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nº 1.376 - 29 de junho de 2004 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Regulação e Novo Modelo 1 Dilma: Regulamentação do novo modelo ficará pronta na primeira quinzena de julho A ministra
Dilma Rousseff informou ontem que a regulamentação do novo modelo ficará
pronta na primeira quinzena de julho e será feita por meio de ''quatro
ou cinco'' decretos, que vêm sendo discutidos com agentes do setor. Uma
das principais mudanças, segundo ela, será a obrigação de que as geradoras
de energia garantam a existência de todo o volume de energia que se propõem
a vender. A medida visa a evitar problemas como o ocorrido no final do
ano passado, no Nordeste, quando houve risco de abastecimento devido à
incapacidade das térmicas locais em gerarem energia. (Jornal do Commercio
- 29.06.2004) 2 Dilma: Inadimplência é responsável pela elevação de tarifas A ministra
Dilma Rousseff fez um apelo aos consumidores para que paguem em dia as
contas de luz, porque, segundo ela, os altos índices de inadimplência
são um dos responsáveis pela elevação das tarifas de energia. A ministra
ressaltou que o pedido é principalmente para o Rio de Janeiro, que registra
inadimplência muito maior do que Estados mais pobres, como o Ceará. "Eu
faria um apelo em relação à questão da inadimplência. Todo consumidor
que não paga sua conta onera aquele que paga e cria um sistema muito injusto",
afirmou Dilma. Segundo ela, as novas regras não poderão conviver com a
inadimplência e permitirão cortes de luz para quem não pagar as contas.
(Jornal do Brasil - 29.06.2004) 3 Estudo da CBIEE aponta necessidade de investimentos de R$ 20 bi anuais nos próximos 8 anos O setor
elétrico brasileiro precisará de investimentos da ordem de R$ 20 bilhões
anuais nos próximos oito anos para sustentar um crescimento de 3,5% do
PIB, dos quais 62%, ou R$ 8,4 bilhões, deverão ser proporcionados pela
iniciativa privada. É o que revela estudo da Câmara Brasileira de Investidores
em Energia Elétrica (CBIEE), feito em parceria com a Consultoria Tendências
e apresentado ontem durante o seminário "Crises e Soluções na Indústria
Elétrica Mundial". O documento indica que, da necessidade total apontada,
a área de geração de energia elétrica precisará de investimentos de R$
13,4 bilhões e os segmentos de distribuição e transmissão juntos de R$
6,6 bilhões anuais. No próximo ano, 87% da demanda por geração, mostra
o estudo, será atendida com a implementação do Proinfa. 13% restantes
ficarão a cargo de possíveis investidores privados. (Valor - 29.06.2004)
4
CBIEE: Investimentos privados vão depender de decisões políticas tomadas
pelo governo 5 CBIEE defende isonomia nos leilões de energia nova Os investidores
privados querem a definição de regras claras para a competição nos leilões
de energia nova. O presidente da Câmara Brasileira de Investidores de
Energia Elétrica (CBIEE), Cláudio Sales, diz que as estatais e o setor
privado precisam estar com as mesmas condições para arrematar usinas na
licitação. Segundo ele, os dois parâmetros focados pelo setor privado,
que são rentabilidade e segurança, podem não ser levados em consideração
pelas estatais no processo. "As empresas públicas podem participar do
leilão por orientação política ou só para aumentar sua participação no
mercado. Com isso, a competitividade do setor privado não existe", comenta.
Sales diz que a participação do setor privado na geração de energia elétrica
deverá variar de 33% a 66% do investimento total. "Investimentos do setor
público variarão de R$ 5,2 bilhões, num cenário de mercado, até R$ 9,1
bilhões, numa visão estatizante. Para chegar a R$ 13,6 bilhões, por ano,
o setor privado tem que ser atraído", comenta. (Canal Energia - 28.06.2004)
6 Tractabel aponta entraves para investimentos privados O presidente
do conselho da Tractebel Energia, Maurício Bähr, apontou entraves para
os investimentos privados. Ele cita a dificuldade de licenciamento ambiental
das hidrelétricas de São Salvador (241 MW) e na gigantesca Estreito (1.087
MW). Bähr lembrou que São Salvador foi licitada em 2001 e Estreito em
2002, as duas no rio Tocantins, mas nenhuma obteve a licença ambiental.
Outro problema é a regulamentação do novo modelo, que ainda não deixou
claro como será compensada a tarifa paga pelo Uso do Bem público (UBP),
paga nos leilões de concessões, realizados durante a vigência do modelo
anterior, que permitia o repasse desse custo e a venda livre. Agora, os
geradores só podem vender para o pool e os valores pagos pelo UBP aumentam
em R$ 20 milhões anuais o custo do investimento. "A lei prevê uma compensação,
mas existe um limite, que ainda não é conhecido", explica Bähr. (Valor
- 29.06.2004) 7 Diretor da EDF: "Credibilidade da política tarifária" é importante para retomada do investimento no Brasil Para o diretor de relações internacionais da EDF, Christian Stoffaës, o novo modelo para o setor elétrico cria um caminho para que haja uma demanda por mais recursos. Ele ressaltou, entretanto, a importância do que chamou de "credibilidade da política tarifária". Segundo ele, os investidores só voltarão a investir no país quando houver um clima de confiança e segurança comercial e jurídica no setor. E para restabelecer esta confiança, Stoffaës sugeriu tarifas que reflitam os custos e que sejam transparentes e eqüitativas. (Valor - 29.06.2004) 8
Senador defende discussão unificada sobre abastecimento energético na
Amazônia 9 Comissão da Alesp investiga ações apagões na Baixada Santista A Comissão
de Serviços Públicos de Energia de São Paulo (CSPE) está investigando
possíveis ações irregulares da CPFL na Baixada Santista. A decisão foi
comunicada pelo comissário chefe do Grupo Técnico e de Concessões do órgão,
Zevi Kann, à deputada Maria Lúcia Prandi (PT). Na primeira quinzena de
maio, Prandi foi informada que funcionários da empresa Singel Engenharia
- contratada pela CPFL para realizar vistoria nos medidores de energia
elétrica - apontaram que os equipamentos são violados quando, na verdade,
apresentam defeitos. Esta prática proporciona a cobrança de multas pesadas,
que variam de R$ 3 mil a R$ 100 mil. A parlamentar encaminhou o caso à
Aneel, que incumbiu a CSPE de realizar as investigações. (Elétrica - 28.06.2004)
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Instituto de Economia da UFRJ promove palestra com Drª. Claudia Prattes
11 Morre presidente da Abdib, José Augusto Marques O presidente da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e das Indústrias de Base (Abdib), José Augusto Marques, faleceu na tarde de ontem, em decorrência de câncer. Marques era também vice-presidente da ABB Brasil, vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) e diretor da Fiesp. Também fazia parte do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do governo federal. (Valor - 28.06.2004)
Empresas 1 Desvalorização do Real vai contribuir para maior reajuste da energia de Itaipu Os reajustes
das tarifas de energia do segundo semestre serão maiores por causa do
dólar. Os consumidores vão arcar com dois aumentos de custo: a desvalorização
do real, desde o final de abril, e o aumento, em dólar, da tarifa de energia
da hidrelétrica de Itaipu, previsto para agosto. Pelo acordo entre Brasil
e Paraguai, 22 distribuidoras de energia das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste
são obrigadas a comprar energia de Itaipu. Por ser binacional, a hidrelétrica
vende sua energia em dólar. Dessa forma, toda vez que há desvalorização
do real, a tarifa de energia no Brasil sobe. No final de abril, o dólar
estava cotado em cerca de R$ 2,90. Agora, está na casa de R$ 3,10. No
final de agosto, a hidrelétrica de Itaipu aumentará, em dólar, o valor
de sua tarifa, hoje estabelecido em US$ 16,44 por kW. A tarifa cobrada
em dólar da usina de Itaipu serve para pagar a dívida dos empréstimos
tomados para sua construção. Atualmente, a dívida é de US$ 18,998 bilhões.
O principal credor é o Tesouro. (Folha de São Paulo - 29.06.2004) 2 Tolmasquim: Governo quer que Eletrobrás absorva parte do aumento da energia de Itaipu Segundo o secretário-executivo do MME, Maurício Tolmasquim, que também é conselheiro de Itaipu, o governo ainda está tentando fazer com que a Eletrobrás, que comercializa a energia de Itaipu, absorva parte do aumento. Essa possibilidade, no entanto, depende de modificações na forma de cobrança do PIS/Cofins que ainda não foram aprovadas pelo Congresso. A tarifa atual de Itaipu, de US$ 16,44 por kW, é vendida pela Eletrobrás para as distribuidoras de energia por US$ 17,85 por kW, depois da incidência de impostos e dos custos para comercialização. (Folha de São Paulo - 29.06.2004) 3 Eletropaulo trabalha para melhorar imagem no mercado financeiro A Eletropaulo
considera importante a elevação dos ratings pelas classificadoras de risco
Fitch e Standard & Poor's na semana passada. A Fitch elevou para BB(bra)
o rating nacional de longo prazo da distribuidora e o rating da sétima
emissão de debêntures. A classificadora também elevou de DDD para B- os
ratings em moeda local e estrangeira. No caso da S&P, os ratings de crédito
corporativo, em moeda local e estrangeira, foram para CCC- e na Escala
Nacional Brasil para brCCC-. As elevações podem ser mudadas no próximo
mês, dependendo da análise da classificadora para o perfil de endividamento
e geração de caixa da companhia. Para a vice-presidente da distribuidora,
Andrea Ruschmann, os novos ratings são considerados um passo importante,
pois trazem mais estabilidade para a empresa após o período de crise de
liquidez. "Novas captações financeiras no mercado ainda devem levar um
pouco mais de tempo, mas já estamos retomando outros tipos de operação",
observa. (Canal Energia - 28.06.2004) 4
Fitch afirma rating de longo prazo da Energia Paulista 5 Minoritários questionam gestão na Enersul A assembléia
de acionistas da Enersul, prevista para ocorrer amanhã, dará início a
uma briga declarada entre os minoritários e o grupo controlador da empresa,
a EDP Brasil. Os minoritários questionam vários pontos da gestão da EDP
Brasil ao longo dos quatro anos de participação na empresa. De acordo
com o advogado e representante da Electra Pilmaíquen e da Wisteria Holding
LCC - dois fundos de "private equity" que detêm participação na companhia
-, a Enersul não paga dividendos. Além disso, os minoritários informam
que em 2001 foram aprovados investimentos de alto valor. Por somarem 28%
do capital social da empresa, os dois minoritários têm o direito de convocar
assembléias. Os minoritários querem a realização da assembléia para apresentar
uma ação de responsabilidade civil contra os administradores e contra
o controlador da Enersul. Os minoritários também encaminharam uma denúncia
à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para que sejam apurados "os fatos
decorrentes da postura do controlador e da administração da companhia
e sejam apuradas as responsabilidades e penalidades cabíveis, inclusive
com a abertura de inquérito administrativo". (Valor - 29.06.2004) 6 Vice-presidente da AES: Reestruturação abre novas frentes de investimento A AES considera
que a renegociação das dívidas da AES Sul marca a etapa final da reestruturação
de suas controladas no Brasil. "Concluímos a renegociação de US$ 2,7 bilhões
e agora estamos abertos a estudar novos investimentos", diz Joseph Brandt,
vice-presidente da AES e reestruturador mundial das dívidas do grupo.
Ao lado de Chile e Reino Unido, o Brasil era considerado pela AES um dos
três principais desafios na estratégia mundial traçada a partir de 2002.
Apesar de comemorar o fim dessa etapa, a AES continuará com uma pendência
no Brasil: a Cemig, na qual detém participação acionária via consórcio
SEB, mas não tem o controle. Segundo Brandt, a ministra Dilma Rousseff
expôs um cenário otimista para o setor elétrico brasileiro e para as parcerias
público-privadas. "Existem oportunidades no Brasil, mas ainda falta uma
série de definições regulatórias, como o funcionamento do novo mercado.
Isso precisa ser removido para que haja novos investimentos", disse Brandt.
Ele não descarta novas captações no Brasil. (Valor - 29.06.2004) 7 Bernini: Entrada da AES Sul na Brasiliana poderá ocorrer após o mês de agosto A entrada
da AES Sul na holding Brasiliana poderá ocorrer, "teoricamente", após
o mês de agosto, quando deve ser concluído o processo de recompra de ações
da distribuidora gaúcha em poder de minoritários. A avaliação foi feita
pelo presidente da empresa, Eduardo Bernini, que também é diretor da Brasiliana.
A reestruturação financeira da AES Sul - necessária para que empresa ingresse
na Brasiliana - ainda não foi finalizada. "Falta completar a recompra
das ações (junto a minoritários). O assunto está na Comissão de Valores
Mobiliários (CVM). Esperamos equacionar em agosto", disse Bernini. A partir
daí, o executivo comentou que "teoricamente" a AES Sul já poderia ingressar
na Brasiliana. A oferta pública - feita pela AES InfoEnergy, acionista
da AES Sul - tem como objetivo adquirir 2,231 mil ações em poder de minoritários.
A empresa continuará sendo listada em bolsa, segundo Bernini. (Valor -
29.06.2004) 8 Renegociação de dívida da AES Sul é concluída A AES anunciou a conclusão da renegociação das dívidas da AES Sul. A maior parte da dívida estava concentrada em um grupo de cinco bancos credores, que tinham a receber US$ 316 milhões por um empréstimo sindicalizado. As instituições aceitaram alongar o prazo da dívida e reduzir a taxa de juro mediante o aporte de US$ 50 milhões pela AES Corp. Também exigiram o compromisso de que o pagamento de R$ 2,4 bilhões devidos pela controladora indireta da AES Sul, a AES Cayman Guaíba, na forma de Floating Rate Notes só será feito após o pagamento do empréstimo sindicalizado. Segundo Eduardo Bernini, presidente da AES no Brasil, o mercado vê hoje essa dívida em FRN como um crédito entre subsidiária e matriz, mas vão para um grupo de bancos que detêm hoje os títulos. A AES conseguiu reduzir a taxa do empréstimo sindicalizado de Libor mais 4,75% ao ano para Libor mais 3,875%. O prazo médio de pagamento passou de 2006 para 2011 e a amortização passou a ter um percentual variável de acordo com o fluxo de caixa. A AES também renegociou US$ 10 milhões de capital de giro, US$ 44 milhões de compra de energia de Itaipu e US$ 67 milhões de debêntures. (Valor - 29.06.2004) Enviou à BOVESPA o seguinte Fato Relevante: ficam pelo presente comunicados os acionistas da AES Sul Distribuidora Gaúcha de Energia S.A. e o mercado em geral, nos termos da Instrução CVM 358, de 3/1/2002, que a AES Cayman Guaíba, Ltd., controladora indireta da Companhia, concluiu, em 25/6/2004, a reestruturação de sua dívida junto aos bancos credores de empréstimo sindicalizado. Portanto, qualquer inadimplemento que possa ter ocorrido na vigência do acordo anterior, bem como os riscos referidos no fato relevante publicado em 15/8/2003, encontram-se eliminados. (Jornal do Commercio - 29.06.2004) 10 Projeto da desverticalização da Cemig é retirado de pauta A pedido
do deputado Gustavo Valadares (PFL), o Projeto de Lei (PL) 1.690/04, do
governador, que dispõe sobre a reestruturação societária da Cemig, foi
retirado da pauta durante a reunião da Comissão de Constituição e Justiça
(CCJ) desta quinta-feira (24/6/2004). O relator, deputado Bonifácio Mourão
(PSDB), emitiu seu parecer favorável na reunião de quarta-feira (23/06),
mas sua votação foi adiada por causa de um pedido de vista da deputada
Maria Tereza Lara (PT). O projeto determina que as atividades de geração,
transmissão e distribuição de energia terão que ser desenvolvidas por
meio de subsidiárias da empresa, adaptação exigida pelo novo modelo elétrico
nacional. (Elétrica - 28.06.2004) 11 Mendes Júnior cobra da União dívida histórica da Chesf A construtora Mendes Júnior, que esteve mergulhada em dificuldades financeiras nos últimos anos, está perto de receber uma grande dívida da Chesf, referente à construção da usina hidrelétrica de Itaparica, em Pernambuco, que pode colocar por terra o superávit fiscal do governo federal acertado junto ao FMI. Os valores atualizados até 2002 superam a cifra de R$ 80 bilhões. De acordo com o assessor jurídico do grupo Mendes Júnior, José Luís Ladeira Bueno, a audiência final no Tribunal de Justiça de Pernambuco deve ocorrer até o mês de agosto, após o recesso judicial de julho, quando será fixado o valor exato e sua execução. (Elétrica - 28.06.2004) 12 Tarifas de energia elétrica da DME-PC sobem 12,95% As tarifas
de energia elétrica da DME-PC (MG) ficam mais caras a partir desta segunda-feira,
dia 28 de junho. A Aneel aprovou o reajuste de 18,42% para a concessionária.
No entanto, serão aplicados 12,95% neste ano e o restante será distribuído
nos próximos reajustes anuais da empresa, indo de 2005 a 2007. O Fator
X aprovado foi de 1,18%. O resultado do processo de revisão tarifária
foi divulgado pela Aneel por meio da resolução homologatória nº 149 no
Diário Oficial. (Canal Energia - 28.06.2004) O número de reclamações contra a Cemat, registradas pela Assessoria de Relações com o Poder Concedente da distribuidora, diminui em 38,7% em 2003. O número leva em conta registros oficiais da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Mato Grosso. (Canal Energia - 28.06.2004) As empresas gaúchas CEEE, AES Sul e RGE vão realizar nesta quarta-feira, dia 30 de junho, audiência pública para a apresentação do novo Regulamento de Instalações Consumidores para os clientes de média tensão, que necessitam de cargas e instalações de maior porte, como indústria, comércio e condomínios de prédios, entre outros. (Canal Energia - 29.06.2004) A Celg agora quer ser uma forte parceira no processo de inclusão digital. Nesse sentido, a empresa se juntou à Associação de Empresas Proprietárias de Infra-Estrutura e de Sistemas Privados de Telecomunicações (Aptel) para realizar o 5º Seminário da Tecnologia Powerline Communications (V SPLC). (Elétrica - 28.06.2004)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Níveis dos reservatórios estão em 82,9% no Sudeste/Centro-Oeste A capacidade
armazenada atinge 82,9% na região Sudeste/Centro-Oeste, permanecendo estável
em comparação com o dia 26 de junho. O volume está 36,9% acima da curva
de aversão ao risco. As usinas de Marimbondo e Nova Ponte registram 92,3%
e 77,3%, respectivamente. (Canal Energia - 28.06.2004) 2 Capacidade armazenada atinge 75,7% na região Sul Na região Sul, o volume armazenado está 75,7%, percentual 0,4% acima do registrado no dia 26 de junho. A hidrelétrica de G.B. Munhoz atinge 90,6% da capacidade. (Canal Energia - 28.06.2004) 3 Vlume armazenado está 95,3% na Região Nordeste Os reservatórios
estão com 95,3% da sua capacidade na região Nordeste. O volume teve uma
pequena queda em comparação com o dia 26 de junho. Em relação à curva
de aversão ao risco, a capacidade armazenada está 62,99% acima do previsto.
Na usina de Sobradinho, o índice é de 97,04%. (Canal Energia - 28.06.2004)
4 Reservatórios estão com 89,3% da sua capacidade na região Norte Os níveis
dos reservatórios estão em 89,3% na região Norte, uma queda de 0,2% em
comparação com o dia 26 de junho. A usina de Tucuruí está com 98,2% da
capacidade armazenada. (Canal Energia - 28.06.2004)
Gás e Termoelétricas 1 Dilma: Inserção das térmicas é importante no novo modelo A ministra Dilma Rousseff participou ontem do painel de abertura do seminário "Crises e Soluções na Indústria Elétrica Mundial". A um grupo seleto de executivos do setor e representantes de agências reguladoras, ela apresentou o novo modelo. Ao frisar a importância do planejamento no setor, Dilma citou a recente crise de energia no Nordeste, onde se precisou de gás para ligar todas as usinas do Programa Prioritário de Termeletricidade (PPT), o que não foi possível por falta de gás, obrigando o ONS a acionar todas as térmicas emergenciais. Segundo Dilma, a inserção das térmicas é importante no novo modelo. Ela ressaltou que ainda é preciso encontrar um mercado substituto para o gás destinado às térmicas, de modo que o consumo não dependa apenas da necessidade de geração por motivos elétricos. Daí, segundo ela, a necessidade de se adaptar as térmicas para operar tanto a gás como a óleo. Outro fator importante é a utilização do gás pelo setor industrial. Ressaltando que não se trata de um assunto fácil, a ministra disse que ainda não tem as respostas cobradas pelos investidores em térmicas. (Valor - 29.06.2004) 2 Deputados rejeitam PL que define destino de royalties de petróleo A Comissão
de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados rejeitou na semana passada
o projeto de lei 2.043/03, que obriga os estados e municípios a aplicar
20% da arrecadação dos royalties do petróleo em ações ambientais, excluídas
as despesas de custeio. Pelo projeto, esses recursos deveriam financiar
projetos ambientais, como o reflorestamento, a recuperação de áreas degradadas
e a educação ambiental. Os outros 80% seriam aplicados em energia, pavimentação
de rodovias, abastecimento e tratamento de água, irrigação e saneamento
básico. Na avaliação do relator da matéria, Eliseu Rezende (PFL-MG), os
royalties de petróleo devem ser aplicados de acordo com os objetivos e
prioridades de estados e municípios, não devendo ficar vinculados a finalidades
específicas. A proposta já havia sido aprovada pela Comissão de Minas
e Energia. Agora, o projeto será apreciado pela Comissão de Constituição
e Justiça e de Cidadania. (Canal Energia - 28.06.2004)
Grandes Consumidores 1 CVRD vende participação na CST para a Arcelor A Companhia
Vale do Rio Doce (CVRD) fechou contrato com a Arcelor para a venda de
sua participação na Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST). O grupo francês
pagará US$ 415,1 milhões por 4,42% do capital votante e de 29,96% do capital
sem direito a voto da siderúrgica. Paralelamente, a Vale venderá à Arcelor
20,51% do capital votante da CST por US$ 163,4 milhões, corrigidos pela
Libor mais 1,5% ao ano até a data da efetiva realização dessa operação.
Pelo acordo, essa última venda poderá ser efetivada até o término da vigência
do contrato, em 25 de maio de 2005 ou quando houver aprovação dos demais
componentes do acordo de acionistas da CST ou quando a Arcelor terminar
a aquisição das ações da CST em propriedade dos outros acionistas. A operação
tem valor total de US$ 578,5 milhões e equivale ao desinvestimento total
da participação da CVRD de 28,02% no capital total da CST. (O Globo -
28.06.2004)
Economia Brasileira 1 Senado decide hoje futuro das PPP Os senadores mostram-se mais críticos no debate. Mesmo que o próprio presidente tenha pedido mais de uma vez empenho na votação, os parlamentares citam vários problemas para justificar a paralisia da proposição. Dentre as complicações, despontam a pressão da iniciativa privada para aumentar suas garantias nos empreendimentos e a forma como será feita a fiscalização pelo poder público. A estes entraves somam-se dois outros. Um deles, é a falta de clareza no projeto sobre como seria resolvida a hipótese de uma empresa descumprir o contrato. Outro, é o lobby feito por estados e municípios, que desejam fugir da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Eles não querem que os gastos feito via parcerias sejam vistos como despesas, mas como investimento. "Em resumo, não há condições de o projeto ser votado como está desenhado", afirma o senador Ramez Tebet (PMDB-MS). (Gazeta Mercantil - 29.06.2004) 2 Desemprego em São Paulo caiu de 20,7% para 19,7% Depois de atingir o maior patamar de todos os tempos em abril (20,7%), a taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo caiu para 19,7% em maio. Foi a primeira vez no ano que o desemprego na região apresentou queda na comparação mensal. Segundo pesquisa da Fundação Seade Dieese divulgada ontem, a taxa de desemprego de maio caiu 4,8% em maio em relação a abril. Essa foi a segunda maior queda já registrada para o período desde 1986, quando o desemprego na região registrou uma diminuição de 6% no mesmo período. No mês passado, o número estimado de desempregados na região metropolitana de São Paulo foi de 1,96 milhão de pessoas, resultado que representa a saída de 84 mil pessoas do contingente de desempregados na comparação com abril. (Jornal do Commercio - 29.06.2004) 3
Para Lula, nível de emprego vai seguir em alta 4 Meirelles defende não renovação com o FMI O presidente
do BC, Henrique Meirelles, acredita que, se o Brasil optar por não renovar
o acordo com o FMI no fim do ano, não sofrerá uma crise de credibilidade
diante dos investidores internacionais nem passará a ser mais vulnerável.
Pelo contrário, ele acha que o efeito pode até ser "positivo". Para ele,
sem o Fundo o Brasil continuaria a adotar as mesmas políticas fiscais
e monetárias, o que mostraria à comunidade financeira internacional "que
adota essas políticas porque acredita serem as mais adequadas" e não apenas
porque o FMI sugere. Neste fim de semana, o presidente do BC participou
de reuniões na sede do Banco de Compensações Internacionais (BIS), na
Basiléia, na Suíça, e afirmou que ficou "satisfeito" com relação à percepção
dos investidores sobre o País. (Jornal do Commercio - 29.06.2004) 5 IGP-M sobe 0,07 ponto, para 1,38% em junho O IGP-M,
calculado pela FGV, apurou inflação de 1,38% em junho. A variação representa
uma alta de 0,07 ponto percentual ante a inflação de 1,31% registrada
em maio. No ano, o indicador aponta alta de 6,78% e, em 12 meses, a inflação
acumulada é de 9,61%. A mediana das expectativas dos analistas financeiros
era de IGP-M de 1,35% em junho, de acordo com a mais recente pesquisa
Focus, feita pelo BC junto a instituições financeiras. O Índice de Preços
por Atacado (IPA), que representa 60% no cálculo do índice geral, registrou
alta de 1,73%, contra 1,52% em maio. O Índice de Preços ao Consumidor
(IPC), responsável por 30% do cálculo total, atingiu 0,76% em junho ante
0,59% de maio. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que
representa 10% do IGP-M, apurou alta de 0,56%, frente variação positiva
de 1,74% na medição de maio. (Valor Online - 29.06.2004) O dólar à vista continua a operar em leve baixa neste final de manhã, mas sem fôlego para uma desvalorização mais significativa. Às 12h21m, a moeda americana recuava 0,31%, sendo negociada por R$ 3,118 na compra e R$ 3,119 na venda. Ontem, o dólar comercial terminou com alta de 0,57%, comprado a R$ 3,1270 e vendido a R$ 3,1290. (O Globo On Line e Valor Online - 29.06.2004)
Internacional 1 Secretário geral do Conselho Mundial de Energia: monopólio estatal deve ficar restrito à área de transmissão A terceira
via elétrica não se dará com uma forte presença do capital estatal na
matriz energética e sim pela convergência dos setores público e privado.
Essa é a avaliação do secretário geral do Conselho Mundial de Energia,
Gerald Doucet, que participou do Seminário "Crises e Soluções na Indústria
Elétrica Mundial". Doucet defendeu que o monopólio estatal fique restrito
à área de transmissão e que os segmentos de geração e distribuição sejam
deixados a cargo das empresas privadas. O secretário geral ressaltou que
a implementação desta terceira via elétrica nos países emergentes não
será tão fácil. No Reino Unido, as adaptações propostas por Doucet custaram
aos cofres públicos US$ 4,5 bilhões. "É um custo alto para países que
necessitam de investimentos em larga escala", frisou. Os investidores,
disse, não "se arriscarão a investir no país" enquanto as regras do modelo
brasileiro não forem claras. (Valor - 29.06.2004) Com a reestruturação
global, a AES reduziu sua dívida total de US$ 7,1 bilhões para US$ 5,9
bilhões no fim de 2003 e espera alcançar US$ 5,1 bilhões este ano. O prazo
médio de pagamento passou de 7,1 anos para 10 anos. De acordo com Joseph
Brandt, vice-presidente da AES, os pagamentos anuais previstos estão abaixo
de US$ 1 bilhão, valor que o grupo recebe em dividendos anualmente. A
única exceção será 2013, quando o pagamento do principal chegará a US$
1,2 bilhão. "É uma situação confortável porque nosso fluxo de caixa garante
o pagamento das dívidas", ressalta. Para o executivo, com a reestruturação,
o mercado já começa a reconhecer a AES como um dos grupos do setor elétrico
que vão sobreviver. A empresa voltou a captar recursos no mercado e, nos
últimos 18 meses, levantou US$ 7 bilhões via matriz e subsidiárias. (Valor
- 29.06.2004) 3 AES registra receita de US$ 8,5 bi nos 27 países onde atua Nos 27 países onde atua, a AES teve receitas totais de US$ 8, 5 bilhões em 2003 (US$ 2,3 bilhões no primeiro trimestre de 2004), com alta de 14% em relação ao ano anterior (mais 18% no trimestre). Brandt disse que o grupo registra forte crescimento nos Estados Unidos e nos países emergentes, cujas economias estão aquecidas em função da China. Para ele, a freada que o governo chinês tenta dar na economia pode afetar o crescimento de países que estão hoje centrados na exportação, como Brasil, Argentina e parte dos Estados Unidos, mas não deverá ter forte impacto nos países cuja demanda interna está aquecida, como no Chile e em nações européias e da América Central. (Valor - 29.06.2004) 4
AES reconhece perdas de US$ 850 mi em operações no Reino Unido A empresa
espanhola Repsol YPF inaugurou ontem o primeiro poço do projeto de gás
Barrancas, no estado venezuelano de Portuguesa, uma das operações energéticas
mais ambiciosas do governo do presidente Hugo Chávez. A inauguração do
poço "Sipororo 2X" foi liderada pelo presidente Chávez, o presidente Executivo
da Repsol YPF, Alfonso Cortina, e o presidente da estatal Petróleos da
Venezuela (PDVSA), Alí Rodríguez. O Projeto Barrancas está formado por
cinco prospectos, três dos quais já foram perfurados, entre eles o "Sipororo
2X". O poço, localizado a cerca de 15 quilômetros da cidade de Guanare,
foi adjudicado à Repsol YPF em 2001 sob uma licença de exploração de gás
não associado (gás livre) em uma zona de 1.960 km². Segundo a Repsol YPF,
o poço tem um potencial de produção diária para 2006 de 2 milhões de m³
de gás. (Gazeta Mercantil - 29.06.2004)
Biblioteca Virtual do SEE 1 LAM, Pun-Lee. "Hong Kong's electricity market beyond 2008". Elsevier, Energy Economics. Hong Kong, 32, 2004. p. 851-854. Para ler
o artigo na íntegra, clique aqui. 2 CARVALHO, Everton. "Caminhos hidrotérmicos" São Paulo: Canal Energia, 24 de junho de 2004. Para ler
o artigo na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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