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nº 1.359 - 02 de junho de 2004 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Licitação Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 TCU pode ampliar decisão de reduzir tarifas para 17 distribuidoras A redução
de tarifas de energia determinada pelo Tribunal de Contas da União (TCU)
para quatro empresas - Cemig, Light, Cerj e Eletropaulo -, poderá ser
estendida para todas as 17 concessionárias que passaram pelo processo
de revisão tarifária da Aneel no ano passado. De acordo com fontes do
TCU que estão analisando o processo, a ampliação da decisão deverá acontecer
se o tribunal não aceitar as explicações da Aneel e mantiver sua decisão.
A agência já recorreu no caso do aumento da Cemig. O Ministério Público
Federal também poderá entrar no processo. O coordenador da 3 Câmara da
Procuradoria Geral da República, subprocurador Aurélio Rios, pediu cópias
do relatório do TCU para analisar o caso. (O Globo - 02.06.2004) 2 Aneel: Tarifas podem ser reduzidas caso TCU decida pela mudança de cálculo Segundo
a Aneel, haverá redução imediata de tarifas para o consumidor caso o TCU
decida pela mudança no cálculo do processo tarifário. Ao analisar o processo
de revisão tarifária, o TCU constatou que não foi incluído no cálculo
o benefício fiscal dado às companhias que fazem distribuição de lucros
e que contabilizam parte desse valor como despesas. Já em relação aos
valores retroativos, a agência vai avaliar a melhor forma de compensação.
Uma opção poderá ser a concessão de um desconto no percentual de reajuste,
na época do aumento anual da empresa, ou a devolução direta, com deduções
na conta de luz. (O Globo - 02.06.2004) 3 Votação do projeto de reestruturação das agências reguladoras deverá ocorrer só em 2005 O governo
já não conta com a votação este ano, pela Câmara dos Deputados, do projeto
de lei que reestrutura as agências reguladoras. O projeto só deverá ser
sancionado em 2005. Segundo uma fonte próxima do Palácio do Planalto,
o governo espera que a proposta seja aprovada ainda este mês pela comissão
especial da Câmara que a examina, mas sabe que, depois do recesso parlamentar
de julho, os deputados estarão envolvidos com as eleições municipais.
O relator do projeto, deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), mantém para
o dia 15 de junho a apresentação de seu parecer e, na próxima semana,
a comissão especial deve encerrar a fase de audiências públicas. O deputado
Luciano Zica (PT-SP), membro da comissão especial, considera que foi um
erro o governo ter retirado a urgência constitucional do projeto, que
previa sua apreciação em 45 dias. (O Estado de São Paulo - 02.06.2004)
4
CBIEE: Projeto de lei das reguladoras apresenta avanços e retrocessos
5 CBIEE: Risco regulatório representa aumento de 4,5% no custo da energia Os representantes
de investidores em infra-estrutura manifestaram ontem preocupação com
o impacto que a indefinição de regras claras para o setor pode ter no
custo de serviços como o de energia elétrica. O presidente da CBIEE, Cláudio
Salles, disse que o risco regulatório representa um aumento de 4,5% no
custo de energia elétrica. Segundo ele, associado ao risco político e
ao risco Brasil, esse vácuo regulatório provoca um aumento de 27% no custo
da energia em comparação com o de países desenvolvidos e estáveis nas
dimensões política e regulatória. Sales disse que a instabilidade do marco
regulatório é uma das principais barreiras para o crescimento do setor
elétrico, aliado à falta de clareza dos papéis estatal e privado, à alta
carga tributária e aos ataques às agências reguladoras. (O Estado de São
Paulo - 02.06.2004) 6 CBIEE: Indefinição de regras pode afugentar investimentos privados Segundo
Cláudio Salles, no setor de energia há uma necessidade anual de investimento
de R$ 20 bilhões. Mas, como o sistema de financiamento público e as agências
multilaterais de crédito, segundo Salles, só conseguem prover recursos
de, no máximo, R$ 9 bilhões por ano, há uma necessidade de atração dos
R$ 11 bilhões anuais restantes da iniciativa privada. Segundo ele, o País
está correndo "um risco enorme" de não atrair os investimentos privados
necessários por não definir regras. (O Estado de São Paulo - 02.06.2004)
7 CPI pode investigar contratos de empresas de energia Os contratos das empresas de energia poderão ser discutidos na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do setor elétrico. A instauração da CPI está sendo defendida pelo líder do PT na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). A idéia inicial da comissão é discutir a participação do BNDES no processo de privatização no setor. A CPI também deve analisar os índices de revisão tarifária do setor que, de acordo com o TCU, estão prejudicando os consumidores em troca de ganhos para os cofres das concessionárias de energia. A Comissão depende da indicação de seus membros titulares pelo PT, PMDB, PSDB e PFL para começar a funcionar. Eles têm direito a 12 das 23 cadeiras da comissão. Apenas quatro partidos da base governista (PCdoB, PPS, PTB e PSC) indicaram seus membros. Eles têm cinco vagas. Dois parlamentares petistas estão sendo cogitados para a relatoria da CPI do setor elétrico: Henrique Fontana (RS) e Mauro Passos (SC). (Valor - 02.06.2004) 8
Uruguai volta a receber energia brasileira via Argentina O presidente da Frente Parlamentar das Agências Reguladoras, deputado Ricardo Barros (PP-PR), acha que pode haver atraso na votação do projeto de reestruturação das agências reguladoras, mesmo na comissão especial, caso o parecer do relator seja muito divergente das propostas feitas pelos parlamentares nas 137 emendas que apresentaram ao projeto. (O Estado de São Paulo - 02.06.2004) A Aneel alterou a resolução normativa n° 01 de 2004, que modifica o montante relativo à compra de energia no MAE durante os nove meses de racionamento - de 1° de junho de 2001 a 28 de fevereiro de 2002. O valor já havia sido retificado em janeiro deste ano pelo órgão regulador. (Canal Energia - 01.06.2004) As obras de eletrificação rural do programa Luz Para Todos no MS devem começar imediatamente em alguns assentamentos do Estado após assinatura de uma ordem de serviço hoje. (Campo Grande News - 02.06.2004)
Empresas 1 Acordo pode fazer com que Light e Cerj devolvam valor cobrado a mais No Rio de
Janeiro, o promotor Rodrigo Terra, da 2a Promotoria de Justiça de Tutela
Coletiva do Consumidor do Ministério Público Estadual, disse que, se o
TCU mantiver a recomendação, proporá à Light e à Cerj um acordo extrajudicial
de devolução dos valores cobrados a mais desde novembro de 2003. Segundo
ele, é uma opção vantajosa para o consumidor, já que agiliza o pagamento,
e para as empresas. "Se entrarmos com ação judicial, pediremos, além de
indenização por danos morais, a devolução em dobro dos retroativos, como
manda o Código de Defesa do Consumidor", afirmou Terra. As duas concessionárias
disseram ontem que estão aguardando a decisão final sobre o assunto para
se pronunciar. (O Globo - 02.06.2004) 2 Vereador pede auditoria no processo de reajuste tarifário da Coelce O vereador Rogério Pinheiro vai entrar hoje com uma representação no Ministério Público Federal solicitando uma auditoria na planilha de custos da Coelce na qual foi baseado o processo de revisão tarifária de 2003, que resultou em um reajuste de 31,29%. A medida se fundamenta no fato de o Tribunal de Contas da União (TCU) ter apontado que três concessionárias de energia elétrica deveriam ter determinado índices de revisão tarifária menores no ano passado. "Se o TCU encontrou a mesma irregularidade em três empresas. É provável que também tenha acontecido na Coelce o mesmo mecanismo irregular", argumentou o vereador. A gerência de Comunicação da Coelce garantiu ontem que a revisão tarifária do ano passado foi feita de acordo com os estudos definidos pela Aneel. Segundo a gerência de comunicação da Coelce, a empresa não poderia informar se utilizou a mesma metodologia utilizada nas três concessionárias analisadas pelo TCU para a revisão de tarifas. (Diário do Nordeste - 02.06.2004) 3 Ministério Público de MG vai investigar reajustes tarifário da Cemig O Ministério
Público Federal (MPF) de Minas Gerais decidiu instaurar Procedimento Administrativo
Cível para apurar os eventuais erros da Aneel no processo de reposicionamento
tarifário da Cemig em 2003. O MPF pretende também identificar quais seriam
os responsáveis pelos possíveis erros, que teriam implicado um reajuste
superior ao devido em 2,08 pontos percentuais em 2003. Conforme a assessoria
de imprensa do MPF, somente depois da apuração é que se poderá falar em
eventual ação coletiva de ressarcimento dos consumidores. Conforme o relatório
do Tribunal de Contas da União (TCU), a Aneel não levou em conta o pagamento
de Juros Sobre o Capital Próprio (JSCP) da Cemig aos acionistas, o que
gera benefícios fiscais que deveriam ser considerados no cálculo do reposicionamento
tarifário. (Hoje em dia - 02.06.2004) 4
Cemig obtém bons resultados no mercado de consumidores livres 5 Transformação de grandes clientes em consumidores livres trás perdas para a Eletropaulo Na Eletropaulo,
o resultado da possibilidade de grandes empresas tornarem-se consumidores
livres foi a perda de clientes. O fornecimento da concessionária caiu
3,9% no primeiro trimestre do ano frente ao mesmo período de 2003, em
razão, principalmente, do mau desempenho da área industrial. O presidente
da empresa, Eduardo Bernini, disse que o consumo nessa classe recuou 14,3%
com a perda de 18 grandes clientes industriais, que se tornaram livres.
"Sem esse movimento, as vendas teriam crescido 1% no trimestre", disse
a vice-presidente financeira e de relações com investidores da Eletropaulo,
Andrea Ruschmann. Por causa desse efeito, a distribuidora prevê estabilidade
no volume vendido em 2004, apesar da expectativa de expansão de 3,5% da
economia. Para evitar perda maior, a companhia investe em um programa
de fidelização, voltado a todos os 5,1 milhões de consumidores. (O Estado
de São Paulo - 02.06.2004) 6 Aneel indefere recurso da Copel para adiar ingresso no pool de energia A Aneel
indeferiu recurso apresentado pela Copel com o objetivo de excluir do
pool de comercialização a chamada "energia velha" (proveniente de usinas
amortizadas). A intenção da Copel era aditar o contrato inicial, para
estender por mais tempo o direito de a Copel Distribuição comercializar
a energia produzida pela Copel Geração. A recusa da Aneel foi informada
ontem à Copel. Segundo o diretor jurídico da empresa, Assis Corrêa, a
empresa vai agora estudar que medidas adotar. O diretor disse que a empresa
está convicta da correção de seus argumentos e espera reverter a situação.
(Gazeta do Povo - 02.06.2004) 7 Delta Energia arremata 38,4 MW médios em leilões da Cesp A Delta
Energia arrematou 38,4 MW médios nos leilões de longo prazo realizados
pela Cesp na semana passada. No leilão de curto prazo, referente ao mês
de maio de 2003, a comercializadora comprou 2 mil MWh do total de 324
mil MWh negociados pela estatal. Segundo Mateus Andrade, superintendente
da Delta, a energia atenderá a dois clientes da empresa que estão deixando
o mercado cativo para se tornarem consumidores livres. (Canal Energia
- 01.06.2004) A Celesc começou a negociar com a Aneel a revisão tarifária. No dia 7 de julho, acontece uma audiência aberta ao público, com representantes da Celesc e da Aneel, para debater o assunto. (Diário Catarinense - 02.06.2004) A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) não conseguiu suspender a licitação aberta pelas Celesc para contratação de empresa que preste serviços de leitura dos medidores de consumo de energia elétrica, com impressão e entrega simultânea da conta. (Valor - 02.06.2004)
Licitação A Eletronorte
abre processo para contratação de serviços de operação, gerenciamento
e elaboração de projetos e apoio técnico-administrativo aos sistemas de
telecomunicações da empresa. Para participar do processo, as empresas
devem ter um patrimônio líquido mínimo de R$ 350 mil. O preço do edital
é de R$ 50,00 e o prazo vai até o dia 30 de junho. (Canal Energia - 01.06.2004)
A Ceron abre licitação para aquisição de postes de concreto e cruzetas para a linha de transmissão de Caçoal e Pimenta Bueno. O prazo para a realização das propostas termina no próximo dia 17. (Canal Energia - 01.06.2004) A Cesp licita
o fornecimento de arames e eletrôdos para reparos de cavitação nas hidrelétricas
Souza Dias e Ilha Solteira. O prazo encerra no dia 1º de julho. (Canal
Energia - 01.06.2004)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Capacidade de armazenamento chega a 83% no Sudeste/Centro-Oeste O volume
armazenado chega a 83% no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, valor 37% acima
da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice teve um acréscimo de
0,02% em um dia. O nível das usinas de São Simão e Ilha Solteira ficam
em 100% e 98,7%, respectivamente. (Canal Energia - 01.06.2004) 2 Volume armazenado chega a 64% no subsistema Sul O subsistema Sul registra 64% da capacidade, um aumento de 0,6% em relação aos dados do dia 29 de maio. A hidrelétrica de Passo Fundo apresenta volume de 57,6%. (Canal Energia - 01.06.2004) 3 Nível de armazenamento do Nordeste chega a 96,8% A capacidade
de armazenamento chega a 96,8% no subsistema Nordeste, volume 61,8% acima
da curva de aversão ao risco 2003/2004. O nível teve uma queda de 0,1%
em comparação com os dados do dia anterior. A usina de Sobradinho apresenta
99% da capacidade. (Canal Energia - 01.06.2004) 4 Subsistema Norte registra 91% da capacidade O nível
de armazenamento do subsistema Norte está em 91%, o que corresponde a
uma leve redução em relação ao dia 29 de maio. A hidrelétrica de Tucuruí
registra volume de 99,72%. (Canal Energia - 01.06.2004)
Gás e Termoelétricas 1 Ministro afirma que decisão sobre Angra III sai até fim do ano O ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, disse nesta terça-feira, no Rio, que o governo federal deverá decidir ainda este ano sobre a construção ou não da usina nuclear de Angra III. Eduardo Campos explicou que a decisão deverá sair antes de novembro, quando estarão concluídos os estudos encomendados pelo MME a uma comissão criada especificamente com esta finalidade. Da decisão pela construção da Usina de Angra depende, ainda, segundo o ministro, a continuação do Programa Nuclear brasileiro, que em sua concepção inicial previa um total de sete usinas nucleares, parte das quais na Região Nordeste do país. "Esta questão da continuação do programa nuclear está sendo estudada pelo governo federal, que encomendou estudos neste sentido. Esta decisão está ligada à necessidade de fontes alternativas de energia, principalmente agora com esta questão do recrudescimento da crise do petróleo". (Eétrica - 01.06.2004)
Grandes Consumidores 1 Projetos de exportação vão render US$ 1 bi por ano a CVRD A Vale do
Rio Doce acelera investimentos no Pará, também com vistas ao mercado de
exportação. Já com cerca de 50% de obras em andamento, a expansão da Alunorte,
ao sul de Belém, está programada para entrar em operação em 2006. A obra
custará quase US$ 600 milhões e vai agregar mais 1,8 milhão de toneladas
às atuais 2,4 milhões. São sócias na Alunorte a Norsk Hydro (Noruega),
a Cia. Brasileira do Alumínio (CBA) e o consórcio NAAC (Japão). O minério
para a refinaria já tem fontes definidas: da Mineração Rio do Norte, no
Pará, da Guiana (importada) e da nova mina no Estado - Paragominas, que
começa a ser aberta este ano. Com a fabricante de alumínio chinesa Chalco,
a Vale fará a Refinaria ABC. Com quase US$ 1 bilhão de investimento, a
fábrica terá capacidade inicial para 1,8 milhão de toneladas e poderá
ir a 7 milhões. A Vale terá 50% mais uma ação da empresa, o que garante
controle e gestão. Metade da produção já tem destino certo: as fundições
da Chalco na China. Esses projetos vão render para apenas para a Vale
cerca de US$ 1 bilhão em exportações ao ano. (Valor - 02.06.2004) 2 Alcoa projeta investimentos para produção de alumínio A Alcoa,
junto com sua sócia BHP Billiton, no consórcio Alumar, em São Luís, tem
um projeto para agregar 2 milhões de toneladas às atuais 1,3 milhão de
toneladas de alumínio. A obra vai custar US$ 700 milhões. "Mais de 80%
desse produção será para exportação", informa Josmar Verillo, presidente
da subsidiária brasileira Alcoa Alumínio S.A. Há poucos dias, a Alcoa
apresentou ao presidente Lula um programa de investimento para os próximos
três anos de US$ 1,4 bilhão, incluída a parte da sócia da BHP Billiton.
Nesse valor estão incluídos uma nova linha de alumínio na Alumar, de 60
mil toneladas; a nova refinaria de alumina, e a abertura de uma nova mina
de bauxita no Pará, na região de Juruti (800 Km a oeste de Belém), próxima
do rio Amazonas. Em uma segunda fase, a Alcoa, sem sócios, planeja uma
nova refinaria, ao lado da mina de Juruti. Avaliado em US$ 850 milhões,
o empreendimento prevê produzir 2,5 milhões de toneladas/ano. A produção
será destinada a exportação para novas fundições de alumínio na Islândia,
Trinidad Tobago e também na China. Com início de obras em 2007, a produção
começaria em 2009. (Valor - 02.06.2004) 3 Negócio de alumina assume posição de destaque nos setor siderúrgico nacional Com os elevados
custos de energia no país para instalação de novas fábricas de alumínio
e com a demanda interna do metal estabilizada no patamar de 700 mil toneladas
ao ano, os novos investimentos no setor mudaram seu perfil. Agora, o negócio
de alumina, matéria-prima intermediária do alumínio, é visto como o mais
promissor. Consome pouca energia e tem uma demanda externa em alta, em
especial na China. Para o Brasil, que detém na região Norte vastas reservas
de bauxita, o minério de onde se extrai a alumina, abriu-se uma atrativa
janela de oportunidade. O país tem condições de se tornar uma referência
no mercado de alumina, produto que no último ano teve seu preço mais que
duplicado. (Valor - 02.06.2004) 4 Siderúrgicas mantêm fornecimento mas querem discutir preços do aço As indústrias
siderúrgicas se comprometeram, ontem, em reunião com os principais consumidores
industriais de aço, a manter o abastecimento do mercado interno, mas as
divergências em relação aos preços exigirão reuniões com os diversos setores,
que serão promovidas pelo ministério do Desenvolvimento. "Ninguém está
procurando equalizar preços aos do mercado internacionais; o que temos
é de acompanhar as altas de nossos custos", defendeu-se o presidente do
Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), José Armando Campos. Ele levou
á reunião tabelas com informações sobre o aumento dos custos da matéria-prima
("60% do custo é dolarizado", argumentou), anunciou os planos de investimento
da indústria para expansão da capacidade, de US$ 7,4 bilhões em quatro
anos, e US$ 10 bilhões em até 10 anos, e mostrou que houve aumento da
produção voltada ao mercado interno. As exportações, no primeiro quadrimestre,
chegaram a cair 1,4% em volume, embora o aumento das vendas, medido em
dólares, tenha sido de 18,87%. (Valor - 02.06.2004) Economia Brasileira 1 Pela primeira vez saldo comercial fica acima de US$ 3 bi A balança comercial fechou maio com um superávit recorde de US$ 3,1 bilhões. Essa foi a primeira vez que o saldo mensal da balança comercial brasileira superou o patamar de US$ 3 bilhões em um único mês. As exportações atingiram o valor histórico de US$ 7,9 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 4,8 bilhões. "Ultrapassar os US$ 3 bilhões no mês é uma marca histórica", comemorou ontem o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan. Com o resultado, o superávit acumulado no ano subiu para US$ 11,2 bilhões, um resultado 39,7% superior aos US$ 8 bilhões obtidos no mesmo período de 2003. (Jornal do Commercio - 02.06.2004) 2 Furlan critica forma como são feitos cortes Um dia depois de o presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP) haver criticado a retenção de verbas do Orçamento, o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, aproveitou a divulgação dos números da balança comercial brasileira ontem para criticar a forma como são feitos os cortes orçamentários. João Paulo Cunha reiterou as críticas da véspera e disse que a máquina do Governo não funciona. Segundo Furlan, os cortes pecam por avaliar superficialmente o retorno potencial de projetos alvo de contingenciamento. Furlan utilizou como exemplo os portos brasileiros, que são tidos como os maiores gargalos nacionais. (Jornal do Commercio - 02.06.2004) 3
Mercado interno reage e impulsiona ICMS em SP O dólar
à vista opera em baixa moderada neste final de manhã, dando continuidade
ao movimento de correção da véspera. Às 12h07m, a moeda americana era
negociada por R$ 3,126 na compra e R$ 3,129 na venda, com recuo de 0,50%.
Ontem, a moeda americana fechou com desvalorização de 1,41%, a R$ 3,1430
na compra e a R$ 3,1450 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 02.06.2004)
Internacional 1 Conferência incentiva a utilização de energia renovável para evitar efeito estufa A Conferência
Internacional sobre Energias Renováveis foi iniciada ontem em Bonn, na
Alemanha, com pedidos para impulsionar alternativas limpas para frear
o efeito estufa e fazer com que a energia deixe de ser patrimônio das
petroleiras. "A única alternativa para garantir o abastecimento de todos
e não causar um desastre climático é o fomento de fontes limpas, renováveis
e exploráveis também por parte dos menos privilegiados", disse na abertura
a ministra de Cooperação Econômica e Ajuda ao Desenvolvimento da Alemanha,
Heidemarie Wieczorek-Zeul.. A Conferência de Bonn pretende elaborar até
sexta-feira uma declaração para o estímulo das energias limpas. O objetivo
é que os presentes e seus correspondentes governos se comprometam a impulsionar
e investir nessas energias para conseguir que cubram 20% da provisão mundial
em 2020, ante os 13,8% atuais. O segmento ministerial da conferência,
que será inaugurada na quinta-feira, terá a função de conduzir a pauta
nesse sentido, assim como dar o impulso que as energias renováveis necessitam
para ser concorrência e alternativa real ao combustível fóssil. (Gazeta
Mercantil - 02.06.2004) 2 Governo alemão quer metas para investimentos em energia alternativa O governo
alemão pressiona para que sejam estabelecidas metas de investimento em
energias alternativas para enfrentar o aquecimento global. Na Conferência
Internacional sobre Energia Renováveis, em Bonn, o ministro do Meio Ambiente
alemão, Jürgen Trittin, e outros membros do governo defenderam que a meta
de redução da pobreza fixada pela ONU deve ser atingida com o avanço de
novas matrizes energéticas. Mas os incentivos para promover as energias
renováveis provocam protestos das empresas. Eles estão contribuindo para
aumentar significativamente os custos, segundo companhias que respondem
por até 80% do consumo de energia industrial da Europa. "Elas somente
podem contribuir com sucesso quando um subsídio permanente não é exigido",
afirmou a Federação International das Indústrias Consumidoras de Energia.
(Valor - 02.06.2004) 3 Moçambique e África do Sul inauguram projeto conjunto de exploração de gás natural Os presidentes de Moçambique, Joaquim Chissano, e da África do Sul, Thabo Mbeki, inauguraram ontem, no sul de Moçambique, um projeto de exploração de gás natural no valor de US$ 1,2 bilhão, o maior desse tipo em toda a África. O projeto conjunto tem como sócios os governos de Moçambique e da África do Sul e o gigante da petroquímica sul-africana, Sasol, o único produtor mundial de combustíveis líquidos derivados do carvão. O gás extraído em Inhambane é distribuído através de um gasoduto de 900 quilômetros até as usinas processadoras e de refinamento da Sasol em Secunda, na província de Mpumalanga (nordeste da África do Sul). De lá é comercializado para os demais territórios da África. (Gazeta Mercantil - 02.06.2004)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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