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IFE: nº 1.363 - 08 de junho de 2004
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Casa Civil defende fortalecimento do contrato de gestão no projeto de reestruturação das agências
2 Abar: Contrato de gestão vai limitar autonomia dos órgãos reguladores
3 Comissão discute regulamentação das agências com Abar e Casa Civil
4 Governo altera redação de decreto que cria Proinfa
5 Preço MAE permanece em R$ 18,59

Empresas
1 Economática: Lucro da Eletrobrás e Petrobrás somam R$ 90 bi desde a implantação do Plano Real
2 Eletrobrás fica com segundo maior lucro desde o Plano Real, segundo Economática
3 Coelce tenta mudar perfil de endividamento
4 Racionamento teve impacto no nível de endividamento da Coelce
5 Coelce ainda não aderiu ao programa de capitalização das distribuidoras
6 Coelce expõe metodologia de cadastramento único para tarifa de baixa renda
7 Fato relevante da Tractebel
8 STJ concede liminar suspendendo processo do caso Copel/Adifea

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Capacidade de armazenamento está em 83,6% no Sudeste/Centro-Oeste
2 Volume armazenado está em 66% no subsistema Sul
3 Armazenamento está em 96,5% no subsistema Nordeste

4
Subsistema Norte registra 91% do volume
5
Deputada cobra explicações da CPFL sobre quedas de energia na Baixada Santista

Gás e Termelétricas
1 Sauer: Petrobras estuda vinculação de tarifa de gás à de eletricidade no setor industrial
2 Sauer defende utilização de gás natural no setor residencial brasileiro
3 Gabrielli: Petrobras não está perdendo dinheiro com manutenção de preços de combustíveis
4 Petrobras pode realizar captações para melhorar perfil da dívida
5 Petrobras lidera ranking elaborado pela Economática
6 Consumo de gás natural tem aumento de 27,9% em abril
7 Consumo de gás no setor industrial tem crescimento de 17,8% no primeiro quadrimestre
8 Região Centro-Oeste tem alta de 272, % no consumo de gás nos primeiros quatro meses do ano
9 Tractebel vende 33% da termelétrica Jacuí

Grandes Consumidores
1 CVRD é a terceira empresa brasileira mais lucrativa desde a implantação do Plano Real
2 Alstom firma contrato com Votorantim Energia

Economia Brasileira
1 Palocci defende aperfeiçoamento institucional
2 Superávit da balança chega a US$ 11,862 bi

3 Superávit do agronegócio é recorde histórico para o mês de maio
4 Cresce peso de tarifa de serviços públicos nos gastos familiares
5 IGP-DI sobe para 1,46% em maio, informa FGV
6 IPCA sobe 0,14 ponto percentual em maio fechando o mês com variação de 0,51%
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Edenor estabelece venda de energia pré-paga em Buenos Aires
2 Juiz adia julgamento do caso Enron para agosto

Biblioteca Virtual do SEE
1 SAUER, Ildo. "As perspectivas do Mercado de Gás no Brasil: 2004-2010" Rio de Janeiro: Instituto de Economia/UFRJ, Palestra em 07 de junho de 2004

 

 

Regulação e Novo Modelo

1 Casa Civil defende fortalecimento do contrato de gestão no projeto de reestruturação das agências

O governo vê riscos de as agências reguladoras serem capturadas pelas empresas e quer fortalecer a figura do contrato de gestão como forma de fiscalizá-las. "A agência não é só técnica. Ela pode ser capturada", afirmou o subchefe de coordenação da ação governamental da Casa Civil, Luiz Alberto dos Santos, durante debate, na Câmara dos Deputados, sobre o projeto de lei das agências reguladoras. Santos usou como exemplo o relatório do TCU que identificou disparidades nos métodos utilizados pela Aneel para corrigir as tarifas das contas de luz. Para Santos, o relatório mostra que as agências devem seguir obrigações firmadas com o governo em contratos de gestão de modo a evitar que sigam interesses privados das empresas deliberadamente. Para a Casa Civil, o contrato de gestão é a maneira de dar "transparência" às atividades das agências. O contrato de gestão, explicou Santos, é bilateral, pois prevê obrigações para o governo e para as agências, como as metas de fiscalização e desempenho. "Se as agências dispõem de receitas próprias, não é para se colocarem acima do bem e do mal", reforçou Santos. (Valor - 08.06.2004)

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2 Abar: Contrato de gestão vai limitar autonomia dos órgãos reguladores

A presidente da Associação Brasileira de Agências de Regulação (Abar), Maria Augusta Feldman, criticou a posição da Casa Civil com relação ao contrato de gestão. "Esse contrato acabará por limitar a autonomia administrativa e financeira dos órgãos reguladores, permitindo o contingenciamento e o repasse de recursos somente conforme o estabelecido no contrato", afirmou a presidente da Abar. Para a associação, os contratos de gestão acentuam o risco de influência política e, com isso, inibem investimentos privados no Brasil. Maria Augusta disse que muitos contratos de concessão de serviço público têm prazos de 20 a 30 anos. São períodos longos em que passam governos de partidos distintos. Daí, segundo ela, a importância de fortalecer a agência e dar um sinal de que os investimentos das empresas não estarão sujeitos a mudanças políticas. (Valor - 08.06.2004)

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3 Comissão discute regulamentação das agências com Abar e Casa Civil

A Comissão Especial das Agências Reguladoras discutirá nesta quarta-feira, dia 9 de junho, o projeto de lei 3.337/2004, que estabelece as novas regras para as entidades, com a presidente da Associação Brasileira de Agências Reguladoras (Abar), Maria Augusta Feldman; e o subchefe da Subsecretaria de Coordenação da Ação Governamental da Casa Civil, Luiz Alberto dos Santos. A audiência pública acontece às 14:30 horas. A previsão do deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), é apresentar relatório no dia 15 de junho. (Canal Energia - 07.06.2004)

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4 Governo altera redação de decreto que cria Proinfa

O governo federal publicou na semana passada o decreto nº 5.100/04, que dá nova redação ao artigo 36 do decreto que fala das regras do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas. A nova redação estabelece que a programação de utilização de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético será elaborada anualmente pelo Ministério de Minas e Energia. No texto anterior, essa programação também seria submetida ao Conselho Nacional de Política Energética. Veja a íntegra do decreto nº 5.100/04, clicando aqui. (Canal Energia - 07.06.2004)

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5 Preço MAE permanece em R$ 18,59

O preço da energia elétrica no MAE (Mercado Atacadista de Energia) permanece em R$ 18,59 para todas as cargas e submercados do país. Os valores são válidos para a semana que vai do dia 5 a 11 de junho. (Canal Energia - 07.06.2004)

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Empresas

1 Economática: Lucro da Eletrobrás e Petrobrás somam R$ 90 bi desde a implantação do Plano Real

A Eletrobrás e a Petrobrás foram destaque no levantamento da consultoria Economática, que relacionou todos os lucro das empresas de capital aberto desde o começo do Plano Real, em 1994, até 2003. Segundo o estudo, as duas empresas lucraram, juntas, R$ 90,355 bilhões no período e foram responsáveis por 36,5% do lucro das 397 companhias abertas, que totalizou de R$ 247,595 bilhões. A Petrobrás liderou o ranking da Economática ao lucrar R$ 63,750 bilhões no período, o que significa 25,75% do total. (O Estado de São Paulo - 08.06.2004)

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2 Eletrobrás fica com segundo maior lucro desde o Plano Real, segundo Economática

A Eletrobrás ficou em segundo lugar no ranking da Economática das empresas de capital aberto, com lucro acumulado de R$ 26,605 bilhões. Mas o retorno sobre o patrimônio deixou a desejar, segundo especialistas. Foi de apenas 2,91%, ou seja, para cada R$ 100 de patrimônio líquido, a empresa lucrou R$ 2,91. Segundo o presidente da Economática, Fernando Exel, o índice mostra a importância do lucro diante do tamanho da empresa. O resultado da companhia foi beneficiado pela alta do dólar. Isso porque a estatal tem ativos indexados à moeda americana, especialmente relacionados à Hidrelétrica de Itaipu, cuja energia é vendida em dólar. (O Estado de São Paulo - 08.06.2004)

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3 Coelce tenta mudar perfil de endividamento

A Coelce está trabalhando na mudança do seu perfil de endividamento. Atualmente, a dívida de curto prazo da empresa chega a 34% do endividamento total, de R$ 742 milhões. A previsão da Coelce é que essa participação caia a menos de 15% até o final deste ano. "Vamos reduzir custos e diversificar os indexadores financeiros", diz o diretor-financeiro da empresa, Antonio Osvaldo Alves Teixeira. O processo de alongamento da dívida inclui duas novas operações. Em maio, a empresa recebeu R$ 45,9 milhões, referentes à primeira parcela de novo aporte de recursos do BNDES, com repasse de instituições privadas lideradas pelo Unibanco, que envolve a soma global de R$ 144,5 milhões. A próxima parcela deverá ser liberada ainda neste mês, a outra em setembro e o restante até dezembro. Os recursos são destinados ao plano de investimentos da Coelce 2003/2004. A Coelce finaliza também a primeira emissão de debêntures simples, no valor de R$ 88 milhões, pelo banco Votorantim. "Esse recursos serão utilizados para substituir dívidas de curto prazo", diz Teixeira. (Gazeta Mercantil - 08.06.2004)

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4 Racionamento teve impacto no nível de endividamento da Coelce

O impacto do racionamento de energia, que reduziu o faturamento da Coelce em cerca de 20%, entre 2001 e 2002, não impediu a empresa de realizar investimentos em infra-estrutura elétrica, com a modernização de sistemas de informática e melhora no atendimento dos clientes, mas foi responsável pelo aumento do endividamento. Entre 1998 e 2003, a empresa investiu cerca de R$ 921 milhões, números que devem alcançar R$ 1,1 bilhão neste ano. "Apesar do endividamento, a Coelce tem uma situação econômico-financeira equilibrada, a prova são esta linhas de financiamento de logo prazo", afirma Teixeira. (Gazeta Mercantil - 08.06.2004)

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5 Coelce ainda não aderiu ao programa de capitalização das distribuidoras

De acordo com Antonio Osvaldo Alves Teixeira, diretor-financeiro da Coelce, a companhia ainda não aderiu ao programa de capitalização das distribuidoras de energia, lançado pelo governo federal no segundo semestre de 2003 e coordenado pelo BNDES, que prevê financiamento para melhora da situação econômico-financeira das empresas. "Até o momento, nos valemos alternativas de financiamento que impõem menos restrições a operações futuras da empresa", justifica. (Gazeta Mercantil - 08.06.2004)

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6 Coelce expõe metodologia de cadastramento único para tarifa de baixa renda

A Coelce apresentou para as demais concessionárias de energia no País, a sua experiência no cadastramento único para tarifa baixa renda, através de parcerias com Prefeituras do Ceará. Atendendo convite do MME, o diretor de projetos institucionais, José Nunes de Almeida Neto, apresentou a metodologia aplicada pela empresa que tem como ponto de apoio a figura do agente social Coelce que faz o cadastramento dos clientes com perfil baixa renda, visitando a todos em sua própria casa. (Diário do Nordeste - 08.06.2004)

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7 Fato relevante da Tractebel

A Tractebel enviou à BOVESPA o seguinte Fato Relevante: a Tractebel Energia S.A. comunicou que, em 4/6/2004, assinou contrato de transferência de participação em empreendimento, por meio do qual transferiu, à Elétrica Jacuí S.A. - Eleja, 33,33% do empreendimento que compreende o Projeto Jacuí, localizado no município de Charqueadas/RS. O Projeto Jacuí, constituído por uma usina termoelétrica a carvão mineral pulverizado, com capacidade instalada prevista de 350 MW, encontra-se paralisado desde 1991. Concomitantemente à celebração do referido contrato, as partes assinaram o contrato de constituição de consórcio, por meio do qual a Tractebel Energia S.A. obriga-se a disponibilizar à Eleja sua experiência no desenvolvimento, implantação, operação e exploração comercial de empreendimentos similares ao Projeto Jacuí. O consórcio não terá caráter operacional e não assumirá qualquer tipo de obrigação frente a terceiros. (Jornal do Commercio - 08.06.2004)

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8 STJ concede liminar suspendendo processo do caso Copel/Adifea

O ministro Paulo Medina, relator de um habeas-corpus ajuizado no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em favor do ex-secretário de Estado de Governo de Jaime Lerner (PSB) José Cid Campêlo Filho, concedeu liminar suspendendo a ação penal proposta pelo Ministério Público (MP) estadual contra Campêlo Filho e outros envolvidos numa transação supostamente irregular entre a Copel e a Associação dos Diplomados da Faculdade de Economia, Adminstração e Contabilidade (Adifea) da USP. A operação envolveu uma compensação entre o valor devido pela Copel ao governo do Estado referente ao ICMS pela compra de equipamentos, e os créditos que a estatal tinha a receber do governo do Estado relativos a contas de energia elétrica. A operação envolvia cerca de R$ 160 milhões (valores corrigidos). Pelo trabalho de apuração dos créditos, a Adifea recebeu da Copel R$ 16,8 milhões. A empresa, que foi contratada sem licitação pública, terceirizou seus serviços de consultoria para outra empresa. A terceirização não poderia ter sido realizada, já que não houve concorrência pública, segundo o MP. (Folha de Londrina - 08.06.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Capacidade de armazenamento está em 83,6% no Sudeste/Centro-Oeste

O volume armazenado está em 83,6% no subsistema Sudeste/Centro-Oeste. O valor fica 37,6% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice teve um acréscimo de 0,2% em um dia. As hidrelétricas de Nova Ponte e Marimbondo registram 76% e 93,7% da capacidade, respectivamente. (Canal Energia - 07.06.2004)

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2 Volume armazenado está em 66% no subsistema Sul

O subsistema Sul registra 66% do volume. O nível de armazenamento teve um aumento de 0,5% em um dia 5 de junho. A hidrelétrica de Salto Santiago apresenta 60,8% do volume. (Canal Energia - 07.06.2004)

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3 Armazenamento está em 96,5% no subsistema Nordeste

A capacidade de armazenamento está em 96,5% no subsistema Nordeste, volume 62,1% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O nível teve um aumento de 0,05% em relação ao dia anterior. O volume da usina de Sobradinho fica em 98,4%. (Canal Energia - 07.06.2004)

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4 Subsistema Norte registra 91% do volume

O nível de armazenamento está em 91% no subsistema Norte, o que corresponde a uma redução de 0,2% em relação ao dia 5 de junho. A hidrelétrica de Tucuruí registra volume de 99,8%. (Canal Energia - 07.06.2004)

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5 Deputada cobra explicações da CPFL sobre quedas de energia na Baixada Santista

A deputada estadual Maria Lúcia Prandi (PT) está acionando a ANEEL e cobrando explicações da CPFL para obter esclarecimentos sobre as sucessivas quedas no fornecimento de energia elétrica que vêm acontecendo na Baixada Santista. A parlamentar tomou a iniciativa após a repetição do problema nesta sexta-feira, 4/6. Há uma semana, no dia 28 de maio, quatro cidades da baixada já haviam ficado sem luz durante cerca de meia hora. Conforme apurou a parlamentar, vários bairros de Santos foram atingidos pela queda no fornecimento, como José Menino, Gonzaga, Marapé, Campo Grande e Vila Belmiro. "Estas falhas rotineiras prejudicam uma parcela da população e as empresas responsáveis precisam tomar providências para evitar novos blecautes, por menos tempo que eles durem", acrescenta. (Elétrica - 07.06.2004)

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Gás e Termoelétricas

1 Sauer: Petrobras estuda vinculação de tarifa de gás à de eletricidade no setor industrial

O diretor de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer, informou. em palestra no Instituto de Economia da UFRJ, que a estatal está estudando vincular o preço do gás natural ao preço das tarifas de energia elétrica para o setor industrial, à semelhança do estabelecido para o transporte coletivo, em que o gás foi fixado em valor equivalente a 50% do óleo diesel.O objetivo da estatal é dar mais garantias aos empresários do setor e facilitar a conversão das plantas industriais para o consumo de gás natural. Sauer enfatizou que o plano estratégico da empresa prevê a massificação no uso do gás nos próximos 10 anos. Outro setor no qual poderá haver essa vinculação é o de co-geração, segundo adiantou Sauer. Ele mencionou que a proposta ainda precisa ser formalmente aprovada pela diretoria da Petrobrás. (O Estado de São Paulo - 08.06.2004)

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2 Sauer defende utilização de gás natural no setor residencial brasileiro

Ildo Sauer fez uma veemente defesa do uso do gás natural no mercado residencial no Brasil. "É preciso quebrar esse tabu de que o gás natural não é adequado ao uso residencial no Brasil", disse Sauer, que citou como "um bom exemplo a ser seguido" o da Colômbia. Segundo ele, os colombianos desenvolveram um programa "inteligente", que permite que o consumidor pague o equivalente a R$ 10 pelo consumo de um botijão de gás de 13 quilos, que no Brasil custa quase R$ 30. (O Estado de São Paulo - 08.06.2004)

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3 Gabrielli: Petrobras não está perdendo dinheiro com manutenção de preços de combustíveis

O diretor-financeiro da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, afirmou ontem que a estatal "não está perdendo dinheiro" por adotar a política de manutenção dos preços dos combustíveis nas refinarias, apesar da alta internacional do petróleo. "Se (o preço internacional do petróleo) ficar alto por muito tempo e a Petrobrás não reajustar os preços dos combustíveis, aí vai perder dinheiro", disse. Gabrielli explicou que a estata., para decidir qualquer reajuste, observa outros fatores, como o início do verão no Hemisfério Norte e operações de 'hedge funds' nas bolsas internacionais de petróleo. O executivo ressaltou que a alta do petróleo é recente. "Estávamos com os preços bastante alinhados com o preço internacional há um mês", disse. "Quatro semanas para a indústria de petróleo não é muita coisa". (O Estado de São Paulo - 08.06.2004)

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4 Petrobras pode realizar captações para melhorar perfil da dívida

Dependendo do comportamento do mercado externo, a Petrobrás poderá adotar uma tática de fazer "captações oportunistas" no exterior, aproveitando oportunidades para melhorar o perfil da dívida, informou o diretor-financeiro da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli. Ele observou que a empresa não precisa captar recursos, porque já tem US$ 9,5 bilhões em caixa, o suficiente para as necessidades este ano. "Mas, havendo oportunidade no mercado para reduzir os custos e alongar os prazos da nossa dívida, vamos aproveitar". Gabrielli lembrou que o conselho de administração da empresa autoriza a emissão de até US$ 2 bilhões, mas frisou: "Atenção, isso é para emissões até 2010." (O Estado de São Paulo - 08.06.2004)

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5 Petrobras lidera ranking elaborado pela Economática

A Petrobrás liderou o ranking da Economática, que relacionou todos os lucros das empresas de capital aberto desde o começo do Plano Real, em 1994, até 2003, ao lucrar R$ 63,750 bilhões no período - 25,75% do total. O valor representa um retorno sobre o patrimônio líquido de 18,26%. Segundo a consultoria MS Consult, os números são resultado de muito investimento no aumento da capacidade de produção de petróleo. Além disso, afirma ele, houve um alinhamento dos preços da empresa com o mercado internacional nesse período, apesar de hoje haver uma defasagem de 30%. Outro fator importante foi a elevação das exportações, seja do petróleo ou dos derivados, como óleo combustível e gasolina. De acordo com o levantamento, o lucro da estatal subiu 569%, de R$ 2,658 bilhões, em 1994, para R$ 17,795 bilhões, no ano passado. (O Estado de São Paulo - 08.06.2004)

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6 Consumo de gás natural tem aumento de 27,9% em abril

Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), o consumo de gás natural em abril cresceu 27,9% em relação ao mesmo mês do ano passado, atingindo os 36,7 milhões de metros cúbicos diários (m³/d). No acumulado de janeiro a abril deste ano, a elevação foi de 24,8%, na comparação com igual período de 2003, acumulando 139,2 bilhões de m³. O presidente da Abegás, Romero de Oliveira e Silva, afirma que o resultado reflete uma evolução do setor. Para ele, o aumento expressivo nas vendas de gás é resultado principalmente da entrada em operação de diversas usinas termelétricas. Nas térmicas, foi verificado um aumento no consumo de gás de 50,3% de janeiro a abril de 2004, na comparação com o mesmo período de 2003. (Gazeta Mercantil - 08.06.2004)

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7 Consumo de gás no setor industrial tem crescimento de 17,8% no primeiro quadrimestre

O crescimento do consumo de gás natural do segmento industrial foi expressivo, de 17,8%, na comparação entre os acumulados dos quatro primeiros meses do ano. Para o presidente da Abegás, Romero de Oliveira e Silva, a elevação, mais do que uma retomada da atividade industrial, representa o crescimento do número de indústrias atendidas. "O mercado de gás ainda está em evolução. Portanto, diferentemente da energia elétrica, o aumento de consumo nem sempre representa retomada da produção", diz. O crescimento acumulado nos quatro primeiros meses de 2004 no segmento residencial também apresentou elevação significativa, de 21,1%. O consumo total passou de 1,7 bilhão de m³ para 2,1 bilhões de m³. (Gazeta Mercantil - 08.06.2004)

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8 Região Centro-Oeste tem alta de 272, % no consumo de gás nos primeiros quatro meses do ano

A região Sul apresentou aumento total de consumo de 33,2%. O consumo da Região Nordeste passou de 23,9 bilhões de m³ para 29,2 bilhões de m³, o que representou um crescimento de 21,7%. No Sudeste, houve elevação de consumo de 17,5%, atingindo os 86,8 bilhões de m³. Somente o Centro-Oeste apresentou alta de 272,1%, resultado sobretudo da entrada em operação de novas térmicas, como a de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, de 360 MW, que consome 2 milhões de m³/d. (Gazeta Mercantil - 08.06.2004)

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9 Tractebel vende 33% da termelétrica Jacuí

A Tractebel vendeu participação de 33% da termelétrica Jacuí, com potência de 350 MW, no Rio Grande do Sul, para a Carbonífera Criciúma. O valor da operação não foi revelado, mas pode se aproximar de R$ 80 milhões. O dinheiro vai ser desembolsado ao longo do desenvolvimento do projeto. Para o presidente do conselho de administração da Tractebel, Maurício Bähr, o "mais importante no negócio é a possibilidade de retomar o projeto". As obras estão paralisadas desde 1991, antes de a Tractebel comprar a estatal Gerasul, que desenvolveu essa obra. Bähr lembra que a térmica de Jacuí é alimentada a carvão mineral. A Carbonífera Criciúma deverá ficar responsável pela execução do projeto e também vai fornecer o carvão extraído de suas minas, no Sul do país. Para operar, a usina de Jacuí deverá consumir 1,5 milhão de toneladas de carvão mineral ao ano. Antes de retomar as obras, porém, os sócios buscam um comprador para a energia a ser gerada (um contrato de PPA). "Ainda estamos conversando com parceiros", diz Bähr. (Valor - 08.06.2004)

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Grandes Consumidores

1 CVRD é a terceira empresa brasileira mais lucrativa desde a implantação do Plano Real

No ranking da Economática das empresas que mais lucraram desde o começo do Plano Real, em 1994, até 2003, a Vale do Rio Doce ficou em terceiro lugar, atrás apenas de Petrobrás e Eletrobrás, com lucro acumulado de R$ 20,456 bilhões e retorno sobre o patrimônio de 13,18%. Para a MS Consult, o resultado da Vale é decorrente da redução de custos com a privatização, em 1997, elevação das das exportações e aumento do preço do aço no período. (O Estado de São Paulo - 08.06.2004)

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2 Alstom firma contrato com Votorantim Energia

A Alstom assinou um contrato com a Votorantim Energia para prestar serviços de operação e manutenção na usina Pedra do Cavalo, de 160 MW. Localizada no rio Paraguaçu, na Bahia, a nova usina fará parte do sistema interligado de abastecimento elétrico. A data da inauguração está prevista para outubro de 2004. (Gazeta Mercantil - 08.06.2004)

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Economia Brasileira

1 Palocci defende aperfeiçoamento institucional

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, disse ontem que chegou o momento de trabalhar em uma agenda maior de medidas e de aperfeiçoamento institucional para sustentar o crescimento da economia. O ministro voltou a afirmar que o Brasil está em seu quarto trimestre consecutivo de crescimento, incluindo o atual. "As taxas de juros já cumpriram o seu papel. Agora é preciso que o Governo se concentre em uma agenda muito mais ampla, muito mais complexa" disse Palocci. O ministro voltou a enfatizar a necessidade de austeridade fiscal e estabilidade de preços permanente para alcançar o objetivo de a economia ter "não apenas um ano, mas uma década de crescimento", período que seria também "uma década de compromisso fiscal e de aumento da poupança pública". Ele citou a necessidade de continuar com reformas legislativas. (Jornal do Commercio - 08.06.2004)

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2 Superávit da balança chega a US$ 11,862 bi

A balança comercial acumula, neste ano, um saldo positivo de US$ 11,862 bilhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento. Neste mês, de acordo com dados fechados anteontem, o superávit já está em US$ 619 milhões. Tanto as exportações quanto as importações registram crescimento neste mês, embora a procura por produtos estrangeiros tenha aumentado mais. Em média, o país exportou US$ 414,5 milhões por dia útil neste mês, valor 9,6% maior do que a média registrada ao longo de todo o mês de maio. A média das importações chegou a US$ 259,8 milhões, alta de 13,1% em relação ao mês passado.O aumento das exportações foi puxado, principalmente, por produtos básicos. A média diária das vendas dessas mercadorias ficou em US$ 167,7 milhões, 36,7% a mais do que no mês passado e 83% acima da média registrada em junho de 2003. (Folha de São Paulo - 08.06.2004)

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3 Superávit do agronegócio é recorde histórico para o mês de maio

O agronegócio registrou no mês de maio um superávit de US$ 3,02 bilhões, o maior saldo positivo para o mês em toda a série histórica iniciada pelo Ministério da Agricultura em 1989. No mês, as exportações atingiram US$ 3,04 bilhões, enquanto as importações ficaram em apenas US$ 384 milhões. Com isso, no acumulado do ano, o saldo da balança comercial do agronegócio chegou a US$ 12,12 bilhões, um resultado quase 34% maior do que o verificado de janeiro a maio do ano passado, que foi de US$ 9 bilhões. Segundo o Ministério da Agricultura, o aumento das exportações em maio foi puxado principalmente pelas vendas de carne, soja, madeira e couros, peles e calçados. O destaque das exportações no ano tem sido o complexo soja, que atingiu 26,1% da pauta exportada e superávit de US$ 3,6 bilhões, contra US$ 2,8 bilhões no mesmo período de 2003. (O Globo Online - 08.06.2004)

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4 Cresce peso de tarifa de serviços públicos nos gastos familiares

Nos últimos dez anos, a participação das tarifas administradas nos gastos familiares subiu de 14,9% para 20,3% do total. A informação foi divulgada ontem pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estudos Estatísticos e Sócios-Econômicos). O aumento, segundo a coordenadora do ICV (Índice de Custo de Vida), Cornélia Nogueira Porto, se deu devido à alta nessas tarifas, que de agosto de 94 a maio de 2004 foi de 258,8%, bem acima da inflação do período, de 165,8%. (Folha de São Paulo - 08.06.2004)

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5 IGP-DI sobe para 1,46% em maio, informa FGV

O IGP-DI registrou alta de 1,46% em maio, segundo dados divulgados há pouco pela FGV. A variação representa um acréscimo de 0,31 ponto percentual sobre a inflação de 1,15% apurada em abril. A mediana das expectativas dos analistas financeiros consultados pela pesquisa Focus do BC, divulgada ontem, apontava alta de 1,22% para o IGP-DI de maio. Nos cinco primeiros meses do ano, o IGP-DI acumula alta de 5,54%. Nos 12 meses encerrados em maio, a variação é positiva em 7,97%. Em maio, o Índice de Preços por Atacado (IPA), com peso de 60% na taxa total, apontou alta de 1,71%, contra inflação de 1,57% em abril. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), responsável por 30% do cálculo, saiu de uma alta de 0,31% em abril para 0,71% em maio. Já o Índice Nacional de Custos da Construção Civil (INCC), que representa 10% do total do IGP-DI, teve elevação de 1,83% em maio ante uma alta de 0,59% no mês anterior. (Valor Online - 08.06.2004)

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6 IPCA sobe 0,14 ponto percentual em maio fechando o mês com variação de 0,51%

O IPCA do mês de maio teve variação de 0,51%. Ficou 0,14 ponto percentual acima da taxa de 0,37% de abril. Com o resultado de maio, o IPCA acumula 2,75% no ano, abaixo do percentual de 6,80% relativo a igual período de 2003. Nos últimos doze meses, o índice ficou em 5,15%, também abaixo do resultado dos doze meses imediatamente anteriores (5,26%). Em maio de 2003, o resultado mensal havia sido de 0,61%. O item remédios foi o de maior contribuição individual para o índice (0,10 ponto percentual), pelo segundo mês consecutivo (0,12 ponto em abril). A variação foi de 2,33%, após os 3,00% de abril. Acumulando 5,40% nestes dois meses, a alta dos remédios reflete o reajuste médio de 5,7% concedido em 31 de março pela Câmara de Regulamentação do Mercado de Medicamentos para aplicação sobre o preço de produtos controlados. (IBGE - 08.06.2004)

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7 Dólar ontem e hoje

O dólar à vista se mantém levemente pressionado no final da manhã desta terça-feira relativamente tranqüila no mercado de câmbio. Às 12h12m, a moeda americana subia 0,16%, cotada a R$ 3,115 na compra e R$ 3,117 na venda. Ontem, o bom humor que caracterizou os negócios no mercado internacional foi determinante para a valorização dos ativos brasileiros. O dólar à vista caiu 0,63% sobre o real, terminando o dia a R$ 3,110 na compra e R$ 3,112 na venda. (O Globo On Line - 08.06.2004)


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Internacional

1 Edenor estabelece venda de energia pré-paga em Buenos Aires

A Edenor, empresa de capital francês e uma das maiores distribuidoras de eletricidade da Argentina, implantou um sistema pré-pago de venda de energia no país. A empresa implementou um sistema pelo qual os usuários podem comprar energia antecipadamente através de máquinas que vendem quilowatts a varejo. A novidade foi instalada em dois distritos dos arredores de Buenos Aires. Os medidores instalados pela Edenor funcionam exatamente ao contrário dos comuns, já que para ter energia os usuários devem recarregar o aparelho com a eletricidade que compram previamente em uma máquina de venda a varejo. Para a empresa, o sistema é altamente benéfico porque lhe permite reduzir a inadimplência, economizar despesas administrativas e cobrar antecipadamente. Por lado dos usuários as opiniões estão divididas. Alguns aderiram ao novo sistema em troca do perdão de suas dívidas, outros sustentam que não têm nenhuma vantagem em comparação ao esquema tradicional. (Gazeta Mercantil - 08.06.2004)

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2 Juiz adia julgamento do caso Enron para agosto

A Justiça americana adiou para agosto o primeiro julgamento criminal do caso Enron para agosto, determinando na data marcada da sessão inicial que o processo envolvendo seis réus deverá demorar mais do que o esperado. O juiz Ewing Werlein remarcou o julgamento para 16 de agosto. Há um mês, Werlein disse aos advogados que o caso teria que ser terminado até 12 de julho, por causa de um conflito de agendamento. O juiz não especificou do que se tratava. O processo se refere à venda pela Enron para a Merrill e recompra subsequente de embarcações que funcionam como usinas emergenciais na Nigéria, negociação que deu retorno de 22 por cento em 1999. Promotores federais afirmam que a transação foi na verdade um empréstimo disfarçado de venda para ajudar a Enron, impropriamente, a atingir a sua meta de lucro, acrescentando 12 milhões de dólares no último momento. Os seis réus enfrentam acusações de conspiração de fraude e falsificação de livros e relatórios, o que acarretaria em, no máximo, cinco anos de prisão. (24 horas News - 08.06.2004)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 SAUER, Ildo. "As perspectivas do Mercado de Gás no Brasil: 2004-2010" Rio de Janeiro: Instituto de Economia/UFRJ, Palestra em 07 de junho de 2004

Para ver o slide-show da palestra de Ildo Sauer no Instituto de Economia da UFRJ, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Pedro Bruni e Rodrigo Madeira

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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