto. O início de suas operações esta previsto para 2006. O investimento a ser realizado pela Vale será da ordem de US$ 27 milhões, o que garantirá participação de 25% no capital da JV. O investimento total na planta será de US$ 275 milhões. A Yankuang irá garantir o fornecimento estável do carvão necessário para a operação da planta e para a produção de coque metalúrgico de alta qualidade. (Valor - 14.07.2004)

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Economia Brasileira

1 Lessa: PPP é reforço importante para o desenvolvimento

O presidente do BNDES, Carlos Lessa, disse que, se o Congresso Nacional aprovar nas próximas semanas o projeto da Parcerias Público-Privadas (PPP), é possível que se apresentem ao banco neste ano grandes projetos de investimento na área de infra-estrutura. "O PPP é um apoio e um reforço importante para o desenvolvimento, mas não dispensa o esforço do setor público federal, estadual e municipal e tampouco dispensa o esforço das empresas privadas concessionárias, que contam com investimentos do BNDES", afirmou Lessa. Ele lembrou que o PPP é um complemento muito importante para viabilizar alguns projetos, mas não a totalidade ligada à infra-estrutura. (Valor - 14.07.2004)

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2 Diretor do BC afirma que recuperação é consistente

A atividade econômica vem se mantendo em expansão e evolui de modo consistente quanto às projeções para o crescimento sustentado. Quem garante é o diretor de Política Econômica do Banco Central, Afonso Beviláqua, com base na expansão de 2,7% que o Produto Interno Bruto (PIB) apresentou no primeiro trimestre deste ano. O resultado deu seqüência à recuperação registrada pelo IBGE a partir do terceiro trimestre de 2003. Beviláqua disse que os indicadores de atividades refletem a continuidade de recuperação da demanda interna, bem como o dinamismo das exportações, que vão garantir saldo recorde da balança comercial neste ano. (Jornal do Commercio - 14.07.2004)

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3 Produção industrial cresce em todas as 14 regiões pesquisadas pelo IBGE

A produção industrial cresceu em maio em todas as 14 áreas pesquisadas pelo IBGE, na comparação com o mesmo mês de 2003. A taxa média nacional foi de 7,8%. Perante maio de 2003, as indústrias do Amazonas (20,7%), Goiás (13,6%), São Paulo (11,7%), Santa Catarina (11,3%), Bahia (11,0%), Pernambuco (10,4%), região Nordeste (9,7%) e Ceará (9,4%) ficaram acima da média nacional de 7,8%. "Veículos automotores, material eletrônico e de comunicações, máquinas e equipamentos, outros produtos químicos, metalurgia básica e alimentos, ramos de influência no índice nacional, também responderam pelas principais pressões positivas nos resultados regionais observados", diz a nota do IBGE. (Valor Online - 14.07.2004)

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4 JP Morgan: Brasil está menos vulnerável

O estrategista-chefe para a América Latina do " private bank " do JP Morgan, Richard Madigan, acredita que os mercados emergentes vão enfrentar um período de volatilidade nos próximos meses, devido às incertezas que ainda existem quanto à trajetória da inflação americana e dos juros nos EUA. A boa notícia, segundo ele, é que, dessa vez, o Brasil está bem preparado para enfrentar o ciclo de aperto monetário americano. A redução da parcela da dívida doméstica atrelada ao câmbio e o superávit em conta corrente tornam o país menos vulnerável. Madigan entende que houve uma mudança estrutural na economia do país. (Valor Online - 14.07.2004)

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5 Congresso aprova a LDO

Os parlamentares aprovaram ontem a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A principal novidade da LDO aprovada é a vinculação do aumento real do salário-mínimo em 2005 ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) per capita. Com esse novo critério, mais a inflação do período, o mínimo, hoje de R$ 260 reais, saltará para 280,59 reais em maio, se confirmadas as previsões de que o PIB per capita de 2004 será de 2,22%. O relator da lei, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), manteve os principais indicadores econômicos apresentados na proposta de LDO enviada pelo Poder Executivo ao Legislativo. O superávit primário ficou em 4,25% do PIB em 2005. No relatório, Alves sugere ainda a manutenção do mesmo índice para 2006 e 2007. (Jornal do Commercio - 14.07.2004)

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6 Balança tem superávit de US$ 773 mi na segunda semana do mês

A balança comercial brasileira registrou na segunda semana do mês (entre os dias 5 e 11) saldo de US$ 773 milhões, com exportações de US$ 2,073 bilhões e importações de US$ 1,3 bilhão. No acumulado do ano, o saldo subiu para US$ 16,093 bilhões. As exportações desde janeiro já somam US$ 46,078 bilhões e as importações, US$ 29,985 bilhões. O resultado completo da balança comercial no período será divulgado após as 15h. (O Globo Online - 14.07.2004)

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7 Preços entraram em trajetória de queda, diz coordenador do IPC

O economista Juarez Rizzieri, coordenador-adjunto do IPC da Fipe afirmou que os preços na cidade de São Paulo, após atingirem alta de quase 1% em junho, entraram em trajetória de queda em julho. O coordenador do IPC ainda comemorou o fato de os preços de alimentos básicos terem registrado queda na primeira quadrissemana de julho. Os valores do arroz, feijão e óleo de soja caíram, respectivamente 2,06%, 3,24% e 2,91%. "O básico está caindo, os preços daqueles alimentos que vão no prato caíram" afirmou ele, lembrando que a alta do item Alimentação, além do grupo Transportes, puxou a taxa de inflação no mês passado. Para julho, Rizzieri prevê uma inflação de 0,5%, um percentual que mostra que não haverá grandes contratempos. A previsão para o ano, afirmou o coordenador, é de uma inflação na cidade de São Paulo de 6%, dentro da estimativa anterior da Fipe. (O Globo Online - 14.07.2004)


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8 Dólar ontem e hoje

Dólar fechou a manhã desta quarta-feira em baixa de 0,49%, cotado a R$ 3,023 na compra e R$ 3,025 na venda. Ontem, o dólar comercial encerrou os negócios comprado a R$ 3,0380 e vendido a R$ 3,0400, com alta de 0,16%. (O Globo On Line e Valor Online - 14.07.2004)

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Internacional

1 Endesa pretende investir 500 mi de euros em planta de ciclo combinado em Madri

A Endesa investirá cerca de 500 milhões de euros na construção de uma fábrica de ciclo combinado em Madri. O aporte não faz parte dos 3 bilhões de euros que a companhia de energia espanhola destinará à nova geração na península nos próximos anos. A planta poderia ter uma capacidade instalada próxima de 1,2 mil MW e deve ser construída em Estremera, a 70 km ao sudeste da capital da Espanha. A comunidade de Madri é uma das principais consumidoras de energia de Espanha, mas não tem nenhuma unidade de geração de energia instalada. (Valor - 13.07.2004)

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2 Efacec montará instalação elétrica para a Portucel

A Efacec ganhou uma encomenda de 3,6 milhões de euros para fornecer e montar a instalação elétrica da nova caldeira de recuperação da Portucel em Cacia. "O Grupo Efacec acaba de ganhar uma importante encomenda relativa ao fornecimento e montagem da instalação elétrica (...) da nova caldeira de recuperação da Portucel em Cácia", informou a Efacec. A empresa acrescenta que, "a encomenda, no valor global de 3,6 milhões de euros, compreende realizações da Efacec Engenharia, da Efacec Energia e da Efacec Ambiente". O Grupo Efacec é o maior grupo elétrico nacional de capitais portugueses com cerca de dois mil colaboradores e fatura mais de 270 milhões de euros, estando presente em mais de cinqüenta países. (Diário Econômico - 13.07.2004)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Pedro Bruni e Rodrigo Madeira

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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