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IFE: nº 1.360 - 03 de junho de 2004
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Aneel: Mudança nas cotas do CCC deve ter impacto de 0,92% nas tarifas de energia
2 Tolmasquim: Reunião entre governo e agentes foi produtiva

Empresas
1 Liminar obriga Cerj e Light reduzirem suas tarifas em 2,8%
2 Cemig inicia processo de desverticalização
3 Fitch estabelece ratings para emissões da Cemig
4 Coelce supera 86% no índice de satisfação geral da Abradee
5 Chesf planeja investir US$ 200 mi no Proinfa
6 Eletropaulo faz oferta de permuta de títulos no valor de US$ 2,2 mi
7 Curtas

Licitação
1 Eletroacre
2 Chesf
3 CGTEE

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios devem fazer com que governo não renove com termelétricas emergenciais
2 Produtores emergenciais pressionam para renovação de contratos
3 Consumo médio de energia teve aumento de 0,6% no mês de maio

4
CPFL Energia: Consumo médio no interior de SP está 30% inferior ao observado antes do racionamento
5
Usinas térmicas geraram 8,69% de toda a energia consumida no Brasil até maio
6
Manaus pode ter déficit de energia em 2007
7
Petrobras estuda construção de térmica em Manaus
8
Nível de armazenamento fica em 83,1% no Sudeste/Centro-Oeste
9
Volume armazenado chega a 64,4% no subsistema Sul
10 Capacidade de armazenamento está em 96,8% no subsistema Nordeste

11 Subsistema Norte registra 91% da capacidade

Grandes Consumidores
1 Anúncio de um novo projeto anima siderurgia

Economia Brasileira
1 Governo espera aprovar neste semestre a Lei de Falências e as PPPs
2 Fundo de US$ 1 bi garantirá investimentos à PPP

3 Lula confiante na iniciativa privada
4 Exportação pode passar de 15% do PIB
5 Dívida brasileira em dólar caiu mais de R$ 150 bi no governo Lula
6 Retomada do consumo se mantém em maio
7 IPC da Fipe termina maio com alta de 0,57%
8 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Agência vai estimular o uso de energia renovável
2 Bolívia decide retomar a venda de gás ao Chile
3 Consumo de eletricidade em Portugal tem aumento de 5% em maio
4 Cajastur: Integração da Hidrocantábrico na EDP seria um processo complexo

Biblioteca Virtual do SEE
1 Brasil. Tribunal de Contas da União. "TC-016.128/2003-2 - Acompanhamento de Revisão Tarifária". Brasília: Maio de 2004
2 Brasil. Tribunal de Contas da União. "TC-007.371/2003-5 - Acompanhamento de Revisão Tarifária". Brasília: Maio de 2004

Regulação e Novo Modelo

1 Aneel: Mudança nas cotas do CCC deve ter impacto de 0,92% nas tarifas de energia

A Aneel elevou de R$ 2,872 bilhões para R$ 3,322 bilhões os valores das cotas da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) para 2004. O encargo integra a tarifa de energia elétrica paga pelos consumidores. A alteração visa incorporar à CCC o valor do ICMS incidente sobre a compra de combustíveis para geração de energia elétrica em usinas dos Sistemas Isolados. A medida resultará em aumento de R$ 449,8 milhões na CCC. Segundo a Aneel, a atualização do valor da Tarifa de Energia Hidráulica Equivalente (TEH) atenuará o impacto do aumento da CCC. A agência calcula que, com a atualização da tarifa, o impacto que deveria ser de 1,03%, em média, passará a uma média de 0,92%. "O repasse para as tarifas desse custo adicional só ocorrerá por ocasião dos reajustes tarifários anuais ou das revisões tarifárias periódicas das distribuidoras", reforçou a Aneel, em comunicado. O valor da CCC é calculado pela Aneel com base numa previsão anual de geração termelétrica feita pelo ONS e pelo Grupo Técnico Operacional da Região Norte (GTON). (Valor - 03.06.2004)

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2 Tolmasquim: Reunião entre governo e agentes foi produtiva

O secretário-executivo do MME, Maurício Tolmasquim, classificou a reunião entre o MME e seis associações do setor elétrico, na última terça-feira, dia 1° de junho, como produtiva. Ele explicou que o objetivo do encontro, de subsidiar a tomada de decisão do governo, foi alcançado. "Temos propostas para todos os pontos. Mas antes de decidirmos, queremos o máximo possível de contribuições", diz. Tolmasquim ressalta que o desafio maior do MME neste momento será repartir os riscos inerentes ao marco regulatório de forma equânime entre os segmentos da cadeia - geração, distribuição, comercialização e consumo. Entre os tópicos que farão parte do principal decreto do novo marco regulatório, sobre regras de comercialização, ainda há dúvidas sobre o prazo de migração de grandes consumidores para o ambiente de livre contratação. Apesar da indefinição, Tolmasquim já afirmou que o governo deverá especificar no decreto prazos diferenciados, entre um e três anos, para diferentes faixas de consumo. (Canal Energia - 02.06.2004)

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Empresas

1 Liminar obriga Cerj e Light reduzirem suas tarifas em 2,8%

A juíza Salete Maria Polita Maccalóz, da Sétima Vara Cívil do Rio de Janeiro, concedeu ontem liminar determinando que a Light e a Cerj reduzam 2,8% as suas tarifas. Se as concessionárias do Rio não cumprirem o estabelecido, até 11 de junho, terão de pagar multa de R$ 50 mil por dia a cada um dos seus clientes. A ação civil pública foi movida pela Associação Fluminense do Consumidor e Trabalhador (AFCONT), apresentada pelo seu presidente, Alexandre da Silva Verly. Ele se baseou em um relatório do Tribunal de Contas da União divulgado essa semana e que contesta os aumentos das tarifas de quatro distribuidoras - Cemig, Light, Eletropaulo e Cerj. (Valor - 03.06.2004)

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2 Cemig inicia processo de desverticalização

O governo mineiro informou ontem que enviou à Assembléia Legislativa projeto de lei para implementar a desverticalização da Cemig. O desmembramento da empresa visa atender uma das exigências do novo modelo do setor elétrico. No processo de desverticalização da Cemig, as atividades de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica serão desmembradas em empresas distintas. Uma holding deverá ficar acima delas. De acordo com a Cemig, estão sendo feitos estudos internamente para definir de que forma a desverticalização será feita. Quando estiverem concluídos, serão submetidos à Aneel e à CVM. A companhia destacou que os estudos têm como diretrizes "a preservação dos direitos dos acionistas e empregados, a busca da otimização tributária e a manutenção do comando único das atividades". Segundo a empresa, a sinergia dos negócios será preservada para garantir o crescimento dos negócios. (Valor - 03.06.2004)

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3 Fitch estabelece ratings para emissões da Cemig

A agência de classificação de risco Fitch Atlantic Ratings atribuiu rating nacional preliminar de longo prazo 'A(bra)', com perspectiva estável, à terceira emissão de debêntures da Cemig (MG). A Fitch afirmou ainda o rating nacional de longo prazo 'A(bra)' da distribuidora, também com perspectiva estável. O rating nacional de curto prazo da emissão de notas promissórias da empresa foi fixado em 'F1(bra)'. Segundo a agência, a atribuição do rating final à emissão de debêntures depende do recebimento e confirmação de documentos finais que serão entregues à Fitch. Para a agência, o rating preliminar reflete a perspectiva positva em relação à situação financeira da empresa. Entre os fatores positivos, a agência destaca a posição em ativos de geração, mercado de distribuição, expectativa de crescimento econômico com aumento no volume de energia vendida. A Fitch ressalta que a necessidade de aumentar a liquidez, a possibilidade de realizar refinanciamentos e as indefinições do novo modelo restringem os ratings atribuídos à empresa. (Canal Energia - 03.06.2004)

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4 Coelce supera 86% no índice de satisfação geral da Abradee

A pesquisa de avaliação da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) mostra que os clientes da Coelce estão satisfeitos com os serviços prestados pela empresa. No Índice de Satisfação Geral (ISG), a Coelce teve crescimento de 6% de 2003 para 2004, apresentando avaliação acima de 86%, superior em mais de 10 pontos percentuais ao indicador da Abradee (75%). A imagem da empresa junto aos clientes também apresentou indicadores satisfatórios. De acordo com a Abradee, em 2004, a imagem da empresa é apontada pelo cliente como boa ou muito boa em 19 dos 26 itens pesquisados, melhorando em relação aos 15 itens do ano passado. Dos 26 subitens que compõem a pesquisa, a Coelce obteve melhorias em 17. Na avaliação final da Abradee, a Coelce apresenta os seguintes pontos fortes: fornecimento de energia sem interrupção; entrega da conta de luz com antecedência; conta de luz sem erros; facilidade para entrar em contato; conhecimento dos funcionários; e empresa que contribui para o desenvolvimento da região. (Diário do Nordeste - 03.06.2004)

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5 Chesf planeja investir US$ 200 mi no Proinfa

A Chesf poderá investir US$ 200 milhões em projetos de energia eólica selecionados no Proinfa. O diretor de Engenharia e Construção, José Ailton de Lima, diz que a estatal assinou duas cartas de intenção para entrar como sócia em dois projetos de geração eólica, um da Enerbrasil, no Rio Grande do Norte, e outro da Siif, localizado entre Ceará e Pernambuco. Lima informa que a meta da Chesf é ter 100 MW em cada empreendimento, totalizando 200 MW de capacidade instalada. A previsão de investimentos da Chesf não fica restrita ao Proinfa e a reforços nos sistemas atuais. A estatal já definiu as linhas que irá disputar no leilão agendado para início de agosto: os projetos são Milagres/Tauá e Milagres/Coremas, ambas em 230 kV. A primeira LT terá 200 quilômetros de extensão e a segunda será de 120 quilômetros. O investimento total chega a R$ 105 milhões. (Canal Energia - 02.06.2004)

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6 Eletropaulo faz oferta de permuta de títulos no valor de US$ 2,2 mi

A Eletropaulo divulgou na última terça-feira, dia 1º de junho, os termos da oferta de permuta no valor de US$ 2,2 milhões, destinada aos detentores de commercial papers que não aderiram a ofertas realizadas anteriormente pela empresa. A renegociação prevê pagamento à vista de 10% do valor de cada título e permuta de 90% do restante, por novos títulos com vencimento em 17 de junho de 2005 (Série G). Os papéis terão rendimento de 9% ao ano, pagos semestralmente. Os investidores terão até o próximo dia 14 para decidir de aceitam ou não a proposta. Os títulos de commercial papers que são objeto da nova negociação venceram em 9 de dezembro de 2002, 9 de dezembro de 2003 (Série A) e 28 de fevereiro de 2004 (Série D). (Canal Energia - 02.06.2004)

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7 Curtas

Devido ao andamento do processo de negociação com a Eletrobrás, trabalhadores e trabalhadoras da Ceron e Eletronorte, paralisarão suas atividades hoje e sexta-feira, pois, a holding Eletrobrás, não apresentou uma proposta satisfatória para os eletricitários. (O Estadão do Norte - 03.06.2004)

A Eletronorte concluiu, no mês maio, as obras de automação de três subestações no Mato Grosso. Foram concluídas as obras das subestações Barra do Peixe, Couto Magalhães e Rondonópolis. Até novembro de 2004, quando estatal deverá encerrar o processo de automação no estado, serão investidos R$ 10 milhões. (Canal Energia - 03.06.2004)

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Licitação

1 Eletroacre

A Eletroacre prorroga o prazo para contratação de serviços nas áreas de comercialização, distribuição e operação dos sistemas de energia elétrica em todas as áreas de concessão da empresa, no interior do Acre. O processo inclui fornecimento de mão-de-obra, veículos e equipamentos. O novo prazo termina no dia 1° de julho e o preço do edital é de R$ 30,00. (Canal Energia - 02.06.2004)

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2 Chesf

A Chesf abre processo para contratação de serviços de montagem e instalação da medição em barramentos de 15 kV e transformadores monofásicos nas subestações das EBP's, do projeto Pedra Branca, na Bahia. O prazo para a realização das propostas vai até o próximo dia 16. (Canal Energia - 02.06.2004)

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3 CGTEE

A CGTEE faz licitação para contratar materiais para o sistema de purga das fases A e B, da Divisão de Produção de Candiota, no Rio Grande do Sul. O prazo termina no dia 15 de junho. (Canal Energia - 02.06.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios devem fazer com que governo não renove com termelétricas emergenciais

O diretor do ONS, Mário Santos, informou ontem que o Governo não deve renovar os contratos das 54 termelétricas emergenciais contratadas para conter a crise de energia elétrica em 2001. Segundo ele, as projeções da ONS indicam que não há risco de racionamento de energia elétrica nos próximos dois anos, o que torna desnecessário manter as usinas, que tem alto custo de operação. Uma parte dos contratos se encerra em dezembro deste ano e a outra em dezembro de 2005. Com esta decisão, a partir de 2006 o Governo deixará de cobrar o seguro apagão. Este é um dos fatores que devem pesar na decisão do Executivo federal contrária a renovação dos contratos. "Os reservatórios do Nordeste estão com 97% de sua capacidade de abastecimento preenchidas. Com esse percentual, é possível dizer que mantidos os atuais padrões de segurança não é necessário uma renovação dos contratos pelos próximos dois anos. Mas esta será uma decisão de Governo", disse o diretor do ONS. A margem de segurança é de 5% e Santos adiantou que a própria Aneel está orientando o ONS a considerar nas suas projeções o encerramento dos contratos na época prevista. (Jornal do Commercio - 03.06.2004)

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2 Produtores emergenciais pressionam para renovação de contratos

Com a proximidade do final dos contratos com as térmicas emergenciais, os empresários pressionam para que eles sejam renovados, alegando que no início deste ano foram justamente as térmicas que impediram um novo racionamento na Região Nordeste, já que elas independem das chuvas para funcionar. Outro argumento é que como o país opera com linhas de transmissão se a energia não for utilizada pelo Nordeste pode ser em outra região do país. "As térmicas não deixarão de beneficiar o Brasil pela possibilidade de intercâmbio de energia", defendeu o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Energia Emergencial (ABPEE), José da Costa Carvalho. No entanto, o diretor do ONS, Mário Santos, explicou que em caso de mudança no atual prognóstico - considerando-se um eventual atraso de obras de construção de novas usinas ou uma mudança muito forte no quadro hidrólogo - o Governo pode adquirir energia mais barata que as das térmicas emergenciais. (Jornal do Commercio - 03.06.2004)

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3 Consumo médio de energia teve aumento de 0,6% no mês de maio

Segundo dados preliminares do ONS, no mês de maio, o consumo médio do Sistema Integrado Nacional (SIN) oscilou em torno de 43.544 MW médios, o que representa aumento de 0,6% sobre os 43.284 MW médios de abril e queda de 3,4% em relação a março, mês que registrou recorde histórico, com média diária de 45.059 MW médios. Em relação a maio de 2003, o consumo do mês passado registrou aumento de 6,93%. O consumo acumulado em cinco meses registrou expansão de 3,45% em relação ao mesmo período do ano passado e está 8,09% acima do observado em 2001, antes do racionamento de energia, que começou em junho daquele ano. Nos primeiros cinco meses de 2001, o consumo médio ficou em 40.286 MW médios. Boa parte do aumento nos últimos meses resultou da ampliação do número de consumidores, que cresce ao ritmo de cerca de 1,5 milhão de usuários por ano. (Jornal do Commercio - 03.06.2004)

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4 CPFL Energia: Consumo médio no interior de SP está 30% inferior ao observado antes do racionamento

O presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Júnior, estima que no interior de São Paulo o consumo médio das residências está em torno de 150 a 160 MW médios, o que representa queda em torno de 30% em relação aos 220/240 MW médios observados antes do racionamento. Ferreira disse que o consumidor brasileiro ''praticamente aposentou'' dois dos eletrodomésticos que consumiam muita energia, referindo-se ao freezer e ao forno de microondas. Além da mudança de hábitos, ele atribui a queda à redução da renda do brasileiro. ''Com a recuperação da renda, é provável que o brasileiro volte a consumir mais energia'', acredita.. O presidente da CPFL considera que o clima também não tem ajudado a ampliar o consumo. Segundo ele, a temperatura média de janeiro a abril no Estado de São Paulo foi a mais baixa nos últimos. (Jornal do Commercio - 03.06.2004)

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5 Usinas térmicas geraram 8,69% de toda a energia consumida no Brasil até maio

As usinas térmicas responderam por apenas 8,69% da energia elétrica consumida no Brasil nos primeiros cinco meses do ano. Nesse total, estão incluídas as usinas movidas a gás natural e a carvão e as duas usinas nucleares de Angra dos Reis. A capacidade total de geração térmica no País, incluindo as usinas nucleares, está em quase 20 mil MW e a geração média dessas usinas ficou em torno de 2.742 MW médios, o que representa cerca de 14% da capacidade instalada. Pelo nível atual dos reservatórios, a tendência é de que o ONS continue ''despachando'' poucas térmicas nos próximos meses, já que o custo dessa energia supera as tarifas das hidrelétricas. (Jornal do Commercio - 03.06.2004)

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6 Manaus pode ter déficit de energia em 2007

A demanda por energia em Manaus tem crescido cerca de 8% ao ano e as projeções indicam que a cidade alcançará consumo de 1.200 MW até 2007. Atualmente, são gerados cerca de 800 MW. Considerando ainda a necessidade de ter 30% de energia de reserva - já que a região Norte é isolada do Sistema interligado Nacional (SIN) - a necessidade de energia na região em 2007 será de aproximadamente 1.500 MW, o que significa mais do que a El Paso e a Manaus Energia juntas podem gerar hoje. Fonte do governo diz que há espaço para todos os interessados em geração local, inclusive para construir linha de transmissão ao longo da margem esquerda do rio Amazonas, para levar energia de Tucuruí até Manaus. O SIN conecta as usinas, principalmente hidrelétricas, das demais regiões, cujos reservatórios são "administrados" através de monitoramento e da transmissão de energia de uma região para outra. Esse sistema, que é único no mundo, permite ganhos de escala e aumenta a segurança do fornecimento. Sem esses benefícios, o Norte isolado tem energia mais cara, gerada por usinas térmicas a óleo. (Valor - 03.06.2004)

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7 Petrobras estuda construção de térmica em Manaus

A necessidade de ampliar a geração de energia térmica em Manaus poderá acelerar a construção do gasoduto Coari-Manaus, que levará o gás da Petrobras em Urucu até a capital. O diretor da área de energia da Petrobras, Ildo Sauer, explicou que já tem estudos de impacto ambiental para construir uma térmica de até 720 MW ao lado da Refinaria de Manaus. Ele frisou que isso ainda é estudo da área técnica. Sauer explicou que a Petrobras tem interesse em ajudar qualquer iniciativa que aumente o consumo de gás na região. (Valor - 03.06.2004)

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8 Nível de armazenamento fica em 83,1% no Sudeste/Centro-Oeste

O volume armazenado chega a 83,1% no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, valor 37,1% acima da curva de aversão ao risco. O nível de armazenamento teve um aumento de 0,06% em um dia. As hidrelétricas de Nova Ponte e Furnas apresentam 75,6% e 98,6% da capacidade, respectivamente. (Canal Energia - 02.06.2004)

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9 Volume armazenado chega a 64,4% no subsistema Sul

O subsistema Sul registra 64,4% da capacidade, um aumento de 0,4% em um dia. A hidrelétrica de Salto Santiago registra volume de 55,6%. (Canal Energia - 02.06.2004)

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10 Capacidade de armazenamento está em 96,8% no subsistema Nordeste

O nível de armazenamento fica em 96,8% no subsistema Nordeste, volume 61,9% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice teve uma redução de 0,1% em relação ao dia anterior. A usina de Sobradinho apresenta 98,98% da capacidade. (Canal Energia - 02.06.2004)

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11 Subsistema Norte registra 91% da capacidade

A capacidade de armazenamento está em 91% no subsistema Norte, um acréscimo de 0,1% em relação ao dia 31 de maio. A hidrelétrica de Tucuruí registra volume de 99,8%. (Canal Energia - 02.06.2004)

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Grandes Consumidores

1 Anúncio de um novo projeto anima siderurgia

Um verdadeiro entusiasmo tomou conta ontem do setor siderúrgico, um dia depois que o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado do Rio de Janeiro, Humberto Mota, e o presidente do BNDES, Carlos Lessa, informaram que grupos nacionais e estrangeiros desenvolvem projeto para instalar uma grande usina siderúrgica em Sepetiba (RJ), para processar 7,5 milhões de toneladas anuais, em duas etapas, entre produtos acabados e semi-acabados. A notícia agitou o mercado, sobretudo os fornecedores de bens de capital, ávidos por novas encomendas, após longo jejum de grandes projetos. "As negociações estão bastante avançadas", garantiu Mota, alegando não poder revelar os nomes das empresas envolvidas enquanto o negócio não for fechado, já que os futuros sócios na usina de Sepetiba são empresas com ações negociadas em bolsas de valores. Segundo Lessa, são pelo menos dois empresários nacionais. (Gazeta Mercantil - 03.06.2004)

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Economia Brasileira

1 Governo espera aprovar neste semestre a Lei de Falências e as PPPs

Algumas das principais diretrizes da agenda do crescimento deverão ser votadas no Congresso Nacional ainda neste semestre, na avaliação do Ministério da Fazenda. Entre esses pontos destacam-se o a Lei de Falências, o pacote de estímulo à construção civil e o projeto das Parcerias Público Privadas (PPPs). O secretário-executivo do ministério, Bernard Appy, e de política econômica, Marcos Lisboa, disseram ontem acreditar que, mesmo sendo este um ano eleitoral, não há risco de represamento das medidas relacionadas ao reordenamento da economia. "O Executivo não deve atropelar o Legislativo. O Legislativo deve ser respeitado, o Congresso tem seu ritmo próprio", disse Appy. (Gazeta Mercantil - 03.06.2004)

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2 Fundo de US$ 1 bi garantirá investimentos à PPP

O ministro do Planejamento, Guido Mantega, anunciou ontem, durante encontro com empresários e autoridades italianas da área de infra-estrutura, que o Governo brasileiro deverá criar um fundo de US$ 1 bilhão para garantir os investimentos que vierem a ser contratados futuramente sob o novo regime de Parcerias Público-Privadas. O ministro do Planejamento explicou que o fundo garantidor será formado com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e de outros bancos privados estrangeiros, mas ressaltou que o agente de financiamento das PPPs será o próprio BNDES. (Jornal do Commercio - 03.06.2004)

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3 Lula confiante na iniciativa privada

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assegurou ontem que "o País voltou a crescer". Otimista, ao discursar na abertura de uma conferência internacional de auditoria ambiental, o presidente afirmou que "o setor público vai investir e a iniciativa privada, nacional e internacional, será, sem dúvida nenhuma, uma grande parceira nestes investimentos". O presidente lembrou que "bilhões de reais estão em jogo na reconstrução da infra-estrutura necessária para alimentar esse novo motor de crescimento que gera confiança, divisas e empregos de forma sustentada". E acrescentou: "Para que as portas abertas pela diplomacia brasileira não se fechem pela escassez de oferta ou gargalos de logística, o setor público e o setor privado, a partir de agora, terão que destinar recursos maciços em grandes projetos de logística da produção." (Jornal do Commercio - 03.06.2004)

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4 Exportação pode passar de 15% do PIB

As vendas ao mercado externo poderão ultrapassar neste ano 15% do PIB, pelas projeções de alguns economistas ouvidos pelo Valor. É um pouco mais do que o registrado em 2003, quando, com 14,8% do PIB, elas já atingiam o mais alto patamar dos últimos 20 anos, incluindo o período da maxidesvalorização, na década de 80, quando chegaram a 14,2%, segundo a Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex). Em 1998, último ano antes da desvalorização cambial, quando um dólar valia R$ 1,20, elas representaram 6,5% do PIB. Nesse período, portanto, elas mais que dobraram sua participação no produto. De fato, o número de empresas exportadoras aumentou 23,7% entre 1998 e 2003, passando a 17,2 mil registros, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) repassados pela Funcex. " Dá para acreditar que essa cultura exportadora vai se consolidar " , comenta o economista Fernando Ribeiro, da Funcex. (Valor Online - 03.06.2004)

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5 Dívida brasileira em dólar caiu mais de R$ 150 bi no governo Lula

O BC já reduziu a dívida pública atrelada ao dólar em mais de R$ 150 bilhões desde o início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, reduzindo a vulnerabilidade do país em relação ao fluxo de recursos estrangeiros. Pelos cálculos de economistas, com base em estudos do BC, a dívida em moeda americana foi reduzida pela metade em um período de um ano e meio, passando de R$ 312 bilhões em setembro de 2002 para R$ 125 bilhões em abril - uma diferença de R$ 187 bilhões. No total da dívida, a participação dos papéis atrelados ao dólar caiu de 37,8% para 15,1% no período. (O Globo Online - 03.06.2004)

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6 Retomada do consumo se mantém em maio

Em maio, as vendas à vista em SP cresceram 13% em relação a abril, informou a ACSP (Associação Comercial de São Paulo). A alta em relação a 2003 foi de 2,5%. Até abril, setores que dependem diretamente do poder de compra dos trabalhadores, como alimentos e vestuário, registravam resultados negativos. São justamente esses setores, informa a ACSP, que impulsionam as vendas à vista. Parte da alta é explicada pelo inverno mais rigoroso. "Mas o resultado também mostra que há um início de recuperação do mercado interno, que pode estar ligado a uma pequena recuperação da renda", diz Marcel Solimeo, economista da ACSP. A queda da inadimplência, tanto de pessoas físicas como das empresas, é outro sinal positivo. Nos primeiros quatro meses de 2004, informou ontem a Serasa (Centralização de Serviços Bancários), o calote de pessoas jurídicas teve queda de 11,8% em relação ao mesmo período de 2003. (Folha de São Paulo - 03.06.2004)

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7 IPC da Fipe termina maio com alta de 0,57%

O IPC do município de São Paulo fechou maio com elevação de 0,57%. Um mês antes, a inflação medida pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) chegou a 0,29%. Vale notar que o indicador seguiu trajetória ascendente ao longo de maio - partindo de um incremento de 0,36%, o indicador saltou para 0,39% na segunda prévia para em seguida atingir 0,49% de alta e terminar o período próximo da casa de 0,60%. No fim do mês passado, Alimentação subiu 1,05%, depois de um aumento de 0,70% na medição anterior. Saúde avançou 0,78%, o grupo Transportes viu acréscimo de 0,59%, Habitação cresceu 0,39% e o item Despesas Pessoais registrou ganho de 0,33%. Vestuário, por sua vez, ampliou-se 0,28% e Educação progrediu 0,03%. (Valor Online - 03.06.2004)


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8 Dólar ontem e hoje

O dólar à vista reduziu o ritmo e opera em leve alta neste final de manhã, depois de dois dias seguidos de baixa. Às 12h24m, a moeda subia 0,25%, cotada a R$ 3,138 na compra e R$ 3,140 na venda. Ontem, o noticiário tranqüilo, o recuo dos preços do petróleo e a valorização de títulos brasileiros ajudaram na depreciação da moeda norte-americana. O dólar fechou em queda de 0,41%, a R$ 3,1300 na compra e a R$ 3,1320 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 03.06.2004)

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Internacional

1 Agência vai estimular o uso de energia renovável

Parlamentares de todo o mundo propuseram ontem na Conferência Internacional sobre Energias Renováveis, em Bonn, na Alemanha, a criação de uma agência internacional, batizada de Irena (International Renewable Energy Agency), para estimular o desenvolvimento das energias limpas no planeta. Os cerca de 350 deputados e senadores de 50 países reunidos na antiga sede do Bundestag (parlamento alemão) assinaram uma resolução para a formação dessa entidade, destinada a estimular essas fontes energéticas. "Não se deve deixar o mercado de energia decidir sobre a implantação de formas de energia renováveis", disse o deputado social-democrata alemão Hermann Scheer, organizador da reunião, ao término das discussões. (Gazeta Mercantil - 03.06.2004)

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2 Bolívia decide retomar a venda de gás ao Chile

As autoridades da Bolívia decidiram restabelecer, até o dia 19 de junho, o envio de gás liqüefeito de petróleo ao Chile, que tinha sido suspenso em meados de maio, informou uma fonte do Ministério de Hidrocarbonetos. O restabelecimento da exportação de gás boliviano, que também beneficia Peru e Paraguai, foi autorizado em 20 de maio pela pasta de energia mediante uma resolução ministerial, que permitiu novamente a venda por 30 dias. Segundo a fonte, a medida, anunciada ontem, foi adotada porque "havia exportações das empresas em curso que precisavam ser executadas" e não podiam ser interrompidas imediatamente. Esta ação serviu para contrabalançar um decreto promulgado em 14 de maio pelo presidente boliviano, Carlos Mesa, que restringiu a venda do gás ao exterior. Mesa tomou essa decisão depois que a opinião pública boliviana acusou as empresas privadas que administram a exportação de vender o gás liqüefeito ao Chile a um preço inferior à tarifa vigente na Bolívia. (Gazeta Mercantil - 03.06.2004)

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3 Consumo de eletricidade em Portugal tem aumento de 5% em maio

O consumo de eletricidade em Portugal subiu 5% em maio, face ao mesmo mês do ano passado, para 3.586 GW, segundo a estatística mensal da Rede Eléctrica Nacional (REN). A produção hidráulica desceu 36% em maio para 725 GW, face ao mesmo mês de 2003. Já a produção térmica subiu 11% para 1.956 GW. O saldo importador subiu 121% em maio para 616 GW. As importações de eletricidade aumentaram 28% , para 759 GW, e as exportações desceram 55% para 143 GW. (Diário Econòmico - 03.06.2004)

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4 Cajastur: Integração da Hidrocantábrico na EDP seria um processo complexo

A integração da espanhola Hidrocantábrico na EDP, sua maior acionista, seria um processo extremamente complexo, considera o segundo principal acionista da elétrica, a Cajastur. "Sem fazer pré-julgamentos, o que é certo é que uma operação desse tipo seria tremendamente complexa", disse uma fonte oficial da Cajastur, depois do presidente desta instituição e também da Hidrocantábrico, Manuel Menéndez, terem comentado esta questão numa entrevista. "Vista de fora, teria muita lógica (a integração Hidrocantábrico/EDP) analisando as duas empresas e vendo que se complementam em grande medida (...) mas uma operação desse tipo requer uma análise detalhada e um acordo entre as partes", afirmou Manuel Menendez. A atual estrutura dos pactos entre os acionistas da Hidrocantábrico, EDP com 45%, Cajastur com 25% e EnBW com 35%, mas sem peso na gestão da empresa, torna muito complexa uma operação de integração das duas operadoras ibéricas. No contexto do desenvolvimento do mercado ibérico da energia (MIBEL), a Hidrocantábrico vê a EDP como "o melhor sócio que podia ter, do ponto de vista estratégico". (Diário Econòmico - 03.06.2004)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 Brasil. Tribunal de Contas da União. "TC-016.128/2003-2 - Acompanhamento de Revisão Tarifária". Brasília: Maio de 2004

Para ler o relatório do TCU sobre o acompanhamento de revisão tarifária, clique aqui.

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2 Brasil. Tribunal de Contas da União. "TC-007.371/2003-5 - Acompanhamento de Revisão Tarifária". Brasília: Maio de 2004

Para ler o relatório do TCU sobre o acompanhamento de revisão tarifária, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Pedro Bruni e Rodrigo Madeira

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