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nº 1.383 - 12 de julho de 2004 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Regulação e Novo Modelo 1 MME e agentes discutem pendências da regulamentação do novo modelo O Ministério
de Minas e Energia promove nos dias 12 e 13 de julho, em Brasília, nova
rodada de reuniões para discutir pontos pendentes da regulamentação. Um
dos prováveis temas da pauta é o que trata da proposta do governo de adotar
bandas de contratação para a energia nova. "O objetivo é discutir os pontos
pendentes da regulamentação. O governo está tomando cuidado para alocar
os riscos de forma justa", afirmou a ministra Dilma Rousseff. "O objetivo
do processo é conseguir o consenso dos agentes", frisou a ministra. A
ministra não confirmou a data do lançamento dos decretos, limitando-se
a dizer que, pela ordem, serão divulgados o que trata de regras de comercialização,
o que cria a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica e o que estabelece
a Empresa de Pesquisa Energética. "O trabalho agora é de simular cada
medida e seus impactos para o mercado. O trabalho de elaboração deste
modelo é muito grande, pois a lei exigiu um alto grau de detalhamento",
comentou. (Canal Energia - 09.07.2004) 2 Abar: Adiamento da votação do projeto de lei das agências reguladoras é positivo A Associação
Brasileira das Agências Reguladoras (Abar) considera positivo o adiamento
da votação do projeto de lei das agências reguladoras para o segundo semestre.
Para a presidente da Abar, Maria Augusta Feldman, por ser um projeto muito
complexo, os parlamentares não poderiam analisar e votar o texto que estabelece
as regras para as agências reguladoras em um curto espaço de tempo, como
o governo gostaria. "Considero esse adiamento ótimo. Isso mostra que está
havendo cautela e preocupação em manter a estabilidade do setor e das
agências", observa. Por outro lado, Maria Augusta diz que as indefinições
em torno do funcionamento dos órgãos reguladores ainda deixam o mercado
em situação desconfortável, mas que aprovar o projeto de lei da maneira
que está, com pontos importantes ainda sob discussão, seria pior para
os investidores e para o mercado. (Canal Energia - 09.07.2004) 3 Abar preocupada com não exigência de qualificação dos dirigentes dos órgãos reguladores A não exigência
de qualificação para os dirigentes das agências reguladoras preocupa a
Associação Brasileira das Agências Reguladoras (Abar). Durante reunião
na comissão especial, o deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO) disse que o governo
teria passado a defender a retirada do grau de escolaridade após ter firmado
acordo que incluía a exigência de nível superior para os dirigentes. Na
avaliação da presidente da Aber, Maria Augusta Feldman, essa não exigência
pode trazer falta de embasamento técnico para discutir assuntos técnicos
e políticos relativas às atividades das agências reguladoras. (Canal Energia
- 09.07.2004) 4
CPI que irá apurar o processo de privatização do SE será levada adiante
5 Mauro Passos: CPI é necessária para dar uma nova orientação à participação do BNDES no setor Mauro Passos,
relator da CPI que irá apurar o processo de privatização do setor elétrico,
defende as investigações como necessárias para dar uma nova orientação
à participação do BNDES no setor elétrico, a partir do novo modelo para
o setor. "O financiamento dos novos projetos de energia não podem se dar
nos mesmos moldes da orientação que se deu no passado", afirmou o deputado.
"O que ocorreu afetou a saúde financeira do banco." Ele diz que a instalação
da CPI conta com o apoio do atual presidente do BNDES, Carlos Lessa. Passos
disse que dois alvos da investigação serão os ex-presidentes do banco
José Pio Borges e Luiz Carlos Mendonça de Barros. "Há muita coisa que
precisa ser apurada", afirmou Passos. (Valor - 12.07.2004) 6 CPI poderá questionar também os índices de revisão tarifária Segundo
Mauro Passos, relator da CPI que irá apurar o processo de privatização
do setor elétrico, uma vez instaurada, a CPI poderá questionar também
os índices de revisão tarifária, pois no relatório em que identificou
problemas na participação do BNDES, o TCU alerta para suspeitas de não
cumprimento de contratos de concessão por parte das empresas. Dessa forma,
a investigação dos parlamentares sobre esses contratos poderá incluir
o método de aplicação dos índices de revisão e pressionar a Aneel a alterá-los.
A Aneel fez 38 revisões tarifárias, desde o início das privatizações,
e sempre enfrentou dificuldades na definição da metodologia para calcular
os índices. A agência chegou a contratar duas auditorias para auxiliá-la,
pagando R$ 17 milhões. O TCU considerou o método da Aneel equivocado,
por permitir que as concessionárias desconsiderem o que é pago aos acionistas
a título de juros sobre capital próprio na dedução do imposto de renda.
Sem essa contabilização, o cálculo da receita das concessionárias leva
a índices de revisão maiores. (Valor - 12.07.2004) 7 Recesso deste mês de julho é empecilho pra CPI Um dos principais empecilhos para o andamento da CPI será o recesso deste mês de julho, seguido do calendário eleitoral, que geralmente leva os parlamentares para seus Estados de origem, afastando-os de Brasília até o final das eleições, em outubro. "Será difícil manter o quorum nos meses de agosto e setembro", admite o relator. Para começar a funcionar, a comissão depende ainda da indicação de seus membros titulares pelo PT, PMDB, PSDB e PFL. Quatro partidos da base governista (PCdoB, PPS, PTB e PSC) indicaram seus membros. Juntos, esses quatro partidos da base governista terão direito a apenas cinco das 22 cadeiras. (Valor - 12.07.2004) 8
Banco do Nordeste aprova financiamento de R$ 300 mi para LT Teresina-Sobral
9 Relatório do TCU revela que regras de baixa renda não cumprem objetivo social Relatório
do Tribunal de Contas da União revela que as regras do programa de baixa
renda não cumprem a totalidade dos objetivos propostos para atender a
população carente. Segundo o TCU, as regras definidas abrem espaço para
que um número considerável de residências de alto poder aquisitivo tenham
tarifa subsidiada, enquanto muitas residências de baixa renda não têm
acesso à tarifa. O documento aponta que são gastos cerca de R$ 581 milhões
por ano para subsidiar a tarifa. O estudo diz que não existe correlação
entre as variáveis consumo de energia e renda per capta. O relatório aponta
como mais adequado a adoção de critérios como número de moradores e quantidade
de cômodos por domicílio. Para o Instituto de Defesa de Consumidor, as
regras propostas pelo TCU são mais justas que as atuais. (Canal Energia
- 08.07.2004) 10
Ceará quer ampliação do Proinfa 11 RS entrega controle da PCH de Itu aos municípios de São Francisco de Assis e Manoel Viana O Estado do Rio Grande do Sul entregou o controle da PCH de Itu aos municípios de São Francisco de Assis e Manoel Viana. A obra, iniciada em 1958, estava parada desde 1963. O secretário de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andres, disse que, a partir de agora, os municípios estão aptos a procurar parceiros para finalizar o empreendimento. A potência instalada prevista é de 7 MW. Andres estima que sejam necessários R$ 10 milhões para concluir a obra. (Elétrica - 09.07.2004)
Empresas 1 AES e BNDES se reúnem para discutir dívida do consórcio SEB O vice-presidente
mundial da americana AES, Joseph Brandt, estará no Brasil para reunir-se
com representantes do BNDES. Em pauta, a discussão da dívida que a empresa
tem com o banco. O débito de US$ 700 milhões foi contraído em 1996, quando
o consórcio Southern Electric Brazil (SEB), do qual fazia parte a AES,
pegou empréstimo para a aquisição de 32,964% das ações ordinárias da Cemig.
(Gazeta Mercantil - 12.07.2004) 2 Cemig e UTE vão assinar acordo de cooperação técnica Em setembro próximo a Cemig irá assinar acordo de cooperação técnica com a UTE, empresa estatal responsável pelo setor de energia do Uruguai. Segundo informações da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, os uruguaios, que hoje vivem uma crise de energia, demonstraram grande interesse pela tecnologia desenvolvida pela Cemig em relação à redução de perdas e aumento da eficiência. Durante o processo de geração, transmissão e distribuição de energia, o Uruguai perde 25% do que produz, índice considerado elevado se comparado ao da Cemig, que está em torno de 10% e ainda deve ser reduzido. Ao entregar a minuta do convênio entre a empresa mineira e a uruguaia para análise, Wilson Brumer, titular da Secretaria, sugeriu e o gerente da UTE, Carlos Milans, aceitou a proposta de iniciarem, de imediato, a troca de experiência para redução de perda de energia. (Gazeta Mercantil - 12.07.2004) 3 AES tenta vender redes de telecomunicações da AES Sul e da Eletropaulo As empresas
elétricas começam a repensar seus investimentos em telecomunicações. Os
ativos voltam a ter valor num momento em que as teles buscam alternativas
de acesso local para transmitir voz e, especialmente, dados. As estratégias
são distintas. A AES aproveita a onda e volta à carga para tentar vender
as redes de telecomunicações da AES Sul e da Eletropaulo. A Light, ao
contrário, quer voltar ao mercado. Uma fonte que acompanha o processo
diz que a Telemar estaria negociando com a AES. Procurada, a AES disse
que não iria se pronunciar. O presidente do conselho de administração
da operadora de telefonia, Otávio Azevedo, diz que a empresa está "sempre
olhando" para esses ativos, mas não há qualquer decisão. A operadora já
chegou a fazer uma "due diligence" da rede da Eletropaulo. A AES tem investimentos
em telecom espalhados pelo país. Além da Eletropaulo, possui a rede da
AES Sul e é controladora da Eletronet - embora esteja afastada da empresa,
construída em parceria com a Eletrobrás e que está em processo de falência.
Com problemas bem maiores para gerenciar no país, a AES tenta se desfazer
de seus ativos de telecom há anos, mas até agora não encontrou interessados.
(Valor - 12.07.2004) 4
Cemig deve apresentar edital para a venda de parcela do capital da Infovias
5 Light procura sócios para implantar projeto de PLC A Light
- que em 2002 vendeu para a AES sua rede de telecom - tem planos de voltar
à ativa no ramo das telecomunicações. A empresa procura sócios para implantar
um projeto de PLC, tecnologia que permite acessar internet em banda larga,
transmitir vídeo e voz por meio da rede de eletricidade. O gerente de
redes e telecomunicações da Light, Paulo Magalhães, diz que a companhia
já fez testes e está conversando com investidores. A idéia é lançar o
serviço no começo de 2005 e, para isso, criará uma empresa. Para Magalhães,
o produto atrairá as operadoras de telefonia porque a rede elétrica oferece
grande capilaridade. "É uma ferramenta para implementar a universalização",
destaca. Mas o que fez a Light rever seus planos nesse segmento? "O mercado
está mais maduro agora", afirma o gerente. "As crises foram superadas".
Paralelamente, a retomada do crescimento econômico e a queda nos preços
dos computadores são estímulos à demanda. (Valor - 12.07.2004) 6 Copel: Alguns obstáculos precisam ser superados para implantação de serviço em PLC A Copel
também pretende lançar um serviço em PLC (tecnologia que permite acessar
internet em banda larga, transmitir vídeo e voz por meio da rede de eletricidade),
mas ainda não sabe quando nem de que forma o fará. A estatal fez testes
em 2001 e 2002 e concluiu que o produto é viável, mas alguns obstáculos
precisam ser superados. "Desenvolvemos um modelo de negócios, mas estacionou",
afirma o superintendente de telecomunicações da Copel, Carlos Fontes.
Há duas grandes barreiras, segundo ele. Primeiro, a Anatel não tem regras
para o PLC. Os fornecedores de infra-estrutura levaram uma proposta ao
órgão regulador, mas o assunto ainda não foi analisado. Segundo, os equipamentos
são caros e dolarizados. Um modem para banda larga custaria cerca de R$
500, segundo Fontes. (Valor - 12.07.2004) 7 Copel investe em novas estruturas de emergência para a área de transmissão Estruturas
mais leves, mais fáceis de serem montadas e em tempo menor, estes são
os benefícios das novas estruturas de emergência que a Copel está adotando
para a área de transmissão. As estruturas fazem parte do dia-a-dia dos
técnicos da empresa no auxílio dos trabalhos de montagem, manutenção e
atendimento de situações de emergência como a recomposição de torres em
casos de tempestades ou acidentes. As novas estruturas são feitas de alumínio,
montadas em módulos, só requerem uma base de fácil instalação e podem
ser usadas para a montagem de até nove estruturas ao mesmo tempo. O investimento
da Companhia nas novas estruturas chega a R$ 2,8 milhões e com esse montante
a Copel torna-se a segunda empresa do país a usar esse tipo de equipamento.
(Elétrica - 10.07.2004) 8 CPFL Paulista negocia com bancos privados alongamento de dívida A CPFL Paulista está se articulando para entrar no programa de capitalização do BNDES. O presidente da empresa, Wilson Ferreira Júnior, conta que as negociações para alongar a dívida de curto prazo com os bancos privados estão em curso. Ele informa que a companhia deverá emitir R$ 200 milhões em debêntures para alongar o perfil de endividamento. Depois de concluir essas operações, a concessionária entrará, ao longo do segundo semestre, com o pedido no BNDES para captar R$ 200 milhões, via plano de capitalização. Nesta semana, o Conselho de Administração da holding CPFL Energia provisionou os valores de dividendo e juros sobre capital próprio da CPFL Paulista, CPFL Piratininga e CPFL Geração para esse ano, segundo fato relevante publicado nesta quinta-feira, dia 8 de julho. (Canal Energia - 08.07.2004) 9 Fitch atribui ratings para emissão de debêntures da CPFL Paulista e CPFL Energia A Fitch atribuiu nesta sexta-feira, dia 9 de julho, o rating nacional preliminar de longo prazo A(bra) para a segunda emissão de debêntures da CPFL Paulista e afirmou o rating nacional de longo prazo A(bra) atribuído à primeira emissão de debêntures da empresa, no valor de R$ 890 milhões. A atribuição do rating final da segunda emissão da CPFL Paulista depende do recebimento e confirmação dos documentos finais referentes à estrutura da operação pela classificadora de risco. A classificadora também atribuiu o rating nacional de longo prazo A-(bra) à CPFL Energia, assim como o A(bra) referente à sua primeira série da segunda emissão de debêntures, no valor de R$ 900 milhões. A perspectiva para todos os ratings é estável. (Canal Energia - 09.07.2004) 10 Dívida de R$ 98 mi preocupa Celesc A Celesc
ainda não sabe como administrar o vencimento de uma dívida no valor de
R$ 98 milhões com o MAE, referente ao consumo apurado no período de dois
anos finalizado em setembro passado, que terá vencimento em 15 de maio.
A informação foi prestada ontem pelo presidente Carlos Rodolfo Schneider
ao comentar o perfil das finanças da empresa com deputados na Assembléia.
A primeira apuração do consumo foi feita ao final do ano passado, e diante
de uma estimativa inicial de débito com o mercado atacadista de R$ 140
milhões, a Celesc provisionou o pagamento de metade do montante para final
deste ano, solicitando auditoria da outra parcela. Negociou R$ 42 milhões
com o BNDES e previu a quitação de outros R$ 28 milhões com recursos próprios
em dezembro. (Elétrica - 09.07.2004) 11 Cemar pretende emitir R$ 73,6 mi em debêntures A Cemar entrou com registro de emissão de R$ 73,6 milhões em debêntures na Comissão de Valores Mobiliários. A operação, que será analisada pela CVM, faz parte do programa de reestruturação da dívida da empresa. O Banco Pactual vai liderar a emissão de debêntures, que são conversíveis em ações. (Canal Energia - 09.07.2004) 12 Celg vai investir R$ 43 mi em sistema de mapeamento do sistema elétrico A Celg investirá
R$ 43 milhões no mapeamento do sistema elétrico do estado, com uso de
georeferenciamento para mapear toda a rede do estado. O sistema, explica
Rafael Murolo Filho, diretor técnico da empresa, integrará toda a rede
SAP, comercial e de call center da empresa. O levantamento de campo, incluindo
cadastramento, receberá R$ 18 milhões. Outros R$ 16 milhões serão aplicados
no planejamento e acompanhamento do sistema, pela empresa Soltech. O restante,
R$ 9 milhões, serão destinados ao desenvolvimento do sistema comercial.
Com o recadastramento de toda a rede, Murolo comenta que os ativos das
empresas serão acompanhados de maneira mais eficiente. O cronograma prevê
que, de novembro a dezembro deste ano, toda a base de dados estará consolidado.
Murolo destaca vantagens como aumento da qualidade da energia e agilidade
no atendimento ao consumidor. O executivo acredita que o impacto será
positivo na revisão tarifária da empresa, marcada para 2005. (Canal Energia
- 12.07.2004) 13 Empresa alemã pretende investir US$ 1,2 bi em geração eólica no RS O governo
gaúcho anunciou ontem que a alemã Adnovum Group tem a intenção de instalar
um complexo eólico no Estado com capacidade para gerar 1,5 mil MW se o
projeto for enquadrado no Proinfa. A empresa quer investir US$ 1,2 bilhão
na implantação de 19 usinas eólicas no Rio Grande do Sul em um prazo de
cinco anos. A companhia também tem interesse na segunda fase do Proinfa.
Além de investir em projetos, a Adnovum Group pretende construir uma fábrica
de aerogeradores no estado para atender a demanda do mercado brasileiro.
(Valor e Canal Energia - 12.07.2004) 14 Linhas da Eletrosul modernizadas As linhas
de transmissão da Eletrosul em 230 kV estão com maior capacidade de transmitir
energia. A Luminar concluiu trabalho de recapacitação por troca de cabos
termoresistentes que garantiu um aumento médio de 50% na corrente dos
cabos, resultando em aumento na potência de transmissão. Segundo a Luminar,
a obra, com aproximadamente 500 km, é o maior empreendimento do gênero
do Brasil. No processo, que se desenvolveu em turn-key, a empresa desenvolveu
desde a elaboração do projeto executivo, o fornecimento de todos os materiais
até a execução das obras. Além dessa prestação de serviços, a Luminar
vem fazendo outras obras para a Eletrosul. Recentemente, venceu concorrência
para a construção e operação de linha de transmissão de energia no interior
de Santa Catarina. (Diário Catarinense - 12.07.2004)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Price reúne sugestões para evitar racionamento de energia O estudo
sobre o Novo Modelo do Setor Elétrico elaborado por consultores da PricewaterhouseCoopers,
sugere, entre outras coisas, a intensificação da exploração de gás natural,
a incorporação das termelétricas no sistema e a inclusão de representantes
dos Estados e das empresas privadas no grupo de trabalho de apoio técnico
do Ministério. Os consultores sugerem ainda a criação de uma Ouvidoria,
que poderia receber sugestões e reclamações dos agentes, e a fixação de
um prazo para a revisão do novo modelo. A Price propõe também a consolidação
das leis do setor em um Código do Setor Elétrico e a fixação de um prazo
para a revisão do novo modelo. As sugestões têm como objetivo evitar o
risco de racionamento de energia no futuro. (O Estado de São Paulo - 10.07.2004)
Gás e Termoelétricas 1 Dilma: Termoelétricas podem participar de leilão de energia nova A ministra Dilma Rousseff admitiu a possibilidade de participação das termelétricas na licitação de energia nova, desde que tenham preços competitivos. Segundo ela, o tamanho do leilão dependerá do número de usinas já licitadas que não foram viabilizadas por conta de problemas ambientais. A meta do governo, de acordo com a ministra, é licitar cerca de 3 mil MW. Ela admitiu, no entanto, ter um volume maior, de acordo com o número de usinas que forem liberadas. O leilão também incluirá as usinas que entraram em operação comercial depois de 2000. (Canal Energia - 09.07.2004) 2 Primeira fase das obras de construção do gasoduto de Itaguaí já está em andamento A primeira
fase das obras de construção do gasoduto de Itaguaí está em andamento
e deverá prosseguir até o fim de setembro. Nessa etapa do projeto serão
investidos R$ 3,5 milhões para a instalação de 14,3 quilômetros de tubulação,
beneficiando diretamente três indústrias e cinco postos de abastecimento
de Gás Natural Veicular (GNV). A rede instalada parte do Posto Vanilda,
no Centro de Itaguaí, e vai até o distrito industrial de Santa Cruz, bairro
do Rio. Itaguaí vai ser o 24º município fluminense a receber gás natural
dentro do programa de interiorização do fornecimento desenvolvido pelo
governo do estado e pela Companhia Distribuidora de Gás do Rio de Janeiro
(CEG). Outros municípios da região metropolitana que deverão receber o
gás natural até o fim deste ano, de acordo com a Secretaria estadual de
Energia, Indústria Naval e Petróleo, serão Itaboraí, São Gonçalo e Niterói.
(O Globo - 11.07.2004) 3 Angra 1 entra em manutenção preventiva A Usina
Angra 1 sairá do Sistema Elétrico Brasileiro às 0 h do dia 10 de julho
para promover inspeção e manutenção dos dois Geradores de Vapor (GVs)
e mais cerca de 1400 tarefas de manutenção preventiva. É a primeira parada
programada para 2004 e a unidade ficará desligada durante 45 dias. Para
efetuar os trabalhos serão contratados 340 técnicos brasileiros e 120
estrangeiros (alemães, franceses, espanhóis, americanos e argentinos).
(NUCA-IE-UFRJ - 12.07.2004)
Grandes Consumidores 1 Votorantim Metais prepara leilão de compra de energia de até 300 MW A Votorantim
Metais (VM) prepara um grande leilão de compra de energia, de até 300
MW, pelo prazo de 10 anos. O volume, ainda sem preço definido, equivale
a uma usina de médio porte e hoje ultrapassa a demanda de energia elétrica
do braço de metais (zinco, níquel e aço) do grupo Votorantim. A previsão
é que o leilão reverso - em que a oferta vencedora deve ser inferior ao
preço teto - será realizado até o fim do mês. A opção pelo leilão é uma
forma de a VM comprar energia a um custo mais baixo. Até porque há uma
elevada sobra de energia no país - o que puxa para baixo o preço no mercado
a vista (spot). Como a companhia opera com bens eletrointensivos (zinco
e níquel) e tem projetos de expansão em estudos, ela quer ter garantia
de suprimento do insumo a custo competitivo. "Nossas expansões no zinco
e níquel são voltadas para exportação e, no mercado internacional, vamos
competir com produtores que operam com baixo custo de energia em suas
fábricas", diz João Bosco Silva, presidente da Votorantim Metais, Segundo
ele, o objetivo da empresa é conseguir fornecimento de energia a um preço
inferior a US$ 30 o MWh na porta da unidade de produção. Hoje, uma hidrelétrica
nova, segundo informações de investidores, tem um custo de US$ 30 o MWh
sem incluir o valor cobrado pela transmissão. (Valor - 12.07.2004) 2 Compra no leilão será feita em blocos de 100 MW cada um A compra
no leilão da Votorantim Metais (VM) será feita em blocos de 100 MW cada
um, conforme o cronograma de necessidade da VM. Um primeiro bloco é certo
que já será comprado. Um segundo, para os projetos de expansão, vai depender
do preço obtido no leilão. "A ampliação em zinco, níquel e aço passa pela
equação do custo da energia", diz. A aquisição do terceiro bloco só vai
se efetivar se o preço for inferior ao da energia própria na porta da
fábrica. O leilão contará com pelo menos quatro geradoras competindo pelo
suprimento à VM - Cemig, Furnas, Eletropaulo e Light, que são atuais fornecedoras.
"Já fizemos conversas informais com algumas concessionárias e percebemos
interesse pelo suprimento total e até parcial", informa Bosco. (Valor
- 12.07.2004) 3 Votorantim Metais consome 240 MW de energia Atualmente,
a Votorantim Metais (VM) consome 240 MW de energia nas duas fábricas de
zinco, nas duas de níquel, na usina de aço Barra Mansa e nas unidades
de mineração em Minas e Goiás. Menos de 30% são de geração própria das
usinas de Igarapava (Rio Grande) e Sobragi, na região de Juiz de Fora.
A empresa está investindo nas hidrelétricas de Campos Novos, no Sul, e
Capim Branco I e II e Picada (MG). Com os projetos expansão, ainda em
fase de estudos de viabilidade econômica, a VM elevaria o consumo para
cerca de 400 MW. A energia das três usinas daria auto-suficiência de 60%
a partir de 2006. O problema é que essa energia pode se tornar mais cara
que ir agora ao mercado e assegurar fornecimento para longo prazo. "Esperamos
que até lá a ministra Dilma Rousseff consiga retirar da tarifa uma série
de tributos e custos", diz João Bosco Silva, presidente da VM. (Valor
- 12.07.2004) 4 Votorantim Metais: "Novo modelo tem penalizado o auto-gerador e beneficiado quem não investiu" João Bosco
Silva, presidente da Votorantim Metais, diz que os custos cobrados pelas
distribuidoras para fazer a transmissão de energia até as fábricas têm
ficado cada vez mais elevados. E, muitas vezes, inibe ou deixa pouco atrativo
o uso de energia gerada pela própria companhia. "Uma grande geradora pode,
no leilão, nos oferecer uma energia velha que tem o preço menor do que
a que vamos obter com geração própria", avalia o executivo. "O novo modelo
elétrico do país tem penalizado o auto-gerador e beneficiado quem não
investiu", afirma. Segundo Bosco, considerando custo de capital no investimento,
custo da transmissão e outros encargos cobrados, como o seguro-apagão,
a energia de auto-geração acaba sendo mais cara. (Valor - 12.07.2004)
5 Grandes indústrias antecipam-se à chegada do novo modelo e tornam-se consumidores livres As grandes
indústrias - que demandam altos volumes de energia - decidiram se antecipar
à chegada no novo modelo do setor elétrico, ainda em fase de regulamentação.
Diante das incertezas, a saída para boa parte delas foi tornar-se consumidor
livre. Na prática, os livres podem escolher de quem compram a energia
que consomem. A lista, antes mirrada, engorda a cada dia. AmBev, Alcoa,
Johnson & Johson, Telefonica, Bunge, Vale do Rio Doce, Usiminas e Cosipa
são algumas deles. Hoje, os consumidores livres já compram 8% da energia
comercializada no sistema interligado nacional (SIN). No setor, há a expectativa
de que esse número possa dobrar dentro de um ano. A opção dessas empresas
para o mercado livre, ao invés de serem supridas pelas distribuidoras
de energia que servem à sua área de atuação (sistema cativo), tem ampliado
o número de leilões. Além do programado pela Votorantim Metais para o
fim de julho, nas próximas semanas a Comerc deverá promover um outro leilão.
"O leilão é para empresas que estão se tornando livres porque querem reduzir
custos", diz Marcelo Parodi, sócio da Comerc. (Valor - 12.07.2004) 6 Aracruz fecha primeiro semestre com lucro de R$ 277,2 mi A Aracruz
registrou lucro líquido de R$ 277,2 milhões no primeiro semestre deste
ano. O montante é 49,3% menor que os R$ 547 milhões apurados em mesmo
período do ano anterior. No segundo trimestre do ano, isoladamente, o
ganho da Aracruz foi de R$ 129 milhões, 43% abaixo dos R$ 227 milhões
de entre abril e junho de 2003. Segundo o diretor financeiro da Aracruz,
Isac Zagury, as quedas deveram-se, essencialmente, a variações cambiais
sobre os números em moeda local. Tanto que em dólar a Aracruz exibiu lucro
líquido de US$ 135,5 milhões entre janeiro e junho dete ano, 123% superior
ao mesmo período do ano passado. A receita líquida de vendas da Aracruz
somou R$ 1,63 bilhão até junho último, com alta de 20% sobre os R$ 1,35
bilhão do primeiro semestre do ano passado. Desse total, R$ 889 milhões
foram obtidos no segundo trimestre do ano. O balanço semestral da Aracruz
mostra um Ebitda ajustado (geração de caixa operacional) de R$ 879,7 milhões
nos primeiros seis meses de 2004. O montante é 10% maior que os R$ 801
milhões do período anterior. (Gazeta Mercantil - 12.07.2004) 7 Projeto Veracel Celulose já recebeu US$ 160 mi em financiamentos Até 30 de
junho de 2004, um total de US$ 160 milhões em financiamentos foram desembolsados
na construção do projeto Veracel Celulose, na Bahia, com capacidade de
processamento de 900 mil toneladas de celulose a partir de 2005 e investimentos
de US$ 1,24 bilhão. O BNDES já desembolsou US$ 100 milhões no projeto,
e bancos europeus, US$ 60 milhões. (Gazeta Mercantil - 12.07.2004) Economia Brasileira 1 Lula diz que trabalha com cautela na busca de crescimento sustentável O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ter recebido com "otimismo, mas também cautela" a notícia do crescimento recorde da produção industrial brasileira, que em maio chegou a 2,2% - a maior desde setembro de 2003. No programa quinzenal de rádio "Café com o Presidente", Lula ressaltou que o seu governo quer que o crescimento sustentável não seja apenas uma fase. "Por isso é que nós temos cautela, por isso é que nós trabalhamos com muita paciência, por isso é que nós sempre pedimos ao povo para prestar atenção no que está acontecendo no Brasil" destacou o presidente. Lula ressaltou que as medidas adotadas por seu governo para garantir o crescimento sustentável da economia já poderiam ter sido tomadas "há muito tempo". (O Globo Online - 12.07.2004) O setor siderúrgico decidiu iniciar novo ciclo de investimentos, que prevê a destinação de US$ 7,4 bilhões até 2008 para elevar de 34 milhões para 43,9 milhões de toneladas a produção de aço. Será o segundo salto do segmento que, de 1994 a 2003, investiu US$ 13 bilhões em modernização. O setor buscava competitividade num mercado globalizado, mas, mesmo com todo o capital investido, utiliza hoje 90% da capacidade das usinas. O setor de papel e celulose prevê investimentos de US$ 14,4 bilhões até 2012 para ampliar a capacidade, segundo a Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa). Tudo calcado na exportação, que faz a indústria operar a plena capacidade. "As empresas de celulose são dolarizadas. É difícil pensar em real", diz Isac Zagury, diretor da Aracruz. (Jornal do Commercio - 12.07.2004) 3
Desembolso do BNDES no primeiro semestre se eleva a R$ 16,2 bilhões 4 País poderá ter de elevar aperto fiscal, diz Bird Documento
do Bird (Banco Mundial) afirma que o governo brasileiro será obrigado
a elevar o superávit primário. "No futuro próximo, a resposta à deterioração
do cenário externo que pode advir do aperto da liquidez internacional
e de preços maiores do petróleo vai requerer novos ajustes das políticas
macroeconômicas", diz o texto. Os "novos ajustes" são especificados: "Se
o país for atingido por outro choque externo, o governo terá de estar
preparado para aprofundar o ajuste fiscal por meio de cortes de gastos,
em vez de elevar as receitas". O Bird acrescenta que, como ocorreu nas
crises de 2001 e 2002, um eventual choque externo pode resultar em uma
elevação das metas de inflação, para que não seja necessária uma elevação
excessiva dos juros destinada a combater o efeito da alta do dólar. (Folha
de São Paulo - 12.07.2004) 5 Mercado prevê manutenção da Selic em julho e agosto, segundo Focus Os analistas
financeiros continuam projetando manutenção do juro básico da economia
na reunião de julho do Comitê de Política Monetária (Copom). A mediana
das expectativas dos analistas para a Selic no mês que vem está em 16%,
de acordo com a pesquisa Focus do BC. O resultado é igual ao patamar atual
do juro básico, que foi mantido pelo BC em 16% ao ano na reunião de junho.
É a sexta semana seguida com essa projeção. Os analistas esperam também
manutenção do juro em agosto. A previsão da Selic para o próximo mês veio
subindo: era de 15,75% há quatro semanas, passou para 16% na semana retrasada
e fechou a semana passada nesse mesmo percentual. (Valor Online - 12.07.2004)
6 Mercado espera IPCA de 7,05% em 2004 O mercado financeiro elevou novamente a projeção média para o índice oficial de inflação de 2004. Na mais recente pesquisa Focus, feita pelo BC a mediana das expectativas para o IPCA foi de 7,05%, pouco superior aos 7,00% projetados na semana retrasada. É a nona semana seguida de aumento na previsão. Para 2005, o mercado manteve a expectativa do IPCA em 5,50%. Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a mediana das expectativas aponta crescimento de 3,52% neste ano, ligeiramente acima da projeção anterior, de 3,50%. Para 2005, a estimativa média se manteve em 3,50%. (Valor Online - 12.07.2004) 7
Dólar ontem e hoje
Internacional A EDP -
Electricidade de Portugal vai passar a chamar-se EDP - Energias de Portugal,
e apresentar-se com um novo logotipo, e pretende aproximar a empresa dos
seus clientes. O anúncio da nova marca foi feito pelo presidente executivo
da empresa João Talone, como um primeiro sinal do novo posicionamento
da EDP, poucos dias após a aprovação pelo conselho de ministros da última
fase para os consumidores domésticos da liberalização do sector elétrico.
O lançamento institucional da nova imagem será feito a partir de Setembro
e, até ao fim do ano, a empresa espera lançar um novo plano de ações virado
para o cliente. A nova marca, EDP - Energias de Portugal terá ainda quatro
assinaturas adicionais ("EDP é simples", "EDP é fácil", "EDP é cômodo"
e "EDP é de todos"). (Diário Econòmico - 12.07.2004) 2 EDP notifica Comissão Européia sobre junção do gás e eletricidade A EDP- Electricidade
de Portugal já notificou formalmente a Comissão Européia sobre a junção
na empresa das atividades de gás e eletricidade, afirmou o presidente
executivo da empresa, João Talone. O executivo explicou que a fase de
pré-notificação, em que foram pedidos esclarecimentos adicionais por Bruxelas,
acabou com a notificação formal apresentada na sexta-feira (09/07). João
Talone espera que a Comissão Européia decida após o verão sobre a junção
do gás e da eletricidade na EDP. A fase de pré-notificação, agora encerrada,
permite uma discussão aprofundada com Bruxelas sobre todas as questões
concorrenciais decorrentes do negócio, de modo a que a notificação formal
não levante posteriormente qualquer dúvida à Comissão que possa atrasar
o processo. Até à aprovação do negócio por Bruxelas não se poderá concretizar
o acordo firmado a 31 de março entre os acionistas da EDP relativos à
reestruturação do setor energético. (Diário Econòmico - 12.07.2004) 3 Esforços de racionamento já viraram realidade na China Para tentar aliviar o drama da falta de energia, o governo de Pequim escolheu nos últimos dias 6.400 empresas que terão que parar uma semana no mês para economizar energia. Como a medida é compulsória, os trabalhadores terão que compensar a semana parada nas outras três restantes com horas extras não remuneradas. Em Xangai, a prefeitura apagou as luzes de monumentos e atrações turísticas, como a imensa torre de TV, numa tentativa de garantir a luz para residências e negócios nos horários de pico de consumo. Os imensos arranha-céus, pontes e praças de Xangai são ornamentados com luzes em frenéticos bailes que fazem da cidade uma atração turística à parte. A China cresceu 9,1% ano passado, segundo o governo, um recorde desde a crise asiática, no fim da década de 90, mas o crescimento no consumo de energia tem sido ainda maior e os esforços de racionamento já viraram realidade. (O Globo - 11.07.2004) 4
International Power e consórcio integrado pela AIG e a GE apresentam proposta
para ativos da Edison
Biblioteca Virtual do SEE 1 DODONOV, Boris; OPITZ, Petra; PFAFFENBERGER, Wolfgang. "How much do electricity tariff increases in Ukraine hurt the poor?". Elsevier, Energy Policy. 32, 2004. p. 885-863 Para ler
o artigo na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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