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IFE: nº 1.365 - 14 de junho de 2004
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Ampliação da rede de transmissão gera aumento das tarifas
2 Aneel e ONS: Impacto no bolso do consumidor é amenizado com a redução do risco de déficit de energia
3 Geradoras térmicas e hidráulicas discutem questão da transmissão com o MME
4 CNI prepara plano para minimizar reflexos de reajustes tarifários nas indústrias
5 CNI cobra maior transparência da Aneel
6 Senador critica falta de informações sobre regulamentação do novo marco regulatório
7 Deputado questiona objetivos e critica CPI do setor elétrico
8 Governo assina os primeiros contratos do Luz para Todos
9 Senado Federal aprova MP 181
10 Curtas

Empresas
1 Revisão Tarifária: Aneel divulga índices da Escelsa, Celesc e Iguaçu Energia
2 Standard & Poor's atribui rating à emissão de debêntures da Coelba
3 Light implanta sistema para combater ligações clandestinas na rede elétrica
4 Curtas

Licitação
1 Copel
2 Eletronorte
3 Manaus Energia

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Indústrias do interior de SP lideraram a retomada do consumo de energia
2 Indústrias do Estado do Rio desenvolvem programa para redução do consumo
3 Senador discorda de dados do ONS

Gás e Termelétricas
1 'Nova Bacia de Campos' vai além de Campos
2 Petrobrás descobre reserva de gás no Rio Uatumã
3 Cegás e Petrobras anunciam contrato de transferência de 77 km de gasoduto

Economia Brasileira
1 Bernard Appy: Governo traça rumo de longo prazo
2 BNDES libera R$ 12,7 bi até maio

3 Desempenho industrial deverá, no mínimo, equiparar-se ao agrícola e puxar o crescimento do País
4 Mercado prevê manutenção da Selic em junho e julho
5 Mercado espera IPCA de 6,61% em 2004
6 IPC da Fipe sobe 0,77% na primeira medição de junho
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Titulo

Regulação e Novo Modelo

1 Ampliação da rede de transmissão gera aumento das tarifas

A ampliação da rede brasileira de transmissão de energia já começa a pesar no bolso do consumidor. Desde 1998, a receita das empresas brasileiras de transmissão cresceu mais de 270%, puxada pela entrada de novas linhas no sistema e pela alta do IGP-M, índice que corrige os contratos do setor. Para 2005, a expectativa é de uma alta de 21,7%. A receita das empresas transmissoras de energia é paga, em última instância, pelo consumidor final, pois vem embutida na conta de luz. Segundo cálculos da Aneel, cerca de 10% do que o brasileiro paga pela energia que consome são destinados à distribuição. Até 1998, não havia grandes variações nesta conta, devido ao baixo investimento em transmissão de energia - as linhas existentes já estavam amortizadas e, por isso, não havia a necessidade de remunerar novos empreendimentos. Depois disso, o governo começou a licitar novas linhas e a conta da expansão do sistema foi parar no bolso do consumidor. De 1998 a 2003, a rede básica de energia brasileira (que compreende as linhas de alta tensão) cresceu a uma média de 3,2 mil quilômetros por ano, segundo o ONS. Para os próximos anos, espera-se uma taxa de crescimento anual de 2,5 mil quilômetros. Só as linhas já licitadas garantem este número em 2004. (Estado de São Paulo - 14.06.2004)

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2 Aneel e ONS: Impacto no bolso do consumidor é amenizado com a redução do risco de déficit de energia

Aneel e ONS dizem, porém, que o impacto no bolso do consumidor é amenizado com a redução do risco de déficit de energia provocado pela ampliação da rede básica de transmissão de energia. Quanto mais possibilidades de transporte de eletricidade, maior a capacidade do ONS de preservar usinas que estejam com reservatórios em baixa, utilizando com maior capacidade aquelas bacias onde não há seca. A falta de investimento neste setor, por exemplo, não permitiu que as usinas da região Sul fossem utilizadas para reduzir os efeitos do racionamento de 2001, quando o subsistema Sudeste/Centro Oeste sofria com a seca. O problema é que, devido à falta de investimentos antes de 1998, houve uma enxurrada de novas obras em um curto espaço de tempo, o que ampliou os repasses às tarifas. (Estado de São Paulo - 14.06.2004)

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3 Geradoras térmicas e hidráulicas discutem questão da transmissão com o MME

A questão da transmissão de energia está no centro de uma das principais discussões sobre o novo modelo do setor elétrico brasileiro. O tema é foco de uma disputa entre as geradoras térmicas e as hidráulicas. Esta semana, as duas partes se reuniram com o MME, em Brasília, para tentar resolver o impasse. As tarifas de transmissão, no Brasil, são calculadas sob duas premissas: a primeira, chamada de tarifa-selo, representa cerca de 80% das tarifas é igual para todos os consumidores; o restante, chamado fator locacional, varia de acordo com a distância entre o consumo e a geração da energia. Assim, a distância não chega a ser determinante na decisão de um novo investimento gerador. As térmicas, que podem ser construídas mais perto dos centros de consumo, querem que o governo dê maior peso ao fator locacional. Dessa forma, os investimentos em geração térmica ficariam mais competitivos na disputa em leilões com grandes hidrelétricas em regiões distantes do consumidor. (Estado de São Paulo - 14.06.2004)

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4 CNI prepara plano para minimizar reflexos de reajustes tarifários nas indústrias

A CNI pretende apresentar ao governo federal um relatório com os impactos dos reajustes das tarifas de energia para o setor industrial. O documento terá como base as discussões levantadas na quarta-feira, dia 9 de junho, durante reunião do Conselho de Infra-Estrutura da CNI, em Brasília. O encontro contou com a participação da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia e da Agência Nacional de Energia Elétrica. Segundo o presidente do Conselho de Infra-Estrutura da Confederação Nacional da Indústria, José de Freitas Mascarenhas, a reunião teve como base discutir dois pontos considerados fundamentais pelo setor industrial na área de energia. O primeiro deles é a visão de suprimento para o setor no longo prazo. O outro ponto, considerado o mais importante pelas indústrias, é a questão tarifária. (Canal Energia - 09.06.2004)

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5 CNI cobra maior transparência da Aneel

A CNI cobrou maior transparência da Aneel na autorização dos reajustes da tarifa de energia para o setor industrial. Os empresários também reclamaram do crescente peso da conta de luz nos custos operacionais, sob a alegação de que a indústria de transformação está sendo prejudicada pelo alto custo da energia. Segundo o presidente do Conselho de Infra-estrutura da CNI, José Mascarenhas, a entidade decidiu atuar em duas frentes: junto ao governo, para forçar uma revisão de encargos e tarifas cobrados na conta, e no Congresso, para impedir que o novo marco regulatório possa onerar o setor a longo prazo. (Zero Hora - 11.06.2004)

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6 Senador critica falta de informações sobre regulamentação do novo marco regulatório

O senador Delcidio do Amaral Gómez (PT/MS), que foi o relator do projeto de conversão da Medida Provisória do novo modelo do setor elétrico, criticou na sexta-feira, em Florianópolis, o MME pela falta de informações a respeito da regulamentação do novo marco regulatório do setor. Ele disse que será difícil cumprir o cronograma do MME de realizar em dois meses a regulamentação, que vai definir uma série de questões operacionais importantes no modelo e, na prática, determinar qual será seu grau de atratividade para investimentos privados. Ele defendeu que a regulamentação deveria ser discutida com representantes de todo o setor. "O que preocupa é o silêncio (do ministério) sobre o assunto. Não há debate e poderemos ter uma surpresa desagradável quando os detalhes forem divulgados. Dois meses é um prazo curto e se não forem ouvidos os agentes estaremos instituindo a paralisação dos investimentos no setor elétrico", disse. (Gazeta Mercantil - 14.06.2004)

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7 Deputado questiona objetivos e critica CPI do setor elétrico

O deputado federal Eduardo Gomes (PSDB-TO), coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Infra-Estrutura - que conta com a adesão de cerca de 200 legisladores - fez ressalvas quanto à natureza e ao objetivo da CPI, cuja criação foi aprovada há um mês, pela Câmara. Gomes afirma que a CPI deve ser previamente analisada sobre a sua objetividade. Nesse sentido, ele defende que a instalação efetiva seja até mesmo reavaliada, caso os trabalhos se concentrem apenas na apuração de fatos cujas investigações já transcorram em outras instâncias legais, como a Justiça e o Ministério Público. O deputado justifica a posição sinalizando conseqüências negativas que a CPI poderá trazer para a expansão dos investimentos no país. (Canal Energia - 11.06.2004)

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8 Governo assina os primeiros contratos do Luz para Todos

O governo assinou ontem os primeiros contratos do programa Luz para Todos, de universalização do acesso à energia elétrica. A primeira etapa do programa prevê, nos próximos 18 meses, investimentos de R$ 2,5 bilhões: R$ 1,7 bilhão do governo federal, R$ 370 milhões de 35 concessionárias e R$ 350 milhões dos governos estaduais. Ao todo, serão feitas 567 mil novas ligações e gerados 115 mil empregos diretos e indiretos. O objetivo é atender a 2,8 milhões de pessoas na primeira fase, chegando a 12 milhões até 2008, fim do cronograma. No Estado do Rio, seis mil famílias serão beneficiadas. Na assinatura dos contratos foram liberados 10% do valor para as concessionárias - o restante será desembolsado ao longo dos 18 meses, de acordo com o cronograma das obras. (O Globo - 10.06.2004)


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9 Senado Federal aprova MP 181

O Senado Federal aprovou na última terça-feira, dia 8 de junho, o projeto de lei de conversão da medida provisória 181. O documento autoriza a capitalização da Cemar pela Eletrobrás e a ampliação do prazo para assinatura de contratos do Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas) para o dia 30 de junho. O relator, senador Edison Lobão (PFL-MA), não propôs emendas para o projeto. (Portal GD - 09.06.2004)

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10 Curtas

A comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa o projeto de lei das agências reguladores promove na próxima terça-feira, dia 15, mais uma audiência pública. A comissão também convocou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, além de representantes da Apine, Cade e CNI. (Canal Energia - 11.06.2004)

Até o fim do próximo ano, mais 38 mil propriedades rurais do Interior de Pernambuco terão acesso à energia elétrica. Ao todo, serão beneficiadas 190 mil pessoas e investidos mais de R$ 138 milhões. A eletrificação das novas propriedades integra as metas do Programa Luz Para Todos. (Elétrica - 11.06.2004)

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Empresas

1 Revisão Tarifária: Aneel divulga índices da Escelsa, Celesc e Iguaçu Energia

A Aneel divulgou os índices preliminares da Revisão Tarifária Periódica das concessionárias Escelsa, Celesc e Iguaçu Energia, também de Santa Catarina. O índice de reposicionamento tarifário proposto para a Escelsa é de 5,57%. Para a Celesc, a Aneel sugeriu reajuste de 5,62%, enquanto a Iguaçu Energia pode ter aumento de 12,91% em suas tarifas este ano. Os índices de Fator X sugeridos foram de 4,69 pontos percentuais para a distribuidora capixaba, 2,52 para a Celesc e 2,14 para a Iguaçu. (Gazeta Mercantil - 14.06.2004)

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2 Standard & Poor's atribui rating à emissão de debêntures da Coelba

A agência de risco de crédito Standard & Poor's atribuiu nesta semana o rating "brA-" na Escala Nacional Brasil, com perspectiva estável, à emissão de debêntures da Coelba no valor de R$ 450 milhões. Entre os fatores que levaram a classificação estão a compatibilidade entre o cronograma de amortização e a capacidade de geração de caixa - minimizando riscos de refinanciamento, fluxo de caixa confortável e o elevado número de clientes cativos residenciais e comerciais. Segundo a S&P, o vencimento de longo prazo das debêntures, assim como o cronograma de amortização - entre setembro de 2005 e junho de 2008 - melhoram o perfil de endividamento da distribuidora, adaptando-o à sua geração de caixa e evitando futuras restrições de liquidez. "A empresa conseguiu garantia de alongamento com seus bancos de relacionamento para o restante do empréstimo sindicalizado, com amortizações também de longo prazo", diz a agência. A emissão faz parte da estratégia da Coelba de alongar a sua dívida de curto prazo, de R$ 1,1 bilhão em março de 2003 - sendo R$ 900 milhões de empréstimo sindicalizado. Deste montante, 10% (R$ 90 milhões) serão pagos sobre o valor total da dívida à vista. O restante, R$ 810 milhões, será dividido na emissão de debêntures de R$ 450 milhões com prazo de quatro anos, e em empréstimo sindicalizado de cerca de R$ 360 milhões, também em quatro anos. (Canal Energia - 11.06.2004)

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3 Light implanta sistema para combater ligações clandestinas na rede elétrica

A Light conta com um novo aliado contra os "gatos" na rede elétrica. Para combater as ligações clandestinas, a empresa instalou em 700 pontos um sistema para obtenção e transmissão de dados. Segundo cálculos da companhia, por mês há uma perda de energia de 23,6%, sendo que 17% são causados por furto. A princípio, o controle será feito em pontos junto a grandes consumidores. A intenção, no entanto, é ampliá-lo para mais 720 nos próximos três meses. O sistema de telemetria permite saber, à distância, o consumo de determinado consumidor a cada cinco minutos. E, a cada 15 minutos, as informações (que incluem aumento ou redução do consumo, horários de pico e interrupções) são enviadas por modens à Light. A tecnologia permite ainda fazer o controle de qualidade do serviço prestado pela empresa. De acordo com a Light, 38% dos investimentos totais da empresa têm sido voltados para o programa de combate às perdas de energia elétrica. (O Globo - 12.06.2004)

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4 Curtas

A Bandeirante Energia vai investir R$ 19 milhões no Sistema de Informações Técnicas, que conta com três programas de computador destinados a mapear as redes de transmissão e subtransmissão. (Canal Energia - 11.06.2004)

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Licitação

1 Copel

A Copel abre licitação para execução e ligação de entradas de serviços do projeto Postinhos de Luz, com fornecimento de mão-de-obra e material. O projeto faz parte do Programa Luz Legal. O prazo para a realização das propostas vai até o dia 21 de junho. (Canal Energia - 11.06.2004)

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2 Eletronorte

A Eletronorte licita serviços de engenharia para elaboração do projeto executivo das linhas de transmissão Jipirana/Pimenta Bueno-C1 e Pimenta Bueno/Vilhena-C1. O preço do edital é de R$ 20,00 e o prazo termina no próximo dia 18. (Canal Energia - 11.06.2004)

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3 Manaus Energia

A Manaus Energia abre processo para contratação de empresa especializada para locação de circuitos de comunicação de dados e voz para interligação da subestação de Presidente Figueiredo ao Centro de Operação Regional. O prazo termina no dia 21 de junho. (Canal Energia - 11.06.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Indústrias do interior de SP lideraram a retomada do consumo de energia

As indústrias do interior lideraram a retomada do consumo de energia em São Paulo no primeiro quadrimestre, segundo levantamento da Secretaria de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento do Estado. Em abril, a demanda da indústria do interior por eletricidade foi 8,6% maior que a do mesmo mês de 2003, o que representou 44,3% do consumo do Estado. De acordo com o Boletim Conjuntura Energia de abril, produzido por técnicos da secretaria, o consumo industrial de energia no interior cresceu 6,6% de janeiro a abril em relação ao mesmo período de 2003. Foram 10.709 GWh. Na Grande São Paulo, o crescimento foi de 3,3% no período, num total de 3.504 GWh. No período de 12 meses encerrado em abril, foi apurada expansão de 7,1% no interior e de 2% na região da Capital. (Estado de São Paulo - 10.06.2004)

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2 Indústrias do Estado do Rio desenvolvem programa para redução do consumo

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) se juntou ao Sindicato da Indústria de Instalações Elétricas, Gás, Hidráulicas e Sanitárias do Estado do Rio de Janeiro (Sindistal) para desenvolver programa de redução do consumo de energia elétrica - que, inicialmente, destina-se a quem consome acima de R$ 20 mil, por mês. A partir de um diagnóstico, é elaborado um plano para o uso mais eficiente da energia, que inclui até uma análise do contrato com a concessionária à inversão de freqüência. Segundo Álvaro Prati Aguiar, presidente do Sindistal, é possível baixar o consumo de energia em até 10%. (O Globo - 13.06.2004)

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3 Senador discorda de dados do ONS

O senador Delcidio do Amaral Gómez (PT/MS), que foi o relator do projeto de conversão da Medida Provisória do novo modelo do setor elétrico, discordou das informações divulgadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) de que está afastado o risco de falta de energia até 2007. "Nas atuais condições só se pode falar em segurança de abastecimento por um período de nove meses", disse, referindo-se à forte predominância das usinas hidrelétricas na matriz energética nacional. (Gazeta Mercantil - 14.06.2004)

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Gás e Termoelétricas

1 'Nova Bacia de Campos' vai além de Campos

As condições geológicas que podem determinar uma "nova Bacia de Campos" no litoral brasileiro se estendem às bacias de Santos e Espírito Santo, segundo especialistas no setor de petróleo. Algumas áreas estarão incluídas na sexta rodada de licitações da ANP, que será realizada em agosto deste ano, e podem atrair o interesse de investidores estrangeiros, o que não ocorreu no último leilão. A ANP separou dois setores de áreas exploratórias - um no norte de Santos e outro no sul do Espírito Santo - com características semelhantes às encontradas em reservatórios profundos na Bacia de Campos. Em Santos, são 21 blocos, totalizando 12,7 mil km2 de área; no Espírito Santo, 16 blocos com 10 mil km2. (Estado de São Paulo - 10.06.2004)

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2 Petrobrás descobre reserva de gás no Rio Uatumã

A Petrobrás deve anunciar nos próximos dias a descoberta de um novo campo comercial de gás na Amazônia. Fontes da estatal revelaram que a empresa já encaminhou uma declaração de comercialidade de um campo no Rio Uatumã, a 200 quilômetros de Manaus. Declarar a comercialidade de um campo significa que a empresa está apta para começar a investir na extração das reservas. O novo campo teria jazidas de até 10 bilhões de metros cúbicos do combustível, volume considerado pequeno no mercado. O campo de Urucu, por exemplo, na mesma região, tem mais de 70 bilhões de metros cúbicos. Mesmo assim, a proximidade com Manaus torna a descoberta importante do ponto de vista comercial. As reservas poderão ser usadas para a venda de gás natural veicular na capital do Amazonas, enquanto o gás de Urucu seria destinado ao abastecimento de usinas térmicas na região, além da produção de gás liquefeito de petróleo, que já ocorre atualmente. As reservas de Uatumã foram descobertas pela Petrobrás há cerca de três anos. Desde então, a empresa vem realizando trabalhos de avaliação do potencial da jazida. (Estado de São Paulo - 10.06.2004)

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3 Cegás e Petrobras anunciam contrato de transferência de 77 km de gasoduto

O Governo do Ceará e a Petrobras assinam nesta segunda-feira, às 16h30, no Palácio Iracema, contrato de transferência de 77 quilômetros do gasoduto de Fortaleza, parte hoje administrada pela estatal federal e que, a partir da próxima semana, passa para a Companhia de Gás do Ceará (Cegás), empresa vinculada à Secretaria da Infra-estrutura do Estado (Seinfra). A tubulação na Capital, atualmente, tem extensão de 150 quilômetros (73 já gerenciados pela Cegás) e é utilizada para distribuição de gás natural nos seguintes segmentos: residencial, comercial, veicular e industrial. Para o presidente da Cegás, José Rego Filho, a aquisição do equipamento vai significar maior agilidade nos procedimentos, já que, agora, a própria distribuidora do combustível estará à frente do gerenciamento de todo o gasoduto. (Jornal do Brasil - 14.06.2004)

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Economia Brasileira

1 Bernard Appy: Governo traça rumo de longo prazo

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, disse que o governo possui uma "agenda estrutural, de longo prazo, que visa a criar condições para reduzir os gastos correntes em proporção aos gastos totais da receita pública e, portanto, abrir espaço para o investimento do setor público, que hoje está muito baixo. É também uma agenda que, eventualmente, permitirá a diminuição da carga tributária ao longo dos próximos anos", disse Appy. Neste ano, a receita orçamentária total, estimada em R$ 406 bilhões, será em sua maior parte empregada para cobrir as despesas correntes, no montante de R$ 302 bilhões. Dentro da rubrica despesas correntes concentram-se os maiores gastos da administração federal: o pagamento de pessoal, encargos e as despesas trabalhistas, somam R$ 205 bilhões, os gastos com custeio e investimento, representam R$ 62 bilhões, e as despesas obrigatórias, no total de R$ 32 bilhões. (Gazeta Mercantil - 14.06.2004)

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2 BNDES libera R$ 12,7 bi até maio

De acordo com números divulgados na sexta-feira pelo BNDES, os desembolsos entre janeiro e maio atingiram R$ 12,7 bilhões, volume 54% superior ao de igual período de 2003, quando haviam chegado a R$ 8,4 bilhões. Embora o montante tenha crescido, os créditos continuam concentrados em poucas áreas e o volume de consultas industriais ficou aquém do esperado. "Os desembolsos foram destinados, principalmente, para os setores de siderurgia, papel e celulose e infra-estrutura, este último com destaque para a área de energia. Os demais setores da indústria não tiveram o desempenho estimado", disse o superintendente da Área de Planejamento do banco, Maurício Peccinini. Os desembolsos para a indústria totalizaram R$ 6 bilhões entre janeiro e maio, com crescimento de 60% em relação ao mesmo período de 2003, com destaque para o segmento de material de transporte (veículos automotores, embarcações, equipamentos ferroviários e aeronaves) que atingiu R$ 2,8 bilhões, crescendo 105%. (Gazeta Mercantil - 14.06.2004)

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3 Desempenho industrial deverá, no mínimo, equiparar-se ao agrícola e puxar o crescimento do País

Depois de três anos atrás da agropecuária, o desempenho do PIB da indústria deverá, pelo menos, equiparar-se ao agrícola este ano e começar a puxar, já a partir do ano que vem, o crescimento econômico do País. Para especialistas, isso terá efeito direto no emprego, principalmente quando segmentos intensivos em mão-de-obra avançarem no processo de recuperação. "Os segmentos muito mecanizados da indústria estão liderando o crescimento atualmente, o que explica, em parte, porque o emprego ainda não reagiu muito. Há segmentos empregadores que até agora não foram os que se recuperaram mais, como vestuário e material de construção" diz o diretor-executivo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Júlio Sérgio Gomes de Almeida. Pesquisa do BNDES com consultorias e instituições financeiras mostra que, para 2005, as projeções médias são de crescimento de 4,7% do PIB industrial, 4,5% do agropecuário e de 3,30%, nos serviços. Para este ano, as previsões, são, respectivamente de 4,30%, 5% e 2,57%. (Jornal do Commercio - 14.06.2004)

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4 Mercado prevê manutenção da Selic em junho e julho

Os analistas financeiros continuam projetando manutenção do juro básico da economia na reunião de junho do Comitê de Política Monetária (Copom). A mediana das expectativas dos analistas para a Selic no mês que vem também está em 16%, de acordo com a pesquisa Focus, realizada semanalmente pelo BC com instituições financeiras. O resultado é igual ao patamar atual do juro básico, que foi mantido pelo BC em 16% ao ano na reunião de maio. É a segunda semana seguida com essa projeção. A mediana das estimativas aponta Selic em 14,75% no final deste ano, mesmo percentual previsto na semana retrasada. Pela Focus mais recente, a projeção é de taxa média do ano de 15,70%, pouco acima dos 15,65% previstos na pesquisa anterior. (Valor Online - 14.06.2004)

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5 Mercado espera IPCA de 6,61% em 2004

O mercado financeiro elevou ligeiramente a projeção média para o índice oficial de inflação de 2004. Na mais recente pesquisa Focus, feita pelo BC na semana passada, a mediana das expectativas para o IPCA foi de 6,61%, pouco superior aos 6,59% projetados na semana retrasada. É a quinta semana seguida de aumento na previsão. Para 2005, o mercado aumentou a expectativa do IPCA de 5,37% para 5,48%. De acordo com o levantamento semanal feito pelo BC junto a instituições financeiras, a previsão para o IGP-M de 2004, passou de 9,99% para 10,31%. Para o IGP-DI, subiu de 9,71% para 10,27%. Para o IPC da Fipe, a mediana das expectativas dos analistas manteve-se em 5,81%. (Valor Online - 14.06.2004)

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6 IPC da Fipe sobe 0,77% na primeira medição de junho

O IPC no município de São Paulo avançou 0,77% na primeira quadrissemana de junho. No mês passado, a inflação medida pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) atingiu 0,57%. O grupo Transportes subiu 1,51%, seguido de Alimentação, que sentiu alta de 1,31%, acentuando os aumentos anteriores, de 0,59% e 1,05%, nesta ordem. Vestuário cresceu 0,51%, Habitação registrou elevação de 0,41% e o ramo Despesas Pessoais teve incremento de 0,39%. Saúde, por sua vez, registrou acréscimo de 0,32%. Educação apurou a menor variação positiva, de 0,01%, inferior àquela vista em maio, quando a expansão chegou a 0,03%. (Valor Online - 14.06.2004)

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7 Dólar ontem e hoje

O dólar à vista fechou a manhã desta segunda-feira em alta de 0,66%, cotado a R$ 3,160 na compra e R$ 3,162 na venda. Na sexta, o dólar comercial terminou com alta de 0,47%, cotado a R$ 3,1390 para compra e R$ 3,1410 para venda. (O Globo On Line e Valor Online - 14.06.2004)


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Internacional

1 Petrobras quer explorar petróleo em águas profundas da Argentina

A Petrobras solicitou ao governo argentino permissão para realizar pesquisas geológicas no litoral da província de Buenos Aires, na tentativa de realizar pela primeira vez no país exploração de petróleo em águas profundas. A empresa pretende efetuar os estudos em dois blocos de 10 mil km2 cada um, a 150 km da costa argentina, entre as cidades de Mar del Plata e Bahía Blanca, e a 3 mil metros de profundidade. O governo ainda não deu resposta ao pedido, mas fontes da Petrobras disseram estar otimistas devido à posição de liderança da empresa nesta modalidade de exploração. (Valor - 09.06.2004)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Pedro Bruni e Rodrigo Madeira

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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